o perfil do novo corretor de imóveis no brasil
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Excelente matéria do jornal O Estado de São Paulo sobre o perfil do novo corretor de imóveis.TRANSCRIPT
5/13/2018 O perfil do novo corretor de im veis no Brasil - slidepdf.com
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O QUE DISSERAM
G Levantamento do sistema Cofeci-Creci com 22.383 profissionais mostra o perfil dos corretores brasileiros em 2011
INFOGRÁFICO/AEFONTE: SISTEMA COFECI-CRECI
Média de filhospor região
Escolaridade
2
1,6
NORDESTE
SUDESTE
CENTRO-OESTE
SUL1,5
1,5
NORTE
2,1
Fundamental completo
Ensino médio completo
Superior completo
Pós-graduação
Não informaram
1,6
34,6
48,6
14,9
0,3
EM %
52,4MULHERES
HOMENS
MULHERES
HOMENS
46,7
11,1
16,5
56,8%são casados
77,5%têm atédois filhos
57,3%não têm filhosem idade escolar
68%estão inscritos há menosde 10 anos no sistema
77%atuam como autônomos
O que acham?
Onde investem?
Idade, no momento da inscriçãono Sistema Cofeci-CreciEM %
9 Entre18 e 29
19 60 anosou mais
19 Entre30 e 39
26 Entre40 e 49
27 Entre50 e 59
EM %
Estão satisfeitos com a profissão
Estão muito satisfeitos
São indiferentes
Estão insatisfeitos
Estão muito insatisfeitos
Não informaram
51,1
21,3
5,1
12,1
1,6
8,8
47,7%na poupança
38,3%compramimóveis
Homens
67,3%
Mulheres
32,7%
● O maisrecentePerfil dosCor-
retoresde Imóveise Imobiliá-
riasdo Brasil,realizadono ano
passado, utilizou como base de
pesquisao cadastro de trabalha-
dores de agostode 2010 no Cofe-
ci,que naépoca contavacom
163.472inscritos.
A amostra do levantamento
correspondeu a 13,7% do total deprofissionais. Todosos 22.383
corretores consultadospela pes-
quisa tinham ao menos dois nú-
merosde telefone – umfixoe um
móvel – paragarantir a coleta
dosdados,realizada exclusiva-
mentepormeio telefônico. As
entrevistas foram feitas em dois
turnos,12 horaspordia atéo es-
gotamento do cadastro.
A distribuição da amostra res-
peitou, segundo os organizado-
resdo levantamento,a represen-
tação dosinscritosnas regiões
brasileiras. A pesquisa teminter-
valode confiança de95%,com
5,5pontos porcentuais demar-
gemde erro.
“A maiordificuldade revelou-
sena obtençãode dados sobre asituação financeira dos entrevis-
tados.Nosdemais casos, a recep-
tividadeao trabalho foiexcelen-
te”, dizo Cofeci.
GustavoColtri
Eles estão mais preparados,mais jovens e menos desiguais.Enquantoaparticipaçãofemini-na e a escolaridade crescem en-treosmaisde160milcorretoresespalhadosportodooPaís,aida-demédiadessesprofissionaises-tádiminuindo.Osdestaquesapa-recem na edição 2011 do PerfildosCorretoresdeImóveiseImo- biliárias do Brasil, iniciativa doSistema Cofeci-Creci divulgadoem primeiramão peloEstado.
Este é o terceiro levantamen-to realizado pela entidade fede-ral responsávelpela fiscalizaçãoprofissional da corretagem deimóveis. As outras duas pesqui-sas do gênero foram feitas em2005e 1995respectivamente.
“A partir de 2004, tivemosuma mudança muito grande nomercado com a chegada dos fi-nanciamentos. Houve um saltoqualitativo e quantitativo nosprofissionais”, diz o presidentedoConselhoFederaldosCorre-tores de Imóveis (Cofeci), JoãoTeodoroda Silva.
Para o presidente da Associa-çãoBrasileiradeDefesadosCor-retoresdeImóveis(ABCI),Fran-cisco Zagari, há 42 anos no mer-cado,amaiorpartedosnovostra- balhadores entrou no mercadoporeuforia.“Sãocorretores queficamnos plantõesde vendas.”
Quase 70% dos inscritos nosconselhos regionais, de acordocom a pesquisa, estão há menos
de10anosnaatividade,eapenas16%têmvínculoshámaisdedezanosemenosde20.
Escolaridade.Os profissionaisque se declararam com ao me-nos formação superior passa-ram de 51% em 2005 para 53,5%no levantamento do ano passa-do–casodocorretorpaulistaJo-séAntônioMacedoRodrigues,oEverton.Depoisdeumavidade-dicada ao comércio exterior naaviação civil, eleenveredou pelacorretagem – antes no mercadode seguros e, desde julho de2011,no de imóveis.
