o papel dos municipios na questao da seguranca publica

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ARTIGO CIENTIFICO

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    Improviso e dficit democrtico na formulao de uma poltica municipal de

    segurana pblica1

    Andr Moyss Gaio

    Para todos aqueles que se dedicam ao estudo dos temas relacionados segurana

    pblica e tambm para todos os agentes envolvidos na preveno e represso

    criminalidade, cresce a convico de que algumas aes decisivas devem ser desenvolvidas

    a partir do plano municipal.

    As responsabilidades da Unio e dos Estados-membros so consagradas,

    constitucionalmente, e no devem ser reduzidas; todavia, os municpios no podem mais

    apenas aguardar as iniciativas das instncias supracitadas, no podem assistir, impassveis,

    ao processo da interiorizao da violncia e da criminalidade no pas. As polticas pblicas

    de segurana, portanto, devem merecer do Poder Pblico municipal as maiores atenes.

    Interessa tambm s Instituies policiais o apoio dos Prefeitos s aes que visam prevenir

    e combater as variadas prticas criminosas, particularmente quando essas Instituies

    procuram diversificar as estratgias de atuao, como a criao das polcias comunitrias e

    programas de combate s drogas e outros desenvolvidos junto s comunidades.

    A criao de Secretarias Municipais de Segurana no pode mais ser vista como

    uma iniciativa original, na medida em que elas j existem em municpios de quase todos os

    Estados-membros da Federao. Com perfis institucionais dos mais diversos, as mesmas

    quase sempre so criadas aps um aumento significativo de algum tipo de crime ou de

    vrios crimes conjugados, quase sempre objetos de reportagens em jornais locais e de um

    1 Professor Adjunto do Departamento de Cincias Sociais da Universidade Federal de Juiz de Fora; Mestre

    em Cincia Poltica e Doutor em Histria Social. Coordenador do Ncleo de Estudos Estratgicos(UFJF).

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    crescimento da sensao de medo e insegurana pelos cidados, processo estudado em

    profundidade por Travaini (2002).

    O roteiro por demais conhecido: segue-se um clamor generalizado por prises, um

    aumento ostensivo de policiamento e discursos contra gangues, quadrilhas, pedidos para

    que sejam feitas mudanas no Cdigo Penal, considerado muito brando etc.

    Frente a uma epidemia de crimes, as instituies policiais, com razo, criticam a

    falta de estrutura (equipamentos ruins, instalaes precrias, contingente pequeno etc), o

    Poder Judicirio reclama que est sobrecarregado de processos, o Poder Legislativo pouco

    se detm na discusso aprofundada sobre o assunto e o Poder Executivo quase sempre

    argumenta que no possui recursos para criar novos cargos, contratar pessoal, enfim, no

    pode aumentar as despesas devido Lei de Responsabilidade Fiscal; contudo, seguindo o

    roteiro mencionado, durante um perodo eleitoral, muitos candidatos prometem a soluo

    mgica para a questo da insegurana pblica: a criao de uma secretaria de segurana

    pblica.

    Cumprida a promessa de campanha, geralmente, o cidado tende a ser beneficiado

    com a criao da secretaria. Casos bem sucedidos, especialmente aqueles relacionados aos

    municpios do interior do Estado de So Paulo, mostram que a coordenao municipal de

    atividades ligadas preveno e represso ao crime essencial para qualquer estratgia que

    queira reduzir taxas de criminalidade e diminuir a sensao de pnico vivida por uma

    populao.

    A criao da Secretaria de segurana pblica em Juiz de Fora

    Em 03 de junho de 2005(Lei n 10.937), o recm-eleito, Prefeito Alberto Bejani,

    criou a Secretaria de Segurana Pblica e Defesa Social e, em 08 de junho do mesmo ano,

    assinou o decreto n 8592 regulamentando a organizao e as atribuies da mesma.

