o paradoxo da fotografia digital em preto e branco – parte 1 _ fotografia em palavras.pdf

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    Fotografia em Palavras

    visões sobre a prática fotográfica, por Ivan de Almeida

    O Paradoxo da Fotografia Digital em Preto e Branco –

    parte 1

    with 24 comments

    O Paradoxo da Fotografia Digital em Preto e Branco

    Parte 1 – A estética PB, origem e características.

    van de Almeida

    novembro de 2010

    https://fotografiaempalavras.wordpress.com/

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    Tradição vem do latim traditione , significando transmitir. A palavra ainda tem esse uso no ramodo Direito ‑na venda de um objeto fala‑se da tradição, ou seja, dele ser entregue a um novodono. No campo das atividades humanas, todas as atividades que duram por um períodohistórico são tradições também. Arte, filosofia, ciência, fotografia, etc. Em todas essas atividadesseu passado transmite valores e rumos aos novos praticantes (ou aos praticantes atuais) e eles aoproduzirem coisas novas mantém diálogo com o passado.

    Isso não significa estagnação, mas sim que os fotógrafos ou os representantes de qualquer outratradição recebem do passado um conjunto de resultados, práticas, pensamentos, e, quandocriam, seja por continuidade, seja por citação, seja por oposição, referenciam‑se nesse passado.Uma tradição como a fotografia mantém tensão entre conservação e renovação , e todos osfotógrafos vivem essa tensão. Cada um busca seu particular ajuste entre conservar e inovar. Asinovações são ou não acolhidas como válidas pela comunidade fotográfica, e, quando acolhidas,passam a ser a tradição de amanhã.

    Como essa tradição é gerada? Pois bem, normalmente nas tradições que são práticas sociaiscomo a fotografia, a filosofia, as artes, há um marco inicial onde certas coisas são fixadas, coisas

    relativas às condições de início. Essa fixação, bem ou mal, mantém‑se historicamente comonúcleo daquela tradição. No caso de uma prática artístico‑tecnológica, como a fotografia, ascondições tecnológicas do início contribuem enormemente para a delimitação desse núcleo datradição, e no caso da fotografia a fotografia em Preto e Branco foi durante muitos anos a únicafotografia possível, práticável.

    Assim, por uma contingência tecnológica, a primeira linguagem fotográfica desenvolvida foi ada fotografia em Preto e Branco. Ela desenvolveu‑se junto com a própria fotografia, junto com adescoberta dos assuntos da vida humana como bons assuntos, junto com o desenvolvimento danarrativa fotográfica. Não me acho imprudente ao dizer que o estoque das fotografias em Preto eBranco ainda constitui o principal referencial de imagens, narrativas, modelos históricos e desoluções formais para os fotógrafos modernos, os quais, entretanto, estão condenados àprodução atual ser inerentemente em cores. Os fotógrafos modernos, tiveram a eles transmitidoo bastão da fotografia, e nessa transmissão (tradição), receberam um modelo que foi gerado, empartes muito importantes dele, pela fotografia em Preto e Branco.

    Quando o fotógrafo contemporâneo produz em Preto e Branco, quando ele faz das suasfotografias digitais cópias em Preto e Branco, ele está dialogando com essa tradição históricanascida de uma limitação tecnológica. Não é sem motivo que ele busca fugir da aparência de

    “preto e branco digital”, que ele por vezes até adicione o ruído que nos tempos da película eraum efeito dos grãos mais grossos e sensíveis das emulsões, e agora são usados como citaçõesmiméticas. Um das motivações da fotografia digital contemporânea é a mimética da fotografiaclássica, como veremos a seguir.

    Conquanto, em minha maneira de ver, a mimética nesse sentido de imitar até os defeitos nãoseja uma boa solução, o referenciar‑se na fotografia clássica em PB é inevitável . Seja pelapressão da tradição, seja pela estética do PB que tem condicionantes próprios, ao fazermos PBatualmente estamos nos remetendo a um diálogo com aquilo desenvolvido pela fotografia emsua época clássica.

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    2) Desenho e Pintura e a fotografia em PB e em cores.

