o pioneiro 19 de junho de 2016

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O PIONEIRO | DENI | PANORAMA | INFORME Passageiros da Viação Joana Darc em Linhares vão poder aproveitar a viagem lendo uma resenha. Pág. 09 A Vivo se finge de morta e continua cortando o serviço de internet dos clientes, desobedecendo o que determina a lei. Pág. 02 Rose Bortot com o neto Conrado estão na pág. 12 LINHARES-ES | ANO XLVIII | Nº 47 | Desde 1967 | Edição de 12 páginas DOMINGO R$ 1,00 19 DE JUNHO DE 2016 TEMPO FRIO FAZ INTENSIFICAR ABORDAGEM A PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA Pág. 08 + colunas | Televisão pag. 04 | Palcos e Atores pag. 05 | Saúde Acontece pag. 08 A Polícia Civil encer- rou na sexta-feira, 17, a primeira fase da “Opera- ção Tritão” , que teve como alvo de investigação o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Linhares. Pág. 03 Projeto envolve bancários e moradores de Regência PÉ NA ESTRADA Página 10 SAAE de Linhares é alvo de investigação da Polícia Civil PROPRIETÁRIOS ENCONTRAM RESTRIÇÕES AO ADQUIRIR ESCRITURAS DO TERRAS ALPHAVILLE Mais de 400 proprietários de lotes do condomínio Terras Alphaville Linhares estão com dificuldades para obter a escritura dos seus terrenos. Pág. 03 Setor moveleiro resiste à crise financeira, afirma Pessoti, presidente do Sindimol Página 05 R$ 1,00 Foram dois dias de ativida- des socio-ambientais e cul- turais na Vila de Regência, realizadas pelo Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários-ES) em parceria com o movi- mento Regência Viva.

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Edição do Jornal O PIONEIRO do dia 19 de junho de 2016

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Page 1: O PIONEIRO 19 DE JUNHO DE 2016

O PIONEIROjornalopioneiro.com.br

| DENI | PANORAMA | INFORMEPassageiros da Viação Joana Darc em Linhares vão poder aproveitar a viagem lendo uma resenha. Pág. 09

A Vivo se finge de morta e continua cortando o serviço de internet dos clientes, desobedecendo o que determina a lei. Pág. 02

Rose Bortot com o neto Conrado estão na pág. 12

LINHARES-ES | ANO XLVIII | Nº 47 | Desde 1967 | Edição de 12 páginas

DOMINGO

R$ 1,0019 DE JUNHO DE 2016

TEMPO FRIO FAZ INTENSIFICAR ABORDAGEM A PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA

Pág. 08

+ colunas | Televisão pag. 04

| Palcos e Atores pag. 05

| Saúde Acontece pag. 08

A Polícia Civil encer-rou na sexta-feira, 17, a primeira fase da “Opera-ção Tritão”, que teve como alvo de investigação o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Linhares.

Pág. 03

Projeto envolve bancários e moradores de Regência

PÉ NA ESTRADA

Página 10

SAAE de Linhares é alvo de investigação da Polícia Civil

PROPRIETÁRIOS ENCONTRAM RESTRIÇÕES AO ADQUIRIR ESCRITURAS DO TERRAS ALPHAVILLE

Mais de 400 proprietários de lotes do condomínio Terras Alphaville Linhares estão com dificuldades para obter a escritura dos seus terrenos.

Pág. 03

Setor moveleiro resiste à crise financeira, afirma Pessoti, presidente do Sindimol

Página 05

R$ 1,00

Foram dois dias de ativida-des socio-ambientais e cul-turais na Vila de Regência, realizadas pelo Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários-ES) em parceria com o movi-mento Regência Viva.

Page 2: O PIONEIRO 19 DE JUNHO DE 2016

O PIONEIRO2DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

FUNDADOR E DIRETOR RESPONSÁ-VELDeni Almeida da Conceição

DIRETOR COMERCIALDiego Pandolfi A. da Conceição

EDITADO POREditora O PIONEIRO Ltda ME

[email protected]

REDAÇÃOAv. Governador Lindenberg, 609, Linhares - Centro - CEP:29.900-020Telefone: (27) [email protected]@jornalopioneiro.com.brwww.facebook.com/opioneiro

CIRCULAÇÃOO PIONEIRO circula todas as quintas-feiras e aos domingos

DIAGRAMAÇÃODiego Pandolfi A. da Conceição

COLABORADORES Antônio Bezerra Neto, Alexandre Araujo, Lissu Madeira Abad, Norma Astréa, Dr. Felício, Luciano Pires, Ar-lene Campos, Monsenhor Jonas Abid, Paulo Cesar Dutra.

ABRAJORIAssociação Brasileira dos

Jornais do Interior

FILIADO À

CNJICadastro Nacional de Jornais do Interior

Periodicidade verificada em Brasília

O PIONEIRO é o jornal mais lido do Norte do Estado

www.facebook.com/opioneirowww.twitter.com/jornalopioneiro

O PIONEIRO não se responsabiliza por conceitos emitidos em matérias

assinadas.

Os colaboradores de O PIONEIRO não têm vínculo empregatício

| OPINIÃO

| PANORAMAPaulo Cesar [email protected]

Essa coluna é publicada todas as quintas-feiras e domingos

POLÍTICO

Reeleição no buracoO presidente da Assembléia Legis-lativa do Espírito Santo, Theodori-co de Assis Ferraço Filho (DEM) já está esvaziando as gavetas da presidência. É que tudo está dan-

do errado e a reeleição dele está indo para o buraco. O motivo, é que a “PEC da Reeleição” não te-ria o apoio do governador Paulo Hartung (PMDB).

A Vivo se finge de morta e continua cortando o serviço de internet dos clientes, desobedecendo o que de-termina a lei. Ela terá que pagar R$ 429 mil de indenização no Estado. A condenação é fruto das 33 ações jul-gadas parcialmente procedentes pelo juiz do Juizado Especial Cível, Crimi-

Segundo a Justiça, todas as ações são referentes à suspensão dos serviços de internet feita de maneira unilateral pela empresa que, dessa maneira,

nal e Fazenda Pública de Barra de São Francisco. Em todas as decisões, a requerida deverá pagar R$ 10 mil por danos morais, além de R$ 3 mil em razão da conversão da obrigação de fazer em perdas e danos. As inde-nizações deverão ser corrigidas mo-netariamente e acrescidas de juros.

descumpre os termos do contrato fir-mado com os clientes, e se juntam às mais de 400 petições protocoladas no Juizado envolvendo a mesma matéria.

Vivo finge de morta

Vivo finge de morta II

Aposentadoria no TJESNa última sexta-feira, aconteceu o tercei-ro encontro do Grupo do Programa de Preparação para Aposentadoria - PPA 2016, do Poder Judiciário Estadual. O tema abordado neste módulo foi “Finan-ças e planejamento doméstico”. O objeti-vo do PPA é proporcionar uma reflexão sobre os aspectos que envolvem esta fase, além de estimular o planejamento e contribuir para a qualidade de vida dos participantes. As inscrições para o pro-grama foram abertas no mês de março, quando magistrados e servidores que planejam a aposentadoria puderam se inscrever para participar do grupo.

Golpistas do etanol

Golpistas do etanol II

A empresa falida Infinity Bio Ener-gy foi criada em meio a euforia do setor sucroenergético em 2006 e, quatro anos depois, em 2010, tornou-se parte da Tinto Holding, do grupo de energia e infraestru-

No entanto, decorrente ao proces-so de recuperação judicial, que corre desde 2008, apenas três ain-da estavam operando até o início do primeiro semestre de 2015: Usi-navi, em Naviraí (MS); Ibirálcool,

tura Bertin, que adquiriu 71% dos ativos da companhia, passando a controlá-la..A companhia totaliza seis usinas nos estados da Bahia, do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.

em Ibirapuã (BA); e Disa, em Con-ceição da Barra (ES). Das três usi-nas em operação, a Disa é a única que segue com segurança, moen-do desde 2014, emendando a sa-fra 2014/2015 com a 2015/2016.

Golpistas do etanol IIIAs outras duas seguem com dificul-dades: por conta do atraso de salá-rios de trabalhadores e demissões em massa no caso da unidade sul--mato-grossense de Naviraí; e, na unidade baiana, que possui grande fornecedor de cana que viabiliza a moagem, o funcionamento oscila conforme a negociação com fundos internacionais que mantêm o forneci-

mento de outra parte da matéria-pri-ma além da cana. Em julho de 2015, a companhia, sem resolver a crise financeira, pediu autorização para a venda de três de suas seis unidades produtoras de etanol, energia e açú-car, o arrendamento das usinas res-tantes e uma renegociação com os credores de uma dívida estimada em mais de R$ 1,9 bilhão.

2018 é aliO tempo sempre é uma surpresa. Muitos não dão importância ao fato, mas as eleições de 2018, já estão nas ruas do Espírito San-to. O governador Paulo Hartung (PMDB) já fala, discretamente, que disputará território contra seu adversário Renato Casagran-

Reeleição no buraco IIQuem não é nada bobo e se finge de morto, é deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSB), que sonha em ser presidente da Assembléia. Ou seja, é

contra a “PEC da reeleição” e já está somando os votos que pode ter para substituir Ferraço, que já está com seu prazo de validade vencido.

Ordem de votação

Ordem de votação II

O ministro Marco Aurélio apresentou, no último dia 10, ao ministro presiden-te do Supremo Tribunal Federal - STF, Ricardo Lewandowski, proposta de emenda regimental a fim de modificar o artigo 135 do regimento interno da Corte suprema no que concerne ao

Na visão do ministro Marco Aurélio, a alteração evitaria a sobrecarga do integrante mais moderno da Corte no caso de pedido de vista, além de possibilitar que a ordem seja nortea-

procedimento de tomada de votos por órgãos judiciários colegiados. A pro-posta de emenda regimental sugere alteração na ordem de votação no Supremo, para que sejam tomados os votos por ordem de antiguidade, considerado o último proferido.

da pelo critério da distribuição. “Im-pede-se, na mesma medida, que os membros mais antigos votem quan-do já formada a maioria sobre a con-trovérsia alcançada ao Colegiado.

Não cumpriuO ex-prefeito de Nova Venécia, Wilson Luiz Venturim, o Japonês, foi denuncia-do pela Promotoria de Justiça de Nova Venécia, porque ele deixou de cumprir o famoso Termo de Ajuste de Conduta – TAC, que é uma espécie de habeas corpus, que o obrigava a nomear todos os aprovados em um concurso público investigado pelo MPES. O atual prefeito Fernando Barrigueira também é investi-gado por possíveis irregularidades em concurso público que está sendo reali-zado pela atual gestão.

