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Page 1: O orçamento público como instrumento à efetividade dos ... · crescente da população carcerária no Brasil. Entre janeiro de 1992 e junho de 2013, enquanto a população cresceu

O orçamento público como instrumento à

efetividade dos direitos humanos no sistema prisional brasileiro

Paulo Roberto Thomsen ZietlowProcurador do Estado do RS, ex-Superintendente

da SUSEPE/RS, ex-Conselheiro Penitenciário/RS

e Mestrando em Direitos Humanos pela UniRitter

UniRitter Laureate International Universitles

[email protected]

Resumo: Este trabalho apresenta uma possível correlação

entre deficiências dos serviços públicos ofertados, na área

prisional brasileira, com a primária tomada de decisões

orçamentárias pelos gestores públicos, uma vez que as

despesas públicas são relevantes instrumentos de viabilização

e efetividade dos direitos humanos dos encarcerados no Brasil.

Palas-chave: Orçamento; Ressocialização;Superlotação.

Seção I1. ObjetoO presente artigo tem como objeto uma possível

vinculação das precárias condições de cumprimento das

penas privativas de liberdade no Brasil com a deficiente

destinação de recursos orçamentários à manutenção do

nosso sistema prisional, cuja população já é a terceira

maior do mundo. Nele, analisa-se o parcial

X Semana de Extensão, Pesquisa e Pós-graduaçãoSEPesq – 20 a 24 de outubro de 2014

Page 2: O orçamento público como instrumento à efetividade dos ... · crescente da população carcerária no Brasil. Entre janeiro de 1992 e junho de 2013, enquanto a população cresceu

descumprimento da LEP frente à insuficiente destinação

de recursos à custódia dos apenados, tendo como

consequência, a violação dos direitos fundamentais da

dignidade dos reeducandos. Em assim sendo, expõem-se

a incapacidade - ou a opção gerencial- do estado

brasileiro em ressocializar os seus presos, em visível

afronta às tendências modernas das funções das penas

privativas de liberdade, surgidas após questionamentos

do estado liberal burguês e, entre nós, materializadas na

LEP.

2. MetodologiaO presente estudo desenvolve-se à partir da coleta de

dados oficiais sobre recursos destinados ao sistema

penitenciário nacional, comparando valores orçados com

informações expostas na imprensa e por autoridades

sobre a realidade prisional do país. Com base nos dados

coletados, utilizando-se o método dedutivo, procura-se

obter conclusões sobre a existência de uma relação entre

as variáveis investimentos públicos e prestação dos

serviços penitenciários. O estudo baseia-se

fundamentalmente em expressões numéricas e suas

resultantes em estatísticas e informações expressando a

realidade prisional.

Seção II1. IntroduçãoMarco na história, a Revolução Francesa viu surgir no

horizonte da humanidade, o triunfo do pensamento liberal

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clássico. Com a ascensão política da burguesia,

suprimido estava, definitivamente, o modo de produção

feudal. A consagração do modo de produção capitalista

também implicou na modificação das relações sociais e

de poder, projetando-se nas relações jurídicas e

administrativas. Em 1929, outro fato histórico mudaria o

curso do pensar humano: a Grande Depressão iniciada

com a quebra da bolsa de valores de Nova York. O crash

da Bolsa determinou uma nova postura nos pensamentos

econômico e social, produzindo inevitável reforma no

pensamento liberal clássico do laissez faire. Da nova

realidade econômica, acrescida das atrocidades

cometidas nas duas grandes guerras mundiais, surgiu a

concepção de “Estado do Bem-Estar Social” (Welfare

State). O momento posterior à segunda guerra marcaria

definitivamente a transformação das concepções de

atuação do poder estatal nos campos político, econômico,

social e de preservação dos direitos humanos. A primeira

guerra, a crise econômica iniciada em 1929, a ascensão e

a queda do Nazifascismo trouxeram consigo uma noção

de superação do estado liberal clássico, uma vez que este

se tornou incapaz de responder a indagações sobre

desemprego em massa e das atrocidades cometidas

pelos regimes totalitários. O modelo liberal clássico sofreu

um revez, na medida em que o Estado mínimo foi incapaz

de produzir respostas satisfatórias às demandas sociais e

de oposição à violação dos direitos humanos. Neste

contexto, o Estado passou a desemprenhar um papel de

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construtor e aplicador de políticas públicas, com vistas à

superação de desigualdades e de efetivação de direitos

inerentes à condição de ser humano.