    Por certo lado, também, a tensão existente entre a fotografia em Preto e Branco e a fotografia emcores repete a tensão que já havia nas artes representativas entre o desenho e a pintura.Evidentemente, grande parte das obras tem características mistas de desenho e de pintura, emalgum grau são desenho e pintura ao mesmo tempo (em doses variáveis), conquanto hajaartistas puramente pintores como o Monet , e outros com vasta obra de desenho explícito, comoo Albert Dürer (embora também tenha pintado). Grosso modo, o pintor é um colorista, para eleos valores das cores são mais importantes do que os valores de contornos das figuras, e odesenhista, ao contrário, busca os valores de contorno. Poderíamos dizer que o desenhista lidacom linhas, perímetros e texturas, o pintor com superfícies coloridas.

    Essa diferença aparece igualmente na fotografia. A fotografia em preto e branco busca ressaltar ocontorno das figuras, a relação figura/fundo, o desenho da cena, enquanto a fotografia em coresem sua forma mais livre lida com superfícies coloridas. A fotografia em PB lida com contrastestonais e fotografia em cores lida com contrastes de matiz.

    Voltando aqui à tradição, o desenvolvimento da fotografia em Preto e Branco ‑não uma escolha,mas uma injunção tecnológica histórica‑ fez a fotografia aproximar‑se dos valores do desenho ,quais sejam os valores de magnificação dos contrastes entre partes, de definição dos contornos,de contraste entre tons. Filtros coloridos, visavam produzir e aumentar a quantidade dedesenho de uma fotografia , modificando as relações de contraste entre matizes de intensidades

    semelhantes.

    Assim, mesmo o efeito da granulação ia ao encontro do desejo de desenho na fotografia,tornando mais agudos os contrastes, reforçando a textura de desenho mesmo quando não atextura do objeto retratado. Assim se foi construindo uma estética do Preto e Branco, uma

     

    http://www.masterworksfineart.com/inventory/durer/original/durer2107.jpghttp://www.hoanglongart.com/images/picture/monet003_1_.jpghttps://fotografiaempalavras.files.wordpress.com/2010/11/05370002.jpg

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    estética de construção recursiva porque, a partir da identificação pelos fotógrafos do tipo dacoisa favorável de se fazer, as emulsões produzidas fariam mais ou menos sucesso e, por suavez, iriam gerando novos aprofundamentos na mesma abordagem que favoreciam. É notávelcomo é minoritário o ramo das fotografias em PB de baixo contraste.

    O resultado disso tudo, das injunções tecnológicas de início, das oportunidades que essasinjunções geravam e daquilo que dificultavam, do acostumarem‑se os fotógrafos com as

    possibilidades lingüísticas da tecnologia e disso gerar, por sua vez, novos requisitos para asemulsões aprofundadores dessa linguagem, veio sendo formando esse conjunto da fotografia emPreto e Branco clássica. O filme fotografava em PB, então era mister desenvolver a estéticapossível a partir disso, a qual é derivada (transmitida) daquela já desenvolvida para odesenho.

    Os filmes coloridos criaram novas possibilidades, mas a essa altura já havia um acervo muitopoderoso de fotografias em PB, e os fotógrafos não migraram completamente para o colorido, eessa, durante muito tempo, foi vista até com preconceito.

    3) A captura digital é inerentemente colorida.

    Porém, a fotografia digital veio trazer uma coisa completamente nova… A captura é colorida. Acaptura é colorida por uma injunção tecnológica, da mesma forma que nas primeiras décadasda fotografia a captura era em PB por uma injunção tecnológica.

    Mas essa nova injunção não é igual à primeira. A primeira era uma injunção em solo virgem.Não havia passado, tudo era a se inventar. Não havia tradição, nada era trazido do passado, afotografia era nova e todas as soluções novas. Agora, porém, há um passado, um passado

     brilhante, notável. Um passado que não se pode ignorar, e uma parte enorme desse passado é

    em Preto e Branco.

     Já sem a injunção tecnológica, e ao contrário, usando uma tecnológica que é injuntiva emsentido contrário , o fotógrafo da atualidade recebe a transmissão dos valores formais e dassoluções desenvolvidas sob outra moldura injuntiva, e vê‑se em uma situação razoavelmentedifícil: basicamente essa situação começa na pergunta: Devo ou não fazer fotografia em Preto eBranco, se fotografo em cores? Sendo uma pergunta sobre a validade de transformar umafotografia, de certa maneira deturpando sua natureza.