Espaço abertoO fato de o prefeito de Aracruz, Marcelo Coelho (PDT) ter anuncia-do que não é candidato à reelei-ção, deixou as lideranças políticas do município em polvorosa. As li-deranças políticas que se colocam como pré-candidatos à prefeitura se animaram em ocupar este es-

paço. Os pré-candidatos Anderson Guidetti (PTB), Saulo Meirelles (PSD) e Alcântaro Filho (Rede) acreditam que o deputado esta-dual Erick Musso (PMDB) entre na briga também. O espaço está aberto, que venham as eleições de 2016!

DPVAT no salO deputado federal capixaba Mar-cus Vicente (PP) que é o presi-dente da CPI do DPVAT na Câma-ra Federal, faz amanhã a primeira reunião, que será usada para as apresentações dos membros e

Samarco é multadaDe novo, ou melhor, mais uma vez, a Samarco Mineração S.A. foi autuada por agentes de fiscalização do Institu-to Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) por causar impactos à Área de Proteção Ambiental (APA) Costa das Algas, ao Refúgio de Vida Silvestre (RVS) de Santa Cruz e à zona de amortecimento da Reserva Biológica (Rebio) de Comboios. A multa é de R$ 143 milhões, em decorrência do acidente do dia 5 de novembro do ano passado. Os rejeitos chegaram no dia 21 de novembro ao litoral do Espírito Santo, formando uma pluma que atingiu áreas de proteção ambiental: Costa da Algas, de Santa Cruz e Comboios.

LDO devolvidaEm um estado onde manda que pode e obedece quem tem juízo, fatos gro-tescos acontecem no governo do Esta-do, quando tenta “enfiar de goela abai-xo” propostas indecorosas. Nos últimos dias surgiu um fato novo. O deputado estadual Sergio Majeski (PSDB) pe-diu a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa que devolva a Lei de Dire-trizes Orçamentárias (LDO) ao Palá-cio Anchieta. Isso porque, na opinião do parlamentar, o Governo do Estado descumpre a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ao enviar o documento para votação sem anexar um relatório sobre a situação dos projetos em an-damento no Espírito Santo, bem como estão contempladas suas despesas.Será que o governo vai obedecer a lei?

como será o roteiro de trabalho. A comissão vai investigar denúncias de irregularidades no pagamen-to do benefício. Vicente indicou o deputado Wellington Roberto (PR--PB) como relator da CPI.

Golpistas do etanol IVOs principais responsáveis por toda esta crise do etanol no Bra-sil são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente dos Estados Unidos, George W. Bush. George e o Lula aplicaram o maior golpe no país, quando ensaiavam

comandar o etanol. Eles colocaram como “testas de ferros” na aplica-ção do golpe, o ex-governador da Flórida, nos Estados Unidos, John Ellis Bush, o “Jeb Bush” irmão de George e o ex-ministro da Agricul-tura do Lula, Roberto Rodrigues.

de (PSB). Então os nomes do vice-governador César Colnago (PSDB), do senador Ricardo Fer-raço (PSDB) e do deputado fede-ral Max Filho (PSDB) estão sendo, no momento, deixado de lado. Vão ter que se contentar com uma dis-puta do senado.Golpistas do etanol V

Jeb Bush dono da empresa Grupo Infinity Bio-Energy pegou em 2007, emprestado com o Banco do Estado do Espírito Santo – Banestes, R$ 57 milhões (valor de 2007), para com-

prar usinas de álcool no norte do Es-tado do Espírito Santo. Além de não pagar as usinas que compraram, não pagaram os funcionários, muito menos os fornecedores e credores.

Golpista do etanol VIOs golpistas devem mais de R$ 1 bilhão e ninguém sabe quando eles vão pagar seus credores. O Infinity faliu e uma das garantias do paga-mento será o leilão da Usina Na-

viraí, localizada no Estado de São Paulo. Mas é só uma tentativa. Na verdade, os golpistas Lula e George Bush estão morrendo de rir, e não foram punidos pelo que fizeram.

PH e TemerAmanhã o governador Paulo Har-tung (PMDB) estará em Brasília para um encontro com o presi-dente em exercício, Michel Temer

(PMDB). Além do capixaba, outros chefes de Executivos também esta-rão na reunião para discutir a dívi-da dos estados.

Page 3: O PIONEIRO 19 DE JUNHO DE 2016

O PIONEIRO

DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

3CIDADE |

Proprietários encontram restrições ao adquirir escrituras do Terras Alphaville

SAAE de Linhares é alvo de investigação da Polícia CivilA Polícia Civil encerrou na

sexta-feira, 17, a primeira fase da “Operação Tritão”, que teve como alvo de investigação o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Linhares. Foram indiciados pelo crime de peculato, ou seja, em ca-ráter de desvio, o atual diretor da autarquia, Sandro de Frei-tas, e o empresário Honório Frisso Filho.

Conforme o delegado An-

dré Costa, titular da Delega-cia de Infrações Penais e Ou-tras (Dipo) de Linhares, e do delegado Francisco Enaldo, titular da Delegacia Patrimo-nial, se condenados, os dois poderão pegar pena de até 12 anos de detenção.

Segundo Enaldo, as inves-tigações tiveram início logo após uma série de denúncias feitas na Câmara Municipal, que davam conta de um su-

posto “gato” de energia do SAAE para uma propriedade pertencente ao empresário Honório Frisso Filho – que fica ao lado da sede da autar-quia, no bairro Colina – e que teria a autorização de Sandro de Freitas.

“As investigações conti-nuam para constatar outras irregularidades que já en-contramos dentro do SAAE”. O delegado destacou que o

Embargo de terceiro Ívina Ferreira

Mais de 400 proprietários de lo-tes do condomínio Terras Alphaville Linhares estão com dificuldades para obter a escritura dos seus ter-renos. Isso porque há restrições que constam no empreendimento, con-forme liminar acionada na Comarca de Vila Velha (ES). Trata-se de uma dívida de R$ 7 milhões referente à quebra de contrato feito por um dois sócios do Terras Alphaville com um proprietário de terreno de Vila Velha. O juiz de Direito da 1ª Vara Cível de Vila Velha, Lyrio Regis de Souza Lyrio, determinou o bloqueio dos bens dos réus, que incluem 30% das ações do empreendimento.

Conforme o processo n° 0016418-21.2014.8.08.0035, Thia-go Zanotti Giuberti, sócio-diretor e majoritário da ré TIZAN-G, possuía participação societária na SPE Re-sidencial Jardins dos Lagos S/A, em Linhares, e, quando abandonou a construção de um edifício em Vila Velha, passou suas cotas para a sua irmã Thainá Zanotti Giuberti, também requerida nos autos.

Segundo o advogado e adqui-rente, Devarcino Peisino, antes do lançamento do Terras Alphaville, criaram-se uma sociedade que, em seguida, compraram a área para, posteriormente, entregar à Alphavil-le. No entanto, não houve transferên-cia. “Juntaram duas empresas para que, de certa forma, não fossem pa-gos os impostos devidos – porque para fazer uma transferência, imagi-ne, de 100 alqueires de terra, o custo seria bem alto”, disse.

Conforme Peisino, a ação existe desde abril de 2014, porém, nenhum

proprietário foi informado. “Quando a Alphaville lançou esse empreen-dimento, até então, com o conhe-cimento dessa ação, ela não fez qualquer comentário com ninguém. Eles se omitiram. Ninguém sabia, pois o processo corre em Vila Ve-lha. Só descobrirmos quando fomos ao cartório para fazer as escrituras. Todos nós compradores fomos en-ganados, usurparam nosso direito de conhecer ou de saber realmen-te o que estava acontecendo. Eles simplesmente cruzaram os braços e deixaram acontecer”, informou.

O advogado informou, ainda, que o processo chegou a sumir em Vila Velha. “O processo chegou a desaparecer em Vila Velha, e eles fizeram uma reconstituição, que é a restauração dos autos. Esse pro-cesso de restauração foi assinado em junho de 2014, porém, o original apareceu. Hoje são três processos distintos: o original, o restaurado e um embargo de terceiro, que é esse que está gerando a discussão da Al-

phaville”, disse.De acordo Peisino, o juiz da 1ª

Vara de Vila Velha mandou aver-bar à margem de registro do imó-vel matrícula 35.484, no Cartório de Registro de Imóveis – 1º Ofício, a informação sobre a existência no processo, devendo constar o valor da causa de R$ 7 milhões, pedido a transferência de 30% das ações pertencentes aos réus. “Quando eu cheguei ao cartório me disseram sobre a observação. Mas eu pensei: ‘eu não comprei nada com restrição, com observação’. Peguei a certidão e saiu com essa restrição”, lembra.

“Até aqui, eu sou comprador de boa fé. A partir do momento que eu tomei conhecimento que isso está restrito, eu tenho plena consciente de que a coisa está judicializada. Va-mos dizer que hoje eu vou ao meu lote e faço uma casa e gasto R$ 500 mil. E aí? Amanhã ou depois eles vão lá e vão dizer ‘você fez porque você quis’. Então eu perco meus R$ 500 mil”, explicou.

Segundo o advogado Devar-cino Peisino, a SPE Residencial Jardins dos Lagos S/A entrou com o embargo de terceiro para tentar desfazer a liminar deferida pelo juiz. “Eles entraram, fez a ação e deram o valor da causa de R$ 100 mil. Contudo, o valor da causa de caráter acessório, a causa que é paralela com a ou-tra que é de R$ 7 milhões, tinha que ser de R$ 7 milhões. Mas de-ram de R$ 100 mil só para pagar pouco. Pagou e nem o juiz deu conhecimento, mandou simples-mente recolher as custas com-plementares”.

Conforme Peisino, há cerca de três semanas, ele foi a Vila Velha para fazer cópias das par-tes principais do processo e se deparou com um processo, cujas custas complementares não ha-viam sido pagas. “Aí eu pensei: ‘o juiz vai pegar isso aqui e vai julgar extinto o processo sem conhecimento de mérito porque não foram pagas as custas’. En-tão, eu pedi que meu corretor ligasse para o Terras Alphavile, que é autora da ação, para que pagasse as custas imediatamen-te. Eles pagaram, mas pagaram no dia que falei para avisar”.

