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O Mistério da Morte - V. M. Samael Aun Weor

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O Mistério da Morte − V. M. Samael Aun Weor

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O MISTÉRIO DA MORTEALÉM DA MORTE.......................................................................................1/62

APRESENTAÇÃO...............................................................................1/62

1 − A MORTE...............................................................................................3/62

2 − ALÉM DA SEPULTURA........................................................................6/62

3 − A REENCARNAÇÃO...........................................................................10/62

4 − A LEI DO CARMA................................................................................18/62

5 − FANTASMAS.......................................................................................23/62

6 − ACONTECIMENTOS HUMANOS........................................................26/62

7 − INTERESSANTES RELATOS.............................................................30/62

8 − O DESDOBRAMENTO........................................................................34/62

9 − FENÔMENOS MÍSTICOS....................................................................39/62

10 − EXPERIÊNCIAS MÍSTICAS DE UM NEÓFITO.................................43/62

11 − NEGÓCIOS........................................................................................47/62

12 − ASSUNTOS DE AMORES.................................................................50/62

13 − FEITIÇARIAS.....................................................................................53/62CONJURAÇÃO DOS SETE..............................................................53/62

14 − MEDICINA OCULTA..........................................................................55/62

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ALÉM DA MORTE

Samael Aun Weor (Grande Mestre da Fraternidade Branca e Avatar −Mensageiro − Cósmico Anunciador da Era de Aquário. Poderoso MestreRessurrecto de Mistérios Maiores. Fundador das Instituições Gnósticascontemporâneas)

APRESENTAÇÃO

O Venerável Mestre Samael Aun Weor escreveu uma inumerável variedadede livros, desde os de grande porte aos pequenos, mas em todos elesrevelando conhecimentos preciosos à humanidade. Este pequeno livro, Alémda Morte, trata de temas importantes para compreender o além da mortefísica, sobre o Retorno, a Reencarnação, como recordar as existênciaspassadas, o desdobramento astral, como negociar nossos Carmas, sobremedicina oculta e outros temas que devemos ter como comuns em nossavida diária, trabalhando intensamente com o DESPERTAR DACONSCIÊNCIA.

Primeiramente, este pequeno livro foi reunido em 1978 num livro maiordenominado Teurgia e Magia Prática, sendo um livro que se aprofunda, emsuas duas partes subseqüentes, a temas que somente usaremos quandotivermos despertado uma boa porcentagem de Consciência: a conversa comos anjos, a invocação de elementais e dos gênios planetários, o Manual deMagia Prática e o Tratado Esotérico de Teurgia (este último, incluído emnossa Biblioteca Gnóstica).

Esperamos que se iluminem as dúvidas quanto a estes temas, e se veja aurgência de vivenciar, hoje, em pleno século 21, de forma direta esteensinamento entregue neste pequeno, mas grandioso livro do VenerávelMestre Samael Aun Weor.

1 − A morte

2 − Além da Sepultura

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3 − A Reencarnação

4 − A Lei do Carma

5 − Fantasmas

6 − Acontecimentos Humanos

7 − Interessantes Relatos

8 − O Desdobramento

9 − Fenômenos Místicos

10 − Experiências Místicas de um Neófito

11 − Negócios

12 − Assuntos de Amores

13 − Feitiçarias

14 − Medicina Oculta

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1 − A MORTE

O que é a morte física?

A cessação de todas as funções orgânicas. A defunção.

O que há depois da morte?

A morte é profundamente significativa. Descobrindo o que ela é em si mesma,conheceremos o segredo da vida. Aquilo que continua além da sepulturasomente pode ser conhecido por pessoas de consciência desperta. Você estáadormecido, por isso desconhece aquilo que está além da morte. Teorias hámuitas, cada um pode formular a sua opinião, porém o importante éexperimentar diretamente tudo isso que pertence aos mistérios da morte.Posso assegurar−lhe que dentro da ultra desta grande natureza vivem asalmas dos defuntos.

Por que existe o temor à morte?

O temor à morte se deve à ignorância. Sempre se teme o que se desconhece.Quando a consciência desperta, a ignorância desaparece e o temor aodesconhecido deixa de existir.

Sabemos que o corpo físico se desintegra na sepultura depois da morte,porém o que se passa com a alma? Para onde ela vai?

A alma dos defuntos continua nas dimensões superiores da natureza. Issosignifica que os desencarnados podem ver o sol, a lua, as estrelas, os rios, osvales, as montanhas, da mesma forma que nós, porém de uma maneira maisesplêndida.

É verdade que depois de se levar uma vida de maldades e delibertinagem, se nos arrependemos na hora da morte, a alma pode sesalvar?

Para o indigno todas as portas estão fechadas, menos uma, a doarrependimento. Naturalmente, se nos arrependemos, ainda que seja noúltimo instante, podemos ser ajudados a corrigir nossos erros.

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Por que voltamos como fantasmas a este mundo depois que morremos?

Saiba que neste planeta existe um universo paralelo, regiões da quintadimensão vivem os defuntos. Esse mundo aparentemente invisível interferecomo nosso sem com ele se confundir.

Para onde vai a alma de um ser humano que tira a vida de si mesmo?

Os suicidas sofrem muito depois de desencarnar. Eles vivem aqui e agora naregião dos mortos e um dia terão de voltar a outra matriz para renascer nesteVale de Lágrimas, quando então morrerão contra sua vontade ao chegaremnovamente àquela idade em que se suicidaram; quem sabe naquelesinstantes em que estejam mais iludidos pela vida.

Espírito e alma são a mesma coisa?

Espírito se é, alma se tem. São pois diferentes.

Os animais e as plantas têm alma?

Sim... têm. As almas vegetais são conhecidas em todas as lendas universaiscom o nome de Fadas. As almas animais são criaturas inocentes.Recordemos a palavra animal, se lhe tiramos o L ficará escrita assim: ANIMA.

Existe um julgamento superior depois da morte? Quem o faz?

Depois da morte, temos de revisar a vida que acaba de passar. Revivemo−lade maneira retrospectiva com a inteligência e com o coração. Concluído oretrospecto, temos de nos apresentar diante dos tribunais de Deus. Os Anjosda Lei, chamados de Senhores do Carma pelos orientais, nos julgarão deacordo com nossas ações. Desse julgamento pode resultar que passemos umperíodo de férias nos mundos de luz e da felicidade, que regressemos a umanova matriz para renascermos neste mundo imediatamente ou que sejamosobrigados a entrar no interior da terra onde estão os mundos infernais comtodas suas penas e dissabores.

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Quando um menino morre ao nascer, para onde vai a sua alma?

Está escrito que as almas dos meninos vão para o limbo, a região dos mortos,porém logo voltarão a entrar em uma matriz para renascerem neste mundo.

A que se deve sua morte ao nascer?

Deve−se à lei do destino; pais que precisam passar por essa dura lição, osquais em vidas anteriores foram cruéis para com seus filhos. Com essesofrimento melhoram, aprendem a amar.

As missas rezadas em memória do morto servem de ajuda para a alma?

Qualquer ritual ajuda as almas dos defuntos. É claro que as orações dosparentes e amigos levam consolo às almas dos falecidos.

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2 − ALÉM DA SEPULTURA

Por que na hora de morrer uns choram , uns cantam e outros sorriem?

Sua pergunta se divide em três partes. Primeira: Está escrito que se nascechorando e se morre chorando. Segunda: há casos em que o moribundocanta por recordar momentos felizes do passado. Terceira: sabem sorrir,ainda que não seja comum, aqueles que possivelmente recordem cenasagradáveis de sua vida.

Quem manda a alma sair do corpo para que ele possa ser sepultado?

No momento em que o moribundo exala seu último suspiro, concorre ao leitomortuário um Anjo da Morte; deles há legiões. O anjo funerário corta o cordãode prata ou fio da vida que liga a alma com o corpo físico. O moribundo vêesse anjo na sua aparência espectral e a gadanha com que se apresenta éreal. Esse instrumento de trabalho serve exatamente para que a deidadepossa cortar o fio da existência.

O que comem os defuntos e com o que pagam?

Aqui no México comemoramos o dia de finados no dia 2 de novembro decada ano. Nesse dia, as pessoas visitam o cemitério, põem velas acesas nossepulcros e em pratos, vasilhas e copos aqueles alimentos e bebidas que odefunto mais gostava quanto vivo. É costume de alguns comer depois essassobras. Qualquer um dotado de um pouco de sensibilidade psíquica poderánotar que falta a estes manjares o princípio vital. As gentes simples pensam eacertadamente que o ser desencarnado se alimenta com essas iguarias. Nãohá dúvidas, os falecidos realmente comem, não há parte física dos alimentose sim a parte etérica, sutil, desconhecida para a visão física, contudoperceptível para a clarividência. Não esqueçamos que em todo alimento físicohá a contraparte etérica, facilmente assimilável pelos defuntos.

Os desencarnados podem visitar um restaurante do mundo físico. Elessaudarão e o subconsciente dos vivos lhes responderá. Eles pedirão comidae o Ego interno dos donos de restaurante trará à mesa deles formas mentaissemelhantes aos pratos que são consumidos no estabelecimento. O falecidosentado à mesa comerá desses pratos sutis, feitos com essência do mundomental e pagará com moeda mental, sairá a seguir do restaurante. Em taiscondições, é óbvio que os mortos seguem crendo que estão vivos e isso podeevidenciar qualquer pessoa que haja desenvolvido a clarividência e as outras

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faculdades da alma.

Onde moram os defuntos?

Eles vivem os primeiros dias na casa, na clínica ou no hospital ondefaleceram. Depois, com tem de reviver a vida que acabou de passar, viverãonaqueles lugares onde antes moravam.

Como se vestem os defuntos?

Como costumavam se vestir quando vivos. Comumente vestem−se comaquela roupa com que foram enterrados.

Quais são as suas diversões?

O bêbado continuará freqüentando os bares, os espectadores os cinemas, ojogador os locais de apostas, a rameira os bordéis onde vivia, o libertinoestará onde elas estejam, etc.

Que sol ilumina os defuntos?

O sol que ilumina os mortos é o mesmo que ilumina os vivos, apenas queaqueles o vêem em cores além do espectro solar. Eles vêem cores que aretina física dos mortais não percebe.

Os mortos tomas banho e com que água o fazem?

Eles banham−se com as mesmas águas com que os vivos tomam banho,somente que eles usam água da quinta dimensão.

Por que algumas pessoas morrem mais depressa que outras?

Há pessoas que se apegam demasiado ao mundo e dele não querem partir,por isso demoram agonizando por horas a fio.

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Que esperanças têm os defuntos?

Os mortos prosseguem com as mesmas tarefas que tinham quando viviam, jáque não suspeitam haverem morrido.

Um defunto pode se transladar para onde ele quiser, tal como fazia navida?

Os defuntos tem plena liberdade para se moverem em todos os lugares doespaço e para visitar todos os locais.

Com que luz os mortos se iluminam?

Eles se iluminam com a luz astral. Essa luz é um fogo desprendido do nimbodo sol e fixado na terra pela força da gravidade e pelo peso da atmosfera.

Sente−se alguma dor ao morrer?

A morte é dolorosa para os jovens e deliciosa para os velhos. Isto ésemelhante a um fruto. Quando já está maduro, cai por seu próprio peso,porém quando está verde não cai. Poderia se dizer que sofre com odesprendimento.

Poderá alguém reconhecer seu corpo no ataúde depois de havermorrido?

Podem vê−lo, mas não o reconhecem.Como possuem a consciênciaadormecida jamais acreditam que aquele seja seu próprio corpo. Pensam quese trata do corpo de outra pessoa.

Se uma pessoa se der conta que morreu, pode voltar ao corpo físicoantes que o sepultem?

Depois de cortado o fio da vida, ninguém poderá se meter em seu corpo.Neste caso, quando a pessoa se tornasse consciente de que realmentemorreu, ou se assustaria terrivelmente ou muito se alegraria. Tudo dependedas condições morais do defunto.

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Que consolo recebe a alma quando seu corpo morre?

O consolo dos desencarnados é a oração dos parentes e amigos. Há que seorar pelos mortos.

Cada um tem seu dia, hora e minuto fixado para morrer?

Toda a pessoa que vem a este mundo recebe um capital de valores vitais.Quando esse capital se acaba, sobrevem a morte. Esclarecemos que se podepoupar tais valores e com isso se alongar a vida. Aqueles que não sabemeconomizar os valores vitais morrem mais ligeiro.

Um defunto pode levar um vivo ao mundo dos mortos?