A evolução do pensamento humano, e a sua forma de

ver e entender os fatos sociais, também se projetou na

sanção penal. Com o advento da Idade Moderna

mudanças também ocorreram no Direito Penal. Por

influência do Iluminismo, cujos questionamentos sobre as

funções das penas começaram com a publicação da obra

de Beccaria (Dei delliti e delle pene), a Europa do século

XIX, veria surgir várias tendências pela defesa da

humanização do encarceramento. Na Criminologia, não

obstante os movimentos anteriores, o pós segunda

guerra, seguindo os postulados do Welfare State,

consagrou correntes filosóficas que tinham na sanção

penal não uma mera condição para o castigo do infrator,

mas um instrumento para a sua ressocialização. Em

suma: aquele que viola a lei também é um sujeito de

direitos. Desta forma, a prisão, como pena, passou a ser

vista como um ente que objetiva a reintegração social e,

por via de consequência, a própria proteção da

sociedade contra a violência. Ressocializar, além de

respeitar os direitos humanos dos apenados, também

preveniria o crime. Dentro desta tendência do

pensamento mundial que, no Brasil, ainda que

tardiamente, foi promulgada a Lei nº 7.210, de 11 de julho

de 1984 (Lei de Execução Penal – LEP).Neste sentido da

humanização das penas privativas de liberdade, vários

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são os termos constantes na LEP.

2. A atividade financeira do Estado e os custos orçamentários das políticas públicas

As modernas tendências ideológicas de atuação do

poder público, cada vez mais intervencionista, tem um

custo. Para que a atuação estatal tenha eficácia, com a

efetiva realização das políticas públicas no mundo dos

fatos, os seus resultados dependem do quantum alocado

em recursos materiais e humanos. Não há como se fazer

políticas públicas concretas sem a correlata destinação de

verbas orçamentárias, como principal forma de viabilizar

os respectivos serviços públicos correspondentes. As

necessidades públicas só podem obter a efetiva

satisfação com a correlata destinação de recursos

públicos, sob pena de se tornarem mera carta de

propósitos. A ação planejada pelo Estado à manutenção

de suas atividades materializa-se no orçamento público. A

priori, através das rubricas orçamentárias, podemos

avaliar as prioridades da ação estatal e o seus possíveis

efeitos concretos.

3 As condições dos sistemas penitenciários nacional e do RS: a superlotação

Segundo o Departamento Penitenciário Nacional, em

2007, a população carcerária brasileira alcançou a

expressiva quantia de trezentos e sessenta mil,

quinhentos e trinta e nove detentos. Para o citado órgão,

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integrante da estrutura do Ministério da Justiça, para o

mesmo ano, o número de vagas projetadas para

ocupação pelos detentos era de 262.690 mil. Em

números, portanto, evidenciado o elevado déficit de vagas

no sistema, com a consequente superpopulação dos

presídios. Na relação das variáveis apenado/vagas,

naquele ano, o número oficial de seu déficit, aproximou-se

da expressiva quantia de 148 mil. Passados menos três

anos, segundo relatórios do citado DEPEN, seguindo a

tendência de crescimento exponencial da massa

carcerária brasileira, esta atingiu o número de 417 mil e

112 detentos. Incluindo os detidos em cadeias públicas,

num total de 496 mil e 251 pessoas sob a custódia penal

do Estado.

Agência Brasil, com base em dados do Ministério da

Justiça, em 24/03/2014, apontando crescimento de 400%

da população carcerária nacional em 20 anos, publicou a

seguinte e ilustrativa matéria:

Dados do Ministério da Justiça (MJ) mostram o ritmo

crescente da população carcerária no Brasil. Entre janeiro de

1992 e junho de 2013, enquanto a população cresceu 36%, o

número de pessoas presas aumentou 403,5%.

