o outro lado da canção
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Caio Henrique dos Santos Rosa Wesley Bichoff PereiraTRANSCRIPT
Esta obra é uma edição piloto. PROIBIDA A VENDA
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AGRADECIMENTOS
A nossas famílias, que deram apoio necessário, desde o ingresso à instituição e acompanhou, mesmo que longe, os esforços realizados no curso, durante este ano.
Aos colegas do curso, que estiveram desde o começo do ano letivo, ajudando a equipe, para que todos efetivassem com competência as atividades acadêmicas.
A Professora Verdiana Duarte, que através da disciplina de Empreendedorismo possibilitou que este projeto fosse idealizado e, felizmente, realizado.
A Nathália Adamuchio por ter disponibilizado e contribuído com suas fotos. Obrigado por sua amizade.
Também agradecemos a você pela confiança nesta primeira e simples obra. Seu apoio contribui para que novas possam surgir.
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I
UMA PASSAGEM PELA HISTÓRIA DE MARINGÁ
Começando por uma breve contextualização
sobre a cidade de Maringá, a cidade surgiu em 10 de
maio de 1947 e o seu nome tem suas raízes de uma
canção famosa no período, denominado Maringá, de
autoria do compositor Joubert de Carvalho, surgindo
assim o nome da “Cidade Canção”. A princípio,
Maringá era Distrito de Mandaguari e foi consolidada
pela Companhia de Melhoramentos Norte do Paraná,
assim como foi esboçada, segundo um plano
urbanístico antecipadamente determinado. As
principais características ao surgir à cidade foram as
praças, ruas e avenidas, levando em conta as áreas
topográficas, mostrando grande importância da
preservação de áreas verdes e vegetação nativa.
Maringá apenas ocupou o patamar de Município em
1951, com os distritos de Floriano, Iguatemi e Ivatuba.
Já em 1951 é implantado a Comarca de Maringá,
sendo, atualmente, uma grande região que engloba
cem municípios.
Um nome importante para contribuição da
cidade foi o Arquiteto e Urbanista Jorge de Macedo
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Vieira (1894-1978), encarregado por projetar
trabalhos como o Jardim América, de São Paulo e
Águas de São Pedro, na região de Piracicaba. Maringá
foi prevista para ser uma cidade de 200 mil
habitantes - hoje, sabe-se que estes números
aumentaram consideravelmente - transformando-se
em um enorme centro de agrupamento econômico e
esta empreitada foi resultado, em grande parte, pelo
traçado urbanístico original que presumia as divisões
de zona industrial, comercial e residências.
Por meio de Jorge Macedo Vieira, Maringá foi
elaborada para ser uma cidade nos contornos de uma
projeção mais moderna, dividindo nas formas de uma
avenida principal, que no caso foi a Avenida Brasil,
atravessando à cidade de uma ponta a outra;
quarteirões rigidamente planificados com as
subdivisões em datas, que formariam as inúmeras
zonas, cada um com seus propósitos diferentes. No
centro da cidade ficaria localizada a prefeitura e a
biblioteca municipal, o fórum, e, também, a famosa
catedral da nossa senhora da glória, tornando-se uma
das principais referências da cidade, considerado
décimo monumento, em altura, mais alto do mundo e
o primeiro da América Latina.
Enfatizando o surgimento da cidade, sobre o
assunto das questões ambientais (principal foco do
livro), as residências construídas na época, não
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poderiam deixar de ter um espaço exclusivo para
jardins e muros. Além disso, se origina três áreas
ecológicas, identificadas no perímetro urbano,
imprescindíveis no desenvolvimento da cidade,
desenhado também, pelo arquiteto Jorge de Macedo
Vieira. A primeira área é o Horto Florestal,
propriedade da Cia melhoramentos, projetada como
ponta de reserva e designado à origem de mudas para
recomposição da arborização urbana, quem teve
enorme contribuição neste trabalho foi o Dr. Luiz
Teixeira Mendes, um dos idealizadores da paisagem
urbana de Maringá, que chegou à cidade em 1949,
contratado pela CNMP (Conselho Nacional do
Ministério Público) e que tinha exercido a função de
chefe do serviço florestal de São Paulo. O Doutor Luiz
preocupou-se, a princípio, em formar canteiros,
dentro do horto florestal, para dispor as diversas
mudas que vinham principalmente da capital
paulista, encomendadas pela CIA Melhoramentos,
que por consequência, depois eram plantados na
cidade.