Nós gnósticos aprendemos a sair do corpo físico à vontade; podemos visitar omundo dos mortos. Em algumas ocasiões, os defuntos também podem levaras almas de seus amigos. Isto acontece geralmente durante o sono, porémterão de regressar ao mundo físico para despertarem. Isto significa que asvisitas ao mundo dos mortos se faz durante o sono do corpo físico.

No mundo dos defuntos há aviões, carros e trens como no mundofísico?

Todos os inventos que existem no mundo físico vêm precisamente da regiãodos mortos. Esses artefatos no fundo são formas mentais que osdesencarnados podem ver, ouvir, tocar e apalpar.

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3 − A REENCARNAÇÃO

Que se entende por reencarnação?

As pessoas comuns e correntes entendem por reencarnação o regresso auma nova matriz. Isso significa que nós podemos reincorporar em um novoorganismo humano. Não será demais acrescentar que ao regressar voltamosa nascer e a viver na mesma forma e do mesmo modo vivido na existênciaprecedente.

Por que não recordamos nada de nossas vidas passadas?

As pessoas não recordam suas vidas anteriores porque têm a consciênciaadormecida. Se a tivessem desperta, logicamente se lembrariam de sua vidasanteriores.

Quem se reencarna?

Enquanto alguém tenha possibilidade de salvação, poderá regressar a umanova matriz para se revestir com um outro corpo físico. Porém, quando o casojá for perdido, quando o sujeito se tornou um malvado definitivamente,quando nenhum castigo produz mais resultados úteis, então não volta mais,não lhe é dado mais outro corpo e assim ele entra nos mundos infernais ondesomente se ouve o pranto e o ranger dos dentes.

Como podemos comprovar que regressamos a este mundo outra vez?

O retorno a este mundo depois da morte para uns é uma teoria, para outrosum dogma, uma anedota, uma superstição ou uma crença. No entanto, paraaqueles que recordam suas vidas passadas, o retorno é um fato. Isto significaque somente se lembrando de suas vidas anteriores, poderá alguémevidenciar a crua realidade da reincorporação ou regresso a este Vale deLágrimas. Porém repetimos: só é possível se recordar as existênciasanteriores quando se desperta a consciência.

Para que voltamos a este mundo?

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Voltamos a este mundo com o propósito de nos aperfeiçoar, pois infelizmentesomos pecadores e precisamos terminar com nossos erros.

O que é que regressa a este mundo dos seres humanos?

O que retorna a este mundo é a alma do falecido.

Os animais e as plantas também regressam a este mundo?

As almas das plantas, dos animais e das pedras são os elementais danatureza. Eles retornam a este mundo de maneira contínua. Por exemplo, seuma planta seca e morre, o elemental desse vegetal renasce em outra planta.Se um animal morre, o elemental dessa criatura regressa a um novoorganismo animal etc.

Existe a predestinação?

Cada alma é o artífice de seu próprio destino. Se alguém pratica o bem,ganha uma boa sorte. Faz−se o mal, renasce neste mundo para sofrer e parapagar tudo o que deve. Assim se explica porque uns nascem em um leito deplumas e outros na desgraça.

Gostaria de recordar as minhas vidas passadas, mas como tenho aconsciência adormecida, que devo fazer para despertá−la?

Seguindo a senda da santidade. Eis o caminho para se despertar aconsciência. Termina com teus erros, arrepende−te de tuas más ações,torna−te puro em pensamento, palavra e obra e eu te garanto que quandohajas alcançado a verdadeira santidade, terás despertado a consciência.

Por que muitos não crêem que tiveram vidas anteriores?

Alguns não crêem simplesmente porque não recordam suas vidas passadas ede fato não se lembram porque tem a consciência adormecida.

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Senhor, você se lembra de suas vidas passadas? Você constatou defato que existe a reencarnação?

É claro que se não recordasse minhas vidas passadas não me atreveria adefender com tanta ênfase a doutrina da reencarnação. Felizmente,lembro−me com bastante clareza todas as vidas que tive no planeta Terra.

Quantas vezes pode alguém reencarnar nesta vida?

Está escrito com letras de ouro no livro da vida que se regressa 108 vezes aeste mundo.

Por que uns reencarnam como homens e outros como mulheres?

Tudo depende dos acontecimentos da vida. Às vezes, temos que voltar emcorpo feminino e outras vezes em corpo masculino. Sempre de acordo comas ações de nossas experiências anteriores.

Por que se diz que por tratar mal os animais pode alguém reencarnarcomo cavalo, cachorro ou gato?

As almas perdidas ingressam nos mundos infernais. Ali, como dizem assagradas escrituras, passam pela Segunda Morte. Somente depois de talmorte é que as almas condenadas ficam limpas de toda mancha. Entãopodem voltar a este mundo. Evoluem como elementais minerais, ascendendodepois ao estado vegetal, a seguir reincorporam em organismos animais parafinalmente reconquistar o estado humano que outrora perderam. Aochegarem a estas alturas, se lhes concede 108 vidas a fim de que se façamperfeitas. Porém, se fracassam, voltam a repetir todo o processo de novo.

A que se deve o fato de alguém estar em certos lugares e ter a sensaçãode que já os conhece tão bem a ponto de poder descrevê−los comdetalhes?

Esse fenômeno se deve ao fato de que em vidas anteriores já esteve nesseslugares.

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Quantas vezes se pode reencarnar em corpo humano, quantas vezes emcorpo animal, quantas em vegetal e quantas em mineral?

O retorno dos seres humanos já está devidamente calculado em 108 vezes,porém o Retorno em organismos animais, vegetais ou simplesmente mineraisnão tem um número exato.

Será possível se passar do reino vegetal ao humano ou do animal para omineral?

Do reino vegetal se passa para o humano, mas através do reino animal. Istosignifica que não podemos saltar porque a natureza não dá saltos. Se oelemental animal degenera, involui, retrocede para o estado mineral,passando antes, naturalmente, pelo estado vegetal.

Em que dimensão se encontram os elementais do reino vegetal emineral?

As criaturas elementais vivem na quarta dimensão da natureza.

Somos nós os mesmos seres humanos dos tempos antigos queestamos a nos reencarnar ou alguns tem desaparecido definitivamente?

A humanidade atual é muito velha. Está retornando a este mundo há muitosmilhares de anos.

Quanto tempo um ser humano espera depois de morto para receber umnovo corpo?

Isso depende do destino de cada um. Uns renascem imediatamente e outroslevam muito tempo para voltar.

Um estudante que haja começado a despertar sua consciência, aomorrer, pode dar−se conta do processo de reencarnação?

Quem desperta a consciência não precisa aguardar o momento da morte pararecordar as vidas passadas. Ele pode recordá−las em vida, aqui e agora.

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A Gnose considera justo o fato de que milhões de seres humanos vivamna mais completa ignorância sobre a evolução, a reencarnação, arealização e o despertar da consciência?

Nós, gnósticos, consideramos injusto que não haja pregadores suficientes,melhor diríamos missionários em quantidade para levar estes ensinamentos atodas as parte, mas não temos culpa disso. Acontece que à humanidade sólhe interessa se divertir, ganhar dinheiro e entregar−se aos prazeres. Se aspessoas fossem mais compreensivas, se preocupariam por estesensinamentos e os divulgariam.

O que é a Segunda Morte e o que tem a ver com a reencarnação?

A Segunda Morte marca o fim de nossas paixões animais nos mundosinfernais. Isto significa que no fim, os condenados, os perdidos, chegam àpureza original. Quando isso acontece, saem dos abismos infernais queexistem no interior da terra. Então, como já dissemos, tais almas tornam aevoluir da pedra até o homem.

Quando a humanidade irá entender o porquê das reencarnações?

A Humanidade somente poderá entender o porquê das reencarnações no diaem que conseguir despertar a consciência.

Por que as pessoas nascem, morrem e voltam sempre a repetir o mesmodisco?

De fato, as pessoas repetem, como você disse, sempre o mesmo disco.Refiro−me à Lei de Recorrência. Em cada vida, tornamos a repetir tudo o quefizemos na anterior, sofrendo as conseqüências do bom e do mau praticadosna vida passada. Isto é um círculo vicioso: repetição de dramas, de cenas, deamores, reencontro com as mesmas pessoas, etc.

Como faremos para sair de tanta repetição?

Conseguimos nos livrar da lei da Recorrência somente através dasantificação.

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Quem nos obriga a tomar um novo corpo físico?

A este mundo nos mandam os Anjos do Destino. Eles têm anotado em seuslivros as nossas boas e más ações.

Se depois de morto o corpo, a alma vai para o céu, como afirmam muitasreligiões, por que não ficam lá então?

O céu é um prêmio, uma recompensa pelas nossas boas ações, mas quandoa recompensa se esgota, temos de voltar para este mundo.

Será certo que existe inferno?

O inferno com chamas, aquele fosso com carvões em brasa viva e diaboscom garfos, é um símbolo que corresponde a uma tremenda realidade. Existemundos infernais, mundos inferiores, regiões de amargura no interior doplaneta Terra. Nesses abismos vivem as almas perdidas.

Se algumas almas vão para o inferno, que poderão fazer para se livrardessas chamas?

Ensinar a doutrina para tais almas é nosso dever e seria injusto, como jádisse em uma pergunta anterior, não levar o ensinamento gnóstico a todas asregiões do mundo.

É verdade que as almas caem em um poço cheio de chamas e não sequeimam?

No interior da terra existe fogo e água. As almas fracassadas se identificamcom esses elementos da natureza e sofrem, mas o fogo não podequeimá−las, nem a água afogá−las, porque as almas são incorpóreas, sutis.Olhando de outro ângulo este assunto de chamas, quero lhe dizer que taisflamas simbolizam nossas paixões animais.

Quem viu essas almas e se deu conta que ali estavam as almas?

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Qualquer pessoa inteligente sabe que no interior da terra existe fogo líquido.Os vulcões assim o indicam. Não se necessita ser sábio para ver as chamas.Qualquer um pode vê−las nas crateras misturadas com lavas e gasesinflamáveis.

O que é a Região Purgatorial?

As religiões falam do purgatório e da região purgatorial. Na realidade, existemzonas moleculares inferiores, submersas, situadas além da quarta dimensão.Em tais zonas, muitas almas que aspiram a luz se purificam eliminando seuspecados.

Será verdade que acreditando em Deus, se pode escapar do inferno?

Muitas pessoas acreditam em Deus e não escapam do inferno. Se alguémquiser escapar da região das trevas, terá de tornar−se santo.

Será verdade que alguém aprendendo de memória os capítulos da Bíbliaconsegue se livrar do inferno?

No inferno há muita gente que conhece a Bíblia de cor com pontos e vírgulas.

Poderia alguém se salvar apenas acreditando no que está escrito naBíblia?

A fé sem obras é fé morta. Precisamos de uma fé viva e esta deve sefundamentar nas boas obras. Urge que vivamos de acordo com osensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

É obrigatória a reencarnação?

Enquanto não atingirmos a perfeição, os Anjos do Destino nos mandarão paraeste mundo.

A reencarnação favorece a que paguemos por nossas más ações?

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Todos os sofrimentos que temos neste mundo são devidos às más ações denossas vidas passadas.

Sempre regressamos na mesma família?

O Eu continua em sua própria semente. Isso significa que continuamos emnossos descendentes, isto é, regressamos à mesma família.

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4 − A LEI DO CARMA

Que se pode responder ao profano quando, ao se lhe falar do retorno,ele declara não poder acreditar nele, já que ninguém foi e voltou paracontar o que viu?

Os dias vão e vêm. Os sóis regressam ao seu ponto de partida depois demilhares de anos. Os anos se repetem e as quatro estações (primavera,verão, outono e inverno) sempre voltam. Portanto, não há necessidade de seacreditar no retorno já que é tão evidente que todos o estão vendodiariamente. Assim também as almas retornam, regressam, a este mundo.Esta lei existe para toda a criatura.

Como podemos demonstrar a existência do retorno?

Podemos evidenciar todos a lei do eterno retorno despertando a consciência.Nós temos sistemas e métodos para o despertar da consciência. A pessoadesperta pode recordar todas suas vidas passadas. Para quem se lembra dasvidas anteriores, a lei do retorno é um falso.

Por que há pessoa com preparo que mesmo trabalhando e lutandomuito por uma posição não o conseguem, em troca, outras, com menospreparo e esforço, conseguem o êxito desejado?

Tudo depende da lei do Carma. Esta palavra Carma quer dizer ação econseqüência. Se em vidas passadas agimos bem, triunfamos e somosfelizes na presente vida. Porém, se em vidas anteriores praticamos o mal, naatual fracassamos.

