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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL UMA ABORDAGEM TÉCNICA Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários

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o porquê de se criar o instituto de terras do BrasiL

uma abordagem técnica

Sindicato Nacional dosPeritos Federais Agrários

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o porquê de se criar o instituto de terras do BrasiL

uma abordagem técnica

2013

Sindicato Nacional dosPeritos Federais Agrários

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parte icriação de um órgão para governança agrária brasileira: o primeiro passo

1. Introdução

2. Necessidade de controle sobre a terra: aspectos teóricos

3. Regulação e governança agrária: aspectos históricos do Brasil

4. Evidências da débil governança agrária no Brasil

5. Estrutura Institucional da governança agrária brasileira

6. A situação atual do INCRA

7. A adequada governança agrária

8. Proposta: criação de um órgão para a governança agrária

9. A posição do SindPFA e sua proposta

10. Conclusões

Referências

parte iipropostas de legislação para a criação do instituto de terras do brasil (interbras)

Projeto de Lei para criação do Instituto de Terras do Brasil – INTERBRAS

Decreto para regulamentar a Estrutura Regimental do Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS

Portaria para aprovar o Regimento Interno do Instituto de Terras do Brasil – INTERBRAS

Regimento Interno do Instituto de Terras do Brasil – INTERBRAS

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sumário

Sindicato Nacional dosPeritos Federais Agrários

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Criação de um órgão para governança agrária BrasiLeira: o primeiro passo

parte i

Sindicato Nacional dosPeritos Federais Agrários

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SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS 9

1. introdução

Neste inicio do século XXI, o Brasil vem apresentando bom crescimento econômico, instituições sólidas em várias áreas e melhorias nas questões sociais Por outro lado, porém, a situação fundiária rural e urbana ainda é muito precária, pois ainda não foram enfrentadas questões elementares que a maioria dos países desenvolvidos resolveu nos séculos XVIII e XIX.

No contexto rural, a grande concentração da propriedade da terra e a sua elevada ociosidade, associadas à existência de movimentos sociais que demandam terras, demonstram que a questão agrária brasileira ainda precisa ser solucionada. São vários sintomas de que uma faceta da questão agrária decorre da insegurança jurídica associada à propriedade da terra, como, por exemplo, os constantes conflitos pela terra – inclusive com confrontos, por vezes trágicos –, a existência de posses com a possibilidade de novos apossamentos de terras, as grandes possibilidades de fraudes nos processos de registros de terras, a ausência de controle sobre as compras de terras por parte de estrangeiros e a constante necessidade de criar novos cadastros que impediriam o desmatamento na Amazônia. Na área urbana o país tem quase que 40% de sua população vivendo de forma precária em favelas, cortiços e loteamentos clandestinos, sem nenhuma regularização.

O que está por trás de tudo isso é a possibilidade de especulação das terras, que é uma das atividades mais rentáveis e com menor risco do país. Apenas com uma efetiva governança no mercado de terras, exercida por instituições competentes, relacionadas com a questão fundiária, será possível combater as ilegalidades de forma eficiente.

O problema agrário brasileiro tem suas origens no padrão de ocupação e de desenvolvimento do país e as soluções legais e institucionais. Por mais que se tentasse enfrentar o problema, chegado o século XXI, ele só tem se agravado. Historicamente, a realidade fundiária brasileira foi marcada pela existência de regulação formal, mas não aplicada integralmente, fazendo com que as regras de acesso à terra sejam bastante frágeis e incipientes. A Lei de Terras de 1850 já tinha objetivos de regular a propriedade, quando pretendia ordenar a apropriação territorial no Brasil, acabar com a posse, fazer um cadastro de terras e tornar a terra uma garantia confiável para empréstimos.

Contudo, não foi o que aconteceu na prática. A terra, tanto rural quanto urbana, ainda permanece apenas com controles que procuram garantir a propriedade, mas não a regulam, nem sequer o seu uso. Se até então não há cadastro dos imóveis privados e das terras públicas (devolutas ou outras), não há nem sequer alguma forma de regulação social adequada.

Portanto, diante desse cenário, a terra é passível de qualquer tipo de utilização pelos proprietários e posseiros, desde a especulativa, passando pela produtiva, até a predatória. Até hoje não se tem noção das terras pertencentes ao Estado pelos

vários mecanismos existentes. Nem mesmo as terras devolutas definidas na Lei de Terras de 1850 foram discriminadas.

Este documento objetiva apresentar uma síntese que caracterize a débil governança agrária brasileira e apresentar uma proposta de encaminhamento para que, no médio e longo prazo, tal governança possa ser efetiva no país. Para isto, apresentar-se-ão no primeiro item aspectos teóricos que explicam a necessidade de se regular a terra. No item dois se apresentará os aspectos teóricos da necessidade de controle sobre a terra. No item três apresentam-se os determinantes históricos do quadro legal e institucional e no item quatro as evidências da deficiente regulação e governança de terras no Brasil. No item cinco é exposta a atual estrutura institucional da governança agrária brasileira. No item seis é descrita a situação atual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). No item sete são narrados os fundamentos e princípios de uma boa governança para, no item oito, apresentar uma proposta relativa ao tema para o Brasil. No item nove são apresentadas as principais reflexões da SindPFA sobre a questão. O item dez, por fim, dedica-se às conclusões.

2. neCessidade de ControLe soBre a terra: aspeCtos teóriCos

Para compreender o papel da governança agrária e da regulação institucional no mercado de terras, pode-se recorrer a Polanyi (1980), que observou que, no capitalismo, ao ocorrer a conversão da terra numa mercadoria fictícia, houve uma tendência de submeter a regulação sobre a terra (ou seja, a natureza) às leis do mercado, subordinando a vida ao sistema econômico capitalista. Mas é dele a ideia de que os três mercados – do dinheiro, de trabalho e de terras – por serem fictícios, requerem uma regulação estatal estrita, pois são mercados que jamais serão “autorregulados”, como os mercados das demais mercadorias, já que estas podem ser produzidas e a terra possui uma quantidade limitada, somente sendo possível aumentar a sua produtividade. Polanyi (1980:88) deixa claro o papel do Estado em controlar a terra e as demais mercadorias fictícias como o dinheiro e o trabalho:

A história social do século XIX foi, assim, o resultado de um duplo movimento; a ampliação da organização do mercado em relação às mercadorias genuínas foi acompanhada pela sua restrição em relação às mercadorias fictícias. Enquanto, de um lado, os mercados se difundiam sobre toda a face do globo e a quantidade de bens envolvidos assumiu proporções inacreditáveis, de outro lado uma rede de medidas e políticas se integravam em poderosas instituições destinadas a cercear a ação do mercado relativa ao trabalho, à terra e ao dinheiro... A sociedade se protegeu contra os perigos inerentes a um sistema de mercado autorregulável, e este foi o único aspecto abrangente na história desse período.

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O êxito em restringir os determinantes de mercado no uso da terra, bem como o modo como isso foi realizado, parece diferenciar as experiências internacionais em termos de bem-estar econômico, social e ambiental, tanto na área rural quanto na urbana. Na verdade, as instituições e o ambiente institucional1 construídos para a governança nos mercados de terras procuram definir, regular e limitar os direitos de propriedade sobre a terra, em favor de objetivos socialmente definidos.

Belik, Reydon e Guedes (2007) mostram que a forma e a natureza dos direitos de propriedade definidos socialmente influenciam de forma clara e intensa o desempenho econômico, porque determinam os custos de transformação e transação nas economias. E estes custos são a base de qualquer economia. Pode-se concluir do dito acima que:

a) Nas economias de mercado há a utilização de ativos para especular;

b) A terra, quer rural quer urbana, é passível de ser utilizada para fins especulativos;

c) Há necessidade de que o Estado regule ou que haja efetiva governança no mercado de terras, pois este não é um mercado autorregulado;

d) A forma, os instrumentos, enfim o padrão de governança agrária interfere diretamente nos processos especulativos, produtivos, ambientais e sociais determinando suas dinâmicas rurais e urbanas.

3. reguLação e governança agrária: aspeCtos históriCos do BrasiL

O Brasil carrega desde seus primórdios a herança da falta de governança com relação à terra. Desde sua descoberta até a Lei de Terras de 1850, as regras efetivas no que tange o solo urbano e rural foram definidas pelo poder político e físico dos ocupantes. A Lei de Terras foi a primeira tentativa de regulação dos imóveis rurais e urbanos, permeada pelo caráter de restrições de acesso à terra que pairavam sobre todo o mundo colonial. Como descrito magistralmente por Lígia Osório Silva (1996), sob o contexto das pressões inglesas para extinção do tráfico e transição para o trabalho livre, a dita lei visava colocar ordem ao caos existente em matéria de propriedade territorial, demarcando as terras devolutas, em paralelo com a solução para a falta de mão de obra e o financiamento de imigrantes. A aplicação prática da lei, entretanto, se mostrou dificultosa, não sendo cumprido o objetivo primário de demarcação das terras devolutas e particulares, nem se efetivou a proibição da posse atestada na lei (“invasão dos terrenos devolutos” na terminologia da época). Assim se manteve a possibilidade de regularização das posses, possibilitando a ocupação de terras devolutas e, portanto, inviabilizando o estabelecimento de um cadastro.

1. Por Ambiente Institucional entendem-se “as regras do jogo que definem o contexto no qual a atividade econômica acontece” (Williamson, 1996:378).

Surgiu em 18642, uma nova obrigação institucional que estabeleceu uma tradição que perdura até hoje: a necessidade de registrar as posses e as propriedades nos cartórios de registros de imóveis. Esta acabou por aumentar ainda mais a complexidade jurídica da regulação da propriedade de imóveis, gerando um ambiente de indefinição e incapacidade do Império de regular efetivamente o mercado de terras, dando ares de legalidade aos imóveis sem que houvesse qualquer mecanismo que garantisse isso.

Em Reydon (2011), viu-se que a institucionalização do Registro Público de Terras, em 1900 é, possivelmente, o principal passo para o sistema hoje vigente de registro de imóveis em cartórios. Nessa regra, todos precisam demarcar e registrar seus imóveis, rurais ou urbanos, mas sem qualquer fiscalização, e sem que haja um cadastro. O Estado, como também precisaria demarcar e registrar as suas terras (devolutas), o que é impraticável – pois estas são definidas por exclusão –, age, portanto, ilegalmente. Essa obrigatoriedade acaba por potencializar as possibilidades de fraudes nos registros dos cartórios públicos. A próxima alteração legislativa, o Código Civil de 1916, por motivos – não necessariamente – atrelados aos interesses dos proprietários de terras, acabou por estabelecer os grandes marcos da institucionalidade do acesso à terra no Brasil, ao definir que o registro em cartórios de imóveis era necessário (às vezes também suficiente) para comprovar sua titularidade. Holston (1993:71 apud, Reydon, 2011), analisa a realidade atual desse instrumento jurídico:

[...] Todas as transações relacionadas com a propriedade devem ser registradas a fim de serem obtidos os direitos legais relevantes. Atualmente esses registros são regulados pela Lei dos Registros Públicos (6015/1973) a qual define as formalidades que constituem o sistema brasileiro de cartórios – sistema privado, labiríntico e corrupto. Seu enorme poder burocrático vem do Código Civil (art. 533), o qual afirma que as transações envolvendo bens imóveis não transferem o direito de propriedade, ou os direitos sobre ela, a não ser a partir da data na qual são registrados nos livros dos cartórios; ou seja, como diz o ditado, ‘quem não registra, não possui’.

A próxima inovação no âmbito legislativo fundiário se dá com o Estatuto da Terra de 1964, cujas regras e conceitos continuam válidos até hoje e se prestaram a iluminar a criação de um Cadastro de Imóveis Rurais, onde os imóveis privados ou públicos deveriam ser registrados – inclusive as posses. O INCRA, criado em 1970, tornou-se responsável pela gerência do Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), o qual mantinha o Cadastro de Imóveis Rurais. Uma vez que o imóvel era registrado, o INCRA emitia o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) exigido para qualquer tipo de transação de terra.

2. A irregularidade mais comum nos Cartórios de Registro de imóveis é a superposição de várias áreas, ou seja, vários proprietários se dizem donos da mesma terra. Quando isso ocorre, diz-se que a terra possui ‘andares’, para cada proprietário com título irregular para aquela área acrescenta-se mais um andar. O governo federal está dando um passo decisivo na regulação do mercado de terras rurais e urbanas ao conseguir aprovar a Lei 10.267/2001, na qual os cartórios são obrigados, quando houver qualquer mudança na propriedade, a repassá-la ao INCRA numa planta com os seus limites em forma cartográfica (latitude e longitude).

Posseiros registrados pelo INCRA também receberam o CCIR e deveriam pagar o Imposto sobre o Imóvel Rural, embora os valores desse imposto tenham sempre sido mantidos a níveis baixos. O Estatuto da Terra manteve a legitimação da posse, permitindo assim a titulação de terras públicas ocupadas informalmente, assim como também não teve eficácia aplicativa suficiente para consolidação de um cadastro centralizado por uma única instituição – fatores que têm como consequência o entrave de uma governança agrária efetiva, que abre margens para especulação não produtiva com terras.

Este contexto regulatório, somado ao grande afluxo de capitais se dirigindo ao campo para adquirir terras, mostra ainda mais grave a situação fundiária brasileira. Estudos recentes mostram que houve uma valorização da terra da ordem de até 600% em alguns estados do país, principalmente na fronteira agrícola.

4. evidênCias da déBiL governança agrária no BrasiL

A melhor evidência da incapacidade de o Estado Brasileiro efetivamente regular o mercado de terras consiste no estabelecimento da Portaria 558/99 do INCRA, que impôs a todos os proprietários de imóveis com mais de 10.000 ha a necessidade de apresentar a documentação comprobatória de seus imóveis. Essa incapacidade se evidencia por dois aspectos da Portaria:

a) o próprio ato de ter que requerer a documentação, pois o Estado deveria deter as informações necessárias de todos os imóveis;b) o fato de 1.438 (46,9%) dos 3.065 imóveis não terem respondido, e que somam 46 milhões de ha (conforme se observa na Tabela 1).

Dos 3.065 proprietários convocados, apenas 1627 compareceram, fazendo com que 1438 imóveis (46,9%), perfazendo 46 milhões de ha3 fossem excluídos do cadastro. Vale acrescentar que 49,6% da área destes imóveis se localizam nos estados do Norte e do Centro-Oeste do Brasil, e, em grande parte, na floresta Amazônica, como se observa na Tabela 1 observa-se também que em todos os estados há imóveis suspeitos de grilagem.

Estes esforços durante o governo Fernando Henrique Cardoso deram origem a diversas publicações que mostram os problemas fundiários, decorrentes da (des)regulação da propriedade privada. Um dos resultados é o relatório Livro Branco da Grilagem de Terras no Brasil, do INCRA (1999), que mostra, a partir de um levantamento preliminar, a situação fundiária brasileira de forma clara e a ausência de regulação da propriedade da terra no Brasil:

Em levantamento inédito, o INCRA está mapeando a estrutura fundiária do país de modo a localizar, um a um, os casos de fraude e falsificação de títulos de propriedade de terras. A grilagem é um dos mais poderosos instrumentos de domínio e concentração fundiária no meio rural brasileiro. Em todo o país, o total de terras sob suspeita de serem griladas é de aproximadamente 100 milhões de hectares

3. Vide Sabato (2003) para maiores detalhes.

- quatro vezes a área do Estado de São Paulo ou a área da América Central mais México. Na Região Norte, os números são preocupantes: da área total do Estado do Amazonas, de 157 milhões de hectares, suspeita-se que nada menos que 55 milhões tenham sido grilados, o que corresponde a três vezes o território do Paraná. No Pará, um fantasma vendeu a dezenas de sucessores aproximadamente nove milhões de hectares de terras públicas. (INCRA, 1999:2).

O mesmo relatório do INCRA (1999:15), de forma preliminar, aponta para as causas deste problema, ao afirmar que:

A fraude foi historicamente facilitada por algumas brechas institucionais como, por exemplo, a inexistência de um cadastro único. Os órgãos fundiários, nos três níveis (federal, estadual e municipal), não são articulados entre si. Ao contrário do que ocorre em outros países, no Brasil não existem registros especiais específicos para grandes áreas. Os dados dos cadastros federal e estaduais não estão cruzados e o cadastro federal, pela atual legislação, é declaratório. A correição (fiscalização) sobre os cartórios deixa a desejar.

Em decorrência destes levantamentos feitos pelo governo, o Poder Judiciário iniciou algumas ações para cancelar vários títulos registrados nos cartórios. No início dos anos 2000 foram, segundo Lima (2002),

Tabela 1Região/UF Nº Imóveis % Área (ha) %

Brasil 1.438 100,0 46.156.619,4 100,0Norte 128 8,9 5.477.825,1 11,9Nordeste 152 10,6 4.247.183,1 9,2Sudeste 187 13,0 7.208.982,5 15,6Sul 29 2,0 690.607,9 1,5Centro-Oeste 661 46,0 17.382.403,7 37,7Endereço não informado 281 19,5 11.149.617,1 24,2

Fonte: INCRA, Listagem dos imóveis que não atenderam à notificação da Port. 558/99, de 21/12/2000.

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cancelados em 14 comarcas do estado do Amazonas o equivalente 48,5 milhões de hectares de propriedades registradas junto aos respectivos cartórios de registro de imóveis, demonstrando a fragilidade do sistema de registro de imóveis.

A ausência de regulação da propriedade da terra no Brasil, que é um dos aspectos da questão agrária, consiste na prática do apossamento de terras, particularmente na Amazônia, o que pode ser observado no Gráfico 1, obtido de Barreto (2008). Os dados cadastrais existentes, baseados nas declarações dos proprietários de terras, que se cadastraram no INCRA, mostram que, em 2003, 35% dos 509 milhões de hectares de terra na Amazônia Legal estavam ocupados sob o direito de posse privado, seja como propriedade registrada ou como posse. Barreto (2008) afirma que o recente processo de criação de reservas Federais e Estaduais, de diferentes tipos, fez com que hoje 43% da Amazônia Legal estejam sob algum tipo de proteção; aproximadamente metade dessa área eram Terras Indígenas e a outra metade em Unidades de Conservação.

A informação decisiva que se obtém deste estudo é que apenas 4% das áreas privadas (20 milhões de ha) estão com os cadastros validados pelo INCRA. Ou seja, na Amazônia apenas 4% das terras privadas estão legalizadas. Há mais 158 milhões de ha (32%) que são terras supostamente privadas, sem validação de cadastro. Os 21% restantes não estavam em nenhuma dessas categorias e, portanto, são tecnicamente consideradas terras públicas sem alocação (Gráfico 3). Portanto, a questão da ausência de regulação da terra na Amazônia é o principal problema a ser resolvido.

Mas a situação é mais complexa e incerta do que estes números indicam. Muitas das áreas protegidas estão fisicamente ocupadas por usuários privados, cujas reivindicações de ocupação podem ou não ter validade de acordo com a legislação complexa a ser apresentada. A grande área descrita como privada pelo sistema cadastral também está em dúvida. Dos 178 milhões de hectares declarados como propriedades privadas, 100 milhões de hectares podem estar baseados em documentação fraudulenta.

Outros 42 milhões de hectares dessa área são classificados a partir de declarações cadastrais como posse, que podem ou não ser passíveis de regularização fundiária, novamente dependendo das suas circunstâncias de tamanho, história e localização4. Dessa forma, 30% da área pode ser legalmente incerta e/ou contestável.

É neste contexto que se evidencia que há, de fato, contradições em torno da propriedade da terra: a mais gritante é que há a constante possibilidade de se apossar de terras públicas e registrá-las.

5. estrutura instituCionaL da governança agrária BrasiLeira

O histórico das regras associadas à terra e a caótica situação fundiária brasileira, apresentado nos itens dois e três, fazem com que a governança agrária no país seja ineficiente para alcançar seus objetivos sociais, econômicos e ambientais. Uma dimensão da fragilidade da governança agrária é o quadro institucional que sintetiza, através de uma visão esquemática, as inter-relações entre os órgãos do sistema de administração fundiária do Brasil. Inicialmente salta aos olhos a abundância de órgãos e instituições que participam desta atividade, que é estratégica para o país. Deve-se salientar que todos os órgãos desse gráfico têm algum tipo de cadastro de proprietários, mas nenhum deles tem interface com os demais5, fazendo com que nenhum consiga captar a totalidade dos imóveis.

Além disso, todos atuam de forma ex-post, ou seja, procuram obter as informações após os fatos consumados. Exemplos desse fato são as terras devolutas que se convertem em posses, as posses que se convertem em propriedades e as terras rurais que se convertem em terras urbanas.

4. Há todos os tipos de tamanhos de posses no cadastro do INCRA: tanto os pequenos com menos de 200 ha quanto os com mais de 1000 ha. 5. INCRA e a Receita Federal têm convênios procurando construir cadastros integrados.

Nem mesmo as terras públicas, desde as devolutas – passando pelos terrenos de marinha até as propriedades governamentais pertencentes aos ministérios –, têm cadastros integrados. Os cartórios, que têm a responsabilidade de dar garantias legais às propriedades, também não têm cadastros consolidados dos imóveis, apenas registram um a um os imóveis rurais e urbanos. Não aparece no quadro, mas grande parte dos problemas agrários no Brasil, tanto rurais quanto urbanos, por não serem resolvidos na esfera administrativa, acabam no Poder Judiciário, e este, devido a grande quantidade de processos em seus tribunais e as várias instâncias de recurso, acaba por retardar excessivamente seu julgamento julgá-los – na maioria das vezes leva anos, fazendo com que, quase sempre, os casos relativos à terra, quer rural quer urbana, sejam julgados como fatos consumados.

O quadro institucional atual para a administração fundiária brasileira é composto por oito conjuntos de instituições principais, que não atuam de forma integrada ou conjunta:

1. Governo Federal com aprovação do Legislativo: propõe mudanças na legislação e nas instituições. Tem sido efetivo na criação das Unidades de Conservação de diferentes tipos (Reservas Extrativistas, Florestas Nacionais), Reservas Indígenas e áreas Quilombolas.

2. Governos estaduais com aprovação do Legislativo: cria Unidades de Conservação de diferentes tipos (Reservas Extrativistas, Florestas Estaduais e outras).

3. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), no Ministério do Desenvolvimento Agrário: é responsável por:

a) Cadastrar os imóveis rurais no Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR, b) Codificar os imóveis rurais e emitir o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR; c) Discriminar as terras devolutas.d) Conceder lotes nos assentamentos de reforma agrária; e) Destinar terras devolutas discriminadas para diversos fins tais como: colonização, assentamentos e outros.

4. Institutos Estaduais de Terras: são responsáveis pela gestão das terras públicas pertencentes aos estados da federação.

5. Cartórios de Registro dos Imóveis, também subordinado ao Ministério da Justiça: têm os livros das propriedades nos quais todas as transações associadas aos imóveis rurais ou urbanos são registradas. Entretanto, o registro de propriedade não

Gráfico 1. Situação fundiária na Amazônia Legal considerando dados do Sistema Nacional de Cadastro Rural (2003) e áreas protegidas (2006).

