o pai nosso e nomes de deus

54
O PAI NOSSO (um estudo) (Mateus 6.9 – 13) Pater noster qui in cælis es sanctificetur nomen tuum, Veniat regnum tuum; fiat voluntas tua sicut in cælo et in terra, Panem nostrum supersubstantialem da nobis hodie, Et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimisimus debitoribus nostris Et ne inducas nos in temptationem sed libera nos a malo. (Vulgata) Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. (Almeida Corrigida e Revisada Fiel) Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. [Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém.] (Almeida Revisa, Imprensa Bíblica) Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]! (Almeida Revista e Atualizada, ARA) Pai nosso, que [estás] nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, [assim] na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. (Almeida Revista e Corrigida, 1969)

Upload: lewry

Post on 20-Dec-2015

66 views

Category:

Documents


9 download

DESCRIPTION

O PAI NOSSO e Nomes de Deus

TRANSCRIPT

Page 1: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

O PAI NOSSO (um estudo) (Mateus 6.9 – 13)

Pater noster qui in cælis es sanctificetur nomen tuum, Veniat regnum tuum; fiat voluntas tua sicut in cælo et in terra, Panem nostrum supersubstantialem da nobis hodie, Et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimisimus debitoribus nostris Et ne inducas nos in temptationem sed libera nos a malo.(Vulgata)

Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;O pão nosso de cada dia nos dá hoje;E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.(Almeida Corrigida e Revisada Fiel)

Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nomevenha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;o pão nosso de cada dia nos dá hoje;e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores;e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. [Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém.](Almeida Revisa, Imprensa Bíblica)

Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!(Almeida Revista e Atualizada, ARA)

Pai nosso, que [estás] nos céus, santificado seja o teu nome;Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, [assim] na terra como no céu;O pão nosso de cada dia nos dá hoje;E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.(Almeida Revista e Corrigida, 1969)

Pai nosso que estás nos céusSantificado seja o teu NomeVenha o teu Reino. Seja geita a Tua vontade na terra como no céu.O pão nosso de cada dia, dá-nos hoje.E perdoa as nossas dívidas, como também nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos submetas à tentação. Mas livra-nos do Maligno [porque a Ti pertencem o Reino e o poder e a glória pelos séculos. Amém](Versão católica de Jerusalém).Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, como no céu, assim também na terra. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.

Page 2: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos que nos devem. E não nos introduzas em tentação, mas livra-nos do Maligno.(Versão católica da CNBB)

 O Pai Nosso é evidentemente uma oração, porém, mais do que isso, é uma singela

forma de orar (Lutero), tão singela que se distingue das formas de oração do judaísmo como as Dezoito Preces, precisamente pela sua incrível simplicidade. Isso diz muita coisa para o indivíduo que primeiro contempla essas passagens, elas não procuram se reportar a uma estruturação da oração segundo uma premissa seja ela literária ou teológica, não quer apresentar fórmulas, mas apenas dizer o que o suplicante espera. Também não importa as variantes que se encontram em Mateus e Lucas já que a oração se reporta uma tradição da ekklesia, se insere no seu desenvolvimento cristológico e na sua contemplação escatológica do mundo e do Reino de Deus. Ela, portanto, reflete as tensões da fé da comunidade primitiva e é dessa forma que essa tradição é recebida, independentemente das formas que tenha assumido nas tradições subseqüentes.

É importante frisar essa conjectura escatológica da oração já que o Pai Nosso também não apresenta uma relação imanente com o mundo, no sentido de pretender, como nas Dezoito Preces do judaísmo, buscar do favor de Deus em relação ao seu povo nesse mundo e nesse tempo (cronos), quando se pede, sobretudo, pelo bem estar e a sua preservação. O Pai Nosso, ao contrário, se reporta a uma relação estritamente escatológica. Ela se volta para o futuro, para o Reino que emerge na prece como uma certeza. Seu conteúdo lembra Bornkamm, resume-se a uma tripla locução: que seu nome seja santificado, que seu reino venha e que aconteça a sua vontade. [1]. Portanto, elas não anunciam apenas a libertação das opressões e angústias, mas também, e, sobretudo, a revelação de Deus, uma revelação que acontece na história, individual e coletivamente, envolvendo o indivíduo, mas também a relação desse indivíduo com o sistema em que ele se envolve. A escatologia do Pai Nosso se insere, portanto, numa perspectiva histórica porque ela coloca o Reino tão próximo do homem que ele pode pedir pela sua realização. Em suma, o Pai Nosso é uma oração feita dentro de uma realidade presente, considerando a posição temporal de quem o ora e as inquietações existenciais do seu tempo histórico, mas também é uma oração escatológica, pois o Reino é e sempre será uma perspectiva. Ele não está presente em nosso tempo, mas é seu pressuposto.

Pai nosso, que estás nos céus...

A oração se inicia evocando um Pai que no entanto também é Pai de todos, pois Deus não é colocado em posição de exclusividade, todos podem invocá-lo, todos podem se colocar sob o Seu orbe. Embora Lutero fale que essa é uma oração que só pode ser feita por cristãos [2] também os judeus a realizam. Trata-se, portanto, de uma celebração comunitária. O que se tem em mente aqui, todavia, é que essa oração não é um convite à repetição, isto é, não é para ser repetida como ladaínha ou cantilena, ela convida à fé, ou seja, o pronunciante está lançando-se ao desafio de ter fé na invocação do Pai, que está abscôndito e, todavia, também muito perto para ouvir. Esse Deus que permanece oculto, e que torna reais as coisas ainda inexistentes como diz Hebreus 11.1-3, está, todavia, também perto o suficiente para ser ouvido, para ser eivindicado nos clamores. Contudo, é preciso que Deus seja invocado com fé genuína, tendo certeza e nenhuma dúvida de que Ele quer atender e ajudar-nos. [3] Somos ouvidos em nome de Cristo, inspirador e ensinador dessa oração e precisamos ter consciência de que somos colaboradores indispensáveis para o pleno sucesso dessa oração. [4] Além do mais, o mundo é o palco onde Deus age já que o mundo é Sua criação (Barth) embora essa esfera de realidade não seja a mesma onde Deus se situa (os céus). Disso se infere que o céu designa não somente uma realidade espacial, mas também uma realidade que ultrapassa a nossa própria dimensão, sendo o kairós por excelência, pois assim como a realidade física, o tempo também pertence a Deus, mas o Seu tempo se situa numa dimensão diferente e distinta da nossa, que não pode ser mensurada ou compreendida a não ser em termos de fé, e que não pode ser dimensionada senão em termos de expectativa escatológica. Daí porque quando afirmamos que as expectativas escatológicas se projetam além do nosso tempo,

Page 3: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

isso pressupõe que se situam numa outra e inusitada dimensão da realidade. O céu é o presente onde Deus se encontra, mas também o futuro messiânico que é contemplado por aquele que tem fé e crê na promessa da redenção humana.

Santificado seja o teu nome...

Quem faz essa prece está ciente que não está diante de qualquer pessoa. O ser a quem a petição é dirigida é santificado e Ele cobra santificação também dos que o solicitam na oração (Levítico 11.44; 1 Pedro 1.16). Quem ora conhece Aquele a quem está sendo feita a petição e nisso o nome de Deus é plenamente santificado, como ensina o magistério de Karl Barth. [5], e isso porque é impossível alguém fazer essa oração e não reconhecer a santificação daquele a quem se faz a petição. Não seremos cristãos que oram com Jesus Cristo, se nossa oração significa que não sabemos nada dessa santificação. De fato, oramos para que isso que se passa pela oração de Deus continue e atinja o seu alvo. [6]. Nada do que vivemos, nada do que cremos é verdadeiro nem transpira a verdade pois a verdade só pode ser encontrada quando apresentada por quem se coloca como a verdade verdadeira, o Deus que é santo e não pode ser adorado de qualquer maneira, e Seu filho que também reivindica ser o caminho, a verdade e a vida. (João 14.6) e que se coloca como a verdadeira porta das ovelhas (João 10.7). Aqui as artes e o conhecimento humano revelam total impotência. Esse conhecimento pode, quando muito, nos fazer saltar para o nada (Nietzche, Sartre, Heidegger) mas o ser humano não é um nada, ele é um devir, ele é um ser que projeta realizar-se, que acumula expectativas e tensões delas decorrentes. As filosofias humanas podem, quando muito, nos ajudar a compreender o homem, mas elas mesmas não representam respostas para as tensões humanas precisamente porque lhes faltam a compreensão transcendente do ser humano, o que fica ainda mais evidente quando ele adentra na doença até a morte (Kierkegaard) o desespero que leva o indivíduo a se desesperar de si mesmo. Aí não se pode mesmo ter certeza de coisa alguma. Diante do Deus abscôndito, todas as certezas humanas se desfazem porque Deus transforma todo o orgulho e toda a segurança altiva em pó (Isaías 40.23) porque Ele não dá a sua glória a ninguém (Isaías 42.8).

Assim, a santificação não é, em Deus condição para algo, mas é o próprio estado do ser. Ele não pode ser algo inferior porque Sua santidade não permite, não pode ser reduzido e nem redefinido de outra forma que não em termos de santidade, não pode ser compreendido em termos de santidade, o que, por conseguinte, nos leva a outra questão, ainda que não seja diretamente a questão primordial da oração do Pai Nosso: só podemos compreender Deus em santidade, mas não a santidade hipócrita dos que se pretendem auto-privar do mundo como se nessa renuncia fossem chamados, algo que Paulo descreve simplesmente como apostasia (1 Timóteo 4.1 – 5), mas na santidade do reconhecimento desse senhorio de Deus sobre o mundo e na prática da comunhão dos santos (1 Co 14.33) na qual a comunidade que confessa a Cristo renuncia a esse mundo por amor ao Cristo. Desse modo, santidade não é somente estado, mas opção porque não se pode estar sem querer estar, e querer estar consciente. E não se pode orar o Pai Nosso sem que se queira estar de fato santificado. E nesse sentido é compreensivel o dito de Lutero de que só o cristão pode de fato, conscientemente, orar o Pai Nosso.

 Venha o teu Reino...

Na literatura neotestamentária, o termo Reino de Deus (ou seu correspondente Reino dos Céus) representa uma das mais das mais recorrentes imagens escatológicas da pregação cristã aparecendo tanto na pregação do próprio Cristo como na de seus discípulos e mesmo antes, no ministério público de João Batista: arrependei-vos que está próximo o Reino dos céus (Mateus 3.2 e 4.17). Venha o teu reino (6.10). Buscai o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas (6.33); dar-te-ei as chaves do Reino dos céus (16.19). E vendo Jesus que havia respondido sabiamente disse-lhe: "não estarás longe do reino de Deus" (Marcos 12.34). Bem aventurados vós, os pobres, porque vosso é o Reino de Deus. (Lucas 6.20); o meu reino não é desse mundo (João 18.36). Prova clara do justo juízo de Deus, para que sejais havidos por dignos do reino de Deus, pelo qual também padeceis (2 Tessalonicenses 1.5). Porque assim vos será amplamente concedida a

Page 4: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

entrada no reino eterno de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. (2 Pedro 1.11). Por outro lado, há passagens em que o texto conduz para uma aproximação desse mesmo reino à vida de cada crente, passagens essas que indicam a idéia de que o reino também faz parte da vida de cada indivíduo como se ele fosse uma espécie de um embaixador do reino, numa nítida aproximação com a concepção veterotestamentária do profeta (isto é, o portador da mensagem do Reino) como um embaixador de Deus entre os homens (cf Ageu 1.13) concepção essa que se evidencia, por exemplo, em Lucas 17.21 (o reino de Deus está dentro de vocês). Essa afirmação é totalmente revolucionária pois anuncia um reino escatológico, mas que também é uma realidade em cada pessoa, por ser imanente, por estar inserida no sujeito da oração. O cristão se torna cidadão desse reino não por identificação ou nascimento, mas por fé, por adoção de Deus, por amor à sua Palavra e pela fé e a esperança na Sua justiça e no Seu socorro.

Disso se conclui que o reino de Deus é uma realidade evidente e escatológica. Evidente porque a conversão por meio da pregação e a transformação de vida, a regeneração do indivíduo em direção a uma nova consciência de vida e de fé traz esse reino à sua vida, isto é, a certeza de sua salvação e o testemunho para o mundo, de que ele agora é um servo de Cristo e que pela sua vida podem ser identificados os atributos de todos aqueles que fazem parte dessa nova comunidade celeste na terra. Mas é também escatológica porque é uma realidade que ainda está por se fazer. Não sabendo nós quando será o dia da Parousia, só nos resta aguardar e vigiar (Mateus 25.1-13) e perseverar na fé e no testemunho de Cristo (Apocalipse 2.10).

A idéia do reino de Deus como uma realidade evidente e ecatológica tem rendido toda uma série de especulações no âmbito da teologia, especialmente no que diz respeito ao significado imanente ou transcendente dessas palavras. Para aqueles teólogos identificados com a teologia da libertação, a realização do reino é uma possibilidade acessível ao ser humano por meio da transformação desse mesmo mundo em direção de uma humanidade mais justa e de uma sociedade onde todos os direitos humanos e sociais sejam plenamente respeitados. A salvação compreende todos os homens e todo o homem. A ação libertadora de Cristo feito homem nessa história una e não numa história marginal à vida real dos homens, está no coração do fluir histórico da humanidade, a luta por uma sociedade justa inscrever-se plenamente e por direito próprio na história salvífica. [7] Nesse sentido, a realização do reino de Deus é obra humana porque está condicionada ao desejo de a querer da parte dos homens, como igualmente pensava Richard Shaull, segundo Rubem Alves. O problema do céu, Deus já o resolveu por nós. Não há nada que tenhamos de fazer. Resolvido o problema do céu, estamos livres para cuidar da terra, que é o nosso destino. (http://www.geocities.com/mec_mexico/112600_rubem.html )

Na linha mais conservadora, o reino de Deus é e será entendido em perspectiva. O testemunho cristão exibe a evidência desse reino e assim como os judeus passaram séculos carregando a sua pátria nas costas e no coração (o Talmude), os cristãos que efetivamente vivem a Cristo e esperam ansiosos pela Parousia também levam nas costas e no coração a sua (a Bíblia). O reino de Deus não é proclamação política ou ideológica, não pode ser incorporado a um sistema de governo como pensava Walter Rauschenbusch sobre a democracia norte-americana, ou os teólogos da libertação de linha marxista. É experiência de vida e de fé. Lembremos, diz Barth, que o reino de Deus é o domínio da vontade de Deus: o domínio onde se executa o plano que Ele elaborou para Se legitimar, para Gloriar-Se a Si mesmo como Criador e como Senhor e, ao mesmo tempo, justificar e glorificar a sua criatura. Essa criatura que, em relação a Ele é tão pequena, fraca e ameaçada, tão sujeita a falhar, porque está contaminada pelo pecado, perdida, reduzida a nada. Mas a vontade de Deus é manter sua criatura, salvá-la e completar Sua obra pela manifestação de Seu reino. [8]Para Bonhöeffer o reino de Deus pertence a toda a comunidade dos eleitos de Deus porque Deus chama à todos à decisão e à salvação. Os discípulos são declarados bem-aventurados por causa do chamado de Jesus, chamado ao qual obedeceram. O povo todo é declarado bem aventurado por causa da promessa feita a ele. Resta, porém, a pergunta: será que o povo de Deus aceitará, na fé em Jesus Cristo e sua palavra essa promissão? Ou se distanciará de Cristo e de sua igreja em descrença? [9] Para Bonhöeffer, o discípulo, isto é, aquele que herdará o reino de Deus, é essencialmente uma pessoa carente e que pelo seu nome tudo perdera, inclusive a si mesmo, nada mais lhes restando senão confiar naquele que o chamou [10]. Essa confiança em meio a toda a privação e angústia é a maior evidência de que a expectativa escatológica do reino de Deus vive na vida do crente e que,

Page 5: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

de modo real, ele já pode ser considerado um cidadão desse reino pelo modo como testifica a sua realidade em sua vida, a sua grandeza inimaginável e pelo modo resignado como aguarda a realização da Parousia, isto é, orando e intercedendo.

De tudo isso, devemos apenas salientar duas coisas: o reino de Deus não é totalmente transcendente porque ele também se insere como um projeto para o homem, e sendo um projeto para o homem ele é totalmente histórico, porque se abre para as possibilidades humanas. Por outro lado, ele também não é totalmente imanente porque afirmar isso nos coloca com o problema da afirmação escatológica que do Pai Nosso ao Apocalipse é reafirmada. O reino de Deus, portanto, não é uma realidade idealizada, no sentido de não sabermos como ele será, mas também não pode ser tratado como uma realidade que não se faz presente no tempo histórico na vida do crente. É, portanto, uma realidade que se manifesta na vida do cristão por meio da fé e que apenas pela fé é mensurado. Também não tem sentido especular sobre a escatologia presente e futura no Pai Nosso ou em outros textos porque na afirmação presente do Reino se inaugura o futuro como sendo de salvação e juízo, mas não o antecipa. Por outro lado, só se fala do futuro escatológico porque a pregação escatológica do hoje transforme esse em dia de decisão. Desse modo, nos discursos de Jesus e também no Pai Nosso, falar do presente significa falar do futuro, e falar do futuro significa falar do presente. [11]

faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje...