Por que há famílias que por mais que se esforcem não conseguem teramigos de modo algum, enquanto que para outros é tão fácilconquistá−los aonde quer que vão?

Em vidas anteriores tivemos muitos amigos e inimigos e ao voltarmos ouregressarmos a este mundo, tornamos a reencontrar essas amizades ouesses adversários, então tudo se repete como já ocorreu. Mas, também, hágente difícil que não gosta de ter amigos, são os misantropos, gente que seoculta, que se afasta, que se distancia da sociedade, são solitários pornatureza e por instinto. Quando tais pessoas voltam a este mundo, costuma

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ver−se sós, ninguém simpatiza com elas. Em troca, há outras pessoas quesouberam cumprir com seus deveres para com a sociedade, para com omudo e até trabalharam por seus semelhantes, em vidas passadas.Logicamente, ao retornarem a este mundo vêem−se rodeadas por aquelasalmas que formaram seu ambiente e agora gozam naturalmente de muitasimpatia.

A que se deve que algumas donas de casa não encontrem quem lhesajude fielmente, ainda que tratem bem suas empregadas, enquanto queoutras, em troca, não encontram dificuldade alguma neste sentido?

Aquelas donas de casa que não contam com criadagem fiel e sincera foram,em vidas anteriores, déspotas e cruéis com seus criados e agora nãoencontram quem lhes sirva, pois que não souberam servir no passado. Eis aconseqüência.

Por que há pessoas que desde o nascimento estão a trabalhar semdescanso, como se estivessem a sofrer uma condenação e só param aomorrer; em troca, outras vivem bem e sem tanto trabalho?

Isso se deve à Lei do Carma. As pessoas que trabalham muito e nãoprogridem, em vidas passadas fizeram seus semelhantes trabalharemdemais. Exploraram seus súditos impiedosamente e agora sofrem aconseqüência, trabalhando inutilmente pois não progridem.

Meu filho contraiu um matrimônio que lhe foi sumamente mal. Asempresas onde trabalhava faliam. Uma vez pediu um empréstimobancário para por um negócio e fracassou rotundamente. Tudo o queempreendia fracassava. Teve de divorciar−se da esposa devido aostantos desgostos que tinham. Depois de algum tempo contraiu novasnúpcias e aquele homem a quem só faltou pedir esmola, agora se achamuito bem e seu sucesso aumenta a cada dia. A que se deve isto?

Existem três vínculos matrimoniais:

CÁRMICO

DÁRMICO

CÓSMICO

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Os primeiros são de dor, miséria, fome, desgraça, nudez... Os segundos sãode êxito, felicidade, amor, progresso econômico... Os terceiros são para asalmas selecionadas, puras e santas. Trazem naturalmente felicidadeinesgotável.

Sobre o caso que você me relata devo dizer que ele pertence à primeiraordem de vínculos matrimoniais. Não há dúvidas que seu filho e a esposadele sofreram bastante pagando as más ações de suas vidas passadas.Naturalmente, já haviam sido marido e mulher antes e agiram mal, nãosouberam viver juntos e o resultado foi a dor. O segundo matrimônio de seufilho lhe foi benigno do ponto de vista econômico. Podemos catalogá−lo comode boa sorte, dármico. Diríamos que resultou das boas obras de vidasanteriores. Sua segunda esposa também conviveu com ele ates e com ela secomportou melhor, o resultado foi que agora o favoreceu melhorando suasorte. Isso é tudo.

Meu filho está doente há cinco anos. Gastamos já muito com médicosque não encontram a causa exata de sua enfermidade. Uns dizem quetalvez seja um choque nervoso, outros supõem que foi vítima detrabalhos de bruxaria, já que era um rapaz bastante inteligente nosestudos. Qual é a sua opinião?

Ressalta a todas as luzes com inteira claridade meridiana um castigo, umcarma mental pelo mau uso de sua mente em vidas anteriores. Se você querque seu filho cure, lute por curar outros enfermos mentais a fim de modificar acausa que produziu a doença. Lembre−se que somente se mudando a causase altera o efeito. Infelizmente, os enfermos têm uma acentuada tendência ase encerrar em seu próprio círculo, rara vez na vida se vê o caso de umdoente preocupado em curar a outros doentes. Se alguém o fizer, com issoaliviará suas próprias dores. Eu a aconselho, já que neste caso preciso, seufilho não poderia se dedicar a cuidar de ninguém, fazê−lo você mesma emnome dele. Não se esqueça das obras de caridade. Preocupe−se com asaúde de todos os doentes mentais que encontre no caminho. Faça o bem àstoneladas. Tampouco esqueça que no mundo invisível há muitos Mestres quepodem ajudá−lo nesse caso específico. Gostaria de me referir especialmenteao glorioso anjo Adonai, o anjo da luz e da alegria. Esse Mestre é muitosábio. Se você se concentrar intensamente, rogando a ele em nome de Cristopara que cure seu filho, estou seguro que de forma alguma se negará a fazeresta obra de caridade, porém não se esqueça a Deus rogando e com o malhodando. Faça o bem às toneladas e suplique; este é o caminho.

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Tive a oportunidade de presenciar o caso de um casal em Santa Marta,Colômbia. Tinham um grande negócio que de um momento para outropegou fogo. Depois o marido adoeceu e morreu tuberculoso. Vinte anosmais tarde, encontrei sua esposa que também estava a ponto de morrertuberculosa. A que se deveria isso?

É bom que você saiba que a tuberculose se deve à falta de religião em vidasanteriores, ao materialismo e a uma vida sem devoção e sem amor a Deus.Se o marido morreu tuberculoso, esta foi a causa. Se perdeu seus bens, foiporque terminou com as propriedades de outras pessoas em sua vidapassada. Queimou e lhe queimaram! Danou e lhe danaram! Isso se chamaCarma, castigo. A tuberculose não afetou tanto a esposa porque sua falta dereligiosidade em vidas anteriores não foi tão extremada. Houve ainda umpouco de espiritualidade.

Tenho um filho muito bom que me entregava tudo o que lhe rendia seutrabalho. Um dia enamorou−se de uma mulher mais velha que ele, amigaminha, e que tivera três filhos com um senhor casado. Não se casaram,mas passaram a viver juntos. Apesar de continuar trabalhando, odinheiro não lhe rendia de maneira suficiente a ponto de recorrer a mimexigindo uma certa quantidade de dinheiro. Disse que ia empreender umnegócio, coisa que nunca o fez e quando terminou a quantia que lhe dei,a mulher o abandonou. Agora vive sozinho, trabalha, mas estácompletamente arruinado. A que se deve isso?

A uma simples análise ressalta o adultério com todas as suas dolorosasconseqüências: perda de dinheiro, má situação, sofrimentos morais intensos,etc. Eis o resultado do erro.

Gostaria que me informasse se poderia melhorar a sua situação?

Se em um prato da balança cósmica pomos boas ações, no outro as más eeste último pesa mais, é claro que a balança se inclinará contra nós e oresultado serão as amarguras. Porém, se pomos boas obras no pratinho dobem, podemos inclinar a balança em nosso favor e assim melhorarmos nossasorte notavelmente. Se esse seu filho se dedicar a fazer o bem, a sua sortemelhorará.

Tenho um filho de 20 anos que desde os 18 não quis mais viver no seular, passando a morar na casa de amigas minhas. Não quer estudar nemtrabalhar. Vem nos visitar por um mês, sente−se feliz por uns dias edepois começa a se aborrecer com todos, terminado por ir−se embora

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sempre. Gostaria que me dissesse o porquê de tudo isso?

Esse filho só lhe criou problemas. É claro que o resultado da desordem será ador. Não há dúvida que ele não sabe nem quer aprender a viver, porém temde ser tratado da melhor maneira possível com amor e paciência. Não hádúvida que no futuro dará fortes tropeções, cujas conseqüências lhe serãoamargas. Só então começará a compreender a necessidade de pôr ordem emsua vida.

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5 − FANTASMAS

Você já viu alguma vez um fantasma?

Alguns crêem em fantasmas, outros duvidam e também há aqueles quezombam. Eu não preciso acreditar, duvidar nem rir, para mim os fantasmassão um fato.

Você confirma que os viu?

Meu amigo, não será demais relatar um caso deveras interessante. Eu eraainda muito jovem e ela se chamava Ângela. Era uma noiva um tantosingular; hoje já é morta. Certo dia, quando ela ainda estava viva, resolvi meafastar sem me despedir. Dirigi−me às praias do Atlântico e pedi hospedagemna casa de uma senhora idosa; nobre mulher que não me negou suahospitalidade. Passei a morar em uma sala cuja porta dava diretamente paraa rua. Minha cama era um catre de lona estilo tropical e como quer que haviamuito mosquito, pernilongo, etc., me protegi com um cortinado fino etransparente.

Uma noite jazia em meu leito dormitando quando de repente alguém bateutrês vezes compassadamente na porta. No instante em que me sentei paralevantar e sair para abrir a porta, percebi um par de mãos penetrar através domosquiteiro. As mãos se aproximaram perigosamente e me acariciaram orosto. Mas a coisa não ficou nisso. Após aquelas mãos apareceu todo umfantasma humano que se assemelhava àquela noiva que francamente nãome interessava. Chorava o angustiado fantasma dizendo−me frases comoestas: Ingrato, te afastaste sem te despedir de mim e eu que tanto te queria,que te adorava com todo o meu coração! etc., etc., etc.

Quis falar, mas foi inútil porque minha língua ficou presa; então mentalmenteordenei ao fantasma para que se retirasse imediatamente. Novos lamentos enovas recriminações. Depois disse: Me vou. Se afastou devagarzinho,devagarzinho ... e quando vi que a aparição ia embora, um pensamento novo,uma idéia especial surgiu no meu entendimento. Disse para mim mesmo: esteé o momento de saber que coisa é um fantasma, de que está feito e o quetem de real. Obviamente, ao pensar deste jeito, desapareceu de mim todo otemor, a língua se destravou e pude falar. Então ordenei ao fantasma: Não,não se vá, volta, preciso conversar contigo. O fantasma respondeu: Bom,volto, está bem. Não será demais dizer que a palavra foi acompanhada deação e voltou o fantasma para mim.

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A primeira coisa que fiz foi examinar minhas próprias faculdades para ver seestavam funcionando certo. Não estou bêbado, pensei, não estou hipnotizadonem sou vítima de alguma alucinação. Meus cinco sentidos estão bem, nãotenho porque duvidar. Um vez que já verificara o bom funcionamento de meuscinco sentidos, passei a examinar o fantasma.

Dá−me a tua mão, disse à aparição. Ela não me recusou e me estendeu asua destra. Tomei o braço da singular figura que tinha a minha frente e pudenotar uma batida rítmica normal como se tivesse coração. Auscultei−lhe ofígado, o baço e tudo funcionava bem, porém a qualidade daquela matériamais parecia ser de protoplasma, substância gelatinosa que às vezes seassemelha no tato ao vinil. Executei todo aquele exame à luz de uma lanternaacesa e ele durou uma meia hora aproximadamente. Depois, despedi ofantasma dizendo−lhe: Já podes te retirar. Já estou satisfeito com o exame. Eo fantasma repetindo as suas múltiplas recriminações se retirou chorandoamargamente.

Momentos depois a dona da casa bateu na porte. Ela pensava que eu nãohavia respeitado sua casa. Veio me dizendo que me alojara somente a mim eestrava que estivesse admitindo mulheres no quarto.

Minha senhora, você se engana, foi minha resposta. Não trouxe mulheralguma aqui. Fui visitado por um fantasma e foi tudo. Naturalmente,contei−lhe o que acontecera. A dama terminou se convencendo e estremeceuquando percebeu o frio espantoso que havia no quarto, apesar do climaquente; isso lhe pareceu definitivo para confirmar a veracidade do meu relato.

Anotei o dia e a hora da ocorrência e mais tarde, quando me encontrei outravez com aquela noiva, contei a ela tudo que acontecera. Ela se limitou a dizerque naquela noite e àquela hora dormia e sonhava que estava em algumlugar da costa atlântica e que conversava comigo em um quarto parecido comuma sala. Então conclui para mim mesmo: ela se deitara pensando em mim eseu fantasma me visitara.

O mais curioso foi que vários meses após aquela garota morreu e estandouma noite descansando em meu leito o fenômeno se repetiu. Porém, destavez, o fantasma resolveu deitar−se junto a mim, cheio de ternura e carinho.Como quer que a coisa estava se tornando ruim, não me restou outro remédioa não ser mandar severamente que se retirasse para sempre e que nuncamais me incomodasse. O fantasma assim o fez e nunca mais voltou.

