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O olfato e o paladarEscrito pela associação francesa

Les Petits Débrouillards

Tradução Glaucia Amaral Guia de leitura

para o professor

88 páginas

Esta é uma coleção que abrange alguns dos mais importantes temas das ciências, montada exclusivamente com experimentos a serem feitos na escola, com a orientação do professor, ou em casa, pelos alunos individualmente. Não se trata de um livro di-dático ou de um substituto dele, mas de um material que pode servir de forte apoio ao curso de Ciências no Ensino Fundamen-tal, de acordo com as necessidades do professor.

A quantidade de informação gerada hoje em dia é tão grande que a escola não pode mais dar conta do recado sozinha. Além disso, os meios de transferência dessas informações também se ampliaram enormemente. O correio eletrônico, a internet, a TV a cabo etc. alteraram para sempre o panorama das comunica-ções, e os estudantes estão definitivamente mergulhados nesse novo mundo. Assim, aquela antiga escola que se propunha a pas-sar todo o conteúdo aos seus alunos não tem mais como existir. Em seu lugar, surge uma nova escola preocupada em ensinar a aprender. Já que nós, professores, não podemos dar conta de todo o conteúdo, nosso aluno deve aprender a aprender, ou seja, deve entender que a aula não termina quando toca o sinal, mas que seu aprendizado continua depois do período escolar e vai muito além do dia de sua formatura na universidade – prolonga-se por toda a vida. Passa, então, a ser a grande tarefa do professor ensi-nar seus alunos a aprender por si próprios, navegando conforme seus interesses, suas necessidades e suas aptidões pessoais.20

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Olfato e o paladar Les Petits DébrouiLLarDs

Nesse contexto educacional, é que surge a coleção Mão na ciência. Ao mesmo tempo que ela pode fornecer experimentos

de que você precisa para enriquecer ainda mais seu curso de

Ciências, outros experimentos podem ser deixados a cargo dos

alunos para enriquecimento pessoal, pois são todos de fácil exe-

cução e não exigem materiais especiais.

Volumes da coleção

Nossa coleção não é dirigida a uma série ou a uma faixa etária

específica. Ao contrário, apresenta uma relação de experimentos

adequados a várias séries, a várias faixas etárias e a vários con-

teúdos, dando ao professor e à escola a liberdade de usá-la em

diversas oportunidades e mesmo em diferentes anos da escolari-

dade dos alunos.

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por que o olfato e o paladar?

Com os sentidos, podemos perceber o mundo que está à nos-

sa volta. Não fossem eles, estaríamos praticamente isolados de

todas as coisas que existem. Entre eles, destacamos neste volume

o olfato e o paladar. Não é a toa que os escolhemos para compor

um volume desta coleção, afinal, são os sentidos do paladar e do

olfato os responsáveis por levar ao cérebro as informações que

recebemos relativas ao sabor e ao cheiro das coisas e, por isso,

têm uma grande ligação entre si.

Quando entramos na cozinha e alguém está tirando um bolo

quentinho do forno, sentimos aquele cheirinho delicioso no ar.

Isso ocorre porque nossas narinas recebem vapores emitidos pelo

bolo que nos trazem informações que associamos ao paladar, e a

nossa boca se enche de água. Em geral, associamos cheiros agra-

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dáveis ou não a um histórico de sensações que experimentamos

ao longo da vida. Por ser conhecido e ligado ao prazer, o cheiro

do bolo traz a lembrança de comer o bolo, o que nos adianta o

prazer que sentiremos ao comê-lo.

Temos uma parte de nossa memória reservada para os odores.

Muitas vezes, basta olharmos uma foto de um prato apetitoso

para sentirmos aquele cheiro delicioso que, na verdade, não está

presente na imagem. Porém, nosso olfato não está ligado só ao

prazer; ele também nos defende de substâncias desinteressantes

ou nocivas. Ele pode nos sugerir que deixemos um local quando

o cheiro é ruim, como o cheiro de esgoto, de animais mortos, de

produtos químicos, tóxicos etc.

Esses dois sentidos estão também ligados a estratégias de repro-

dução em várias espécies animais e vegetais. Por exemplo, alguns

vaga-lumes têm hábitos diurnos e o brilho usado para atrair a

fêmea perde a utilidade. Assim, eles desenvolveram uma supe-

rantena capaz de perceber, pelo olfato, o cheiro de algumas subs-

tâncias secretadas pela fêmea de modo que possam se aproximar

dela. Outro exemplo: muitas flores produzem néctar, aquele lí-

quido açucarado adorado por alguns pássaros, como o beija-flor.