Essas duas afirmações se ligam diretamente à santidade e a abscondidade de Deus. Só Deus pode fazer vir à lume o que não existe e só Ele pode de fato nos sustentar. E de fato, o pão é apenas uma das necessidade básicas do ser humano, embora possa simbolizar (como simboliza para os reformadores) tudo o mais que o homem tenha necessidade. Roupa, casa, trabalho, carinho, amor, reconhecimento, etc. Porém, nem sempre quando anunciamos nossas necessidades, temos em mente se esse anuncio corresponde também ao querer de Deus ou se estamos pensando no seu kairós, já que tudo se faz conforme a sua vontade, e, por conseguinte, ao seu tempo. E por que pedimos? Porque estamos peregrinando pelo mundo, porque somos insuficientes, em suma, porque pela nossa vontade nada podemos fazer. Na arrogância pedante do ser humano, este sempre se esquece de que tudo no mundo está na suserania de Deus porque pela fé se expressa aquilo que é o desejo do ser humano [12]. Precisamos reconhecer as bênçãos de Deus em nossas vidas e aprender isso [13], porque de nós mesmos não podemos gerar o alimento, nem garantir a sobrevivência no dia seguinte. Tudo isso é garantido por Deus e por isso devemos dar graças pelas bênçãos que Deus nos proporciona na medida em que nos concebe a vida para podermos lutar pela sobreviência. Além disso, o Pai Nosso nos colcoa numa relação de total e consciente dependência de Deus, pois na oração o que se pede é que seja feita a vontade de Deus e não a nossa. Que sua vontade e conselho prevalesça contra todas as investidas e propósitos do mundo e daquele que busca o contrário a essa vontade e deliberação, ainda que o mundo inteiro compactue e arregimente forças para se lhe opor [14]. É o reconhecimento da total insuficiência e incapacidade do homem de gerenciar a sua própria existencia e remetem tanto ao longo debate de Lutero e Erasmo sobre o livre-arbítrio como na própria crítica da Reforma acerca da antropologia do Renascimento. Nesse sentido o Pai Nosso conclama o homem a esvaziar-se de si mesmo e da sua pretensa auto-suficiência (Ekhardt). Bornkamm ainda salienta: a fé é o elemento pelo qual se tem a certeza quanto a ação e poder de Deus que se manifesta sempre quando se revela a incapacidade humana [15]. Sem essa fé não é possível o milagre pois para que haja milagre é necessário que a fé o acolha sem dúvidas ou temores [16]. Como doutrina Lutero:

Fé não é ilusão e o sonho humano que muitos acham que é. (...) Fé é uma obra divina em nós, que nos modifica e nos faz renascer em Deus, Jo 1 [13], mata o velho Adão e transforma-nos em pessoas bem diferentes de coração, sentimento, mentalidade e todas as forças, e traz consigo o Espírito Santo. Ah, há algo muito vivo, atuante, efetivo e poderoso na fé, a ponto de não ser possível que ela cesse de praticar o bem. Ela também não pergunta se há boas obras a fazer e sim, antes, que surja a pergunta, ela já as realizou e sempre está a realizar. (...) Fé é uma confiança viva, inabalável na graça de Deus, tão

Page 6: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

certa de si que ela não se importaria de morrer mil vezes. E semelhante confiança e reconhecimento da graça divina tornam alegre, persistente e agradável perante Deus e todas as criaturas, o que é ocasionado pelo Espírito da fé. Por isso, sem coação, ela se dispõe voluntariamente a fazer o bem a todo mundo, a servir a todo mundo, sofrer tudo por amor, e em louvor a Deus que lhe demonstrou tamanha graça, de sorte que é impossível separar as obras da fé, como é impossível separar a luz do fogo. [17]

Contudo, a fé não diz respeito apenas ao pão físico, mas também ao pão espiritual que veio ao mundo para alimentar, pela fé, os homens sedentos de justiça e esperança e que só podem ser plenamente atendidas pela fé. O pão alimentar é também o pão espiritual e escatológico. [18]

e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores...

O Pai Nosso diz que nós somos devedores nesse mundo, não só por causa dos abusos que cometemos, mas também por ingratidão. Deus nos abençoa com comida, vestimenta, trabalho, paz (política e social) casamento, filhos, etc, e muitas vezes não nos atentamos na necessidade de agradecermos a Deus por essas bênçãos. Nós devemos a Deus e não devemos qualquer coisa ou alguma coisa, mas simplesmente todas as coisas, nossas vidas, por exemplo. Somos seus filhos e não sabemos reconhecê-Lo [19]. Além disso, nos manda perdoar aos que nos devem. Esse é um ponto importante da relação do homem com Deus como também em relação ao seu semelhante. O homem tem de perdoar, e só é possível o poder se o homem aprender a amar porque não se perdoa de verdade sem se amar de verdade. Isso é mandamento no AT (Levítico 19.18), bem como no NT (Gálatas 5.14; Tiago 2.8), na verdade, o próprio Cristo nos fala que ainda devemos entrar em acordo com o nosso desafeto (Mateus 5.25) e que quem se irar ou se insuflar contra seu irão está passivo de julgamento (5.22). Portanto, devemos não somente perdoar mas também amar. A um ser humano, diz Kierkegaard, tu deves amar como a ti mesmo. Em suma, devemos amar por obediência. [20] Mas quem devemos amar? Todo aquele que está próximo de nós precisa ser amado, mas não aqueles a quem mantemos predileção, mas sim, e sobretudo, aqueles que estão próximos em termos de outrém, e conseqüentemente, da necessidade de outrém. Assim, é desse outrém a quem a oração do Pai Nosso, bem como o magistério paulino se referem. O que Jesus nos pede é que perdoemos como mandamento, mas também como amor, porque somos devedores tanto quanto credores. Mais do que isso: devemos amar ao próximo como nós mesmos nos amamos. Portanto, o perdão se liga ao amor e ambos se ligam ao que Kierkegaard chama de lei real, e é esse princípio legal que não apenas difere o cristão do pagão como ainda revela dentro do próprio cristianismo os pagãos travestidos [21].

e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!

Kierkegaard concebe o advento do pecado como decorrência da angustia. Em Adão, o homem era totalmente inocente e por ser inocente não tinha nada porque lutar, nenhuma inquietação, nenhuma insegurança. Dessa insegurança nasce a angústia que o filósofo dinamarquês descreve magistralmente como uma qualificação do espírito que sonha [22]. Portanto, a tese de Kierkegaard concebe o homem adâmico como um ser que se torna pecador em virtude de não ter consciência do seu devir e dessa inconsciência latejar a angústia em ser. De certo modo a exegese apóia esse pensamento já que o termo hebraico sarah (Êxodo 32.8; Deuteronômio 9.12; 13.6) significa transgredir como forma consciente de desobediência enquanto o grego adikia é o hebraico vertido que se traduz por mentira, termo que Paulo também trabalha em suas cartas. Entender a natureza humana a partir da história da queda, como nos propõe Kierkegaard, é um desafio de suma importância especialmente se o fizermos da premissa de que não poderemos prosseguir com essa investigação se nos detivermos com a concepção teológica da leitura mítica da narrativa da queda que Kierkegaard – como nós – iremos, por ora rejeitar. Para Kierkegaard, Adão, enquanto espírito é um espírito sonhando e por essa razão não era propriamente um

Page 7: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

homem, precisamente porque lhe falta o discernimento necessário da sua condição [23], é com o pecado, portanto, que Adão tem consciência do que é, e é por essa consciência que o pecado adentra no mundo. Se o pecado tem qualquer relação com a sexualidade, nem para Kierkegaard, nem para nós tampouco, isso interessa. O que nos vêem ao caso, tal como o final da oração, é a consciência do que o pecado é. O pecado é infidelidade junto a Deus onde não se pode ao mesmo tempo servir a Deus e a outro senhor. Não se serve a Deus senão de todo o coração e isso fica implícito na frase onde somente Deus nos livra das tentações. Aparentemente o texto parece sugerir uma contradição já que Tiago 1.13 – 14 afirma que Deus não tenta ninguém, mas uma leitura répida mostra que ambas as estruturas textuais se harmonizam totalmente. Em Mateus, não se está falando que Deus tenta mas que o homem pode ser tentado e que para fugir da tentação, somente por meio da oração. Assim, não é Deus que tenta o homem mas o próprio homem que se envolve numa situação de tentação. Por isso também que o mesmo Deus que não deixa o cristão cair em tentação também livra do mal porque quem suplica está consciente de que não pode por si mesmo fugir do mal, mas está em dependência daquele que é o único que pode de fato nos preservar das astúcias do diabo. Isso de maneira alguma diminui o homem, mas revela que em si mesmo ele nada pode encontrar que suscite uma postura de autonomia total que o levaria certamente a colocar-se numa posição de independência, e mais do que isso, lhe insuflar a idéia de que também pode por si mesmo mudar a ordem das coisas da forma estabelecida. O homem na verdade não pode enfrentar sozinho o pecado porque ele nasce na angústia – isto é, a angústia é um estado inerente ao ser humano mesmo quando, como vimos, o homem adâmico não tenha nada com que se preocupar nem com sentir concupiscência, mas que ainda assim sente a angústia – e também se desenvolve com a angústia. [24]

Finalmente a doxologia, como lembra Barth, abrange a oração em todo o conjunto já que somente a Deus pertence o reino escatológico, a honra e a glória que Ele não divide com ninguém. Parece não haver dúvidas de que a passagem é um apodo, que não faz parte do texto original mas que Barth, como Lutero, concebem como um adendo ou apêndice ficaremos, porém, com a idéia da doxologia já que ela expressa melhor a idéia da oração comunitária, e por isso se insere melhor nas tradições históricas da comunidade cristã primitiva.

Notas:

[1] BORNHAMM Günther, Jesus de Nazaré, p. 226.[2] OS V [O Pai Nosso], p. 117.[3] Ob cit, p. 119.[4] BARTH Karl. O Pai Nosso, p. 39. [5] Ibidem, p. 40.[6] Ibidem, p. 41.[7] GUTIERREZ Gustavo, Teologia da Libertação, p. 146. [8] BARTH Karl, ob cit, p. 49.[9] BONHÖEFFER Dietrich, Discipulado, p.59-60. [10] Ibidem, p. 60.[11] BORNKAMM Günther, ob cit, p. 155 – 160.[12] LUTERO ob cit, p. 121. [13] Ibidem, p. 123. [14] Ibidem, p. 124. [15] Ibidem, p. 218. [16] Ibidem, p. 219. [17] LUTERO Martinho, OS VIII [Prefácio à Epístola aos Romanos], p. 131 – 133. [18] BARTH Karl, ob cit, p. 57. [19] Ibidem, ob cit, p. 60. [20] KIERKEGAARD Sören. As Obras do Amor, p. 35. [21] Ibidem, ob cit, p. 40. [22] Ibidem, O Conceito de Angústia, p. 45. [23] Ibidem, p. 52. [24] Ibidem, p. 58.

Page 8: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

BIBLIOGRAFIA: BARTH Karl. O Pai Nosso. S.Paulo, Fonte Editorial, 2006. BONHÖEFFER Dietrich. Discipulado. 8 ed. S.Leopoldo, Sinodal, 2004. BORNKAMM Günther. Jesus de Nazaré, 2 ed revista e atualizada. S.Paulo, Teológica, 2005. GUTIERREZ Gustavo. Teologia da Libertação. 5 ed. Petrópolis, Vozes, 1985. KIERKEGAARD Sören. As Obras do Amor. Petrópolis, Bragança Paulista; Vozes e Editora Universitária S.Francisco, 2005. O Conceito de Angústia. Petrópolis, Bragança Paulista; Vozes e Editora Universitária S.Francisco, 2010. LUTERO Martinho. Obras Selecionadas, vol V. São Leopoldo, Comissão Interluterana de Literatura, 1995. vol VIII. São Leopoldo, Comissão Interluterana de Literatura, 2003.

Jesus ensinou seus discípulos a orar e deixou um modelo de oração que deve ser bem entendida. Mais do que uma “reza” prá ser repetida por “papagaios religiosos” a oração do “Pai nosso” tem lições que vamos ver agora, são 10 itens:

1º - REDENÇÃO - Pai nosso ...Podemos dizer Pai nosso, porque os que aceitaram Jesus são feitos filhos de Deus. (João 1:12) 2º - AUTORIDADE - ... que estás nos céus ...Ele é o Senhor soberano, criador, todo-poderoso, tem autoridade e nos dá autoridade (Mc. 16:17; Lc. 10:19) 3º - ADORAÇÃO - ... santificado seja o Teu nome ...O Senhor procura verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade. (Jo. 4:23-24). A expressão “Teu nome” se refere a Deus na Sua totalidade, significa Deus em todos os Seus atributos, é a preocupação genuína em dar toda a glória a Deus Pai. (João 8:50). 4º - GOVERNO - ...venha a nós o Teu reino ...Deus governa todo o Universo e governa também minha vida, o governo de Deus implica em impactar o mundo através do Evangelho, quando vidas são libertas, famílias restauradas, enfermos são curados, pecadores transformados em santos, o Reino de Deus está sendo implantado. Quando oramos: “venha o Teu reino”, estamos orando pelo sucesso do evangelho, em sua amplitude e poder, é uma oração missionária, e também indica que estamos esperando e apressando a vinda do dia de Deus. (II Pe. 3:12; Mt. 24:14). 5º - SUBMISSÃO - ... seja feita a Tua vontade assim na Terra como no céu ...Quando eu começo a desejar a vontade de Deus e não a minha, os itens anteriores são verdade, sou filho, reconheço Sua autoridade, O adoro, estabeleço o Seu governo e não do homem, enfim, seja na Terra ou no céu, Sua vontade é perfeita, boa e agradável. (Rm. 12:2). Esse deve ser o desejo de todo crente sincero ansiando para que o mundo inteiro venha a conheçê-Lo também. 6º - PROVISÃO - ... o pão nosso de cada dia nos dá hoje ...Deus garante a provisão necessária para os seus filhos, isso é a expressão do Seu cuidado conosco. A nós cabe viver na Sua dependência, confiando nas Suas promessas. Cristo começa pedindo pelo corpo. 7º - PERDÃO - ... perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores ...Perdoar não é uma condição para sermos perdoados por Ele, as palavras demonstram o Seu interesse em nos lembrar da necessidade e importância do perdão. A parábola do credor incompassivo ensinam que a prova que você e eu fomos perdoados é que perdoamos aos outros. O homem que sabe que foi perdoado em virtude do sangue vertido por Cristo, e nada mais, é o indivíduo que sente a compulsão de perdoar os outros. 8º - PROTEÇÃO - ... não nos deixes cair em tentação ...

Page 9: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Assim como Jesus estendeu a Sua mão e segurou a Pedro, assim devemos estar pedindo que Deus nos segure com Sua mão porque Ele conhece nossa fraqueza. Jesus é o nosso Pastor e nos guiará em proteção. Nesse sentido Jesus nos ensina a orar e vigiar para não entrar em tentação (Mt. 26:41). 9º - LIBERTAÇÃO - ... mas livra-nos do mal ...Por qual motivo deveríamos pedir a Deus para sermos resguardados do mal? Pelo grande e admirável motivo que a nossa comunhão com Deus jamais venha a sofrer interrupção. O mal aqui inclui não somente o diabo mas também todas as formas e variedades do mal. Só está livre quem é redimido por Cristo (Jo. 8:32) 10º - SEGURANÇA - ... pois Teu é o Reino, o poder e a glória para sempre.Quando consideramos as nossas necessidades e também o quanto dependemos d'Ele e as nossas relações com Ele, não podemos parar, dizendo: “livra-nos do mal”. Precisamos terminar nossa oração conforme havíamos começado, isto é, louvando ao Senhor. Podemos chegar com confiança diante do Trono da graça (Hb. 4:16) Releia toda essa apostila bem como os estudos anteriores e comece a praticar tudo o que o Espírito Santo de Deus tem te ensinado. No próximo estudo vamos entrar na questão do jejum.

http://www.montesiao.pro.br/estudos/intercessao/entendendo_painosso.html

Estudo sobre a Oração do Pai Nosso

Mateus 6:5-13

5- E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 6- Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. 7- E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos. 8- Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes. 9- Portanto, orai vós deste modo: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10- venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; 11- o pão nosso de cada dia nos dá hoje; 12- e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também temos perdoado aos nossos devedores; 13- e não nos deixes entrar em tentação; mas livra-nos do mal. [Porque teu é o reino e o poder, e a glória, para sempre, Amém.]

Introdução:

A oração é algo que tem sido colocado de lado na vida de muitos de nós. Muitos não acham tempo para orar, outros não encontram motivos para orar. Há pessoa que até falam: Para que orar tanto se Deus já sabe de todas as coisas?

Esquecem-se, porém que apesar de Deus realmente saber de todas as coisas, ele concede bem aos que sabem pedir-Lhe com sabedoria (Jo.14:13-14).

Outros usam da oração como arma de vingança e como uma forma de barganhar com Deus e exatamente por isso não recebem o que pedem (Tg.4:3).

Mas para que e porque orar então? E, como orar?A oração do Pai Nosso é como se fosse uma aula dada por Jesus sobre a oração,

buscaremos hoje ver detalhadamente os passos deixados por Jesus para que apliquemos os mesmos no nosso dia-a-dia. Passaremos pelos aspectos práticos e espirituais do Pai Nosso e buscaremos uma edificação para nossas vidas.

Veremos a seguir um modelo de oração ensinado por Jesus para que possamos, através dele orarmos de uma melhor forma.

Page 10: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Pai Nosso:Em primeiro lugar em nossas orações devemos ter bem claro em nossas mentes

quem é Deus. Muitos O tem como um tirano que fica lá nos céus longe da gente assistindo as maiores barbaridades do mundo sem fazer nada. Será que Deus é isso mesmo? De maneira alguma. Deus Reina e Governa soberanamente sobre sua criação (Sl.11:4; 99:1).

Jesus nos mostra, logo de início que Deus é um Pai coletivo, Pai de muitos filhos. Ele poderia iniciar esta oração dizendo apenas Pai, referindo-se à paternidade de Deus única e exclusivamente a si próprio, contudo, o Senhor Jesus amplia o termos de forma a abranger todos os que O recebem como único e suficiente Salvador. (Jo.1:12 – Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu Nome.)