Muito interessante o seu relato. Gostaria de nos contar outro casoparecido?

Com muito prazer, meu amigo.Certa ocasião, chegou à cidade uma jovem epobre mulher. Estava em péssima situação econômica, porém era uma

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mulher honrada. Ela me solicitou trabalho e não encontrei inconveniente emadmiti−la como empregada doméstica. Ela era bastante habilidosa, masinfelizmente poucos dias depois de começar a trabalhar uma série defenômenos psíquicos extraordinários se apresentaram, os quais vieram aperturbar não só meus familiares com também as pessoas da vizinhança. Napresença dela, os pratos voavam e estatelavam−se contra o piso fazendo−seem pedaços. As mesas e as cadeiras dançavam sozinhas e caíam pedrasdentro da casa. Não era nada agradável para nós o fato de, nos precisosinstantes de estarmos comendo, caírem pedras e terra em nossos pratos.

A jovem tinha em sua mão direita um misterioso anel com uma inscrição:Lembrança de teu amigo Luzbel. O mais interessante de tudo era que, aindaque estivesse em desgraça, falando economicamente, jamais deixava dereceber desse seu amigo algumas moedas que usava para comer. Essasmoedas vinham pelo ar e ela as recolhia simplesmente do espaço.

A garota explicava que seu amigo lhe disser que vivia no mar e que querialevá−la ao fundo do oceano. Inúmeras vezes fizemos conjurações a fim deafastar o invisível camarada, porém ele sempre retornava e com forçaredobrada, recomeçando às suas andanças. As pessoas não deixavam de sealarmar, naturalmente.

Alguns jovens se apaixonaram por ela, mas quando tentavam se aproximarchovia pedras sobre eles e apavorados fugiam.

Mais tarde, aquela garota se afastou e não foi mais vista pela cidade. Queaconteceu? Não sabemos. O que pudemos comprovar foi quem era seuamigo Luzbel: simplesmente um elemental do oceano. Não há dúvida que elatambém tinha muito de natureza elemental. Era o que nos transmitia seuolhar, seu corpo, sua forma de ser, etc.

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6 − ACONTECIMENTOS HUMANOS

Vou relatar um caso que me aconteceu há alguns anos. Nos mudávamosda casa em que tínhamos vivido durante onze anos e onde nós déramosmuito mal. Como havia ficado ainda alguma coisa lá, poucos dias depoiseu e minha tia voltamos para buscar. Ao entrarmos, imediatamente noschegou um cheiro de cadáver em decomposição. Como deixáramos acasa totalmente limpa, por curiosidade, subi ao piso superior para fazeruma vistoria. Entrei em um dos quartos e vi no lugar onde estivera umadas camas uma funda cova, como se nela fossem enterrar um ataúde.Dei um grito e minha tia ao ouvi−lo subiu imediatamente. Ao ver−me tãoespantada, levou−me depressa dali e voltamos para a casa onde agoraresidíamos. Desde então comecei a perder o apetite. Cada vez comiamenos até que chegou o momento em que não podia engolir alimentoalgum. Em dois meses emagreci vinte quilos. Tiveram de me internarnum sanatório e vários especialistas estudaram meu caso, contudonenhum deles pode descobrir o que eu tinha e estava a morrer com umdor de estômago que não me abandonava um minuto. Comida,medicamentos, nada passava; tudo tinha de ser injetado. Oito diasdepois de ter sido internada entrei em estado de coma. Os médicosdesanimaram na tentativa de me curar e prognosticaram câncer, de fatomeu corpo exalava um fedor de corpo canceroso. Tentaram me operar,mas meus familiares o impediram. O estranho era que eu sempre viajunto a mim um médico de bata branca, desconhecido para mim e parameus familiares. Esse galeno, invisível para todos menos para mim, nãotinha existência no mundo físico. Ele, no entanto, me reanimou eprometeu me curar. E cumpriu sua palavra, pois curei−memilagrosamente. Quando os doutores me operaram com o propósito dedescobrir a causa causarum da enfermidade, com assombrodescobriram que estava completamente sã. O suposto câncer nãoexistia. Isso sempre foi um enigma para mim. Poderia me dizer o queaconteceu? Qual foi a razão daquela enfermidade?

Com o maior prazer responderei a sua pergunta. Permita que lhe diga,senhorita, que em sua passada existência, vivida precisamente aqui nacidade do México, você cometeu um ato de magia negra contra uma pessoacausando−lhe a morte. O resultado foi a sua misteriosa doença. Se se curou,se não morreu, foi devido às boas ações que você praticou e que permitirama diminuição do seu Carma. Certamente foi assistida por um médico invisívela quem você deve ficar imensamente agradecida.

Meu pai teve três filhos em seu primeiro matrimônio, incluindo a mim.Quando meu irmão maior contava um ano, tiraram−no de minha mãe.

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Depois, quando eu tinha cinco anos, minha mãe me entregou ao meupai, que vivia com sua mãe e meu irmão maior. Durante toda a infâncianunca tive o carinho deles, pois como minha avó me odiava muito, elespara não contrariá−la não se importavam comigo. De minha mãe, nuncasoube se vivia até fazer quinze anos. Ela sim me deu carinho até quemorreu faz uns dez anos. Gostaria que você me dissesse por que nãoconsegui obter a felicidade e o amor de um homem e a que se devia oódio tão grande de minha avó?

Dê um giro na medalha de seu relato e terá você a resposta. É óbvio quetodos esses acontecimentos de sua vida são uma repetição da existênciaanterior, quando você foi o algoz ao invés de ser a vítima. Aqueles que hojelhe proporcionaram tantas dores foram suas vítimas no passado; isso é tudo.Recorde que a lei do Carma é o fiel balanço de todas nossas ações. Nãopode haver efeito sem causa nem causa sem efeito. Você recolheu asconseqüências de seus próprios atos. Se você se lembrasse de suasexistências passadas, verificaria a realidade de tudo o que eu disse.

Poderia você explicar−me por que não encontro um amor na vida apesarde desejá−lo tanto?

Recolhemos o que semeamos, afirmamos isso baseados na lei de ação econseqüência. Portanto, concluímos que você semeou tempestades e estácolhendo raios.

Gostaria que você nos contasse algum caso concreto de enfermidadecausada por más ações em vidas anteriores! Pode ser?

Com o maior prazer. Em minha reencarnação passada conheci o caso de umbandido que foi fuzilado. Isso se deu em uma estrada. O bandoleiro eraconhecido pelo apelido de Golondrino. Um dia caiu nas mãos da justiça, foiatado a uma árvore e se lhe aplicou a pena máxima. Algum tempo depois,aquele homem renasceu em corpo feminino. Um certo dias, seus parentessolicitaram−me ajuda. Aquela distinta senhorita, em cujo corpo estavaencarnada a alma do Golondrino, lançava espuma pela boca, retorcia−sehorrivelmente e gritava cheia de espanto frases como estas: A polícia vemvindo. Dizem que sou um ladrão, um salteador de estradas. Ataram−me nestaárvore e vão me fuzilar. Essas últimas palavras eram sempre acompanhas degestos e de esforços, como se quisesse desatar invisíveis laços, estranhascordas.

Nossas investigações permitiram conhecer este caso concretamente.Tratava−se de uma repetição mental do episódio final da vida anterior dessaalma, agora encarnada no corpo daquela mulher. Os psiquiatras fracassaram

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rotundamente e não conseguiram curá−la. Nós apelamos para certasconjurações mágicas e o resultado foi assombroso, a enferma curou−seradicalmente. Não há dúvida que fomos assistidos pelo poder divino doEspírito Santo.

Vivíamos em uma casa com o número treze na porta e éramos treze nafamília. Durante 11 anos nessa casa não houve mais do queenfermidades e miséria. Você poderia nos explicar a razão disso?

Com o maior prazer responderei sua pergunta, distinta senhorita. Lembre−seda viagem espacial Apolo 13. Foi um completo fracasso. Atrasou o plano deconquista do espaço dos Estados Unidos e seus três tripulantes estiveram aponto de perecer. Vem−me a memória nestes instantes a lembrança de umanoite de ano novo. Éramos 13 pessoas reunidas ao redor de uma mesa.Então, em pleno banquete, disse aos convidados: Um de nós, aqui reunidos,morrerá muito em breve. Esta profecia cumpriu−se quando alguns mesesapós, um dos convidados faleceu.

Não se espante quanto ao fatídico 13. Este número é morte, fatalidade, dor,porém também traz situações novas, já que a morte e a vida estãointimamente ligadas. Quanto a vocês, é claro que estavam pagando umCarma espantoso. Isso é tudo.

Quando estive a ponto de alcançar a felicidade ela me escapou da mão.Ainda que sempre digam que me amam, afastam−se de mim para secasarem com outra. Poderia me explicar por que sempre fracasso noamor?

Com o máximo prazer responderei a sua pergunta, distinta senhorita. É claroque seu problema não poderia ser devidamente compreendido seignorássemos a lei do eterno retorno. Todos os casos são uma repetiçãoincessante das diversas vidas que tivemos. Todos ser humano no passadocontraiu diversos matrimônios, estabeleceu relacionamento sexual com outraspessoas, etc. O resultado de semelhantes associações conjugais pode serbom, mau ou indiferente. Se nos portamos mal com determinado cônjuge, emuma nova vida estabelece−se o reencontro com suas conseqüências:fracassos matrimoniais, frustração das bodas, ruptura das relações amorosas,etc. O mais grave de tudo é a separação legal, causada por tal ou qualmotivo, sobretudo quando há amor.

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7 − INTERESSANTES RELATOS

Uma noite do mês de abril de 1968, estando profundamente adormecido,escutei gritos e ruídos, como de gente que quebrava vidros e brigava narua. Temendo que quebrassem algum vidro do meu automóvel, o qualficara estacionado à calçada, levantei−me. Peguei os chinelos e ascalças e me fui pelo corredor. Atravessei a casa e olhei pela janela dafrente. Levantando a cortina percebi surpreso não haver gente nemruídos. Ao contrário, havia paz e tranqüilidade, iluminação normal na ruae meu carro em perfeito estado. Pensando que tudo tinha sido produtode uma ilusão ou pesadelo, voltei pelo corredor em direção ao quarto.Abri a porta e entrei, dando uns quantos passos. Fiquei estarrecido aover a mim mesmo na cama profundamente adormecido junto a minhaesposa. Os braços estavam fora das cobertas, a perna esquerdadestapada e a cara recostada no lado esquerdo. Ao ver a cena, senti umterrível pavor e uma forte atração vinda do meu corpo, como se eletivesse um imã. Despertei sobressaltado com o coração batendo forte ecom um suor frio pelo corpo. Poderia me dizer o que aconteceurealmente?

Neste caso concreto, houve o que se chama desdobramento; sua almaestava ausente do corpo físico. Toda alma sai do corpo durante o sonocomum e normal e anda por aí. Ela vai a diferentes lugares e depois regressaao corpo físico no exato momento do despertar. O estado de vigília semanifesta precisamente quando a alma entra de novo em seu corpo de carnee osso.

O interessante do seu caso foi que sua alma ao voltar ao quarto pode ver sercorpo físico adormecido na cama. Você o viu da mesma forma como pode veruma mesa ou um automóvel que dirige diariamente. Assim como o motoristase mete no automóvel para dirigi−lo também você, isto é, sua alma entra nocorpo. É quando a gente desperta e vem o estado de vigília. Foi isso o queaconteceu.

Em 1958, ao voltar de uma sessão de cinema, uma novidade estava meesperando. Em casa toda a família estava preocupadíssima com odesaparecimento de uma tia que havia saído cedo de casa, deixandoseus filhos sozinhos. Eram quatro filhos, de três a seis anos, os quaisestavam chorando de medo e de fome. Os familiares já tinham ido avários lugares a fim de encontrá−la e tudo fora inútil. Então combinaramsair e procurar por ela, perguntando por toda parte; a mim coube ficarem casa. Perto das três da manhã despertei sobressaltado. A peçaestava completamente escura, mas de repente uma figura ovalada

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começou a brilhar no meio do quarto. dirigiu−se a minha cama, chegouaté a beirada e levantou a tela do mosquiteiro. Senti um corpo se sentarna beira da cama e apareceu totalmente a figura de minha tia a queandavam buscando. Em voz alta ela me disse o seguinte: Filhinho, nãote assusta! Sou eu, tua tia. Venho te avisar que estou morta. Quero quelhes diga onde podem achar o meu cadáver. Localiza o teu tio e diz paraele me procurar na Delegacia X. Pede ainda para que cuidem de meusfilhos e rezem também.