Gráfico 2. Situação atual da administração fundiária no Brasil

Fonte: adaptado de Reydon (2011)

Fonte: Barreto (2008)

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Nem mesmo as terras públicas, desde as devolutas - passando pelos terrenos de

marinha até as propriedades governamentais pertencentes aos ministérios -, tem

cadastros integrados. Os cartórios, que têm a responsabilidade de dar garantias legais às

propriedades, também não têm cadastros consolidados dos imóveis, apenas registram um

a um os imóveis rurais e urbanos. Não aparece no quadro, mas grande parte dos

problemas agrários no Brasil, tanto rurais quanto urbanos, por não serem resolvidos na

MUNICÍPIOS:decisões sobre terras rurais e urbanas, uso,

cobrança de IPTU, ITBI

Institutos Estaduais de

Terras:responsáveis pelas

terras públicas estaduais

LEI 10.267 imóveis com alterações no cartório apresentam planta

georreferenciada para cadastro

Secretaria do Patrimônio da

União:gestão de terras públicas apropriadas e devolutas

(Marinha, prédios públicos)

Receita Federal:

cobrança de ITR

Poder Judiciário: homologa títulos em

decisões de qualquer tipo de conflito

Cartório de registro de imóveis: registra com base em contratos de

compra e venda (consultando apenas seus registros)

INCRA:Cadastra e codifica, emite CCIR concede titulo de concessão de uso aos assentados, discrimina

terras devolutas e coloniza

Fonte: adaptado de Reydon (2011)

Gráfico 2. Situação atual da Administração Fundiária no Brasil

Presidência da República com aprovação do Poder

Legislativo:Estabelece as áreas de conservação e terras

Indígenas

Governos estaduais com aprovação do Legislativo:

estabelecem as áreas de conservação estaduais

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é georreferenciada, o que torna impossível identificar as terras devolutas e impossibilita ter um cadastro. A Lei 10.267/2001 está tentando criar as condições para a integração dessas informações com a coleta das informações e sua disponibilização para o INCRA fazer o mosaico das propriedades.

6. Municipalidade: composta pelos Poderes Executivo e Legislativo, que definem e estabelecem:

a) O Plano Diretor municipal no qual, estabelece quais terras serão transformadas de rurais em urbana; podem estabelecer as áreas urbanas sem que haja Plano Diretor;b) O cadastro das terras urbanas para os diversos fins: desde planejamento até cobrança de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU);c) Cálculo da planta de valores das terras para fins de cobrança de IPTU;d) Toda a política de uso do solo urbano e sua fiscalização baseada no Estatuto da Cidade;e) A cobrança do Imposto Territorial Rural (ITR) a partir de convênio com a Secretaria da Receita Federal. A arrecadação do ITR a partir do cadastro de proprietários de imóveis rurais permitirá a permanência 100% da sua arrecadação no município6.

7. Secretaria do Patrimônio da União (SPU) do Ministério do Planejamento: é responsável por todas as propriedades da União, inclusive as terras devolutas. Entretanto, pelos relatórios disponíveis, esta tem concentrado suas atividades na regularização de terras para uso urbano e casos localizados de regularização de propriedades rurais.

8. Receita Federal, vinculada ao Ministério da Fazenda: é a responsável pela cobrança de vários dos impostos diretos, sendo o principal o Imposto de Renda. Recebeu a atribuição de arrecadar o Imposto Territorial Rural (ITR)7 no Governo Collor, por meio da Lei nº 8.022, de 12 de abril de 1990. A arrecadação do Imposto Territorial Rural (ITR) tem sido bem aquém do planejado, pois os esforços de fiscalização são pequenos.

6. a situação atuaL do inCra

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) é uma autarquia federal criada pelo Decreto nº 1.110, de 9 de julho de 1970, com a missão prioritária de realizar a reforma agrária, manter o cadastro nacional de imóveis rurais e administrar as terras públicas da União. Está implantado em todo o território nacional por meio de 30 Superintendências Regionais8.

6. Em estudo em andamento estimou-se para a municipalidade Jaboticabal o aumento de arrecadação de ITR na ordem 300 %.7. Reydon et al. (2006) mostra que há sub declaração tanto do valor da terra quanto do volume de terra tributável. O valor da terra para fins de ITR teria toda a condição de ser resolvido pela a Receita Federal, se houvesse interesse, pois poderia cruzar as informações do valor da terra no ITR com o valor declarado no Imposto de Renda Pessoa Física.8. http://incra.gov.br/index.php/institucionall/historico-do-incra

Ao longo de seus 42 anos de história, o INCRA passou por diversas fases institucionais, cada uma marcada por uma forma de gestão e um tipo de ação predominante. Embora o Estatuto da Terra tenha sido promulgado em 1964, no nascedouro da ditadura militar, o INCRA pouco fez na área da reforma agrária naquela época. Na década de 1970 atuou nas ações de colonização principalmente na região norte do país, na década de 1980, com o fim da ditadura militar e a promulgação da Constituição Federal de 1988, passou por uma etapa de transição que trouxe uma nova configuração para a reforma agrária, com um capitulo especialmente dedicado à politica agrícola e fundiária e à reforma agrária. Entretanto, os artigos relativos à reforma agrária somente passaram a ter aplicabilidade após a regulamentação dos critérios e graus de exigência dos requisitos da função social da propriedade (Lei nº 8.629/1992) e do estabelecimento do procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação (lei Complementar 76/1993). Ainda assim, nos anos 1980, as atividades do INCRA foram incipientes e só passaram a ter maior expressividade nos anos 1990, quando a reforma agrária passou a ser uma ação no Plano Plurianual – PPA e passaram a ser definidas metas quantitativas, assim seguindo nos anos 2000.

A autarquia, hoje, define duas linhas prioritárias de ação, expressas em sua missão: implementar a reforma agrária e realizar o ordenamento fundiário nacional9. Ainda mais, declara que sua Visão de Futuro é “Ser referência internacional de soluções de inclusão social”.

Entretanto, desde aos anos 1990 as ações do INCRA foram direcionadas à desapropriação de imóveis rurais para fins de reforma agrária – resultado da ação de fiscalização da função social da propriedade – visando ao assentamento de trabalhadores rurais. A desapropriação, que deveria ser um instrumento, passou a ser um fim a ser buscado, dado que foi transformada numa ação – Obtenção de Imóveis Rurais – no Plano Plurianual (PPA) com metas quantitativas, transformada, assim, numa finalidade.

O assentamento de trabalhadores rurais propriamente dito foi relegado a segundo plano, dado que a outra meta a ser realizada no PPA refere-se ao número de famílias assentadas, expressas no quantitativo de famílias registradas em relação de beneficiários. Prioridade para a quantidade em detrimento da qualidade. Os resultados são pífios, embora o INCRA expresse em sua Quarta Diretriz Estratégica10:

[...] implementará a qualificação dos assentamentos rurais, mediante o licenciamento ambiental, o acesso a infraestrutura básica, o crédito e a assessoria técnica e social e a articulação com as demais políticas públicas, em especial a educação, saúde, cultura e esportes, contribuindo para o cumprimento das legislações ambiental e trabalhista e para a promoção da paz no campo.

9. Missão: Implementar a política de reforma agrária e realizar o or-denamento fundiário nacional, contribuindo para o desenvolvimento rural sustentável.” http://incra.gov.br/index.php/institucionall/incra.10. http://incra.gov.br/index.php/institucionall/incra

Nas duas últimas décadas, o INCRA absorveu ainda atividades que deveriam ser exercidas por outros órgãos, por exemplo: a demarcação e titulação das terras ocupadas por comunidades tradicionais e quilombolas11, a desintrusão de não quilombolas e não índios em territórios quilombolas e indígenas, respectivamente, e a educação no campo.

Apesar desse aumento de atribuições, no decorrer dos últimos anos, o INCRA vem sofrendo uma redução de seu contingente operacional, em função dos diferentes papéis desempenhados ao longo do tempo (devido às distintas formas de gestão e diferentes tipos de ação predominante), por ser um órgão de governo muito suscetível às oscilações políticas, especialmente em se tratar da política agrária. Resulta daí uma insuficiente estrutura remuneratória, pouco atrativa para a permanência de novos concursados, que, aliada ao crescente número de aposentadorias, causam esvaziamento e empobrecimento institucional.

Assim, o INCRA, ao ser submetido às linhas políticas, fica igualmente, submetido aos desmandos dos políticos regionais de plantão que resultam em graves problemas de gestão.

Questão ainda mais grave é que o INCRA negligenciou o gerenciamento da estrutura fundiária brasileira. Resultado disso é a falta de informações e dados sobre a realidade fundiária do país, pois as informações constantes do Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR são desatualizadas e pouco confiáveis, dado que são declaratórias – prestadas pelos próprios proprietários ou detentores da posse dos imóveis rurais – e dado que não há uma fiscalização eficiente. Os poucos imóveis que apresentam dados atualizados e confiáveis são aqueles que passaram pela fiscalização da função social da propriedade.

11. Quinta diretriz. http://incra.gov.br/index.php/institucionall/incra

A autarquia desconhece quem são os ocupantes e detentores de domínio dos imóveis rurais, inclusive estrangeiros; qual o uso das terras; quais os graus de utilização das terras e de eficiência na exploração; quais os aspectos socioambientais e trabalhistas neles presentes.

7. a adequada governança agrária

Governança agrária é o conjunto de regras, processos e organizações pelas quais se determina o acesso e o uso da terra num país. Podem-se citar as políticas, a legislação, as regulamentações, os programas, as instituições e relações organizacionais, a capacidade de implementação de políticas, a disponibilidade de pessoal e os sistemas de informação disponíveis. Portanto, todo o quadro institucional associado à realidade agrária de um país é reconhecido com sendo sua governança agrária. O conjunto do sistema de governança agrária é projetado para encorajar um programa que atenda às necessidades dos menos favorecidos e é sensível às questões de gênero. Buscando elevada prioridade para gerar segurança aos posseiros, reconhecer direitos de propriedade e de direitos costumeiros não oficiais.

O quadro 1, abaixo, sintetiza de forma bastante clara as diferenças existentes entre uma adequada governança e a uma governança agrária débil, fragilizada, que decorre tanto de aspectos legais e institucionais, quanto operacionais. Portanto, a governança agrária requer mudanças e melhorias nas várias esferas do governo, mas o fundamental é a percepção que é o conjunto do Estado que não está regulando adequadamente quando há a problemas na governança, existindo a necessidade de um empenho conjunto dos órgãos e instituições para a construção de uma adequada governança agrária.

Quadro 1. Características da adequada governança agrária segundo a FAO

Boa governança agrária Débil governança agrária

1 Eficiente, eficaz e competente do ponto de vista econômico, social e ambiental.

Gera distorções econômicas e sociais e degrada o meio ambiente.

2 Fornece os serviços que os cidadãos precisam e necessitam.

Não fornece os serviços que os cidadãos precisam e necessitam.

3Os serviços que os cidadãos precisam e necessitam são determinados por procedimentos democráticos e existem critérios para substituição de servidores inadequados.

Os serviços não são os escolhidos pela sociedade e os que os executam não têm legitimidade junto à sociedade. Não há mecanismos de substituição dos servidores.

4 Clareza na definição e execução de processos. Ausência de transparência.

5Os resultados da governança são previsíveis e estão em conformidade com as leis, e sem qualquer possibilidade de discrepância.

Os resultados da governança são imprevisíveis e não estão em conformidade com as leis ou com a possibilidade de correção por uma autoridade judicial.

6 Os servidores públicos prestam contas dos atos e explicam os processos claramente.

Os servidores públicos não prestam contas dos atos e não conseguem explicar os processos.

7 Equitativos: trata honestamente e de forma imparcial os indivíduos e os grupos.

Não equitativos: trata de forma desigual, desonesta e parcial os indivíduos e grupos, favorecendo alguns

8 Equilibra as necessidades econômicas, sociais e ambientais das gerações presentes e futuras.

Não equilibra as necessidades econômicas, sociais e ambientais das gerações presentes e futuras.

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS16 17

O Quadro 2, abaixo, sintetiza, a partir da referência da Organização das Nações unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), as principais causas da ausência de uma adequada governança agrária que atenda os objetivos de fazer com que as terras rurais e urbanas atendam as necessidades do desenvolvimento equitativo que garanta os

Há a necessidade de se combater uma débil governança agrária através de mecanismos que regulam efetivamente o mercado, para seu melhor funcionamento. A sua solução requer uma adequada governança agrária, na qual a gestão do território é executada de uma forma integrada e participativa, conforme FAO (2007), Reydon (2007 e 2011) e Doelinger (2010) mostraram.

Mas o primeiro passo a ser dado na regulação dos mercados, segundo estes mesmos autores e o World Bank (2002) e Burki e Perry (1998), é a adequada

c) compilação cuidadosa dos títulos de propriedade e livre acesso a estas informações;d) mapeamento dos imóveis.

Esse primeiro passo é fundamental para a construção de uma adequada governança agrária que no futuro possibilitará a implementação e a melhora na eficiência e na eficácia das seguintes políticas: reforma agrária, crédito fundiário, tributação efetiva e o planejamento territorial rural, urbano e ambiental. Frequentemente a obtenção deste tipo de informações viabiliza muitas destas políticas.

Nesse sentido, para viabilizar o efetivo controle sobre a terra, há que se institucionalizar de forma mais clara a propriedade da terra, através de mudanças legais, criação de cadastro, em suma, criar no Estado Brasileiro uma instituição que efetivamente tenha controle sobre a propriedade da terra. Portanto, uma das facetas da nova instituição passa pela criação das condições para isso.

8. proposta: Criação de um órgão para a governança agrária

É necessário o resgate da missão institucional de recuperar a capacidade de fiscalizar e acompanhar a evolução da malha fundiária e, dessa forma, fornecer informações úteis para a realização de outras políticas públicas nas áreas ambiental, trabalhista, tributária e agrícola.

Quase todos os países têm sistemas de identificação de imóveis, mas a maioria dos sistemas baseia-se em informações históricas registradas utilizando tecnologias tradicionais, tais como mapas e documentos escritos à mão. Estes têm de se adaptar às novas tecnologias eletrônicas. Porém, estas adaptações são difíceis e custosas ao requererem reengenharia das práticas correntes e a conversão de registros produzidos manualmente.

Mas as mudanças são necessárias para acompanhar as evoluções do século XXI, ou seja, o processamento de dados eletronicamente. Estas inovações tecnológicas também permitem um avanço que irá revolucionar o sistema de registro de imóveis, que consiste na utilização de três dimensões. Adicionalmente, os direitos à propriedade estão se tornando mais complexos como resultados do maior fluxo de informações e do maior volume de interesses econômicos associados à propriedade. Alguns direitos e restrições, especialmente aquelas referentes à proteção ambiental, que às vezes se aplicam a todos os imóveis e outras apenas a alguns imóveis.

As informações acerca de zoneamento, proteção ambiental, solos, vegetação, produção agrícola, uso da terra, podem ser disponibilizados utilizando as tecnologias de informática (na web, usando Sistema de Informações Geográficas - SIG) para comparar informações de diferentes fontes, disponibilizando-as na forma de camadas de mapas com as informações necessárias.

Esta opção é preferível à prática corrente de tentar armazenar e atualizar todas as informações por imóvel no cadastro, o que, pelo volume de imóveis e de informações, torna-se impossível de realizar.

É imperativo o fortalecimento do ordenamento da estrutura fundiária brasileira. Um dos instrumentos para isso é a efetiva implantação do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR), objetivando a unificação das bases de dados de imóveis rurais do SNCR e do Cadastro de Imóveis Rurais (CAFIR) da Receita Federal, conforme Portaria Conjunta INCRA/Receita Federal de 21 de dezembro de 2011. Uma base de dados unificada e confiável permitirá qualificar, orientar a aprimorar a emissão do Certificado de Imóveis Rurais (CCIR), bem como o controle e a cobrança do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), importante tributo para os municípios. Fundamental também é a regularização fundiária do país: trata-se de supervisionar, orientar e controlar as atividades de discriminação, arrecadação de terras públicas e devolutas da União e a ratificação de títulos de imóveis localizados em faixas de fronteira.

O que se propõe, de fato, é que seja criada uma nova autarquia que assuma a governança agrária do país. Esse novo órgão deve, então, assumir o papel de regular, fiscalizar e controlar o uso e a ocupação das terras do território brasileiro e, desse modo, assegurar o uso e a ocupação racional de suas terras para a produção, preservação dos recursos naturais e o equilíbrio do meio ambiente.

O papel regulador de um órgão nacional de terras é o de estabelecer regras para o uso e a ocupação do solo, observadas as características regionais, a fim de guiar todos os entes envolvidos nos processos que interferem direta ou indiretamente nas atividades desenvolvidas em cada região. O papel fiscalizador refere-se à inspeção dos processos e atividades realizadas no meio rural, para impedir o uso inadequado e indevido do espaço rural, a fiscalização da função social da propriedade e a aferição das informações contidas no cadastro nacional de terras. O exercício do papel de controlador significa monitorar e acompanhar o desempenho das atividades realizadas no espaço rural e intervir para assegurar que seus recursos naturais sejam utilizados racionalmente.

A situação ideal é uma total integração entre todas as bases de dados associadas à terra e que hoje são incompletas e falhas. Os caminhos para esta integração são de cunho político e de gestão e terão que ser definidos ao longo do processo. As atribuições das instituições devem, necessariamente, se adequar à nova situação para garantir a integração e o compartilhamento das informações. Seguramente, a total integração dependerá de uma ação incisiva do governo para viabilizar essa decisão.

O Gráfico 3 apresenta a forma como as instituições devem funcionar, baseado na situação atual e nos seus aperfeiçoamentos e melhorias. As sete instituições diretamente ligadas à gestão de terras devem funcionar de forma integrada, as informações devem ser repassadas ao Instituto de Terras do Brasil.

Boa governança agrária Débil governança agrária

9Presta serviços localmente atendendo às necessidades locais tendo critérios de maior eficácia em termos de custos.

Não responde às necessidades locais, prestando serviços distantes das necessidades dos cidadãos, sendo, portanto ineficiente e ineficaz.

10Permite que os cidadãos participem da gestão de governança por consenso com a sociedade civil organizada e comunicação através da mídia.

Exclui a participação dos cidadãos. Governança com restrições sobre a liberdade dos meios de comunicação de expressão e de associação.

11Gera segurança, estabilidade dos meios de vida, libera do crime e da intolerância, gera segurança nos conflitos humanos e nos desastres naturais.

Não deseja ou não é capaz de gerar segurança e estabilidade, os cidadãos não podem recorrer ao governo para sua segurança, às vezes o próprio governo é fonte desta insegurança

12

Os funcionários desempenham suas funções de forma diligente e objetiva, sem incentivar subornos e asseguram aos cidadãos o direito de informações e aconselhamentos independentes de juízos. Há clara separação entre interesses públicos e privados.

Não há combate eficaz da corrupção no sistema, aconselhamentos não são isentos de juízos, e as decisões do governo distorcem em favor de interesses. Existe recompensa ao uso privado de informações confidencias ou públicas. Não há clara separação entre interesses públicos e privados.

Fonte: FAO (2007)

Quadro 2 . Principais causas de uma débil governança agrária

1 Falta de recursos - Governança pode ser débil devido à disponibilidade limitada de recursos técnicos e financeiros, quer nos escritórios centrais quer no campo, para garantir a boa gestão.

2 Falta de pessoal qualificado ou competente - Carência de técnicos responsáveis pela boa governança ou carecer de adequada qualificações, habilidades ou experiência.

3 Falta de capacidade institucional - As instituições responsáveis pela administração agrária não têm capacidade institucional para fazer as regras valerem.

4 Ausência de regras claras - Ausência de regras ou excesso de regras, ou que as regras não sejam claras ou que não haja vínculos claros entre as regras e os órgãos responsáveis por sua execução.

5

Negligência - Negligência é o resultado de falha de execução e não necessariamente de capacidade. Há negligência também quando não se faz o que deve ser feito, ou quando não há provisão para problemas esperados. Se a negligência é usual, significa que a instituição perdeu a capacidade de gerenciar as atividades ou suas ações.

6 Má Gestão - As deficiências na administração são reconhecidas, mas não são corrigidas. Possivelmente não há mecanismos de melhora contínua.

Fonte: FAO (2007)

melhores usos econômicos, sociais e ambientais. No caso brasileiro, há evidências de que os principais causadores da ausência de governança agrária são os itens três a seis. Isto se deve à falta de capacidade institucional em grande medida decorrente da ausência de regras claras, o que acabam por acarretar negligencia e má gestão.

gestão das informações para a governança agrária. Neste contexto, o World Bank (2002:37), propõe que o primeiro passo é que “as instituições formais do Mercado de Terras incluam o registro dos imóveis, serviços de titulação e o mapeamento dos imóveis”. Na construção destas instituições são quatro as características que não podem ser deixadas de lado:

a) definição e administração límpida dos direitos de propriedade;b) mecanismos simples para identificação e transferência dos direitos de propriedade;

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS18 19

9. a posição do sindpFa14 e sua proposta

O SindPFA defende que a governança agrária é um elemento central para que o Estado Brasileiro possa promover o bem-estar de toda a população brasileira, notadamente aquela vinculada ao campo.

A entidade apresentou uma Carta Programa ao Governo de Transição, antes da posse da Presidente da República, Dilma Rousseff, que é resultado de um amplo debate da categoria. Este documento constituiu um marco de referência para os debates e reflexões do I Congresso Nacional dos Peritos Federais Agrários (PFAs) do INCRA – Os PFAs e a Política Agrária para o Século XXI, que ocorreu em Brasília, em maio de 2011. Aqui se reproduz uma parte deste documento que já deixa claro desde então a posição assumida pelo SindPFA em defesa de uma grande ampliação da governança agrária no país:

A Associação Nacional dos Engenheiros Agrônomos do INCRA (Assinagro)15, em seu congresso, propõe que o Governo Federal priorize, definitivamente, uma Política Agrária baseada na exigência constitucional do cumprimento da função social da propriedade rural: produtividade, cumprimento das legislações ambientais e trabalhistas e valorização da qualidade de vida de todos os habitantes do meio rural, por sua contribuição como política pública de agregação de valor ao desenvolvimento do país.

As demandas sociais e econômicas transformam cada vez mais a agenda do campo, colocando em foco temas antes pouco debatidos e que demandam outros produtos, serviços e valores que se somam à produção agropecuária: fontes de energia alternativas, serviços ambientais, produção de água, preservação de vegetação nativa, biodiversidade, condições para a reprodução social de sociedades e culturas tradicionais e quilombolas, controle das mudanças climáticas, diminuição das diferenças regionais. Trata-se do novo conceito de multifuncionalidade do espaço rural.

Atender as diferentes demandas sociais e os grupos de interesse envolvidos nesta multifuncionalidade do espaço rural exige atuação do Estado na regulação do uso da terra e da propriedade rural. Viabilizar desenvolvimento econômico com sustentabilidade e as novas demandas e valores do consumo global, novas legislações internacionais de uso dos recursos naturais e metas de controle climático caracteriza a essência da nova agenda do desenvolvimento rural. Estabelecer a governança necessária para atender papéis tão diferentes e potencialmente conflitantes no uso da propriedade rural – num contexto em que os países defendem ora os princípios do livre comércio e ora praticam o protecionismo ao sabor das conveniências econômicas e políticas – constitui, a nosso ver, a nova Questão Agrária do século XXI.

14. O Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários (SindPFA), é a entidade de classe que representa a Carreira de Perito Federal Agrário – PFA, carreira criada pela Lei 10.550/2002 e formada por cerca de 850 Engenheiros Agrônomos em atividade e 350 aposentados.15. A Assinagro é a entidade que precedeu o SindPFA.