Agora, segundo Peisino, os proprietários aguardam uma de-cisão da Justiça de Vila Velha sobre o embargo de terceiro. “Se o juiz conceder a liminar para re-tirar aquela observação que está naquela certidão, ótimo. Se ele não tirar, você sabe que daqui a

10 anos vai continuar a mesma situação. Eu estou com 70 anos, daqui a 10 anos eu não vou es-tar nas mesmas condições. Eu comprei um lote para construir agora. Minha presunção é cons-truir em um ano e viver mais 10 ou 12 anos, aproveitando o meu imóvel”, disse.

O advogado ainda ressaltou que a situação é preocupante. “Eu acho que isso é um tipo de ludibriação porque quando eles têm conhecimento do fato, mas não avisam. Tanto que eles conti-nuam vendendo lotes sem avisar às pessoas. E isso é preocupan-te porque isso constitui crime, pois eles estão auferindo vanta-gem em cima de algo que eles nem sabem se vai ser entregue”, frisou Peisino.

O que diz a AlphavillePor outro lado, a assessoria de

impressa Alphaville Urbanismo, responsável pelo empreendimento em Linhares, disse que não existe qualquer fato que impeça os clien-tes do Terras Alphaville Linhares a escriturarem seus lotes e construí-rem suas residências. “Nem existe qualquer chance de eles respon-derem por questões envolvendo algum sócio do empreendimento. A empresa informa, inclusive, que as matrículas dos lotes que já fo-ram transferidos aos comprado-res não possuem mais nenhuma averbação. Isso ocorre por causa da mudança de titularidade a uma pessoa não envolvida com a ques-tão”, afirmou em nota.

empresário é um dos princi-pais fornecedores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto.

Já o delegado André Costa apontou ainda o uso demasiado da máquina pú-blica pelo atual diretor da autarquia, e revelou ainda que Sandro Freitas tentou atrapalhar as investigações, alegando acessos facilitados dentro da cúpula da Polícia Civil do Estado. Costa disse

que a “Operação Tritão” se-guirá com outras fases e que o resultado da primeira etapa já foi encaminhado para o Po-der Judiciário.

Em contato com a asses-soria de comunicação do Executivo Municipal, a prefei-tura limitou-se a dizer que “o SAAE de Linhares ainda não foi notificado. O Município, quando solicitado, vai contri-buir com as investigações”.

Page 4: O PIONEIRO 19 DE JUNHO DE 2016

O PIONEIRO4DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

| GERAL

31/12/2015 31/12/2014

ATIVO 2.809.519,16 2.501.595,74

CIRCULANTE 1.011.433,78 806.861,38

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 943.718,33 762.025,23

CAIXA GERAL 15.503,56 7.457,92

BANCOS C/MOVIMENTO E APLIC.C.PRAZO 928.214,77 754.567,31

CRÉDITOS A RECEBER 67.715,45 44.836,15

Créditos por Vendas/Serviços - 650,00

Créditos Diversos 67.715,45 44.186,15

Despesas Diferidas - -

ESTOQUES - -

Material de Consumo - -

NÃO CIRCULANTE 1.798.085,38 1.694.734,36

Realizavel a Longo Prazo - -

Aplic.Financeiras-Rec.sem Restrição - -

Aplic.Financeiras-Rec.com Restrição - -

Valores a Receber - -

Investimentos 9.732,91 8.517,02

Participações Sicoob 9.732,91 8.517,02

Imobilizado 1.788.352,47 1.686.217,34

Bens sem Restrição 1.788.352,47 1.686.217,34

Bens com Restrição - -

(-) Depreciação Acumulada - -

Intangível - -

Programas de computador - -

Direitos de Autor e de Marcas - -

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.809.519,16 2.501.595,74

PASSIVO 43.485,70 53.153,13

CIRCULANTE 43.485,70 53.153,13

Fornecedores de Bens e Serviços - -

Obrigações Sociais 22.780,32 12.153,80

Obrigações Tributárias 2.154,83 1.093,09

Obrigações Diversas 18.550,55 39.906,24

Obrigações com Empregados - -

Emprestimos e Financiamentos - -

Contas a Pagar - -

NÃO CIRCULANTE - -

Empréstimos e Financiamentos a Pagar - -

Recursos de Projetos em Execução - -

Recursos de Convêncios em Execução - -

Subvenções e Assistências Gov. a Realizar - -

PATRIMÔNIO LIQUIDO 2.766.033,46 2.448.442,61

Patrimônio Social 2.766.033,46 2.448.442,61

Outras Reservas - -

Ajuste de Avaliação Patrimonial - -

Superávit ou Déficit Acumulado - -

BALANÇO PATRIMONIAL

ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE LINHARES

CNPJ: 27.562.800/0001-52

DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - DFC

ASSOCIACAO PESTALOZZI DE LINHARES

CNPJ/CPF: 27.562.800/0001-52

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Valores expressos em Reais)

ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE LINHARES - AV. PRES. RODRIGUES ALVES, 275 – COLINA – LINHARES-ES

CNPJ(MF): 27.562.800/0001-52

EM 31/12/2015

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31/12/2015

ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE LINHARESPresidente

JOSÉ CARLOS PANDOLFIContador - 4119

CPF: 478.250.307-53

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO

Patrimônio Social Outras Reservas Ajustes de

Avaliação

Patrimonial

Superávit /

Déficit

Total do Patrimô-

nio Líquido

Saldos iniciais em 01/01/2015 2.448.442,61 (C) 2.448.442,61 (C)

Movimentação do Período

Superávit / Déficit do Período 317.590,85 (C) 317.590,85(C)

Ajuste de Avaliação Patrimonial

Recursos de Superávit com Restrição

Transferência de Superávit de Recursos sem Restrição

Saldos finais em 31/12/2015 2.766.033,46 (C) 2.766.033,46 (C)

31/12/2015 31/12/2014

RECEITAS OPERACIONAIS 1.879.911,52 1.588.629,54

Com Restrição 1.833.498,51 1.564.693,50

Programa (Atividades) de Educação - -

Programa (Atividades) de Saúde - -

Programa (Atividades) de Assistência Social 1.833.498,51 1.564.693,50

Programa (Atividades) de Meio Ambiente - -

Outros Programas (Atividades) - -

Gratuidades - -

Rendimentos Financeiros - -

Sem Restrição 46.413,01 23.936,04

Receitas de Serviços Prestados - -

Contribuições e Doações Voluntárias - -

Ganhos na Venda de Bens - -

Rendimentos Financeiros 46.413,01 23.936,04

Outros Recursos Recebidos - -

CUSTOS OPERACIONAIS 984.478,20 596.830,72

Com Programas (Atividades) 984.478,20 596.830,72

Educação - -

Saúde - -

Assistência Social 984.478,20 596.830,72

Gratuidades Concedidas - -

RESULTADO BRUTO 895.433,32 991.798,82

DESPESAS OPERACIONAIS 577.842,47 318.606,38

Administrativas 184.857,30 208.751,74

Gerais 382.318,76 92.153,12

Financeiras 1.176,96 10.753,08

Tributárias 9.489,45 6.880,34

Outras Despesas - 68,10

OUTRAS RECEITAS - -

Financeiras - -

Outras Receitas - -

OPER.DESCONTINUADAS (LÍQUIDO) 317.590,85 673.192,44

SUPERÁVIT / DÉFICIT DO PERÍODO 317.590,85 673.192,44

Reconhecemos a exatidão do presente Balanço Patrimonial Comparativo, cujo Ativo e Passivo estão uniformes na mesma importância dos exercícios. - 2015 no valor de R$ 2.809.519,16 e 2014 no valor de R$ 2.501.595,74 Ressalvando que a responsabilidade do profissional contabilista, fica restrita ape-nas ao aspecto meramente técnico desde que reconhecidamente operou com elementos dados e comprovantes fornecidos pela gerência da firma que se respon-sabiliza pela sua exatidão e veracidade, bem como pelos estoques considerados levantados pela referida gerência e sob sua total e exclusiva responsabilidade.

Linhares-ES, 31 de dezembro de 2015.

ASSOCIAÇÃO PESTALOZZI DE LINHARESPresidente

JOSÉ CARLOS PANDOLFIContador - 4119

CPF: 478.250.307-53

I – CONTEXTO OPERACIONALNOTA 01A Associação Pestalozzi de Linhares, tem por fins o estudo, a assistência, o trata-mento e a educação de crianças, adolescentes e adultos que necessitam de assis-tência psicopedagógica, médica, odontológica e de reabilitação.II – APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES:NOTA 02As Demonstrações Contábeis e Financeiras foram elaboradas em conformidade com a Lei nº. 6.404/76, Lei nº. 10.406 de 10/01/02, Resolução CFC nº. 1409/12 – ITG/2002.III – RESUMO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS:NOTA 03O regime contábil adotado é de CompetênciaNOTA 04As aplicações financeiras estão demonstradas nos grupos de Contas do Ativo Circulante “Aplicações Financeiras” e os rendimentos na conta “Rendimentos de Aplicações”.NOTA 05O critério utilizado para a apuração das receitas da entidade é o de contabilizar no regime de competência.NOTA 06Os recebimentos de doações de Pessoas Físicas e Pessoas Jurídicas no ano so-maram:- Pessoa Física R$ 27.705,56- Pessoa Jurídica R$ 165.879,63

NOTA 07Subvenções recebidas do Poder Público no ano:- R$ 1.504.004,23

NOTA 08Os recursos da entidade foram aplicados em suas finalidades institucionais, de con-formidade com seu Estatuto Social, demonstrados pelos custos, despesas operacio-nais e Investimentos Patrimoniais.NOTA 09As gratuidades oferecidas estão respaldadas em documentação hábil e representa-das por todas as Contas de Custos e Despesas Operacionais, conforme Demonstra-ção do Resultado do Exercício de 31.12.2015.NOTA 10As pessoas são atendidas pela Associação Pestalozzi de Linhares gratuitamente não se fixando valor para a gratuidade – INCISO VI do artigo 3º. do Decreto nº. 2.536/98.NOTA 11A entidade usufruiu da seguinte isenção:Cota Patronal INSS+SAT = R$ 201.870,18

Linhares-ES, 31 de dezembro de 2015.