Levantou−se, baixou o cortinado e sumiu. No dia seguinte repeti o queme dissera. Ninguém acreditou. Somente se convenceram quando aencontraram no lugar assinalado. Seu cadáver estada disforme; morreraem um banho de vapor. Como é possível que uma pessoa, depois de termorrido, dê dados para a localização de seu cadáver e peça por seufilhos?

Depois da morte do corpo físico a alma passa a viver nas dimensõessuperiores da natureza e do cosmos. Isto já o dissemos em um capítuloanterior, porém tornamos a repetir. É claro que essa alma precisava teinformar a respeito de sua morte. Era preciso que desse esse informe; tinhafilhos e devia cumprir com seu dever. Neste caso, hão há dúvida que essaalma foi ajudada por leis superiores e se lhe permitiu entrar neste mundo detrês dimensões para dar uma informação precisa: onde estava o seu cadáver.O que foi devidamente comprovado, já que o seu corpo foi encontradoexatamente no lugar onde dissera estar, em uma Delegacia de Polícia. Fatossão fatos e temos de nos render diante deles.

Estando em uma reunião gnóstica, uma pessoa aproximou−se de mimpara fazer um pedido pela saúde de sua mãe, que não estava em seuperfeito juízo. Prometi fazer todo o possível para curá−la. Pedi ao anjoAdonai para que me ajudasse e me imaginei na casa da senhora, umasimpática anciã a quem eu encontrava reclinada em seu leito e que aover−me sorria alegremente e se sentava. Pondo a minha mão direita nasua testa e a minha esquerda no meu coração, me concentrei fortementeno Mestre Jesus para que me ajudasse. Vi como ela se restabelecia e,sorrindo, me acompanhava até a porta da casa. Na reunião seguinte, apessoa que me havia solicitado ajuda, quase com lágrimas nos olhos,veio me agradecer, dizendo que sua mãe se restabelecera e que memandava lembranças porque tinha me visto. Como é possível, que duaspessoas, unicamente pela fé, tenham conseguido uma cura quasemilagrosa?

Meu amigo, a fé realiza milagres. O Divino Mestre Jesus disse: Tende fé dotamanho de um grão de mostarda e movereis montanhas. Você ao seimaginar de forma vívida junto ao leito da enferma conseguiu se desdobrar.Sua alma viajou até a enferma e com a ajuda do Divino Mestre sanou o

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paciente. Não estranhe portanto que o tenham visto. Quando a alma sedesdobra, muitas vezes faz−se visível, ainda que as remotas distâncias. Nãoouviu falar de santos que fizeram o mesmo? Que durante a oração, emestado de êxtase, foram vistos em outros lugares a curar enfermos?

Em uma outra reunião de cura, chegou uma senhora de uns 60 anosaproximadamente. Ela portava uma ferida de faca muito funda nosbraços e a mostrou a todos os assistentes. Posteriormente, o Mestre fezconjurações e nós repetimos as palavras que ele pronunciava. Depoisfez com que ela se sentasse. Na reunião seguinte, ela nos mostrou osbraços de novo e vimos que já estava quase curada. Tornamos a repetira conjurações. Na terceira reunião, mostrou−nos mais uma vez osbraços e vimos com surpresa que nem cicatriz havia, onde antesverdadeiras talhadas de carne se apresentavam. O que ocorreu para queaquela pessoa se curasse tão rápida e perfeitamente?

Ah! Percebo que você está falando das reuniões gnósticas. De fato, são muitointeressantes essas assembléias. Lembre−se que os primitivos cristãos foramgnósticos e que realizavam curas maravilhosas. Não estranhe pois quenessas reuniões, sob a direção do Mestre que instrui a congregação, se hajarealizado um milagre semelhante. Os gnósticos invocam os seres divinos quevivem no mundo invisível para que realizem este tipo de curas. Isto foi o querealmente aconteceu e o paciente curou−se radicalmente.

No ano de 1962, aproximadamente pelo mês de novembro, eu apenascomeçava a freqüentar as conferências gnósticas, compareceu umsenhor que refletia preocupação em seu semblante e que tinha um olharvago e misterioso. Pediu para que lhe tirassem algumas entidadestenebrosas do corpo, as quais o estavam prejudicando e já haviamproduzido uma inchação nas suas pernas. Em seguida, mostrou a todoscomo elas estavam. O Mestre acedeu e pronunciou a Conjuração dosSete. Deu uns passes magnéticos e o indivíduo começou a se retorcer, adar gritos, uivos e a lamentar−se como se sentisse uma dor imensa. Aomesmo tempo, fazia gestos e movimentos como se algo saísse dele.Logo depois, um cheiro forte e nauseabundo se espalhou pelo ambiente.Houve então uma pausa em que parecia ter descansado. O Mestre deutrês palmadas no homem que voltou a si e que declarou não se lembrade nada. Em três sessões tinha as pernas recuperadas e não sequeixava mais das entidades. Você poderia nos explicar o queaconteceu? Como foi possível a sua cura?

Esses são os casos de possessos de que nos fala o Evangelho cristão. Jesuspunha as mãos sobre os possessos e mandava os demônio saírem daquelescorpos. E eles obedeciam naturalmente. Os apóstolos também receberam

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este poder. Jesus lhes conferiu autoridade e puderam exorcizar os demôniosa fim de expulsá−los dos corpos enfermos. Portanto, o caso que nos contanão é o único. As enfermidades são causadas precisamente pelas entidadestenebrosas que se metem dentro do corpo do enfermo. Muitas tribosindígenas das Américas conhecem estes mistérios. Sei de muitos sacerdotesindígenas que, antes de curar seus pacientes, os exorcizam com o sadiopropósito de eliminar as entidades tenebrosas causadoras da doença. Senossos médicos seguissem o exemplo desses curandeiros indígenas,realizariam maravilhas nos campos de ação da medicina. O caso concretoque nos narrou é apenas normal. Exorcizou−se o enfermo e ele sanou, isso étudo. Não se esqueça da arruda e da sálvia! São plantas maravilhosas quepodem ser usadas como defumação nos exorcismos.

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8 − O DESDOBRAMENTO

O que é o desdobramento?

Você ignora realmente o que é o desdobramento? Percebo que sua perguntaé sincera!

O desdobramento é sumamente simples. Trata−se de um fenômeno naturalcomo comer, beber, etc. Quando o corpo físico adormece, a alma sai dele eviaja por todas as partes. Ao regressar, ao entrar novamente no seu corpo,muitas vezes a alma se lembra dos lugares por onde andou, das pessoascom quem falou, etc. As pessoas costumam chamar isso de sonhos, mas narealidade é desdobramento.

Isso pode ser feito à vontade ou apenas durante o sono?

De qualquer forma se precisa do sono para que haja desdobramento, sejavoluntário ou não.

O desdobramento é perigoso?

Parece−me que se tornar consciente dos próprios fenômenos naturais nuncapoderia ser perigoso. Cada um deve estar consciente dos alimentos quecome, do que bebe, do estado de saúde em que se encontra e também doprocesso de desdobramento, o qual ocorre em toda criatura viva.

Explique−me a técnica para que eu possa me desdobrar. Gostaria de iraté Paris.

Tudo aquilo que você faz de forma involuntária e inconsciente, deve aprendera fazer voluntária e conscientemente. Você sempre se desdobrou. Repito, nomomento que se está dormindo, a alma sai do corpo, mas infelizmenteinconsciente. Continue se desdobrando, porém o faça−o agora de umamaneira voluntária e consciente.

Quando você sentir aquela lassidão própria do sono, quando comece aadormecer, imagine−se ser um fantasma sutil e vaporoso. Compreenda quevocê é uma alma, que você não é o corpo e que vai sair dele. Sinta−se umaalma, levante−se do leito suavemente, delicadamente, como se levantam as

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almas. O que estou a dizer deve ser traduzido em atos concretos. Não setrata de pensar e sim de agir. Ao se levantar, dê um saltinho em seu próprioquarto com a intenção decidida de flutuar no espaço. Se você flutuar é porquejá está fora do corpo físico e poderá sair do seu quarto e flutuar lá fora.Poderá ir a Paris ou a Londres, ao lugar que quiser. Se não flutuar, é porquese levantou da cama em corpo físico. Então volte ao leito e repita oexperimento.

Ao se flutuar, o corpo físico fica na cama?

Quero que você entenda. Se você flutua no meio ambiente que o circunda éporque está fora do corpo físico. Neste caso concreto, você devecompreender que o corpo físico ficou deitado na cama, que você está foradele e longe da cama.

Quando alguém se sentir flutuando, deverá pensar que viaja a algumlugar determinado?

Distinta dama, quero que você compreenda. Não se trata de pensar e sim deagir. Um coisa é diferente da outra. Por exemplo, estou vendo−a sentadanessa cadeira. Se você pensar que via se levantar dessa cadeira e vai à rua enão age, é claro que permanecerá sentada aí. Precisamos de ação,entendeu?

Isso é o que me agrada na Gnose, que me explicam claramente tudo oque não entendi.

De fato, nós gostamos da exatidão em tudo, gostamos da precisão.

Poderia nos contar o caso concreto de um desdobramento voluntário?

Com o maior prazer, distinta senhorita. Vou contar um caso pessoal; como severificou o meu primeiro desdobramento. Eu era ainda muito jovem quandoresolvi me desdobrar à vontade. Recordo claramente que pus bastanteatenção no processo do sono. Quando senti que estava quase dormindo,nesse estado de transição que existe entre a vigília e o sono, atueiinteligentemente. Não me pus a pensar que ia me desdobrar porqueobviamente se houvesse ficado pensando, não teria realizado o experimentoalmejado. Repito que agi. Levantei−me com grande suavidade do leito e aofazê−lo produziu−se uma separação muito natural entre a alma e o corpo. A

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alma ficou fora e o corpo na cama dormindo.

Sai da minha casa para a rua de maneira espontânea e clara, pondo−me acaminhar por uma rua deserta. Detive−me na esquina seguinte da rua e refletipor uns instantes sobre o lugar aonde deveria me dirigir. Resolvi ir à Europa.Tive de viajar por cima das águas do Atlântico, flutuando maravilhosamenteno espaço luminoso. Senti−me cheio de uma alegria não concebível para osseres humanos. Por fim atingi a cidade de Paris.

Caminhando, ou melhor dizendo, flutuando na atmosfera luminosa, sentiinstintivamente a necessidade de entrar em uma casa. Não me arrependo deter entrado em certa mansão. O curioso do caso foi o encontro com umIniciado que tinha conhecido em reencarnações anteriores.

Ele também estava fora do corpo. Nitidamente pude evidenciar que seu corpojazia dormindo no leito. Junto a ele vislumbrei uma mulher e dois meninos.Percebi que se tratava de sua esposa e de seus dois filhos. Saudeicarinhosamente o meu amigo e a alma de sua esposa, a qual também estavafora do corpo. Não será demais acrescentar que como aqueles meninosdormiam, as suas almas também estavam fora do corpo. Aquelas almasinfantis assustaram−se com a minha inusitada presença. Compreendi anecessidade de me retirar para evitar que tais almas regressassem ao seusrespectivos corpos. Se isso tivesse acontecido, os meninos teriam chorado eo pranto haveria de despertar meu amigo e sua esposa, então o diálogo seriainterrompido, já que tanto a alma do meu amigo como a de sua esposaseriam obrigados a voltar para os seus respectivos corpos de carne e osso.

Compreendi tudo isto em milésimos de segundo e para evitar precisamenteeste problema, propus ao meu amigo que abandonasse a casa e saíssecomigo para dar uma volta pelas ruas de Paris. Grande foi a minha alegriaquando aceitou.

Fomo−nos juntos pelas avenidas daquela grande cidade. Aconselhei−o avoltar ao caminho, entrando na senda da luz. Por último, propus a ele umavisita a um templo maravilhoso que existe na Alemanha. Ele recusou oconvite alegando que não podia ir porque devia concentrar sua atenção nosproblemas da vida prática, visto que tinha mulher e filhos. Despedi−medaquele Iniciado e, suspendendo−me na atmosfera, passei por cima de unsmuros altos e me fui por um caminho que serpenteava, uma estrada cheia decurvas, até que cheguei a um templo maravilhoso.

