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O Papa Francisco

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O Papa Francisco

O legado que o papa Francisco deixou

no Brasil• Política

No campo político encontrou um país conturbadopelas multitudinárias manifestações dos jovens. Defendeu sua utopia e o direito de serem ouvidos. Apresentou uma visão humanística na política, naeconomia e na erradicação da pobreza. Criticouduramente um sistema financeiro que descarta osdois polos: os idosos, porque não produzem, e osjovens não criando-lhes postos de trabalho. Os idososdeixam de repassar sua experiência, e os jovens sãoprivados de construir o futuro. Uma sociedade assimpode desabar.

• Ética e Diversidade

• O tema da ética era recorrente, fundada na

dignidade transcendente da pessoa. Com

referência à democracia cunhou a expressão

“humildade social”, que é falar olho a olho, entre

iguais, e não de cima para baixo. Entre a

indiferença egoista e o protesto violento apontou

uma opção sempre possível: o diálogo construtivo.

Três categorias sempre voltavam: o diálogo como

mediação para os conflitos, a proximidade para

com as pessoas para além de todas as burocracias

e a cultura do encontro. Todos têm algo a dar e

algo a receber. “Hoje ou se aposta na cultura do

encontro ou todos perdem”.

HomossexualidadeO Papa surpreendeu a muitos, com um discurso que

sugere um diálogo com os homossexuais. Disse: "Se

uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade,

quem sou eu para julgá-la?". Acrescentou ainda que

“os gays não devem ser discriminados” e que

“devem ser integrados à sociedade”.

Fé / Relação com os Fiéis.

No campo religioso foi mais fecundo e direto. Reconheceu que”jovens perderam a fé na Igreja e até mesmo em Deus pelaincoerência de cristãos e de ministros do evangelho”. O discursomais severo reservou-o para os bispos e cardeais latino-americanos (Celam). Reconheceu que a Igreja, e ele mesmo seincluíu, está atrasada em suas formas de presença no mundo.Conclamou não apenas a abrir as portas para todos mas asaírem em direção do mundo e para as “periferias existenciais”.Criticou a “psicologia principesca” de membros da hierarquia.Eles têm que ser pobres interior e exteriormente. Dois eixosdevem estruturar a pastoral: a proximidade do povo, para alémdas preocupações organizativas, e o encontro marcado decarinho e ternura. Fala até da necessária “revolução daternura”,

O diálogo com o mundo moderno e a diversidade

religiosa: o papa Francisco não mostrou nenhum

medo face ao mundo moderno; quer trocar e inserir-

se num profundo sentido de solidariedade para com

os privados de comida e de educação. Todas as

confissões devem trabalhar juntas em favor das

vítimas. Pouco importa se o atendimento é feito por

um cristão, um judeu, um muçulmano ou outro. O

decisivo é que o pobre tenha acesso à comida e à

educação.

Aos jovens dedicou palavras de entusiasmo e de

esperança. Contra uma cultura do consumismo e da

desumanização convocou-os a serem

“revolucionários” e “rebeldes”. É pela janela dos

jovens que entra o futuro. Criticou o restauracionismo

de alguns grupos e o utopismo de outros. Colocou o

acento no hoje: ”no hoje se joga a vida eterna”.

Sempre os desafiou para o entusiasmo, para a

criatividade e para irem pelo mundo espalhando a

mensagem generosa e humanitária de Jesus, o Deus

que realizou a proximidade e marcou encontro com

os seres humanos.