o pós-modernismo na cidade

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O PÓS MODERNISMO NA CIDADE Daniela de Abreu Larissa Dutra Lopes Talita Micheleti

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Depois do moernismo

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  • O PS MODERNISMO NA CIDADEDaniela de Abreu

    Larissa Dutra LopesTalita Micheleti

  • MODERNISMO E PS-MODERNISMO

    O autor considera o ps-modernismo uma rupturacom a idia modernista deque o planejamento e odesenvolvimento devemconcentrar-se em planosurbanos de larga escala,tecnologicamente racionaise eficientes, sustentadospela arquitetura despojadapregada pelo estilointernacional.

    O Ps-Modernismo segundo Harvey

  • O ps-modernismocultiva um conceito detecido urbano comoalgo necessariamentefragmentado. Essemovimento acredita quea cidade uma espciede colagem de diversosusos correntes ao longodo tempo muitos dos

    MODERNISMO E PS-MODERNISMO

    O Ps-Modernismo segundo Harvey

    quais podem ser efmeros e que por isso o projeto urbanodeve ser sensvel s tradies vernculas, s histrias locais, aosdesejos, necessidades e fantasias particulares, de modo a segerar formas arquitetnicas especializadas e sob medida.

  • Os ps-modernistas projetam antes de planejar.

    Os ps-modernistas so contra as concepesmodernistas sobre como considerar o espao, vendo-ocomo uma coisa independente e autnoma que deve sermoldada de acordo com objetivos e princpios estticosque no se relacionam necessariamente a algumobjetivo social abrangente. Os modernistas vem oespao como algo a ser moldado para propsitos sociais.

    MODERNISMO E PS-MODERNISMO

    O Ps-Modernismo segundo Harvey

  • A aparncia da cidade e o modocomo seus espaos se organizamformam uma base material sobre aqual possvel pensar e realizaruma gama de possveis sensaes eprticas sociais.

    Barthes coloca que a cidade umdiscurso e esse discurso , naverdade, uma linguagem e por isso necessrio dar ateno ao queest sendo dito, visto que tpicoabsorvermos essas mensagens emmeio a todas as outras distraes davida urbana.

    O PS-MODERNISMO NA CIDADE

    A Cidade

  • A arquitetura e o projeto urbano tmsido foco de debate no que diz respeitos maneiras pelas quais os juzosestticos podem ou devem serincorporados a uma forma espacialmentefixada e com que efeitos na vida diria.

    O PS-MODERNISMO NA CIDADE

    A Cidade

  • Leon Krier Arquiteto do gabinete domstico deconselheiros do Prncipe Charles

    Para Krier, o problema central do planejamentourbano modernista o fato de ele trabalhar quasesempre com zonas monofuncionais, tendo comoresultado a circulao de pessoas entre zonas pormeio de artrias artificiais. A circulao acaba porser a principal preocupao do planejador. H umpadro urbano, antiecolgico, que, para Krier, perda de tempo, de energia e espao.

    O PS-MODERNISMO NA CIDADE

    O Modernismo, para Leon Krier

    Zoneamento monofuncional Arranha-cus; Arranha-solos; SetorCentral de Negcios; Faixa Comercial; Setor de Escritrios; etc sosuperconstrues verticais ou horizontais de mesmo uso numa zonaurbana Resultado: Pobreza simblica da arquitetura e da paisagemurbana.

  • Totalidade de funes urbanasfornecida dentro de distncias ap compatveis e agradveis;

    Tal forma urbana no podecrescer por extenso em largurae altura, mas somente pormultiplicao;

    O PS-MODERNISMO NA CIDADE

    A boa cidade, segundo Krier

  • A riqueza simblica de formas urbanas tradicionais, ao ver de Krier, baseia-se na proximidade e no dilogo da maior variedade possvel e por isso necessrio que a variedade se expresse atravs da articulao significativae honesta dos espaos pblicos e do tecido urbano.

    O PS-MODERNISMO NA CIDADE

    A boa cidade, segundo Krier

    Krier busca a restaurao erecriao ativa dos valoresurbanos clssicos tradicionais:restaurao do tecido urbanomais antigo e sua reabilitaopara novos usos e a criao denovos espaos que exprimam asvises tradicionais com osavanos que as tecnologias emateriais modernos permitem.

  • A paz e a prosperidade internacionais tinham de ser reconstrudasde forma a atender s aspiraes de povos que tinham dado suavida e energia numa luta descrita como ma luta por um mundo maisseguro e melhor, por um futuro melhor.