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    A Secretaria compe uma estrutura-incluindo outras secretarias- que est

    responsvel pela formulao, execuo e avaliao de polticas pblicas e promoo de

    cidadania da administrao municipal do municpio de Juiz de fora. A Secretaria no foi

    criada com a misso exclusiva de planejar e executar medidas afetas questo da segurana

    pblica, mas, em sua estrutura organizacional, os setores de transportes (e trnsito) e defesa

    civil esto sob a responsabilidade da mesma. Parece-nos que tais atribuies podem diluir o

    trabalho de formular, articular e implementar polticas que se destinam a prover a segurana

    do municpio e dos cidados, embora a incluso dos setores de transporte e trfego poderia

    ser pensada com dotada de alguma lgica, na medida em que muitos crimes esto

    relacionados, especialmente em grandes cidades, com problemas decorrentes da baixa

    fiscalizao das regras que devem reger o trfego urbano; no entanto, no encontramos no

    texto que regulamenta a Secretaria qualquer preocupao com a possvel conexo entre

    segurana e trnsito urbano.

    A instituio de um Colegiado intersetorial, constitudo pelo Secretrio (Presidente)

    e pelos Subsecretrios de Defesa Civil e de Segurana Pblica, pelo Chefe dos

    Departamentos de Inteligncia e Projetos de Segurana e de Execuo Instrumental e por

    um tcnico da Assessoria de Programao e Acompanhamento (art. 6), ter por misso

    estabelecer a agenda e padres de funcionamento da Secretaria de Segurana Pblica e

    Defesa Civil junto com a Assessoria de programao e Acompanhamento (art. 9). O

    Colegiado e a Assessoria devem trabalhar em sintonia fina, dividindo, inclusive, a tarefa de

    elaborar os programas estratgicos, tticos e operacionais da Secretaria. Ambos compem

    o nvel de assessoramento da mesma.

    Vrios problemas organizacionais decorrentes da estrutura aprovada para a

    Secretaria poderiam ser apontados; o mais grave, nos parece, a superposio de tarefas

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    entre o Colegiado e a Secretaria; porm o mais grave seria a inexistncia na estrutura da

    Secretaria de algum rgo em que a sociedade pudesse participar na formulao e

    articulao de propostas, programas e polticas pblicas. Em vrios municpios a lei prev a

    existncia de uma secretaria de segurana que, do ponto de vista organizacional e

    funcional, est submetida a um conselho municipal de segurana (ver adiante). A

    impermeabilidade participao da sociedade nos trabalhos da Secretaria de Segurana

    Pblica e Defesa Social de Juiz de Fora est em descompasso com as novas configuraes

    organizacionais do setor pblico desenvolvidas no Brasil h mais de uma dcada. A

    ausncia de uma ouvidoria independente, especialmente quando tratamos de segurana

    pblica, tambm, nos parece, foi uma omisso imperdovel.

    Quando nos voltamos para a estrutura organizacional da Secretaria (art. 5),

    percebemos que na mesma ainda constam os seguintes rgos: Departamento de Execuo

    Instrumental, Subsecretaria de Defesa Civil, Subsecretaria de Segurana Pblica e a

    Agncia de Gesto de Transporte e Trnsito de Juiz de Fora, todas com vastas e ambiciosas

    competncias, o que, certamente, acarretar problemas para que a Secretaria se dedique ao

    tema da segurana com a ateno que esta rea merece.

    Um obstculo importante e que precisa ser superado a fim de que a Secretaria possa

    desenvolver um conjunto articulado de polticas a ausncia de uma base de dados

    confivel, segura e integrada2 para que se possa, ainda que em carter provisrio, propor

    2 Sobre a importncia de uma base de dados confiveis na criao de polticas pblicas na rea de segurana

    ver o trabalho de Wilson(1983).