O documento elucida que o SindPFA e os Peritos Federais Agrários têm uma visão bastante clara com relação ao assunto e defendem um ponto de vista no qual a governança agrária se faz necessária. Dada sua expertise, formação e atuação, certamente estes profissionais têm uma contribuição importante a dar no processo de criação da institucionalidade necessária à efetiva governança agrária que aqui se propõe.

É fundamental a participação do SindPFA, entidade de classe que representa a carreira de Peritos Federais Agrários – PFA, constituída por cerca de 850 Engenheiros Agrônomos em atividade e 350 inativos. As atribuições desses profissionais estão definidas na Lei nº 10.550/2002:

[...] o planejamento, a coordenação, a orientação, a implementação, o acompanhamento e a fiscalização de atividades compatíveis com sua habilitação profissional inerentes às políticas agrárias.

Mais do que isso, o SindPFA, por meio de sua consultoria jurídica, compreende que há a necessidade de se criar um órgão de governança agrária independente do INCRA, conforme o seguinte parecer jurídico:

Compreendida a necessidade de maior autonomia para a atividade de ordenamento da estrutura fundiária, de fiscalização da função social e de mercado de terras, faz-se necessário estudar as alternativas administrativas para tornar possível essa autonomia. Para tanto, teríamos as seguintes alternativas:

a) Retirada de parte das atividades do INCRA e criação de um órgão subordinado à própria Administração Pública Direta;

b) Retirada de parte da atividades do INCRA e criação de uma entidade da Administração Pública Indireta para executá-las.

Um detalhe importante sobre as tentativas de se chegar a uma maior autonomia para o setor de relacionado à estrutura fundiária é que a criação de um órgão dentro do próprio INCRA encarregado exclusivamente dessa função já aconteceu, mas não alcançou os resultados pretendidos.

O que não é de todo surpreendente, tendo em vista que um órgão dentro do INCRA continuará a ter uma atuação limitada e sua autonomia comprometida, já que a Autarquia se estruturou para atender às atividades relacionadas aos assentamentos, e encontra-se sobrecarregada. Resta claro que, para melhor atender à gestão da estrutura fundiária, é preciso garantir mais espaço e independência para essa função, destinando recursos próprios para que o Brasil possa conhecer seu território e melhor geri-lo.

São várias as alternativas administrativas para garantir maior autonomia para o gerenciamento fundiário brasileiro, todas passando pela separação de parte da competência do INCRA para outro órgão ou entidade. Diante da organização interna da Autarquia, uma possibilidade seria a retirada da competência destinada à Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária, prevista no art. 68 do Regimento Interno do INCRA.

22

Após a criação do Instituto de Terras do Brasil, o primeiro passo fundamental é o

mapeamento da realidade agrária brasileira, com indicações de áreas de terras devolutas,

identificação dos imóveis, cadastro de imóveis com dívidas de ITR13. Isto requer

profissionais capacitados, que utilizam modernas ferramentas para o processamento e

interpretação de fotos e imagens geradas por sensores remotos, o uso de Sistemas de

13 Isso implica o aprimoramento da Lei 10.267/2001, que é um primeiro passo na criação do Cadastro ao estabelecer que qualquer mudança efetivada no registro dos imóveis deve ser acompanhada de memorial descritivo com coordenadas dos vértices da propriedade. Essa documentação deve ser encaminhada pelos cartórios ao INCRA para a consolidação das informações.

Gráfico 3. Órgão nacional para a Governança Agrária

INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL

Institutos Estaduais de

Terras:

gestão de terras públicas estaduais

Cartórios de Registros de

Imóveis:

Registrar e confirmar títulos existentes

Presidência da República,

Ministérios, outros órgãos:

fornecimento de dados cadastrais dos imóveis

rurais e urbanos públicos. (FUNAI,

MMA)MUNICÍPIOS: regulação do uso do solo, cobrança de IPTU, ITR

Receita Federal:

cobrança de ITR

Ministério do Meio Ambiente:

Cadastro Ambiental Rural (CAR)

Secretaria do Patrimônio da União

Ministério do Planejamento (Terras Públicas de diversas, ex. Terras da Marinha,

edifícios públicos)

Gráfico 3. Órgão nacional para a governança agrária

A partir da integração das informações há a necessidade de criar mecanismos para que o sistema de informação seja atualizado de forma automática e imediata. Assim, os demais órgãos continuarão com suas atividades principais definidas por lei e as informações serão integradas. Diversas superposições que existem hoje, e que o projeto Land Governance Appraisal Framework - LGAF12 está analisando, certamente deverão ser objeto de novas análises e definições, inclusive legais.

12. O LGAF é uma ferramenta de diagnóstico para ajudar a avaliar o marco legal, as políticas, e práticas relacionadas com a governança fundiária para monitorar sua implementação ao longo do tempo, já aplicada em mais de 20 países. O LGAF surgiu da colaboração entre o Banco Mundial e seus parceiros, baseado no reconhecimento da importância do papel da governança fundiária para ajudar os países a gerir, de forma integrada, os desafios do século XXI em termos de mudança climática, urbanização, prevenção de desastres, e gestão da crescente demanda de terras.

Isto requer profissionais capacitados, que utilizam modernas ferramentas para o processamento e interpretação de fotos e imagens geradas por sensores remotos, o uso de Sistemas de Informações Geográficas visando a confecção e análise de mapas temáticos, a certificação de georreferenciamento de imóveis rurais e a avaliação de imóveis rurais de interesse público. A justificativa para essa necessidade se deve ao fato de que a maior parte das informações está em imagens de satélites, nos cadastros do INCRA, nos cartórios, no Cadastro Ambiental Rural (CAR), na Receita Federal, no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e em outros órgãos públicos.

Os Cartórios de Registros de Imóveis continuarão com seu papel diretamente ligado ao Poder Judiciário. O cadastro deverá, inicialmente, ser uma atividade conjunta e à medida que se consolide ficará disponível para todas as instituições, para os diversos usos que serão integrados nacionalmente.

Após a criação do Instituto de Terras do Brasil, o primeiro passo fundamental é o mapeamento da realidade agrária brasileira, com indicações de áreas de terras devolutas, identificação dos imóveis, cadastro de imóveis com dívidas de ITR13.

13. Isso implica o aprimoramento da Lei 10.267/2001, que é um primeiro passo na criação do Cadastro ao estabelecer que qualquer mudança efetivada no registro dos imóveis deve ser acompanhada de memorial descritivo com coordenadas dos vértices da propriedade. Essa documentação deve ser encaminhada pelos cartórios ao INCRA para a consolidação das informações.

As etapas necessárias para o mapeamento da realidade agrária brasileira são:

a) Organizar as informações disponíveis;b) Mapear as informações com a moderna tecnologia;c) Criar um mecanismo simplificado local de confirmação ou retificação das informações existentes; d) Criar os mecanismos para convalidação legal das informações;e) Criar mecanismos para atualização e socialização das informações.

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O mesmo documento da assessoria jurídica indica o caráter institucional que o órgão responsável pela governança agrária deveria ser: uma autarquia ou uma fundação. Reproduzindo parte do documento:

Ao que tudo indica, a melhor alternativa seria a criação de uma Autarquia ou Fundação, dada a sua alta independência com relação à Administração Pública Direta e o tipo de atividade a ser desempenhada. Nessa linha, é preciso que sejam analisadas as demais questões propostas como a quem seria subordinada a autarquia. Com relação a este ponto, é possível defender a subordinação da nova entidade a outro Ministério, que não seja o Ministério do Desenvolvimento Agrário. A subordinação das entidades ou órgãos administrativos tem um papel importante dentro da organização e gestão da Administração Pública, portanto, cabe a ela determinar a relação entre seus entes. É verdade, no entanto, que mantendo como função principal a gestão da estrutura fundiária, torna-se menos palpável afastar o alcance do Ministério do Desenvolvimento Agrário, dada a especificidade da matéria. A lei que criar a Autarquia ou Fundação é que determinará a quem ela será subordinada. Trata-se, portanto, de uma possibilidade real, porém política. Sua necessidade e viabilidade têm que ser discutidas na esfera política, convencendo aqueles que vão propor a criação da nova entidade.

Importante ressaltar que a questão da governança fundiária tem dimensão nacional e num país continental, como o Brasil, é necessário, para enfrentar os problemas caracterizados ao longo do texto, que a estrutura do órgão seja nacional e que tenha presença em todos os estados da Federação.

10. ConCLusões

Após mais de vinte anos de governos democráticos, compromissados com as populações menos favorecidas e que executaram uma das maiores reformas agrárias do mundo, a questão agrária continua sendo um dos principais gargalos da realidade brasileira, tanto urbana quanto rural.

Continua havendo sem-terras demandando terras, grandes proprietários se apossando de terras devolutas, desmatamento na Amazônia, inúmeros posseiros sem garantias de suas terras, cartórios registrando imóveis inexistentes, estrangeiros adquirindo terras sem controle.

Simultaneamente, a agricultura brasileira apresenta uma performance exemplar, com crescimento de produção de alimentos, de energia e de divisas, o que melhora a posição do país no cenário internacional. Entretanto, a segurança associada à propriedade da terra continua sendo um grande problema. Apenas com a efetiva governança sobre a terra, particularmente por meio da criação de um Instituto de Terras, com um cadastro moderno, autoalimentado e atualizado, será possível:

a) Garantir os direitos das propriedades privadas para os diferentes fins: negócios, arrendamento, garantias em obtenção de crédito, concessão de pagamentos por serviços ambientais;b) Identificar as terras públicas e garantir o seu adequado uso para criação de reservas, assentamentos ou colonização;c) Estabelecer com mais segurança as demais políticas fundiárias: reforma agrária, crédito fundiário, tributação sobre a terra;d) Regular os processos de compras de terras para limitar o acesso a estrangeiros, a proprietários com muitas terras; e) Proceder o zoneamento do uso da terra: estabelecer e regular, colocando limites e definindo regiões específicas para a produção agrícola e pecuária;f) Regular os processos de conversão de terras agrícolas em urbanas;g) Ter cadastros atualizados para viabilizar a cobrança correta e efetiva de ITR; h) Auxiliar no combate à lavagem de dinheiro; i) Fiscalizar o cumprimento da função social da propriedade; j) Ratificar títulos nas faixas de fronteira;k) Certificar o georreferenciamento de imóveis rurais;l) Regularizar os territórios quilombolas;m) Avaliar imóveis rurais para fins de interesse público;n) Acompanhar as perícias judiciais em ações de desapropriação de imóveis rurais;o) Efetivar o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais – CNIR;p) Acompanhamento, estudo e análise do mercado de terras.

reFerênCias

AGRAFNP. Anualpec. Relatório de Análise do Mercado de Terras. São Paulo, 2010.

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propostas de LegisLação para a Criação do instituto de terras do BrasiL (interBras)

parte ii

Sindicato Nacional dosPeritos Federais Agrários

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SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS 25

Cria o Instituto de Terras do Brasil (INTERBRAS) e altera as Lei nº 4.947, de 06 de abril de 1966, nº 5.868, de 12 de dezembro de 1972, nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, nº 5.868, de 12 de dezembro de 1972, Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 e Lei nº 5.709, de 7 de outubro de 1971.

Art. 1º É criado o Instituto de Terras do Brasil – INTERBRAS, entidade autárquica, vinculada ao Ministério (a definir), com sede na Capital da República, com a finalidade de normatizar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de ordenamento da estrutura fundiária e do mercado de terras do Brasil.

Art. 2º Passam ao INTERBRAS todos os direitos, competências, atribuições e responsabilidades do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, relativos às atividades previstas no Art. 1º.

Art. 3º O INTERBRAS gozará, em toda plenitude dos privilégios e imunidades conferidos pela União, no que se refere aos respectivos bens, serviços e ações.

Art. 4º O INTERBRAS será dirigido por um Presidente, um Ouvidor, um Auditor, um Procurador e quatro Diretores, nomeados pelo Presidente da República, por indicação do Ministro de Estado (a definir).

Art. 5º A administração do Instituto compete ao seu Presidente e ao Conselho Diretor, na forma pela qual se dispuser em regulamento.

§ 1º Ao Presidente cabe representar o Instituto.

§ 2º Enquanto regulamento próprio não disciplinar as atribuições dos Diretores, compete ao Presidente do Instituto exercitar todos os atos administrativos que anteriormente se atribuíam aos diretores responsáveis pelas áreas do ordenamento da estrutura fundiária e do mercado de terras no INCRA.

Art. 6º O patrimônio, os recursos orçamentários, extra-orçamentários e financeiros, o pessoal, os cargos e funções vinculados ao INCRA relacionados às atividades elencadas no art. 1º desta Lei ficam transferidos para o Instituto de Terras do Brasil, bem como os direitos, créditos e obrigações, decorrentes de lei, ato administrativo ou contrato, inclusive as respectivas receitas.

Parágrafo único. Ato do Poder Executivo disciplinará a transição do patrimônio, dos recursos orçamentários, extra-orçamentários e financeiros, de pessoal, de cargos e funções, de direitos, créditos e obrigações, decorrentes de lei, ato administrativo ou contrato, inclusive as respectivas receitas do INCRA para o Instituto de Terras do Brasil.

Art. 7º Até que seja efetivada a separação determinada nesta Lei, os serviços que compunham as competências relativas ao controle da estrutura fundiária e do mercado de terras, continuarão a funcionar com as atribuições que possuía, inclusive

no que se refere à movimentação de valores e à execução orçamentária, ficando, desde logo, extintas as Diretorias e Coordenação que realizam este trabalho no INCRA.

Art. 8º A estrutura do INTERBRAS será estabelecida em regulamento a ser baixado pelo Poder Executivo dentro de 60 (sessenta) dias.

Art. 9º Ficam transferidos do INCRA para o INTERBRAS os cargos em comissão relativos às atividades do art. 1º e todos os cargos em comissão da Superintendência Nacional de Regularização Fundiária na Amazônia Legal.

Parágrafo Único. Por proposta do Presidente do INTERBRAS, os cargos e as funções gratificadas das diretorias e coordenação extinta do INCRA e da Superintendência Nacional de Regularização Fundiária na Amazônia Legal serão ajustados à nova estrutura do INTERBRAS.

Art. 10º A Lei 4.947, de 06 de abril de 1966, passa a vigorar com as seguinte alterações:

Art. 5º Compete ao Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS tomar as providências administrativas e promover as judiciais concernentes à discriminação das terras devolutas existentes no Distrito Federal, nos Territórios Federais e na faixa de 150 (cento e cinqüenta) quilômetros ao longo das fronteiras do País, respeitado o disposto na Lei n º 2.597, de 13 de setembro de 1955.

(...)

§ 2º - Para os fins previstos no art. 11 da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964 o Serviço de Patrimônio da União, dentro de 90 (noventa) dias, a contar da publicação da presente Lei, remeterá ao INTERBRAS todos os processos ainda não ultimados de pedidos de aforamento ou aquisição de terras devolutas, desde que destinadas pelos seus ocupantes ou pretendentes ao aproveitamento agropecuário.

Art. 14 - Fica o INTERBRAS autorizado a permitir, a título precário, nas áreas pioneiras do País, a utilização de terras públicas sob qualquer das formas de uso temporário previstas na Lei n º 4.504, de 30 de novembro de 1964, e a promover sua progressiva adaptação às normas estabelecidas na referida Lei.

Art. 26 - Para que não seja considerado latifúndio o imóvel rural, ainda que do domínio particular, cujo objetivo de preservação florestal ou de outros recursos naturais haja sido reconhecido para fins de tombamento pelo órgão competente da administração pública, deve este tombamento, no prazo de 60 (sessenta) dias de sua ultimação, ser submetido ao julgamento do INTERBRAS.

Art. 11. A Lei no 5.868, de 12 de dezembro de 1972, passa a vigorar com as seguintes alterações:

projeto de Lei para Criação do instituto de terras do BrasiL - interBras

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS26 27

Art. 1º (…)

§ 2º Fica criado o Cadastro Nacional de Imóveis Rurais - CNIR, que terá base comum de informações, gerenciada conjuntamente pelo Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS e pela Secretaria da Receita Federal, produzida e compartilhada pelas diversas instituições públicas federais e estaduais produtoras e usuárias de informações sobre o meio rural brasileiro.

§ 3º A base comum do CNIR adotará código único, a ser estabelecido em ato conjunto do INTERBRAS e da Secretaria da Receita Federal, para os imóveis rurais cadastrados de forma a permitir sua identificação e o compartilhamento das informações entre as instituições participantes.

(...)

Art. 3º O Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS, fornecerá o Certificado de Cadastro de Imóveis Rurais e o de Arrendatários e Parceiros Rurais, na forma prevista nesta Lei.

Parágrafo único. Os documentos expedidos pelo INTERBRAS, para fins cadastrais, não fazem prova de propriedade ou de direitos a ela relativos.

Art. 4º Pelo Certificado de Cadastro que resultar de alteração requerida pelo contribuinte, emissão de segundas vias do certificado, certidão de documentos cadastrais, ou quaisquer outros relativos à situação fiscal do contribuinte, o INTERBRAS cobrará uma remuneração pelo regime de preços públicos segundo tabela anual aprovada pelo Conselho Diretor.

Art. 5º São isentas do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural:

I - as áreas de preservação permanente onde existam florestas formadas ou em formação;

II - as áreas reflorestadas com essências nativas.

Parágrafo único. O INTERBRAS, ouvido o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em Instrução Especial aprovada pelo Ministro de Estado (a definir), baixará as normas disciplinadoras da aplicação do disposto neste artigo.

(...)

Art. 7º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural não incidirá sobre as glebas rurais de área não excedente a 25 (vinte e cinco) hectares, quando as cultive, só, ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel (§ 6º do Art. 21 da Constituição Federal).

§ 1º Para gozar da imunidade prevista neste artigo, o proprietário, ao receber o Certificado de Cadastro, declarará, perante o INTERBRAS, que preenche os requisitos indispensáveis à sua concessão.

Art. 8º Para fins de transmissão, a qualquer título, na forma do Art. 65 da Lei n º 4.504, de 30 de novembro de 1964, nenhum imóvel rural poderá ser desmembrado ou dividido em área de tamanho inferior à do módulo calculado para o imóvel ou da fração mínima de parcelamento fixado no § 1º deste artigo, prevalecendo a de menor área.

§ 1º A fração mínima de parcelamento será:

a) o módulo correspondente à exploração hortigranjeira das respectivas zonas típicas, para os Municípios das capitais dos Estados;

b) o módulo correspondente às culturas permanentes para os demais Municípios situados nas zonas típicas A, B e C;

c) o módulo correspondente à pecuária para os demais Municípios situados na zona típica D.

§ 2º Em Instrução Especial aprovada pelo Ministro de Estado (a definir), o INTERBRAS poderá estender a outros Municípios, no todo ou em parte, cujas condições demográficas e sócio-econômicas o aconselhem, a fração mínima de parcelamento prevista para as capitais dos Estados.

Art. 12. A Lei 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passa a vigorar com as seguintes alterações:

Art. 176. O Livro nº 2 - Registro Geral - será destinado, à matrícula dos imóveis e ao registro ou averbação dos atos relacionados no art. 167 e não atribuídos ao Livro nº 3.

(...)

§ 3º Nos casos de desmembramento, parcelamento ou remembramento de imóveis rurais, a identificação prevista na alínea a do item 3 do inciso II do § 1o será obtida a partir de memorial descritivo, assinado por profissional habilitado e com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada pelo Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS, garantida a isenção de custos financeiros aos proprietários de imóveis rurais cuja somatória da área não exceda a quatro módulos fiscais. (Incluído pela Lei nº 10.267, de 2001)

(...)

§ 5º Nas hipóteses do § 3o, caberá ao INTERBRAS certificar que a poligonal objeto do memorial descritivo não se sobrepõe a nenhuma outra constante de seu cadastro georreferenciado e que o memorial atende às exigências técnicas, conforme ato normativo próprio

(...)

Art. 225 (…)

(...)

§ 3º Nos autos judiciais que versem sobre imóveis rurais, a localização, os limites e as confrontações serão obtidos a partir de memorial descritivo assinado por profissional habilitado e com a devida Anotação de Responsabilidade Técnica – ART, contendo as coordenadas dos vértices definidores dos limites dos imóveis rurais, georreferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro e com precisão posicional a ser fixada pelo INTERBRAS, garantida a isenção de custos financeiros aos proprietários de imóveis rurais cuja somatória da área não exceda a quatro módulos fiscais. (Incluído pela Lei nº 10.267, de 2001).

Art. 13. O art. 53 da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, passa a vigorar com a seguinte alteração:

Art. 53. Todas as alterações de uso do solo rural para fins urbanos dependerão de prévia audiência do Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS e do Órgão Metropolitano, se houver, onde se localiza o Município, e da aprovação da Prefeitura Municipal, ou do Distrito Federal quando for o caso, segundo as exigências da legislação pertinente.

Art. 14. A Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, passa a vigorar com as seguintes alterações:

Art. 3º O Poder Público reconhece às entidades privadas, nacionais ou estrangeiras, o direito à propriedade da terra em condomínio, quer sob a forma de cooperativas quer como sociedades abertas constituídas na forma da legislação em vigor.

Parágrafo único. Os estatutos das cooperativas e demais sociedades, que se organizarem na forma prevista neste artigo, deverão ser aprovados pelo Instituto de Terras do Brasil (INTERBRAS) que estabelecerá condições mínimas para a democratização dessas sociedades.

(…)

Art. 11. O Instituto de Terras do Brasil fica investido de poderes de representação da União, para promover a discriminação das terras devolutas federais, restabelecida a instância administrativa disciplinada pelo Decreto-Lei n. 9.760, de 5 de setembro de 1946, e com autoridade para reconhecer as posses legítimas manifestadas através de cultura efetiva e morada habitual, bem como

para incorporar ao patrimônio público as terras devolutas federais ilegalmente ocupadas e as que se encontrarem desocupadas.

§ 1° Através de convênios, celebrados com os Estados e Municípios, iguais poderes poderão ser atribuídos ao Instituto de Terras do Brasil, quanto às terras devolutas estaduais e municipais, respeitada a legislação local, o regime jurídico próprio das terras situadas na faixa da fronteira nacional bem como a atividade dos órgãos de valorização regional.

§ 2º Tanto quanto possível, o Instituto de Terras do Brasil imprimirá ao instituto das terras devolutas orientação tendente a harmonizar as peculiaridades regionais com os altos interesses do desbravamento através da colonização racional visando a erradicar os males do minifúndio e do latifúndio.

Art. 15. O art. 2º-A da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, passa a vigorar com a seguinte alteração:

Art. 2º-A. Na hipótese de fraude ou simulação de esbulho ou invasão, por parte do proprietário ou legítimo possuidor do imóvel, para os fins dos §§ 6o e 7o do art. 2o, o órgão executor do Programa Nacional de Reforma Agrária aplicará pena administrativa de R$ 55.000,00 (cinqüenta e cinco mil reais) a R$ 535.000,00 (quinhentos e trinta e cinco mil reais) e o Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS promoverá o cancelamento do cadastro do imóvel no Sistema Nacional de Cadastro Rural, sem prejuízo das demais sanções penais e civis cabíveis. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)

Art. 16. O art. 11 da Lei nº 5.709, de 7 de outubro de 1971, passa a vigorar com a seguinte alteração:

Art. 11 - Trimestralmente, os Cartórios de Registros de Imóveis remeterão, sob pena de perda do cargo, à Corregedoria da Justiça dos Estados a que estiverem subordinados ao Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS, relação das aquisições de áreas rurais por pessoas estrangeiras, da qual constem os dados enumerados no artigo anterior.