    Neste ponto, a fotografia em Preto e Branco digital toca a grande questão da fotografia digital: afotografia digital não é uma fotografia predefinida. A rigor uma foto digital capturada em RAWtem uma faixa de respostas possíveis, de possibilidades, em cores, em tons, em exposição, e nãohá uma verdade inerente da captura como há em um cromo. Querendo ou não, o fotógrafo fazescolhas e essas escolhas definem uma imagem de saída. Uma das famílias das escolhaspossíveis é a família das fotos em Preto e Branco.

    Ora, essa condição de ser obra cuja definição é posterior à captura não é afastável. Não dá para ofotógrafo digital refugiar‑se em uma baía abrigada na qual não precise escolher, a menos querenuncie a outras tantas coisas da tecnologia digital. Essa escolha é inerente ao processo. Nesse

    sentido, escolher a saída em PB é tão válido quanto escolher qualquer outra saída. Porém,enquanto as outras saídas mal se referenciam na tradição da fotografia colorida, uma vez que taltradição não chegou a formar um modelo tão pregnante, a saída em Preto e Branco dialoga coma fotografia clássica feita em película. E o fotógrafo, ao definir a fotografia, querendo ou não,referenciar‑se‑á nessa tradição.

     

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    Há, vejo isso em mim e nos fotógrafos cujos trabalhos acompanho através da rede, três atitudesbásicas referentes a essa relação entre a produção de PB digital e a tradição de PB vinda dapelícula. Elas são: mimética , desenvolvimento e novas possibilidades.

    Mimética é a tentativa de evocar a aparência das fotos em PB clássicas. Desenvolvimento é ouso de certas técnicas já existentes na tecnologia da película, mas muito mais facilmente

    realizadas a partir da imagem digital. Novas possibilidades são abordagens que, embora

    parecidas com aquelas da modalidade Desenvolvimento, são somente permitidas a partir doarquivo digital.

    Nenhuma delas acontece sozinha. Mesmo na mimética a nova tecnologia obriga à adoção denovas atitudes. Na prática acontece uma dosagem das três coisas com preponderância de umadelas.

    ————————————————————‑

    Este assunto desenvolver‑se‑á em dois artigos. Este primeiro tratou de certas premissas ocultas

    que governam a produção da imagem em PB, que a governaram e que continuam a governar, etratou de certos impasses atuais. O artigo seguinte versará sobre essas três abordagens –mimética, desenvolvimento e novas possibilidades‑ e sobre algumas questões técnicas a elasreferentes.

    ————————————————————‑

    Em 9 de fevereiro de 2011 fui questionado sobre o porque da fotografia digital serinerentemente colorida , visto nesse artigo ter assumido que o leitor conhece o processo decaptura digital corrente (sensores Bayer). Julguei ser útil acrescentar a explicação que postei em

    resposta em um fórum:É interessante essa questão, que vou tentar responder agora sobre a diferença essencial entre afotografia PB e a fotografia digital. Mas não é possível falar sobre isso sem ser técnico.

    Embora sensores digitais PB existam, isso significando sensor sem filtragem de cor diferencialpor pixel, os sensores usados por nós são matrizes de Bayer. Isso significa que cada pixel ésensibilizado pela luz previamente filtrada por uma só cor, verde, vermelha, azul . A voltagemgerada no pixel não é pela luz pura e simplesmente, mas pela luz filtrada por uma cor. Digamosque uma fonte luminosa com algum matiz incida sobre uma região do sensor atingindo pixels

    verdes, vermelhos e azuis (ou, dizendo de forma mais extensa, pixels com filtros dessas cores).