Assim sendo, logo de início, a oração do “Pai Nosso” nos ensina que podemos nos achegar a Deus como seus filhos amados. Para isso Ele nos deu o seu Espírito que habita em nós e gerando intimidade em nossos corações. (Gl.4:6 - E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!)

O nosso relacionamento com Deus como sendo o Pai, faz com que sintamos o amor do Pai para conosco, e invocá-Lo como Pai nosso que estais no céu, mostra uma profunda profissão de fé de que Deus está próximo e é verdadeiro Pai. O Deus que se relaciona com a sua criação a ama como um pai ama ao seu filho.

Que estais no céu:Com respeito a esse termo, “que estais no céu”, muitos O tem como um Deus

distante, que fica lá nos céus longe da gente assistindo aos acontecimentos do mundo sem fazer nada. Será que Deus é isso mesmo? De maneira alguma. Deus Reina e Governa soberanamente sobre sua criação sim, contudo, Ele se envolve e se relaciona conosco.

A Bíblia afirma claramente esse relacionamento (Jr.23:23-24 – 23- Acaso, sou Deus apenas de perto, diz o SENHOR, e não também de longe? 24- Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? — diz o SENHOR; porventura, não encho eu os céus e a terra? — diz o SENHOR.)

Ao dizer que Deus está nos céus, Jesus aponta para a sua transcendência com respeito às questões humanas, mostrando que nós, por nossos próprios esforços não somos capazes de alcançá-lo, contudo Ele, pela Graça e misericórdia desce até nós e nos toca os corações.

Santificado seja o Teu nome:Uma vez tendo compreendido alguns aspectos importantes de quem é Deus e do seu

amor paternal para conosco, devemos ainda compreender a necessidade que temos de adorar ao Deus Único e Verdadeiro.

A exaltação a Deus é o fim principal do homem e, em nossas orações, deve sempre ter um lugar de destaque, pois estamos orando ao Todo Poderoso. A nossa intimidade com Deus não pode esvaziar a reverência da qual Deus é digno. Precisamos compreender que o fato de Deus ser nosso Pai não o faz menos Deus, o fato de Ele relacionar-se conosco não o faz menos digno de adoração. Deus é e sempre será Deus, acima de tudo e de todos.

Se estamos buscando algo que não vemos é porque temos a fé que Ele existe (Hb.11:6), e sendo Ele incomparavelmente maior que tudo o que há (Sl.135:5), deve ser exaltado antes de qualquer outra coisa (Sl.113:4).

Deus é eternamente Santo em sua essência, contudo, em forma de testemunho no mundo, nós santificamos o nome de Deus quando as pessoas vêm Deus em nós por intermédio de nossas vidas e por intermédio do nosso relacionamento de temor para com Ele. (Mt.5:16)

Santificamos o nome de Deus quando por nossa própria vida ajudamos a construir relações humana mais equânimes e mais santas que cortam o passo para a violência e a exploração do homem pelo homem. (Lv.19:36; Pv.11:1; 20:23; Ez.45:10; Mq.6:11)

Venha o Teu Reino:O Reino de Deus que pede-se vir na oração do Pai-nosso, não é somente um reino

imaginário, futurístico e ilusório; nem tampouco um reino só de proclamação das coisas boas de Deus. Não é um reino delimitado por um território, mas sim um reino marcado pelo poderio e autoridade divina que transforma o velho em novo, o injusto em justo e o

Page 11: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

enfermo em são (Is.61:1-3). O Reino veio de uma forma plena na vida e na ressurreição de Jesus. (Gl.4:4)

Assim como Cristo não só pregou o Reino, mas o implantou, devemos fazer em nossos dias. Dias estes que estão repletos de injustiça e desamor. Oscar Cullman diz que o Reino de Deus é o “reino do já e do ainda não”; ou seja, ele já foi iniciado com a vinda de Jesus ao mundo, contudo será completado somente na sua volta. (Ap.14:7; 19:7)

Seja feita a Tua vontade:Talvez essa seja a parte mais difícil da oração do Pai Nosso. Todas as vezes que

pedimos a Deus que Ele faça a Sua vontade, automaticamente estamos renunciando a nossa própria vontade (Lc.9:23). Será que queremos realmente que a vontade de Deus seja feita em nós e através de nós? Podemos falar como João Batista (Jo.30:3) e como Jesus (Mt.26:39)?

A vontade de Deus é que tudo chegue à unidade da perfeição (Ef.4:12-14), e isto só depende de Deus (Fp.2:13).

Contudo, esta vontade consiste em que o homem não tome a forma maldosa deste mundo e sim que ele se renove e renove também o mundo com uma nova mentalidade (Rm.12:1-2); e, sendo assim, a vontade de Deus, no caso, é feita através de nossas vidas no mundo.

O pão nosso de cada dia nos dá hoje:Já nesta parte da oração tem muita gente que é craque. Pai me dá isso, me dá

aquilo, eu preciso disso, eu preciso daquilo, e assim por diante. Tem uns até que inventam fórmulas de proporção para que recebamos alguma coisa de Deus e distorcem até a Palavra (Lc.6:38), como se o Soberano precisasse de algo que nós temos e Ele não possa ter, a ponto de aceitar uma troquinha conosco. (Jó 38:3-13; 40:1-2; 41:11; Rm.11:33-36)

Nesse ponto, na verdade, a oração do Pai Nosso nos mostra a importância das coisas terreais, do homem e suas necessidades. Deus quis que o homem trabalhasse pelo seu pão (Gn.3:19; Ef.4:18), prometendo bênçãos neste sentido (Dt.28:1-14).

A necessidade do pão é individual mas sua satisfação tem que ser comunitária no meio do Corpo de Cristo que é a Igreja (Gl.6:10; 1Jo.3:16-18). O pão que se come fruto da enganação e do roubo não é abençoado por Deus. Deus nos dá o pão a cada dia pelo trabalho individual assim como o Maná que caía no deserto (Ex.16:4-5,14-15,21,31-32).

Perdoa-nos as nossas dívidas:Novamente surge algo que é gostoso de se pedir no Pai Nosso. Quem é que não quer

o perdão de Deus? O que acontece porém, é que muitos estão pedindo condenação para as suas próprias vidas ao orarem este trecho do Pai Nosso (Mt.6:12). Imagine se Deus realmente nos perdoasse somente à medida em que perdoamos as outras pessoas que nos fazem algum mal? Estaríamos perdidos – literalmente – seria um desastre. O céu ficaria praticamente vazio.

Neste nível de relacionamento surgem as diferenças de atitudes: de amor, de amizade, de simpatia, de colaboração, de indiferença, de rechaço, de humilhação, de altivez, de exploração. Pede-se um tomada de decisão incisiva, pró ou contra.

Jesus quer nos mostrar que devemos ser misericordiosos e acima de tudo devemos olhar as misericórdias de Deus para conosco (Lm.3:21-23). A nossa dívida para com o Autor da Vida é tamanha que por mais que façamos não podemos pagá-la (1Co.7:23; Cl.2:13-14; Rm.5:8), porém se usarmos de misericórdia mútua, também seremos alvo da misericórdia de Deus.

O exemplo é o próprio Cristo que se esvaziou e tornou-se servo nosso em amor e submissão ao Pai. (Fp.2:5-8; Ef.5:1)

E não nos deixe cair em tentação:Essa parte da oração deveria ser repetida e aplicada de segundo em segundo em

nossas vidas. O homem é um ser totalmente tentável exatamente pela sua característica humana carnal voltada para si mesmo (Jr.17:9; Rm.7:14-21). A tentação, contudo, não recebe um efeito punitivo, mas um sentido de se pagar o preço pela fidelidade a Deus (Tg.1:13-14). O mal propriamente não está em ter tentações mas em cair nelas, e este último é a real desgraça do ser humano.

Page 12: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

O próprio Jesus intercede por nós a esse respeito, mostrando a sua preocupação com a nossa integridade espiritual e com a nossa salvação (Jo17:15-21).

Mas livra-nos do mal:Que mal é esse que Jesus pede para que o Pai nos livre? Este mal com certeza tem a

ver com a apostasia, com a inclinação tremenda pelo pecado e com a morte eterna. É o mal que vem da incredulidade (Hb.10:26; Hb.12:16-17)

O mal está arraigado às estruturas desse mundo. Jesus aponta para a necessidade de nossa santificação. Este livrar do mal está ligado diretamente à incorruptibilidade que recebemos por intermédio do sangue de Cristo (1Co.15:53-54).

Este livramento do mal também nos é mostrado em forma de promessa, fazendo que exercitemos nossa fé na ação poderosa de Deus em nosso favor (2Ts.3:3; 1Jo.5:4,18).

Pois Teu é o Reino, o poder e a glória para sempre:Jesus nos leva a fazer uma pública profissão de fé nesta parte da oração. Ao

declaramos o domínio e a soberania de Deus, o fazemos não apenas sobre coisas inanimadas, mas também, e principalmente sobre nossas vidas.

Aqui nos lembramos do poder de Deus e do seu cuidado especial para conosco (Mt.10:30; Lc.12:24-32). O Deus que é dono do Reino tem poder para sustentá-lo na palma de suas mãos (Hb.1:1-3). Esta soberania absoluta de Deus também é base para nossa fé no que se refere à salvação, uma vez que é Ele mesmo quem a sustenta (Jo.6:37; 15:16; 2Tm.1:12).

Amém:Finalizando, chegamos ao amém. O amém significa: assim seja.O amém mostra a esperança do povo na ação integral de Deus operada em nossas

vidas. A oração do Pai-nosso começou na confiança de quem ergue o olhar para o céu donde nos vem a libertação, e, após passar pelas opressões humanas, termina novamente na confiança de que todo o bem vêm do Senhor (Tg.1:17).

Na verdade, o amém aponta para a certeza de que maior que as nossas necessidades, é a nossa confiança no Deus que nos conhece muito bem (Sl.139:1-5). O amém é a certeza de que o nosso Pai Celestial já nos atendeu. Amém.

Conclusão:Ao orarmos embasados na realidade mostrada por Jesus no Pai Nosso, nossa fé é

exercitada, temos um real crescimento espiritual e achegamo-nos mais perto do Pai.Que estas verdades eternas possam encontrar lugar em nossos corações

eternamente, em Cristo Jesus.

Rev. Alessandro Capelari

Igreja Presbiteriana do Jardim Alvorada.

Não andeis ansiosos de coisa alguma. Em tudo, porém sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições pela oração e pela súplica com ações de graças.Filipenses 4:6 Atualizado em 09/01/01

Deus tem um propósito a realizar, mas ele precisa que o homem esteja disposto a orar, para que se estabeleça Sua vontade aqui na Terra, está é a função da oração, preparar um caminho para que Deus realize Sua vontade, assim como uma locomotiva necessita dos trilhos para andar, Deus necessita da oração do homem para levar adiante Sua vontade, sendo assim o homem deve fazer com que sua vontade seja unida com a vontade de Deus para que se estabeleçam seus designos, como podemos ver em 1 Jo 5:14-15 "E esta é a confiança que temos para com ele, que, se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito.", a oração tem como objetivo que nós venhamos a fazer com que a vontade de Deus se estabeleça aqui na terra, desta forma, devemos conhecer melhor a vontade de

Page 13: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Deus, para que nossas orações sejam agradáveis a Deus e nossos propósitos sejam cumpridos.

A oração é o estabelecimento de um diálogo do homem com Deus, sendo que, devemos estar atentos a resposta de Deus, que vem através de nosso espírito ou através das circunstâncias exteriores. É através da oração que nós colocamos nossas ansiedades nas mãos de Deus, crendo que Ele é poderoso para nos dar paz interior, e resolver nossos problemas da melhor maneira possível para nosso crescimento espiritual. Quando somos iluminados por Deus, em nossa consciência, de nossos pecados, nós devemos imediatamente pedir perdão a Deus,  através da oração, pedindo para sermos lavados pelo seu sangue, e nossos pecados seram perdoados.

Devemos estar sempre orando, para sermos guardados das tentativas de satanás de nos levar ao pecado. Podemos dizer que a oração é o nosso termômetro espiritual, quando nós não conseguimos orar, indica que não estamos bem espiritualmente. Devemos aprender a observar o falar divino, em nosso espírito, enquanto estamos orando, pois Deus se comunica conosco através de nossa intuição, que é uma das partes do nosso espírito, mas cabe a nós, utilizando o nosso conhecimento bíblico, discernirmos se é ou não de Deus este falar, pois o inimigo pode também tentar nos enganar, lançando pensamentos em nossa mente que sutilmente nos induziram ao pecado.

Vamos analisar o trecho da Bíblia mais importante sobre a oração, que se encontra em Mt 6:5-13:5 E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

A oração não é algo formal, para atrair a atenção do homens, como faziam os fariseus, e por isso foram condenados (v. 5). Eles estavam acostumados a orar formalmente 18 vezes ao dia, segundo as leis herdadas dos antepassados, e observavam com rigor pontual os horários destinados à oração, onde quer que estivessem. Por isso, com freqüência eram obrigados a orar em público, e os judeus, admirados, sempre os surpreendiam em sua prática nas esquinas das ruas. A oração passou a ter , então, caráter de mero ritualismo, sem consistência espiritual, onde o que contava era a exterioridade sofisticada de palavras vazias para receber o louvor humano.

A oração também não é como a reza, uma repetição interminável de enunciados que não traduzem os sentimentos do coração (v. 7). Este era o costume dos gentios, adeptos das religiões politeístas, que horas a fio repetiam mecanicamente as mesmas palavras diante de seus deuses, o que mereceu a veemente reprovação do Senhor Jesus, pois o mesmo estava ocorrendo com os praticantes da religião judaica.

Afinal o que é a oração? A melhor definição encontra-se, é obvio, na Bíblia. Nenhum conceito teológico expressa com a mesma clareza e simplicidade o que ela significa. A oração é segundo as Escrituras, uma via de mão dupla através da qual o crente , com se clamor, chega à presença de Deus, e este vem ao seu encontro, com as respostas (Jr 33:3 " Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes."). A oração é fruto espontâneo da consciência de um relacionamento pessoal com o Todo-Poderoso, onde não há espaço para o monólogo, pois quem ora não apenas fala, mas também precisa estar disposto a ouvir. É um diálogo onde o crente aprofunda sua

Page 14: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

comunhão com Deus e ambos conversam numa linguagem que tem como intérprete o Espírito Santo (Rm 8:26-27 "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.") .

A Bíblia é o livro da oração . Suas páginas evocam grandes momentos da história humana que foram vividos em oração. Compare Js 10:12-15 "e os sidônios, e os amalequitas, e os maonitas vos oprimiam, e vós clamáveis a mim, não vos livrei eu das suas mãos? Contudo, vós me deixastes a mim e servistes a outros deuses, pelo que não vos livrarei mais. Ide e clamai aos deuses que escolhestes; eles que vos livrem no tempo do vosso aperto. Mas os filhos de Israel disseram ao SENHOR: Temos pecado; faze-nos tudo quanto te parecer bem; porém livra-nos ainda esta vez, te rogamos.;" e 2 Rs 6:17 "Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.". Desde o seu primeiro livro, Gênesis, até Apocalipse, fica claro que orar é parte da natureza espiritual do ser humano, assim como a nutrição é parte do seu sistema fisiológico. Os grandes fatos escatológicos, como previstos no último livro da Bíblia, serão resultado das orações dos santos, que clamam a Deus ao longo dos séculos pelo cumprimento de sua justiça (Ap 5:8 "e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,"; Ap 8:3-4 "Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos.").

Orar não pode ser visto como ato de penitência para meramente subjugar a carne. Em nenhum momento a Bíblia traz esta ênfase. Oração não é castigo (assim como a leitura das Escrituras), idéia que alguns pais equivocadamente passam para os filhos, quando os ordena a orar como disciplina por alguma desobediência. Eles acabam criando uma verdadeira repulsa à vida de oração, desconhecendo o verdadeiro valor que ela representa para as suas vidas, por terem aprendido pela prática a reconhecê-la apenas como meio de castigo pessoal. Ao contrário, se aprenderem que orar é ato que eleva o espírito e brota de maneira espontânea do coração consciente de sua indispensabilidade, como ensina a Bíblia, saberão cultivar a oração como exercício de profunda amizade com Deus que resulta em crescimento espiritual (Cl 1:9 " Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual;"). De igual modo, o mesmo acontecerá conosco.

Podemos observar o valor da oração, observando os heróis da fé, descritos em Hebreus 11, que exercitam sua fé através da oração. Não só eles, mas outros personagens da Bíblia tiveram igual experiência. Abraão subiu ao monte Moriá, para o sacrifício de Isaque, porque seu nível de comunhão com Deus através da oração era tal que ele sabia tratar-se de uma prova de fé (Gn 22:5-8 "Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos."). É o exemplo da oração que persevera e confia. Enoque vivênciou a oração de maneira tão intensa que a Bíblia o denomina como aquele que andava com Deus (Gn 5:24 "Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si."). É o exemplo da oração em todo o tempo.

Moisés trocou a honra e a opulência dos palácios egípcios porque teve o privilégio de falar com o Senhor face a face e com ele manter íntima comunhão por toda a vida , ver Êx 3:1-22 e Ex 4:1-17, ele é o exemplo da oração que muda as circunstâncias. Entre os profetas destaca-se, Elias, cujo exemplo Tiago aproveita para ensinar que o crente sujeito às mesmas fraquezas, pode diante de Deus (Tg 5:17-18 "Elias era homem semelhante

Page 15: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos."). É o exemplo da oração que supera as deficiências humanas.

Esses heróis são as testemunhas mencionadas em Hb 12:1 "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta,". Ou seja, se eles, que não viveram na dispensação do Espírito Santo, tiveram condições de viver de modo tão intenso na presença de Deus, quanto mais o crente, hoje, que conta com o auxílio permanente e direto do Espírito Santo, movendo-o para uma vida de oração. Todos os crentes necessitam, devem e podem ter mesma vida de oração que os santos da Bíblia e tantos outros que a história eclesiástica registra, como George Muller, João Hide, Lutero e Watman Nee.