Art. 17. Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS28 29

Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Instituto de Terras do Brasil – INTERBRAS, e dá outras providências.

Art. 1º Ficam aprovados a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS, na forma dos Anexos I e II (Descrição quantitativa dos pontos de DAS a serem definidos).

Art. 2º Em decorrência do disposto no Art. 1º, ficam remanejados, na forma do Anexo IV, os seguintes cargos em comissão do Grupo de Direção e Assessoramento Superiores- DAS:

I – do Programa Terra Legal para o INTERBRAS: (a definir) e

II – do INCRA para o INTERBRAS: (a definir).

Art. 3º Ficam transformados, na forma do Anexo III (Transposição de cargos a definir).

Art. 4º Os apostilamentos decorrentes da aprovação da Estrutura Regimental de que trata o art. 1º deverão ocorrer no prazo de quarenta e cinco dias, contato da data de publicação deste decreto.

Parágrafo Único. Após os apostilamentos previstos no caput, o Presidente do INTERBRAS fará publicar no Diário Oficial da União, no prazo de noventa dias, contado da data de publicação deste Decreto, relação nominal dos titulares dos cargos em comissão do Grupo de Direção e Assessoramento Superiores- DAS, a que se refere o Anexo II, indicando, inclusive, número de cargos vagos, sua denominação e respectivo nível.

Art. 5º A redistribuição dos cargos efetivos do INCRA para o INTERBRAS se dará na seguinte forma:

I – Os ocupantes da Carreira de Perito Federal Agrário, do cargo de Engenheiro Agrônomo terão o prazo de 45 dias para optar pelo órgão no qual serão lotados;

II - Os ocupantes da Carreira de Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário, dos cargos de Fiscal de Cadastro, e os da Carreira de Técnico em Reforma e Desenvolvimento Agrário dos cargos de Técnico de Cadastro e Tributação Rural, Técnico em Agrimensura, Técnico em Georreferenciamento, Topógrafo e correlatos serão lotados automaticamente no INTERBRAS;

III – Os ocupantes da Carreira de Analista em Reforma e Desenvolvimento Agrário, dos cargos de Engenheiro Civil, Cartógrafo, Florestal, Agrimensor; e Antropólogo e Geógrafo terão o prazo de 45 dias para optar pelo órgão no qual serão lotados;

IV - Os ocupantes dos cargos efetivos de Analista Administrativo em nível superior e de Técnico em Reforma e Desenvolvimento Agrário e correlatos deverão optar pelo órgão no qual serão lotados no prazo de 45 dias.

Art. 6º O regimento interno do INTERBRAS será aprovado pelo Ministro de Estado (a definir) e publicado, no Diário Oficial da União, no prazo de 120 dias, contado da data de publicação deste decreto.

Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de (data a definir).

Art. 8º Fica revogado a partir de (data a definir), o Decreto nº 6.812, de 03 de abril de 2009.

V – órgãos descentralizados:

a) delegacias estaduais;b) unidades avançadas.

Capítulo III - DA DIREÇÃO E NOMEAÇÃO

Art. 4º O INTERBRAS será dirigido por um Conselho Diretor, composto pelo Presidente, pelo Diretor de Gestão Administrativa, pelo Procurador-Chefe, pelo Auditor-Chefe, pelo Ouvidor, pelo Diretor de Regularização Fundiária, pelo Diretor de Fiscalização Agrária e pelo Diretor de Cadastro Rural.

Art. 5º As nomeações para os cargos em comissão e funções gratificadas integrantes da estrutura regimental do INTERBRAS serão efetuadas em conformidade com a legislação vigente.

Capítulo IV - DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

Art. 6º O Conselho Diretor, constituído de 8 membros terá a seguinte composição:

a) Presidente do INTERBRAS, que o presidirá e terá o voto qualificado, em caso de empate:b) Diretor de Gestão Administrativa;c) Procurador-Chefe;d) Auditor-Chefe;e) Ouvidor;f) Diretor de Regularização Fundiária;g) Diretor de Fiscalização Agrária;h) Diretor de Cadastro Rural.

Art. 7º O Conselho Estadual, constituído de 8 membros terá a seguinte composição:

a) Delegado Estadual do INTERBRAS, que o presidirá e terá o voto qualificado, em caso de empate:b) Chefe de Gestão Administrativa;c) Procurador-Estadual;d) Auditor-Chefe;e) Ouvidor;f) Chefe de Regularização Fundiária;g) Chefe de Fiscalização Agrária;h) Chefe de Cadastro Rural.

Capítulo V - DAS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOSSeção I - Dos Órgãos Colegiados

Art. 8º Ao Conselho Diretor compete:

I – deliberar sobre as propostas dos Planos Nacional e Regionais da Autarquia, a serem submetidos à instância superior;

II – aprovar a proposta orçamentária anual do INTERBRAS e solicitações de créditos adicionais;

III – aprovar a programação operacional anual do INTERBRAS e suas alterações, com detalhamento das metas e recursos financeiros, humanos e materiais;

IV – aprovar as instruções normativas que tratem de:

a) regularização fundiária e ratificação de títulos em faixa de fronteira;b) atividades de fiscalização, desapropriação de imóveis rurais, celebração de acordos judiciais em processos de desapropriação, mercado de terras e avaliação de imóveis rurais e urbanos;

c) cadastro, certificação, aquisição de imóveis rurais por estrangeiros, parcelamentos rurais e descaracterização rural;d) prestação de serviços e celebração de contratos, convênios ajustes e outros instrumentos congêneres;e) procedimentos e atos administrativos e de funcionamento do INTERBRAS.

V – dispor sobre as Diretorias, Delegacias Regionais e Unidades Avançadas;

VI – autorizar o Presidente a adquirir, conceder e alienar bens imóveis;

VII – autorizar os pedidos de aquisição de imóveis rurais, com área de até cinqüenta módulos de exploração indefinida para pessoa física estrangeira em todo território nacional, e com área de até cem módulos de exploração indefinida para pessoa jurídica estrangeira localizada em faixa de fronteira, sem dispensa do assentimento prévio do Conselho de Defesa Nacional, quando exigido por lei;

VIII – apreciar e aprovar as contas e balanços gerais do INTERBRAS;

IX – conhecer os relatórios mensais de avaliação de desempenho do INTERBRAS e sobre eles deliberar; e

X – apreciar assuntos que lhe forem submetidos pelo Presidente ou por quaisquer dos demais membros.

Parágrafo Único. O regimento interno do Conselho Diretor e dos Conselhos Estaduais, a serem elaborados e aprovados pelo próprio Conselho Diretor, disporão sobre suas organizações e funcionamentos.

Art. 9º Aos Conselhos Estaduais competem:

I – deliberar sobre as propostas dos Planos Regionais da Delegacia Estadual, a serem submetidos à instância superior;

II – aprovar a proposta orçamentária anual da Delegacia Estadual e solicitações de créditos adicionais a serem submetidos à instância superior;

III – aprovar a programação operacional anual da Delegacia Estadual e suas alterações, com detalhamento das metas e recursos financeiros, humanos e materiais, a serem submetidos à instância superior;

IV – apreciar e aprovar as contas e balanços gerais da Delegacia Estadual e suas alterações, com detalhamento das metas e recursos financeiros, humanos e materiais, a serem submetidos à instância superior;

V – conhecer os relatórios mensais de avaliação de desempenho da Delegacia Estadual, a serem submetidos à instância superior; e

VI – apreciar assuntos que lhe forem submetidos pelo Delegado Estadual ou por quaisquer dos demais membros.

VII – propor para apreciação do Conselho Diretor instruções normativas e norma de execução que tratem de alterações e simplificações de procedimentos, com vistas ao aprimoramento e agilização dos processos de tomada de decisão;

VIII – apreciar outros assuntos que lhes forem submetidos pelo Conselho Diretor.

deCreto para reguLamentar a estrutura regimentaL do instituto de terras do BrasiL - interBras

anexo i

Estrutura Regimental do Instituto de Terras do Brasil – INTERBRAS

Capítulo IDA NATUREZA, SEDE E COMPETÊNCIA

Art. 1º O Instituto de Terras do Brasil – INTERBRAS é uma Autarquia Federal, vinculada ao Ministério (a definir), criada pela Lei X, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira, com sede e foro em Brasília, Distrito federal, e atuação em todo o território nacional.

Art. 2º O INTERBRAS tem os direitos, competências, atribuições e responsabilidades estabelecidos na Lei X e legislação complementar, em especial a regulação, fiscalização e o controle da malha fundiária brasileira.

Capítulo II - DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Art. 3º O INTERBRAS tem a seguinte estrutura organizacional:

I – órgãos colegiados:

a) Conselho Diretor;b) Conselhos Estaduais.

II – órgão de assistência direta e imediata ao Presidente:

a) Gabinete.

III – órgãos seccionais:

a) Diretoria de Gestão Administrativa;b) Procuradoria Federal Especializada;c) Auditoria Interna;d) Ouvidoria.

IV – órgãos de caráter técnico:

a) Diretoria de Regularização Fundiária;b) Diretoria de Fiscalização Agrária;c) Diretoria de Cadastro Rural.

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS30 31

Seção II - Do Órgão de Assistência Direta e Imediata ao Presidente

Art.10º Ao Gabinete compete:

I – assistir ao Presidente em sua representação política e social;

II – supervisionar e coordenar as atividades de assessoramento ao Presidente;

III – incumbir-se do preparo e despacho do seu expediente pessoal;

IV – organizar a pauta de assuntos a serem submetidos à deliberação do Conselho Diretor;

V – coordenar a organização das normas técnicas, resoluções, portarias e atas emanadas da Presidência e do Conselho Diretor;

VI – deliberar sobre procedimentos disciplinares, sob sua alçada;

VII – coordenar e supervisionar as atividades que visem melhorar o atendimento ao público;

VIII – promover articulação com os demais órgãos da administração pública, respondendo à necessidade de articular as ações governamentais;

IX – auxiliar a Presidência a implementar as diretrizes, políticas, objetivos e estratégias do Governo Federal, do Ministério (a definir) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, no âmbito da Autarquia; e

X – desempenhar outras atribuições delegadas pelo Presidente.

Seção III - Dos Órgãos Seccionais

Art. 11. À Diretoria de Gestão Administrativa compete:

I – coordenar e supervisionar as atividades relacionadas com os sistemas federais de administração financeira, contabilidade, patrimônio, recursos humanos e serviços gerais, no âmbito do INTERBRAS;

II – coordenar e supervisionar as atividades e procedimentos relativos à pesquisa e disseminação de novas práticas organizacionais, novas tecnologias a automação das atividades que proporcionem a melhoria da qualidade, eficiência e produtividade da administração;

III – efetuar a cobrança administrativa de créditos concedidos;

IV – expedir orientações, manter registros e controles sobre as propostas de lançamento, cancelamento e reemissão de Títulos da Dívida Agrária;

V – acompanhar, monitorar e avaliar as informações gerenciais da Autarquia, sistematizando-as de forma a dar suporte ao processo decisório;

VI – promover a articulação institucional e interinstitucional visando à estruturação orçamentária dos programas, ações, atividades, projetos e operações especiais que comporão o orçamento da Autarquia;

VII – coordenar, supervisionar e controlar as atividades relacionadas aos sistemas federais de planejamento, programação orçamentária, desenvolvimento, implantação e manutenção de redes de comunicação; e

VIII – coordenar e supervisionar as delegacias estaduais na execução das atividades relacionadas à sua área de atuação.

Art. 12. À Auditoria compete:

I – assessorar o Conselho Diretor para o cumprimento dos objetivos institucionais, avaliando o nível de segurança e qualidade dos controles, processos, sistemas e gestão;

II – prestar apoio aos órgãos de Controle Interno e Externo da União no campo de suas atribuições;

III – planejar, acompanhar e controlar o desenvolvimento de auditorias preventivas e corretivas; e

IV – subsidiar as Diretorias na proposição de padrões, sistemas e métodos de avaliação e acompanhamento da qualidade e produtividade das atividades da Autarquia, bem como as ações voltadas para a modernização institucional.

Art. 13. À Ouvidoria compete:

I - promover gestões junto a representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público e de outras entidades relacionadas com o tema agrário, visando à prevenção e resolução de conflitos de ordem fundiária;

II - estabelecer interlocução com os governos estaduais, municipais, produtores rurais e sociedade civil, visando prevenir, mediar e resolver tensões e conflitos de ordem fundiária;

III - diagnosticar tensões de caráter fundiário e conflitos sociais no campo, de forma a propor soluções pacíficas; e

IV - consolidar informações sobre tensões e conflitos de ordem fundiária, com o objetivo de propiciar ao Presidente da Autarquia e outras autoridades subsídios atualizados e periódicos para tomada de decisão.

Seção IV - Dos Órgãos de Caráter Técnico

Art. 14. À Diretoria de Regularização Fundiária compete;

I – promover estudos, visando à criação, extinção ou alteração de mecanismos legais que permitam agilizar os procedimentos de discriminação e regularização fundiária;

II – fixar critérios e normas para celebração de convênios públicos de discriminação e regularização de terras;

III – coordenar, normatizar e supervisionar a titulação de imóveis rurais em áreas de regularização fundiária e de ratificação de titulação de imóveis rurais em faixa de fronteira;

IV – propor normas gerais e coordenar a execução das atividades de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades quilombolas e indenização decorrente das ações de desintrusão.

V – propor normas gerais e coordenar a execução das atividades de colonização particular.

Art. 15. À Diretoria de Fiscalização Agrária compete;

I – propor a fixação dos módulos fiscais e os índices de rendimento que aferem o conceito de produtividade do imóvel rural;

II – normatizar e promover a fiscalização cadastral de imóveis rurais quanto ao domínio, uso e cumprimento da função social;

III – coordenar, normatizar e supervisionar as atividades e mecanismos para a aquisição, desapropriação e incorporação ao patrimônio da União de imóveis rurais;

IV – coordenar, normatizar e supervisionar a discriminação, a arrecadação, a destinação e a incorporação ao patrimônio público de terras devolutas federais;

V – coordenar e normatizar a obtenção de recursos fundiários para o reassentamento de populações não quilombolas, não índios, ocupantes de Unidades de Conservação, atingidos por barragens, brasiguaios e brasibolivianos;

VI - coordenar, normatizar e supervisionar a avaliação de imóveis rurais de interesse público;

VII – coordenar a realização de pesquisas, estudos e análises do mercado de terras;

VIII – coordenar, normatizar e supervisionar o controle do arrendamento e da aquisição de imóveis rurais por estrangeiros;

IX – estabelecer critérios, normas e fiscalizar o desmembramento e descaracterização de imóveis rurais;

Art. 16. À Diretoria de Cadastro Rural compete;

I – organizar, coordenar, normatizar, supervisionar e manter os cadastros que integram o Sistema Nacional de Cadastro Rural, assim como promover a sua integração com os demais cadastros nacionais de imóveis rurais;

II –gerenciar o ordenamento da estrutura fundiária do País;

III – realizar estudos para o zoneamento agroecológico do País;

IV – definir e caracterizar as zonas típicas de módulos de imóveis rurais;

V – normatizar, coordenar e supervisionar a elaboração e manutenção da base de dados cartográficos única da Autarquia;

VI – normatizar, coordenar e supervisionar os serviços de georreferenciamento e certificação de imóveis rurais;

VII – normatizar e propor atualização da tabela de preços referenciais para a execução de serviços de agrimensura.

Seção V - Dos Órgãos Descentralizados

Art. 17. Às Delegacias Estaduais compete coordenar e executar as atividades de suas respectivas unidades, na área de atuação, definidas no Regimento Interno da Autarquia.

Art. 18. Às Unidades Avançadas compete a execução das atividades finalísticas e outras específicas definidas no regimento interno da Autarquia.

Capítulo VI - DAS ATRIBUIÇÕES DOS DIRIGENTESSeção I - Do Presidente

Art. 19. Ao Presidente incumbe:

I – representar a Autarquia, ativa e passivamente, em juízo, por meio de procuradores, ou fora dele, na qualidade de seu principal responsável;

II – dirigir, orientar e coordenar o funcionamento da Autarquia, zelando pelo cumprimento da política geral emanada do Ministério (a definir) e dos seus planos, programas e projetos;

III – convocar, quando, necessário, as reuniões do Conselho Diretor e presidi-las;

IV – firmar em nome da Autarquia, contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos similares;

V – aprovar projetos de colonização particular;

VI – praticar todos os atos pertinentes à administração orçamentária, financeira, contábil, de recursos humanos, de patrimônio, de material e de serviços gerais, na forma da legislação em vigor, e determinar auditorias;

VII – estabelecer instruções normativas e praticar os demais atos pertinentes à organização e ao funcionamento da Autarquia, nos termos do regimento interno; e

VIII – delegar competência aos Diretores, Chefe de Gabinete e Procurador-Chefe para a prática de atos pertinentes às respectivas áreas de atuação.

Seção II - Dos demais Dirigentes

Art. 20. Aos Diretores, ao Chefe de Gabinete, ao Procurador-Chefe, ao Auditor-Chefe, ao Ouvidor-Geral, aos Delegados Estaduais e aos demais dirigentes incumbe planejar, dirigir, coordenar e orientar a execução das atividades das respectivas unidades e exercer outras atribuições que lhes forem cometidas pelo Presidente da Autarquia.

Capítulo VI - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 21. Os órgãos descentralizados ficam sujeitos à orientação técnica e normativa da Presidência da Autarquia, das Diretorias, da Procuradoria Federal Especializada e da Auditoria.

Art. 22. As normas de organização e funcionamento dos órgãos e unidades integrantes da Estrutura Regimental da Autarquia serão estabelecidas no Regimento Interno, de forma compatível com o disposto com a legislação cabível.

Art. 23. Os casos omissos e as dúvidas suscitadas na aplicação desta Estrutura Regimental serão dirimidas pelo Presidente da Autarquia, ad referendum do Conselho Diretor.

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS32 33

Art. 1º Aprovar o Regimento Interno do Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS, na forma do anexo à presente Portaria.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revoga-se a Portaria nº 69, de 19 de outubro de 2006, publicada no Diário Oficial da União de 20 de outubro de 2006, Seção I.

CAPÍTULO I - Natureza e Finalidade

Art.1º O Instituto de Terras do Brasil - INTERBRAS, autarquia federal, vinculada ao Ministério (a definir), criado pela Lei X, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira, com sede e foro em Brasília, Distrito Federal e jurisdição em todo o território nacional, com sua estrutura regimental aprovada pelo Decreto X, tem como finalidades:

I - promover e executar a fiscalização agrária visando a melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social;

II - promover, coordenar, controlar e executar a regularização fundiária;

III - promover as medidas necessárias à discriminação e arrecadação das terras devolutas federais e a sua destinação, visando incorporá-las ao sistema produtivo;

IV – manter cadastro rural; e

V - gerenciar a estrutura fundiária do País.

Art. 2º O INTERBRAS tem como atividades principais, nos termos da Lei nº. 4.504, de 30 de novembro de 1964 - Estatuto da Terra e legislação complementar:

I - realizar estudos para o zoneamento do País em regiões homogêneas do ponto de vista sócio-econômico e das características da estrutura agrária, de acordo com o art. 43, incisos I a IV, da Lei nº. 4.504, de 30 de novembro de 1964;

II - definir critérios para fixação da fração mínima de parcelamento e do módulo fiscal;

III - organizar e manter atualizado o cadastro de imóveis rurais, de proprietários e detentores de imóveis rurais, de terras públicas, de arrendatários e parceiros rurais, bem como quaisquer outros que vise proporcionar elementos para conhecimento e correção da estrutura fundiária e sócio- econômica do meio rural;

IV - identificar e classificar os imóveis que não cumprem a função social da propriedade, a pequena e média propriedade, na forma da Lei nº. 8.629, de 25 de fevereiro de 1993;

V - certificar o georreferenciamento dos imóveis rurais na forma do art. 3º da Lei nº 10.267, de 28 de agosto de 2001;

VI - promover a concessão, remição, transferência e extinção de aforamento de terras públicas;

VII - promover a discriminação de terras devolutas da União, incorporando-as ao patrimônio público na forma da Lei nº. 6.383, de 7 de dezembro de 1976;

VIII - regularizar as ocupações das terras na forma dos artigos 97 a 102, da Lei nº. 4.504, de 30 de novembro de 1964;

IX – controlar a aquisição e o arrendamento de imóveis rurais por estrangeiros;

X - promover a identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades quilombolas;

XI - promover a fiscalização da função social e avaliações de imóveis rurais de interesse público; e

XII - fixar a metodologia de aprovação e acompanhamento a ser adotada nos projetos de colonização particular.

CAPÍTULO II - Organização

Art. 3º O INTERBRAS tem a seguinte estrutura organizacional:

I – órgãos colegiados:

a) Conselho Diretor - CD;b) Conselhos Estaduais - CE.

II – órgão de assistência direta e imediata ao Presidente:

a) Gabinete - GAB.

1) Chefia de Gabinete - GAB-1.2) Assessoria – GAB-2.3) Comunicação – GAB-3.

III – órgãos seccionais:

a) Diretoria de Gestão Administrativa - DA;

1) Coordenação Geral de Pessoas - DAH.2) Coordenação Geral de Administração e Serviços Gerais – DAA.3) Coordenação Geral de Finanças e Contabilidade – DAC.4) Coordenação Geral de Tecnologia da Informação.

b) Procuradoria Federal Especializada - PFE;

1) Coordenação Geral Fundiária - CGF.2) Coordenação Geral Trabalhista - CGT.3) Coordenação Geral Administrativa – CGA.

c) Auditoria Interna – Aud.;

d) Ouvidoria – Ouv..

IV – órgãos de caráter técnico:

a) Diretoria de Regularização Fundiária - DR;

1) Coordenação Geral de Regularização Fundiária – DRF;2) Coordenação Geral de Discriminação de Terras Devolutas – DRD;3) Coordenação Geral Quilombolas – DRQ.

b) Diretoria de Fiscalização Agrária - DF;

portaria para aprovar o regimento interno do instituto de terras do BrasiL - interBras

regimento interno para do instituto de terras do BrasiL - interBras

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS34 35

1) Coordenação Geral de Fiscalização Agrária – DFA;2) Coordenação Geral de Mercado de Terras – DFM.

c) Diretoria de Cadastro Rural - DC.

1) Coordenação Geral de Cadastro Rural – DCR;2) Coordenação Geral de Cartografia – DCC.

V – órgãos descentralizados:

a) delegacias estaduais;

1) Divisão de Regularização Fundiária – DR(xx)/DR;2) Divisão de Fiscalização Agrária – DR(xx)/DF;3) Divisão de Cadastro Rural – DR(xx)/DC.

b) unidades avançadas – DR(xx)/UA.

Art. 4º As Delegacias Estaduais terão sua sede, preferencialmente, na capital da Unidade da Federação.

Parágrafo Único. As Unidades Avançadas são órgãos descentralizados, de caráter transitório, subordinados às Delegacias Estaduais.

Art. 5º O INTERBRAS é dirigido por um Conselho Diretor, composto pelo Presidente, pelos Diretores de Gestão Administrativa, de Regularização Fundiária, de Fiscalização Agrária, de Cadastro Rural, pelo Procurador Geral, pelo Auditor-Chefe e pelo Ouvidor-Geral.