31/12/2015 31/12/2014

SUPERAVIT 317.590,85 673.192,44

AJUSTESDepreciação

(AUMENTOS) REDUÇÕES DE ATIVOS E PASSIVOS

Créditos a Receber 650,00 345,00

Obrigações Sociais, Tributárias e Diversas

(9.667,43) 14.897,14

Fornecedores de Bens e Serviços - (552,90)

Impostos a Recuperar, adianta-mentos e outros

(23.529,30) (30.982,49)

(FLUXO DE CAIXA - ATIVIDADES OPERACIONAIS

285.044,12 656.899,19

ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS

Aquisição de Bens e Direitos para o Ativo

(102.135,13) (143.649,81)

Outros Investimentos (1.215,89) (896,04)

FLUXO DE CAIXA – ATIVIDADES

INVESTIMENTO

(103.351,02) (144.545,85)

ATIVIDADES DE FINANCIAMEN-TO

Novos Empréstimos

Amortização de Empréstimos

Outros Recebimentos por Fi-

nanciamentos

FLUXO DE CAIXA – ATIV. DE FI-NANCIAMENTO

AUMENTO (REDUÇÃO) DAS DIS-PONIBILIDADES

181.693,10 512.353,34

DISPONIBILIDADE NO INÍCIO DO EXERCÍCIO

762.025,23 249.671,89

DISPONIBILIDADE NO FIM DO EXERCÍCIO

943.718,33 762.025,23

NotaPublicação repetida por ter saído com incorreção

em 16 junho de 2016.

Page 5: O PIONEIRO 19 DE JUNHO DE 2016

O PIONEIRO

DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

5GERAL |

Proprietários devem registrar título de aforamento do imóvel

Quem é proprietário e não tem a escritura do seu imóvel em Linhares, mas tem o título de aforamento dele, deve re-gistrá-lo para que o título pos-sa ter a equivalência de uma escritura.

O cidadão deverá levar o título de aforamento do imóvel e uma cópia do valor venal até o Cartório do 1º Ofício de Li-nhares, localizado à Avenida Comendador Rafael, 1.440, no Centro, e solicitar registro. Após esse processo, o título passa a valer como escritura. O cartório funciona das 9 às 12 horas e das 13 às 18 horas, de segunda a sexta.

O título de aforamento é um antigo documento de do-mínio sobre imóveis. No en-

tanto, atualmente, apenas depois de registrado, ele tem total validade. Em Linhares, entre os bairros com mais ca-sos desse tipo estão Araçá, Aviso, Shell, Centro, Colina e Planalto.

Caso o proprietário per-deu o título, é possível pedir a segunda via. Basta à sede da Prefeitura de Linhares, na Avenida Governador Jones dos Santos Neves, 1.292, no Centro, e solicitar. O atendi-mento ao público é de segun-da a sexta-feira, das 12 às 18 horas – é necessário ter em mãos uma certidão de ônus do Cartório do 1º Ofício e um requerimento de título. O requerente deve estar com o IPTU em dia.

Setor moveleiro resiste à crise financeira, afirma presidente do Sindimol

Dados da Federação das Indústrias do Espírito Santo – Sistema FINDES – indicam que existem no Estado aproximadamente 850 empresas no segmento, sendo 110 empresas em Linhares, entre mo-veleiros e madeireiros, que oferecem cerca de 9.000 postos de trabalho diretos no Espírito Santo.

Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte do Espírito Santo (Sindimol), Alvino Pessoti Sandis, o Estado é considerado um dos mais importantes produ-tores de móveis do Brasil, com destaque para o Arranjo Produtivo Local de Móveis de Linhares. E, conforme Sandis, o setor resiste à crise financeira.

O PIONEIRO – Em 2015, quantas peças o setor produziu e quanto isso representou no faturamento?

ALVINO PESSOTI – A quantidade de peças produzidas não é con-tabilizada pelo setor em Linhares. Contudo, no Brasil, foram 507 milhões de peças produzidas em 2014.

O PIONEIRO – Qual é a posição

do Estado no cenário brasileiro de produção de móveis?

ALVINO PESSOTI – O Espírito Santo é considerado um dos mais importantes estados produtores de móveis do país, com destaque para o Arranjo Produtivo Local de Móveis de Linhares, reconhecido nacionalmente pela produção de móveis em série, com distribuição para todo o Brasil.

O PIONEIRO – Como o setor tem driblado o arrefecimento do varejo?

ALVINO PESSOTI – Com a ado-ção de novas estratégias de ges-tão, que nos permitam reduzir custos e aumentar nossa com-petitividade, na busca por novas oportunidades de aumento das vendas. Dentre essas estratégias estão a formação de parcerias com instituições de apoio como o Sindimol, a Federação das Indús-trias e o Sebrae, na elaboração de projetos e implantação de ações que nos permitam enfrentar o mo-mento político e econômico verifi-cado no Brasil atualmente.

O PIONEIRO – Podemos afirmar

que o setor resiste à crise finan-ceira?

ALVINO PESSOTI – Com certe-za. As indústrias de móveis de Linhares estão trabalhando inten-samente para amenizar os efeitos da crise e atravessarem este mo-mento aparentemente desfavorá-vel da economia, lembrando que em tempos de crise surgem tam-bém novas ideias e melhorias nos processos das empresas.

O PIONEIRO – Ela impactou di-

retamente na contratação e per-manência da mão de obra nas indústrias?

ALVINO PESSOTI – Sim, como em muitos outros setores da economia. Apesar disso, dados do CAGED [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados] mostram que no Espírito Santo, comparado com a média do se-tor no Brasil, o número de demis-sões, em proporção, foi menor.

O PIONEIRO – De 2015 ao pri-

meiro quadrimestre de 2016, hou-ve redução no quadro de pessoal nas indústrias de Linhares?

ALVINO PESSOTI – Ainda não fechamos os números completa-mente em relação ao ano passa-do, mas desde o início de 2016 o quadro de empregos está estabi-lizado, não havendo número con-siderável de demissões.

O PIONEIRO – As perspectivas

para os próximos meses são con-fiantes?

ALVINO PESSOTI – É necessário mantermos o otimismo para os próximos meses. Apesar de estar-mos diante de uma das maiores crises da história, continuamos

acreditando na capacidade dos empresários brasileiros – que são realmente os principais geradores de riqueza no nosso País – em mais uma vez implantar modelos inovadores de gestão e de negó-cios que ajudem o Brasil a mudar esse cenário que aí está.

O PIONEIRO – O setor tem apos-

tado no perfil exportador?ALVINO PESSOTI – Temos voca-

ção para o comércio internacional, mas com pouco movimento nos últimos anos por conta dos bai-xos valores do dólar. Nos últimos meses, com o aumento do valor da moeda americana, retomamos as vendas para o exterior, princi-palmente para a América Latina. Essa também tem sido uma estra-tégia para enfrentarmos a crise.

O PIONEIRO – Qual o volume

despachado para o exterior?ALVINO PESSOTI – Ainda esta-

mos contabilizando estes núme-ros, que devem ser conhecidos no início do segundo semestre deste ano.

Os moradores da Vila de Regência participaram, du-rante três dias, da Oficina de Pesca – Memórias, promovi-da por Zé de Sabino. Na ofici-na foi trabalhada a importân-cia da memória no resgate de tradições e suas histórias.

Em sua residência, o mes-tre Sabino apresentou aos alu-

nos o conhecimento oral sobre os artefatos de pesca, sua his-tória, registros fotográficos e confecção de redes de pesca.

As atividades foram de-senvolvidas em parceria com o programa Mais Cultura nas Escolas, EEEFM “Vila Regên-cia” e Cia de Artes Regência Augusta.

Oficina de pesca resgata tradições e memórias da Vila de Regência

Page 6: O PIONEIRO 19 DE JUNHO DE 2016

O PIONEIRO6DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

| ENTRETENIMENTO

Flávio RiccoColaboração: José Carlos Nery

Essa coluna é publicada todas as quintas e domingosEssa co

| TELEVISÃO

São Paulo será palco de “Malhação 2017” escrita por Cao HamburgerCom boa antecedência, a Globo deu início aos trabalhos da “Malha-ção 2017”, prevista para estrear ain-da no primeiro trimestre do ano que vem. Uma equipe de produtores foi destacada para procurar em São Paulo jovens atores em condições de integrar o seu elenco. E por que em São Paulo? É que houve a de-cisão de ambientar uma edição do programa quase que inteiramente em outra cidade que não fosse o Rio de Janeiro.O roteiro do Cao Hamburger está bem adiantado; ele que é conhe-cido por alguns sucessos como “Castelo Rá-Tim-Bum”, a série “Fi-lhos do Carnaval”, e o filme “O ano em que meus pais saíram de fé-

rias”, entre outros.Os primeiros 20 capítulos já foram entregues e ele agora passará a aguardar o processo de escalação. O experiente Paulo Silvestrini foi designado para a direção-geral.Como a ideia é priorizar a esco-lha de atores que morem em São Paulo para facilitar o processo de gravações, existe até a expectativa de uma participação especial de Sandy e Junior, dentre outros fa-tores, por já terem trabalhado com Silvestrini no seriado homônimo, exibido entre abril de 1999 e março de 2003. Antes, pela ordem, em 22 de agosto, “Malhação” irá estrear “Pro dia nascer feliz”, de Emanuel Jacobina.

Bate – Rebate•... Globo Filmes iniciou conversas para transformar o filme de José Aldo em série da Globo em 2017...•... Internamente, avalia-se que “Mais Forte que o Mundo” poderá render até 3 capítulos.•... Crimes passionais é o tema de “A Liga”, amanhã, na Band.•... Os trabalhos da série “Era uma vez...A História do Brasil”, por en-quanto, movimentaram apenas Dan Stulbach...•... Um elenco ainda será formado

para o programa.•... Após as externas, as gravações de “A Lei do Amor”, substituta de “Velho Chico”, agora se concentram em estúdio, no Projac...•... Mas ainda referentes à primeira fase da história.•... Globo encerrou inscrições para a próxima edição do “The Voice”...•... O reality musical se prepara para sua quinta temporada, sempre movimentando a audiência e as re-des sociais.

Estrela de “Sila”, a atriz Cansu Dere conversou com a cantora Li Martins durante as gravações de um clipe na Turquia

ReencontroAguinaldo Silva e Susana Vieira conversaram recentemente nos Estados Unidos.A próxima novela dele, prevista para estrear em 26 de março de 2018, foi um dos assuntos coloca-dos em pauta.E a participação da Suzana, em um dos principais papéis de “O Sétimo Guardião”, idem. Na mesma data.

RetomadaE logo depois dos Jogos Olímpi-cos serão iniciadas as gravações da segunda temporada da “Esco-linha”, novamente para exibição no Viva e na Globo.Será produzido um total de 15 programas.