Sobre a perspectiva do déficit de vagas em nosso

sistema penitenciário, informativo do sítio de noticias G1,

com base em dados obtidos juntos às administrações

prisionais dos estados, em 22/01/2014, aponta o

seguinte: “O Brasil tem hoje um deficit de 200 mil

vagas no sistema penitenciário”.

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A evolução do número de encarceramentos em

volume inferior à oferta de vagas, tem como consequência

a superlotação prisional, variável de grande relevância na

deterioração física dos estabelecimentos. A deterioração

das condições de prestação do serviço público

penitenciário, por sua vez, se projeta, a priori, na

reincidência criminosa, cujo índice para egressos do

sistema prisional brasileiro, no ano de 2014, foi de 47,4%,

segundo do PNUD (Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento). Outra consequência das precárias

condições do nosso sistema prisional é o domínio dos

estabelecimentos penais por facções criminosas.

Acompanhando o contexto nacional, segundo dados

oficiais da SUSEPE, obtidos em sítio de consulta pública,

o sistema prisional gaúcho continha, em 08 de abril de

2010, uma população de vinte nove mil, setecentos e

dezoito detentos, entre definitivos e provisórios.

No período 1995/2009, a população de aprisionados

no Rio Grande do Sul cresceu em percentuais superiores

à geração de vagas no sistema. Além da carência de

vagas, a evolução de pessoal da SUSEPE também não

foi adequada ao acréscimo da população sob sua

custódia. A figura abaixo, elaborada pelo próprio autor,

em função de pesquisas junto ao Departamento de

Planejamento da SUSEPE, bem demostra o

descompasso entre crescimento de custodiados, pessoal

e vagas geradas pelo sistema penitenciário do RS:

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FIGURA 1: Evolução população carcerária, vagas e

servidores SUSEPE entre 1995 e 2009.Evolução da População carcerária e Vagas no Sistema Prisional

8.1558.728

9.584

11.35612.267 12.557

1376114.351

15.665 15.897 16.037 16.010 16.27817.108

18.059

10.984 11.07112.402 12.517

13.255 13.78414862

16.692

19.80120.800

22.639

25.41626.591

28.388

1.512 1.475 1.464 1.463 1.439 1.223 1609 2.079 2.078 2.120 2.101 2.078 2.451 2.472 2.442

23.683

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

VAGAS NO SISTEMAPop. CarceráriaAgentes Penitenciários

Fonte: Aquivos pessoais do autor.

Base de dados: Deplan/SUSEPE

4. O custo do sistema prisional: a necessidade de maiores investimentos

Como referido no início deste artigo, as necessidades

públicas são satisfeitas com a respectiva prestação de

serviços públicos. A ação planejada pelo ente público

materializa-se com dispêndios previamente estabelecidos

nos orçamentos. A insuficiência de recursos, via-de-regra,

implica deficiência na prestação do correlato serviço,

ainda que a capacidade de gestão seja ampliada. Os

limites orçamentários em descompasso - e em nível

inferior- com as demandas sociais, inevitavelmente trará a

insuficiência e/ou a decomposição do serviço estatal.

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Para atendimento de 28.829 detentos, no 2009, a

SUSEPE/RS contava como uma previsão orçamentária

de R$ 334,65 milhões, segundos dados oficiais de

consulta pública, e com a disponibilidade de 3.058

servidores. No orçado; incluídos os recursos para gastos

de custódia, transporte, fornecimento de alimentação,

serviços de saúde, trabalho, atendimento psicológico e

social.

Em dados do DEPEN, em relatório já citado, o gasto

anual para custódia de toda a população carcerária

brasileira, no ano de 2007, foi de R$ 6.983.236.000,80.

Nestes valores estão incluídos todos os custos de

custódia, pessoal, transporte, alimentação e saúde. A

média mensal, na relação custos/detento, foi de R$

1.580,00. O valor inferior ao salário mínimo adequado à

satisfação de necessidades de uma pessoa, previsto pelo

DIEESE, em seu Relatório de Estatísticas, para julho de

2009, cujo valor seria de R$ 2.046,99.

Para atender à crescente demanda do sistema

penitenciário gaúcho, a Engenharia Prisional da

SUSEPE, dentre outras medidas, no ano de 2009,

elaborou projeto para a construção de um

estabelecimento penal na cidade de Bento Gonçalves/RS.