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    um diagnstico fundamentado e seguro sobre a criminalidade na mesoregio de Juiz de

    Fora.3

    Os dados disponveis (ver anexos sobre dados consolidados de 2003), ainda que

    modestos, pouco variados (poucos tipos de crimes, inexistncia de dados seguros sobre

    apreenso de drogas, sem incluir variveis importantes como as de faixa etria, gnero,

    renda, cor ou etnia etc) demonstram que a situao de Juiz de Fora (considerada entre as

    trs cidades que possuem mais de 250 mil habitantes mais seguras do Brasil) no das

    mais graves. Os crimes violentos contra o patrimnio se destacam e se em mantm

    patamares elevados nos anos de 2004 e 2005, mas no h tendncia de alta em relao aos

    homicdios. No podemos fazer qualquer referncia questo das drogas porque as

    informaes so ruins, embora se saiba que a quantidade apreendida tem aumentado, porm

    ainda no possvel relacionar o trfico de drogas a outros delitos devido ausncia de

    uma base de dados confivel. A distribuio geogrfica dos crimes tambm no pode ser

    estabelecida pelo mesmo motivo.

    No h dvida de que esta uma grave limitao para a atuao da Secretaria

    recentemente criada. No nossa pretenso, neste momento, fazer um diagnstico sobre a

    criminalidade na cidade4, entretanto era de se esperar que a criao da Secretaria fosse

    precedida de uma breve exposio sobre tal problema.

    Parece-nos que a prioridade nos trabalhos da Secretaria est reservada criao de

    uma guarda municipal que, embora possa vir a ser um instrumento importante para uma

    3 Procuramoa a Assessoria da Secretaria para saber se algum diagnstico ou texto sobre a questo da

    segurana pblica j havia sido produzido pelo staff da Secretaria. A resposta foi negativa(consultado o titular da pasta) e a justificativa apresentada foi a de que a mesma foi criada h pouco tempo(sic). 4 Pesquisas sobre a vitimizao realizadas pelo Ncleo de Estudos Estratgicos em 2002 e 2003, coordenadas

    pelos Professores Andr Gaio, Gilberto Salgado e Eduardo Cond expuseram de forma clara os problemas e desafios que a cidade enfrenta. Janana Sara Lawall (2003)produziu um importante estudo sobre a violncia contra a mulher em Juiz de Fora.

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    poltica municipal de segurana, no poderia ser criada sem a realizao de um diagnstico

    profundo sobre a natureza e a extenso da criminalidade em Juiz de Fora e na regio. A

    multiplicao de polcias e prises no se constitui mais como estratgia para resolver

    problemas graves na segurana pblica. A criao de uma guarda municipal pode ser uma

    medida adequada aps a realizao de um profundo e srio diagnstico em que muitos

    atores importantes devem colaborar, alm dos policy makers da Prefeitura.5

    To importante como o diagnstico a explicitao da estratgia que dever

    orientar o trabalho da Secretaria. A nfase em estratgias preventivas e comunitrias tem se

    revelado mais eficiente e eficaze, de menor custo e alcana um maior grau de legitimidade

    e de apoio popular. Na lei que criou a Secretaria bem como na sua regulamentao, a

    estratgia a ser adotada foi omitida e o tratamento dado ao tema da segurana apenas

    enfatiza os aspectos organizacionais da prpria Secretaria.

    CONSELHO MUNICIPAL DE SEGURANA

    Uma iniciativa decisiva seria a criao de um Plano Municipal de Segurana que

    vise integrar as aes policiais e permitir a participao da comunidade na criao e

    execuo do mencionado plano. Penso que o ponto de partida seria a criao de um

    Conselho Municipal de Segurana Pblica, formado por representantes da Prefeitura, da

    Cmara Municipal, das Polcias Militar e Civil, do Poder Judicirio, do Ministrio Pblico,

    de entidades empresariais, de entidades civis prestadoras de servios sociais, de

    representantes comunitrios e das Universidades.

    5 Caber Subsecretaria de Segurana Pblica a tarefa a elaborao dos diagnsticos sobre a violncia(art.

    18). Poderia constar do referido artigo a necessidade da criao de uma base de dados confivel.