A segunda área ecológica é um dos pontos
turísticos mais conhecidos da cidade, o chamado
Parque do Ingá, que foi urbanizado em 1970 e é
notável se deparar com um jardim zoológico, outro
japonês e passeio a pedalinho. Por último, há o
Bosque Tupinambá ou também, denominado de
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“Bosque Dois” em que consiste numa reserva natural
da mata original.
Ainda no âmbito da ecologia, Maringá tem uma
das maiores concentrações de área verde, com 26,65
metros quadrados por habitante. Ademais, são 90
alqueires de matas nativas, dispersados por 17
bosques e milhões de árvores são plantadas ao longo
das ruas e avenidas, de inúmeras espécies, a exemplo
de paineiras, ipê roxo e amarelo, flamboyant, acácias,
entre outras.
Assim, Maringá conquista seus moradores e
visitantes por suas belas paisagens, pela beleza
natural, com seus bosques centralizados e, também,
pela encantadora Catedral de Nossa Senhora da
Glória, em forma de cone, com 124 metros de altura.
Sendo, atualmente, uma das características mais
marcantes da “Cidade Canção”, a quantidade de
árvores existentes em toda a cidade, na qual, diante
desta temática, o leitor poderá apreciar e se
aprofundar mais sobre questões ambientais e
sustentáveis.
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II
SOBRE A SUSTENTABILIDADE
Temática atual e bastante debatida com um
olhar no futuro diz respeito à sustentabilidade,
porém, poucos se aprofundam em saber as suas
verdadeiras intenções e contribuições na sociedade.
Desse modo, utiliza-se o termo sustentabilidade ao
mencionar às inúmeras maneiras de preservar o meio
ambiente, desfrutando, através dos próprios recursos,
os materiais já existentes, como os lixos que podem
ser reciclado. Além disso, a definição se baseia em
determinar ações e atividades humanas, que se
propõe a preencher as necessidades atuais do homem,
sem comprometer o futuro das gerações seguintes. A
sustentabilidade está inteiramente envolvida ao
desenvolvimento econômico, social e cultural, sem
agredir o meio ambiente, usando os mecanismos
naturais de forma inovadora, para assim, a sociedade
assegurar o desenvolvimento sustentável. De acordo
com a ex-ministra norueguesa, Gro Brundtland, em
seu livro “Our Common Future” (1987), a autora
aborda, pela primeira vez, a definição de
sustentabilidade: “Desenvolvimento sustentável
significa suprir as necessidades do presente sem
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afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem
as próprias necessidades".
Algumas ações compatíveis a esta temática é
notada pela exploração dos recursos vegetais de
florestas e matas, garantindo o replantio sempre que
possível, assim como, a exploração dos recursos
minerais (carvão, minérios, petróleo), ambos usados
de forma moderada e preconcebida; o uso de fontes
de energias limpas e renováveis (eólica, geotérmica e
hidráulica) é outra conduta, que tem como finalidade
reduzir o consumo de combustíveis fósseis, além de
preservar as reservas dos recursos minerais, evitando
a poluição do ar. Há também, a possibilidade de
aplicar ideias sustentáveis em seu próprio negócio,
primeiramente, ao criar atitudes pessoais e
empresariais voltadas para a reciclagem de resíduos
sólidos, tendo em vista que esta ação, além de gerar
renda e diminuir a quantidade de lixo no solo,
ocasiona a diminuição da retirada de recursos
minerais do solo. Ademais, verifica-se a importância
em desenvolver nas empresas, uma administração
sustentável, para diminuir o desperdício de matéria-
prima e empregar produtos com baixo consumo de
energia.