Diante do Santuário vi muitas almas das mais diversas nacionalidades,pessoas que durante as horas de sono escapavam de seus corpos densospara irem ter naquele Santuário. Aquelas pessoas, reunidas em váriosgrupos, estavam conversando. Falavam do cosmos, das leis da reencarnaçãoe do Carma, dos mistérios da vida e da morte, etc. Procurei entre tais gruposum certo amigo muito hábil no desdobramento e não o achei. Então, meaproximei do umbral do templo e vi um jardim magnífico com flores

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deslumbrantes que exalavam um perfume embriagador. No fundo,destacava−se a silhueta de um esplêndido templo iluminado pelo esplendordas estrelas. Quis entrar, mas o guardião interveio e disse: Este é o Temploda Sabedoria! Retira−te! Ainda não é tempo!

Obedecendo a ordem, retirei−me a uma certa distância, sem me afastardemasiado do umbral. Foi quando comecei a me observar. Olhei as minhasmãos e meus pés espirituais e até me permiti ao luxo de compará−los com asmãos e os pés do corpo de carne e osso que deixara dormindo no leito, lá naAmérica Latina, na terra sagrada dos astecas. Evidentemente, todas aquelascomparações deram como resultado o regresso instantâneo ao veículo físicoque, profundamente adormecido, roncava na cama. Despertei sobressaltadoexclamando: Estive no templo da sabedoria! Que felicidade! Que alegria! Atéhoje não consegui esquecer aquela luz tão branca, tão imaculada, quebrilhava naquele Santuário. Essa luz não se parecia a de qualquer lâmpadafísica; saía de todas as partes e não fazia sombra de espécie alguma.

Pode alguém viajar a qualquer lugar mesmo que não o conheça?

Eu fui a esse templo divino e não o conhecia. Fui levado, podemos dizer, porum sentido telepático superior. Poderia dizer−lhe que me guiou meu próprioespírito.

Quando há o desdobramento voluntário, nos lembramos aonde fomosao despertar?

É claro que se não há recordação não houve desdobramento voluntário. Amim parece−me impossível que uma pessoa se desdobre voluntariamente,que saia do seu corpo intencionalmente, conscientemente, e não seja capazde se lembrar do que viu fora do corpo. Por exemplo, quando você sai de suacasa para o trabalho e depois volta do escritório para casa, se lembra do queviu no escritório? Lembra−se do trabalho que executou? Das ordens de seuchefe?

Sim, eu me lembro de tudo o que fiz no escritório quando volto paracasa.

Pois é o mesmo caso, senhorita. Tenha em mente que seu corpo físico é umacasa de carne e osso. Se você sai voluntariamente de tal casa, verá muitascoisas. Se você retorna voluntariamente, é lógico que se lembrará também detudo que viu e ouviu.

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9 − FENÔMENOS MÍSTICOS

Certa ocasião em que realizava um exercício de meditação no campo,senti que saía do corpo enquanto me estremecia todo. De repente sentique voava à grande velocidade, chegando em um par de segundos aoEgito. Desci perto da Esfinge e percebi o calor da areia na planta dospés. Pude tocar as enormes e carcomidas pedras do gigantescomonumento. Foi uma grande surpresa para eu ver tão nítido panorama etão vívida percepção do céu. Uma tênue brisa que vinha do rio Nilomovia umas altas e delgadas palmeiras. Depois de um breve descanso,uma espécie de atração fez com que me elevasse do solo e fui flutuaraproximadamente na altura do nariz da esfinge, onde havia umapequena cavidade pela qual entrei. Uma estreita e semi−iluminadaescada que descia conduziu−me até a porta de uma câmara. Lá estavaum guardião vestido com um mandil, sandálias douradas e uma toucana cabeça. Na touca havia um diadema dourado que representava umacobra na atitude de picar. Ele tinha uma lança na mão direita com a qualimpedia minha passagem. Seus olhos eram de um azul esverdeadomuito penetrantes e sua pele era morena.

Não pronunciou uma palavra, apenas me examinou e me fez umasaudação de passe a qual respondi. Sorriu e recolhendo a lança permitiuque eu passasse com uma amável reverência. Penetrei numa câmaraampla onde se ouvia os cantos leves de um coro que recitava oraçõesna forma de cantos deliciosos. Havia no ambiente fumaça de incenso decor rosada, o qual cheirava a extrato de rosas vermelhas e fazia vibrarmeu corpo dos pés à cabeça. Havia também muitos símbolos egípciosnas paredes que, apesar de não entender, me eram familiares. Depois dever a rica decoração daquela câmara, que indubitavelmente devepertencer a um templo deveras especial, escutei um gongo eapareceram três Mestres. Seus rostos eram veneráveis e aprazíveis,porém de olhares penetrantes. Dois deles estavam vestidos de amareloe o outro com uma túnica branquíssima. Depois de me saudarem deramas boas−vindas com um abraço fraternal.

Em seguida, oficiaram uma missa em um altar que havia entre duascolunas enormes. Um grande escaravelho de ouro resplandecia entre ofumo do incenso. Uma piazinha com água cristalina que não havianotado antes foi iluminada. Aproximaram−me dela e comecei a ver omeu rosto horrivelmente negro e barbudo como um orangotango.Posteriormente, vi muitas passagens da minha vida, onde cometera todotipo de pecado. Terminei gemendo e chorando. A seguir meadmoestaram, dando−me conselhos de uma forma simbólica.

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Entregaram−me um escaravelho de ouro maciço, puseram−no na minhamão direita, fecharam−na e pronunciaram algumas palavras que nãoentendi. Disseram−me que o conservasse e me fizesse merecedor detê−lo sempre ao meu lado. Abençoaram−me e regressei ao meu corpo,despertando instantaneamente muito impressionado. Até hoje não meesqueci de nenhum detalhe. Poderia me dizer o que aconteceu e quesignificado tem tudo isso para mim?

Com muito prazer responderei à sua pergunta. A todas as luzes ressalta cominteira claridade meridiana tratar−se de um caso de desdobramento. Vocêadormeceu enquanto meditava e orava, então sua alma saiu do corpo e foidar no Egito, a terra sagrada dos faraós. Quero que você compreenda queentrou espiritualmente no misterioso templo da esfinge. Alegra−me muito quehaja descoberto uma porta secreta no nariz da esfinge. Obviamente, não setrata de uma porta física, mas de uma porta invisível para os sentidos físicos,contudo perfeitamente visível para a inteligência e para o coração. Éostensível que o templo da esfinge também não se encontra neste mundodenso. Trata−se de um templo invisível para os olhos da carne, mastotalmente perceptível para os olhos do espírito. O que lhe aconteceu foi algoparecido à experiência de São Paulo, o qual como se sabe foi levado aoscéus onde viu e ouviu coisas que aos homens não lhes é dado compreender.

Não há dúvida que você em uma existência passada foi iniciado nos MistériosEgípcios e devido a isso foi chamado ao templo. Chamada essa que foi feitaquando você estava meditando e foi dar precisamente lá. Assistiuespiritualmente a um ritual egípcio, viu e ouviu os sacerdotes do templo,escutou sublimes cânticos e viu na água o seu Eu Psicológico e todos osdelitos que cometeu. Não há dúvidas que viu a si próprio bastante feio.Acontece que nossos pecados nos tornam assim: horríveis.

Entregaram−lhe um escaravelho sagrado, de puro ouro, símbolo maravilhosoda alma santificada; isso é tudo. Espero, cavalheiro, que haja compreendido oindispensável: que se resolva a seguir o caminho da santidade e que searrependa de todos seus erros.

Em outra ocasião em que fazia exercícios de meditação em plenobosque, nas cercanias do povoado de Cuernavaca, México, junto comum amigo espiritual de muita sabedoria, o qual estimo como a um pai,tive a seguinte experiência:

Sentamo−nos na posição iogue conhecida como da Flor de Lótus efizemos uma prática respiratória. A seguir ficamos em silêncio eentramos em meditação. Quase que imediatamente me sentitransportado às cordilheiras dos montes Himalaias, mais precisamenteao Tibete. No lugar fazia um frio tremendo e se escutava o agudo uivardos ventos. Vi alguns soldados chineses armados a rondar por aqueles

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inóspitos lugares. Atingi uma planície um tanto nublada onde sedescortinou pouco a pouco uma majestosa construção amuralhada, aqual tinha um enorme portão de madeira preso com cravos de ferroforjados há séculos. Naquela oportunidade, a entrada estava guardadapor soldados tibetanos que ao me aproximar gritaram o comando alto.Mandaram que esperasse um momento enquanto consultavam se podiapassar ou não.

Instantes depois receberam a resposta e se ouviu o ranger dasdobradiças do enorme portão. Disseram−me para passar. À primeiravista, pareceu−me uma cidade celestial e ao mesmo tempo espetacular.A brancura do mármore, os lindos jardins com flores de uma belezaindescritível e os arbustos de tonalidade verde e amarelo, nunca vistosna terra, resplandeciam. Caminhei por amplas armações que tinhamcorrimões com colunas torneadas na forma de belas figuras de mármoree que me conduziram a uma pracinha. Nela se via uma pequena fonte deágua vaporosa e cristalina. No meio havia um formoso menino quevertia de um cântaro água que nunca se acabava. Voltei−me para adireita dirigindo−me ao portal de um edifício espichado horizontalmenteno qual se percebia sete colunas de mármore belamente decoradas.Estava observando o passeio quando começaram a se fazer ouvir corosangelicais que trouxeram consigo uma figura que desprendialuminosidade e respeito. Era nada menos do que o Mestre Jesus Cristo.Ao vê−lo, senti desfalecer. Ele olhou−me fixamente e em seu rostoesboçou−se um sorriso de fraternidade e amor. Ato seguinte,aproximou−se de mim, pôs sua mão direita em minha testa e me disse:Ide e ensinai a todas as nações que eu estarei convosco.

Depois, andamos por outros passeios. Encontramos outros grandesMestres, entre eles reconheci o Mestre Samael Aun Weor a quemchamou em voz alta e lhe recomendou para que vigiasse e instruísse aminha humilde pessoa. Chamou outros Mestres e alguns alunos que seencontravam próximos e nos abençoou com orações e mantrasespeciais. Pessoalmente nos despediu, ao Mestre Samael e a mim. E vicomo se fechava o portão e como desaparecia da visão o magníficorecinto.

Ao regressar ao meu corpo, abri os olhos e vi que meu amigo ainda nãodespertara, porém demorou um minuto, despertou e comentamos asexperiências vividas. Como é que um estudante gnóstico, sem méritoalgum, tenha tido uma experiência tão maravilhosa e que lhe hajamconfiado essa delicada missão?

Com muito prazer responderei à sua pergunta. Já vê você o que é ameditação e a oração. Se uma pessoa de boa vontade se entrega à oração eà meditação, pode ter sorte de atingira o êxtase. A alma sai do corpo, como jáexplicamos antes, e viaja aos mais remotos lugares da terra ou do infinito.

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No seu caso concreto, você foi parar no Tibete e entrou em um templosecreto, onde pode ver os Mestres da humanidade e a Nosso Senhor oCristo. Não esqueça que a alma em oração, em êxtase, pode chegar a ver opróprio Cristo. Você teve essa felicidade e não há dúvida que o Senhorrecomendou que ensinasse a doutrina da Gnose a todos os seussemelhantes.

Obviamente, devo transmitir−lhe tais ensinamentos, por isso viu e ouviu oSenhor se preocupar para que eu o instruísse.

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10 − EXPERIÊNCIAS MÍSTICAS DE UMNEÓFITO

Em uma prática de saída em astral, uma noite do ano de 1966, conseguisair conscientemente de meu corpo. Senti uma liberdade muito especial,já que meu ser sentia uma alegria indescritível. Voei, voei como umpássaro até outro planeta, para mim desconhecido, mas que tinha muitode parecido com a Terra. Via enormes e verdes bosques povoados depinheiros. Vislumbrei uma cabana de troncos em que havia algumaspessoas a me fazer sinais. Desci e tive a agradável surpresa de ver queali estava o Mestre Samael Aun Weor com alguns familiares e discípulosconhecidos. Todos me receberam com efusivos abraços e uma alegriaque não posso descrever.

Em seguida, o Mestre convidou−me a caminhar. Andamos pelo bosqueaté que chegamos a uma ponte de pedra, onde o Mestre me explicouque aquele planeta era a Lua de épocas passadas, quando nela haviahabitantes, animais e vegetação, que era a antiga Terra−Lua ouTerra−Mãe−Lua. E me mostrou rios, montanhas e grandes mares.Poderia me explicar como é possível se visitar outro planeta e emépocas tão remotas como essa?

Já vê você, distinto cavalheiro, o que é o desdobramento astral. A alma podese transportar a outros planetas e conhecer muitos mistérios. Você foi de fato,em alma ou em espírito, como queira, a esse satélite que resplandece nasnoites estreladas.