Como o pássaro visita várias flores em busca de néctar, acaba

carregando, de uma flor para outra, células sexuais contidas no

pólen, aumentando em muito a probabilidade de uma planta

fertilizar outra. Neste caso, o paladar é o sentido que acaba por

trabalhar para as plantas no sentido de facilitar o encontro entre

células masculinas e femininas.

saiba mais sobre o olfato e o paladar

Algum de nós já pensou em ser pago para comer dúzias de

bombons todos os dias? Ou então para tomar quilos de sorvete

de vários sabores, dia após dia ? Ou ainda para cheirar café, vinho

ou azeite? Você aceitaria ser um “experimentador de creme den-

tal” e ter de escovar o dente dez vezes ao dia, durante anos? Pois é,

essas profissões existem e são até mais comuns do que se imagi-

na. Existem até pessoas que são pagas para aferir se os carros no-

vinhos que saem da linha de produção da montadora têm aquele

cheirinho de carro novo que tanto agrada aos compradores. Até

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a Sabesp, empresa responsável pelo tratamento e distribuição de

água na cidade de São Paulo, mantém um experimentador para

testar o gosto da água que é enviada aos lares dos paulistanos.

Essas profissões decorrem em parte da necessidade de com-

provar a eficácia de alguns produtos que são consumidos por

nós e que estão ligados aos cuidados com a saúde. Mas são fru-

to também do enorme mercado que gira ao redor dos sentidos

do paladar e do olfato e que certamente movimenta bilhões de

dólares em todo o mundo. A indústria alimentícia, a indústria

de cosméticos e outras são fortemente dependentes da utiliza-

ção que fazemos desses sentidos. De que serviriam os perfumes

e outros odores cosméticos se não tivéssemos a capacidade de

sentir cheiros?

Apesar da importância dos sabores e odores na nossa vida,

não temos o sentido do olfato muito desenvolvido. Por esse mo-

tivo, os seres humanos, juntamente com os primatas, são clas-

sificados como microsmáticos. Piores que nós nessas questões

são os animais anosmáticos, como o boto e a toninha, que são

incapazes de sentir odores. Por outro lado, os macrosmáticos,

como o animais carnívoros, têm forte sensibilidade aos odores,

e podem perceber bem a presença da caça ou de um predador

nas redondezas. Existem ainda os hipermacrosmáticos, como o

ornitorrinco, o gambá, o canguru e o coala, que têm o olfato ex-

tremamente desenvolvido.

suGestões biblioGráficas

COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Ciências. São Pau-

lo: Ática 1998.

CUNHA, Paulo; MONTANARI, Valdir. Sentidos que filtram o

mundo. São Paulo: Moderna, 1996.

GLEISER, Marcelo. O livro do cientista. São Paulo: Cia. das Letri-

nhas, 2004.

HARD, Charlotte. Corpo humano. São Paulo: Brinque-Book,

1997.

Revista Semanal da Lição de Casa. Jornal O Estado de São Paulo.

– “Tem gosto de quê?”, fascículo nº 30. São Paulo: Klick Editora,

2000.

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Revista Semanal da Lição de Casa. Jornal O Estado de São Paulo.

“Hum! Que cheiro!”, fascículo n° 09. São Paulo: Klick Editora,

2000.

THIS, Hervé. Um cientista na cozinha. São Paulo: Ática, 1996.

Você sabia – o corpo humano. Tradução de Gilda de Aquino. São

Paulo: Brinque-Book, 1996.

WEISSMANN, Hilda (org.). Didática das ciências naturais: con-

tribuições e reflexões. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1998.

ZIRALDO. Uma historinha sem um sentido. São Paulo: Melhora-

mentos, 1996.

suGestão de sites

Aparelhos sensoriais – gustaçãohttp://www.corpohumano.hpg.ig.com.br/apr_sensoriais/gusto/gusto.html

Canal Kids – olfato e paladarhttp://www.canalkids.com.br/saude/sentidos/

CDCC (USP-S. Carlos)http://www.cdcc.sc.usp.br/quimica/experimentos.html

Ciência Hoje das Crianças – Curiosidades sobre o olfatohttp://www2.uol.com.bt/cienciahoje/che/olfato2.htm

Ciência Hoje das Crianças – Experimento sobre o olfatohttp://www2.uol.com.br/cienciahoje/che/olfato3.htm

Ciência Hoje das Crianças – Olfatohttp://www2.uol.com.br/cienciahoje/che/olfato.htm

Ciência Hoje das Crianças – Paladarhttp://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/material/view/2053

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como trabalhar com o livro

Cada experimento é apresentado ao aluno seguindo uma cer-ta organização.

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Em Material, o aluno fica sabendo quais são os materiais neces-sários para realizar um experimento antes de começá-lo, para que possa se organizar e reunir tudo o que precisar.

Em Etapas, explica-se como realizar o experimento, passo a passo, sem contudo contar o resultado, que o próprio aluno deverá observar.

Em Explicação, discute-se o porquê dos resultados, sempre em uma linguagem simples e acessível.

Aplicação, que fecha o experimento, mostra que aquilo que foi testado tem relação com situações do nosso cotidiano.

Além dessa organização, cada experimento apre-senta uma classificação – Nível 1, Nível 2, Nível 3 –, conforme as dificuldades maiores ou menores de se encontrar o material exigido, de realização do expe-rimento e dos conceitos envolvidos.