Escolinha na campanhaMateus Solano, Marcelo Adnet, Otaviano Costa, Lúcio Mauro Filho, Fabiana Karla e Betty Gofman são alguns nomes da “Escolinha do Professor Raimundo – nova gera-ção” que irão comandar um núme-ro musical na campanha “Criança Esperança”, dia 2 de julho.Existe um grande interesse em contar também com a participação de Bruno Mazzeo, mas a sua pre-sença ainda não foi confirmada.

Fatores de riscoSe o frio em São Paulo anda fa-zendo a alegria da televisão, possibilitando um aumento bem importante no número de ligados e consequente melhoras nos índi-ces, na contramão, alguns execu-tivos já temem o período compli-cado que já aparece no retrovisor.Na seguidinha, a Olimpíada, Ho-rário Político e Horário de Verão, fatores considerados de alto risco e com grande grau de interferência na média dos programas.

BatalhãoA Globo movimentou cerca de mil figurantes durante as gravações da série “Justiça”, no Recife. Esse número significativo deve-se à re-alização de alguns eventos, como um luau que será exibido logo na

Fim de papoO GNT concluiu a exibição da se-gunda temporada de “Lili, a ex”, série estrelada por Maria Casadevall com produção da O2. Não se tem notícias, ainda, se haverá uma terceira.De qualquer forma, a O2, também responsável por “Vade Retro Satanás” que será exibida pela Globo em 2017, com Tony Ramos e Monica Iozzi, não descarta uma participação de Casa-devall no programa.

ComboioDevido à importância das grava-ções de “Justiça” nessa locação, cinco caminhões abastecidos com material de produção de arte, figu-rino, cenografia, maquinaria e ilumi-nação seguiram viagem do Rio de Janeiro para o Recife.Mas, apesar deste volume, muita

coisa foi comprada na região, es-pecialmente o figurino de persona-gens como Fátima, interpretada por Adriana Esteves. A aposta, em ge-ral, foi nos tecidos sintéticos e com estampas coloridas, a exemplo do que se vê nas ruas da capital per-nambucana.

primeira semana da minissérie.É durante essa festa que Rose, Jéssica Ellen, é presa por porte de drogas. Considerada trabalhosa, a cena foi gravada durante quatro noites.

Crédito Mariana Chibebe/Band

Chegando lá“Escrava Mãe” tem oscilado entre 12 e 13 pontos de média na Gran-de São Paulo, segundo o Ibope.A parceria Record-Casablanca acredita que, a continuar assim, a novela poderá bater nos 15 pontos de média.

C’est finiBuddy Valastro deverá fazer ao menos mais duas viagens ao Brasil, no se-gundo semestre, em função dos seus programas na Record e no Discovery Home & Health.Isso se realmente for confirmada a rea-

lização de mais uma temporada do “Ba-talha dos Confeiteiros”.Certo mesmo, a estreia do “Batalha dos Cozinheiros”, dia 28.Então é isso. Mas quinta-feira tem mais. Tchau!

EmbaixadorasUm grande evento da “P&G”, progra-mado para dia 30, em Salvador, vai mexer com algumas produções da Globo.Camila Queiroz, por exemplo, estre-la de um de seus produtos, precisa-rá dar uma fugidinha das gravações

de “Eta Mundo Bom!”, a exemplo de Marina Ruy Barbosa, atualmente envolvida com “Justiça”, no Rio.Gisele Bündchen também é aguardada por lá, mas, neste caso (presença no evento) quem decide é ela.

E aí?Giovanna Antonelli e Bruno Gagliasso já gravam os primeiros capítulos de “Sol Nascente”, a substituta de “Eta Mundo Bom!” na faixa das 18h da Globo.Eles fazem o principal par romântico da novela e a questão da diferença de idade é um as-sunto recorrente nos bastidores. Vai dar liga? O autor Walther Negrão já assegurou que sim.

Page 7: O PIONEIRO 19 DE JUNHO DE 2016

O PIONEIRO

DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

7GERAL |

| PALCOS E ATORESCacau [email protected] coluna é publicada todos os domingos / publicação simultânea com EsHoje

Ruschi

Anchieta

História

Educação

Tchau, querida

Repique

Escolha

Este mês a cultura capixaba festeja com expressivas

manifestações cultu-rais, sustentadas pela programação que ho-menageia o centenário do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, que tem como símbolo maior a figura do capixaba Domingos José Martins, o herói da revolução pernam-bucana de 1817. Sob o comando de Getúlio Marcos Pereira Neves e a parceria da Academia Espíritossantense de Letras e a Academia Feminina de Letras, com unicidade cívica, cultural, histórica e geográfica, palestras e exposições emprestaram brilho ao evento maior, pelo resgate secular gerado pelas raí-zes plantadas por Carlos Xavier Paes Barreto e regadas amorosamente por Elpidio Pimentel, Afonso Cláudio, Dom Benedito Alves de Souza, Archimimo Mattos, Alarico de Freitas e tantos dedicados continuadores da trajetória da entidade, hoje motivo de orgulho para todos os capixabas.

SoleneNos também antigos e hoje recu-perados com arte e muito carinho, o Palácio Anchieta, em seu salão São iago recebeu em noite de arte, cultura e história, algumas das mais importantes personalidades da cul-tura capixaba. A professora Esther Vieira, com a erudição de sempre, traçou a trajetória multifacetada do Instituto Histórico e Geográfico. Em nome da entidade, após a mani-festação de autoridades governa-mentais e convidados, o presidente

Getúlio Marcos Pereira Neves agra-deceu aquele momento, encerran-do a solenidade com a distribuição de obras de inegável importância histórica, educacional e cultural. Com destaque “Estudo da Cultu-ra Espíritossantense”, de Getúlio, “Espírito Santo e suas Histórias” de João Eurípedes Franklin Leal, “Diário de um Engenheiro no ES”, de Luiz Edmundo Appel e “Corre-gedoria da Polícia Militar do ES”, de Gelson Loyola.

Neste ataque de capixabismo – tema que abordamos no curso de artigos, palestras e promoções – resolvemos hoje, emprestar mais calor a estes tempos frios, gelados e nevados que batem no sul do país e, com modesta reação, che-ga ao nosso Estado. Não vai faltar o calor cultural e sábio que um dia, na curva do tempo o historiador Gustavo Barroso deu de presen-te ao Espírito Santo. “A natureza ressumiu na pequenina terra do Espírito Santo, tudo de belo e de bom que existe na vastidão conti-nental do país. Só assim se explica porque o brasileiro, de qualquer procedência a ele se prenda tão rapidamente. É que qualquer de nós sempre encontra no Espírito Santo alguma coisa que lembra ou faz recordar a terra distante.”

Numa modesta, mas muito carinho-sa homenagem da coluna, publica-mos hoje, retirado do nosso acervo pessoal, o que denominamos vá-rias vezes, como “Divina Escolha”. Aí está, sob a chancela do Padre Luiz Gonzaga, o pronunciamento feito em 9 de junho de 1920 e que pode ser um referencial moderno para o município. “Compreendo, neste momento, porque o venerá-vel Padre José de Anchieta, sempre desejou descansar em terras do Espírito Santo. Não há, em verda-de, cenário mais próprio, nem mais digno que esse maravilhoso rincão, com sua exuberante natureza para recolher os restos mortais daquele que tanto o amou”.

Na próxima segunda-feira, dia 20, com início às 9 horas, a Rede Tribuna patrocina mais um impor-tante evento, priorizando o tema Educação, como saída para o de-senvolvimento. O Itamaraty Hall receberá, já a partir das 9 horas, o pronunciamento do governador Paulo César Hartung. Também falarão, abordando o tema, como autoridades, o professor e escri-tor Leandro Karnal e, em seguida, a escritora e pesquisadora Tânia Zagury, focando “Uma escola para as novas gerações”.

“Não estou dizendo que Dilma não cometeu erros. Cometeu mui-tos. Queremos que ela volte para corrigir os erros que cometemos”. Esta lorota antiga e cansada, des-ta vez, não terá oportunidade de ser posto em prática, pelo conhe-cido frasista Lula da Silva, cuja voz já não chega aos ouvidos ilu-didos dos próprios petistas.

O saudoso cientista Augusto Rus-chi, por sua vez, em entrevista que comandamos, com elogiável sensibilidade, afirmou: “Os beija--flores são joias vivas que cortam os ares como pétalas aladas mul-ticores, saudando todos aqueles que, como eu, têm a ventura de viver no Espírito Santo.”

Gustavo Barroso não está sozi-nho, pois outro grande historia-dor, nos idos de 1928, afirmava: “O Espírito Santo é o mais brasi-leiro dos Estados do nosso país, porque ele é o ponto de encontro do Espírito de ação do sul e do sentimento poético do norte.” O historiador Ariosto Espinheiro re-forçou o velho conceito.

O mês também destaca e valori-za a comemoração da canoniza-ção do Padre (agora Santo) José de Anchieta, nas festividades religiosas e esportivas (Passos de Anchieta) que acordaram ima-

gens do Dia Nacional de Anchie-ta, comemorado no último dia 9. O município ganha, sem dúvida, seus melhores referenciais reli-giosos, turísticos, empresariais e esportivos.

Foto: Divulgação

Foto: DivulgaçãoFoto: Divulgação

Foto: Divulgação

Esfrega, esfrega, esfrega, mas não é lâmpada mágica

“Esfrega, esfrega, esfrega, vai fazen-do espuma. Esfrega, esfrega, esfrega, vai fazendo massagem. Gostooooooso pra chuchu, chuá, chuá! Uh, uh! Lavar a ca-beleira com o Johnson’s Baby shampoo uuuuuuhuaaah”. Quem nunca? Pois é... Certamente mais de um século de em-presa pode inspirar nosso papo de hoje!

Nascida em 1890, a centenária Jo-hnson & Johnson(J&J), empresa respon-sável por diversas marcas no segmento de higiene pessoal, possui um olhar mercadológico exemplar. Iniciou o em-preendimento produzindo compressas cirúrgicas e comercializando emplastros medicinais, dos quais sofreram feedba-ck negativo devido às irritações que os mesmos causavam.

Este ponto é muito importante: a resposta (feedback) dos clientes. Tenha cuidado com a segurança que deposita na qualidade do bem que você vende, pois ignorar feedbacks negativos pode embaçar sua visão para possíveis novas oportunidades. A J&J teve a atenção de encontrar nas tais reclamações uma bre-cha para a comercialização de talcos, que inicialmente serviam para aliviar as irrita-ções ocasionadas pelos produtos que vendiam e em seguida tornou-se “carro chefe” de uma de suas marcas mais con-solidadas no mercado: a Johnson’s Baby.