O maior exemplo de oração, no entanto, foi o próprio Mestre. Sendo ele o Filho de Deus, cujos atributos divinos lhes asseguravam o direito de agir sobrenaturalmente, podia dispensar a oração como prática regular de sua vida. No entanto, ao humanizar-se, esvaziou-se de todas as prerrogativas da divindade e assumiu em plenitude a natureza humana (Fp 2:5-8 "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.") experimentando todas as circunstâncias inerentes ao homem, inclusive a tentação (Hb 4:15 "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado."; Mt 4:1-11 "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-o sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram.").

Ora, isto significa que o Senhor dependeu tanto da oração como qualquer outra pessoa que se proponha a servir integralmente a Deus. Ela foi o instrumento pelo qual pôde suportar as afrontas, não dar lugar ao pecado, tomar sobre si o peso da cruz e vencer o maligno (Mt 26:36-46 "Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima.").

Page 16: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Os evangelhos registram a vida de oração do Mestre. Ele orava pela manhã (Mc 1:35 "Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava."), à tarde (Mt 14:23 "E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só.") e passava noites inteiras em comunhão com Deus (Lc 6:12 "Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus."). Se Ele viveu esse tipo de experiência 24 horas por dia, de igual modo Deus espera a mesma atitude de cada crente. Não apenas uns poucos minutos, com palavras rebuscadas de falsa espiritualidade, para receber as honras dos homens, mas em todo o tempo, como oferta de um coração que se dispõe a permanecer humildemente no altar de oração.

A oração modelo, registrada em Mt 6:9-13, não é simplesmente uma fórmula para ser repetida. Se assim fosse, o Mestre não teria condenado as "vãs repetições" dos gentios. Seria uma incongruência. O seu propósito é revelar os pontos principais que dão forma ao conteúdo da oração cristã. Ela não é uma oração universal, mas se destina exclusivamente àqueles que podem reconhecer a Deus como Pai, por intermédio de Jesus Cristo. A oração do crente, sincera e completa em seu objetivo, traz em si estes aspectos:

Reconhecimento da soberania divina (Pai nosso, que estás nos céus,);Reconhecimento da santidade divina (santificado seja o teu nome;);Reconhecimento da vinda do reino no presente e sua implantação no futuro (venha

o teu reino;);Submissão sincera à vontade divina (faça-se a tua vontade, assim na terra

como no céu;)Reconhecimento que Deus supre as nossas necessidades pessoais (11 o pão nosso

de cada dia dá-nos hoje;);Disposição de perdoar para receber perdão (e perdoa-nos as nossas dívidas,

assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;);Proteção contra a tentação e as ações malignas (e não nos deixes cair em

tentação; mas livra-nos do mal); Desprendimento para adorar a Deus em sua glória (pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!).

Os requisitos para que uma oração seja eficaz são:Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína, verdadeira (Mc

11:24 "Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco."; Mc 9:23 "Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê."; Hb 10:22 "aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura.", Tg 1:17 " Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança."; Tg 5:15 "E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.").

Nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus, ou seja, devem estar em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor (Jo 14:13-14 "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei.").

A nossa oração deve ser feita segundo a vontade de Deus que muitas vezes nos é revelada pela sua palavra, que por sua vez deve ser lida com oração (Ef 6:17-18 "Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos", 1 Jo 5:14 " E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve.", Mt 6:10 "venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;"; Lc 11:2 "Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino;"; Mt 26:42 "Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.") .

Devemos andar segundo a vontade de Deus, amá-lo e agradá-lo para que Ele atenda as nossas orações (Mt 6:33 "33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas."; 1 Jo 3:22 "e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável.", Jo 15:7 "Se permanecerdes em mim, e as

Page 17: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito."; Tg 5:16-18 "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.", Sl 66:18 "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido.", Pv 15:8 "O sacrifício dos perversos é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento.").

Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes (Mt 7:7-8 "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á."; Cl 4:2 "Perseverai na oração, vigiando com ações de graças."; 1 Ts 5:17 "Orai sem cessar."; Sl 40:1 "Esperei confiantemente pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro.").

Em princípio, o crente deve orar em todo o tempo (1Ts 5:17 "Orai sem cessar."; Ef 6:18 "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos"). É um estado permanente de comunhão com Deus, onde o seu pensar está ligado as coisas que são do alto (Cl 3:2 "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra;"). É uma condição que não dá lugar para ser atingido pelos dardos inflamados do inimigo, pois seu espírito está sempre alerta, através da oração. Ele deve, no entanto, ter momentos específicos de oração pela manhã, à tarde ou à noite, como fez o nosso Senhor Jesus. Orações públicas, como as que se fazem nos cultos, são também uma prática bíblica, desde que não repitam o formalismo, a exterioridade e a hipocrisia dos fariseus. O Senhor Jesus mesmo, por diversas vezes, orou publicamente (Jo 11:41-42 "Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste.").

O lugar onde se mede a intensidade da comunhão do crente com Deus é no seu "lugar secreto" (Mt 6:6 "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.") para estar a sós com o Senhor. É ali, sozinho, com as portas fechadas para as coisas que o cercam e abertas para o Senhor, que ele de fato revela se a oração é para si mera formalidade ou meio que o conduz à presença de Deus para um diálogo íntimo, pessoal e restaurador com Aquele que deseja estar lado a lado com seus filhos. "A menos que exista tal lugar, a oração pessoal não se manterá por muito tempo nem de maneira persistente". A oração do crente não tem como propósito atrair a atenção dos homens, mas é o meio por excelência de seu encontro pessoal com Deus, para que cresçamos em fé e vivamos uma vida cheia do Espírito Santo, guardando-nos do maligno. Jesus é o Senhor. Amém.

Pergunta: "O que é a oração do Pai Nosso? Devemos fazê-la?"

Resposta: A oração do Pai Nosso é uma oração que Jesus ensinou a Seus discípulos em Mateus 6:9-13 e Lucas 11:2-4. Mateus 6:9-13 diz: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” Muitas pessoas erroneamente compreendem a oração do Pai Nosso como uma oração que devemos fazer palavra por palavra. Alguns tratam a oração do Pai Nosso quase como uma fórmula mágica, como se as palavras por si só tivessem algum poder específico ou influência sobre Deus.A Bíblia nos ensina o oposto. Deus está muito mais interessado em nossos corações quando oramos do que em nossas palavras. Mateus 6:6 nos ensina: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” Mateus 6:7 continua e diz: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.” Na oração, devemos derramar nossos corações a Deus (Filipenses 4:6-7), e não simplesmente recitar a Deus palavras memorizadas.

Page 18: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Ao invés disto, a oração do Pai Nosso deve ser entendida como um exemplo, um padrão de como orar. A oração do Pai Nosso nos ensina a orar. Ela nos dá os “ingredientes” que devem fazer parte da oração. Eis aqui como se esmiúça: “Pai nosso, que estás nos céus” nos ensina a quem devemos dirigir nossas orações, ao Pai. “Santificado seja o Teu nome” nos diz para adorarmos a Deus, e louvá-lo por quem Ele é. A expressão “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” é um lembrete de que devemos orar pelo plano de Deus em nossas vidas e no mundo, não o nosso próprio plano. Devemos orar para que seja feita a vontade de Deus, não por nossos desejos. Somos encorajados a pedir a Deus pelas coisas que precisamos em “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”. “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” nos lembra que confessemos nossos pecados a Deus e nos desviemos deles – e também que perdoemos os outros assim como Deus já nos perdoou. A conclusão da oração do Pai Nosso: “E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal” é uma petição por socorro em alcançar a vitória sobre o pecado e um pedido por proteção contra os ataques do diabo.Mais uma vez, a oração do Pai Nosso não é uma oração para memorizarmos e recitar a Deus. É apenas um exemplo de como devemos orar. Há algo de errado em memorizar a oração do Pai Nosso? Claro que não! Há algo errado em fazer a oração do Pai Nosso a Deus? Não, se o seu coração está nela e você verdadeiramente sente as palavras que diz. Lembre-se: em oração, Deus está muito mais interessado em nossa comunhão com Ele e na sinceridade de nossos corações do que em palavras específicas que possamos usar. Filipenses 4:6-7 declara: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.”Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/oracao-Pai-Nosso.html#ixzz2rtdTNanG

Pergunta: "Por que o Pai Nosso (a Oração do Senhor) não inclui ação de graças? Não devem todas as nossas orações incluir expressões de gratidão?"

Resposta: Parece estranho, dada a exortação do apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 5:17-18: "Orai sem cessar" e "em tudo, dai graças", que o Pai Nosso (a Oração do Senhor) não inclui instruções para a ação de graças. Parece especialmente estranho já que Jesus deu um modelo de ação de graças em oração em outra partes nos Evangelhos.Jesus agradece a Deus pelos alimentos que Ele providencia, inclusive a alimentação milagrosa dos 5.000 (Mateus 14:16-21) e 4000 (Mateus 15:35-38). Ele deu graças pelo cálice e pão na santa ceia (Atos 27:35). Ele agradeceu a Deus por ouvir a Sua solicitação para ressuscitar Lázaro dentre os mortos (João 11:41). Ele ainda agradeceu ao Pai por não revelar os mistérios do reino aos sábios, mas aos pobres, ignorantes e obscuros (Mateus 11:25). No entanto, Ele não menciona ação de graças no Pai Nosso.Se examinarmos a passagem que contém o Pai Nosso (Mateus 6:9-13), primeiro notamos por que Jesus estava ensinando os discípulos a orarem de uma determinada maneira. Jesus estava criticando a forma como os fariseus oravam. Eles oravam em campo aberto, onde todos podiam ver e ouvir. Esta era uma maneira de mostrar ao público quão santos e piedosos eram. Jesus condena essa forma de oração: "Eles já receberam a sua recompensa", a recompensa de serem vistos pelos homens. Jesus não está condenando a oração pública, somente a prática da oração com o objetivo de serem "vistos pelos homens." Nós também vemos Jesus criticando a forma como os gentios oravam constantemente através da repetição contínua da mesma coisa, como se para se certificarem de que o seu deus os ouviu, como os sacerdotes de Baal no Monte Carmelo, em 1 Reis 18.A correção de Jesus contra esses modos de oração era para dar aos Seus discípulos um modelo de oração. Deixemos claro, no entanto, que não oramos o Pai Nosso apenas através da sua recitação, como fazem os católicos romanos. Isso não significa que a recitação corporativa da Oração do Senhor esteja errada. Jesus está se referindo à oração privada aqui, a oração não corporativa.É melhor pensar na Oração do Senhor como uma diretriz geral para a oração - um meio de moldar a nossa vida de oração. A oração contém seis petições. As três primeiras dizem respeito a Deus, e as três últimas se relacionam conosco. Depois de abordar a Deus como "Pai Nosso, que estás nos céus", primeiramente oramos para que o nome de Deus seja

Page 19: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

honrado e glorificado. Em seguida, oramos para que o reino de Deus venha. Há um sentido em que o reino de Deus já está presente desde o advento de Cristo, mas oramos para que o reino venha em sua plenitude. Em terceiro lugar, oramos para que a vontade de Deus - Sua moral, ou revelada, vontade - seja feita aqui na Terra, começando com a gente. Após estas três petições, que se dirigem à glória e majestade de Deus, continuamos com as petições que dizem respeito a nós - a nossa provisão diária, o nosso perdão do pecado e a nossa libertação do mal.Quanto ao porquê de não encontrarmos ações de graças na oração do Pai Nosso, a melhor resposta é que a ação de graças é a atitude com a qual oramos a Deus. Para aqueles que são filhos de Deus, a gratidão vai encher os nossos corações e brotar de nossos lábios a Deus porque sabemos que, entre outras coisas, os nossos pecados são perdoados e temos a vida eterna por meio de Jesus Cristo. Quanto mais contemplarmos o que Deus fez por nós, o mais gratos seremos. A ação de graças se torna natural em nosso relacionamento com Deus em todos os momentos, em todas as condições e em todas as circunstâncias. Paulo escreve em 1 Tessalonicenses 5:18: "Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." Leia mais: http://www.gotquestions.org/Portugues/pai-nosso-acao-gracas.html#ixzz2rteYRweK

Que Pai é Deus? Meditação bíblica para Ministros EclesiaisPor Prof. José Luiz Gonzaga do Prado

UM FATO: Sirlene sempre me falava com entusiasmo de duas irmãzinhas, uma de cinco e outra de três anos, que frequentavam a Escola Infantil Pequeno Príncipe, onde ela trabalhava. O pai das meninas estava separado e vivia ameaçando vir em casa matar a esposa e a sogra, mãe e avó, com quem viviam as meninas. E uma tarde aconteceu: Vieram buscar as meninas mais cedo, pois sua mãe estava morta, e a avó, hospitalizada, com ferimento a bala. Passado o momento do trauma, a avó, restabelecida, continuou com as meninas. Certo dia a maiorzinha chegou à escola dizendo: “Tia, a avó está ensinando a gente a rezar. Quer ver: Em nome do Pai e do Filho… por que é que não tem mãe?”.Para essas duas cabecinhas, pai é quem lhes tirou o chão de debaixo dos pés. Para elas, “pai” é o diabo! UMA CONSIDERAÇÃO: Teremos, então, de passar a chamar a Deus de mãe? Seria até interessante, para fazer justiça aos valores femininos. Mas e aquele menino de 14 anos que, entre outras, roubou a arma do Delegado? Quando o Promotor de Justiça, tentando uma recuperação pela via do sentimento, lhe falou em mãe, ele respondeu: “Eu quero lá saber de mãe?! Ela me largou sozinho na rua lá em São Paulo e foi pra zona! Eu quero mais é ser um bandido famoso!”.Como falar de Deus? Para sermos exatos, não podemos falar — qualquer analogia está sempre sujeita a mal-entendidos. I. “PAI” DESDE QUANDO?

Velhas orações em inúmeras religiões antigas dão a Deus o epíteto de pai. Vamos nos contentar com dois estoicos, trezentos anos antes do Novo Testamento: Arato e Cleanto.

O primeiro, diz em seus Phainumena: “Que todo cântico comece por Zeus!… Tudo está cheio de Zeus… temos todos necessidade de Deus. Tanto é, que somos de sua raça. E ele como pai muito amoroso, dá aos homens sinais propícios…” (cita, então, os tempos e estações do ano, que orientam a agricultura). “Salve, Pai, soberano maravilhoso, poderoso benfeitor dos mortais”.

Cleanto, em seu Hino a Zeus, saúda “o mais glorioso dos Imortais”, “onipotente”, “autor da Natureza”, descreve poeticamente sua presença e atuação na criação e governo do universo e, depois, pede: “Salva os homens da triste ignorância, expulsa-a, ó Pai, para longe do nosso coração”[1].

É de notar, apenas, que essas invocações a Zeus como pai estão dentro do clima emocional da poesia e da oração, e são justificadas pelas afirmações de sua atuação na criação, na origem e governo do universo. Escudadas no conceito de Zeus-Criador, essas

Page 20: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

afirmações, pouco frequentes e parecendo ousadas, estão distantes, bem distantes, da nossa intimidade com o “Pai do céu”. II. E O ANTIGO TESTAMENTO?

No Antigo Testamento Deus parece também ser chamado de pai por ser o criador. Assim Dt 32,6: “Não é ele teu pai, teu criador? Ele próprio te fez e te firmou”. Só que estamos num contexto de eleição do povo de Israel: por ter escolhido e formado, criado, aquele povo, firmando com ele uma aliança, Iahweh é o seu pai, o pai do povo eleito.

Em Is 64,7 o apelativo pai está em paralelo com oleiro. E o trabalho do oleiro, além de lembrar o ser humano feito do barro, traz consigo a ideia de um trabalho artístico, cuidadoso, carinhoso. O contexto todo, porém, dessa oração é um pedido de perdão, misericórdia, complacência, diante da situação miserável do pós-exílio. Deus é o pai carinhoso que nos fez seu povo, e nós, miseráveis, estamos em suas mãos como o barro nas mãos do oleiro.

Pouco antes e no mesmo contexto, em Is 63,16, duas vezes Iahweh é chamado de pai, aqui em paralelo com go’el, libertador, restaurador. E há uma comparação com os antepassados, Abraão, Israel: mesmo que eles não tomem conhecimento de seus filhos, Iahweh, não; ele é um pai amoroso, compassivo, preocupado com seus filhos.

Em Jr 3,4, mesmo em se tratando de crítica à oração vazia, Deus “pai” está em paralelo com amigo ou companheiro de infância. Pai é Iahweh, o Deus presente, que aconteceu na história do povo, cuja infância é o êxodo. E o versículo 19 do mesmo capítulo confirma a alusão ao êxodo: Deus é pai, porque escolheu o povo e fez uma aliança com ele, muitas vezes infiel como a mais desavergonhada das esposas.

Quando a teologia da monarquia fez com que a aliança de Iahweh não fosse mais com o povo como um todo, mas com Davi, o rei, este passou a ser o Filho de Deus. “Tu és o meu filho, hoje eu te gerei”. Nessa linha temos 2Sm 7,14, 1Cr 28,6 e tantos paralelos. Deus, agora, é pai do rei, a ponto de “Filho de Deus” vir a se tornar um título messiânico.

O povo, porém, especialmente sua parte mais sofrida, não esqueceu que Deus é pai. Em Jeremias 31,9, prometendo a volta do exílio, Deus diz: “sou um pai para Israel, Efraim é o meu primogênito”. E a passagem não fica distante da promessa de uma nova aliança (31,31ss).

No Salmo 68,6 ele é “pai dos órfãos e defensor das viúvas”. E no mais recente texto do Antigo Testamento a chamar Deus de pai, (Eclo 51,10) ele é assim chamado para que não abandone o fiel “no dia da provação, no tempo dos orgulhosos…”. O texto grego (o canônico) está corrompido, mas o texto hebraico, descoberto em fragmentos a partir de cem anos atrás, diz: “Iahweh, tu és o meu pai, porque és o herói que me salva”[2].