    As polticas do ps-guerra, para se manterem democrticas ecapitalistas, deveriam tratar de questes como o pleno emprego, ahabitao decente, a previdncia social, o bem-estar e as amplasoportunidades de construo de um futuro melhor.

    Tendncia por parte de diversos pases a considerar a experincia deproduo e planejamento em massa utilizada durante a guerracomo um meio de lanar um programa vasto de reorganizao ereconstruo.

    O MODERNISMO COMO SOLUO

    O Modernismo no Ps Guerra

  • A reconstruo, reformulao erenovao do tecido urbano se faziamessenciais nesse novo projeto. Nestecontexto, as idias do CIAM, de LeCorbusier, de Mies Van der Rohe,Frank Lloyd Wright e outros tiveramaceitao.

    OS CIAMS

    O Modernismo no Ps Guerra

  • Na Inglaterra, foram tomadasmedidas para eliminao dehabitaes miserveis econstruo de casas, escolas,hospitais, fbricas, etc.modulares atravs da adoo deprocedimentos de planejamentoracional e de sistemas deconstruo industrializadaspropostas por arquitetosmodernistas h muito tempo.Houve tambm racionalizaodos padres espaciais e dossistemas de circulao a fim depromover a igualdade.

    AS MEDIDAS TOMADAS NO PS-GUERRA

    O Modernismo no Ps Guerra

  • Nos Estados Unidos, por sua vez, a suburbanizao rpida e poucocontrolada foi pasadamente subsidiada por sistemas de habitaomantidos pelo governo. A deteriorao do centro devida sada deempregos e pessoas levou a uma estratgia de renovao urbana(tambm subsidiada pelo governo) atravs da demolio ereconstruo de centros urbanos mais antigos.

    Apesar de a soluo americana se mostrar bastante diferente dabritnica, os Estados Unidos tambm se apoiaram bastante naproduo em massa, nos sistemas de construo industrializada e emuma concepo sobre como fazer emergir um espao urbanoracionalizado ligando-o por meio de formas individualizadas detransporte atravs do uso de infra-estruturas fornecidas pelo Estado.

    AS MEDIDAS TOMADAS NO PS-GUERRA

    O Modernismo no Ps Guerra

  • A hegemonia do estilo modernista nessa poca no tem razespuramente ideolgicas. O custo e a eficincia foram fatores quetambm influenciaram a difuso do estilo internacional. Era moda, nosanos 50, alardear a capacidade de criao de uma nova espcie de serhumano por parte do estilo internacional, visto que ele era o braoexpressivo do aparelho estatal burocrtico intervencionista que, ao ladodo capital corporativo, era responsvel por todos os avanos do bemestar humano.

    O PORQU DA HEGEMONIA DO ESTILO MODERNISTA

    O Modernismo no Ps Guerra

  • Projetos para pessoas de baixa renda que se tornaram piores centros dedelinqncia, de vandalismo e de desamparo social geral do que asfavelas que pretendiam substituir. Projetos de habitao para pessoas derenda mdia que so verdadeiras maravilhas da estupidez e de sujeio,privados de toda jovialidade ou vitalidade da vida na cidade. Projetos dehabitao de luxo que mitigam sua inanidade, ou tentam, com avulgaridade inspida. Centros culturais incapazes de sustentar uma boalivraria. Centros cvicos que s no so evitados pelos vagabundos, quetm menos escolhas de locais de vagabundagem do que outros. Centroscomerciais que so imitaes apagadas de shoppings suburbanospadronizados com lojas de departamentos. Calades que vo do nada alugar nenhum e que no tm quem passe neles. Vias expressas quedesfiguram as grandes cidades. Isso no reconstruo de cidades; trata-se de devastao de cidades.

    THE DEATH AND LIFE OF GREAT AMERICAN CITIES

    Jane Jacobs e o Tratado Antimodernista

  • Para Jacobs, tudo isso resultado de uma incompreenso do que so ascidades. Segundo ela, os processos so a essncia. Quando os processosacontecem em ambientes urbanos saudveis, h por trs deles umacomplexidade organizada, uma vitalidade e uma energia de interaosocial que depende da diversidade, da complexidade e da capacidade delidar com o inesperado de maneiras controladas, mas criativas.

    O problema, segundo Jacobs, que os planejadores so inimigos dadiversidade, por medo do caos e da complexidade consideram-nosfeios e irracionais. Ela aponta tambm que o planejamento urbano noresponde autodiversificao espontnea entre as populaes urbanas,mas tambm no o fornece a essas populaes.

    Na superfcie, o modernismo procura descobrir maneiras de exprimir aesttica da diversidade; entretanto, necessrio considerar como ele ofaz.