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    O mesmo Conselho estaria incumbido de produzir um diagnstico dos problemas

    vinculados violncia e criminalidade e propor aes e programas, alm de acompanhar a

    implementao dos mesmos.

    O Conselho dever tambm determinar metas para avaliar a eficincia e eficcia dos

    programas a serem adotados para a preveno e reduo dos mais diferentes delitos.

    A fixao em planos altamente ambiciosos, caros e fictcios, um problema grave e

    sempre presente na histria da administrao pblica brasileira. O Conselho Municipal

    deveria estar atento s intervenes pontuais que se mostrem baratas e eficazes, como, por

    exemplo, dar ateno ao cumprimento do Cdigo de Posturas dos municpios (caso no

    haja um, dever ser criado): barulhos intensos noite, hotis de prostituio, problemas no

    trnsito etc, podem estimular muitos comportamentos delinqentes como agresses fsicas,

    depredao do patrimnio pblico, homicdios etc.

    O desenvolvimento de programas destinados proteo dos jovens deveria ser

    encarado como uma tarefa urgente, na medida em que a maioria dos crimes praticados e das

    vtimas dos mesmos atingem jovens com a idade entre 15 e 29 anos. Acredito que algumas

    aes importantes seriam: desenvolver um programa que estimule a resoluo no-

    agressiva de conflitos entre jovens, programas de preveno ao uso de drogas, programas

    de capacitao profissional, apoio ao trabalho do Conselho Tutelar etc.

    importante ressaltar que as iniciativas no devem ser espordicas e descontnuas,

    mas devem ser planejadas no prazo mnimo de um ano e as avaliaes constantes devem

    corrigir os problemas encontrados na implementao das mesmas.

    Poderiam tambm ser criados os conselhos regionais de segurana cujo nmero

    seria correspondente s regies administrativas da cidade. Os conselhos regionais seriam

    uma ferramenta importante para auxiliar na elaborao de um diagnstico setorizado sobre

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    a criminalidade nas regies em que os mesmos operam e na fiscalizao de programas e

    projetos, alm de convocar a populao das regies a participarem conjuntamente de suas

    atividades.

    Muitas outras sugestes para o trabalho do Conselho poderiam ser feitas, contudo este

    artigo tem apenas a inteno de apresentar a idia de sua criao e sublinhar a necessidade

    de que os municpios no se omitam e, portanto, que participem da importante tarefa de

    construir polticas pblicas de segurana democrticas, eficazes e eficientes.

    Uma apreciao sumria sobre os marcos legal e institucional da Secretaria de

    Segurana e Defesa Social de Juiz de Fora e as propostas para refinar a atuao da mesma

    foram outros objetivos a que nos propomos discutir; todavia no poderemos deixar de

    saudar a criao da Secretaria como um passo importante na direo de uma abordagem

    sria e responsvel sobre o tema da segurana pblica. Pesquisas desenvolvidas pela

    Empresa Perfil Pesquisas, em 2004, revelaram que o problema da segurana pblica era o

    terceiro mais importante na opinio dos juiz-foranos. A nova administrao municipal

    marcou um ponto importante quando criou a Secretaria de Segurana e os novos acertos

    dependero tanto das capacidades tcnica e estratgica do titular da pasta quanto de sua

    disposio em trabalhar junto com a comunidade.

    Bibliografia

    COND, Eduardo Salomo&SALGADO, Gilberto Barbosa (2004). Juiz de Fora em perspectiva. Juiz de fora, Perfil Pesquisas.

    GAIO, Andr Moyss&SALGADO, Gilberto Barbosa (2003). Pesquisas de vitimizao em Juiz de Fora. Ncleo de Estudos Estratgicos.

    LAWALL, Janana Sara (2003). Polticas pblicas de combate e preveno violncia domstica contra a mulher em Juiz de Fora. Especializao em Planejamento e Gesto Social.

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    MARIANO, Benedito Domingos(2004). Por um novo modelo de polcia no Brasil: a incluso dos municpios no sistema de segurana pblica.