Falando em Johnson’s Baby, inicia-mos este texto falando deles, não foi mesmo? Vamos ser sinceros... Esta mar-ca definitivamente entende o que signifi-ca investir em marketing. Logo que sur-giu, em 1894, voltou sua comunicação para as enfermeiras, por estar inserido neste contexto. Sempre observando o comportamento de seus consumidores diante do uso de seus produtos, logo no-tou que poderia começar a se comunicar diretamente com as mães e assim o fez.

Utilizando estratégias de interação com o consumidor – recomendadas até hoje – a Johnson’s Baby engajou diver-sas mamães (compradoras) a enviarem fotos de seus filhos (consumidores) se-gurando a latinha de talco J&J das quais algumas delas eram publicadas em seus materiais de comunicação.

A comunicação com seu público uti-lizou por décadas o discurso emocional, a fim de sensibilizar seu principal público comprador: as mamães. De “primeira via-gem” ou não, é notável que, de maneira geral, o senso de ternura das mulheres fica peculiarmente aguçado na materni-dade. Já por volta dos anos 1990 a Bor-ghiLowe, agência contratada pela J&J, identificou em um programa infantil, o

Castelo Rá Tim Bum, a ocasião adequa-da para se comunicar diretamente com seus consumidores finais: as crianças. Lançaram, com a voz de um dos partici-pantes do programa, a propaganda com um jingleque é cantado até os dias de hoje – chuá, chuá, chuá... Isso mesmo!

A Johnson’s Baby quer continuar crescendo e é por isso que o sucesso da marca e o fato de serem líder de mer-cadono segmento no Brasil, com 40,5% de participação– segundo a consultoria Nielsen – não são motivos para a em-presa se acomodar. Neste momento a empresa atravessa problemas jurídicos ocasionados por condenações em mul-tas de US$ 72 milhões e US$ 55 milhões resultantes de consumidores que alega-ram relação entre câncer no ovário e o uso recorrente de produtos à base de tal-co. É válido ressaltar que antes das con-denações americanas, a J&J já reunia mais de mil processos arquivados das quais as acusações baseavam-se neste mesmo sentido.

O posicionamento da J&J quando às condenações é de frustração com o poder judiciário, tendo em vista o alto investimento que a empresa disponi-biliza para tecnologia e saúde de seus consumidores. Dada a associação entre o talco J&J e o câncer no ovário, é fácil notar que mais uma vez a comunicação com o consumidor mudou. Com o fator saúde sendo o elemento principal de de-cisão de compra do consumidor, a J&J tem dado visibilidade ao fato de que os profissionais contratados para desenvol-ver as fórmulas de seus produtos são incontestavelmente qualificados.

A visível preparação para adequar a sua comunicação ao contexto em que está inserida já é um diferencial impor-tante, entretanto não é a única preocupa-ção mercadológica da empresa. Diante dos últimos fatos ocorridos, neste mês de junho a J&J selou acordo com uma empresa produtora de itens de higiene pessoal voltada para o público adulto e caminha a passos largos para a perma-nência e crescimento no mercado.Se-gundo José Cirilo, head de marketing da J&J no Brasil, a marca está presente em 80% dos lares brasileiros.

Adaptar-se, portanto, é a mensagem chave que a J&J pode nos transmitir. O tema pode parecer clichê, pois estar pre-parado para se adaptar ao mercado é um assunto amplamente abordado, en-tretanto, pouco praticado. Sua empresa, por exemplo, como está se comportando diante do atual cenário?

| PAPO DE EMPREENDEDOR

Daniella Rocha Cardoso é Mercadóloga e Especialista em Gestão Estratégica de Marketing

[email protected]

Essa coluna é publicada todos os domingos

E

O relacionamento com o consumidor precisa ir além do momento da compra. É preciso ter a sensibilidade de perceber seus anseios para que o produto ou serviço oferecido esteja condizente com suas expectativas.

Page 8: O PIONEIRO 19 DE JUNHO DE 2016

O PIONEIRO8DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

| GERAL

SAÚDESAÚDE

AconteceAcontece

COLUNA SAÚDE ACONTECEPerguntas e sugestões podem ser enviadas para [email protected] ou para a Avenida Pompeia, 634, conj. 401 – São Paulo, SPCEP 05022-000Distribuição Acontece Comunicação e Notícias

Unidade de Saúde de Povoação muda agendamento de consultas

A Secretaria Municipal de Saúde mudou o cronograma de consultas na Unidade de Saúde “Manoel Pereira da Sil-va”, em Povoação. Desde a úl-tima semana, o agendamento médico acontece toda sexta--feira, às 9 horas, enquanto

os atendimentos a crianças e gestantes são realizados as segundas-feiras pela manhã e clínico geral à tarde.

Na terça-feira pela manhã o atendimento é voltado para hipertensos e diabéticos e à tarde o atendimento é feito

por um clínico geral. Já na quarta-feira pela manhã o atendimento é feito nos pon-tos de apoio (Barro Novo e Brejo Grande), conforme a demanda. E, na quinta-feira, são atendidos pacientes das fazendas de Povoação.

Hoje tem encontro de jovens católicos na igreja do São José

A igreja Matriz do São José será o ponto de encon-tro de jovens católicos que participarão do “Encontrão EJC”, que acontece neste domingo, a partir das 15 ho-ras. Dentro da programação promovida pelo Encontro de

Jovens com Cristo (EJC) da Paróquia São João Paulo II, haverá pregação ministrada por Mário Jorge, da Reno-vação Carismática Católica (RCC) de Vitória.

Segundo a organização do evento, ainda haverá sor-

Tempo frio faz intensificar abordagem a pessoas em situação de rua

Com as baixas temperaturas registradas em Linhares nos últi-mos dias, a Secretaria Municipal de Assistência Social tem reforça-do seus serviços de ajuda a pes-soas em situação de rua. Uma equipe formada por educadores sociais está abordando as pesso-as que têm usado as ruas como moradia.

O objetivo é ajudá-las a re-tornar às suas cidades de ori-gem ou, no caso de linharenses, acompanhar cada caso por meio de inserção na rede de serviços socioassistenciais.

Sempre que necessário, há encaminhamento ao Serviço de Acolhimento para Indivíduos e Famílias em Situação de Rua – a Casa da Acolhida. O órgão, administrado pela Secretaria de Assistência Social, fica na Rodo-via Roberto Calmon, no Olaria, e oferece quatro refeições diárias, banho e local para dormir.

“É a porta de entrada para os serviços da rede”, explicou a

secretária de Assistência Social, Fabiana Riccato. “Uma vez dentro da Casa, esse morador em situ-ação de rua receberá ajuda para recuperar laços com a família ou se afastar de um ambiente de drogas, por exemplo. Também já fizemos encaminhamentos para consulta médica, confecção de documentos e busca de emprego”, pontuou.

Quem quiser ajudar, pode

doar roupas de cama, cobertores e roupas femininas e masculi-nas. Basta levar as doações até a Casa. A comunidade também pode ajudar entrando em conta-to com os órgãos de assistência para avisar sobre pessoas em si-tuação de rua. Os telefones são o 3371 1732, do Centro de Referên-cia Especializado de Assistência Social (CREAS); e o 3371 1466, da Casa da Acolhida.

teio de brindes e outros mo-mentos de confraternização. O objetivo central do encon-tro é promover um momento de integração entre os jovens que atuam no EJC e na pa-róquia. A entrada é franca e aberta ao público.

Abrace a raiva

RAIVA EM EXCESSO FAZ MAL AO CORPO E À ALMA

Há dias em que nada está ao seu favor. Os faróis no trân-sito estão vermelhos. Todos

esbarram em você. Tudo é mais lento e demorado. Você se atrasa. Leva bronca do chefe, da mãe, do pai e até do seu bichinho de estimação. Mesmo levantando da cama com o pé direito, o mundo desabou nas suas costas e é inevitável: a raiva aparece acompanhada de um turbilhão de emoções. Em pequenas doses é inofensiva, até nos ajuda a mobilizar-mo-nos para uma ação; em excesso, esse sentimento é prejudicial e pode colocar sua saúde em risco.

De acordo com a dra. Sonia Bruc-ki, membro do Departamento Cien-tífico de Neurologia Cognitiva da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), vários neurotransmissores são envolvidos quando o sentimento raivoso desperta, como noradrenali-na, serotonina, acetilcolina e subs-tancia P, cuja ação em diferentes receptores cerebrais provocam rea-ções distintas nos locais do circuito envolvido na geração e controle da raiva. “As estruturas do cérebro são o hipotálamo, amígdala e os lobos

frontais. Estas áreas são ligadas à sobrevivência das espécies, res-ponsáveis pelos comportamentos de defesa e ataque”, explica.

O problema começa quando sen-timos raiva demais, prejudicando o convívio social e a saúde, acarre-tando em sintomas mentais, como depressão, e até sinais físicos. De forma constante, os males ao indiví-duo podem surgir ao longo do tempo em manifestações como cansaço, falta de memória e até problemas gastrointestinais.

“Em geral, as situações geram es-tresse crônico, afetando a imunidade e, em casos agudos, pode reativar herpes labial, por exemplo. Inclusive queda da imunidade pode ser se-cundária a alterações no corticoide endógeno do próprio organismo”, informa a especialista.

Aliás, a expressão popular “o sangue subiu” é verdadeira, como afirma a neurologista: “Temos uma vasodilatação periférica, deixando a pele mais rosada e quente. Ocorre, ainda, descarga de adrenalina e aumento da frequência cardíaca, que dilatam as pupilas”.

O primeiro passo para lidar bem com esse sentimento é não ne-gá-lo. Já que está raivoso, procure entender e avaliar claramente suas razões, prestando atenção aos pensamentos que o levam a de-senvolver esta emoção. Identificar o que estamos sentindo e se o motivo tem justificativa é a chave para o su-cesso – sobretudo, precisamos ser conscientes para enxergar quando demonstramos reações despropor-

cionais aos eventos. Sabemos que é difícil, mas respire

fundo e olhe o cenário de vários ângulos, não somente o seu. Se não conseguir sozinho, consulte um terapeuta, que ensinará a lidar melhor com a raiva e a reconhecer o que desencadeia essa animosidade em você. Agir impulsivamente, por exemplo, pode levar a excessos desnecessários e a diminuir a asser-tividade das ações da vida.

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O PIONEIRO

DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

9OPINIÃO |

| INFORMERedação O [email protected]

Esta coluna é publicada todas as quintas e domingos

| LUCIANO PIRES

Luciano Pires é jornalista, escritor, conferencista e cartunista.