“Pretendoseguirnaáreaores-to da minha vida. Na realidade,não é uma profissão que limitapelaidade”,diz. Aos 55 anos, eleintegra o grupo mais numerosode profissionais na área: 53% de
todososcorretoresouvidospela
pesquisa tinham entre 40 e 60anos no momento de inscriçãonos conselhosregionais.
Mudanças. A idade média des-ses trabalhadores entre 2010 e2011ficouem39anos,doisame-nosdoqueoresultadoobtidoen-tre2000e2009,segundooCofe-ci.Adiminuiçãodafaixaetárianacategoriatemsidotendên-cia nos últimos anos. “Hoje,hápessoasquevêmreceberautorizaçãodoCreciaos18anosdeidade.Paraelas,es-sa é a primeira profissão,uma opção de vida. E issopuxa a média para baixo”,diz o presidente do Conse-lho Regional de CorretoresdeImóveisdeSãoPaulo(Creci-
SP),JoséAugustoViana Neto.Os homens ainda dominam a
corretagem, mas a presença fe-minina cresceu desde 2005. An-teselasrepresentavam21%deto-dosdosprofissionais.Hoje,che-gamaquase33%.
VianaNetoacreditaqueapos-turaatenciosadasmulheresdáaelas vantagem nas vendas deimóveis. Em 8 de março, dia in-ternacionalda mulher,a entida-depaulistarealizaráumacerimô-niaparaaentregadeinscriçõesaalunasdocursotécnicoemnegó-ciosimobiliários–necessáriopa-ra a regulamentação trabalhistana atividade.
Sete em cada dez profissio-naisem atividadedo Paísatuam
como autônomos, ou seja, nãotêm vínculo empregatício tradi-cional – essa é uma característi-ca da categoria e, em geral, nãocausa descontentamentos.
“Éfatoque,nomercadodeho- je,muitoscorretoresachamquetêm que ter carteira, mas tradi-cionalmenteo corretor quer es-tar livre. Quando se coloca umsalário,limita-seo ganho”,diz opresidentedo Creci-SP.
A maior parte dos profissio-nais mostra-se satisfeita com asperspectivas profissionais daárea.Aaprovaçãosuperaos50%entre os corretoresconsultadosna pesquisa. Mesmo com o oti-mismo,osrepresentantesdacor-retagem ainda enxergam desa-fios:“Temosdeconsolidarapro-fissão no âmbito da sociedade”,dizViana Neto.
As transformações pelas quaispassam a categoria profissionaldos corretores são ainda maisacentuadasemSãoPaulo,maiormercado de imóveis do País. OEstado tem cerca de 115 mil ins-critos no Conselho Regional deCorretores de Imóveis de SãoPaulo (Creci-SP) – cerca de 85mildeles atualmente ativos.
EnquantonoBrasilquase64%sedeclararamcomensinosupe-rior ou pós-graduação, em São
Pauloonúmerochegaa82%,se-gundo o conselho estadual. “Omercado tem chamado muito aatenção, e o pessoal de outrasprofissõestentaaproveitar”,dizo presidente do Creci-SP, José AugustoVianaNeto.
O rejuvenescimento da cate-goria, tendência no mercado,deacordo com representantes daatividade,ocorredeformaacen-tuada nas fronteiras paulistas.“Aqui em São Paulo, a média dafaixa etária é de 43 anos. Há dezanos,afaixaetáriaerade53anos.E o número de jovens é muitogrande no mercado”,diz.
Oporcentualdemulherespau-listas na massa profissional doEstado, segundo Viana Neto,mantém-seestável em a aproxi-
madamente30% há alguns anos–muitopróximoaoresultadoal-cançado no último levantamen-to federal,em 32,7%.
Alémdisso,arendamédiaporaqui, de acordo com a entidadeestadual é de dez salários míni-mos,odobrodoqueganhamaisdametadedosprofissionaisbra-sileiros(vejao gráfico).
Desconectados. Mesmo namaior metrópole do Brasil, oscorretores locais acompanhama tendência do País. No Estudodo sistema Cofeci-Creci, 40,6%diziam participar de redes so-ciais. “A atividade da correta-gemrequerumcomportamentodesigiloabsolutosobreosdadosnonegócio”,explicaVianaNeto.
Qualificação superior no Estadochega aos 82%, estima Creci
Corretor está mais jovem e escolarizadoPerfil da categoria, realizado por conselho federal de fiscalização da atividade, mostra que área está cada vez mais profissionalizada
NILTON FUKUDA/AE
Reportagemdecapa
DANIEL TEIXEIRA/AE
Estudocontoucomaparticipaçãode13%dacategoria
Everton.Está entre os53%que têmidadeentre 40e 60anos
Maioria.Mercadopaulistaconcentramaisda metadedosprofissionais regulamentados
SãoPaulo também vêacelerado processo derejuvenescimento na
média etária dosinscritos no ofício
%HermesFileInfo:Ci-3:20120226:
CLASSIFICADOS O ESTADO DES. PAULO
DOMINGO,26DE FEVEREIRODE2012 Imóveis 1 a e i uo 3