Art. 6º As Diretorias são dirigidas por Diretores; a Procuradoria Federal Especializada, pelo Procurador-Chefe; a Auditoria, pelo Auditor-Chefe; a Ouvidoria pelo Ouvidor-Chefe, as Coordenações-Gerais, por Coordenadores-Gerais; as Delegacias Estaduais, por Delegados Estaduais, as Procuradorias Estaduais, as Divisões, a Assessoria de Comunicação, a Chefia de Gabinete, por Chefes.

Art. 7º O Presidente, os Diretores, e o Procurador-Chefe são nomeados pelo Presidente da República, por indicação do Ministro de Estado (a definir).

§ 1º A nomeação do Procurador-Chefe será precedida da anuência do Advogado-Geral da União.

§ 2º Os demais cargos em comissão e funções gratificadas são providos por ato do Presidente do INTERBRAS.

Art. 8º O Conselho Diretor, constituído de oito membros, tem a seguinte composição:

a) Presidente do INTERBRAS, que o presidirá e terá o voto qualificado, em caso de empate:b) Diretor de Gestão Administrativa;c) Procurador-Chefe;d) Auditor-Chefe;e) Ouvidor;f) Diretor de Regularização Fundiária;g) Diretor de Fiscalização Agrária;h) Diretor de Cadastro Rural.

Art. 9º O Conselho Estadual é composto:

a) Delegado Estadual do INTERBRAS, que o presidirá e terá o voto qualificado, em caso de empate:b) Chefe de Gestão Administrativa;c) Procurador-Estadual;d) Auditor-Chefe;e) Ouvidor;f) Chefe de Regularização Fundiária;g) Chefe de Fiscalização Agrária;h) Chefe de Cadastro Rural.

CAPÍTULO III - Competência das UnidadesSeção I - Órgãos Colegiados

Art. 10º Ao Conselho Diretor compete:

I – deliberar sobre as propostas dos Planos Nacional e Regionais da Autarquia, a serem submetidos à instância superior e implementá-los;

II – aprovar a proposta orçamentária anual do INTERBRAS e solicitações de créditos adicionais;

III – aprovar a programação operacional anual do INTERBRAS e suas alterações, com detalhamento das metas e recursos financeiros, humanos e materiais;

IV – aprovar as instruções normativas que tratem de:

a) regularização fundiária e ratificação de títulos em faixa de fronteira;b) atividades de fiscalização, desapropriação de imóveis rurais, celebração de acordos judiciais em processos de desapropriação, mercado de terras e avaliação de imóveis rurais e urbanos;c) cadastro, certificação, aquisição de imóveis rurais por estrangeiros, parcelamentos rurais e descaracterização rural;d) prestação de serviços e celebração de contratos, convênios ajustes e outros instrumentos congêneres;e) procedimentos e atos administrativos e de funcionamento do INTERBRAS.

V – dispor sobre as Diretorias, Delegacias Regionais e Unidades Avançadas;

VI – autorizar o Presidente a adquirir, conceder e alienar bens imóveis;

VII – autorizar os pedidos de aquisição de imóveis rurais, com área de até cinqüenta módulos de exploração indefinida para pessoa física estrangeira em todo território nacional, e com área de até cem módulos de exploração indefinida para pessoa jurídica estrangeira localizada em faixa de fronteira, sem dispensa do assentimento prévio do Conselho de Defesa Nacional, quando exigido por lei;

VIII – apreciar e aprovar as contas e balanços gerais do INTERBRAS;

IX – conhecer os relatórios mensais de avaliação de desempenho do INTERBRAS e sobre eles deliberar; e

X – apreciar assuntos que lhe forem submetidos pelo Presidente ou por quaisquer dos demais membros.

Art. 11. Aos Conselhos Estaduais competem:

I – deliberar sobre as propostas dos Planos Regionais da Delegacia Estadual, a serem submetidos à instância superior;

II – aprovar a proposta orçamentária anual da Delegacia Estadual e solicitações de créditos adicionais a serem submetidos à instância superior;

III – aprovar a programação operacional anual da Delegacia Estadual e suas alterações, com detalhamento das metas e recursos financeiros, humanos e materiais, a serem submetidos à instância superior;

IV – apreciar e aprovar as contas e balanços gerais da Delegacia Estadual e suas alterações, com detalhamento das metas e recursos financeiros, humanos e materiais, a serem submetidos à instância superior;

V – conhecer os relatórios mensais de avaliação de desempenho da Delegacia Estadual, a serem submetidos à instância superior; e

VI – apreciar assuntos que lhe forem submetidos pelo Delegado Estadual ou por quaisquer dos demais membros.

VII – propor para apreciação do Conselho Diretor instruções normativas e norma de execução que tratem de alterações e simplificações de procedimentos, com vistas ao aprimoramento e agilização dos processos de tomada de decisão;

VIII – apreciar outros assuntos que lhes forem submetidos pelo Conselho Diretor.

Seção II - Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Presidente

Art. 12. À Chefia do Gabinete (GAB) compete:

I - assistir ao Presidente em suas representações políticas e sociais e incumbir-se do controle de suas agendas;

II - coordenar e supervisionar as atividades de assessoramento ao Presidente;

III - promover o acompanhamento e sistematização das informações sobre questões agrárias visando subsidiar as decisões da Autarquia;

IV - acompanhar as matérias de interesse da Autarquia, junto aos poderes da União;

V - incumbir-se do preparo e despacho dos expedientes a serem assinados pelo Presidente, levando-os a despacho;

VI - processar todos os assuntos e documentos de natureza especial, encaminhados ou endereçados ao Presidente;

VII - assistir ao Presidente quando do atendimento de autoridades das diferentes esferas de governo e de representantes da sociedade; e

VIII – coordenar e acompanhar a promoção do atendimento ao público, por meio das Delegacias Estaduais.

Art. 13. À Assessoria (GAB-2) compete operacionalizar os serviços de atividades auxiliares do Gabinete, em especial:

I - receber, registrar, controlar e promover a distribuição da documentação;

II - organizar e controlar arquivos;

III - selecionar e encaminhar matérias para publicação oficial;

IV - promover a gestão do Sistema de Documentação - SISDOC, em nível nacional;

V - operacionalizar a elaboração de expedientes administrativos e técnicos do Gabinete;

VI - elaborar minutas de pareceres técnicos, despachos e correspondências oficiais do Gabinete;

VII - controlar e acompanhar expedientes, consultas e demandas, assim como o prazo para atendimento dos mesmos;

VIII - classificar e organizar as informações de que trata o inciso anterior, para fins de pesquisa e recuperação;

IX - examinar e revisar, quanto aos aspectos formais, os atos a serem assinados pelo Presidente e Chefe de Gabinete;

X - formatar, organizar, catalogar e divulgar as normas internas; e

XI - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 14. À Assessoria de Comunicação Social (GAB-3) compete:

I - assistir ao Presidente, aos Diretores e aos Delegados Estaduais nos assuntos relacionados com a comunicação social e o relacionamento com os meios de comunicação internos e externos;

II - elaborar e executar o Plano de Comunicação para o órgão;

III - difundir informações sobre as realizações do INTERBRAS;

IV - articular com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, com a intermediação do Ministério (a definir), a divulgação de publicidade oficial de interesse do INTERBRAS;

V - promover a publicação, divulgação e acompanhamento das matérias de interesse do INTERBRAS;

VI - produzir comunicação interna das atividades da Autarquia;

VII - realizar assessoria de imprensa junto aos veículos de comunicação social no País;

VIII - orientar, supervisionar e articular, nas Delegacias Estaduais, as atividades de comunicação social, em especial aquelas relacionadas à realização de eventos, cerimonial e relações públicas;

IX - manter relacionamento com órgãos governamentais e entidades particulares no interesse das atividades de comunicação social;

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS36 37

X - providenciar o registro audiovisual, fotográfico e jornalístico de interesse do INTERBRAS;

XI - produzir material publicitário do órgão para divulgação dos programas e ações da Autarquia;

XII - coordenar a atualização das páginas do INTERBRAS na internet e intranet; e

XIII - outras atividades compatíveis com as suas competências.

Seção III - Órgãos Seccionais

Art. 15. À Diretoria de Gestão Administrativa (DA) compete propor atos normativos, coordenar e supervisionar a execução das atividades relacionadas com os sistemas federais de administração orçamentária e financeira, contabilidade, recursos humanos e serviços gerais e propor, supervisionar, controlar e acompanhar a implementação de convênios, contratos e instrumentos congêneres relativos a sua área de competência.

Art. 16. À Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (DAH) compete propor, implementar e avaliar a política de desenvolvimento de recursos humanos, mais especificamente:

I - estudar e sistematizar, mantendo atualizada, a legislação, doutrina e jurisprudência pertinentes a recursos humanos;

II - instruir consultas e requerimentos que envolvam questões relativas a direitos, deveres, responsabilidades e disciplina de pessoal;

III - prestar assistência e orientação às unidades regionais de recursos humanos quanto às matérias relacionadas à legislação de pessoal;

IV - manter atualizadas as informações e os registros necessários à homologação dos atos de concessão de aposentadoria e pensão;

V- supervisionar e orientar as atividades relativas ao cadastro, lotação e pagamento de pessoal;

VI - coletar, sistematizar e divulgar dados e informações relativos à força de trabalho do INTERBRAS;

VII - aplicar normas e critérios relativos ao enquadramento de pessoal;

VIII - orientar as unidades de recursos humanos quanto à execução de atividades relacionadas ao cadastro, lotação e pagamento de pessoal;

IX - organizar e manter atualizado o cadastro funcional dos servidores;

X - manter registro e controle de frequência, assim como de todas as ocorrências e alterações funcionais;

XI - expedir documentos de identificação funcional, certidões e declarações funcionais;

XII - elaborar e controlar atos de provimento, movimentação, vacância, dispensa e exoneração de pessoal e de cargos e funções;

XIII - manter atualizadas as informações e os registros necessários à homologação dos atos de nomeação e desligamento de pessoal;

XIV - elaborar a folha de pagamento de pessoal e de beneficiários de pensão;

XV - prestar assistência aos servidores e pensionistas quanto à dinâmica dos rendimentos e dos descontos;

XVI - coletar e sistematizar dados para a atualização da folha de pagamento de pessoal e dos beneficiários de pensão;

XVII - instruir processos para o pagamento de despesas de exercícios anteriores e vantagens decorrentes de decisões judiciais;

XVIII - elaborar o Plano Anual Nacional de Capacitação;

XIX - supervisionar, orientar e avaliar as atividades e os resultados alcançados com a execução do Plano Anual Nacional de Capacitação;

XX - supervisionar e orientar as atividades relativas à avaliação de desempenho individual e institucional;

XXI - promover a articulação institucional e o estabelecimento de parcerias nas ações de capacitação;

XXII - desenvolver estudos para implantação de novas técnicas de capacitação de recursos humanos;

XXIII - supervisionar e acompanhar as atividades relativas ao estágio supervisionado;

XXIV - efetuar o levantamento das necessidades de treinamento;

XXV - acompanhar e controlar a execução das ações de capacitação;

XXVI - propor metodologias para a implementação dos projetos de treinamento;

XXVII - coletar, sistematizar e divulgar as oportunidades de treinamento;

XXVIII - instruir consultas e solicitações relativas à participação de servidores em eventos de capacitação;

XXIX - prestar apoio logístico em eventos de capacitação;

XXX - implementar e acompanhar a aplicação de instrumentos de avaliação de desempenho individual e institucional;

XXXI - coletar, sistematizar, controlar e divulgar as informações relativas à avaliação de desempenho individual e institucional;

XXXII - identificar e propor alternativas para neutralizar causas de inadequações funcionais;

XXXIII - instruir consultas e requerimentos relativos à avaliação de desempenho;

XXXIV - acompanhar o processo de adaptação do servidor em estágio probatório;

XXXV - propor, implantar, coordenar e supervisionar ações voltadas à melhoria das condições de vida dos servidores;

XXXVI - supervisionar, acompanhar e controlar as atividades relativas à concessão de benefícios instituídos em lei;

XXXVII - supervisionar os contratos, convênios e instrumentos congêneres que objetivem a execução de atividades assistenciais e de concessão de benefícios;

XXXVIII - acompanhar e controlar as atividades desenvolvidas pela Junta Médica Oficial do INTERBRAS;

XXXIX - coordenar, controlar e supervisionar as atividades dos procedimentos administrativos disciplinares;

XL - registrar, cadastrar e controlar os processos administrativos disciplinares e de sindicâncias instaurados pelo Gabinete da Presidência, Diretorias, Procuradoria Federal Especializada, assim como os recursos administrativos e judiciais interpostos;

XLI - encaminhar os processos administrativos disciplinares e de sindicância para os respectivos responsáveis pela condução dos trabalhos apuratórios;

XLII - expedir e controlar os atos de constituição, prorrogação e continuidade das comissões instauradas pelo Gabinete da Presidência;

XLIII - elaborar despachos interlocutórios e decisões em procedimentos disciplinares afetos ao Gabinete da Presidência;

XLIV - controlar o pagamento de diárias e passagens e a descentralização de recursos destinados aos membros de comissões instauradas pelo Gabinete da Presidência;

XLV - buscar alternativas de recursos humanos, dentro do perfil estabelecido pela Lei nº. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, em articulação com as Diretorias, Delegacias Estaduais e Procuradoria Federal Especializada, objetivando à composição de comissões disciplinares, sob o enfoque e o dever de priorizar o atendimento às demandas do INTERBRAS;

XLVI - manter sob sua responsabilidade o registro dos profissionais qualificados para atuar em comissões disciplinares e de sindicâncias;

XLVII - controlar o prazo de entrega dos relatórios finais oriundos das comissões, constituídas pelo Gabinete da Presidência, assim como os demais prazos estabelecidos pela Lei nº. 8.112, de 11 de dezembro de 1990; e

XLVIII - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 17. À Coordenação-Geral de Administração e Serviços Gerais (DAA) compete estruturar, executar e acompanhar as atividades de licitação e contratos, administração de bens patrimoniais e de serviços gerais, introduzir técnicas e métodos objetivando o alcance de melhores índices de eficiência, desempenho e redução de custos e orientar e supervisionar as unidades descentralizadas homólogas, mais especificamente:

I - efetuar os procedimentos relativos à aquisição de bens e serviços;

II - elaborar o cronograma de compras;

III - instruir os processos licitatórios;

IV - emitir empenhos referentes às licitações;

V - publicar contratos, termos aditivos e ratificações de inexigibilidade e de dispensa de licitação;

VI - emitir atestados de capacidade técnica a fornecedores;

VII - propor aplicação de penalidades aos prestadores de serviços ou fornecedores inadimplentes;

VIII - orientar e supervisionar as unidades descentralizadas quanto às exigências e formalidades legais pertinentes a licitações e contratos e execução de serviços gerais;

IX - administrar os registros de preços da Sede;

X - administrar os serviços de transporte;

XI - administrar as atividades de reprografia e de serviços gráficos;

XII - manter e controlar os serviços de telecomunicações;

XIII - supervisionar os serviços de limpeza, manutenção e vigilância;

XIV - controlar a autorização para transporte de cargas;

XV - elaborar relatórios sobre custos operacionais;

XVI - recepcionar, registrar e entregar a correspondência oficial;

XVII - expedir e receber a documentação tramitada entre a Sede do INTERBRAS e as Delegacias Estaduais;

XVIII - administrar o sistema de controle de processos e documentos;

XIX - orientar e supervisionar as unidades descentralizadas quanto à execução das atividades de protocolo;

XX - analisar e acompanhar os contratos administrativos;

XXI - instruir processos de pagamento dos bens adquiridos e serviços contratados;

XXII - orientar e supervisionar as unidades descentralizadas quanto à execução das atividades pertinentes à administração de contratos;

XXIII - manter gerenciamento do Sistema Informatizado de Controle Patrimonial;

XXIV - orientar e supervisionar as unidades descentralizadas quanto à execução das atividades de administração de patrimônio e de almoxarifado; e

XXV - efetuar registros de movimentação de entrada e saída de bens móveis da Sede, mantendo controle e arquivo da documentação;

XXVI - manter no Sistema de Controle Patrimonial, o cadastro e registro de bens patrimoniais da Autarquia, inclusive das unidades descentralizadas;

XXVII - administrar o Depósito de Redistribuição de bens móveis da Sede;

XXVIII - administrar o Depósito de Alienação da Sede e propor a forma de desfazimento dos bens móveis inservíveis;

XXIX - administrar e controlar os imóveis urbanos da Sede;

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS38 39

XXX - manter registros e controle de bens móveis e imóveis cedidos ou recebidos para uso da Sede;

XXXI - controlar a cobertura securitária dos bens patrimoniais da Autarquia;

XXXII - efetuar registros e manter o controle de entrada e saída de materiais de consumo em sistema informatizado de controle de estoque da Sede;

XXXIII - manter controle do consumo e efetuar solicitação de compra de materiais de consumo para reposição do estoque;

XXXIV - efetuar distribuição de materiais de consumo para as unidades da Sede;

XXXV - registrar a entrada de bens permanentes no almoxarifado, efetuar tombamento e distribuição para uso das unidades da Sede;

XXXVI - promover levantamentos físicos periódicos dos materiais em estoque;

XXXVII - confeccionar os relatórios mensais de movimentação e controle de materiais para prestação de contas;

XXXVIII - editar e publicar o Boletim de Serviço da Autarquia; e

XXXIX - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 18. À Coordenação-Geral de Orçamento, Finanças e Contabilidade (DAC) compete coordenar, supervisionar, controlar e acompanhar as atividades da contabilidade; elaborar a prestação de contas anual, os balanços patrimoniais, financeiros e orçamentários e a demonstração das variações patrimoniais, atendendo às diligências dos órgãos de controle interno e externo, e analisar a execução orçamentária e financeira, créditos e financiamentos, bem como os instrumentos contratuais quanto aos seus aspectos financeiros, mais especificamente:

I - acompanhar e controlar a execução orçamentária e programação financeira;

II - promover a inclusão dos dados orçamentários no Sistema Integrado de Administração Financeira - SIAFI;

III - promover a supervisão técnica da execução orçamentária, programação financeira e ajustes das contas financeiras nas Unidades Gestoras;

IV - compatibilizar as demandas das despesas do Órgão e promover a descentralização de crédito orçamentário, em conformidade com a Programação Operacional;

V - elaborar a programação financeira dos recursos internos e externos;

VI - consolidar a programação financeira da Autarquia, criar planos internos e promover a descentralização dos recursos às Unidades Gestoras Executoras;

VII - promover acompanhamento e ajustes das contas financeiras do Órgão;

VIII - identificar, apropriar, classificar e estimar as receitas diretamente arrecadadas;

IX - promover os cálculos e devolução de receitas recolhidas indevidamente ao Órgão;

X - promover conformidade mensal de operadores e diárias de lançamentos no SIAFI;

XI- compatibilizar, consolidar, avaliar e acompanhar a programação e execução orçamentária dos programas e ações do PPA sob a responsabilidade da Diretoria;

XII - acompanhar e alimentar os dados da folha de pagamento;

XIII - propor alterações na aplicação de recursos orçamentários;

XIV - promover a impressão, conferência, emissão de empenhos, anulações e ajustes;

XV - promover a emissão de ordens bancárias e respectivos recolhimentos legais de despesas devidamente liquidadas e autorizadas pelo ordenador competente, bem como todos os elementos imprescindíveis à realização do pagamento;

XVI - promover apropriação e pagamento centralizado da folha de pessoal;

XVII - movimentar, sempre em conjunto com o ordenador de despesas, a Conta Única do Autarquia, relacionada a pagamentos e recebimentos;

XVIII - promover empenho, apropriação e transferência contábil dos valores correspondentes à emissão dos Títulos da Dívida Agrária - TDA;

XIX - promover conformidade mensal de operadores e diária dos lançamentos no Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI;

XX - promover o registro, cadastro e publicação dos termos de convênios, contratos e similares;

XXI - registrar, controlar e manter sob guarda, em cofre, os bens e valores representados por títulos, cauções e fianças bancárias;

XXII - solicitar, acompanhar e controlar os lançamentos de Títulos da Dívida Agrária – TDA;

XXIII - controlar o estoque de Títulos da Dívida Agrária – TDA não escritural em circulação, inclusive os depositados judicialmente, para fins de inclusão no Sistema Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos – CETIP;

XXIV - acompanhar e controlar as atividades desenvolvidas pelos Órgãos Regionais e agentes financeiros arrecadadores, relativos ao Sistema de Cobrança;

XXV - avaliar e controlar a fidedignidade e segurança dos relatórios e demonstrativos do Sistema de Financiamento e Créditos, inclusive os decorrentes de Dívida Ativa;

XXVI - executar os lançamentos dos fatos contábeis, dos ajustes das contas da entidade em consonância com o Plano de Contas da União e dos registros de inscrições em dívida ativa identificada pelos demais órgãos da Autarquia;

XXVII - orientar e supervisionar as unidades gestoras; exercer o controle da classificação e codificação das receitas e despesas; controlar e manter atualizado o cadastro de ordenadores de despesas e responsáveis por títulos e valores;

XXVIII - elaborar o processo de prestação de contas anual do INTERBRAS e atender às diligências dos órgãos de controle interno e externo;

XXIX - realizar estudos sobre atribuições, criação, alteração e extinção de unidades gestoras;

XXX - promover o cadastro e atualização do perfil dos usuários do SIAFI Operacional, Educacional e Gerencial e da Senha-Rede;

XXXI - instaurar o competente processo de tomada de contas especial;

XXXII - examinar as prestações de contas relacionadas a suprimento de fundos, convênios e outros instrumentos congêneres que envolvam transferência de recursos;

XXXIII - examinar os processos decorrentes de despesas legalmente empenhadas, na fase que antecede ao pagamento, na forma da legislação vigente, inclusive quanto à incidência de tributos;

XXXIV - exercer o controle e orientação na instauração do competente processo de Tomada de Contas Especial;

XXXV - promover o registro dos órgãos inadimplentes no CADIN e SIAFI;

XXXVI - analisar e controlar as concessões e as respectivas prestações de contas referentes às diárias e passagens;

XXXVII - pesquisar a cotação de preços de passagem aérea, para definição de reserva de bilhete;

XXXVIII - promover estudos para elaboração de rotinas unificadas de procedimentos administrativos e definir mecanismos de controle e acompanhamento dos convênios e instrumentos congêneres que envolvam a transferência de recursos;

XXXIX - desenvolver estudos para implantação de técnicas de capacitação na gestão de convênio;

XL - atender diligências dos órgãos de controle interno e externo relacionadas a convênios e contratos de repasse; e

XLI - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 19. À Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação (DAT) compete coordenar, supervisionar e propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos relativos à Tecnologia da Informação, especialmente nas áreas de infra-estrutura de rede e comunicação de dados, voz e imagem, desenvolvimento e manutenção de sistemas e suporte técnico aos usuários, mais especificamente:

I - definir, implantar e coordenar a execução dos processos e projetos de desenvolvimento, manutenção e aquisição de sistemas de informação, de acordo com os requisitos aprovados pelos gestores e demandas dos usuários da Autarquia;

II - coordenar a definição da política de acesso aos sistemas de informação e aos sistemas gerenciadores de banco de dados, de modo a garantir a segurança das informações;

III - coordenar o desenvolvimento, implantação e manutenção do sítio da Autarquia na internet e na intranet;

IV - elaborar os projetos básicos para aquisição de produtos e serviços relacionados a sistemas de informação;

V - gerenciar os contratos de prestação de serviços relativos a sistemas de informação e controlar a qualidade dos produtos ou serviços prestados, de acordo com os critérios de aceitação definidos em regras específicas;

VI - implantar metodologia de desenvolvimento de software com o objetivo de aperfeiçoar os processos tecnológicos no âmbito da Autarquia;

VII - orientar e coordenar a definição de padrões e arquitetura tecnológica a ser utilizada no desenvolvimento de sistemas de informação;

VIII - promover a integração dos sistemas de informação da Autarquia e garantir a disponibilidade de acesso às informações;

IX - acompanhar, controlar e gerenciar o desempenho dos sistemas de informação em produção;

X - assessorar as unidades organizacionais no processo de aquisição e desenvolvimento de sistemas de informação de interesse da Autarquia;

XI - promover a elaboração e atualização da documentação dos sistemas de informação desenvolvidos com base nos padrões definidos em regras específicas;

XII - promover a capacitação dos usuários quanto ao uso dos sistemas de informação em produção;

XIII - coordenar e controlar o processo de atendimento das demandas das unidades da Autarquia, no que se refere à manutenção corretiva ou evolutiva nos sistemas de informação e bancos de dados corporativos;

XIV - promover a implantação de novas tecnologias, visando facilitar o acesso às informações e reduzir custos;

XV - coordenar e supervisionar a execução das atividades relacionadas a sua área de atuação nas Delegacias Estaduais;

XVI - promover a melhoria da qualidade da infra-estrutura da rede de comunicação de dados, voz e imagem, garantindo a conectividade entre as unidades da Autarquia;

XVII - definir as políticas e normas de segurança de utilização dos serviços de rede e comunicação de dados, voz e imagem no âmbito da Autarquia;

XVIII - planejar, propor, acompanhar e executar a política de segurança do parque computacional da Autarquia;

XIX - planejar e implantar sistemas de cópias de segurança (backup) e restauração de dados corporativos;

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS40 41

XX - propor, elaborar e divulgar materiais educativos sobre a correta utilização dos serviços de rede e comunicação de dados;

XXI - prestar assessoria técnica na elaboração de políticas, normas, pareceres e especificação técnica de rede de comunicação, voz e imagem, softwares básicos, segurança da informação e equipamentos computacionais;

XXII - elaborar os projetos básicos ou termos de referência definindo os critérios de aceitação dos serviços ou produtos relativos à infra-estrutura de rede no âmbito da Sede, bem como analisar e aprovar projetos elaborados nas demais unidades;

XXIII - gerenciar os contratos de prestação de serviços e controlar a qualidade dos produtos ou serviços relacionados à infra-estrutura de rede no âmbito da Sede;

XXIV - coordenar e supervisionar a execução das atividades relacionadas à sua área de atuação nas Delegacias Estaduais;

XXV - prestar assistência técnica aos usuários da rede INTERBRAS (Sede), de forma remota ou presencial, incluindo a instalação e configuração de softwares e componentes físicos nas estações de trabalho e respectivos periféricos;

XXVI - promover a evolução tecnológica dos equipamentos de informática, visando mantê-los em condições satisfatórias de desempenho;

XXVII - manter controle dos softwares adquiridos incluindo as respectivas mídias, bem como controlar a instalação dos mesmos de acordo com o número de licenças adquiridas;

XXVIII - realizar inventário nos computadores da Autarquia, visando controlar a configuração de componentes instalados e o uso de produtos homologados;

XXIX - elaborar os projetos básicos ou termos de referência, definindo os critérios de aceitação dos serviços ou produtos relativos a suporte técnico no âmbito da Sede;

XXX - gerenciar contratos de assistência técnica e garantia relativos aos equipamentos de informática no âmbito da Sede.

