o papel da mulher na cultura e filosofia budista

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O papel da mulher na cultura e filosofia Budista: conquistas e desafios Fabiana Gaspar Gomes ~ Sociedade Budista do Brasil ~

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O papel da mulher na cultura budista - a mulher na mitologia budista, monjas que deixaram seu nome na história e o dilema da ordenação plena no budismo theravada

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Page 1: O papel da mulher na cultura e filosofia budista

O papel da mulher na cultura e filosofia Budista: conquistas e

desafios

Fabiana Gaspar Gomes~ Sociedade Budista do Brasil ~

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Sociedade Budista do Brasil - SBB

As mulheres na mitologia budista

Mahamaya, esposa do Rei do clã dos Sakyas, sonhou com um elefante que a avisou que ela seria mãe de uma criança muito especial.

Ela faleceu logo após o parto e ele foi criado por Mahapajapati, sua madrinha.

Sábios e videntes visitaram o bebê e previram que ele seria ou um grande monarca ou um importante mestre espiritual, um condutor de homens.

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As mulheres na mitologia budista

Cercado de luxo, conforto, sem nunca ter visto a miséria e realidade do povo que habitava os arredores do palácio, Sidarta casou-se com Yashodara e com ela teve o filho Rahula.

Um dia, ao sair do palácio escondido e teve três visões que mudaram sua vida: um idoso doente, um morto boiando no rio e um asceta, um meditador praticando solitário na floresta.

Atordoado, se tornou obstinado pela busca de um caminho para a libertação desse ciclo incessante de nascimento, envelhecimento e morte.

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As mulheres na mitologia budista

Sidarta deixou o palácio e a família renunciando aos que mais amava em prol de seu amor por todos os seres.

Determinado, decidiu que só voltaria após encontrar o caminho para o fim do sofrimento: a felicidade verdadeira.

Praticou austeridades com diversos mestres, superando-os consecutivamente. No auge das práticas de mortificação, percebeu que deveria seguir o “caminho do meio” não tensionar demais a corda.

Aceitou a generosa oferta da jovem Sujata, que lhe ofereceu uma porção de arroz doce como dana (generosidade).

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As mulheres na mitologia budista

Prestes a atingir a iluminação, a libetração final das raízes da cobiça (desejo), raiva e ignorância, Sidarta foi tentado pelas três filhas de Mara, o senhor do mal.

Tanha (Desejo), Arati (Descontentamento) e Raga (Cobiça) seduziram-no se manifestando na forma de mais 100 mulheres diferentes.

Ele se manteve equânime usando a concentração dos estados de absorção mental e da contenção dos sentidos sensoriais. Mara e suas filhas, fracassaram e o deixaram em paz.

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As mulheres na mitologia budista

Após atingir a Iluminação e compreender através do insight as causas do sofrimento, tendo se libertado delas, o Buddha (desperto), com generosidade e compaixão, compartilhou as Quatro Nobres Verdades em seu primeiro discurso, o Dhammachakapavatanasutta (o sermão que coloca a Roda do Dhamma para girar).

O Buddha ensinou mulheres e homens leigos sem distinção e afirmava que todos podiam atingir a iluminação.

Mahapajapati, sua madrinha, pediu a ordenação como monja, em lágrimas, por três vezes. Auxiliada por Ananda, seu assistente, conseguiu a aprovação do Iluminado, que permitiu a criação da ordem das monjas.

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As Quatro Nobres Verdade ensinadas pelo Buddha

• Existe sofrimento

• Existem causas para o sofrimento: cobiça, raiva e ignorância

• Existe um caminho para a cessação do sofrimento

• O Nobre Caminho Óctuplo: 8 fatores da vida para o lado positivo

Esforço Pensamento

Compreensão

Concentração

Plena Atenção

Meio de Vida

Ação

Fala

Sabedoria

Ética

Concentração

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• Foco maior do Budismo é a prática, o treinamento > sistema de crenças, convenções e rituais.

• Convite à investigação por si mesmo: espaço para o debate sobre temas como a ordenação plena feminina.

• Será que realmente foram definidas regras como a prostração das monjas em qualquer hipótese, em relação aos monges, independente do tempo de ordenação de cada um?

• Desenvolvimento de qualidades espirituais “femininas”: amor, feminilidade, inteligência, compaixão sem as quais a razão, sabedoria confiança não podem florescer

Ayya Kema – Alemanha / Sri lanka (theravada)

Monja Coen – Brasil/ Japão (Zen)

Miao Duo – Cingapura/ Brasil (Chan)

Pema Chodrom – Inglaterra (Budismo Tibetano)

• Papel importante dos ensinamentos das monjas como:

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O feminino no Budismo Tibetano

Tara (em sânscrito Tārā, provavelmente "estrela", e, para os tibetanos, Drol Ma ou Jetsün Dólmã, "Salvadora"), é uma deidade feminina do budismo Vajrayana ("Caminho Diamantino", que simboliza a sabedoria que discerne agudamente como um raio)[1].

O Vajrayāna foi introduzido no Tibete por Padmasambhava no século VIII, durante o reinado de Trisong Detsen.

Tara é a mãe da compaixão, o aspecto feminino do Buda, indissociável do estado desperto iluminado.

Todas as deidades budistas femininas são aspectos seus.

Fonte: Wikipedia

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• Conferências, encontros e fóruns têm discutido em todo o mundo a permissão para a ordenação plena (completa) das mulheres.

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• Ordenações completas têm sido realizadas com apoio de monges que se solidarizam com a causa das bikkhunis theravada e monjas tibetanas.

• “Quando um(a) monge(a) escolhe se dedicar ao caminho espiritual, os pássaros, aves, seres de toda a natureza se regozijam celebrando a beleza e preciosidade desta ação auspiciosa”. (Monja Coen)

• Que as bikkhunis possam ser bem sucedidas nesta busca e que todos os seres possam compartilhar esses méritos.

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