Certamente, lá encontrou meu espírito na citada ponte, porém o que você viu:a ponte, a vegetação, o rio, etc. pertence ao passado sumamente antigo,porque a Lua hoje é um cadáver. É bom que você saiba que os mundos, aspessoas, os vegetais e os animais nascem, crescem, envelhecem e morrem.em nome da verdade devo dizer−lhe que hoje a Lua é um cadáver.

Esse satélite teve vida abundante, passou por sua infância, por suajuventude, por sua maturidade, envelheceu e morreu.

A alma pode ver não somente o futuro e o presente, como também opassado. O que você viu corresponde exatamente àquela época passada emque a Lua teve rios caudalosos, mares profundos, vegetação exuberante,vulcões em erupção, vida vegetal, animal e humana.

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Quero que saiba, os selenitas existiram. A Lua teve sete raças humanasatravés de sucessivos períodos históricos. As primeiras raças foram degigantes e as últimas de liliputianos, isto é, pequeníssimos. As últimasfamílias humanas que viveram na Lua poderíamos catalogá−las como dehomens formigas. Não se espante com o que digo, isto sempre acontece emtodos os planetas. As primeiras raças são de gigantes e as últimasdemasiado pequenas. Felicito−o por ter recordado o que viu e ouviu na Lua.

Futuramente, os arqueólogos encontrarão debaixo do subsolo lunar ruínas decidades antiquíssimas. Você verá as notícias em todos os jornais.

Em julho de 1969, tendo a oportunidade de visitar um povoado doEstado de Hidalgo em companhia do Mestre Samael Aun Weor, suafamília, um amigo, um discípulo e um humilde criado, partimos deautomóvel em uma tarde muito chuvosa e algo fria. Seguíamos para umazona arqueológica e pensávamos que não ia ser possível visitar o lugarproposto, já que chovia forte na estrada e havia pouca visibilidade.

Percorremos assim quase todo o caminho e ao chegarmos vimos comsurpresa que o tempo melhorava no povoado para onde nós dirigíamos,enquanto que ao redor dele permanecia carregado de nuvens negras.

Pudemos visitar a zona arqueológica praticamente na sua totalidade. Emdado momento, notei que o Mestre fazia algumas concentraçõesinstantâneas e posteriormente comentou com sua esposa que apermissão já se havia terminado. A mim perguntou se me havia dadoconta do fenômeno produzido. Respondi afirmativamente, já que eraevidente que ele solicitara para que a chuva parasse. Então disse paraque subíssemos no carro e logo em seguida começou a chover acântaros. Poderia me explicar como foi possível aquele milagre?

Saiba que os quatro elementos (Terra, Fogo, Água e Ar) estão densamentepovoados por criaturas elementais da natureza. Pode ser que estranhe o queestou expondo, porém em todas as épocas da história existiram tradiçõessobre isso que se chama duendes, fadas, ninfas, nereidas, silfos, etc. Poissão esses os elementais e são assim chamados porque vivem noselementos. Os pigmeus, por exemplo, vivem entre as rochas da terra, assalamandras vivem no fogo, os silfos no ar e nas nuvens, por fim as nereidasna água.

As pessoas incrédulas não aceitam nada disto, mas penso que você seja umapessoa que tem fé, por isso com o maior prazer explico e respondo suapergunta. Por meio de certas fórmulas secretas, meu próprio espírito deuordens aos silfos que vivem nas nuvens para que as afastassem. Você nãodeve ignorar que as águas são manejadas pelas ondinas. Se os silfospromovem correntes psíquicas especiais, levam as nuvens, mexem−nas,

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afastam−nas do lugar e com elas vão também as ondinas. Por conseguinte,momentaneamente pode−se afastar a chuva. Porém, isto somente o fazemosnós, os Iniciados, em ocasiões especiais, porque do contrário seestabeleceria a desordem na natureza. Quando um Iniciado gnóstico realizaum milagre desses, o faz sempre com permissão dos Seres Superiores.

O milagre que você presenciou foi necessário, pois era preciso se estudaralguns monólitos de Tula, por certo bastante interessantes.

Em uma prática em que quis recordar minhas vidas passadas, tal comonos ensinou, trouxe as seguintes experiências:

Vi−me nas pirâmides de Teotituacán na época dos astecas, bem onde seencontra a Cidadela. Havia uma grande multidão que aclamava evociferava. Em toda a Avenida dos Mortos havia gente do povo,soldados e políticos ricamente adornados com penachos, braceletes,sandálias, ornamentos de ouro e pedrarias.

Por aquela avenida caminhávamos com as mãos e pescoços atados;éramos prisioneiros. Rodeados por vários soldados vestidos deCavaleiros Tigres e Cavaleiros Águias fomos levados ao pé da pirâmidedo Sol, onde ardia uma grande fogueira. Ao chegarmos à plataformacolocaram−nos em forma. Um sacerdote fez um sinal e todos secalaram. As chirimias e os teponaztlis começaram a soar e surgiramdonzelas bailando danças de uma faustosidade indescritível.Terminadas as danças, apareceram doze anciãos que compuseram umaespécie de corte marcial e nos julgaram. Posteriormente, vendaram−nosos olhos e fizeram−nos subir os degraus da pirâmide. Algunsresvalaram e caíram, já que escutavam o ruído e os gritos de dor.Lembro−me que sentia os degraus estreitos que mal davam para ametade do pé. Ao chegarmos à parte superior, houve invocações,orações e ofertórios. Depois, fomos sacrificados ao DeusHuichilopotxtli. Poderia explicar o que me aconteceu nessareencarnação ou retorno?

Em plena meditação, você quis recordar suas vidas passadas. Adormeceuum pouco e sua alma saiu do corpo de carne e osso. Depois vieram asdiversas cenas, lembranças de um passado. Convido−o a compreender quevocê viveu entre os astecas no antigo México. Viu como os delinqüentes eramjulgados e como eram depois sacrificados aos deuses. Portanto, nem todosos imolados no altar dos sacrifícios humanos foram vítimas inocentes. Saibapois que, no México pré−colombiano, havia sacrifícios humanos.

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11 − NEGÓCIOS

Senhor, tenho um negócio e ultimamente tenho atravessado umasituação econômica difícil. Meu estabelecimento vai mal, os clientes seretiram... Que devo fazer?

Antes de tudo, estimado amigo, devo dizer−lhe que precisa guardar 40 diasde castidade absoluta, pois entendo que você tem vivido uma vida muitoprofana, tem sido muito fornicário, gastando torpemente suas energiassexuais.

É indispensável, urgente, que compreenda a íntima relação existente entre aglândula pineal e os órgãos sexuais. Não se surpreenda com o que digo.Essa pequena glândula encontra−se situada na parte superior do cérebro.

Todo estudante gnóstico sabe muito bem que em nosso organismo temosestabelecido todo um sistema sem fim. O plexo solar, situado na região doumbigo, é a antena receptora ou telepática que capta as ondas mentais denossos amigos e inimigos e as transmiti à mente. A glândula pineal é o centroemissor do pensamento, transmitindo ondas às diversas pessoas e lugares.

É claro que os grandes comerciantes, os grandes líderes de todos os tempos,tiveram essa glândula bem desenvolvida. Quando se malgasta a energiasexual, a glândula pineal se debilita e se degenera. Já não podendo emitir asondas mentais com força, sobrevem o fracasso nos negócios.

Como você é um homem profano que nada sabe sobre os nossos estudosesotéricos, a única coisas que posso lhe aconselhar é que guarde pelo menos40 dias de castidade absoluta para acumular energia sexual e dar força àglândula pineal. Assim melhorará a sua situação econômica; fará uma trocafavorável. Ademais aconselho a levar enxofre nos sapatos. Não sesurpreenda! Lembre−se que as emanações etéricas do enxofre limparão asua atmosfera pessoal.

Você precisa saber que com a fornicação se formam muitas larvas invisíveisao seu redor, em sua aura. Delas existem múltiplas espécies. Com asemanações provindas do enxofre, essas asquerosas larvas se desintegram asua atmosfera clareia. Ademais, convém que limpe o ambiente onde tem oseu negócio. Faça queimações de enxofre por uns nove dias. Depois façaqueimações com açúcar para adoçar o ambiente e para torná−lo agradáveltambém por nove dias.

Estamos falando de ocultismo e penso que você me compreendeu. Já queprecisa melhorar seu negócio.

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Poderia me dizer o que devo fazer para prosperar? Vendo artigos nointerior sem ter negócio estabelecido. Há meses que não consigo cobrarnada.

Compreendo a sua situação, meu amigo. Com toda a sinceridade quero lhedizer que quando alguém segue exatamente os dez mandamentos da lei deDeus, quando reza diariamente ao Pai Secreto, a sua situação só podemelhorar. O Pai lhe dá tudo e nada lhe fará falta. Mas quando alguém secomporta mal, quando não cumpre os dez mandamentos, quando não seentrega ao Pai, então Ele se ausenta e você cai em desgraça.

Siga meus conselhos. Faça muitas obras de caridade. Guarde castidade.Banhe−se com ervas aromáticas, tais como menta, camomila, eucalipto,nogueira, etc. Use estas plantas por 40 dias em seu banho diário e faça obrasde caridade às toneladas. Somente assim melhorará a sua situaçãoeconômica.

Porém, o que você entende por castidade?

Meu amigo, não vou explicar−lhe o Arcano AZF de nossos estudos gnósticosporque não entenderia. Este livro é tão somente uma cartilha elementar paraquem jamais estudou nossas obras. Limitar−me−ei unicamente a repetir paraque guarde 40 dias de abstenção sexual em pensamento, palavra e obra; issoé tudo. Se você quiser se aprofundar em nossos estudos, leia nossos livrosmais avançados.

Poderia me explicar que obras de caridade posso fazer?

Saiba que obras de caridade são as obras de misericórdia: dar a comer aofaminto, dar de beber ao sedento, vestir o desnudo, ensinar o que não sabe,curar os enfermos etc.

Poderia me dizer quando devo fazer uma obra de caridade, quando nãoe a quem?

Ninguém é juiz para julgar, ademais a caridade não precisa de juiz. Isto fazparte do bom senso. Dar de comer ao faminto e algo bastante humanoporque até aos presos se lhes dá de comer, senão morreriam de fome. Darde beber ao sedento é algo lógico, já que seria demasiado cruel se negar umcopo com água com alguém com sede. Presentear com uma camisa o mal

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vestido é natural, consolar um aflito é humano; para isso não se precisa dejuizes. Contudo seria absurdo dar−se álcool a um bêbado ou emprestararmas a um assassino. Amor é lei, porém amor consciente.

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12 − ASSUNTOS DE AMORES

Quero pedir−lhe um favor. Acontece que meu marido separou−se demim por causa de outra mulher. Sofro o indizível e não sei o que fazer.Como você conhece as ciências ocultas, parece−me que poderia ajeitara minha situação. Sei que dispõe de força mental maravilhosa e quepode dominar a mente alheia, sugestionar o ser amado e pô−lo aosmeus pés através da magia. Que preço cobraria você pelo trabalho?Poderia pagar−lhe o que quisesse.

Creio que a senhora se equivocou. Não sou mago negro. Utilizar as forças damente para subjugar os outros, para escravizá−los, para obrigá−los, éviolência e todo ato violento é magia negra. Cada um vive sua vida e ninguémtem o direito de intervir nos assuntos alheios. É absurdo querer dominar osoutros. Quando será que as pessoas aprenderão a respeitar o livre arbítriodos demais? Crê você por acaso que se pode obrigar impunemente alguém aamar os demais à força? É necessário que saiba que esse tipo de ações demagia negra se paga com castigos muito fortes. Os Anjos do Destino nãoestão dispostos a perdoar semelhante delito. Se você continuar por essecaminho receberá seu castigo.

No mundo, existe muita gente dedicada à bruxaria, à feitiçaria e à magianegra. Milhares de feiticeiros vivem desse negócio sujo e é claro que taispessoas não progridem porque a magia negra só traz miséria, fome, nudez esuprema dor.

O Castigo das pessoas que se dedicam à feitiçaria pode atingir tambémseus filhos?

O ambiente dos magos negros costuma ser desastroso. Os filhos dessestenebrosos também são tenebrosos. É normal que as almas perdidasbusquem progenitores ou pais terrenos que sejam magos negros. Não é dese estranhar que os filhos dos perversos também sejam perversos e caiam nadesgraça.

É lamentável que as pessoas não entendam que o livre arbítrio dos demaistenha de ser respeitado. Sempre existe a tendência nefasta de dominar osoutros à força, de querer impor idéias ao próximo, de tentar obrigar osemelhante a fazer o que nos dá na cabeça. Tudo isso se paga muito caro:lágrimas, miséria e suprema dor.