    TRAVAINI, Guido Vittorio (2002). Paura e criminalit: dalla conoscenza allintervento. Milano, Franco Angeli.

    WILSON, James Q. (1983). Crime and public policy. Califrnia, Institue for contemporary Studies.

    ANEXOS

    TABELA 1:

    RANQUEAMENTO DOS MUNICPIOS DE MINAS GERAIS COM POPULAO MAIOR QUE 50.000 HABITANTES COM RELAO TAXA CORRIGIDA DE CRIMES VIOLENTOS CONTRA A PESSOA APURADA NO PERODO 1999-2003

    Taxa Corrigida de Crimes Violentos contra a Pessoa por 100.000

    habitantes

    Municpio

    1999

    2000

    2001

    2002

    2003

    Componente Principal 1999-2003

    Ranquem

    Governador Valadares 121 123 125 158 169 4,79 1 Santa Luzia 89 102 142 169 183 4,61 2 Contagem 112 122 126 145 151 4,38 3 Ribeiro das Neves 95 89 127 151 159 3,93 4 Vespasiano 94 90 133 128 146 3,64 5 Betim 103 105 108 116 144 3,49 6 Belo Horizonte 96 114 108 114 135 3,43 7 Ibirit 102 88 126 101 104 2,98 8 Pirapora 67 70 64 141 175 2,69 9 Una 92 99 103 86 117 2,66 10 Tefilo Otoni 69 60 100 131 147 2,66 11

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    Januria 98 66 86 84 83 1,83 12 Ipatinga 70 85 79 73 88 1,58 13 Pedro Leopoldo 55 71 82 102 64 1,34 14 Sabar 67 64 76 69 90 1,24 15 Paracatu 57 65 76 73 92 1,18 16 Viosa 67 54 67 79 88 1,11 17 Montes Claros 76 64 58 72 67 0,96 18 Janaba 36 60 87 86 69 0,93 19 Muria 50 73 79 75 55 0,92 20 Ponte Nova 51 59 81 85 56 0,90 21 Coronel Fabriciano 56 66 73 72 57 0,82 22 Uberaba 84 66 81 49 37 0,82 23 Curvelo 67 61 51 60 76 0,70 24 Nova Lima 85 53 66 41 56 0,62 25 Sete Lagoas 52 43 46 78 73 0,41 26 Uberlndia 38 48 58 64 60 0,17 27 Itabira 35 53 52 65 52 0,07 28 Manhuau 53 62 46 38 55 0,06 29 Arax 43 55 48 45 51 -0,09 30

    Dados Bsicos: Boletins de Ocorrncia da Polcia Militar de Minas Gerais (PMMG) Elaborao: Fundao Joo Pinheiro (FJP) - Ncleo de Estudos em Segurana Pblica (NESP) e Polcia Militar de Minas Gerais (PMMG)

    TABELA 2: RANQUEAMENTO DOS MUNICPIOS DE MINAS GERAIS COM POPULAO MAIOR QUE 50.000 HABITANTES COM RELAO TAXA CORRIGIDA DE HOMICDIOS APURADA NO PERODO 1999-2003

    Taxa Corrigida de Homicdios por 100.000 habitantes

    Municpio

    1999

    2000

    2001

    2002

    2003

    Componente Principal 1999-2003

    Ranquem

    Vespasiano 30,39 27,48 41,37 42,09 56,59 3,5583 1 Ibirit 37,25 27,83 52,33 38,34 39,29 3,5281 2 Contagem 27,04 34,03 35,37 45,80 53,36 3,4957 3 Ribeiro das Neves 17,96 19,06 28,19 54,93 54,28 2,9236 4 Governador Valadares 24,70 33,61 28,50 30,67 41,10 2,6423 5 Santa Luzia 11,31 22,20 28,88 40,29 55,02 2,5733 6 Betim 17,60 24,79 23,56 29,81 51,51 2,3450 7 Belo Horizonte 19,32 24,99 25,57 32,18 42,22 2,2751 8 Una 18,90 22,86 21,02 24,75 25,65 1,5451 9 Tefilo Otoni 9,33 10,84 18,55 28,62 41,02 1,3883 10 Janaba 13,25 17,86 26,98 18,64 25,85 1,3135 11 Pirapora 18,05 15,91 11,82 25,37 30,94 1,2435 12 Viosa 20,64 12,32 19,58 16,18 20,12 0,9643 13 Muria 13,37 21,85 14,99 19,01 13,54 0,8261 14 Januria 22,02 9,46 9,44 14,17 17,33 0,5507 15 Esmeraldas 16,38 14,87 16,07 13,34 9,05 0,5188 16 Pedro Leopoldo 7,67 16,70 10,83 19,34 13,70 0,4614 17