 III. AGORA, O NOVO TESTAMENTO

É evidente que não podemos analisar como fizemos com relação ao Antigo, a quase totalidade das passagens onde o NT chama a Deus de pai. Só em João temos 118 vezes a palavra “pai” aplicada a Deus, e em Mateus, 45. Pode-se dizer mesmo que é esta a grande novidade do Novo Testamento. 1. Nos escritos de Paulo

Paulo foi, sem dúvida, o primeiro autor do NT. Escreveu na década de 50, enquanto o mais antigo dos Evangelhos, o de Marcos, foi escrito quase vinte anos depois. O primeiro escrito de Paulo e, portanto, do NT é, segundo a grande maioria dos autores, a Primeira Carta aos Tessalonicenses.

Aquela pequena comunidade de trabalhadores braçais de origem gentia e ainda mal evangelizada (1Ts 3,10) é para Paulo “a igreja dos tessalonicenses que aderiu a Deus como pai”. A expressão “em Deus Pai” a nós soa vaga e de pouco sentido; é, porém, o que caracteriza aquele grupo humano — diríamos hoje — como comunidade eclesial. São esses tessalonicenses que, abandonando os ídolos (1Ts 1,9), passaram a cultuar o Deus vivo e verdadeiro. Aderiram a Deus como pai e ao Messias Jesus como Senhor.

Que teria a ver uma coisa com outra: abandonar os ídolos com aderir ao Deus vivo, Deus vivo com Deus Pai, Deus Pai e Jesus como Senhor?

O único Senhor, o verdadeiro Imperador, para esses tessalonicenses, é agora o “rei” crucificado, o messias Jesus. Assim também, aderir a Deus como pai não é ficar numa frase feita, mas significa que Deus, Pai daquele crucificado, pode ser também nosso Pai. Isso é

Page 21: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

uma revolução na cabeça daqueles pobres trabalhadores braçais que, além do mais, ainda sonhavam com o mito de Cabiros, o defensor dos pobres, assassinado, que voltaria um dia para restabelecer a justiça[3].

Logo adiante, no v. 3 Paulo volta a insistir que Deus é nosso pai e, no v. 4, que somos irmãos — e os cristãos tessalonicenses são queridos por Deus, que os escolheu. Somos filhos escolhidos, não nascidos ao acaso ou pela lei natural.

Essa escolha se comprova para os tessalonicenses não a partir de uma tese ou de uma definição dogmática, mas a partir dos acontecimentos: o que ocorre com eles é o mesmo que ocorre com Paulo, com as comunidades da Judeia, e com Jesus.Jesus é o Filho fiel ao Pai que, por esta fidelidade, foi perseguido e morto; mas Deus Pai interveio, ressuscitando-o dos mortos como Messias e Senhor. Aos seus discípulos vai ocorrer o mesmo que aconteceu com ele, até que, numa intervenção final, ele nos livre da “ira futura”[4].

Paulo é, primeiro, pequenino, criança (1Ts 2,7)[5], infantil, filho totalmente dependente do pai. Obediente, ele se torna mãe ou ama de leite, que, com o leite, sofre, é perseguido, dá a própria vida aos filhos (2,7b-10) e, aí então, ele se torna apóstolo de Cristo, com autoridade de pai (2,11-12).

Também os cristãos tessalonicenses acolheram com entusiasmo e alegria a Palavra, tornaram-se filhos de Deus e irmãos de Paulo; logo vieram as dificuldades e perseguições, mas Deus interveio fazendo com que sua adesão sincera, alegre e entusiasta ao Messias Jesus fosse evangelizadora de outras comunidades e, assim, eles se tornaram missionários (1,4-10). O mesmo ocorreu com os cristãos da Judeia (2,3-16) e deverá ocorrer em outros lugares da Macedônia e da Acaia. Meditando: Na Igreja de Jesus Cristo ninguém pode chegar de paraquedas com a autoridade de pai (padre). Primeiro tem de ser criança, filho obediente; depois, sacrificar-se e sofrer como mãe ou ama de leite, que dá do seu sangue para alimentar o filho. Depois, então, poderá ter autoridade de pai, que anima e orienta, fica feliz com o crescimento do filho; diferente de um “enfant gâté” ou um déspota, cheio de vontades.

E outra: não é buscando alimento espiritual em movimentos disponíveis no shopping religioso atual, que a pessoa se tornará capaz de contribuir para a formação de comunidades verdadeiramente eclesiais; é bebendo do próprio poço, buscando viver a mesma fé que tem por obrigação fomentar. Senão, poderemos estar querendo alimentar com maionese a máquina de fazer tijolos.

Nos outros escritos autenticamente paulinos, Deus é chamado de Pai nas saudações iniciais, com fórmulas mais ou menos estereotipadas, mas que lembram a correspondência entre “o Messias Jesus” e “Deus, nosso Pai”. O mesmo paralelismo aparece também em 1Cor 8,6.

No início da ação de graças de 2Cor — introdução de uma carta de reconciliação com a comunidade após fase de grande tensão—, Paulo se refere ao “Pai das misericórdias”, ou Pai misericordioso, e “Deus de toda a consolação” ou Deus que consola plenamente.

Na saudação da polêmica carta aos Gálatas, Paulo se diz Apóstolo não por ninguém outro que “por Deus Pai, que ressuscitou o Messias Jesus”, confirmando que Deus pode se dizer Pai, porque ressuscitou o pobre e massacrado Jesus, fazendo dele o Messias. O mesmo se vê na carta aos Filipenses (2,11), onde a exaltação de Jesus como Senhor é para (ou na ou com) a glória de Deus Pai. E também se vê na consumação final (1Cor 15,24), quando o Ressuscitado, depois de submeter a si todas as coisas, entrega o Reino a Deus Pai.

Em Gálatas e em Romanos temos dois textos clássicos que conservam o vocativo aramaico Abbá, que quer dizer “Papai”, usado, sem dúvida, nas orações dos cristãos primitivos.O de Gálatas (4,3-7) está orientado para a afirmação de que o cristão é filho, portanto livre e herdeiro. Não é escravo, como escravos dos ídolos tinham sido os cristãos gálatas, e escravos da Lei estavam querendo se tornar. A escravidão à idolatria ou à Lei, anterior à chegada de Cristo, Paulo a compara à situação da criança (népioi), filho e herdeiro, mas obrigado a obedecer ao pedagogo até a idade determinada pelo pai. Jesus é o Filho, livre e herdeiro, mas fiel e obediente, nascido de uma mulher e submisso à Lei, para da Lei nos libertar, para marcar o momento determinado pelo Pai — e para alcançarmos a autonomia. E somos filhos, não por uma lei, um decreto, mas porque recebemos o espírito do Filho.

Page 22: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Em Romanos (8,14-17), Paulo está falando do espírito, que se opõe à Lei, e, então volta, em outra perspectiva, o tema da escravidão e da liberdade: “…não recebestes espírito de escravos, mas de filhos, com o qual clamamos: Abbá, isto é, papai!”. Conclusão: somos filhos e herdeiros com Cristo, junto com quem enfrentamos os sofrimentos e somos glorificados (8,18-19). Meditando: Chamar a Deus de Pai, ser filho de Deus, significa ter o espírito do Filho, fiel e obediente, capaz de dar a vida. Significa ser livre, não havendo necessidade de um elenco de leis que ensinem a agradar o pai. Coração de filho não precisa aprender a agradar o pai. Muita formalidade até provoca desconfiança. 2. Deus Pai em Mateus

Entre os sinóticos Mateus é o que maior número de vezes dá a Deus o apelativo de Pai. Foi por isso que o ano de Mateus, no lecionário dominical, foi escolhido para se refletir sobre Deus Pai. Aqui vamos acompanhar Mateus fazendo uma ou outra comparação sinótica que, ao mesmo tempo, mostre outras perspectivas e deixe mais clara a acentuação própria de Mateus.

Autor e comunidade do primeiro Evangelho não escondem seu enraizamento judaico. E o judeu fervoroso só se refere a Deus, a quem é dada a glória pelos séculos, com o máximo de respeito — o que exige certa distância. Assim faz Mateus quando se refere a Deus, seja como pai de Jesus Cristo, seja como pai dos discípulos. 2.1. Deus, Pai de Jesus Cristo

Das 19 vezes que o Evangelho de Mateus chama a Deus de Pai de Jesus Cristo, em 8 cria-se distância respeitosa com a expressão “que está no céu”. É sempre Jesus que está falando em se fazer a vontade (7,21; 12,5), confessar, negar (10,32-33), ver a face (18,10) do “seu Pai que está no céu”, ou, então é o “meu Pai que está no céu” quem revelou (16,17), quem não plantou (15,13), quem fará como o senhor do servo perdoado que não perdoou (18,35).

A maioria dos casos não tem paralelos em Mc e Lc. Confessar ou negar “diante do meu Pai que está no céu” de Mt 10,32-33, em Lucas é confessar ou negar “diante dos anjos de Deus”. Se em 12,21, irmão de Jesus é quem faz a vontade do “meu Pai que está no céu”, em Mc e Lc irmão é quem pratica a vontade ou a palavra “de Deus”.

A expressão “Pai, Senhor do céu e da terra” deve ser própria da Quelle, porque o trecho todo (Mt 11,25-27), ação de graças porque o Pai esconde “estas coisas” aos sábios e criteriosos, mas as revela aos népioi, pequeninos, crianças, se encontra transcrito, palavra por palavra, tanto em Mt como em Lc. No Evangelho de Mateus, é só aqui que Jesus se dirige a Deus chamando-o simplesmente de “Pai”, com a intimidade do “Papai” correspondente ao Abbá aramaico. E só nesse trecho se encontram 5 referências a Deus como Pai de Jesus Cristo, chamado de Filho que bem conhece o Pai e o revela. O Filho é o primeiro népios, pequenino, criancinha, porque é só a esses que o Pai se revela, e só o filho pode revelá-lo.

As 6 vezes restantes em que Deus é chamado Pai de Jesus Cristo estão num contexto pascal: “Meu Pai, se é possível, afasta de mim este cálice!” (26,39); “para meu Pai enviar doze legiões de anjos…” (26,53); “até beber o vinho novo no reino…” (26,29); “vinde benditos… para o Reino…” (25,24); “sentar-se ao meu lado é para aquele para quem foi preparado por meu Pai” (20,23).

Nesse último caso, Marcos deixa subentendido o nome de Deus com o simples emprego da voz passiva sem indicar o agente. Na oração no horto das Oliveiras diz: “Abbá, Papai, se é possível”. E Lucas faz o mesmo, apenas não citando a palavra em aramaico. Vê-se que, como bom judeu, Mateus tem receio de uma intimidade muito grande, mas insiste mais que Marcos e Lucas em que Deus é o pai de Jesus e que Jesus é filho de verdade, obediente e fiel. 2.2. Pai nosso

É muito próprio de Mateus dizer que Deus é nosso Pai. O Evangelho de João chama a Deus de Pai 118 vezes contra 45 vezes de Mateus, porém sempre Pai de Jesus ou simplesmente o Pai, só em 20,17 diz “meu Pai e vosso Pai”. Em Mateus, todavia, Deus é chamado de “nosso Pai” com a mesma frequência com que é chamado “Pai de Jesus”.

Page 23: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

A expressão mais frequente é “vosso Pai que está no céu”, para não negar a origem judaica e a distância respeitosa[6].

É a prática cotidiana do discípulo que glorifica o Pai (5,16); ser verdadeiro filho dele significa não fazer discriminações (5,45), e nisso precisamos ser perfeitos como ele (5,48); dele é que se deve esperar recompensa, a ele é que se deve procurar agradar, não aos homens (6,1); é ele quem alimenta as aves e sabe quais as nossas necessidades básicas (6,26.32); a vontade dele é que não se perca nem um dos pequeninos (18,14). Ele está também no escondido e vê o escondido (6,4.6.18).

Umas cinco vezes aparece simplesmente “o vosso Pai” sem outra conotação. Ele sabe de que precisamos antes de qualquer oração (6,8); ele perdoa a quem perdoa e não perdoa quem não perdoa ao companheiro (6,14-15); é o espírito do vosso Pai que falará por vós (10,20); sem ele nem um pardal cai ao chão (10,29) e é no Reino do vosso Pai que os justos brilharão (13,43). Meditando: Ser filho de quem é Pai de todos é chegar também a ser pai para todos, caprichando para não deixar ninguém esquecido ou discriminado. É batalhar para que se realize sua vontade, o sonho, aqui na terra, de um mundo sem desigualdades — que a gente faça vir o seu Reino, pois isto é que santifica o seu nome. Pão? Basta pedir o de hoje — guardar para amanhã pode provocar a falta para alguém hoje. Ele alimenta até as aves — e sabe muito bem. Pensamos demais em nós mesmos e pouco no sonho dele. Estamos sempre devendo — mas ele perdoa, se nós nos perdoamos. A tentação, porém, continua forte, só a confiança nele nos livra dela.

Mateus chega ao máximo quando proíbe chamar de “pai” a quem quer que não seja Deus. Está no capítulo 23, nas grandes inventivas de Jesus contra o rabinismo farisaico. Essas palavras poderiam fazer um bem enorme, se fossem meditadas com maior frequência pelos dirigentes eclesiásticos de hoje. É evidente que Jesus não proíbe chamar de pai ao pai natural, mesmo que seja um desnaturado. Ele diz em Mt 23,9: “Não chameis na terra a ninguém de ‘pai’, porque um só é o vosso Pai, aquele que está no céu”. Trata-se do título de “Pai” que se davam os rabinos como diretores espirituais. Eles estariam se endeusando? E quem faz questão de ser chamado de “Padre”, estará se endeusando também?

[1] LÉVI, Israel, The Hebrew Text of the Book of Eclesiasticus, E. J. Brill, Leiden, 1904, reimpressão de 1951.[2] FERREIRA, Joel Antônio, Primeira Epístola aos Tessalonicenses, Col. Comentário Bíblico, Metodista-Vozes-Sinodal, 1995, pp. 27-31.[3] Estas considerações estão calcadas em PATTE, Daniel, Paulo, sua fé e a força do Evangelho, Paulus, São Paulo, 1987.[4] Grande parte das Bíblias atuais adota a leitura, hoje comprovadamente menos provável, vh,pioi = bondosos. A tendência atual dos autores, incluindo-se aí a Nova Vulgata, é ler nh,pioi = pequeninos, crianças.[5] Segundo consta em SCHMOLLER, Alfred, Handkonkordanz Zum Griechischen Neuen Testament, Privilegierte Würtemb. Bibelanstalt, Stuttgart, 1960.[6] Notar que o “Pai Nosso” de Lucas (11,2) começa simplesmente com “Pai” Abbá, “Papai”.Prof. José Luiz Gonzaga do Prado

ORAÇÃO CONVERSANDO COM DEUSLucas 11:1 (NVI) Certo dia Jesus estava orando em determinado lugar. Tendo

terminado, um dos seus discípulos lhe disse: "Senhor, ensina-nos a orar, como João ensinou aos discípulos dele".

Neste estudo discutiremos ensinamentos encontrados no exemplo que Jesus nos deu quanto a oração; discutiremos a diferença entre "oração de fé" e "seja feita sua vontade"; justiça; humildade; e postura. A esperança é que o Espírito Santo use este estudo para reacender nossa paixão e disciplina para orar.

Page 24: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Mat. 6:7-8 (Phi) "E, quando vocês orarem, não fiquem enrolando com orações longas como fazem os pagãos, que pensam que serão ouvidos porque usam muitas palavras. Não sejam como eles. Pois o Pai de vocês sabe quais são suas necessidades antes de vocês pedirem". A.W.Tozer: "Quando começamos a falar excessivamente em oração, podemos estar quase certos que estamos falando conosco mesmo".

1 Reis 18:25-40 (Leia esta passagem de Elias e os profetas de Baal, e perceba como Elias orou simples, mas zelosamente nos versículos 36-37, em contraste com o "circo" armado pelos seguidores de Baal. Eles estavam contando com suas ações, mas Elias estava contando com as ações de Deus).

O EXEMPLO DE ORAÇÃO DADO PELO SENHORVejamos o esboço dado por Jesus em termos de oração (palavras em letras

maiúsculas). Ao invés de analisarmos rapidamente esta questão, meditaremos em cada elemento, a fim de que possamos orar com entendimento (I Cor. 14:15). Como diz Larry Lea, o importante é orar a oração do Senhor "beeem devagaaaar". Gaste de cinco a dez minutos em cada frase, deixando com que as palavras penetrem bem fundo. Permita que o Espírito Santo revele outras Escrituras pertinentes, bem como revele o significado e a aplicação da Palavra na sua vida diária.

Mat. 6:9-13 (NVI) "VOCÊS DEVEM ORAR ASSIM: `PAI NOSSO, QUE ESTÁS NOS CÉUS!', (Phi) PAI CELESTE

Gal. 4:6 (NVI) E, porque vocês são filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho aos seus corações, o qual clama: "Aba, Pai".

1 Pedro 1:23 (NVI) Pois vocês foram regenerados, não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus, viva e permanente.

1 João 2:29-3:3 (Phi) Todos vocês sabem que Deus é realmente bom. Estejam certos, então, que o homem que vive justamente é um verdadeiro filho de Deus. Considerem o incrível amor que o Pai nos mostrou quando permitiu que fôssemos chamados "filhos de Deus" - e não é que somos somente chamados assim, pois é isto que realmente SOMOS. É por isso que o mundo não nos reconhece, pois não reconheceu a Cristo. Aqui, e agora, meus queridos amigos, nós SOMOS filhos de Deus. Não sabemos o que nos tornaremos no futuro. O que sabemos é que quando ele aparecer, seremos como ele, pois o veremos como ele é! Todo aquele que tem em seu coração tal esperança, mantenha-se puro, como Cristo é puro.