Jonathan David Haidt é pro-fessor de liderança ética na Sterns School of Business da

Universidade de Nova Iorque. Seus estudos tratam da psicologia da mo-ralidade e foi ele o criador da “metá-fora do jinete e do elefante”, que diz o seguinte: dois sistemas indepen-dentes funcionam em nosso cére-bro, ao mesmo tempo, influencian-do um ao outro. De um lado está a parte racional e reflexiva, de outro a emocional e instintiva. Consciente e subconsciente. A primeira pensa e analisa a realidade, a segunda é movida por emoções, dor e prazer.

Quando os dois sistemas se-guem em harmonia pelo mesmo caminho, em busca da mesma coisa, sem conflitos, é uma mara-vilha. Sabe aquele seu amigo que tem um trabalho que ama? Pois é… Mas quando cada sistema tem suas necessidades, a confusão começa. A metáfora de Haidt diz que o sistema racional é o ginete (o condutor do elefante), e o sistema emocional é o elefante. O elefante é monstruoso, forte, impulsivo. O ginete é pequeno e fraco, mas mui-to esperto. Por sua inteligência, o pequeno ginete consegue contro-lar o grande elefante, dirigindo-o e comandando. Mas se o elefante decidir tomar alguma iniciativa por conta própria, não há ginete que segure…

Mas uma coisa muito legal que encontrei no trabalho de Haidt, fo-ram os cinco fundamentos morais para o comportamento das pesso-as, que ele aplicou à política, crian-do os cinco tipos de Moralizadores Políticos. Veja em qual você se en-caixa:

Moralizador 1: Danos. Sobre se a pessoa prevê ou alivia danos. Favorece virtudes como bondade, gentileza e compaixão, e desaprova vícios como crueldade e agressão.

Moralizador 2: Justiça. Sobre justiça e reciprocidade. Sobre agir com justiça em relação aos outros e a reciprocidade nas trocas econô-

micas e sociais. Prefere o altruísmo e a cooperação e desaprova a ga-nância e a ingratidão.

Moralizador 3: Grupo. Sobre le-aldade ao grupo. Sobre se sacrificar ou não por outros membros do gru-po. Entende lealdade e patriotismo como virtudes, e deslealdade e di-vergência como vícios.

Moralizador 4: Autoridade. So-bre autoridade e respeito. Sobre o respeito às estruturas organizacio-nais, às instituições e seus líderes. Vê o respeito, o direito e a obedi-ência como virtudes e considera a insubordinação e a insolência como vícios.

Moralizador 5: Pureza. Sobre pureza e santidade. Sobre práticas do corpo que causem repugnância e doenças físicas e práticas espi-rituais como a religiosidade, que ajudam a proteger a alma. Vê a castidade, piedade e espiritualidade como virtudes e a gula, inveja e a ira como vícios.

Bem, a Texas Tech University tem uma página na qual você pode fazer seu teste para saber a qual desses cinco tipos de moralizado-res você se submete. Está em in-glês: http://bit.ly/1UfgC5C

Conforme os testes que Haidt fez com seus estudantes, a turma progressista, da esquerda, está mais ligada nos moralizadores Dano e Justiça que Autoridade ou Pureza. Já os mais à direita, dão mais importância aos moralizado-res Grupo e Autoridade do que a Dano e Justiça.

Tá bem, o teste foi feito com es-tudantes, a garotada cheia de hor-mônios e disposta a mudar o mun-do nem que seja na porrada, e não com senhores como eu.

E descobri que se me basear nos moralizadores de Haidt, sou de esquerda.

Vou ter de prender meu elefante.

O ginete e o elefante

Feijão caroA combinação perfeita do prato brasileiro está salgada e pode ficar ainda mais puxada. O fei-jão, companheiro do arroz na alimentação diária do brasileiro, apresentou alta de 39,27% no preço, nos últimos 12 meses, de acordo com o Índice Nacio-nal de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em relação ao mês de abril, a variação foi de 3,91%. Segundo o presidente

Formação continuada

Frio & Moradores de rua

“Educação em Valores, De-senvolvimento Humano e Cultura da Paz”, será a forma-ção continuada oferecida aos profissionais da educação das escolas públicas entre julho e novembro de 2016. A formação está sendo orga-nizada pela Secretaria de Estado da Educação, pelo Ministério Público Estadual e pela Arcelor Mittal. Serão ofertadas 600 vagas. E para divulgar a formação, a Sedu organizou um encontro com

O prazer da leituraPassageiros da Viação Joa-na Darc em Linhares vão po-der aproveitar a viagem len-do uma resenha, isso porque a empresa lançou no meio da semana a campanha “A Leitura é uma Viagem”, uma parceria com o projeto O Prazer da Leitura. Quinta--feira, 16, membros do pro-jeto e colaboradores da em-presa, fizeram a entrega das primeiras resenhas dando início a campanha. A ação consiste na distribuição den-tro dos ônibus de resenhas de livros de literatura. A equi-pe do projeto vai elaborar as resenhas de livros, que constam na Biblioteca Pú-blica Municipal, de diversos temas como romances, crô-nicas, contos, poemas, po-esias. Serão entregues 500 resenhas por semana, que serão distribuídas pelos co-laboradores da Joana Darc. As resenhas começam a ser entregues, semanalmente, a partir da quinta-feira, dia 23.

Cansados de esperar uma ação da Prefeitura de Linhares, alguns moradores do bairro Nova Esperança se organizaram e começaram a realizar a reforma da praça local. Os moradores compraram os materiais e estão fazendo o papel que era do poder público.

O mutirão, composto por membros da Igreja Batista do Nova Esperança, comerciantes locais e moradores, que ajudaram com recursos financeiros ou mão de obra, tem realizado o conserto de bancos e abrigos, antes destruídos pela ação do tempo e de vândalos.

O pessoal da Secretaria Munici-pal de Assistência Social reforça os seus serviços de ajuda a mo-radores em situação de rua de-vido às quedas de temperatura registradas nestes últimos dias. O Espírito Santo tem tido os dias mais frios do ano nas últimas se-manas. Equipe formada por edu-cadores sociais está abordando as pessoas que têm usado as ruas como moradia em Linhares. O objetivo é ajudá-las a retornar para suas cidades de origem ou, no caso de linharenses, acompa-

nhar cada caso por meio de in-serção na rede de serviços socio-assistenciais. Quem quiser pode doar roupas de cama, cobertores e roupas femininas e masculi-nas. Basta levar as doações até a Casa. A comunidade também pode ajudar entrando em conta-to com os órgãos de assistência para avisar sobre pessoas em si-tuação de rua. Os telefones são o 3371-1732, do Centro de Referên-cia Especializado de Assistência Social, o CREAS; e o 3371-1466, da Casa da Acolhida.

Corrupção na políticaA corrupção na política brasileira estampa as ca-pas dos principais jornais nacionais e internacionais desde o início da operação Lava Jato. Nesta semana, a Câmara dos Deputados criou uma Comissão Es-pecial destinada a discutir as 10 medidas de combate à corrupção apresentadas pelo Ministério Público Fe-deral. O deputado federal Sergio Vidigal (PDT-ES) é o primeiro capixaba con-firmado como membro da comissão. As propostas que serão discutidas pelos deputados receberam mais de 2 milhões de assinatu-ras de apoio da população foram entregues ao Con-gresso no fim de março e, desde então, estavam à espera de que a comissão fosse criada para começar a analisar o texto. O grupo de trabalho será composto por 30 integrantes titulares e 30 suplentes. O ato de criação será lido no plená-rio da Câmara na sessão da próxima terça-feira.

os diretores das escolas dos municípios de Cariacica, Via-na, Vila Velha, Vitória e Serra, nas próximas segunda, 20, e terça-feira, 21, no auditório do Centro Estadual de Ensino Médio em Tempo Integral São Pedro, em Vitória. Além disso, os convidados participarão de duas WEB conferências, para ampliar as informações junto à equipe das escolas, Superintendências Regionais de Educação (SER) e gerên-cias da Sedu.

Moradores reformam praça do bairro Nova Esperança

da Federação da Agricultura do ES (FAES), Júlio Rocha, o preço do feijão foi fortemente impacta-do pela mudança de temperatu-ra. “O feijão é um produto tradi-cional e largamente consumido. O clima mais ameno propicia o consumo em pratos diversifica-dos. Em contrapartida, a tempe-ratura mais baixa prejudica a se-mente, diminuindo a produção e aumentando a demanda”.

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O PIONEIRO10DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

| CIDADE

| O PIONEIRO NOS BAIRROSRedação O [email protected]

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Projeto envolve bancários e moradores de Regência

Ívina Ferreira

A enchente do Rio Doce, evento cíclico que ocorre entre dezembro e janeiro, é sinônimo de fertilidade nas áreas ribeirinhas de Regência, porém, este ano, foi sinal de triste-za para a comunidade. “Quando vem a enchente é bom porque a terra fica ainda mais fértil, mas por causa dessa lama, tem sete meses que a gente não produz nada”, re-velou seu Nilton, pescador e agri-cultor local, fazendo referência aos

impactos da lama tóxica que atingiu a vila após o rompimento da bar-ragem da Samarco, em Mariana (MG), que escoou pelo Rio Doce 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério.

A história de seu Nilton é seme-lhante à de outros moradores com quem bancários puderam trocar experiência, no último fim de sema-na, durante a edição do projeto “Pé na Estrada”. Foram dois dias de ati-vidades socio-ambientais e cultu-rais na Vila de Regência, realizadas

pelo Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários-ES) em parceria com o movimento Re-gência Viva, que propõe uma “ati-vação” permanente na vila através de vivências culturais e ecológicas, do resgate das tradições nativas e da prática do turismo sustentável.

Dentre as atividades desen-volvidas pelo grupo estão trilha e manejo sustentável, mutirão para plantio de mudas numa ação de reflorestamento, registro fotográfi-co de pássaros da região, além de apresentação teatral e musical. A diretora de base do Sindicato em Linhares, Kerley Herculano, falou sobre a necessidade de se solida-rizar com a luta da população de Regência.

“Como categoria bancária e como classe trabalhadora, temos a preocupação de estar engaja-dos nesse movimento em defesa do Rio Doce e pelos direitos dos afetados. Fomos todos, direta ou in-diretamente, impactados por essa tragédia, portanto essa é uma luta nossa também. Por isso viemos trazer nossa solidariedade e força a essa comunidade”.