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    Sabar 14,42 7,81 9,29 12,35 22,49 0,4083 18 Ipatinga 9,61 12,71 13,41 14,53 13,83 0,3722 19 Ponte Nova 12,72 9,04 17,96 14,28 8,86 0,3469 20 So Joo Del Rei 6,43 7,64 10,09 16,25 22,30 0,3152 21 Paracatu 10,91 9,31 9,13 8,96 21,34 0,2614 22 Curvelo 10,59 14,89 11,68 11,51 8,50 0,2175 23 Uberlndia 8,46 10,19 12,57 12,76 11,11 0,1568 24 Coronel Fabriciano 5,19 10,27 10,14 13,02 15,84 0,1352 25 Caratinga 11,79 11,57 8,85 11,20 8,57 0,0810 26 So Francisco 5,87 11,68 13,29 9,28 10,89 0,0744 27 Araguari 7,00 9,81 13,56 5,74 14,18 0,0617 28 Montes Claros 9,08 8,15 9,25 12,17 11,30 0,0242 29 Cataguases 9,46 3,13 12,37 10,71 13,62 0,0079 30

    Dados Bsicos: Boletins de Ocorrncia da Polcia Militar de Minas Gerais (PMMG) Elaborao: Fundao Joo Pinheiro (FJP) - Ncleo de Estudos em Segurana Pblica (NESP) e Polcia Militar de Minas Gerais (PMMG)

    TABELA 3: RANQUEAMENTO DOS MUNICPIOS DE MINAS GERAIS COM POPULAO MAIOR QUE 50.000 HABITANTES COM RELAO TAXA CORRIGIDA DE ROUBOS APURADA NO PERODO 1999-2003

    Taxa Corrigida de Roubos por 100.000 habitantes

    Municpio

    1999

    2000

    2001

    2002

    2003

    Componente Principal 1999-2003

    Ranquem

    Belo Horizonte 207 242 256 375 467 10,26 1 Uberlndia 153 221 272 380 376 9,21 2 Governador Valadares 190 210 193 248 318 7,60 3 Montes Claros 146 170 196 218 342 6,76 4 Uberaba 208 190 202 182 180 6,48 5 Contagem 131 150 146 209 243 5,42 6 Sete Lagoas 133 127 169 172 172 4,78 7 Pouso Alegre 207 125 118 135 128 4,56 8 Juiz de Fora 153 129 127 159 165 4,51 9 Tefilo Otoni 137 97 143 188 189 4,50 10 Araguari 126 114 148 167 177 4,41 11 Una 111 138 141 148 143 4,12 12 Ipatinga 113 95 105 115 157 3,29 13 Pirapora 51 47 154 177 191 3,22 14 Patos de Minas 87 87 152 118 124 3,20 15 Divinpolis 90 66 97 166 181 3,20 16 Janaba 66 86 97 112 223 3,02 17

  • 12

    12

    Betim 69 88 101 141 144 2,86 18 Passos 79 85 94 144 113 2,73 19 Ituiutaba 99 80 94 93 142 2,69 20 Poos de Caldas 106 94 88 86 85 2,48 21 Ub 57 65 98 103 157 2,32 22 Alfenas 91 103 64 90 85 2,25 23 Varginha 88 81 74 80 106 2,14 24 Itana 57 61 72 128 113 2,01 25 Itajub 91 40 72 89 136 1,99 26 Arax 58 57 48 132 130 1,89 27 Ouro Preto 38 44 71 135 140 1,84 28 Muria 66 65 71 97 100 1,83 29 Coronel Fabriciano 51 54 70 103 132 1,79 30