    Tomeando um desses pixels isoladamente, não podemos saber a intensidade da luz emitida pelafonte luminosa pela voltagem gerada nele. Saberemos apenas que no vermelho (se ele tiver filtrovermelho sobre ele) foi gerada tal voltagem. Aquele pixel, portanto, é um pixel que gera umavoltagem (voltagem não tem cor, por óbvio), mas tal voltagem é indexada à intensidade dovermelho contido no matiz da fonte de luz. Ele é monocromático, e não, como os filmes PB,Pancromático. Caso só os pixels vermelhos fossem aproveitados, não haveria ao final senão oequivalente a uma captura em película com um filtro absolutamente vermelho, e é impossívelmatematicamente fazer uma inferência tanto quanto ao matiz da fonte luminosa original

    quanto sobre a intensidade dessa fonte de luz. Uma luz puramente vermelha fraca faria nele omesmo efeito (voltagem) que uma luz forte predominantemente verde mas com ligeiroamarelado (ou seja, com um tiquinho de vermelho). De posse da voltagem gerada no pixel nãopodemos saber qual dessas luzes a gerou.

     

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    A resposta de voltagem em um pixel refere‑se a uma sensibilização de uma só cor. Pode sim serextraída do RAW (só os pixels vermelhos ou só os verdes, etc, como demonstra o GuillermoLujik em conversões não‑interpoladas h p://www.luminous‑landscape.com/forum/index.php?topic=39952.0 e aí sim teríamos um sensor “funcionando” em PB, porém ainda assim relativo auma filtragem de cor determinada, sem podermos saber de fato qual a intensidade da luz que osensililizou (ou seja, a intensidade no total do espectro).

    Porém não é isso que chamamos de captura em PB. Chamamos de captura em PB aquela que éreferenciada à intensidade da luz, independentemente do matiz no caso dos filmesPancromáticos majoritariamente usados. Alguém pode debater sobre esse equilíbrio, sobre oquanto é “fiel” e responsivo a todo o espectro, mas ainda assim um filme pancromático é muitodiferente da sensibilização filtrada por cor.

    Pois bem, veja que para termos a imagem em PB usando só um canal de cor tivemos de jogarpelo menos metade do sensor fora. Jogamos fora os pixesl verdes e azuis para aproveitar osvermelhos, e nada podermos inferir da luz verde ou azul a partir deles.

    Porém a imagem digital, fora desses processos de exceção que existem em artigos ou exemplosdemonstrativos mas não na prática, é uma fusão de vizinhanças monocromáticas cada umaindexada a uma cor. Mesmo para produzir uma imagem em PB é preciso primeiro obter asinformações das “casas” vermelhas, verdes azuis, porque só a interpolação dessas podereconstruir a informação de luminância de uma posição qualquer. Um pixel sozinho não temtal informação de forma completa. Um pixel sozinho tem apenas a informação de luminância deuma cor do espectro e não do espectro total.

    Então, isso significa que para termos uma imagem em PB digital antes é necessáriointerpolarmos matrizes monocromáticas, cada uma indexada a uma cor. Mesmo considerando

    que voltagem não tem cor, e que após a digitalização bit também não têm cor, os valores dasgrades são indexados a cores (a palavra indexado não é perfeita, mas não consegui uma melhorno momento) e não referenciados somente à luminância como em uma captura pancromáticaem cada pixel.

    Por isso é paradoxal a fotografia digital em PB, porque a fotografia digital nasce (nos sensores domundo real, ou seja, nos sensores Bayer) indexada às cores dos filtros que recobrem os pixels. Ainterpolação cromática ou demosaico não é uma opção, é obrigatória para obterem‑se osvalores de luminância de um ponto. Tornar‑se PB, portanto, seria como contrariar sua natureza

    primeva, seria como contrariar essa indexação. A imagem digital primeiro se faz colorida antesde se fazer PB, enquanto o filme PB faz‑se PB desde sempre.

    http://www.luminous-landscape.com/forum/index.php?topic=39952.0

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    Wri en by Ivan de Almeida

    2 de novembro de 2010 às 11:05 pm

    Publicado em Criação e Produção , Criação FotográficaTagged with Criação Fotográfica , fotografia e sociedade, questões da época para a fotografia

    24 Respostas

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    Ivan,Gostei muito desse tópico.Comecei a fotografar com as digitais e, embora goste muito do P&B, não consegui bonsresultados.Aguardo a continuação.Abraço,Daniel Esser

    Daniel Esser

    3 de novembro de 2010 at 12:23 am

    ResponderPenso, Daniel, que é preciso compreender a fotografia em PB, porque bem ou mal afotografia digital é uma continuação dela. Vou encarar a continuação, espero que para asemana.