    THE DEATH AND LIFE OF GREAT AMERICAN CITIES

    Jane Jacobs e o Tratado Antimodernista

  • Jencks atribui como razes da arquitetura ps-moderna duas significativasmudanas tecnolgicas.

    Primeira: as comunicaes contemporneas quebraram as fronteiras usuais doespao e do tempo. Resultado: novo internacionalismo fortes diferenciaesinternas em cidades e sociedades baseadas no lugar, na funo e no interessesocial. As novas tecnologias de comunicao e transporte podem lidar com ainterao social no espao de maneira bastante diferenciada, permitindo essafragmentao produzida. A arquitetura e o projeto urbano puderam entolidar com formas urbanas dispersas, descentralizadas e desconcentradasporque elas so hoje muito mais factveis tecnologicamente do que antes.

    Segunda: as tecnologias dissolveram a necessidade de conjuno da produoem passa e a repetio em massa; permitindo assim a produo em massa deprodutos quase personalizados que exprimem uma grande variedade deestilos. Alm disso, os materiais de construo (alguns dos quais sendoimitaes quase exata de estilos mais antigos) podem ser adquiridos a preosbem baixos, o que auxilia no ecletismo do ps-modernismo.

    A TECNOLOGIA COMO ALIADA

    Jencks e as Razes da Arquitetura Ps-Moderna

  • Jencks e as Razes da Arquitetura Ps-Moderna

    A maior parte das restriesexistentes no perodo doimediato ps-guerra se alteroue extinguiu-se com o tempo,portanto, os arquitetos eplanejadores urbanos ps-modernos puderam lidar commais facilidade o desafio de secomunicar com gruposdistintos de clientes demaneira personalizada.

    Em principio a arquitetura ps-moderna antivanguardista e no desejaimpor solues, ao contrrio da tendncia passada.

  • MECANISMOS DE MERCADO:

    O ps-modernismo na arquitetura e no urbanismo tende a se orientar para o mercado, por ser esta a linguagem primria de comunicao da nossa sociedade.

    As diferentes culturas de gosto e comunidades exprimem seus desejos pormeio de uma influencia poltica e de poder de mercado diferenciados.

    Perigo de acabar atendendo as necessidades do consumidor rico e privado, eno do consumidor pobre e pblico situao que o arquiteto tempossibilidade de mudar, segundo Jencks

    Existe uma probabilidade do zoneamento do planejador acabar sendosubstitudo por um zoneamento de mercado, baseado na capacidade de pagarpor uma alocao de terra.

    A transio de mecanismos planejados para mecanismos de mercado pode acurto prazo culminar em usos distintos e interessantes configuraes, porm avelocidade da gentrificao (enobrecimento urbano) torna os resultadosmontonos rapidamente Sucumbem justamente a monotonia domodernismo que se destinavam a substituir.

  • O capital simblico acabatransformando-se em capital dinheiro.

    superficiais que ocultam significadossuFetichismo preocupao diretacom aparncias bjacentes Serve paraocultar, atravs do domnio da cultura edo gosto, a base real das deteneseconmicas.

    MECANISMOS DE MERCADO:

    Ao explorar os domnios dos gostos e preferncias estticas diferenciados, osarquitetos e planejadores urbanos reenfatizaram um forte aspecto daacumulao de capital: a produo e consumo Capital simblico(Bourdieu) Acumulo de bens de consumo que atestem o gosto e a distinode quem os possui.

  • A procura de meios de comunicardistines sociais atravs daaquisio de todo tipo de smbolode status h muito tempo faz parteda vida urbana.

    O modernismo, por sua vez,reprimiu a significao do capitalsimblico na vida urbana. Porm,essa democratizao eigualitarismo forados do gosto,diante das distines sociais dasociedade capitalista, geraram umademanda ou desejo reprimido. parte do qual foi expressa nosmovimentos culturais dos anos 60

    os efeitos ideolgicos mais bem-sucedidos so os que no tm palavras

    MECANISMOS DE MERCADO:

  • Este desejo reprimidoprovavelmente teve importantepapel na promoo do mercadode ambientes e estilosarquitetnicos e urbanos maisdiversificados.

    O gosto no uma categoriaesttica o capital simblico estasujeito aos caprichos da moda paramanter-se como capital.

    Ao se dar ateno para asnecessidades da heterogeneidadede habitantes urbanos e culturas degosto, afasta-se a arquitetura doideal de uma metalinguagemunificada a decompe emdiscursos diferenciados. FRAGMENTAO

    MECANISMOS DE MERCADO:

    Metrpole se torna uma colagem de fragmentos da realidade e estilhaos deexperincia enriquecidos por referncias histricas sistema de signos esmbolos anrquicos e arcaicos em constante e independente auto-renovao.