    Dados Bsicos: Boletins de Ocorrncia da Polcia Militar de Minas Gerais (PMMG) Elaborao: Fundao Joo Pinheiro (FJP) - Ncleo de Estudos em Segurana Pblica (NESP) e Polcia Militar de Minas Gerais (PMMG)

    TABELA 4: RANQUEAMENTO DOS MUNICPIOS DE MINAS GERAIS COM POPULAO MAIOR QUE 50.000 HABITANTES COM RELAO TAXA CORRIGIDA DE ROUBOS A MO ARMADA APURADA NO PERODO 1999-2003

    Taxa Corrigida de Roubos a Mo Armada por 100.000 habitantes

    Municpio

    1999

    2000

    2001

    2002

    2003

    Componente Principal 1999-2003

    Ranquem

    Contagem 662,35 968,79 930,34 1.142,46 1.371,22 13,40 1 Belo Horizonte 483,71 782,07 746,64 837,36 1.300,16 10,68 2 Uberlndia 506,71 670,13 745,00 778,77 797,35 9,24 3 Betim 654,84 699,05 601,29 664,94 670,63 8,90 4 Santa Luzia 331,03 589,60 590,75 705,90 745,16 7,57 5 Ibirit 448,55 721,06 481,20 511,02 592,36 7,24 6 Ribeiro das Neves 261,92 305,69 352,81 602,11 773,80 5,57 7 Vespasiano 396,60 488,52 351,85 425,25 491,69 5,56 8 Pirapora 208,16 165,36 228,45 370,31 309,46 3,01 9 Uberaba 234,50 190,34 247,68 221,88 221,30 2,67 10 Montes Claros 168,12 230,81 191,33 241,25 333,33 2,65 11 Sabar 112,78 263,59 197,74 210,09 405,47 2,62 12 Governador Valadares 137,95 198,85 237,25 217,90 297,17 2,44 13 Esmeraldas 179,89 155,40 213,00 181,28 213,90 2,14 14 Janaba 84,89 117,32 173,18 296,51 287,45 1,99 15 Ouro Preto 151,52 119,59 135,21 202,64 210,25 1,74 16 Sete Lagoas 116,78 144,12 147,19 179,98 250,19 1,74 17 Tefilo Otoni 158,52 90,09 169,40 191,16 175,09 1,68 18

  • 13

    13

    Nova Lima 93,28 134,07 138,61 187,64 221,56 1,55 19 Juiz de Fora 123,74 131,94 138,07 149,97 172,82 1,46 20 Pedro Leopoldo 75,31 135,79 132,14 228,61 164,86 1,45 21 Araguari 130,15 138,51 152,25 129,44 119,40 1,38 22 Pouso Alegre 82,66 128,70 100,54 235,20 160,98 1,38 23 Una 115,07 167,32 125,04 137,87 108,44 1,32 24 Joo Monlevade 61,84 96,54 118,80 147,93 264,14 1,25 25 Ipatinga 124,97 105,09 107,85 121,40 164,32 1,21 26 Alfenas 77,63 108,00 106,78 104,26 139,18 0,93 27 So Joo del Rei 60,92 60,29 118,85 142,79 165,08 0,92 28 Patrocnio 64,45 85,29 98,28 146,24 113,88 0,84 29 Muria 62,77 79,03 133,01 140,71 60,83 0,80 30 Dados Bsicos: Boletins de Ocorrncia da Polcia Militar de Minas Gerais (PMMG) Elaborao: Fundao Joo Pinheiro (FJP) - Ncleo de Estudos em Segurana Pblica (NESP) e Polcia Militar de Minas Gerais (PMMG)