    Obrigado.

    Ivan de Almeida

    3 de novembro de 2010 at 12:32 am

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    Se a captura não foi boa, colorida ou PB não vai ficar boa, pode melhorar via edição, mascontinuará deficiente. A discussão colorido/PB é infindável. Tem fotos que ficam muito bemem PB, outras pedem o colorido.

    Edmundo

    3 de novembro de 2010 at 1:19 am

    ResponderObrigado pelo comentário, Edmundo. É claro que a fotografia deve ser boa sempre, emPB ou em cores. Nem se discute isso…Abraços.

    Ivan de Almeida

    3 de novembro de 2010 at 1:25 am

    Responder

    Excelente artigo Ivan. Tem razao sobre a tradicao PB. Muitas vezes vejo fotos digitais PB quenao parecem PB justamente por estarem distantes do classico PB em filme, com seucaracteristico contraste e enfase nas formas, contornos, texturas.

    Fabio Yamauti

    3 de novembro de 2010 at 3:07 am

    ResponderObrigado, Fábio.

    Esse é exatamente o ponto do artigo. Não é o caso só de fazer uma fotografia em tons decinza, mas de seguir uma estética que já tem raízes fundas.

    Grande abraço

    Ivan de Almeida

    3 de novembro de 2010 at 10:51 am

    Responder

    Desculpe a falta de acentuacao. Estou escrevendo do celular.

    Fabio Yamauti

    3 de novembro de 2010 at 3:09 am

    ResponderBrilhante texto, Ivan – tem dois pontos que eu gosto muito aí: a transmissão da herançafotográfica e o caráter de gema bruta da fotografia digital. Muito se discute, mas apenas sedefendem idiossincrasias – sua abordagem clara e isenta é a primeira que vejo, despojada de

    afirmações tendenciosas e passionais.

    Grande abraço!

    Alex Villegas

     

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    3 de novembro de 2010 at 2:36 pm

    ResponderMuito obrigado, Alex.

    Brigam muito comigo quando falo da fotografia ser uma tradição, como se isso impedissea renovação. Acho que desta vez consegui explicar melhor isso de ser tradição e de haverinovação, ao mesmo tempo. Creio que vamos construindo as explicações em cadaconversa, e chega uma hora em que estão maduras.

    Outra é essa questão da fotografia digital… Ora, fotografo com UniWB, sobrexponho… afoto é em grande parte feita na conversão. Isto não é mais do que assumir totalmente asimplicações da tecnologia digital.

    O artigo complementar avançará nisso um pouco mais.

    Grande abraço,Ivan

    Ivan de Almeida

    3 de novembro de 2010 at 2:49 pm

    ResponderInteressante seu artigo Ivan. Tenho tendencia a gostar mais de fotografias ruidosas (por causade altos ISOs) em P&B. Talvez por essa estetica do P&B analogico. Claro que o resultado naoé o mesmo. Mas me parece que fica melhor que colorido. Afinal de contas, quando optamospela cor, nao buscamos cores desbotadas. Desta forma, em P&B perde‑se somente definiçãode linhas e curvas. Outra coisa que gostaria de te perguntar é a relação entre o P&B e aatemporalidade, ou seja, a fotografia em P&B seria menos agarrada a uma epoca especifica?Pelo menos para os leigos? Ja que mesmo em P&B existem diferentes esteticas com o passardo tempo?

    Savio

    4 de novembro de 2010 at 3:09 am

    ResponderObrigado pelo comentário, Savio;

    Certamente a suportabilidade do ruído no PB provém em certa dose da evocação do PBfeito em película. Essa seria a mimética sobre a qual falarei no próximo artigo (a segundaparte desse), e a mimética nem sempre é uma tentativa de imitar, mas também umreconhecimento daquilo aceitável ou não com base no costume visual. Não sei sepoderíamos falar em intemporalidade, ou melhor, não sei o quanto seria possível falar emintemporalidade sem confundir isso com esse costume visual legado pela tradiçãofotográfica. Mas é uma boa questão, sem dúvida.Em minha maneira de ver, refere‑se à

    durabilidade de uma obra visual no sentido de não se esgotar para o observador ao longode reiteradas observações.