PÉ NA ESTRADA

Níveis tóxicos da água causam receio Sem poder pescar e sem

fonte limpa de captação de água para o cultivo, seu Nil-ton, morador de Regência há mais 30 anos e pai três filhos, teve as duas fontes de renda – agricultura e pescaria – subs-tituídas pelo cartão de auxílio da Samarco, que cobre ape-nas um terço da renda fami-liar que tinha com o trabalho autônomo. Hoje, com o cla-reamento parcial da água do rio, ele tenta aos poucos re-tomar a produção agrícola na pequena porção de terra que possui, ainda receoso sobre os níveis tóxicos da água.

A preocupação de seu Nil-ton é pertinente. “O fato da presença de metais ser me-nor nas amostras não sig-nifica que eles estejam em baixa concentração. Dos 18 metais que foram analisados, por exemplo, supõe-se que o ferro e o alumínio estejam no fundo do rio. Com o passar do tempo a água vai clareando, mas esses metais vão se se-dimentando e podem ser res-suspensos por vários fatores, tornando-se novamente fonte de contaminação”, explicou Gabriel Riva, membro do Fó-rum Capixaba em Defesa do

Rio Doce.Ainda sobre os riscos de

contaminação, Riva comple-mentou: “Esses metais não são depurados por nenhum ser vivo, eles são acumula-dos. Por isso, a contaminação deve ser pensada a médio e longo prazo, compreendendo um processo de acumulação. Levando em conta uma cadeia alimentar, por exemplo, os ca-marões que vivem lá no fundo são mais diretamente atingi-dos, depois os peixes e, por consequência, nós. O ser hu-mano então vai cumular todos esses níveis de contaminação, mesmo que, nas análises da água, a concentração de me-tais apareça menor. É um pro-cesso de bioacumulação”.

Para os moradores, a Sa-marco tenta mostrar que tudo já voltou à normalidade, mas sete meses após a tragédia, a realidade local ainda é cheia de problemas, insegurança e falta de assistência. “A nossa água está ‘esculhambada’, en-ferrujada e esquisita. Todos nós estamos comprando água para beber. A Samarco veio aqui, fez uma maquiagem e foi embora. A gente não sabe o que fazer”, disse dona Rosa.

“O problema da água é gritante. Água é um direito universal básico, portanto, é inaceitável que as pessoas não tenham água para lavar roupa, limpar a casa, para beber. É um problema sobre o qual precisamos nos de-bruçar, porque em breve será uma realidade vivenciada em todas as regiões. A água não pode se tornar uma mercado-ria disponível apenas aos que podem pagar por ela”, afirmou Lucimar Barbosa, diretora de Cultura do Sindibancários-ES.

“Quando a lama chegou, várias organizações que tra-balham com o meio ambiente vieram aqui, inclusive a minis-tra do Meio Ambiente à época, mas nenhuma deu respostas à comunidade. Prometeram que iriam articular informações, e nada. Eles não querem ter re-lação com a comunidade”, re-latou Diego Roldão, membro do Regência Viva.

“A Samarco maquiou tudo, mas a população está larga-da, abandonada. Não temos nenhum apoio da empresa e do governo”, afirmou indignada Thalena Pereira, nativa da vila e que também está envolvida em movimentos de resistência.

Luta contra o poder econômico e políticoGabriel Riva salientou o de-

safio de construir uma luta que se opõe a interesses de grandes corporações econômicas e com grande influência nas instituições políticas brasileiras. Para ele, o caminho está na organização po-pular e na ação unitária e coletiva.

“Estamos diante de uma das 10 maiore mineradora do mun-do, a BHP Billiton, e da Samarco, que também é uma gigante. Além disso, temos o governo federal e os governos estaduais de Minas e Espírito Santo. Esse grupo de empresas rés e nossos ditos re-presentantes públicos fizeram um ‘acórdão’ onde trataram da

negociação de nossos direitos, a negociação do direito à saúde e à vida. A sociedade não está diante de um adversário qual-quer”.

“Por isso, nossa ação jamais pode ser solitária, deve ser sem-pre coletiva. A gente não pode pensar como indivíduo, tem que pensar como coletividade. Se não for assim não vamos ganhar de multinacional e dos outros pode-res envolvidos”, concluiu Riva.

No próximo dia 29, conforme Riva, uma audiência pública será realizada na Assembleia Legisla-tiva do Espírito Santo (Ales), em Vitória, para debater o acidente.

Fórum Capixaba em Defesa do Rio Doce O Fórum Capixaba em Defesa do Rio Doce foi criado logo após o desastre, reunindo cerca de 80 entidades da sociedade civil para discutir ações em torno do tema. Em articulação com a população das cidades de Baixo Guandú, Colatina e Regência, tentam for-mar comitês locais para dar voz às comunidades ribeirinhas e co-brar ações mais efetivas do po-der público, tanto relacionadas à assistência e à garantia de direi-tos dos atingidos, quanto à puni-ção dos responsáveis.“Quando a gente olha para a TV, para o jornal, a gente não

vê esse assunto sendo tratado como deveria, ou seja, como o maior desastre sócio-ambiental da história do país. Estamos fa-lando de 19 pessoas mortas e 300 famílias desabrigadas. Fo-ram 50 milhões de metros cúbi-cos de lama de rejeito derrama-dos em 663 quilômetros de rio e no mar, atingindo três unidades de conservação marinha. Quer dizer, é um desastre de propor-ções colossais. E só no Brasil existem cerca de 600 barragens de rejeitos semelhantes às que romperam em Mariana e em São Bento”, denunciou Riva.

Sérgio C

ardoso

Regência recebe Projeto Andoriar

A presidente da Associa-ção de Moradores de Regên-cia, Helenita Souza Teixei-ra, juntamente com a aluna Adriely, viajou recentemente a São Paulo para visitar o Colégio Sidarta, em Cotia, e participar da festa junina com a venda de artesanatos da vila.

Segundo Helenita, a visita faz parte das ações do Proje-to Andoriar, que será promo-vido no dia 23 de outubro com a realização de atividades vo-luntárias para transformar os espaços da comunidade.

“O projeto está agendado

para o mês de outubro e se-rão seis dias de trabalhos na vila. As ações estão sendo definidas e em breve divul-garemos. Vamos iniciar a lis-tagem de voluntários e quem se interessar, pode nos pro-curar”, disse Helenita.

As camisetas do Andoriar estão sendo confeccionadas pelo Projeto Tamar, a organi-zação e execução das ações serão feitas junto à Associa-ção de Moradores de Regên-cia e os momentos de cultura e lazer da revoada das ando-rinhas, ficarão por conta da Regência ECOTUR.

Page 11: O PIONEIRO 19 DE JUNHO DE 2016

O PIONEIRO

DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

11INDICADOR PROFISSIONAL |

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Page 12: O PIONEIRO 19 DE JUNHO DE 2016

O PIONEIRO12DOMINGO, 19 DE JUNHO DE 2016

| DENIDeni Almeida da Conceiçã[email protected]

| SOCIEDADE

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Aline Petter

Falta uma fiscalização mais enérgica para evitar que mo-toristas desavisados parem, com frequência, em fila du-pla no centro de Linhares.

Mais de 40 expositores par-ticiparão na Móvel Show 2016, que vai acontecer no

Curtas II

Ainda não é animador o clima para os lojistas do Shopping PatioMix, onde mais duas lojas fecharam as portas nos últimos dias e outras estudam trilhar o mesmo caminho.

O Museu Mello Leitão, em Santa Teresa desde ontem está com as portas fechadas para visitação pública, por dificuldades financeiras. Uma pena.

Mary e Carlos Junior Helmer foi outro casal que marcou presença na festa de aniversário de Conrado Bortot, na Fazenda Santa Luzia, em Jacupemba.

Na próxima quarta-feira, 22, estará acontecendo a solenidade do 6º aniversário do 12º BPM e PMES, às 15 horas, no Cerimonial Coliseu, no bairro Shell.

período de 11 a 14 de julho, no Pavilhão de Carapina, na Serra.

O provedor do Hospital Rio Doce, Ilson Alves Pessoa vem fazendo ali um bom tra-balho.

O médico e pecuarista Nabih Amim El Aouar, presidente da Associação Capixaba dos Cria-dores de Nelore do Espírito San-to, informou que o 3º Simpósio de Integração da Macroregiao Três Fronteiras - Minas Gerais/Espírito Santo/Bahia de Pecuá-ria Bovina, vai ser realizado em

Simpósio de IntegraçãoCarlos Chagas, MG, no Parque de Exposições da cidade, dias 15 e 16 de julho, com o tema: “Crise Hídrica”, numa realização do Nelore Capixaba com apoio do Sindicato dos Produtores Rurais de Carlos Chagas. Nabih salienta a importância do evento para a agropecuária da região.

O Festival Nacional de Forró de Itaunas, em Conceição da Barra, tem mais de 50 inscri-ções. O evento vai acontecer dias 16 a 23 de julho e muitas pousadas já não têm mais dis-ponibilidade para o período.

Muita gente tirou o agasalho do armário durante a sema-na, e as lojas também apro-veitaram para vender seus estoques de roupas de frio. É bom frisar que o Inverno começa oficialmente nesta segunda-feira, 20.

A entrega de nomes de polí-ticos que o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado só agora entregou aos inves-tigadores da Operação Lava a Jato, mostra o seu caráter. Por quê não fez isso quando estava no comando da em-presa para mostrar sua res-ponsabilidade como gestor público?

Martinha e Walter José Piana têm uma casa alugada o ano inteiro em Pedra Azul, onde passam quase todos os finais de semana, sempre com al-guns convidados. Expovinhos

O 8º Salão Internacional do Vi-nho de Vitória, a Vitória Expovi-nhos, acontece dias 22 e 23 e terá pelo menos mil e duzentos rótulos para degustação, com

palestras de especialistas, no Centro de Convenções, em Santa Lúcia. Muitos dos enófi-los linharenses marcarão pre-sença.

“As pessoas viajam para admirar a altura das montanhas, as

imensas ondas dos mares, o longo percurso dos rios, o vasto

domínio do oceano, o movimento circular das estrelas, e no

entanto elas passam por si mesmas sem se admirarem.”

(Santo Agostinho)

Bom dia, Antonio Edito Gava

Curtas

Divulgação/Instagram

Américo Pereira da Rocha, Eminente Grão Mestre da Maçonaria do GOB-ES, no Plenário "Ulisses Guimarães", sexta-feira, 17, em Brasília, na sessão comemorativa aos 144 anos do Grande Oriente do Brasil

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Rose Bortot com o neto Contado, que festejou primeiro aniversário