  • Alguns arquitetos se esforam para cultivar as qualidades labirnticasdos ambientes urbanos mesclando interiores e exteriores, ousimplesmente por meio da criao de um sentido interior decomplexidade.

    Multivalncia da arquitetura a torna radicalmente esquizofrnicapor necessidade (Jencks)

    Dupla codificao da arquitetura:

    Uma tradicional popular, que como a lngua falada, muda aospoucos, est cheia de clichs e enraizada na vida familiar.

    Uma moderna, com razes na sociedade em rpida mudana, comnovas tarefas funcionais, novos materiais, novas tecnologias eideologias; assim como uma arte e uma moda que no para demudar.

    O ps-modernismo abandona a busca modernista do sentido interiorem meio a atual balburdia, afirma uma base mais ampla para oeterno numa viso construda da Continuidade histrica e memriacoletiva

  • A destruio, demolio,expropriao e as rpidasmudanas dos usos, resultados daespeculao e da obsolescncia,so sinais da dinmica urbana.

    Porm o individuo possui umdestino ininterrupto, e isto sereflete na qualidade depermanecia de monumentosurbanos signos da vontadecoletiva expressa pelos princpiosda arquitetura, se oferecem comoelementos primrios, pontos fixosna dinmica urbana

    A tarefa do arquiteto participarlivremente da produo demonumentos que exprimem amemria coletiva vontade desuas manifestaes coletivas

    genre de vie modo de vidarelativamente permanente que aspessoas constroem para simesmas em certas condiesecolgicas, tecnolgicas e sociais.

    Porm, nas condies demudana industrial rpida, torna-se o desafio evitar que suapostura terica se reduza a umaproduo esttica do mito atravsda arquitetura.

    Para o arquiteto italiano Aldo Rossi:

    Rossi e o Monumento

  • Rossi leva a srio o problema dareferencia histrica. Atravs defilmes, televiso e livros, ahistria e a experincia passadatornam-se um arquivoaparentemente vasto,recupervel e capaz de serconsumido repetidas vezes.

    A inclinao ps-moderna deacumular toda espcie dereferencias a estilos passados uma de suas caractersticas maispresentes.

    Hewison diz:

    O impulso de preservar opassado parte do impulso depreservar o eu. Sem saber ondeestivemos, difcil saber paraonde estamos indo. O passado fundamento da identidadeindividual e coletiva... Acontinuidade entre passado epresente cria um sentido desequncia para o caos aleatrio e,como a mudana inevitvel, umsistema estvel de sentidos nospermite lidar com a inovao e adecadncia.

    A Referencia Histrica

  • Relao entra a industria daherana e o ps-modernismo: Osdois conspiram para criar uma telaoca que intervm entre a nossavida presente e a nossa histria.No temos uma compreensoprofunda da histria, recebendoem vez disso uma criaocontempornea que mais umdrama e uma re-representao decostumes do que discurso crtico.

    A arquitetura ps-moderna citauma vasta gama de informaes, deimagens e forma urbanas earquitetnicas presentes emdiferentes partes do mundo muse imaginaire experinciasde outros lugares e doconhecimento adquirido em filmes,na televiso, em exposies,revistas, etc.

    inevitvel que toda essainformao se agregue, sendotanto excitante quando saudvelque isso acontea. Por que nosrestringir ao presente, ao local, sepodemos viver em pocas eculturas distintas? O ecletismo aevoluo natural de uma culturaque tem escolha. Jencks

    A Referencia Histrica

  • Esse pot-pourri de internacionalismo para Harvey mais espantoso que oprprio internacionalismo dos modernistas, pois cria reprodues pequenasItlias, Havanas, Tquios- bem como reas culturalmente homogneas Chinatowns, bairros latinos, quarteires rabe, que mascaram a paisagem realatravs da (re)construo de imagens e costumes.

    Fascnio do ps-modernismo pela superfcie.

    Conflito: Historicismo x estilo do muse imaginaire

    POT-POURRI GEOGRFICO

    Incorporaes | Muse Imaginaire | Pot-Pourri

  • O espetculo uma arma poltica desde a Roma antiga e o po e circo.

    Harvey: - Como tem sido apresentado o espetculo urbano nos ltimos anos?

    Nos EUA esse espetculo urbano se deu a partir dos movimentos de oposiode massas na dcada de 60 manifestaes pelos direitos civis, contra a guerra,levantes, eventos contraculturais, etc que apontavam para odescontentamento urbano com o modernismo e suas renovaes urbanas eprojetos habitacionais.