    Grande abraço,Ivan

     

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    Ivan de Almeida

    4 de novembro de 2010 at 10:27 am

    ResponderSalve, caro Ivan. Estou passando aqui para parabenizá‑lo por essas 2 fotos em PB que postou.As duas são muitos intreressantes, apesar de origens diferentes. Mas só como referênciaestética – quais me chamaram de imediata atenção e satisfação‑ deixo um trecho de um filme(em PB) do Lars Von Trier e um outro trecho de Godard, também em PB, para ver asdiferenças entre as tonalidades dentro do preto‑e‑branco. Esses filmes vieram de imediato àminha cabeça, assim que bati os olhos nessas 2 fotos. Aliás, excelentes fotos por ofereceremuma ótima atmosfera e tratamento. Abraços. LVT: h p://www.youtube.com/watch?v=3U_2ljQ9sSo&feature=related JLG: h p://www.youtube.com/watch?v=SHikpdf8ktM

    Marcelo Voss

    6 de dezembro de 2010 at 8:28 pm

    ResponderMarcelo;Muito obrigado. Estou agora finalizando a parte 2 deste artigo, e a parte 2 está medeixando muito feliz porque nessa segunda parte há muita ligação entre técnica elinguagem, há uma coisa indissolúvel entre essas duas instâncias, e gostei dele ter saídoassim.A primira das fotos deste artigo, essas que você comentou, vejo claramentecinematográfica, mesmo porque é um movimento interrompido com algo podernarrativo.

    Um grande abraço,Ivan

    Ivan de Almeida

    6 de dezembro de 2010 at 9:12 pm

    ResponderMuito maduro este artigo, como é, aliás, a sua tradição, Ivan. Gostei muito.

    AbraçoJosé Varela (al‑Farrob)

    8 de fevereiro de 2011 at 9:01 pm

    ResponderMuito obrigado, José.Um grande abraço

    Ivan de Almeida

    8 de fevereiro de 2011 at 9:03 pm

    Responder

     

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    Acrescentado um trecho explicativo sobre a natureza colorida da captura digital.

    Ivan de Almeida

    9 de fevereiro de 2011 at 11:06 pm

    ResponderMeu caro Ivan , já reparei que é grande defensor do filme em relação ao digital , pois eu achoque isso é uma discussão inutil porque o digital é a evolução lógica da tecnologia fotografica.Se voçe pensar que aquilo que fotografou ficou em sua memória e quando vai revelar o filmee imprimir em papel o que apareçe não é aquilo que voçe tinha em memória como voçe fazcom o filme ??

    Miguel

    16 de fevereiro de 2011 at 3:34 pm

    Responder

    Miguel, caríssimo;

    Seu comentário me fez preocupado de ter passado uma idéia que não é a minha. Não soudefensor do filme, aliás praticamente só fotografo com digital, apesar de ter um passadocom filme. O que tentei dizer não é nada defendendo o filme, mas sim mostrando quenossa cultura visual foi forjada com o uso do filmePB, então a fotografia em PBdigitalquerendo ou não referenciar‑se‑á na fotografia feita em película. Porque tudo o quefazemos liga‑se ao passado da prática fotográfica, nós não escrevemos em uma folha em

     branco, mas em um universo cultural já anteriormente povoado pela fotografia em PB.

    Querendo ou não, ela é referência, e o jogo dos fotógrafos de nosso tempo é jogado comessa referência, é um jogo de permanência e de inovação ao mesmo tempo.

    Assim como você, considero inútil debater filmeXdigital. Talvez por outras razões, mastambém considero inútil esse debate. Cada um de nós é passageiro da época em que vive,e o rol de oportunidades nossas é delimitado pelo que cada época oferece.