Art. 20. À Procuradoria Federal Especializada (PFE), órgão de execução da Procuradoria Geral Federal, compete representar judicial e extrajudicialmente a Autarquia; exercer as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos aos órgãos do INTERBRAS; apurar a liquidez, certeza e exigibilidade dos créditos, de qualquer natureza, inerentes às atividades da Autarquia, inscrevendo-os em dívida ativa, para fins de cobrança amigável ou judicial e coordenar, orientar e supervisionar as atividades dos Assistentes junto aos Tribunais Regionais Federais e das Procuradorias Estaduais na condução dos procedimentos administrativos e dos processos judiciais.

Parágrafo único. Por ato do Procurador-Chefe poderão ser delegadas competências dos Assistentes nos Tribunais Regionais Federais às Procuradorias Estaduais.

Art. 21. À Coordenação-Geral Agrária (CGA) compete coordenar, orientar e supervisionar as atividades de interpretação e aplicação uniforme da legislação, doutrina e jurisprudência relativas ao Direito Agrário, especialmente:

I - representar a Autarquia nas causas de natureza agrária, fundiária, regularização fundiária ou correlata em que for interessada ou ré, sem prejuízo das atribuições e competências específicas das Procuradorias Estaduais;

II - acompanhar e intervir nas ações judiciais descritas no inciso anterior, de competência originária ou recursal, perante os Tribunais Regionais e Superiores com sede em Brasília, Distrito Federal, podendo haver delegação de tais atribuições às Procuradorias Estaduais, por ato do Procurador-Chefe;

III - comunicar aos órgãos interessados as decisões judiciais proferidas nos feitos correspondentes, cujo acompanhamento seja de sua atribuição, instruindo-as quanto ao exato cumprimento do julgado;

IV - pronunciar-se sobre questões relativas a cadastramento, parcelamento, desmembramento e remembramento de imóveis rurais, contratos agrários, cessão, concessão, colonização, aforamento, arrendamento, posse e uso da terra, domínio e titulação de imóveis, aquisição de imóveis rurais por estrangeiros, ratificação das concessões e alienações feitas pelos Estados na faixa de fronteira, discriminatórias administrativas e de arrecadação sumária de terras devolutas da União e sua destinação;

V - comunicar aos órgãos interessados as decisões judiciais proferidas nos feitos correspondentes, cujo acompanhamento seja de sua atribuição, instruindo-as quanto ao exato cumprimento do julgado;

VI - pronunciar-se sobre questões relativas à destinação, controle e titulação em terras devolutas e públicas federais;

VII - examinar e orientar as propostas de desapropriação compra e venda e outras formas de aquisição de imóveis rurais e os atos a elas inerentes;

VIII - emitir pareceres, notas técnicas, despachos, informações e outros instrumentos jurídicos congêneres acerca de projetos de atos normativos de caráter geral, a serem baixados ou propostos, nas matérias de sua competência; e

IX - propor normatizações específicas ou aprimoramentos às normas administrativas reguladoras das matérias de sua competência.

Art. 22. À Coordenação-Geral Trabalhista (CGT) compete coordenar, supervisionar e orientar as atividades de interpretação e aplicação uniforme da legislação, doutrina e jurisprudência, inclusive as de natureza disciplinar, bem como prestar consultoria em matéria de pessoal, especialmente:

I - representar a Autarquia nas causas em que for interessada, de qualquer natureza, nas quais sejam parte servidores ativos, inativos e pensionistas, inclusive, as que versem sobre pagamento de

vantagens ou aumento de remuneração, provento ou pensão, a qualquer título, sem prejuízo das atribuições e competência específicas das Procuradorias Estaduais;

II - representar a Autarquia nas causas que versem sobre reconhecimento de vínculo empregatício, funcional ou quaisquer outros direitos trabalhistas;

III - acompanhar e intervir nas ações judiciais descritas nas alíneas anteriores, de competência originária ou recursal, perante os Tribunais Regionais e Superiores com sede em Brasília, Distrito Federal, podendo haver delegação de tais atribuições às Procuradorias Estaduais, por ato do Procurador-Chefe;

IV - emitir notas técnicas, despachos, informações e outros instrumentos jurídicos congêneres acerca de projetos de atos normativos de caráter geral, a serem baixados ou propostos pelo INTERBRAS, nas matérias de sua competência;

V - comunicar aos órgãos interessados as decisões judiciais proferidas nos feitos, cujo acompanhamento seja de sua atribuição, instruindo-os quanto ao exato cumprimento do julgado;

VI - examinar e pronunciar-se em processos administrativos decorrentes da aplicação da legislação de pessoal, abrangendo matérias pertinentes à remuneração, vantagens, concessão de passagens e diárias a servidores e colaboradores eventuais, dentre outras, inclusive em grau de recurso, sem prejuízo da competência do órgão central de recursos humanos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;

VII - examinar e manifestar-se acerca das representações e denúncias relativas ao exercício da função institucional dos servidores da Autarquia, proporcionando à autoridade instauradora subsídios para o juízo de admissibilidade;

VIII - orientar, supervisionar e acompanhar o desempenho das Comissões de Processos Administrativos Disciplinares e de Sindicâncias, sem prejuízo das demais disposições regulamentares internas, no tocante à observância de prazos, presteza nas diligências e investigações, forma e conteúdo dos atos processuais, visando aferir a correta aplicação da legislação pertinente à matéria, respeitadas a autonomia e independência dos integrantes das Comissões; e

IX - examinar e manifestar-se acerca dos relatórios das Comissões de Processos Administrativos Disciplinares e de Sindicâncias, proporcionando à autoridade competente subsídios para julgamento, no âmbito da Autarquia.

Art. 23. À Coordenação-Geral Administrativa (CGA) compete coordenar e supervisionar as atividades de interpretação e aplicação uniforme da legislação, doutrina e jurisprudência dos ramos do Direito que não sejam de competência das coordenações especializadas de que tratam os artigos anteriores, especialmente:

I - representar a Autarquia nas causas em que for interessada, cuja natureza não esteja compreendida entre as de competência das outras coordenações, sem prejuízo das atribuições e competência específicas das Procuradorias Estaduais;

II - acompanhar e intervir nas ações judiciais descritas na alínea anterior, de competência originária ou recursal, perante os Tribunais Regionais e Superiores com sede em Brasília, Distrito Federal, podendo haver delegação de tais atribuições às Procuradorias Estaduais, por ato do Procurador-Chefe;

III - emitir notas técnicas, despachos, informações e outros instrumentos jurídicos congêneres acerca de projetos de atos normativos de caráter geral a serem propostos pela Autarquia, nas matérias de sua competência;

IV - comunicar aos órgãos interessados as decisões judiciais proferidas nos feitos cujo acompanhamento seja de sua atribuição, instruindo-os quanto ao exato cumprimento do julgado;

V - examinar, prévia e conclusivamente, os textos de edital de licitação, bem como os dos respectivos contratos, convênios ou instrumentos congêneres, a serem publicados e celebrados e os atos pelos quais se vá reconhecer a inexigibilidade de licitação, ou decidir pela sua dispensa na Administração Central, ou em grau de recurso, inclusive os que envolvam Direito Agrário;

VI - pronunciar-se em processos administrativos que versem sobre orçamento, finanças, material, patrimônio e serviços em geral na Administração Central ou em grau de recurso;

VII - examinar e pronunciar-se sobre todas as minutas e a execução de acordos, contratos, convênios, ajustes e instrumentos congêneres, bem como suas alterações, que envolvam aspectos jurídicos em geral.

VIII - supervisionar, coordenar, realizar, rever e acompanhar os trabalhos técnicos de cálculos referentes aos feitos de interesse da Autarquia, às liquidações de sentença e ao processo de execução;

IX - examinar os cálculos constantes dos precatórios judiciários de responsabilidade da Autarquia, antes do pagamento dos respectivos débitos;

X - assessorar e prestar consultoria econômica, contábil ou financeira à Procuradoria Federal Especializada, bem como coordenar e supervisionar os trabalhos de cálculos executados nas Procuradorias Regionais;

XI - manifestar-se quanto ao pagamento dos precatórios extraídos em ações judiciais de interesse da Autarquia, inclusive judicialmente;

XII - apurar a liquidez e certeza dos créditos da Autarquia, de qualquer natureza, inscrevendo-os em dívida ativa e promovendo sua cobrança amigável ou judicial; e

XIII - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 24. Em caso de superposição de matérias, após manifestação conclusiva na sua área de competência, o Coordenador-Geral poderá submeter o feito a exame complementar das demais Coordenações-Gerais, para análise e manifestação restrita às suas respectivas competências.

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Art. 25. Aos Assistentes junto aos Tribunais Federais Regionais e demais Tribunais Superiores compete promover e acompanhar a representação judicial nas causas de interesse da Autarquia, de competência originária ou recursal dos respectivos tribunais, podendo haver delegação de tais atribuições por ato do Procurador-Chefe.

Art. 26. À Auditoria Interna (AUD) compete assessorar o Conselho Diretor quanto à realização e acompanhamento das atividades e dos programas de trabalho, orientando e fiscalizando as diversas unidades organizacionais da Autarquia quanto à exatidão e correção das medidas técnicas, administrativas, financeiras e contábeis, especialmente:

I - assessorar o Conselho Diretor para o cumprimento dos objetivos institucionais, avaliando o nível de segurança e qualidade dos controles, processos, sistemas e gestão;

II - prestar apoio aos órgãos de controle interno e externo da União no campo de suas atribuições;

III - planejar, acompanhar e controlar o desenvolvimento de auditorias preventivas e corretivas, inclusive nos órgãos e unidades descentralizadas da Autarquia;

IV - subsidiar as Diretorias na proposição de padrões, sistemas e métodos de avaliação e acompanhamento da qualidade e produtividade das atividades da Autarquia e nas ações voltadas para a modernização institucional;

V - examinar e emitir parecer sobre prestação de contas e tomada de contas especiais;

VI - elaborar relatórios sobre exames realizados, bem como promover o acompanhamento da regularização das ocorrências apontadas ou verificadas; e

VII - analisar as contas e o balanço da Autarquia a serem submetidos ao Conselho Diretor.

Art. 27. À Ouvidoria (OUV) compete:

I - promover gestões junto a representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público e de outras entidades relacionadas com o tema agrário, visando à prevenção e resolução de conflitos de ordem fundiária;

II - estabelecer interlocução com os governos estaduais, municipais, produtores rurais e sociedade civil, visando prevenir, mediar e resolver tensões e conflitos de ordem fundiária;

III - diagnosticar tensões de caráter fundiário e conflitos sociais no campo, de forma a propor soluções pacíficas; e

IV - consolidar informações sobre tensões e conflitos de ordem fundiária, com o objetivo de propiciar ao Presidente da Autarquia e outras autoridades subsídios atualizados e periódicos para tomada de decisão.

Seção IV - Órgãos de Caráter Técnico

Art. 28. À Diretoria de Regularização Fundiária (DR) compete normatizar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades de implantação, fiscalização e manutenção dos cadastros integrantes do Sistema

Nacional de Cadastro Rural - SNCR e do Cadastro Nacional de Imóveis Rurais - CNIR; de natureza cartográfica, incluindo ações de georreferenciamento e geoprocessamento; de discriminação, arrecadação, destinação, controle e titulação em terras devolutas e públicas federais; de ratificação de titulação de imóveis em faixa de fronteira; de controle do arrendamento e da aquisição de terras por estrangeiros e de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação de territórios quilombolas e propor, supervisionar, controlar e acompanhar a implementação de projetos de colonização particular e de convênios, contratos e instrumentos congêneres relativos à sua área de competência.

Art. 29. À Coordenação-Geral de Regularização Fundiária (DRF) compete coordenar, supervisionar e propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos visando às ações de regularização fundiária e promover a ratificação de titulação de imóveis em faixa de fronteira.

I - propor critérios e metodologias visando o controle, uso, manutenção, segurança, atualização e disseminação de dados para o sistema de informação, de modo a garantir que sejam contemplados as diretrizes e os procedimentos previstos nos atos normativos de sua competência;

II - definir critérios e propor atos normativos visando orientar as atividades de regularização fundiária;

III - supervisionar, orientar e controlar as atividades de levantamento de recursos naturais, vistorias e avaliações para fins de regularização fundiária;

IV - avaliar as pautas de valores para os imóveis rurais, para fins de regularização fundiária;

V - supervisionar e acompanhar a titulação dos imóveis rurais para fins de regularização fundiária;

VI - emitir, em papel especial controlado, documentos de titularidade de imóveis rurais em áreas de regularização fundiária;

VII - emitir, em papel especial controlado, documentos de titularidade de ratificação de imóveis situados em faixa de fronteiras;

VIII - propor critérios e metodologias visando o controle, uso, manutenção, segurança, atualização e envio de dados para o SNCR, de modo a garantir que sejam contemplados as diretrizes e os procedimentos previstos nos atos normativos de sua competência;

IX - controlar e promover o desenvolvimento, avaliação e execução das atividades de fiscalização dos dados coletados nas ações de regularização fundiária;

X - definir critérios e propor atos normativos visando orientar as atividades de ratificação de títulos emitidos pelos Estados na faixa de fronteira em terras devolutas federais;

Art. 30. À Coordenação-Geral de Discriminação de Terras Devolutas e Colonização Particular (DRD) compete:

I - coordenar, supervisionar e propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos visando às ações de discriminação de terras devolutas e colonização particular.

II - supervisionar, orientar e controlar as atividades de discriminação e arrecadação de terras devolutas e terras públicas da União;

III - acompanhar, monitorar e controlar a destinação de imóveis rurais arrecadados e discriminados para fins de regularização fundiária;

IV - acompanhar, monitorar e controlar a doação e concessões de imóveis da União e do INTERBRAS, excetuando os casos de projetos de assentamento de reforma agrária e de colonização;

V - acompanhar, monitorar e controlar a destinação de imóveis rurais arrecadados e discriminados;

VI - propor a celebração, acompanhar e auditar convênios, contratos, ajustes e termos de cooperação técnica para a discriminação, arrecadação e destinação de terras públicas;

VII - propor critérios e metodologias visando identificar as áreas públicas ocupadas ilegalmente e as instruções processuais para fim de retomada da terra pública;

VIII - propor critérios e condições para destinação das terras objeto de retomada;

IX - encaminhar, controlar e supervisionar as solicitações de ratificação das concessões e alienações de terras públicas federais;

X - acompanhar, monitorar e controlar a alienação de imóveis rurais arrecadados e discriminados para fins de destinação urbana;

XI - acompanhar, monitorar e controlar a doação e concessões de imóveis da União e do INTERBRAS;

XII - fornecer dados cadastrais demandados pelo Cadastro Nacional de Imóveis Rurais;

XIII - fornecer apoio e orientação às Divisões Estaduais, dentro de sua área de competência, na execução de atividades de armazenamento, pesquisa, reprodução e recuperação das informações cadastrais;

XIV - estudar e propor especificações, normas e metodologias que permitam a integração dos dados cadastrais literais com as informações geoespaciais;

XV - encaminhar, controlar e supervisionar as doações e concessões de terras públicas;

XVI - compete coordenar, supervisionar e propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos visando coordenar às ações de colonização particular.

Art. 31. À Coordenação-Geral de Regularização de Territórios Quilombolas (DRQ) compete:

I - coordenar, supervisionar, propor atos normativos e controlar as atividades de reconhecimento, identificação, delimitação, demarcação e titulação dos territórios quilombolas;

II - definir métodos e procedimentos relativos à regularização dos territórios quilombolas;

III - promover a defesa dos interesses das comunidades remanescentes de quilombos nas questões relacionadas com a titulação de seus territórios;

IV - promover a articulação interinstitucional necessária à solução de conflitos ocorrentes nas áreas reclamadas pelas comunidades quilombolas;

V - analisar e encaminhar as propostas de desapropriação e aquisição de áreas privadas incidentes nos territórios quilombolas;

VI - manter controle das áreas públicas a serem destinadas às titulações quilombolas;

VII - promover a articulação com os órgãos governamentais envolvidos na regularização dos territórios quilombolas;

VIII - propor, supervisionar, controlar e acompanhar a implementação de convênios, ajustes, contratos e termos de cooperação técnica relativos à regularização de territórios quilombolas;

IX - propor critérios e metodologia visando o controle, uso, manutenção, segurança, atualização e disseminação de dados para o sistema de informação, de modo a garantir que sejam contemplados as diretrizes e os procedimentos previstos nos atos normativos de sua competência; e

X - executar outras atividades compatíveis com suas competências.

Art. 32. À Diretoria de Fiscalização Agrária (DF) compete normatizar, coordenar, supervisionar e controlar as atividades para a obtenção de recursos fundiários; para fiscalização cadastral e da função social; propor a fixação dos módulos fiscais e os índices de rendimento que aferem o conceito de produtividade do imóvel rural; coordenar, normatizar e supervisionar a avaliação de imóveis rurais de interesse público; coordenar a realização de pesquisas, estudos e análises do mercado de terras; coordenar, normatizar e supervisionar o controle do arrendamento e da aquisição de imóveis rurais por estrangeiros; estabelecer critérios, normas e fiscalizar o desmembramento e descaracterização de imóveis rurais.

Art. 33. À Coordenação Geral de Fiscalização Agrária (DFA) compete:

I - definir critérios e propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos, visando orientar e sistematizar as atividades de elaboração de diagnósticos regionais para definição de áreas prioritárias, com vistas à realização de fiscalização cadastral e da função social, eventualmente de forma conjunta com outros órgãos da administração pública;

II – promover as vistorias de fiscalização cadastral e da função social e avaliações de imóveis rurais, para atualização do SNCR e do CAFIR;

III – realizar vistorias de fiscalização da função social e avaliação de imóveis de interesse público;

IV - propor critérios e metodologia visando o controle, uso, manutenção, segurança, atualização e disseminação de dados para o sistema de informação, de modo a garantir que sejam contempladas as diretrizes e os procedimentos previstos nos atos normativos de sua competência;

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS44 45

V - proceder à análise e emitir parecer técnico sobre matérias vinculadas a serem submetidas ao Conselho Diretor;

VI - orientar, supervisionar e controlar as atividades de fiscalização de imóveis rurais com vistas ao combate da grilagem de terras e da lavagem de dinheiro;

VII - orientar, supervisionar e controlar o arrendamento e a aquisição de imóveis rurais por pessoas físicas e jurídicas estrangeiros no País;

VIII - propor critérios e metodologia visando qualificar a descaracterização rural e o desmembramento de imóveis rurais, de modo a garantir que sejam contempladas as diretrizes e os procedimentos previstos nos atos normativos de sua competência;

IX - promover estudos com vistas a definir e fixar parâmetros para classificação fundiária dos imóveis rurais;

X - acompanhar e controlar a celebração de termos de cooperação técnica com as prefeituras municipais para implantação das Unidades Municipais de Cadastramento - UMC e sua integração ao SNCR;

XI - propor estudos sobre a estrutura fundiária e sua evolução, para subsidiar o estabelecimento das prioridades regionais no contexto da obtenção de terras; e

XII - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 34. À Coordenação Geral de Mercado de Terras (DFM) compete:

I - desenvolver estudos e análises do mercado de terras no País para subsidiar as decisões da Autarquia;

II - manter atualizado cadastro de dados sobre o mercado de terras;

III - acompanhar e propor critérios para o aperfeiçoamento da elaboração das planilhas de preços referenciais pelas Delegacias Estaduais;

IV - propor critérios e metodologia visando o controle, uso, manutenção, segurança, atualização e disseminação de dados para o sistema de informação, de modo a garantir que sejam contempladas as diretrizes e os procedimentos previstos nos atos normativos de sua competência;

V - propor a realização de pesquisas e levantamentos necessários ao conhecimento da realidade sócio-econômica-ambiental do meio rural;

VI - propor estudos com vistas a ajustar e fixar os Índices de Rendimento dos produtos vegetais, extrativos vegetais e florestais, bem como índice de lotação pecuária e zonas de pecuária para aferição da produtividade dos imóveis rurais; e

VII - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 35. À Diretoria de Cadastro Rural (DC) compete normatizar, coordenar, supervisionar, propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos relativos às atividades afetas à administração dos cadastros que compõem o SNCR, incluindo

o CNIR; aos estudos e estatísticas cadastrais e da organização, sistematização e disseminação dos indicadores e dados cadastrais, para fins de zoneamento e planejamento das ações de planejamento fundiário.