A referida construção se daria em uma área total de

6.857,16 metros quadrados, com a geração de 336 novas

vagas, no regime fechado. O custo total inicial orçado foi

R$ 11.070.752,90, conforme o mesmo Deplan da

SUSEPE. Para o seu pleno e correto funcionamento,

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dentro do que determina a LEP, a nova casa prisional

demandaria novos 109 agentes de segurança, 9 auxiliares

e 6 monitores. Em um cálculo simples, tomando-se por

base o custo na relação construção/preso do planejado

presídio de Bento Gonçalves/RS, sem incluir nestes

valores a totalidade das despesas de funcionamento de

serviços exigidos pela LEP, e considerando como sendo

de duzentas mil a carência de vagas no sistema prisional

brasileiro, o país precisaria aportar, no ano de 2014, um

investimento total de seis bilhões e seiscentos milhões de

reais, aproximadamente. (Nota: cálculo obtido pelo valor

de construção de R$ 11.070.752,90 dividido por 336

vagas, cujo resultado é de R$ 32.948,66 por vaga x

200.000 vagas de déficit= R$ 6.589.733,86).

Seção IIIConclusõesDiante dos números apresentados neste artigo, ainda

que de forma parcial e perfunctória, já é forçoso concluir

que o serviço público penitenciário, diante de sua notória

precariedade, necessita do aporte de expressivos

recursos orçamentários e em valores muito maiores dos

que lhe foram destinados nos últimos anos. Ademais,

tendo em visita a progressão histórica experimentada pela

população prisional brasileira, em percentuais muito

superiores ao próprio crescimento populacional do país,

estes recursos deverão ser ainda maiores, não se

limitando ao próprio resgate do passivo existente.

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A efetividade dos postulados teleológicos da LEP, e do

moderno entendimento das funções das pena, dependem

de uma efetiva opção política-administrativa de

investimentos em uma importante área da segurança

pública: o sistema prisional. Para que este não venha a

ser dominado totalmente pelo crime organizado, cuja

atuação também se projeta para além dos muros dos

estabelecimentos prisionais, serão necessários pesados

investimentos.

Não é por demais se afirmar que se torna ineficaz a

adoção de uma política de combate ao crime pelo

postulado do Direito Penal Máximo se o mesmo poder

público que edita normas jurídicas criminalizadoras de

condutas sociais, a pretexto de combater a violência, não

destina a exata dimensão de recursos para o seu sistema

prisional.

O resultado do deficiente serviço de custódia e

reinserção de apenados no Brasil, também é gerador de

mais violência e segregação social e inicia na opção feita

pelo próprio Estado ao elaborar a sua peça orçamentária.

Uma destinação inapropriada de recursos para o sistema

penitenciário implica, necessariamente, em um serviço

público incapaz de atender a sua demanda, cada vez

mais crescente. As disposições da LEP permanecem – e

permanecerão - letra morta sem a dotação de recursos

orçamentários necessários à sua efetividade. Não

obstante, embora necessário, resta a seguinte indagação: A

sociedade brasileira estará disposta a fazer volumosos

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aportes de recursos em seu sistema prisional para incluir

socialmente aqueles que ela legou à marginalidade?

Referências

BRASIL, Ministério da Justiça. DEPEN. Relatório anos

2007 e 2010. Disponível em

<http://www.justica.gov.br/portalpadrao/>

DIEESE..Departamento Intersindical de Estatísticas e

Estudos Socieconômicos. Cesta Básica Nacional. 2014.

Disponível <www.dieese.org.br>

NAÇÕES UNIDAS. PNUD. Programa das Nações Unidas

para o Desenvolvimento. p. 1290). Disponível em

<latinamerica.undp.org>),

RIBEIRO. Stênio.População carcerária aumentou mais de 400% em 20 anos. Agência Brasil. 2014. Disponível em

<http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014>

REIS, Tiago. G1. Brasil tem hoje deficit de 200 mil vagas no sistema prisional. 2014. Disponível em

<g1.globo.com/brasil/noticia/2014.>

RIO GRANDE DO SUL. SUSEPE. Relatório Serviços Penitenciários. 2010. Disponível em

<http://www.susepe.rs.gov.br/capa.php>

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