    Obrigado pelo comentário,AbraçosIvan

    Ivan de Almeida

    16 de fevereiro de 2011 at 3:49 pm

    ResponderSaudações. Na minha busca sobre o pensamento ao redor do discurso estético do“Preto&branco” encontrei este valioso documento que titula “O Paradoxo da FotografiaDigital em Preto e Branco” e que com agrado li e reli. Interessante o prisma da abordagem,interessantes os comentários expressos. A “discussão” entre PB e Cor e o filme X ou Y sempre

    me deixou um pouco baralhado. Aí puxo pelas minhas “certezas”, a utilização de um suportedeve ter em conta o resultado final desejado e assim é que fotografando desde muito jovem,37 anos se passaram, não abandonei a utilização de suportes clássicos com o alvorecer daFotografia Digital e nem fugi da utilização de sistemas digitais. E é nos sistemas digitais quesurge a grande controvérsia. E tudo porque a massificação do consumo de um qualquer

     

    https://fotografiaempalavras.wordpress.com/2010/11/02/o-paradoxo-da-fotografia-digital-em-preto-e-branco-parte-1/?replytocom=435#respondhttps://fotografiaempalavras.wordpress.com/2010/11/02/o-paradoxo-da-fotografia-digital-em-preto-e-branco-parte-1/?replytocom=434#respondhttps://fotografiaempalavras.wordpress.com/2010/11/02/o-paradoxo-da-fotografia-digital-em-preto-e-branco-parte-1/?replytocom=431#respond

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    sistema digital abriu espaço à democratização da fotografia. Já não era o “fotografe que nósfazemos o resto” mas sim, fotografe e faça o resto. Ora é aqui que surge a questão, alargando‑se o consumo da produção de imagens fotográficas, surgiu um mar imenso de atitudesperante a fotografia. E um deles resulta no entusiasmo com que alguns partem ao encontrodessa tradição a preto e branco. Pois se durante décadas a vox‑populis referia “Fotografia é aPreto e Branco” e aí contesto. Fotografia como elemento observado é um elemento quepermite olhar um determinado momento já passado. Assim surge a primeira razão, Luz e a

    sua necessidade para vizualizar a recolha e posteriormente o recolhido. ” A Fotografia É OPercurso Da Luz No Tempo” e aí surge a segunda razão, Tempo. A partir destes pressupostotodos os discursos são possíveis e estarão de braço dado com o autor. O formato, oenquadramento, o reenquadramento, a cor ou o preto e branco e todas as opções dedensidades e contrastes que lhes estão associados. Mas se sempre assim foi. No preto e

     branco usamos os filtros de cor para variar os contrastes e os diferentes contrastes de papel.Hoje um programa de tratamento digital propõe uma panóplia de propostas de trabalho quemais não são que os diferentes caminhos outrora seguidos.Mas, regressando à questão base. A fotografia a Preto&Branco com sistemas digitais.Sim é facto que a recolha no sensor é feita pela recolha de cor. Mas um Fotógrafo que FazFotografia, quando Faz Pensa e aí toma opções. Eu próprio com estou a Pensar aPreto&Branco não consigo trabalhar que não seja na opção monocromática do “software” dacâmara. Quando trabalho a cores terei as opções respectivas de acordo com o pretendido. Esei que a foto é recolhida a cores (ficheiro RAW) e se p Preto&Branco não me agradar tenhosempre a opção Cor. Pois é inversão de pensamento. E entre a cor e o preto&branco a opçãode criação está ligada às características do autor. Ele deve saber o valor dos diferentesdiscursos, cor ou preto&branco, sendo a cor a leitura visual do humano e a que pode estarligada a percepção sensorial bem como as questões discursivas do signo e seu significado. OBranco que veste a noite resultará sempre no discurso da pureza ou virgindade quer a

    fotografia seja monocromática ou a cores, já o vermelho da capa do toureiro ganharádiferente impacto na opção entre cor e preto e branco.Peço desculpa se me alonguei mas o tema estimula‑me.Deixo aqui um convite_ VISITEM:h p://escritafotografica.blogspot.com/h p://phototeklassic.blogspot.com/h p://pinholeiro.blogspot.com/Abraço e Obrigado pela atenção de todos.