Art. 36. À Coordenação Geral de Cadastro (DCR), compete:

I – organizar, coordenar, normatizar, supervisionar e manter os cadastros que integram o Sistema Nacional de Cadastro Rural, assim como promover a sua integração com os demais cadastros nacionais de imóveis rurais;

II – gerenciar o ordenamento da estrutura fundiária do País;

III – realizar estudos para o zoneamento agroecológico-econômico do País;

IV – definir e caracterizar as zonas típicas de módulos de imóveis rurais;

V – normatizar, coordenar e supervisionar a elaboração e manutenção da base de dados cartográficos única da Autarquia;

VI - propor atos normativos para gerenciamento, organização, manutenção, controle e atualização dos cadastros que compõem o SNCR, incluindo o CNIR;

VII - executar as atividades necessárias à elaboração, aprovação, produção e distribuição dos documentos de coleta do SNCR;

VIII - promover e acompanhar as atividades de atualização dos dados cadastrais dos imóveis oriundos dos projetos de assentamento, da regularização fundiária, da ratificação de títulos, da discriminação de terras, da colonização particular e da regularização de territórios quilombolas, no SNCR;

IX - propor estudos com vistas a definir a classificação e desmembramento de imóveis rurais, zonas típicas de módulo, tabelas de módulos e fração mínima de parcelamento;

X - estabelecer critérios e normas para elaboração de convênios, contratos e ajustes para execução das atividades do SNCR, incluindo o CNIR e demais cadastros que compõem o SNCR;

XI - propor programa nacional de treinamento e capacitação de servidores da Autarquia e demais instituições usuárias do SNCR, incluindo o CNIR;

XII - fornecer orientação e apoio às Delegacias Estaduais e demais instituições usuárias do SNCR, dentro de sua área de competência e na execução das atividades de armazenamento, pesquisa, reprodução e recuperação das informações;

XIII - estudar e propor, em conjunto com a área de cartografia, as especificações, normas e metodologia que permitam a integração dos dados cadastrais literais às informações gráficas;

XIV - atividades de alimentação, manutenção e atualização dos registros cadastrais junto ao SNCR, assegurando a inclusão dos imóveis rurais não cadastrados;

XV - controlar e promover análise e verificação da consistência dos cadastros;

XVI - realizar as atividades de análise estatística e da elaboração do Plano Geral de Estatísticas Cadastrais do INTERBRAS – PGE;

XVII - administrar e controlar o lançamento, emissão, cobrança e arrecadação da taxa de serviços cadastrais;

XVIII - promover estudos de viabilidade técnico-econômica para execução de projeto de microfilmagem de dados e informações cadastrais;

XIX - definir metodologia e desenvolver as atividades necessárias à microfilmagem, armazenamento e recuperação de dados e de informações cadastrais;

XX - articular-se com os demais órgãos da Autarquia visando a identificação da necessidade de dados cadastrais para fins de planejamento das respectivas ações;

XXI - emitir o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR; e

XXII - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 37. À Coordenação Geral de Cartografia (DCC), compete:

I – normatizar, coordenar e supervisionar os serviços de georreferenciamento e certificação de imóveis rurais;

II – normatizar e propor atualização da tabela de preços referenciais para a execução de serviços de agrimensura;

III - coordenar, supervisionar e propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos relativos às atividades cartográficas de natureza fundiária da Autarquia, especialmente: ações de georreferenciamento e geoprocessamento e propor a celebração de convênios, contratos, ajustes e termos de cooperação técnica com outras entidades visando à execução de serviços correlatos;

IV - propor atos normativos para execução, acompanhamento, fiscalização, supervisão e controle da execução de serviços de georreferenciamento, medição e demarcação das glebas públicas e certificação de imóveis rurais;

V - propor e avaliar a aquisição de equipamentos, softwares e insumos que visem aprimorar a execução e fiscalização dos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais e a produção, manutenção, fiscalização e publicação dos produtos correlacionados ao tema;

VI - coordenar e promover o ordenamento de dados observados em campo, arquivar, tratar e disponibilizar plantas, mapas, imagens obtidas por sensores remotos e demais materiais de natureza cartográfica, básica e temática;

VII - coordenar e promover a certificação de perímetros de glebas georreferenciadas;

VIII - produzir dados padronizados de natureza cartográfica de interesse do Ministério (a definir)/

INTERBRAS;

IX - executar outras atividades compatíveis com suas competências, no âmbito da agrimensura e cartografia fundiária.

X - orientar e controlar a instalação e funcionamento do Comitê Nacional de Certificação e Credenciamento dos Comitês Regionais de Certificação de imóveis rurais;

XI - controlar e executar as atividades de credenciamento de profissionais habilitados a executar serviços de georreferenciamento de imóveis rurais;

XII - pesquisar, selecionar e desenvolver métodos, técnicas e processos a serem aplicados no aprimoramento da execução dos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais;

XIII - produzir, auditar e disponibilizar, de forma universal e remota, dados geodésicos referenciais e homologados, como suporte às atividades de georreferenciamento de imóveis rurais, em todo o país;

XIV - manter, padronizar, controlar e auditar a elaboração de base cartográfica nacional da Autarquia, assegurando a sua disseminação e acesso;

XV - promover a padronização e disponibilizar ferramentas de consulta e análise dos dados cartográficos auditados para toda a Autarquia;

XVI - catalogar, organizar, adquirir, produzir, arquivar, tratar e disponibilizar plantas, mapas, imagens obtidas por sensores remotos e demais materiais de natureza cartográfica, básica e temática;

XVII - pesquisar, selecionar e desenvolver métodos, técnicas e processos a serem aplicados no aprimoramento da execução dos serviços cartográficos de natureza fundiária;

XVIII - propor metodologia, critérios e sistematização para definição e aquisição de informações de natureza cartográfica básica e temática;

XIX - propor e avaliar a aquisição de equipamentos, softwares e insumos que visem aprimorar a produção, manutenção e publicação dos produtos de geoprocessamento; e

XX - executar outras atividades compatíveis com suas competências.

Art. 38. Aos órgãos integrantes da estrutura básica compete ainda, elaborar sua programação operacional e analisar aquelas oriundas dos órgãos descentralizados, no que se refere à correspondente área de competência, encaminhando-as à Presidência da Autarquia.

Seção V - Órgãos Descentralizados

Art. 39. Às Delegacias Estaduais - DE(00), órgãos descentralizados, compete coordenar e executar, na sua área de atuação, as atividades homólogas às dos órgãos seccionais e específicos relacionadas ao planejamento, programação, orçamento, informática, modernização administrativa e garantir a manutenção, fidedignidade, atualização e disseminação de dados do cadastro de

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS46 47

imóveis rurais e sistemas de informações da Autarquia.

Art. 40. A Estrutura Organizacional das Delegacias Regionais seguirá a forma abaixo discriminada:

I - Gabinete da Delegacia Estadual – DE (00)/G:

a) Chefe de Gabinete;b) Assessoria;c) Comunicação Social;

II - órgãos seccionais:

a) Divisão de Gestão Administrativa – DE (00)/DA;b) Procuradoria Federal Especializada - PFE;c) Auditoria Interna – Aud.;d) Ouvidoria – Ouv..

III - Divisões Técnicas

a) Divisão de Regularização Fundiária – DE (00)/R:b) Divisão de Fiscalização Cadastral – DE (00)/F:c) Divisão de Cadastro Rural – DE (00)/C:

Art. 41. As funções vinculadas à assessoria do Gabinete da Delegacia Estadual possuem as seguintes atribuições:

I – gerenciar as atividades de atendimento ao cidadão;

II - coordenar e acompanhar as unidades da Delegacia Estadual, na elaboração dos seus planos, programas, ações e metas, dentro da filosofia e preceitos de planejamento compartilhado;

III - coordenar e acompanhar a aplicação das diretrizes estratégicas e elaboração dos planos de curto, médio e longo prazo das ações de controle da estrutura fundiária;

IV - disseminar, no âmbito de sua competência, as orientações emanadas do órgão central;

V - coordenar e supervisionar a elaboração e detalhamento da Programação Operacional e suas reformulações;

VI - coordenar a elaboração de análises gerenciais e disponibilização de informações referentes à evolução da aplicação dos recursos orçamentários e metas físicas, visando dar suporte ao processo decisório na Delegacia Estadual;

VII - coordenar o monitoramento da execução e desempenho das atividades finalísticas das Unidades Regionais;

VIII - coordenar, orientar e supervisionar a elaboração dos relatórios mensais e anuais de gestão da Delegacia Estadual;

IX - realizar gestão da infra-estrutura da rede de comunicação de dados, voz e imagem, inclusive políticas e normas de segurança;

X - propor os projetos básicos ou termos de referência definindo os critérios de aceitação dos serviços ou produtos relativos à infra-estrutura de rede no âmbito da Delegacia;

XI - gerenciar os contratos de prestação de serviços e controlar a qualidade dos produtos ou serviços relacionados à infra-estrutura de rede no âmbito da Delegacia;

XII - promover a capacitação técnica dos usuários quanto ao uso dos sistemas de informação;

XIII - prestar assistência técnica aos usuários da rede local, de forma remota ou presencial, incluindo a instalação e configuração de softwares e componentes físicos nas estações de trabalho e respectivos periféricos;

XIV - manter controle dos softwares adquiridos, no âmbito da Delegacia, incluindo as respectivas mídias, bem como controlar a instalação dos mesmos de acordo com o número de licenças adquiridas;

XV - realizar inventários nos computadores da Delegacia Estadual, visando controlar a configuração de componentes instalados e o uso de produtos homologados;

XVI - dar suporte às demandas da Ouvidoria e da Auditoria Interna da Autarquia; e

XVII - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 42. As funções vinculadas à comunicação social do Gabinete da Delegacia Estadual possuem as seguintes atribuições:

I - assistir ao Delegado Estadual nos assuntos relacionados à comunicação social e ao relacionamento com os meios de comunicação internos e externos;

II - elaborar e executar o plano de comunicação para a Delegacia Estadual, em conformidade com as diretrizes emanadas pelo órgão central;

III - promover a publicação, divulgação e acompanhamento das matérias de interesse da Delegacia Estadual e da Autarquia;

IV - produzir comunicação interna das atividades da Delegacia Estadual;

V - realizar assessoria de imprensa junto aos veículos de comunicação social;

VI - supervisionar as atividades de comunicação social relacionadas à realização de eventos, cerimonial e relações públicas;

VII - providenciar o registro audiovisual, fotográfico e jornalístico de interesse da Delegacia Estadual;

VIII - apresentar à administração central contribuições para a atualização e alimentação das informações constantes da página institucional na internet;

IX - produzir e submeter à aprovação da Sede material publicitário para divulgação dos programas e ações da Delegacia Estadual; e

X - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 43. As funções vinculadas à ouvidoria da Delegacia Estadual possuem as seguintes atribuições, em sua respectiva jurisdição:

I - promover gestões junto a representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público e de outras entidades relacionadas com o tema agrário, visando à prevenção e resolução de conflitos de ordem fundiária;

II - estabelecer interlocução com os governos estaduais, municipais, produtores rurais e sociedade civil, visando prevenir, mediar e resolver tensões e conflitos de ordem fundiária;

III - diagnosticar tensões de caráter fundiário e conflitos sociais no campo, de forma a propor soluções pacíficas; e

IV - consolidar informações sobre tensões e conflitos de ordem fundiária, com o objetivo de propiciar ao Delegado Estadual e outras autoridades subsídios atualizados e periódicos para tomada de decisão.

Art. 44. À Auditoria Interna (AUD) compete assessorar o Delegado Estadual quanto à realização e acompanhamento das atividades e dos programas de trabalho, orientando e fiscalizando as diversas unidades organizacionais da Delegacia quanto à exatidão e correção das medidas técnicas, administrativas, financeiras e contábeis, especialmente:

I - assessorar o Gabinete para o cumprimento dos objetivos institucionais, avaliando o nível de segurança e qualidade dos controles, processos, sistemas e gestão;

II - prestar apoio aos órgãos de controle interno e externo da União no campo de suas atribuições;

III - planejar, acompanhar e controlar o desenvolvimento de auditorias preventivas e corretivas;

IV - subsidiar as Divisões na proposição de padrões, sistemas e métodos de avaliação e acompanhamento da qualidade e produtividade das atividades da Autarquia e nas ações voltadas para a modernização institucional;

V - examinar e emitir parecer sobre prestação de contas e tomada de contas especiais;

VI - elaborar relatórios sobre exames realizados, bem como promover o acompanhamento da regularização das ocorrências apontadas ou verificadas; e

VII - analisar as contas e o balanço da Autarquia a serem submetidos ao Conselho Diretor.

Art. 45. Às Procuradorias Estaduais - DE(00)/PFE compete promover a representação judicial e extrajudicial e realizar as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos cometidos à Procuradoria Federal Especializada e suas Coordenações-Gerais, bem como assistir o Delegado Estadual e os demais dirigentes das unidades no controle interno da legalidade dos atos a serem por estes praticados ou já efetivados.

Art. 46. Às Divisões de Administração DE(00)/A compete coordenar e supervisionar a execução das seguintes atividades, dentre outras:

I - De Desenvolvimento Humano:

a) coletar, sistematizar e manter atualizada a legislação de pessoal;b) manter atualizadas as informações relativas ao cadastro, lotação, pagamento de pessoal e registros necessários à homologação dos atos de concessão de aposentadoria e pensão;c) instruir consultas e requerimentos que envolvam questões relativas a direitos, deveres, responsabilidades e disciplina de pessoal, despesas de exercícios anteriores e vantagens decorrentes de decisões judiciais;d) expedir documentos de identificação funcional, certidões e declarações funcionais; e) efetuar o levantamento das necessidades de treinamento e acompanhar, controlar e avaliar a execução das ações de capacitação;

f) acompanhar a aplicação de instrumentos de avaliação de desempenho, o processo de adaptação do servidor em estágio probatório e identificar e propor alternativas para neutralizar causas de inadequações funcionais;g) executar, acompanhar e controlar as atividades relativas ao Programa de Estágio Supervisionado; eh) outras atividades compatíveis com suas atribuições.

II - De Administração e Serviços Gerais:

a) administrar os serviços de transporte e de manutenção de viaturas oficiais;b) administrar as atividades de reprografia e de serviços gráficos;c) manter e controlar os serviços de telecomunicação;d) supervisionar os serviços de limpeza, manutenção e vigilância;e) controlar a autorização para transporte de cargas;f) recepcionar, registrar e entregar a correspondência oficial da Delegacia Estadual;g) expedir e receber a documentação tramitada entre a Delegacia e a sede da Autarquia;h) manter atualizado o sistema de controle de processos e documentos;i) orientar e supervisionar as unidades descentralizadas quanto à execução das atividades de protocolo; ej) outras atividades compatíveis com suas atribuições.

III – De Finanças e Contabilidade:

a) acompanhar e controlar a execução orçamentária e programação financeira, emitindo os respectivos relatórios gerenciais; b) promover emissões de empenhos, anulações, ajustes, ordens bancárias e recolhimentos legais de despesas devidamente liquidadas e autorizadas pelo ordenador de despesas;c) movimentar sempre em conjunto com o ordenador de despesas, a Conta Única da Autarquia, relacionada a pagamentos e recebimentos, procedendo à conformidade mensal de operadores e diária dos lançamentos no Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI;d) registrar, cadastrar e publicar os termos de convênios, contratos e instrumentos congêneres;e) registrar, controlar e manter sob guarda, em cofre, os bens e valores representados por títulos, cauções e fianças bancárias;f) promover a cobrança e o controle das obrigações financeiras decorrentes de concessões de títulos; g) executar os lançamentos dos fatos contábeis, dos ajustes das contas da Unidade Gestora em consonância com o plano de contas da União;h) orientar e supervisionar as unidades gestoras sob sua jurisdição; manter atualizado o rol de responsáveis;i) elaborar o processo de prestação de contas anual da Delegacia e atender às diligências dos órgãos de controle interno e externo;

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS48 49

j) examinar as prestações de contas diárias, suprimento de fundos, convênios e outros instrumentos congêneres que envolvam transferência de recursos;k) controlar a concessão de diárias e passagens, cotação e indicação de reserva de bilhetes de passagens;l) instaurar processos de Tomada de Contas Especial;m) promover o registro no CADIN e no Sistema Integrado de Administração Financeira – SIAFI dos órgãos inadimplentes;n) controlar e acompanhar convênios, contratos e instrumentos congêneres, que envolvam transferência de recursos; eo) outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 47. Às Divisões de Regularização Fundiária – DE(00)/R compete realizar a execução das ações de regularização fundiária, promover a ratificação de titulação de imóveis em faixa de fronteira, as ações de discriminação de terras e de colonização particular e as atividades de reconhecimento, identificação, delimitação, demarcação e titulação dos territórios quilombolas; em suas respectivas jurisdições.

Art. 48. Ao Serviço de Regularização Fundiária - DE(00)/R1 compete realizar as ações de regularização fundiária e promover a ratificação de titulação de imóveis em faixa de fronteira, e:

I - propor critérios e metodologias visando o controle, uso, manutenção, segurança, atualização e disseminação de dados para o sistema de informação;

II - propor atos normativos visando orientar as atividades de regularização fundiária;

III - supervisionar, orientar e controlar as atividades de levantamento de recursos naturais, vistorias e avaliações para fins de regularização fundiária;

IV - avaliar as pautas de valores para os imóveis rurais, para fins de regularização fundiária;

V - supervisionar e acompanhar a titulação dos imóveis rurais para fins de regularização fundiária;

VI - controlar e promover o desenvolvimento, avaliação e execução das atividades de fiscalização dos dados coletados nas ações de regularização fundiária;

VII - propor atos normativos visando orientar as atividades de ratificação de títulos emitidos pelos Estados na faixa de fronteira em terras devolutas federais;

Art. 49. Ao Serviço de Discriminação de Terras Devolutas e Colonização Particular Regularização Fundiária - DE(00)/R2 compete realizar as ações de discriminação de terras e de colonização particular, em suas respectivas jurisdições, e:

I - coordenar, supervisionar e propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos visando às ações de discriminação de terras devolutas e colonização particular.

II - supervisionar, orientar e controlar as atividades de discriminação e arrecadação de terras devolutas e terras públicas da União;

III - acompanhar, monitorar e controlar a destinação de imóveis rurais arrecadados e discriminados para fins de regularização fundiária;

IV - acompanhar, monitorar e controlar a doação e concessões de imóveis da União e do INTERBRAS, excetuando os casos de projetos de assentamento de reforma agrária e de colonização;

V - acompanhar, monitorar e controlar a destinação de imóveis rurais arrecadados e discriminados;

VI - propor a celebração, acompanhar e auditar convênios, contratos, ajustes e termos de cooperação técnica para a discriminação, arrecadação e destinação de terras públicas;

VII - propor critérios e metodologias visando identificar as áreas públicas ocupadas ilegalmente e as instruções processuais para fim de retomada da terra pública;

VIII - propor critérios e condições para destinação das terras objeto de retomada;

IX - encaminhar, controlar e supervisionar as solicitações de ratificação das concessões e alienações de terras públicas federais;

X - acompanhar, monitorar e controlar a alienação de imóveis rurais arrecadados e discriminados para fins de destinação urbana;

XI - acompanhar, monitorar e controlar a doação e concessões de imóveis da União e do INTERBRAS;

XII - fornecer dados cadastrais demandados pelo Sistema Nacional de Cadastro Rural;

XIII - estudar e propor especificações, normas e metodologias que permitam a integração dos dados cadastrais literais com as informações geoespaciais; e

XIV - encaminhar, controlar e supervisionar as doações e concessões de terras públicas.

Art. 50. Ao Serviço de Regularização de Territórios Quilombolas - DE(00)/R3 compete, em sua área de jurisdição:

I – coordenar e supervisionar as atividades de reconhecimento, identificação, delimitação, demarcação e titulação dos territórios quilombolas;

II - propor métodos e procedimentos relativos à regularização dos territórios quilombolas;

III - promover a defesa dos interesses das comunidades remanescentes de quilombos nas questões relacionadas com a titulação de seus territórios;

IV - promover a articulação interinstitucional necessária à solução de conflitos ocorrentes nas áreas reclamadas pelas comunidades quilombolas;

V - analisar e encaminhar as propostas de desapropriação e aquisição de áreas privadas incidentes nos territórios quilombolas;

VI - manter controle das áreas públicas a serem destinadas às titulações quilombolas;

VII - promover a articulação com os órgãos governamentais envolvidos na regularização dos territórios quilombolas;

VIII - propor, supervisionar, controlar e acompanhar a implementação de convênios, ajustes, contratos e termos de cooperação técnica relativos à regularização de territórios quilombolas;

IX - propor critérios e metodologia visando o controle, uso, manutenção, segurança, atualização e disseminação de dados para o sistema de informação; e

X - executar outras atividades compatíveis com suas competências.

Art. 51. Às Divisões de Fiscalização Agrária – DE(00)/F compete coordenar e supervisionar a execução das seguintes atividades, dentre outras:

Art. 52. Ao Serviço de Fiscalização Agrária DE(00)/F1.

I - propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos, visando orientar e sistematizar as atividades de elaboração de diagnósticos regionais para definição de áreas prioritárias, com vistas à realização de fiscalização cadastral e da função social, eventualmente de forma conjunta com outros órgãos da administração pública;

II – promover as vistorias de fiscalização cadastral e da função social e avaliações de imóveis rurais, para atualização do SNCR e do CAFIR;

III – realizar vistorias de imóveis rurais visando à desapropriação por interesse social para fins de reforma agrária, aquisição por compra e venda de imóveis rurais destinados para a implantação de projetos de assentamento e reassentamento de famílias desalojadas e perícias judiciais em ações de desapropriação;

IV - propor critérios técnicos para estabelecimento preliminar da capacidade de assentamento de famílias nos imóveis a serem incorporados ao Programa de Reforma Agrária e reassentamento de famílias;

V - propor critérios técnicos aplicáveis aos acordos judiciais;

VI - propor critérios e metodologia visando o controle, uso, manutenção, segurança, atualização e disseminação de dados para o sistema de informação;

VII - proceder à análise e emitir parecer técnico sobre matérias vinculadas a serem submetidas ao Comitê de Decisão Estadual;

VIII – realizar vistorias objetivando a fiscalização de imóveis rurais com vistas ao combate da grilagem de terras e da lavagem de dinheiro;

IX - controlar o arrendamento e a aquisição de imóveis rurais por pessoas físicas e jurídicas estrangeiros no País;

X - propor critérios e metodologia visando qualificar a descaracterização rural e o desmembramento de imóveis rurais;

XI - promover estudos com vistas a definir e fixar parâmetros para classificação fundiária dos imóveis rurais;

XII - propor estudos com vistas a definir a classificação e desmembramento de imóveis rurais, zonas típicas de módulo, tabelas de módulos e fração mínima de parcelamento;

XIII - propor estudos sobre a estrutura fundiária e sua evolução, para subsidiar o estabelecimento das prioridades estaduais no contexto da obtenção de terras; e

XIV - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 53. Ao Serviço de Mercado de Terras - DE(00)/F2 compete:

I - desenvolver estudos e análises do mercado de terras no País para subsidiar as decisões da Delegacia Estadual;

II - manter atualizado cadastro de dados sobre o mercado de terras;

III - acompanhar e propor critérios para o aperfeiçoamento da elaboração das planilhas de preços referenciais;

IV - propor critérios e metodologia visando o controle, uso, manutenção, segurança, atualização e disseminação de dados para o sistema de informação;

V - propor a realização de pesquisas e levantamentos necessários ao conhecimento da realidade sócio-econômica-ambiental do meio rural;

VI - propor estudos com vistas a ajustar e fixar os Índices de Rendimento dos produtos vegetais, extrativos vegetais e florestais, bem como índice de lotação pecuária e zonas de pecuária para aferição da produtividade dos imóveis rurais; e

VII - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 54. Às Divisões de Cadastro Rural - DE(00)/C compete propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos relativos às atividades afetas à administração dos cadastros que compõem o SNCR, incluindo o CNIR; aos estudos e estatísticas cadastrais e da organização, sistematização e disseminação dos indicadores e dados cadastrais, para fins de zoneamento e planejamento das ações de planejamento fundiário e coordenar e supervisionar a execução das seguintes atividades, em sua respectiva área de jurisdição.