Dessa forma, torna-se imprescindível adotar
algumas destas práticas, trazendo benefícios para
todo o mundo, pois garante os recursos naturais
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fundamentais para as próximas gerações e
desencadeia a renovação dos mesmos, garantindo
uma satisfatória qualidade de vida. Com relação à
sustentabilidade, na cidade de Maringá, Pacelli
Henrique Martins Teodoro em sua tese “A
sustentabilidade urbana de Maringá/PR: da teoria à
prática” (2012) expõe que tais práticas se dividem nas
categorias de gestão, planejamento urbano, prestação
de serviços ou preservação de patrimônio e dentro
destas divisões, encontra-se, através das escalas
intraurbanas, separação dos resíduos sólidos e as
capacidades modernizadoras em construir imóveis,
além das transformações em sistema de saneamento
ambiental e padrões de produção-consumo,
englobando toda a sociedade.
Além disso, comenta-se sobre atitudes da
população que devem ser tomadas na cidade, se
opondo a ação legitimadora, como no caso de
incineração dos resíduos sólidos, que visa modificar a
própria relação com o meio, sendo notado, neste caso
o interesse comum dos moradores de Maringá, para
mobilizar contra esta usina. Logo, somente com
debates de interesse coletivo é que a sociedade muda
e se adapta nos padrões de produção, consumo e,
também, da legitimação de seus diferentes ritmos
sociais na acomodação dos recursos naturais
(TEODORO, P. H. M, 2012).
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III
A BICICLETA Ela está lá, sempre branca e colorida, Longe do chão, onde é seu lugar. Pendurada como se fosse em um altar, Traz paz e vida à tão movimentada avenida. Quem por ali de repente a vê, Não imagina o que aconteceu. Se questiona sobre arte, algo de museu. Ou ainda uma decoração, nada de clichê. Mesmo com tanta calma que ali se apresenta, Na bicicleta que ali tranquila descansa, Se encontra a imagem de uma lembrança. As cores que a vida representa, Dão espaço a morte, sombria e escura. Por desrespeito tão sonso, uma loucura.
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IV
A FOLHA
Calma, tranquila e serena. Lá está ela acompanhada de amigas em sua casa. Umas são pequenas, outras grandes. Algumas são verdes, outras o tempo amarelou. Independente de seu formato, as folhas representam parte do ciclo da vida de todos os seres vivos. Já parou pra pensar que nossas vidas dependem de cada uma delas?
O vento sopra e ela dança. No balançar de todas as próprias criam uma música particular. Som que refresca e tranquiliza. São notas musicais que não seguem uma ordem, ou ritmo, mas seu conjunto é que as tornam tão especiais e fantásticas que nenhuma orquestra ou compositor jamais atingirá.
Com o balançar do tempo ela envelhece e em seu próprio devaneio se liberta para uma nova etapa. É a hora de voar e recomeçar. Com a mesma tranquilidade que se apresentava nos galhos de sua árvore, ela vai desafiando a gravidade. Suave partida, encanta quem a vê. Agora, em seu outono, cumpre uma nova função. Tempo de renovar. Junta de suas colegas que também partiram, forma um lindo tapete de cores. E, para quem achou que sua nova forma seca e amarelada se esgotou toda vida, está completamente enganado. Ela ainda está lá e sempre estará. No solo, abre espaço para que novas folhas possam chegar, contribuindo para o ciclo essencial.
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As vezes penso que deveríamos ser como as folhas. Além de toda tranquilidade, que é tão ausente em nossas vidas, teríamos que ter a sensatez de enfeitar a vida de outras pessoas. Cumprir nosso ciclo com leveza, sem titubear. Dançar ao sol e na chuva ao som de nossa própria trilha sonora. Sinceramente, uma vida folha é o que todos gostaríamos de ter.
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V
CIDADE DE FACES
Oh minha ama Cidade Canção, Sua graça e beleza, Seu estilo e fineza Agradam os membros deste chão. Maringá, porque és tão valorosa? Pelas ruas que caminho Com teu verde vou sorrindo, Querida pedra preciosa. Quiçá Deus tão generoso Reservou-te a natureza Tão amável camponesa. Que este povo caloroso Cuide bem de tua alma, Linda, verde e calma.
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Fotos Nathália Adamuchio Fotografia
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