1 Pedro 1:17 (NVI) Uma vez que vocês chamam Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada um, portem-se com temor durante a jornada terrena de vocês.

Efe. 3:14 (RA) Por esta causa me ponho de joelhos diante do Pai...

(RA) SANTIFICADO SEJA O TEU NOME. (Phi) QUE O TEU NOME SEJA HONRADO;Muitos acreditam no benefício de se meditar sobre a natureza de Deus, de acordo

com os adjetivos associados com Seu nome em hebraico.

SHALOMPaz/Descanco/Contentamento

Is. 53:5, Hb. 4:9-10, Jn. 14:27, Fp. 4:7, Col.1:20

ZIDKENU Justiça/Perfeição 2 Cor. 5:21, 1 Cor. 1:30, Rom. 1:17

M'KADDESH

Aquele que é Santo/Puro 1 Cor. 6:9-11, 1 Tess. 5:23, Rom. 8:29

SHEMA Está PresenteEx. 3:13-15, Ez. 48:35b, Ef. 2:21-22, Hb. 13:5b

ROPHE Aquele que Cura1 Ped. 2:24, Rom. 8:2, Gal. 3:13, Col. 2:13-14

YIRA Aquele que Vê/Provê 2 Cron. 16:9, Gen. 22:14, Sal. 34:15,18

NISSIBandeira/Segurança/Capitã

Ex. 17:15, 1 Cor. 15:56-57, Ct. 2:4

Page 25: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

ROHIPastor/Companheiro/Amigo

Prov. 18:24b, Sal. 23, 1 Ped. 2:23

Prov. 18:19 (RA) Torre forte é o nome do SENHOR, à qual o justo se acolhe e está seguro.

(NVI) VENHA O TEU REINO. SEJA FEITA A TUA VONTADE, ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU. Lucas 17:20-21 (NVI) "...o Reino de Deus está entre vocês".

Mateus 26:39-42 (NVI) "...contudo não seja como eu quero, mas como tu queres" ...faça-se a tua vontade".

C.S.Lewis: "Que tua vontade seja feita por mim, agora!"João 4:34 (NVI) Disse Jesus: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra.

Efésios 5:10-17 (NVI) ...aprendam a discernir o que é agradável ao Senhor... procurem compreender qual é a vontade do Senhor.

Mat. 16:19 (Phi) "...tudo o que proibires na terra será proibido no céu e tudo o que permitires na terra será permitido no CÉU!"

(NVI) DÁ-NOS HOJE O NOSSO PÃO DE CADA DIA (Phi) DÁ-NOS A CADA DIA O PÃO QUE PRECISAMOS PARA O DIA,

Prov. 30:8 (RA) Afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza: dá-me o pão que me for necessário.

Êxodo 16:14-16 (RA) E quando se evaporou o orvalho que caíra, na superfície do deserto restava uma coisa fina e semelhante a escamas, fina como a geada sobre a terra. Vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Pois não sabiam o que era. Disse-lhes Moisés: Isto é o pão que o Senhor vos dá para vosso alimento. Eis o que o Senhor vos ordenou: Colhei disso cada um segundo o que pode comer, um ome por cabeça, segundo o número de vossas pessoas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda.

João 6:32-35 (BLH) Jesus disse: - De fato não foi o pão do céu que Moisés deu a vocês, pois o verdadeiro pão do céu é o meu Pai quem dá. Porque o pão que Deus dá é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo. - Senhor, dê sempre desse pão para nós!, pediram eles. Jesus respondeu - Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede.

Fil. 4:6-7 (Phi) Não se preocupem com absolutamente nada; quando quer que vocês orem, peçam a Deus cada detalhe do que vocês precisam, orando com agradecimento, e a paz de Deus que sobrexcede o entendimento humano, guardará constantemente seus orações e mentes, à medida que vocês descansarem em Cristo Jesus.

(NVI) PERDOA AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES.

Lucas 11:4 (RA) Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todos o que nos devem. E não nos deixes cair em tentação.

Lucas 11:4 (Phi) E perdoa as nossas falhas, como perdoamos todas aqueles que falharam conosco.

Mateus 6:14-15 (NVI) "Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas".

Lucas 6:27-28 (Phi) "Mas eu digo a todos os que me ouvirem: amem seus inimigos, façam bem para aqueles que odeiam vocês, abençoe aqueles que amaldiçoam vocês, e orem por aqueles que tratam vocês com desrespeito."

(NVI) E NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRA-NOS DO MAL. Lucas 22:40 (NVI) "...Orem para que vocês não caiam em tentação".Efésios 6:11-17 (RA) Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar

firmes contra as ciladas do diabo; portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois firmes, cingindo-vos com a verdade, e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o

Page 26: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.

(NVI) PORQUE TEU É O REINO, O PODER E A GLÓRIA PARA SEMPRE.1 Crôn. 29:11 (RA) "Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitoria e a

majestade; porque teu é tudo quanto há nos céu e na terra; teu, Senhor, é o reino, e tu te exaltaste por chefe sobre todos".

1 Coríntios 4:20 (NVI) Pois o Reino de Deus não consiste de palavras, mas de poder. Efésios 6:10 (NVI) Finalmente, fortaleçam-se no Senhor e no seu forte poder.Salmo 145:10-13 (RA) Todas as tuas obras te renderão graças, Senhor; e os teus

santos te bendirão. Falarão da glória do teu reino, e confessarão o teu poder, para que aos filhos dos homens se façam notórios os teus poderosos feitos, e a glória da majestade do teu reino. O teu reino é o de todos os séculos, o teu domínio subsiste por todas as gerações.

Isa. 42:8 (RA) Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra à imagens de escultura.

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE A "ORAÇÃO DE FÉ" E "SEJA FEITA A TUA VONTADE"?Marcos 11:24-25 (NVI) "Portanto, eu lhes digo: tudo que vocês pedirem em oração,

creiam que já o receberam, e assim lhes sucederá. E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados".

João 14:12-14 (RA) "Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai. E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei".

Comentário de C.S.Lewis sobre Mar. 11:25 e João 14:14: "Como conciliar estas tremendas promessas (a) Com a realidade dos fatos? (b) Com a oração no Getsêmani, e (por causa daquela oração) o consenso de que nós devemos pedir tudo com uma certa reserva, sempre orando, `se for a tua vontade'?"

Mateus 26:39 (NVI) "... não seja como eu quero, mas como tu queres". Tiago 4:15-16 (BLH) Digam assim: "Se o Senhor quiser, estaremos vivos e vamos

fazer isto ou aquilo." Porém, vocês são orgulhosos e vivem se gabando; e isso é mau."Em relação ao item (a), não há como escapar. Toda guerra, fome e praga, quase

toda vez que alguém está morrendo, são momentos em que pedidos não foram atendidos... As pessoas buscaram, mas seus pedidos não foram atendidos. Elas bateram na porta, mas a porta não se abriu".

"Mas o item (b), apesar de não ser mencionado tão frequentemente, apresenta igual dificuldade. Como é possível ter uma fé perfeita... de que receberemos o que estamos pedindo... e ainda assim nos prepararmos submissivamente, com antecedência, para uma possível recusa? Se a recusa é possível, como você pode estar perfeitamente certo de que o que foi pedido não será recusado? Se você tem esta certeza, como você pode levar em consideração a possibilidade de uma recusa?"

"Eu não estou perguntando porque nossas petições são tão frequentemente recusadas. Qualquer um pode ver que, no geral, isto é necessário. Em nossa ignorância pedimos o que não é bom para nós ou para outros, ou o que é intrinsicamente impossível. Ou, por exemplo, responder a oração de uma pessoa significaria a recusa em responder a oração de uma outra. O problema principal não é ... o porquê há frequentes recusas, mas o porquê um resultado oposto é tão abundantemente prometido."

"1) O pior lugar possível para um cristão começar a ser instruído são estas Escrituras... Você provavelmente se lembra o que aconteceu quando a Viúva falou para Huck Finn que ele poderia conseguir o que quisesse através de oração. Ele começou a experimentar e, então, naturalmente, nunca deu uma segunda chance para o cristianismo. É melhor que não nos refiramos à Oração de Fé como sendo "elementar". É uma verdade para discípulos em estado avançado de instrução. É uma pedra para o telhado e não para o fundamento. Para a maioria de nós, a oração no Getsêmani é o único modelo existente. Remover montanhas pode esperar".

Tiago 4:3 (NVI) Quando pedem, não recebem, pois pedem por motivos errados, para gastar em seus prazeres.

Page 27: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

"2) Nós não devemos ter a tendência de exigir de outros, ou de nós mesmos, que cheguemos a uma estratégia subjetiva, a ponto de, se sucedermos, declararmos que é a receita para se ter "fé", com a idéia de que isto, de alguma forma, é garantia certa para termos nossas orações respondidas. Provavelmente todos nós fizemos isso quando criança. Mas um estado de espírito que desesperadamente deseja desenvolver resultados através de imaginação não é fé no sentido cristão. É um ato de ginástica psicológica".

"Como e por que este tipo de fé ocorre algumas vezes, mas não sempre, mesmo que a pessoa seja um solicitador perfeito? Minha opinião pessoal é que isso ocorre somente quando a pessoa que ora o faz como um co-trabalhador de Deus, demandando o que é necessário para o trabalho conjunto. É a oração do profeta, apóstolo, do missionário, do que cura, que é feita com confiança e esta confiança é justificada pelo evento... O colega de Deus está tão unido a Ele em certos momentos que algo da presciência de Deus entra em sua mente. Como resultado, esta fé é a 'evidência' - ou seja, a manifestação, a observação - das coisas que não são vistas."

1 João 5:14-15 (Phi) Nós temos tamanha confiança nele, que temos certeza que ele ouve toda petição que é feita de acordo com seu plano. E, como sabemos que ele invariavelmente presta atenção a todas as nossas orações, qualquer que sejam, podemos estar certos de que o que pedimos já é nosso."Um grau de fé inferior é, eu espero, aceito por Deus. Mesmo a oração do tipo "Ajude-me na minha falta de fé" pode abrir caminho para um milagre..."

"Assim como o amigo está acima do servo, o servo está acima do solicitador, o homem que ora para o seu próprio benefício. Não é pecado ser um solicitador. Nosso Senhor se tornou um solicitador, orando a Seu próprio favor, no Getsêmani. Mas quando Ele o faz, a certeza a respeito da vontade de Seu Pai aparentemente desapareceu.

João 15:14-17 (Jer) Vós sois meus amigos, se praticais o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu senhor faz; mas eu vos chamo amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu vos dei a conhecer. Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes fruto e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome ele vos dê.

João 15:7-8 (NVI) Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido. Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos.

A ORAÇÃO DO HOMEM JUSTO1 Pedro 3:10-12 (RA) Assim como as Escrituras dizem, "quem quer amar a vida e ver

dias felizes, refreie a sua língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente. Aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos e os seus ouvidos estão abertos às suas respostas".

João 11:41-42 (NVI) ... Jesus olhou para cima e disse: "Pai, eu te agradeço porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves, mas disse isto por causa do povo que está aqui, para que creia que tu me enviaste".

João 9:31 (NVI) [O homem cego que acabou de ser curado] "Sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas ouve ao homem que o teme e pratica a sua vontade".

Salmo 66:16-20 (RA) Vinde, ouvi todos vós que temeis a Deus, e vos contarei o que tem ele feito por minha alma. A ele clamei com a boca, com a língua o exaltei. Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido. Entretanto Deus me tem ouvido, e me tem atendido a voz da oração. Bendito seja Deus, que não me rejeita a oração, nem aparta de mim a sua graça.

Tiago 5:13-16 (Phi) Se algum de vós está atribulado, que ore. Se alguém está prosperando, que cante louvores a Deus. Se alguém estiver doente, ele deve mandar buscar os presbíteros da igreja. Eles devem orar com ele, ungindo-o com óleo no nome do Senhor. A oração da fé salvará o homem doente; o Senhor o restaurará e qualquer pecado que ele tenha cometido será perdoado. Vocês deveriam desenvolver o hábito de admitir seus pecados uns para com os outros, e orar uns pelos outros, para que sejam curados. Tremendo poder está à disposição do homem que ora fervorosamente.

Tiago 5:16-18 (BLH) ...A oração de uma pessoa piedosa tem muito poder. O profeta Elias era homem como nós. Ele orou com fervor, e durante três anos e meio não choveu sobre a terra. Depois orou outra vez, e então choveu, e a terra deu a sua colheita.

Page 28: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

1 João 3:21-22 (Phi) E se, meus queridos amigos, nossa consciência não nos acusa mais, temos confiança completa na presença de Deus. Recebemos o que quer que pedimos, porque obedecemos suas ordens e fazemos a sua vontade.

ORAÇÃO HUMILDE2 Crônicas 7:13-14 (RA) Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar,

orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.

Lucas 18:9-14 (Leia sobre o fariseu e o coletor de impostos)Tiago 4:2-10 (Phi) Vocês não recebem o que querem, porque vocês não pedem a

Deus. E quando pedem, ele não dá a vocês, porque vocês pedem com um espírito errado - querem somente satisfazer os seus próprios desejos. Vocês são como esposas infiéis, nunca percebendo que ser amante do mundo significa ser inimigo de Deus. Ou vocês acham que o que as Escrituras tem a dizer a este respeito é mera formalidade? ...Seja humilde diante de Deus... Vocês são pecadores: limpem suas mãos novamente. Sua fidelidade está dividida: que seus corações se tornem para a verdade uma vez mais. Vocês deveriam estar profundamente arrependidos, deveriam afligir-se, deveriam estar em lágrimas. Sua risada deveria se tornar em pranto, e sua alegria em tristeza. Vocês tem que primeiramente se humilhar na presença do Senhor, para que Ele possa ex! altá-los.

EM RELAÇÃO À POSIÇÃOSalmo 95:6 (RA) Vinde, adoremos e prostemo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que

nos criou.Romanos 14:11 (NVI) "...todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua

confessará a Deus".Atos 21:5 (NVI) ...e ali na praia nos ajoelhamos e oramos. Salmo 134:2 (RA) Erguei as mãos para o santuário e bendizei ao Senhor.Salmo 63:4 (RA) Assim cumpre-me bendizer-te enquanto eu viver; em teu nome

levanto as mãos.1 Timóteo 2:1-8 (NVI) Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações,

intercessões e ação de graças por todos os homens; Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas...

ENCORAJAMENTOJudas 1:20 (NVI) Vocês, porém, amados, edifiquem-se na santíssima fé que possuem,

orando no Espírito Santo. Efésios 6:18 (Jer) Com orações e súplicas de toda a sorte, orai em todo tempo, no

Espírito, e para isso vigiai com toda perseverança e súplica por todos os santos.Efésios 6:18 (NVI) Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isto em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos.

Romanos 8:26-27 (Phi) O Espírito também nos ajuda em nossas presentes limitações. Por exemplo, não sabemos como orar dignamente, mas na verdade, seu Espírito dentro de nós está orando por nós em anelos agonizantes que palavras não podem expressar. Aquele que conhece os segredos do coração entende a intenção do Espírito, à medida que ele ora para aqueles que o amam, de acordo com a vontade de Deus.

Atos 6:4 (RA) E, quanto a nós, nos consagramos à oração e ao ministério da palavra. Atos 2:42 (NVI) Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e ...à comunhão, ao partir

do pão e às orações. 1 Tess. 5:17,19 (Phi) Nunca parem de orar... Nunca apaguem o fogo do Espírito.Deut. 4:7 (NVI) ...O Senhor nosso Deus está próximo quando oramos a ele...

Page 29: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

06 - Conhecendo Deus - Os Seus nomes Uma das primeiras informações que pedimos a alguém quando queremos conhecê-lo é o seu nome. Pelo nome é que somos conhecidos. Na Bíblia um nome indica três aspectos da identidade de uma pessoa:

1 - Sua natureza, “E cumprindo-se os seus dias para dar à luz, eis gêmeos no seu ventre. E saiu o primeiro ruivo e todo como um vestido de pelo; por isso chamaram o seu nome Esaú”, (Gênesis 25:24-25),

2 - Seu caráter, “Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste”, (Gênesis 32:28),

3 - Sua autoridade, “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É me dado todo o poder no céu e na terra”, (Mateus 28:18).

Deus “aceitou” ser conhecido pelos nomes históricos dados a Ele em momentos de revelação pessoal aos homens, com o mesmo critério que a Bíblia descreve um nome. Vamos ver alguns destes nomes:

JEOVÁ JIREH - O Senhor é a nossa provisão. “E chamou Abraão o nome daquele lugar: O SENHOR PROVERA; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá”, (Gênesis 22:14).

JEOVÁ RAFAH - O Senhor é a nossa cura, “E disse: Se ouvires atento a voz do SENHOR teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o SENHOR que te sara”, (Êxodo 15:26).

JEOVÁ SHALOM - O Senhor é a nossa paz, “Então Gideão edificou ali um altar ao SENHOR, e chamou-lhe: O SENHOR É PAZ; e ainda até o dia de hoje está em Ofra dos abiezritas”, (Juizes 6:24).

JEOVÁ ROHI - O Senhor é nosso pastor, “O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará”, (Salmo 23:1).

JEOVÁ TSIDKENU - O Senhor é nossa justiça, “Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA”, (Jeremias 23:6).

JEOVÁ SHAMMAH - O Senhor está presente, “Dezoito mil canas por medida terá ao redor; e o nome da cidade desde aquele dia será: o SENHOR ESTA ALI”, (Ezequiel 48:35).

JEOVÁ M´KADDESH - O Senhor santifica, “E também lhes dei os meus sábados, para que servissem de sinal entre mim e eles; para que soubessem que eu sou o SENHOR que os santifica”, (Ezequiel 20:12).