Art. 55. Ao Serviço de Cadastro - DE(00)/C1, compete:

I – organizar, coordenar, supervisionar e manter os cadastros que integram o Sistema Nacional de Cadastro Rural, assim como promover a sua integração com os demais cadastros nacionais de imóveis rurais;

II – realizar estudos para o zoneamento agroecológico do Estado;

III – definir e caracterizar as zonas típicas de módulos de imóveis rurais;

IV – apoiar a elaboração e manutenção da base de dados cartográficos única da Autarquia;

V - propor atos normativos para gerenciamento, organização, manutenção, controle e atualização dos cadastros que compõem o SNCR, incluindo o CNIR;

VI – propor as atividades necessárias à elaboração, aprovação, produção e distribuição dos documentos de coleta do SNCR;

VII - promover e acompanhar as atividades de atualização dos dados cadastrais dos imóveis oriundos dos projetos de assentamento, da regularização fundiária, da ratificação de títulos, da discriminação de terras, da colonização particular e da regularização de territórios quilombolas, no SNCR;

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS50 51

VIII - acompanhar e controlar a celebração de termos de cooperação técnica com as prefeituras municipais para implantação das Unidades Municipais de Cadastramento - UMC e sua integração ao SNCR;

IX - celebrar convênios, contratos e ajustes para execução das atividades do SNCR, incluindo o CNIR e demais cadastros que compõem o SNCR;

X - propor programa estadual de treinamento e capacitação de servidores da Autarquia e demais instituições usuárias do SNCR, incluindo o CNIR;

XI - estudar e propor, em conjunto com a área de cartografia, as especificações, normas e metodologia que permitam a integração dos dados cadastrais literais às informações gráficas;

XII - atividades de alimentação, manutenção e atualização dos registros cadastrais junto ao SNCR, assegurando a inclusão dos imóveis rurais não cadastrados;

XIII - controlar e promover analise e verificação da consistência dos cadastros;

XIV - realizar as atividades de análise estatística e da elaboração do Plano Geral de Estatísticas Cadastrais do INTERBRAS;

XV - administrar e controlar o lançamento, emissão, cobrança e arrecadação da taxa de serviços cadastrais;

XVI - articular-se com os demais órgãos da Autarquia visando a identificação da necessidade de dados cadastrais para fins de planejamento das respectivas ações;

XVII - emitir o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural – CCIR; e

XVIII - outras atividades compatíveis com suas atribuições.

Art. 56. Ao Serviço de Cartografia DE(00)/C2, compete:

I – coordenar e supervisionar os serviços de georreferenciamento e certificação de imóveis rurais;

II – propor atualização da tabela de preços referenciais para a execução de serviços de agrimensura;

III - propor atos normativos, manuais e procedimentos técnicos relativos às atividades cartográficas de natureza fundiária da Autarquia, especialmente: ações de georreferenciamento e geoprocessamento e propor a celebração de convênios, contratos, ajustes e termos de cooperação técnica com outras entidades visando à execução de serviços correlatos;

IV - propor atos normativos para execução, acompanhamento, fiscalização, supervisão e controle da execução de serviços de georreferenciamento, medição e demarcação das glebas públicas e certificação de imóveis rurais;

V - propor e avaliar a aquisição de equipamentos, softwares e insumos que visem aprimorar a execução e fiscalização dos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais e a produção, manutenção, fiscalização e publicação dos produtos correlacionados ao tema;

VI - coordenar e promover o ordenamento de dados observados em campo, arquivar, tratar e disponibilizar plantas, mapas, imagens obtidas por sensores remotos e demais materiais de natureza cartográfica, básica e temática;

VII - promover a certificação de perímetros de glebas georreferenciadas;

VIII - produzir dados padronizados de natureza cartográfica de interesse do Ministério (a definir)/INTERBRAS;

IX - executar outras atividades compatíveis com suas competências, no âmbito da agrimensura e cartografia fundiária.

X – instalar o Comitê Estadual de Certificação de imóveis rurais;

XI - controlar e executar as atividades de credenciamento de profissionais habilitados a executar serviços de georreferenciamento de imóveis rurais;

XII – apoiar a pesquisa, desenvolvimento de métodos, técnicas e processos a serem aplicados no aprimoramento da execução dos serviços de georreferenciamento de imóveis rurais;

XIII – apoiar a produção, auditamento e disponibilização de dados geodésicos referenciais e homologados, como suporte às atividades de georreferenciamento de imóveis rurais, em todo o País;

XIV – auxiliar na manutenção, padronização, controle e auditamento para a elaboração de base cartográfica nacional da Autarquia;

XV – auxiliar na padronização e disponibilização das ferramentas de consulta e análise dos dados cartográficos auditados para toda a Autarquia;

XVI – auxiliar na catalogação organização aquisição, produção, arquivamento, tratamento e disponibilização de plantas, mapas, imagens obtidas por sensores remotos e demais materiais de natureza cartográfica, básica e temática;

XVII - pesquisar, selecionar e desenvolver métodos, técnicas e processos a serem aplicados no aprimoramento da execução dos serviços cartográficos de natureza fundiária;

XVIII - propor metodologia, critérios e sistematização para definição e aquisição de informações de natureza cartográfica básica e temática;

XIX - propor e avaliar a aquisição de equipamentos, softwares e insumos que visem aprimorar a produção, manutenção e publicação dos produtos de geoprocessamento; e

XX - executar outras atividades compatíveis com suas competências.

Art. 57. Às Unidades Avançadas - DE(00)/UA, observado o disposto no artigo 4º deste Regimento, compete executar as atividades finalísticas e especialmente:

I – ações de regularização fundiária;

II – fiscalização agrária;

III – cadastro rural; e

IV - outras atividades decorrentes e compatíveis com suas competências.

CAPÍTULO IV - Atribuições dos Dirigentes

Art. 58. Ao Presidente incumbe:

I - representar a Autarquia, ativa e passivamente, em juízo, por meio de procuradores, ou fora dele, na qualidade de seu principal responsável;

II - dirigir, orientar e coordenar o funcionamento geral da Autarquia, zelando pelo fiel cumprimento da política geral traçada e dos seus planos, programas e projetos;

III - convocar, quando necessário, as reuniões do Conselho Diretor e presidi-las;

IV - firmar, em nome da Autarquia, contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos similares, bem como documentos de titulação de imóveis;

V - dar cumprimento às decisões emanadas pelo Conselho Diretor da Autarquia;

VI - aprovar a decretação de interesse para fins de reforma agrária de imóveis rurais e a criação de projetos de colonização;

VII - praticar todos os atos pertinentes à administração orçamentária, financeira, contábil, de recursos humanos, de patrimônio, de material e de serviços gerais, na forma da legislação em vigor, e determinar auditorias e verificações periódicas nessas áreas;

VIII - examinar e decidir sobre as matérias disciplinares de competência recursal;

IX - praticar atos pertinentes à organização e ao funcionamento da Autarquia, nos termos do Regimento Interno;

X - delegar competência aos Diretores, Chefe de Gabinete, Procurador-Chefe e Delegados Estaduais, nos limites de sua alçada, para a prática de atos pertinentes às respectivas áreas de atuação;

XI - indicar quem o substituirá em seus impedimentos legais, eventuais e temporários;

XII - indicar quem substituirá os Diretores e o Chefe de Gabinete em seus impedimentos legais, eventuais e temporários;

XIII - autorizar a realização de concorrência pública e homologar seu resultado;

XIV - aprovar os procedimentos discriminatórios administrativos e de arrecadação de terras devolutas federais;

XV - aprovar a doação aos municípios de terras públicas federais destinadas à zona urbana e sua expansão, visando a implantação de cidades, vilas e povoados, na forma da Lei nº. 6.431, de 11 de julho de 1977.

Art. 59. Ao Chefe de Gabinete incumbe:

I - organizar e preparar as matérias a serem submetidas à consideração do Presidente, levando-as a despacho;

II - coordenar e supervisionar os trabalhos dos assessores do Presidente;

III - instaurar procedimentos disciplinares e aplicar penas de advertência e suspensão de até trinta dias, segundo sua área de atuação; e

IV - organizar e controlar o fluxo de contatos pessoais do Presidente.

V - promover a articulação com órgãos da administração pública federal e estadual, bem como com órgãos não-governamentais e entidades sociais, nas matérias de sua área de atuação;

VI - zelar pela integração das ações, assegurando o direcionamento estratégico do órgão;

VII - analisar os relatórios de atividades mensais e anuais, encaminhando-os à aprovação do Conselho Diretor;

VIII - disponibilizar a proposta de orçamento do projeto de lei, créditos especiais, suplementares e extraordinários, bem como a programação operacional para aprovação do Conselho Diretor;

Art. 60. Ao Procurador-Chefe incumbe:

I - representar judicial e extrajudicialmente a Autarquia;

II - receber citações, intimações e notificações em nome da Autarquia;

III - assessorar o Presidente e os Diretores no controle interno da legalidade dos atos por estes praticados ou já efetivados; e

IV - instaurar procedimentos disciplinares e aplicar penas de advertência e de suspensão de até trinta dias, segundo sua área de atuação.

Art. 61. Ao Diretor de Gestão Administrativa incumbe:

I - autorizar a realização e homologar o resultado de licitações ou justificar sua dispensa ou inexigibilidade, destinadas à aquisição de bens, execução de obras e à prestação de serviços na sua área de atuação, exceto sob a modalidade de concorrência;

II - autorizar a realização de despesas com aquisição de materiais, equipamentos, instalações e execução de obras e serviços de sua área de atuação;

III - aprovar o descarte de material inservível;

IV - assinar, renovar, rescindir, alterar, aditar ou substituir contratos de locação de imóveis, de máquinas e equipamentos, de manutenção e assistência técnica, e de execução de obras e serviços de sua área de atuação;

V - receber, em nome da Autarquia, materiais permanentes e equipamentos adquiridos por órgãos convenentes, com recursos da Autarquia e aqueles decorrentes de devoluções pertinentes a Contratos de Comodato ou Concessão de Uso;

VI - movimentar, em conjunto com o Coordenador–Geral de Finanças e Contabilidade, as contas bancárias da Autarquia, assinando ordens bancárias, autorizações de repasse e demais documentos inerentes às movimentações financeiras;

VII - assinar convenções de condomínio referentes a imóveis pertencentes à Autarquia, em sua área de circunscrição;

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL SINDPFA - SINDICATO NACIONAL DOS PERITOS FEDERAIS AGRÁRIOS52 53

VIII - autorizar pagamento de salários, vencimentos e outras vantagens previstas na legislação sobre pessoal;

IX - decidir sobre postulações de servidores, versando matéria atinente a direitos, deveres e administração de recursos humanos;

X - assinar termos de ajuste, contratos e convênios, para a prestação de serviços, na área de treinamento e desenvolvimento de recursos humanos;

XI - conceder, sustar ou homologar direitos ou vantagens previstos na legislação sobre pessoal;

XII - baixar portarias relativas à nomeação e exoneração de pessoal para provimento de cargo efetivo, remoção, aposentadoria, reversão de aposentadoria, concessão de pensão, reintegração, recondução, readaptação, reenquadramento, promoção, progressão e declaração de ocorrência de vaga;

XIII - dar posse;

XIV - coordenar e supervisionar as Delegacias Estaduais na execução das atividades relacionadas à sua área de atuação;

XV - instaurar procedimentos disciplinares e aplicar penas de advertência e de suspensão de até trinta dias, segundo sua área de atuação;

XVI - aprovar a aquisição de sistemas de informática; e

XVIII – aprovar normas de execução, relativas às atividades de sua Diretoria.

Art. 62. Ao Auditor-Chefe compete:

I – assessorar o Conselho Diretor para o cumprimento dos objetivos institucionais, avaliando o nível de segurança e qualidade dos controles, processos, sistemas e gestão;

II – prestar apoio aos órgãos de Controle Interno e Externo da União n campo de suas atribuições;

III – planejar, acompanhar e controlar o desenvolvimento de auditorias preventivas e corretivas; e

IV – subsidiar as Diretorias na proposição de padrões, sistemas e métodos de avaliação e acompanhamento da qualidade e produtividade das atividades da Autarquia, bem como as ações voltadas para a modernização institucional.

Art. 63. Ao Ouvidor compete:

I - promover gestões junto a representantes do Poder Judiciário, do Ministério Público e de outras entidades relacionadas com o tema agrário, visando à prevenção e resolução de conflitos de ordem fundiária;

II - estabelecer interlocução com os governos estaduais, municipais, produtores rurais e sociedade civil, visando prevenir, mediar e resolver tensões e conflitos de ordem fundiária;

III - diagnosticar tensões de caráter fundiário e conflitos sociais no campo, de forma a propor soluções pacíficas; e

IV - consolidar informações sobre tensões e conflitos de ordem fundiária, com o objetivo de propiciar ao Presidente da Autarquia e outras autoridades subsídios atualizados e periódicos para tomada de decisão.

Art. 64. Ao Diretor de Regularização Fundiária incumbe:

I – promover estudos, visando à criação, extinção ou alteração de mecanismos legais que permitam agilizar os procedimentos de discriminação e regularização fundiária;

II – fixar critérios e normas para celebração de convênios públicos de discriminação e regularização de terras;

III - coordenar, normatizar e supervisionar a titulação de imóveis rurais em áreas de regularização fundiária e de ratificação de titulação de imóveis rurais em faixa de fronteira;

IV - coordenar, normatizar e supervisionar a discriminação, a arrecadação, a destinação e a incorporação ao patrimônio público de terras devolutas federais;

V - propor normas gerais e coordenar a execução das atividades de identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades quilombolas e indenização decorrente das ações de desintrusão.

VI - propor normas gerais e coordenar a execução das atividades de colonização particular;

VII - instaurar procedimentos disciplinares e aplicar penas de advertência e de suspensão de até trinta dias, segundo sua área de atuação; e

VIII - baixar normas de execução, relativas às atividades de sua Diretoria.

Art. 65. Ao Diretor de Fiscalização Agrária compete;

I – propor a fixação dos módulos fiscais e os índices de rendimento que aferem o conceito de produtividade do imóvel rural;

II – normatizar e promover a fiscalização cadastral de imóveis rurais quanto ao domínio, uso e cumprimento da função social;

III – coordenar, normatizar e supervisionar as atividades e mecanismos para a aquisição, desapropriação e incorporação ao patrimônio da União de imóveis rurais;

IV – coordenar e normatizar a obtenção de recursos fundiários para o reassentamento de populações não quilombolas, não índios, ocupantes de Unidades de Conservação, atingidos por barragens, brasiguaios e brasibolivianos;

V - coordenar, normatizar e supervisionar a avaliação de imóveis rurais de interesse público;

VI – coordenar a realização de pesquisas, estudos e análises do mercado de terras;

VII – coordenar, normatizar e supervisionar o controle do arrendamento e da aquisição de imóveis rurais por estrangeiros;

VIII – estabelecer critérios, normas e fiscalizar o desmembramento e descaracterização de imóveis rurais;

IX – autorizar a liberação dos recursos necessários ao ajuizamento de ações de desapropriação,

inclusive o lançamento e anulação dos Títulos da Dívida Agrária, observadas as disposições da Lei Complementar nº. 76, de 6 de julho de 1993;

X – propor a edição de decretos declaratórios de interesse social dos imóveis rurais a serem incorporados ao programa de reforma agrária, observadas as disposições da Lei nº. 8.629, de 25 de fevereiro de 1993;

XI - instaurar procedimentos disciplinares e aplicar penas de advertência e de suspensão de até trinta dias, segundo sua área de atuação; e

XII – baixar normas de execução, relativas às atividades de sua Diretoria.

Art. 66. Ao Diretor de Cadastro Rural compete;

I – organizar, coordenar, normatizar, supervisionar e manter os cadastros que integram o Sistema Nacional de Cadastro rural, assim como promover a sua integração com os demais cadastros nacionais de imóveis rurais;

II – gerenciar o ordenamento da estrutura fundiária do País;

III – realizar estudos para o zoneamento agroecológico do País;

IV – definir e caracterizar as zonas típicas de módulos de imóveis rurais;

V – normatizar, coordenar e supervisionar a elaboração e manutenção da base de dados cartográficos única da Autarquia;

VI – normatizar, coordenar e supervisionar os serviços de georreferenciamento e certificação de imóveis rurais;

VII – normatizar e propor atualização da tabela de preços referenciais para a execução de serviços de agrimensura.

VIII - instaurar procedimentos disciplinares e aplicar penas de advertência e de suspensão de até trinta dias, segundo sua área de atuação; e

IX – baixar normas de execução, relativas às atividades de sua Diretoria.

Art. 67. Aos Delegados Estaduais incumbe, nas respectivas áreas de jurisdição:

I - representar a Autarquia no seu relacionamento oficial com entidades públicas ou privadas;

II - representar a Autarquia, ativa e passivamente, em juízo, por meio de procuradores, ou fora dele;

III - assinar, em nome da Autarquia, Título de Propriedade, Título de Ratificação de Domínio, de Concessão e de Uso, e instrumentos similares relativos às terras públicas rurais ou urbanas, previamente autorizados pelo Presidente;

IV - autorizar a adjudicação de imóveis a licitantes vencedores de concorrência pública, de terras de domínio da União, ocupadas e com benfeitorias edificadas de boa-fé;

V - autorizar a liberação de condições resolutivas que onerem imóveis alienados, depois de cumpridas as condições do instrumento de titulação;

VI – dar cumprimento às decisões emanadas pelo Comitê de Decisão Estadual;

VII – aprovar projetos de colonização particular;

VIII - movimentar, em conjunto com o Chefe da Divisão de Administração, as contas bancárias da Delegacia;

IX - autorizar a realização e homologar o resultado de licitações, exceto sob a modalidade de concorrência;

X - ratificar dispensa e inexigibilidade de licitação;

XI - assinar, renovar, rescindir, alterar e aditar convênios, contratos, acordos e instrumentos congêneres, observadas a programação operacional aprovada, as normas gerais baixadas pelo Conselho Diretor e as normas específicas, estabelecidas pelo órgão central;

XII - decidir sobre o desmembramento de imóveis rurais, formulado com base no Decreto n.º 62.504, de 8 de abril de 1968, e requerimentos para autorização de lavratura de escritura pública, relativa a alienação de imóvel rural resultante de desmembramento em área inferior à fração mínima de parcelamento, em data anterior a 1º de janeiro de 1967, observadas as normas estabelecidas pela Diretoria de Regularização Fundiária;

XIII - instaurar procedimentos disciplinares e aplicar penas de advertência e de suspensão de até quinze dias, segundo sua área de atuação;

XIV - indicar seu próprio substituto, bem como os substitutos das Chefias de Divisão; e

XV – expedir portaria, mediante deliberação do Comitê de Decisão Estadual/CDE, para autorização de aquisição de imóvel rural, por compra e venda, nos limites de sua alçada decisória.

Art. 68. Ao Subprocurador-Federal incumbe:

I - auxiliar o Procurador-Chefe no exercício das seguintes atribuições:

a) coordenação, supervisão, controle e acompanhamento das atividades das Coordenações Gerais, dos Assistentes junto aos Tribunais Regionais Federais, dos Assistentes Técnicos, dos Chefes de Divisões e das Procuradorias Estaduais no cumprimento dos prazos judiciais e administrativos, zelando pela qualidade da defesa da Autarquia;b) acompanhamento e fiscalização sobre a prestação de informações ao Ministério Público Federal e Estadual, Tribunais de Contas, Advocacia-Geral da União, Controladoria-Geral da União, Ministérios e outros órgãos e entidades;

II - examinar e elaborar relatórios sobre o funcionamento, as instalações materiais e as condições de trabalho das unidades jurídicas, centrais e descentralizadas, sugerindo adoção de medidas necessárias ao bom funcionamento das mesmas;

III - elaborar os relatórios de atividades da Procuradoria Federal Especializada e promover a avaliação institucional e individual dos Procuradores Federais que atuam junto a Autarquia; e

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O PORQUÊ DE SE CRIAR O INSTITUTO DE TERRAS DO BRASIL54

IV – substituir o Procurador-Chefe em seus afastamentos ou impedimentos regulamentares ou na vacância do cargo.

Art. 69. Aos Coordenadores Gerais, Chefe de Divisões, Chefes das Procuradorias Estaduais, Chefes de Serviço e Chefes de Unidades Avançadas, incumbe:

I - dirigir, coordenar, orientar e supervisionar o controle e fiscalização da execução dos trabalhos de sua área de competência;

II - opinar sobre assuntos que dependam de decisão superior e propor as necessárias providências; e

III - submeter à aprovação do respectivo superior imediato a programação de trabalho de sua área de competência.

Parágrafo único. Aos Chefes de Serviço compete a execução das tarefas descritas neste regimento.

Art. 70. Aos Assessores, Assistentes e Assistentes Técnicos incumbe executar as atividades de assessoramento ao respectivo titular e, especificamente:

I - opinar, estudar e minutar pareceres sobre assuntos de competência do setor;

II - auxiliar o respectivo dirigente na orientação e fiscalização dos trabalhos do setor;

III - coordenar e providenciar a formulação de respostas a pedidos de informações que envolvam atribuições específicas do setor;

IV - elaborar relatórios do respectivo setor; e

V - outras atribuições que lhes forem incumbidas pelos dirigentes dos respectivos setores.

Art. 71. Ao Chefe de Gabinete, ao Ouvidor, ao Auditor, ao Procurador-Chefe, aos Diretores, e aos Delegados Estaduais incumbe, planejar, dirigir, coordenar, orientar, acompanhar e avaliar a execução das atividades afeta às respectivas unidades e exercer outras atribuições que lhes forem incumbidas em suas áreas de atuação pelo Conselho Diretor, bem como ordenar despesas de suas respectivas áreas.

CAPÍTULO V - Disposições Gerais

Art. 72. Os órgãos descentralizados ficam sujeitos à orientação técnica e normativa das Diretorias, Ouvidoria, Auditoria Interna e da Procuradoria Federal Especializada.

Art. 73. Os casos omissos e as dúvidas decorrentes da aplicação deste Regimento Interno serão dirimidos pelo Conselho Diretor. No caso de demandas justificadamente urgentes, o Presidente do INTERBRAS apreciará a matéria e decidirá sobre a mesma, ad referendum do Conselho Diretor.

Sindicato Nacional dosPeritos Federais Agrários

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