o porto desejado da humanidade - [sermÃo] - linaldo lima

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Página 1 O PORTO DESEJADO DA HUMANIDADE Sábado, 3 de janeiro de 2015. Texto Bíblico: João 14: 1 – 6. “Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu o teria dito a vós. Portanto, vou preparar-vos lugar. E, quando Eu me for e vos tiver preparado um lugar, virei de novo e vos levarei para mim, a fim de que, onde Eu estiver, estejais vós também” (Jo 14: 2-3). O contexto do capítulo catorze do Evangelho de João se dá momentos antes da prisão de Jesus no Getsêmani. Em poucos instantes, a vida dos discípulos mudaria drasticamente. O sol se poria ao meio-dia e seu mundo cairia no caos. O pastor seria preso e as ovelhas ficariam dispersas. O que poderia ser feito durante esse momento? A resposta de Jesus seria clara: confiar em Deus com todas as forças. Entretanto, há momentos na vida onde temos que crer mesmo sem poder comprovar o que cremos, e temos que aceitar o que não compreendemos. As horas mais terríveis da vida sempre trazem consigo um objetivo de vida. E quando esse objetivo é o amor, até o mais insuportável se faz suportável e, na escuridão mais extrema se percebe uma luz (BARCKLAY, 1984, p. 440). Jesus, mesmo, é a prova de que Deus está disposto a nos dar tudo o que tem, por causa do seu amor. “Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos concederá juntamente com Ele, gratuitamente, todas as demais coisas?” (Romanos 8: 32).

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Página 1

O PORTO DESEJADO DA HUMANIDADE

Sábado, 3 de janeiro de 2015.

Texto Bíblico: João 14: 1 – 6.

“Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu o teria dito a vós. Portanto, vou preparar-vos

lugar. E, quando Eu me for e vos tiver preparado um lugar, virei de novo e vos levarei para mim, a fim de que,

onde Eu estiver, estejais vós também” (Jo 14: 2-3).

O contexto do capítulo catorze do Evangelho de João se dá momentos antes da prisão de

Jesus no Getsêmani. Em poucos instantes, a vida dos discípulos mudaria drasticamente. O

sol se poria ao meio-dia e seu mundo cairia no caos. O pastor seria preso e as ovelhas

ficariam dispersas. O que poderia ser feito durante esse momento? A resposta de Jesus seria

clara: confiar em Deus com todas as forças.

Entretanto, há momentos na vida onde temos que crer mesmo sem poder comprovar o

que cremos, e temos que aceitar o que não compreendemos. As horas mais terríveis da

vida sempre trazem consigo um objetivo de vida. E quando esse objetivo é o amor, até o

mais insuportável se faz suportável e, na escuridão mais extrema se percebe uma luz

(BARCKLAY, 1984, p. 440). Jesus, mesmo, é a prova de que Deus está disposto a nos dar tudo

o que tem, por causa do seu amor.

“Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos

concederá juntamente com Ele, gratuitamente, todas as demais coisas?” (Romanos 8: 32).

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Nesse contexto de um futuro sombrio para os seus discípulos, Jesus lhes revelou detalhes

sobre um futuro que ainda estava oculto aos seus olhos. Ele falou do céu – o porto desejado

de todos os homens.

1. HÁ LUGAR PARA TODOS NO CÉU

“Na casa de meu Pai há muitas moradas” (Jo 14: 2a).

Se perguntarmos a qualquer indivíduo: “Pra onde você quer ir depois de morrer”? Com

certeza a resposta será: “Eu quero morar no céu”. O Céu, com certeza, é o porto desejado de

todos os homens.

Entretanto, se é verdade que ninguém vai ao céu simplesmente porque quer ir pra lá, como

se fosse uma viagem de férias, que fazemos após alguns anos de economias, também é fato

que no céu há lugar para todos os homens. Diferentemente do inferno, o céu foi feito pra

abrir a coroa da criação de Deus (o homem). Essa é a razão pela qual os discípulos não

deveriam ficar apreensivos após a prisão e morte de Jesus (“não se turbe o vosso coração”).

Sendo assim, qualquer casa na terra pode esgotar sua capacidade de ocupação; um hotel

pode ter que recusar um viajante exausto porque carece de lugar. Entretanto, isso não

acontece com a casa do nosso Pai, porque o céu é tão vasto como o coração de Deus e há

lugar para todos.

2. O CÉU É TÃO REAL QUANTO A HONESTIDADE DE JESUS

“...se não fosse assim, Eu o teria dito a vós” (Jo 14: 2b).

Ninguém pode afirmar que foi enganado com promessas falsas para que se convertesse ao

cristianismo. O próprio Jesus falou com toda franqueza aos homens sobre diversas verdades,

tais como:

a) O adeus que o Cristão deve dar à comodidade (Lc 9: 57-58);

b) Falou-lhes sobre as perseguições, o ódio, os castigos que deveriam suportar (Mt 10:

16-22);

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c) Advertiu sobre o resplandecer da nossa luz (Mt 16: 24).

O Senhor falou aos homens com franqueza e honestidade a respeito do que podiam esperar

quanto à dor e glória que estavam sujeitos, caso se propusessem a segui-lo. Ele não era um

líder que tentava enrolar os homens, prometendo um caminho fácil; buscava desafiá-los

para que obtivessem grandeza.

3. JESUS COMO DESBRAVADOR

“Portanto, vou para preparar-vos lugar” (Jo 14: 2c).

Uma das palavras que bem descreve essa ação de Jesus no original grego é “pródromos”,

que foi traduzida para o português como precursor (Hb 6: 20). Essa palavra tem dois usos

bem ilustrativos para essa imagem:

A. No exército romano, os pródromos eram as tropas de reconhecimento. Foram na

frente do grosso da tropa para queimar atalho e assegurar-se de que as tropas

podiam seguir por ele sem perigo;

B. O porto de Alexandria era de difícil acesso. Quando os grandes barcos trigueiros

chegavam próximo ao porto, enviavam um pequeno bote piloto para guiá-lo. Esse

bote ia adiante do barco, e este o seguia com o passar do canal até chegar ao lugar

que não apresentava mais nenhum risco para a grande embarcação.

Ia adiante para que outros pudessem segui-lo sem perigo. Foi isso o que Jesus fez. Abriu o

caminho que leva a Deus e ao céu para que nós pudéssemos seguir seus passos.

4. A PROMESSA DA SEGUNDA VINDA

“E, quando Eu me for e vos tiver preparado um lugar, virei de novo e vos levarei para mim, a

fim de que, onde Eu estiver, estejais vós também” (Jo 14: 3).

Essa parte nos fala da vitória final de Jesus, referindo-se claramente sobre a segunda vinda

de Jesus. Trata-se de uma doutrina que, em grande parte e infelizmente, desapareceu do

pensamento e da pregação de muitos cristãos.

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Quando falamos sobre a segunda vinda de Jesus, os cristãos assumem duas posições

completamente opostas, o que é muito estranho. São elas: (1) ou a ignoram por completo

(2) ou não pensam em outra coisa. O perigo está em ambas as posições assumidas. O ideal é

um meio termo entre as duas.

É fato que não temos como predizer quando acontecerá esse evento. Também é certo que

não podemos dizer o que acontecerá ao chegar esse momento. Mas há algo inquestionável:

A história tem uma direção. Ela é necessariamente incompleta se não tiver um fim e um

momento determinante. Haverá uma consumação e esta é o triunfo de Jesus Cristo.

E o que Jesus promete é: No dia de sua vitória, ele dará boas-vindas aos seus amigos.

#QueONossoAlvoSejaOCÉU!

Por Linaldo Lima

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