Outros nomes de Deus A Bíblia também descreve outros nomes de Deus, tais como: E ainda, Elohim, Adonai, Yahweh, Jeová. Todos esses nomes possuindo importante significação em hebraico para o povo de Deus. Portanto, vemos que da palavra mais simples da Bíblia, procedem muitos significados, mas todos relacionados com o único Deus e Senhor, revelando assim o seu caráter Divino. Que Deus o(a) abençoe!Pastor Wanderley

OS NOMES DE DEUSח׀לא - אלחים

O Senhor Todo Poderoso

Page 30: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Primeiro quero acrescentar que o nome é a própria personalidade, por assim dizer, pois é individual. Veja no "princípio" os indivíduos não costumava usar sobrenomes, podemos constatar isso na Bíblia, que é o nosso foco: Abraão, Jacó, Ruth; o que costumavam fazer era acrescentar algo que o fizesse lembrar. Hoje em dia ainda costumamos fazer assim; dizemos: "O Daniel da padaria, O Daniel da locadora, etc." Jesus era conhecido como "Jesus de Nazaré", aqui usaram o local de nascimento; Paulo, após sua conversão era conhecido como "Saulo de Tarso"; o primeiro homem criado por Deus, Adão significa "da terra ou tirado da terra vermelha", isso indicava sua origem.

Para falar de ou a respeito de Deus nós precisamos ter um certo cuidado sobre qual "Deus – deus" nós estamos realmente falando. Portanto iniciaremos com:

NOMES GENÉRICOS DE DEUS

Genérico, por si só já diz não ser peculiar ou específico da divindade. Genericamente podem ser usados pelo Deus verdadeiro como por falsos; feminino ou masculino. Vejamos biblicamente:

Elohim – (plural אלחים ) e Eloah – (singular אלוה ) = Deus, Criador "implícito o poder criativo e a onipotência":É o primeiro nome que surge na Bíblia: "No princípio criou Deus (Elohim – אלחים ) os céus e a terra" (Gênesis 1:1).Elohim ( אלחים ) aparece 2498 vezes e Eloah – אלוה aparece 57 vezes e desse total apenas 245 não se refere ao verdadeiro Deus de Israel. Esse substantivo vem do verbo hebraico "Aláh" - "Alá", e significa "ser adorado, temido e reverenciado, ser excelente".

El ( אל ) = Deus, "aquele que vai adiante ou começa as coisas":Nome apenas no singular e aparece 250 vezes. Extremamente conhecido pelos povos que falam a língua semita.Pode ser usado com "deus" para divindades falsas, mas também "Deus" para o verdadeiro Deus de Israel. Com pouca freqüência foi usado para significar "o poderoso", mas apenas ara homens e anjos. Normalmente aparece sozinho, mas foi combinado formando termos compostos significando deidade, ofício, natureza ou atributos do Deus verdadeiro.

El-Berit = Deus que faz pacto ou aliança (Gênesis 31:13, 35:1-3),El-Elyon ( אל עליון ) = Deus que faz pacto ou aliança (Gênesis 31:13, 35:1-3), Elyon, adjetivo que deriva do verbo hebraico "Aláh"  e usado para coisas significa: "subir, mais alto, mais elevado, superior e utilizado para se referir a Deus significa "o excelente, o alto, o Deus glorioso".El-Ne‘eman = Deus de graça e misericórdia (Deuteronômio 7:9),El-Nosse = Deus de compaixão (Salmos 99:8),El-Olan ( אל עלם ) = Deus eterno, da eternidade (Gênesis 21:33),El-Qana = Deus zeloso (Êxodo 20:5; 34:14),El-Ro‘i = Deus da vista (Gênesis 16:13),El-Sale‘i = Deus é minha rocha, o meu refúgio (Salmos 42:9-10),

NOMES ESPECÍFICOS DE DEUS

Totalmente contrário aos genéricos, os nomes específicos de Deus, que são os utilizados na Bíblia para o único Deus verdadeiro e jamais serão utilizados para outras divindades.

Shadday ( שדי ) – Todo-poderosoTanto pode aparecer sozinho ( שדי = todo-poderoso, (Gênesis 49:24) e, em (Jó) encontramos 31 vezes) como também utilizando (El - אל ) e obtendo uma forma composta (El-Shadday – ( אל שדי ) = Deus Todo-poderoso; (Gênesis 17:7; 28:3; 35:11; 43:14; 48:3; Êxodo 6:3 e Ezequiel 10:5). Encontramos na Vulgata Latina sua tradução por omnipotens e na Septuaginta como Pantokrator.

Adonay ( חשם ) – SenhorPassaram a utilizar Adonay ( השם ) em serviços religiosos e há’Shem השם para conversas

Page 31: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

informais, devido à lei explícita: "Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar o seu nome em vão". (Êxodo 20:7) e, "E aquele que blasfemar o nome do Senhor, certamente será morto; toda a congregação certamente o apedrejará. Tanto o estrangeiro como o natural, que blasfemar o nome do Senhor, será morto" (Levítico 24:16), nunca o tetragrama יהוה .

YHWH – ( יהוה ) = Senhorhá’Shem – ( השם ) = SenhorExistem muitos textos, mensagens e estudos a respeito do verdadeiro nome de Deus, mas o meu intuito não é querer saber mais ou menos que muitos assim intentaram fazer. O que eu acredito é que em manuscritos antigos e versões próximas do original é que nos dá a indicação de como escrever o nome de Deus, mas quanto à pronúncia correta não há como sabermos exatamente como os judeus pronunciavam, e tornou-se, na verdade, impronunciável pelos hebreus desde o período intertestamentário, pois conforme ordem divina era proibido tomar o nome do Senhor (YHWH - יהוה ) em vão. Assim temiam e temem pronunciar o tetragrama e, em seu lugar, substituem-no por Adonai = Senhor ou "O Nome" ou "há’Shem - em conversas informais" em hebraico.O "Tetragrama Sagrado - יהוה escrito apenas por quatro consoantes: yod, he, vav, he (o alfabeto hebraico não possuía vogal): YHWH aparece 5321; e são dos textos mais antigos que se originaram os livros do Velho Testamento bíblico.

Muitas Bíblias, assim como muitos cristãos – onde me incluo, ainda que raramente – se utilizam da pronúncia "JEHOVAH" (Jeová), para o tetragrama YHWH - יהוה . Não podemos dizer que o nome Jeová seja a forma incorreta ou correta de pronúncia, mas aceitável. Os mais letrados, entretanto, consideram uma forma mais acertada pronunciar "YAHWEH" (Iavé - Javé) ou então "YAHWO" (Iavô), mas acredito que se Deus não deixou de forma revelada tal tradução, então não há a necessidade de nos aprofundarmos nisso!

NOMES COMPOSTOS DE DEUS

Utilizados para revelar aspectos a mais do caráter de Deus; mais alguns adjetivos de Deus.

YHWH Elohim – ( יהוה אלהים ) = Criador de todas as coisas.

YHWH Jireh – ( יהוה יראה ) = O Senhor proverá – Deus proveráYHWH Jireh (Yireh) – ( יהוה ִיר�א~ה ) = O Senhor proverá – Deus proverá (font ezra-sil)Foi o que disse Abraão a Isaque sendo interrogado por ele quanto ao cordeiro para ser sacrificado."Respondeu Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois iam caminhando juntos". (Gênesis 22:8).Também foi o nome que deu Abraão após a providência do Senhor para aquele sacrifício, não tendo ele que sacrificar Isaque, seu filho: "Pelo que chamou Abraão àquele lugar Jeová-Jiré; donde se diz até o dia de hoje: No monte do Senhor se proverá". (Gênesis 22:14).E tal como aconteceu com Abraão, também Deus proveu para nós, pecadores, um Cordeiro; Jesus! (João 1:29).

YHWH Rafa – ( יהוהדפה ) = O Senhor que te sara. (Êxodo 15:26).

YHWH Nissi – ( יהוה נסי ) = O Senhor é a Minha Bandeira.Moisés assim chamou o altar que edificou. (Êxodo 17:15).

YHWH Shalom – ( יהוהשלום ) = O Senhor é Paz.Hoje pregamos ao mundo a Paz que é o Senhor; a Paz que só o Senhor pode trazer aos corações aflitos. Foi o nome dado por Gideão ao altar que edificou. (Juizes 6:24).

YHWH Raah – ( יהוהדעה ) = O Senhor é o Meu Pastor.Acredito que não haja quem não conheça essa passagem nas Escrituras. Mas, para

Page 32: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

podermos clarear nossa mente vamos ao Salmo escrito por Davi "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará". (Salmos 23:1).E como é bom saber que o nosso Pastor é o Senhor; Quão bom é saber que à frente das nossas veredas segue o Senhor tirando os espinhos, e, melhor ainda; quão bom é saber que as veredas eternas prometidas pelo Senhor são maravilhosas.

YHWH Tsidikenu – ( יהוהצדקנו ) = Senhor Justiça nossa.Jeremias profetizando a respeito de Judá disse: "Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este é o nome de que será chamado: O Senhor Justiça Nossa". (Jeremias 23:6).

YHWH Sabaoth (Sebhãôh) – ( יהוהצכאח ) = O Senhor dos Exércitos.Todo exército tem um General; ele cuida, ele dá ordens, ele vai adiante dos seus soldados, e nós temos ao Senhor dos Exércitos que comando miríades de anjos celestiais que estão sempre ao redor e à disposição daqueles que O buscam. (Salmos 24:10).

YHWH Shammah – ( יהוהשמה ) = O Senhor está ali.A divisão das tribos. "Dezoito mil côvados terá ao redor; e o nome da cidade desde aquele dia será Jeová-Samá". (Êzequiel 48:35).

NOMES DE DEUS NO NOVO TESTAMENTO

A Septuaginta foi a primeira tradução Bíblica hebraica para o grego, isso porque havia uma clima de desacordo entre os Judeus e os gregos. Os Judeus sempre foram monoteístas, mas os gregos existiam vários deuses. O Panteão grego, que, etimologicamente, deriva de Pan (todo) e theos (deus), literalmente significando o templo dedicado a todos os deuses. Aristóteles, o filósofo, para demonstra a fragilidade da religião grega, afirmou: "O homem fez os deuses à sua semelhança e lhes deu seus costumes".É devido a Septuaginta que notamos a demonstração de zelo pela sua religião, e, é por meio dela que descobrimos os equivalentes gregos dos nomes usados para Deus no Antigo Testamento, como El, Elohim, Eluon e YAWH.

Өєόζ (Theos) - Deus

O nome mais comum utilizado no Novo Testamento é (Өєόζ - Theos). Assim como as palavras hebraicas el, elohim, eloah no Antigo Testamento, theos no Novo Testamento pode significar "Deus" ou "deuses".

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus (Өєόζ - Theos) , e o Verbo era Deus (Өєόζ - Theos)." (João 1:1).

Қύριοζ (Kurios) - Senhor

Podemos notar que no Novo Testamento a tradução na Septuaginta de ambas as palavras Adonai e do nome impronunciável YHWH foi pela palavra grega Қύριοζ (Kurios - Kuriov), "Senhor". Kurios/Adonai traz a idéia básica da soberania de Deus, da suprema posição do Criador, em todo o Universo que criou. E mais, tanto o Pai (Deus) como o Filho (Jesus) são chamados pelo termo grego Kurios."E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: O reino do mundo passou a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos". (Apocalipse 11:15)."... e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, (Қύριοζ - Kurios) para glória de Deus Pai (πατήρ - pater)". (Filipenses 2:11)."Portanto vos quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! (Қύριοζ - Kurios) senão pelo Espírito Santo". (I Coríntios 12:3).

πατήρ (Pater) - Pai

"Portanto, orai vós deste modo: Pai (πατήρ - pater) nosso que estás nos céus, santificado

Page 33: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

seja o teu nome". (Mateus 6:9).

O Cristão fala de muitos privilégios, mas acredito que o maior deles seria chamar ao nosso grandioso Deus de Pai - "Pai Celestial". Sabe por que? Os judeus afirmam que Deus jamais teve um filho, portanto não reconhecem Cristo como o Unigênito de Deus. O islamismo rejeita a idéia de Deus ser Pai. A grande diferença entre as três grandes religiões monoteístas, que torna um privilégio único, é que somente nós os cristãos, ou seja, o cristianismo é que mantém um relacionamento de Pai para filho com seu Deus.

"Mais algumas particularidades bíblicas:

O nome Jesus vem do hebraico Yehoshua - "Josué", que significa "Iavé é salvação". Josué era chamado de Oshea ben Num que significa "Oséias, filho de Num", podemos comprovar pela Palavra de Deus "Da tribo de Efraim, Osias, filho de Num". (Números 13:8).

A Septuaginta (tradução grega do Velho Testamento) usou o nome Iesus (Iesous) para Yehoshu'a (Jeshua, Jehoshu'a); Portanto Iesous é a forma grega do nome Yehoshua (Yehoshu'a).Depois do cativeiro de Babilônia, o nome Yehoshua (Jehoshu'a) era conhecido por Yeshua (Jeshua). E toda a congregação dos que voltaram do cativeiro fizeram cabanas, e habitaram nas cabanas, porque nunca fizeram assim os filhos de Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e houve mui grande alegria". (Neemias 8:17). Josué era chamado Yeshua ben Num. Yeshua é o nome hebraico para Jesus, até os dias de hoje em Israel. Isso pode ser comprovado em qualquer exemplar do Novo Testamento hebraico.

Todos sabemos que nome não se deve traduzir, mas sim transliterar conforme a natureza de cada língua. Por exemplo:Os nomes de Eva, David e outros que em nosso idioma levam a letra v. Em hebraico o v substituído por u, aparecendo nos textos como Eua e Dauid. A letra beta b, na antigidade, No grego moderno v. Hoje se escreve Dabid, para David, e Eba para Eva.

Ainda assim, existem nomes que permanecem inalteráveis em outras línguas, mas não em sua maioria. Por exemplo:O nome João, Yohanan ou Yehohanan (decomposição Yeh, Yo, Yaho, contração de Yahweh, Javé (Deus) e hanan(compadecer-se), tendo o sentido de Deus teve misericórdia, Deus se compadeceu.) em hebraico; Ioannes em grego; John Inglês; "Jean" em francês;"Giovani" em italiano, "Juan" em espanhol, "Johannes" em alemão, e assim por diante, isso ocorre com vários nomes.

Há nomes que mudam substancialmente de um idioma para outro. Lázaro em grego é Eleazar em hebraico. Elizabete é a forma hebraica do nome Isabel. O argumento, portanto, de que o nome deve ser preservado na forma original, em todas as línguas, é contraditório não havendo assim muito apoio bíblico. Tzevaoth – (Sebhãôth)

Vejamos abaixo uma lista dos nomes de Deus:Aará Meu PastorAdon Hakavod Rei da GlóriaAdonay ( חשם ) SenhorAttiq Yômin Antigo de Dias

El ( אל )Deus "aquele que vai adiante ou começa as coisas"

El-Berit Deus que faz pacto ou aliançaEl Caná O Deus zelosoEl Deot O Deus das SabedoriasEl Elah Todo PoderosoEl Elhôhê Israel Deus de IsraelEl-Elyon ( אל עליון ) Deus que faz pacto ou aliançaEl-Ne‘eman Deus de graça e misericórdia

Page 34: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

El-Nosse Deus de compaixãoEl-Olan ( אל עלם ) Deus eterno, da eternidadeEl-Qana Deus zelosoEl Raí O Deus que tudo vêEl-Ro‘i Deus que vê (da vista)El-Sale‘i Deus é minha rocha, o meu refúgioEl-Shadday ( אל שדי ) Deus Todo PoderosoEliom Altíssimo

Elohim – (plural) ( אלחים )Deus; Criador "implícito o poder criativo e a onipotência"

Eloah – (singular) אלוהDeus; Criador "implícito o poder criativo e a onipotência"

Gibbor Poderoso

há’Shem – ( השם )O Nome - Senhor - o mesmo que YHVH

Jehoshua (Jehoshu'a) Javé é a SalvaçãoKadosh SantoKadosh Israel Santo de IsraelMalah Brit O Anjo da AliançaMaor Criador da LuzMargen ProtetorNikadiskim Que nos santificaPalet LibertadorRobeca Que te saraSalvaon Senhor Todo PoderosoShadday ( יהוה ) Todo PoderosoShaphatar JuizYahweh Javé; Deus

Yaveh (Yahweh) El Elion NorahO Senhor Deus Altíssimo é Tremendo

Yaveh (Yahweh) Tiçavaot Senhor das Hostes Celestiais

YeshuaJesus... veja também [Jesus um Nome sobre todo o Nome]

YHWH – ( יהוה )Tetragrama; Um nome difícil, quase impronunciável, de Deus; sempre é traduzido por Senhor.

Yehoshua (Iesus, Iesous) Javé (Iavé) é a SalvaçãoYHWH (Jeová) Elohêkha O Senhor teu DeusYHWH (Jeová) Elohim – יהוה ) ( אלהים

Senhor (criador) de todas as coisas

YHWH (Jeová) Hosseu O Senhor que nos criouYHWH (Jeová) Jaser O Senhor é RetoYHWH (Jeová) Jireh – ( יהוה ידאח ) O Senhor proverá – Deus proverá

YHWH (Jeová) Jireh – ( יהוה ִיר�א~ה )O Senhor proverá – Deus proverá (font Ezra-Sil)

YHWH (Jeová) Nissi – ( יהוה נסי ) O Senhor é a Minha BandeiraYHWH (Jeová) Raah – ( יהוה דעה ) O Senhor é o Meu PastorYHWH (Jeová) Rafaf – ( יהוה רפה ) O Senhor que te saraYHWH (Jeová) Sabaoth – (Sebhãôth) – ( יהוה צבאות )

Senhor dos Exércitos

YHWH (Jeová) Tzevaoth – יהוה ) ( צבאות

Senhor dos Exércitos

YHWH (Jeová) Shalom – יהוה ) ( שלום

O Senhor é Paz

YHWH (Jeová) Shammah – ( יהוה O Senhor está presente; O Senhor

Page 35: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

( שמה está aliYHWH (Jeová) Tzidikenu – ( יהוה ( צדקנו

Senhor Justiça nossa; O Senhor é a nossa Justiça

Yohanan (Yehohanan)João - no sentido de Deus se compadeceu, Deus teve misericórdia

Toda Glória, Honra e Louvor seja dado a Deus ( חשם ) e ao [Nosso Senhor Jesus Cristo].