    O ESPETCULO

    Espetculo Urbano

  • Aps os distrbios ocorridos em 1968 ps-morte de Martin Luther King Jr. -um grupo influente se rene comoobjetivo de promover uma renovaourbana na cidade que via a vitalidadede seu centro funcional e modernista ameaada.

    Esse grupa buscava um smbolo paraconstruir uma imagem da cidade comocomunidade.

    (...) uma cidade que pudesseconfiar em si o bastante parasuperar as divises e a mentalidadede cerco com que o cidado comumencarava o centro da cidade e seusespaos pblicos.

    HARVEY, pg. 89

    O ESPETCULO

    Baltimore

  • Assim surge a Baltimore City Fair que pretendiacelebrar a vizinhana e a diversidade tnica. Elase tornou uma atrao regular para o centro dacidade, o que desencadeou uma comercializaoinstitucionalizada de um espetculo permanentepela construo:

    O ESPETCULO

    Baltimore

    Harbor Place Centro de Cincias Aqurio Centro de Convenes Marina Hotis

  • O ESPETCULO

    Baltimore

  • Esse desenvolvimento exigia uma arquitetura diferente do modernismo aplicadonas renovaes dos centros das cidades nos anos 60. Para o sucesso dessesprojetos era preciso uma arquitetura do espetculo sensao de brilhosuperficial e de prazer participativo transitrio, de exibio e de efemeridade.

    Boston, So Francisco, Nova Iorque, San Antonio, Londres, Gateshead soexemplos de cidades que tambm realizaram a construo desses espaosurbanos do espetculo que tambm esto presentes em instalaes transitriascomo jogos olmpicos e festivais.

    O ESPETCULO

    Arquitetura do EspetculoC

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  • Essa determinao de certas imagens cidade atravs da organizao de espaosurbanos do espetculo se torna um atrativo de capital e pessoas, em um perodomarcado pela competio interurbana onde os empreendimentos urbanosestavam intensificados.

    A projeo de uma imagem de um lugar definida por qualidades, pelo espetculo

    e a teatralidade foram possveis pelamistura ecltica de estilos, acitao histrica, a ornamentao e a diversificao desuperfcies.

    Exemplo: Piazza dItalia

    O ESPETCULO

    Imagens da Cidade

  • Projetada por Charles Moore nacidade der Nova Orleans a praasintetiza todas essas tendncias. considerada internacionalmentecomo um dos exemplos maisimportantes e notveis daarquitetura ps-moderna.

    O ESPETCULO

    Piazza dItalia

    Implantada em uma rea queprecisava ser redesenvolvida

    Populao italiana local

    Forma e linguagem arquitetnicaremetem as funes sociais de umapraa italiana

    Grande praa circular

    Forma negativa dos prdios queconformam seu entorno

  • Entrada marcada pela presenade um templo que anuncia alinguagem formal da praa

    O ESPETCULO

    Piazza dItalia

  • O ESPETCULO

    Piazza dItalia

    Estruturada por colunas fragmentadas

    Referncia irnica as cinco ordens da coluna clssica

    Presena da Pop-Art nas cores e iluminao neon

  • Teatralidade

    Fragmento inserido numcontexto novo e moderno

    Os espetculos sugerem certasdimenses de sentido social.Essa arquitetura e projeto urbanotransmitem uma busca por ummundo fictcio que nos tire darealidade e nos leve a imaginaopura.

    O ESPETCULO

    Piazza dItalia

  • Procura recuperar os altos padres de elite e de prtica arquitetnicavanguardista por meio da desconstruo do modernismo dos construtivistasrussos da dcada de 30. Empenho na tentativa de fundir o pensamentodesconstrucionista da teoria literria com prticas arquitetnicas ps-modernas.

    Assim como o modernismo se preocupa em explorar a forma e o espao puros,entretanto o faz como textos e partes no alinhadas que no adquirem umsentido de unidade o que permite diferentes leituras.

    Assemelha-se ao ps-modernismo na tentativa de refletir o mundo e suasdesorganizaes polticas, econmicas e morais. mais enftico.

    A fragmentao, o caos e a desordem permanecem como temais centrais.

    LINHA DE ATAQUE

    Desconstrutivismo

  • Fico, fragmentao, colagem e ecletismo, todos infundidosde um sentido de efemeridade e de caos, so, talvez, os temasque dominam as atuais prticas da arquitetura e do projetourbano.

    HARVEY, pg. 96.

    CONCLUSES

    Harvey