Mas sabemos que apenas você, professor(a), é quem poderá orientar seus alunos quanto à seleção dos experimentos. Você é quem sabe melhor avaliar, para o seu grupo de alunos, quais os pré-requisitos necessários para o entendimento de cada experi-mento e as dificuldades conceituais nele envolvidas. A classificação que apresentamos para cada experimento é um ponto de partida para a análise e graduação dos experimentos, para auxiliar o seu trabalho.

Ao final, cada livro apresenta duas seções que dão um interes-sante fecho à obra. São elas Um pouco de história e Pensando o futuro, ambas fornecendo informações importantes e agradá-veis de se ler. Na primeira, apresenta-se o contexto histórico que envolve o assunto de cada volume. Na segunda, temos a pers-pectiva de um futuro não muito distante em que as descobertas na área podem transformar a nossa vida.

por que trabalhar com experimentos nas aulas?

Não podemos supervalorizar a capacidade de abstração dos alunos no Ensino Fundamental. Por isso, é preciso que eles tenham oportunidade de vivenciar fenômenos sempre que

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possível, seja na escola, seja em casa. Quanto mais atividades práticas relacionadas com a matéria que estão estudando, tan-to mais fácil será o processo ensino-aprendizagem deles.

Além desses argumentos de cunho didático, existem ainda fa-tores motivacionais aliados aos experimentos. Nossos alunos e filhos adoram fazer experimentos. Eles se sentem extremamente bem como participantes ativos do processo de ensino-aprendi-zagem, pois, dessa forma, são valorizados e reconhecidos.

Quando se fala em Ciências, os alunos vibram esperando se de-frontar com desafios instigantes, experimentos envolventes e des-cobertas marcantes. Com nossos livros, você poderá incrementar suas aulas, deixando-as ainda muito mais surpreendentes e inte-ressantes, fugindo definitivamente da rotina e da monotonia.

minha escola precisa ter um laboratório bem montado?

Acreditamos estar de acordo quando afirmamos que ter um laboratório em nossa escola é sempre muito bom. Algumas esco-las podem contar com equipamentos sofisticados, importados e caros que permitem ótimas condições de trabalho ao professor. Mas não são todas as escolas que podem contar com esses la-boratórios, com assistentes para os professores e computadores. Muitas sequer contam com uma sala para experimentos.

Mas será então que a coleção Mão na ciência é adequada para as escolas que não podem contar com um laboratório, ainda que seja simples? Ela é adequada, sim, pois sua proposta é a de um laboratório custo zero. Os experimentos apresentados em cada livro da coleção requerem materiais facilmente encontrados em qualquer casa, em qualquer escola. Essa é uma das grandes van-tagens da coleção: a facilidade de realização dos experimentos, independentemente das condições da escola, contando com ma-teriais simples e extremamente baratos, na grande maioria das vezes, disponíveis na própria casa dos alunos.

solução para suas feiras de ciências!Cada vez mais freqüentes são as feiras de ciências ou as

mostras culturais, em que os professores são convidados a participar com suas turmas. Esses eventos são excelentes oportunidades para que os alunos trabalhem, produzam e estudem. Os professores, no entanto, raramente têm tem-po de sobra para buscar novos experimentos que resolvam suas necessidades imediatas. Neste sentido, a coleção Mão na ciência pode ser uma grande aliada.

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Consultoria e elaboração Paulo Bedaque e SoneliSe Cizoto Bedaque.

Como professor(a), você poderá montar experimentos incríveis nessas feiras, envolvendo alunos, pais e demais vi-sitantes. A quantidade de experimentos proposta nos livros da coleção é grande, e você pode escolher os que melhor se encaixam à faixa etária dos seus alunos, o que vai garantir grande sucesso para você e suas turmas.

A cada ano você pode selecionar os experimentos que vai apresentar: as opções são muitas e você vai surpreender nas feiras de ciências da sua escola. Como os experimen-tos requerem materiais simples e de baixo custo, os alunos podem realizar várias vezes cada um deles, apresentando-os aos convidados durante toda a duração do evento. Deste modo, todas as feiras de ciências das quais você e sua turma participarem serão marcadas pelo aspecto lúdico, curioso, divertido e atraente.

Os alunos ficarão muito mais envolvidos e entusiasma-dos, pois, ao realizar os experimentos, estarão de fato colo-cando a Mão na ciência, e surpreendendo os visitantes com os resultados.

Se os colegas da área de História e/ou Geografia puderem se envolver nesse trabalho, a possibilidade de exploração do tema pode se expandir muito. Juntamente com a apresen-tação do experimento, alie informações sobre como essa descoberta foi possível ao longo da História, uma biogra-fia curiosa sobre a personagem que fez essa descoberta (que pode ser apresentada em linguagem de histórias em qua-drinhos para ficar ainda mais atraente) e os rumos que esse novo conhecimento científico tomou até os dias atuais.

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