J E S U S - Um Nome Sobre Todo o NomeO nome de Jesus, este precioso nome que está acima de todos os nomes. Jesus herdou do Pai um nome mais grandioso do que qualquer ser angelical (Hebreus 1:1-6).

O nome Jesus vem do hebraico "Yehoshua" - "Josué", que significa "Iavé é salvação". Josué era chamado de "Oshea ben Num" que significa "Oséias, filho de Num", podemos comprovar pela Palavra de Deus "Da tribo de Efraim, Oséias, filho de Num". (Números 13:8).

Como Filho de Deus, Jesus Cristo é herdeiro de todas as coisas. Ele é a expressão exata de Deus e o resplendor do Pai.

Deus lhe deu um nome que está acima de todos os nomes. À dedução é que havia um nome conhecido no céu e desconhecido noutros lugares, e que este nome foi guardado para ser doado a alguém que o merecesse; e Jesus conforme o conhecemos, o Filho Eterno conforme Ele é conhecido no seio do Pai recebeu este Nome por doação e a este precioso Nome todo joelho se dobrará, nos três mundos, para a Glória de Deus Pai. "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu um Nome que está acima de todo o nome, para que ao Nome de Jesus se dobre todo o joelho - de seres nos céus - de seres na terra e de seres debaixo da terra e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai". (Filipenses 2:9-11).

O céu, a terra e o inferno reconhecem o que Jesus fez, portanto toda a autoridade, todo o poder e a totalidade das suas realizações acham-se em seu Nome. E o Nome de Jesus em nossos lábios operará as mesmas coisas agora que operava naqueles tempos. Ele é Deus que nos fala.

"Quando foi que Jesus herdou do Pai o mais excelente Nome?"Não herdou no céu antes de vir para a terra, porque Ele já possuía TUDO. Não herdou quando esteve aqui nesse mundo, porque Paulo falando aos Filipenses diz que Ele se esvaziou de toda a Honra e deixou de lado toda a sua Glória.

Que Ele seja o seu exemplo de humildade, pois Ele sendo essencialmente um com Deus e substituindo em forma de Deus (possuindo a plenitude dos atributos que fazem que Deus seja Deus), não julgou essa igualdade com Deus como algo a ser procurado, antes se despiu de todos os privilégios da própria dignidade assumindo a forma de servo escravo para tornar-se como homem nascendo como ser humano. "Tende em vós o mesmo sentimento e propósito e mente (humildade) que houve também em Cristo Jesus". (Filipenses 2:5-7).

Page 36: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Tudo isto Ele o fez em nosso benefício para que pudéssemos usar o seu Nome. Em benefício da sua Igreja, Cristo Jesus esvaziou-se:Dos seus atributos divinos como criador. (João 5:19-21). Dos seus atributos divinos de tudo saber e tudo poder. Do seu atributo divino de estar em toda parte. (João 11:21). Mas em todas a coisas tornou-se semelhante aos irmãos, Ele sujeitou-se à natureza humana. "Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo". (Hebreus 2:17).

Jesus passou por toda a experiência humana, trabalho, dores, decepção, insultos, perseguição, rejeição, traição, sofrimento físico e morte como homem, morte de cruz. "Embora sendo Filho aprendeu a obediência pelas coisas que padeceu". (Hebreus 5:8).

Jesus passou a vida inteira com um só alvo especifico em sua mente: Fazer a vontade do Pai. Essa foi à força motriz que impulsionou todas as suas ações. "Ele disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus a Tua Vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo". (Hebreus 10:9); "Jesus disse-lhes: A minha comida consiste em fazer a vontade d´Aquele que me enviou, e realizar a sua obra". (João 4:34).

Toda a verdade tem um paralelo, para nos tornarmos fortes guerreiros na "Batalha Espiritual" nós também temos que estar prontos para nos esvaziar da nossa natureza egoísta, desejos e apetites que o mundo está sempre nos oferecendo verdadeiros laços de satanás.

O verdadeiro cristão, convertido, precisa ter em mente que recebeu a Salvação pela Graça e que possui a vida eterna e viverá junto com Jesus e com o próprio Deus e sabedores dessas verdades absolutas e que todas as nossas ações também tem que ser o desejo constante de fazer a vontade de Deus. Saber qual é à vontade de Deus e agir de acordo com a vontade d'Ele, foi uma das estratégias chave que Jesus usou para derrotar satanás. Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo. "Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo". (I João 3:8).

Jesus doou à Igreja um Nome que está acima de todos os nomes e Ele doou porque recebeu por herança de Deus como nos diz a Bíblia: "Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles. Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, E ele me será por Filho?" (Hebreus 1:4-5).

"Quando Jesus foi Gerado?"Não nasceu quando veio ao mundo, quando tomou sobre si a carne humana. Ele pré-existia com o Pai. Simplesmente assumiu um corpo. Cristo existe desde toda a eternidade."Por isso ao entrar no mundo diz: Sacrifício e oferta não quiseste, antes corpo me preparaste". (Hebreus 10:5). "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens". (João 1:1-4). Deus cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando Jesus. como também está escrito na Palavra de Deus: "Como também está escrito no salmo segundo: Meu filho és tu, hoje te gerei". (Atos 13:23). Jesus Cristo foi foi gerado pelo Pai naquela manhã da Ressurreição.

"Por que Jesus precisava ser gerado pelo Pai?"Porque era necessário mostrar a humanidade, aos homens, que jamais seriam capazes de cumprir qualquer lei. Então, Jesus se fez carne , e veio ao mundo para que o Pai, Deus, através do Filho, Jesus, transmitisse seu Plano de Salvação para os homens. Mostrar que sempre estivemos separados de Deus pelo pecado. E através de sua vinda a esse mundo, Cristo Jesus, teve que provar, por todos os homens, a morte física que não apagaria nossos pecados e a pior das mortes, a espiritual, a única que poderia limpar o ser humano de suas iniqüidades. "Vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um

Page 37: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos". (Hebreus 2:9).

Jesus chegou a descer às profundezas do inferno em nosso lugar. Lá em baixo na masmorra do sofrimento, Jesus satisfez as reivindicações da justiça para todos nós, individualmente porque Ele morreu como nosso substituto. E Deus o ressuscitou ao terceiro dia. "E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita". (Romanos 8:11). E hoje está sentado a direita de Deus, onde sempre foi Seu lugar.Ao ver se aproximar o fim de seu corpo, Jesus exclamou: "E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?". (Marcos 15:34; Mateus 27:46). O motivo pelo qual Jesus disse tais palavras é porque naquele momento estava sendo consumada a obra de Deus, o verdadeiro Plano da Salvação, e Jesus recebeu sobre Si o pecado da humanidade, o pecado de todos os homens recaiu sobre Ele.

Deus como Santo, Puro e Justo não podia de forma alguma, naquele momento, olhar para Cristo. O seu Espírito foi separado de Deus. Esse foi o único momento que Deus se afastou de Jesus porque não poderia contemplar o pecado. "Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus". (II Co. 5:21).

"Este Nome dado Igreja para a Salvao"Toda a autoridade, todo o poder que estava em Jesus está no seu Nome. E Ele deu o seu Nome à Igreja. Os Crentes primitivos sabiam que possuíam e usavam o Nome de Jesus. Não há salvação a não ser no Nome de Jesus e no Senhor Jesus Cristo. É o único Nome pelo o qual o pecador pode se aproximar de Deus Pai."E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel. Que traduzido é: Deus conosco." (Mateus 1:21-23)."E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". (Atos 2:21)."E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos". (Atos 4:12).E também o único caminho: "Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim". (João 14:6).

"O Nome de Jesus em nosso dia a dia"A maioria dos cristãos sabe, até certo ponto, que deve usar o Seu Nome na oração, mas não fazem idéia de quanto Ele significa. Ele abre os tesouros dos céus a nosso favor e tranca os poderes do inferno. Que o Espírito Santo abra os nossos olhos espirituais para sabermos tudo o que este Nome significa e que conheçamos as riquezas da glória ocultas neste Nome. "E qual a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre nós, os que cremos, segundo a operação da força do seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos, e pondo-o à sua direita nos céus. Acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro; E sujeitou todas as coisas a seus pés, e sobre todas as coisas o constituiu como cabeça da igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos. (Efésios 1:19-23)."E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar. Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra". (João 16:23-24).

Jesus é o nosso mediador, intercessor, advogado e Senhor. Ele se coloca entre nós e o Pai. Seu Nome, portanto garante uma resposta à nossa oração. "Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo". (I João 2:1).

Tudo o quanto pedimos em oração, devemos entender que Cristo já morreu para respondê-la na cruz. Na sua morte por nós, Cristo forneceu toda bênção que pudesse ser desejada ou

Page 38: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

necessitada. Então quando orarmos, devemos olhar primeiro para a cruz onde o preço já foi pago pela bênção que procuramos. "E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis". (Mateus 21:22). Mas não devemos nos enganar, pois devemos saber que nem toda oração que fizermos a Deus em nome de Jesus será ouvida: Porque seria? Quais seriam os motivos? - Não merecemos, - Se Deus nos atender poderá ser prejudicial para nós. E para que sejamos atendido em nossas orações, primeiramente é necessário que estejamos realmente fazendo a vontade de Deus, que estejamos deixando Deus agir em nossas vidas e que Cristo seja transparente em nosso dia a dia.

Cada cristão deve procurar a cada dia estar se convertendo de seus pecados, se libertando das coisas que a carne nos proporciona, e cada vez mais procurar se parecer com Cristo. Sabemos que não chegaremos jamais em sua perfeição mas, esta deve ser a nossa vontade.

Após termos visto e confirmado pela Palavra de Deus, a Bíblia, a respeito da autoridade do Nome de Jesus, o poder e a sublimidade que estão investidos por detrás deste maravilhoso Nome, devemos nos entregar plenamente à Ele e pedir que o Espírito Santo de Deus toque em nossos corações para sermos mais cristãos e os que não são que aprendam com Cristo o que é o verdadeiro amor. Só Jesus pode nos mostrar e nos dar este verdadeiro amor e nos trazer a paz. Mas é necessário que creiamos, portanto, na palavra de Deus. Devemos dar ouvidos à Sua Palavra e melhorarmos a cada dia. Sermos mais fiéis, mais cristãos, mais amorosos e jamais olharmos para trás, no sentido de retornar, de retroceder na vida cristã, mas devemos sim olhar para trás para fazer de nossos erros os consertos do dia de hoje e melhores ainda no futuro.

"Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente". (I Coríntios 2:9-14).

O que precisamos agora é aceitar a morte de Cristo e acreditarmos que ele pagou o preço muito alto para nos salvar da punição eterna. Devemos aceitar a Jesus não apenas como nosso Salvador, como costuma fazer a humanidade, mas principalmente como Senhor das nossas vidas.Toda Glória, Honra e Louvor seja dado ao Senhor Jesus Cristo. Veja Sua [biografia] e também [Os Nomes de Deus]

Page 39: O PAI NOSSO e Nomes de Deus
Page 40: O PAI NOSSO e Nomes de Deus
Page 41: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

Paternidade de DeusSONHOS DE MENINAQual era o maior sonho da sua infância? Segundo a autora americana, Sharon Jaynes, em seu livro “Sonhos de Mulher” (que, aliás, recomendo a leitura), cinco sonhos são mais citados pelas mulheres, independente da classe social: ter um pai que as amasse, ser noiva, ser mãe, ser bonita e ter uma boa amiga.     Vamos conversar um pouco sobre esse primeiro sonho que citei: ter um pai que me ama. Esse é de fato o sonho presente no coração de toda menina... Mas infelizmente nem sempre é assim e muitas vezes esse sonho é frustrado logo cedo e, então, um grande vale se abre em nossa alma.PATERNIDADE TERRENAAlguns tipos de paternidadeIndiferente (ausência de limites e correção)Ausente (abandono voluntário, separação, morte, trabalho em excesso)Severo e Exigente (tirar 10 não é mais que a obrigação!)Ama condicionalmente (se ajudar em casa, se for bom para ele, se der certo na vida, etc)Indigno de confiança (vício, mentira, violência, não dá exemplo) As dificuldades decorrentes da falta de pai: Falta de identidadeDesvio de rotaFalta de limites (sem proteção)Falta de propósitoImaturidade O papel do PaiDar nome ao filho – Lc 1:13Transferência de um legado, unção – 1 Cr 25Autoridade para abençoar ou amaldiçoar – Gn 49Proteger, trazer segurança, traçar limites – 1 Co 4:14-16Instruir, ensinar – Dt 6:6, 7Corrigir e disciplinar – Hb 12:5:12; Pv 13:24; Pv 13:12Deixar uma herança – Gn 4:20-21; Gn 26:3Ser um exemplo – 1 Co 4:15, 16; 1 Co 11:1Amar – Jo 3:35; Jo 5:20PATERNIDADE CELESTIAL 1.       Os mesmos princípios aplicados à paternidade natural ou biológica são aplicados à paternidade espiritual. 2.       Ele nos chama de FILHODeus quer ter um relacionamento de pai com cada um de nós. Existem vários níveis de relacionamento com Deus, mas o mais sublime é o relacionamento de pai e filho. Muitas vezes transferimos o nosso relacionamento com o pai (biológico) para Deus, trazendo na bagagem: feridas, frustrações, rejeição, assim construindo uma grande barreira.3.       Idéias erradas de Deus Deus legalista: Fica sempre a espera que nos desviemos para nos pegar; Se agir certo reverte em bem; Se agir errado reverte em mau; Fica baseado nos próprios méritos e não desfruta da graça de Deus.Deus detetive: Está sempre espreitando tudo; Fica de olho em tudo que você faz; Associa a presença de deus com a presença de pessoas e quando está sozinho parece que Deus não está vendo.Deus filósofo: Fica distante, só pensando (inativo); Preocupado com as grandes coisas; Fazer chover,  funcionar o universo, etc.; É um Deus frio e distante.Deus carrasco: Está sempre esperando um erro para nos castigar; Quando acontece algo errado diz : "É castigo de Deus"; Parece que Deus tem prazer em castigar.Deus bonachão: Fica lá sentado, só ocupando lugar; Não se importa com nada; Aceita tudo. 

Page 42: O PAI NOSSO e Nomes de Deus

  Estes conceitos errados nos incapacitam de crer plenamente em Deus e de se entregar completamente a Ele.4.       Aspectos da Paternidade de Deus:Pai Glorioso: Jo 17.1 -5; Ef 1.17 Pai Santo: Jo 17.11 Pai Justo: Jo 17.25Pai Perfeito: Mt 5.48 Pai Misericordioso: Lc 6.36; 2 Co 1.3 Pai Gracioso: Mt 7.11; Rm 1.7; Tg 1.17Pai Fiel no Cumprimento de suas Promessas: Dt 7.6-9; Lc 24.49; At 1.4,8; At 2.1,4Pai que escolhe os seus filhos adotivos: Jo 6.37,44, 65; Ef 1.4,5Pai incansável: Jo 5.17Pai Onisciente e Todo-Poderoso: Mc 13.32; 14.36Pai que envia o Seu Filho para salvar o Seu povo: 1 Jo 4.14; Jo 17.6-26 Pai Auto-existente: Jo 5.26Pai livre em Seus atos: Jo 5.21; Rm 9.14-29; 11.33-36 Pai que se revela através do Filho: Mt 11.27Estes são apenas alguns dos aspectos da Paternidade de Deus. A Bíblia nos fala de muitos outros. Nós conhecemos a Deus por Seu ato de Graça em se revelar na Sua Palavra e, em Jesus Cristo (Jo 10.30; Cl 1.19, 2.9; Hb 1.1-4). A Paternidade de Deus envolve, conseqüentemente, a idéia de filhos.O relacionamento de Deus Pai com o Seu Filho Jesus é o nosso grande exemplo a seguir. Jesus chama a Deus "abbá". Joachim Jeremias, exegeta alemão, fez uma pesquisa sobre essa expressão e fazia remontar o termo "abbá" ao vocabulário infantil, um Lallwort. Esta expressão alemã é bem forte, pois significa uma palavra que brota do balbucio da criança. Por trás da experiência de Jesus, existe a matriz de uma criança que, em vendo o pai na sua figura de vigor e ternura, de fonte da sua vida, ensaia os primeiros sons: papai, paizinho. Jesus permitiu que assim nos dirigíssemos a Deus, ensinando-nos o pai nosso. E para que fôssemos recebidos como filhos o Pai enviou a Jesus em nosso resgate, Ele fez tudo isto por amor.   (Jo 3:16, Gl 4:4,5)Quando nos tornamos filhos de Deus, nós:Recebemos uma nova identidade – 2 Co 5:17; Rm 8:16Já não somos servos e sim filhos – Gl 4:1-7; Rm 8:15Recebemos herança de filho – Rm 8:17Recebemos direção – Rm 8:14Recebemos um coração de Filho – Jo 8:26-29; Jo 4:34SubmissoDependenteServoDispostoEnsinávelA compreensão da paternidade de Deus vai gerar uma geração de pais para os órfãos destes dias. O derramamento do Espírito tem vindo sobre a igreja para que haja a conversão do coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais. Até onde estou disposto a ser filho? Até onde estou disposto a ser um pai para esta geração?