    António Campos Leal

    6 de maio de 2011 at 10:05 am

    ResponderAntónio, creio que concordamos. É o fotógrafo ao fazer a fotografia que a determinará emcores ou em PB. E se a determina em PB é porque pode fazê‑lo, tanto tecnicamente quantoporque filia‑se assim a uma tradição da fotografia. Mas, aí está o ponto que quis mostrarneste artigo, é que fazer PB era induntivo, e sendo injuntivo contruiu‑se uma tradição dePB, e agora fazer PB é facultativo, é uma escolha onde mais do que apenas escolher se vai

    de encontro à forma técnica de captura.Grande abraço,Ivan

    Ivan de Almeida

     

    https://fotografiaempalavras.wordpress.com/2010/11/02/o-paradoxo-da-fotografia-digital-em-preto-e-branco-parte-1/?replytocom=580#respondhttp://pinholeiro.blogspot.com/http://pinholeiro.blogspot.com/http://phototeklassic.blogspot.com/http://escritafotografica.blogspot.com/

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    15 de maio de 2011 at 2:49 pm

    ResponderCORRECÇÃO“O Branco que veste a noite resultará sempre no discurso da pureza ou virgindade quer afotografia seja monocromática ou a cores, já o vermelho da capa do toureiro ganharádiferente impacto na opção entre cor e preto e branco.”

    Deve ler‑seO Branco que veste a noiva resultará sempre no discurso da pureza ou virgindade quer afotografia seja monocromática ou a cores, já o vermelho da capa do toureiro ganharádiferente impacto na opção entre cor e preto e branco.

    António Campos Leal

    6 de maio de 2011 at 10:09 am

    Responder

    […] artigo é uma continuidade do assunto iniciado no artigo O Paradoxo da FotografiaDigital em Preto e Branco, publicado neste blog em novembro de 2010. Pretendia publicaresta contunuação logo depois do […]

    O Paradoxo da Fotografia Digital em Preto e Branco Parte 2 – A manipulação das cores na

    Fotografia Digital em Preto e Branco « Fotografia em Palavras

    6 de março de 2012 at 3:17 am

    Responder

    Oi Ivan,Artigo notável, adorei a forma como apresentou a relação da fotografia em película e digital,a mimética o desenvolvimento e novas possibilidades. Me encantei com a definição dapintura e desenho e estou completamente de acordo com a obrigatoriedade de novas atitudesdiante da nova tecnologia reconhecendo que a referencia da fotografia em película é fato.Não vou entrar nas questões técnicas pois delas entendo muito pouco e o que sei foi devido aartigos interessantes que amigos fotografos escreveram e ao longo do tempo fui e ainda sigoaprendendo, porém não posso deixar de dizer um pouquinho de minha experiencia com oPB. Quando a fotografia deixou de ser para mim um clicar encontrei no PB uma linguagemque somente ele pode me dar e no meu caso isto já acontece antes de eu fotografar, as vezes

    ate mesmo antes de eu pensar em fotografar, a inspiração chega e busco a imagem com ela jápronta em minha cabeça.Acho que me encontro na busca de novas possibilidades, não técnicas e sim naquela quemelhor transmite o sentimento que quero compartilhar.Parabens pelo textoVou agora ler a parte 2abs

    vilmamachado

    6 de março de 2012 at 10:01 am

    ResponderObrigado, Vilma.

     

    https://fotografiaempalavras.wordpress.com/2010/11/02/o-paradoxo-da-fotografia-digital-em-preto-e-branco-parte-1/?replytocom=820#respondhttp://vilmamachado.wordpress.com/https://fotografiaempalavras.wordpress.com/2010/11/02/o-paradoxo-da-fotografia-digital-em-preto-e-branco-parte-1/?replytocom=819#respondhttps://fotografiaempalavras.wordpress.com/2012/03/06/o-paradoxo-da-fotografia-digital-em-preto-e-branco-parte-2-a-manipulacao-das-cores-na-fotografia-digital-em-preto-e-branco/https://fotografiaempalavras.wordpress.com/2010/11/02/o-paradoxo-da-fotografia-digital-em-preto-e-branco-parte-1/?replytocom=581#respondhttp://pinholeiro.blogspot.com/https://fotografiaempalavras.wordpress.com/2010/11/02/o-paradoxo-da-fotografia-digital-em-preto-e-branco-parte-1/?replytocom=584#respond

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    O PB para quem nasceu para a fotografia na era digital pode ser bem desconcertante, casonão entenda que esse tem uma tradição e uma linguagem desenvolvida através dostempos na qual, bem ou mal, precisa referenciar‑se.

    Obrigado pelo comentário,Abraços

    Ivan de Almeida

    6 de março de 2012 at 11:45 am

    Responder

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