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Por que os magos negros acham que estão fazendo um bem àhumanidade, pois crêem que mesmo cobrando estão ajudando aspessoas a resolver seus problemas?

Quero dizer−lhe que a lógica do absurdo existe. Para os tenebrosos o brancoé negro e vice−versa. Recorde que o caminho que conduz ao abismo estáempedrado de boas intenções.

Constantemente, chegam−me cartas de todas as partes solicitando este tipode serviço. Realmente, a humanidade causa pena. Alguém está entregandouma mensagem divina às pessoas e ao invés de se preocuparem com oestudo de tal mensagem, a única coisa que lhes ocorre é escrever dizem quepara que lhes recupere seus maridos, para que domine a mente da mulherdesejada ou ainda para que me meta no pensamento alheio com o propósitode que fulano pague tanto a beltrano, etc. Verdadeiramente, tudo isso mecausa profundo desgosto. Não escrevem para pedir orientação esotérica,para esclarecer ensinamentos, mas para que domine os demais ao seu gosto.Eis o estado em que se encontra a humanidade. Nestas condições, prefiroque não me escrevam porque só me preocupo em ensinar, em mostrar ocaminho da libertação, em indicar a meta que conduz à verdadeira felicidadede espírito. Infelizmente, as multidões não querem saber disso. Há pessoasque têm o poder de sugestão mental em alta cotação. Cobram tantos pesosou tantos dólares por cada sugestão e outros tantos para por um espírito(como dizem os pseudo−espiritualistas) à disposição para que faça o seradorado ou amado deixar a outra pessoa em cujos braços dorme e voltarchorando para casa, etc.

Todos esses negócios sujos pertencem ao abismo, aos tenebrosos. Aquelesque exercem tais afazeres, de boa ou má fé, entrarão inevitavelmente noabismo, onde apenas se ouve o prato e o ranger de dentes.

Eu sou cartomante e posso jurar que digo a verdade às pessoas.Ajudo−as em seus problemas, ainda que lhes cobre, enfim esta é aminha maneira de viver. Crê você que esteja agindo bem?

Horrível maneira de viver tem você. De fato, és uma adivinha, uma feiticeira.Acreditas por acaso que com o diabo metido no meio do negócio, no próprioreino do coração , pode−se dizer a verdade? Você bem sabe e de uma vezpor todas convém que não mais ignore que leva no fundo do seu coração oEu Pecador dos mortais, o próprio Satã. Pode porventura estar iluminada umapessoa que não chegou à santidade? O fato mesmo de cobrar por predicar ouadivinhar já é um delito. Você pensa que age bem, porém não estranhe, noabismo vivem muitos anacoretas, penitentes, feiticeiros, bruxos, adivinhos,que se imaginam mártires e que também julgam estarem indo muito bem.

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Então poderá dizer−me se meus filhos, a quem ensinei minhas crenças,também vão mal?

Tratando−se de crendices sobre lançar sorte, adivinhar fatos etc., tenho delhe dizer que vão mal. Repito, não é possível conhecer o destino dos demaisse não conhecemos o nosso próprio destino, se antes não chegamos aodespertar da consciência. Semelhante despertar resulta impossível se antesnão morremos o Eu Pecador.

Apesar de haver estudado em escolas esotéricas muitos anos e de mehaver abstido do sexo, sendo casada, crê você que não haja salvaçãopara mim?

O que sei é que você vai muito mal. É casada e rechaçou ao Consolador deque nos falara Jesus Cristo. Refiro−me ao Espírito Santo. De fato, o EspíritoSanto está no sexo. Sabendo−se manejá−lo, atinge−se a iluminação, masvocê o odeia e nem sequer cumpre seus deveres sexuais com seu marido.Ainda acha que vai indo bem? Recebeu informação de cunho ocultista oupseudo−ocultista, mas nada realizou. O Eu Pecador está muito vivo em você.Reconheça−o, arrependa−se, estude nossos livros.

Faço trabalhos de todo tipo. Arrumo maridos alheios, faço vir gente à força,etc... e estou muito bem economicamente, já que ganho muito dinheiros. Queteria a declarar a respeito?

A miséria no seu caso virá um pouco mais tarde, nesse ínterim, contente−secom os sofrimentos morais que tem e que não são por certo muitoagradáveis. Lembre−se que tem um filho enfermo, atacado de epilepsia.Semelhantes enfermos são na realidade possessos do demônio. Não oentende? Não quer entender? A sorte que a aguarda é o abismo e a SegundaMorte.

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13 − FEITIÇARIAS

Por ser aniversário de minha irmã, fui até sua casa, onde não ia hábastante tempo, já que ela somente aparecia por lá de oito em oito dias.Chegando lá, encontrei−a bastante enferma sem saberem os médicos oque tinha. Ela me explicou que se sentia assim de noite e não podiadormir por falta de respiração. Fazia já algum tempo que isso ocorria.Disse−me também que quando queria ler certo livro esotérico que lhehavia emprestado, punha−se tão mal que não conseguia lê−lo, a não serque o invocasse e fizesse a Conjuração dos Sete que eu tinha lhe dado.

Vendo−a tão enferma, nasceu do meu coração o ímpeto de tomar doisovos e de limpá−la com eles. Enquanto assim agia, recitava aConjuração dos Sete que você nos tinha ensinado. Em poucos minutos,ela sentiu−se melhor e pode respirar perfeitamente., Desejo que me digase agi direito e a que se deveu essa enfermidade?

Não há dúvida que os tenebrosos sabem atacar as pessoas que buscam osendeiro da luz. As potências das trevas vivem no mundo invisível. Elasvigiam e quando vêem que uma alma tenta escapar de suas garras fazem detudo para desviá−la, para afastá−la do caminho luminoso. Você agiu muitobem curando a sua irmã. Não resta dúvida que o ovo, usado da maneira quevocê usou, possui certo poder mágico maravilhoso que permite a eliminaçãode certas larvas e fluídos malignos que se acumulam na atmosfera daspessoas, ocasionando diversos mal−estares.

As pessoas que lêem estas linhas precisam conhecer a Conjuração dos Setedo sábio Salomão. Este conjuro afugentou os tenebrosos que atacavam suairmã. É bom que se aprenda de memória esta conjuração a fim de se usá−lano momento em que dela se precisar. Tomem nota deste conjuro quetextualmente diz o seguinte:

CONJURAÇÃO DOS SETE

Em nome de Michael, que Jeová te mande e te afaste daqui, Chavajoth!

Em nome de Gabriel, que Adonai te mande e te afaste daqui, Bael!

Em nome de Rafael, desaparece ante Elial, Samgabiel!

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Por Samael Sabaoth e em nome de Elohim Gibor, afasta−te Andramelek!

Por Zachariel e Sachiel Meleck, obedece ante Elvah, Sanagabril!

No nome divino e humano de Schaddai e pelo signo do Pentagrama quetenho na mão direita! Em nome do anjo Anael! Pelo poder de Adão e Eva,que são Jot−chavah, retira−te Lilith! Deixa−nos em paz, Nahemah!

Pelos santos Elohim e em nome dos gênios Cashiel, Sehaltiel, Aphiel eZarahiel, ao mandato de Orifiel, retira−te Moloch! Nós não te daremos nossosfilhos para que os devores!

Outro dia, voltei à sua casa com outro irmão gnóstico. Como a encontreimuito sombria, juntos queimamos enxofre, incenso e mirra por toda acasa. Pusemos o pentagrama esotérico que você havia magnetizado efizemos cadeias chamando a todos os Mestres da Fraternidade Brancapara que nos ajudassem. Fiz bem?

As queimações são úteis para limpar a atmosfera das casas. O enxofre, porexemplo, desintegra larvas; os outros há que se saber usá−los. Você deviaqueimar o enxofre por uns nove dias seguidos para purificar a atmosfera dacasa, limpando−a das larvas astrais. Depois, continuar com os outrosperfumes porque o incenso e a mirra são úteis, mas não se misturam com oenxofre; são incompatíveis.

O conde Cagliosto invocava os quatro Santos ou os quatro Anjos que,situados nos quatro pontos cardeais da terra, governam o destino dos sereshumanos. Não há dúvida que o conde Cagliostro usava também asqueimações para isso. Oferecia louro ao gênio da luz que vive no oriente,murta ao anjo do ocidente, incenso ao rei do norte e mirra ao rei do sul. Emum caso grave, pode−se invocar estes quatro Santos, oferecendo−lhe seusperfumes correspondentes e pedindo−lhes de coração a ajuda almejada.

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14 − MEDICINA OCULTA

Mestre, que me diz você sob as curas à distância?

Constantemente, chegam−me cartas de diversos lugares do mundosolicitando tais curas. Nós nos limitamos à medicina espiritual, indicamos ahora precisa em que podem nos invocar, isto é, em que podem,concentrados, pensar em nós. É claro que nós assistimos aos enfermosespiritualmente e algumas vezes até nos fazemos visíveis diante deles.

Comumente, instruímos no sentido de que acendam três fogos emdeterminada e conveniente hora. Aconselhamos a por um copo com águadiante desses três fogos. Insinuamos ainda que, depois de uma meia hora deconcentração em nós, bebam tal água. É justamente nessa água quedepositamos certas substâncias que ao serem levadas ao interior doorganismo costumam realizar curas maravilhosas.

Nos trabalhos de cura, cooperam vários Mestres tais como Paracelso,Hilarion, São Rafael e outros mais. Nem sempre indicamos a concentraçãoespecífica em Samael. Eu tenho muito trabalho. Indicamos também qualqueroutro dos Mestres da Medicina. Indicamos também os enfermos tenham féporque esta produz milagres. O Cristo já disse: Tende fé como um grão demostarda e movereis montanhas. A fé é um maravilhoso poder solar com oqual podem ser realizados muitos prodígios. Nosso sistema de cura espiritualnão causa briga com os doutores, cada um pode ter fé em nossos métodos econsultar no mundo o seu médico.

Quaisquer enfermos podem ser curados através desses métodos?

Os Mestres da ciência curam o corpo vital, medicam−no e o resultado maistarde é a cura do organismo físico. Sem dúvida há enfermidades Cármicasmuito graves, resultado de más ações, cometidas em vidas anteriores.Quando o castigo é muito severo, a cura torna−se impossível, porém osMestres da Medicina assistem e tratam de aliviar o paciente.

Pode haver cura sem que haja necessidade da atenção médica?

Quando a pessoa não deve um carma muito grave, os Mestres da ciênciapodem curar o enfermo, ainda que ele não consulte doutor nenhum.

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Todas as enfermidades são cármicas?

Não há necessidade de se exagerar as coisas, cara senhorita. Nem todas asenfermidades são de origem cármica, por isso muitos pacientes saramrapidamente com nossos procedimentos psíquicos ou espirituais.

Poderá dizer−me se existe a enfermidade do mau−olhado?

Tenho de dizer−lhe que nas cidades morrem milhares de crianças devido aomau−olhado. Acontece que nos países supercivilizados, as pessoas nãoacreditam em tal doença e por isso a mortandade aumente de maneira geral.Qualquer pessoa com força hipnótica inconsciente, ao olhar um menino, fereviolentamente seu corpo vital e o resultado não se faz muito esperar. Emseguida surge na vítima grandes olheiras, vômito, febre, diarréia, etc. Osmédicos costumam diagnosticar infecção intestinal e receitam muitosantibióticos, xaropes, etc. No entanto, as crianças ao invés de melhorarpioram e morrem.

Que se pode fazer são fortes passes magnéticos, de baixo para cima, sobre orosto e pálpebras do menino com o firme propósito de eliminar os fluídosvitais tenebrosos. Convém acender um fogo, vela ou chama e ler às criançasa Conjuração dos Sete do sábio Salomão tal como está escrita neste livro.Deve−se também benzer o menino enfermo na fronte, no peito, sobre acabeça e nas espáduas, enquanto se lê os quatro evangelhos.

Ler os quatro evangelhos é muito comprido, não se poderia abreviaralguma coisa?

Sim, senhorita. Podem ser lidas as bem−aventuranças com verdadeira fépara lançar um fluído curativo suficientemente forte que desaloje os mausfluídos acumulados no organismo do enfermo. Assim deverá se curar.

Existe então enfermidades causadas por feitiçaria?

O mundo está cheio disso, distinta senhorita. Posso citar inúmeros casos,mas antes de tudo quero dizer−lhe que a primeira coisa que se necessita é odiagnóstico exato; somente assim se atinge a cura.

Infelizmente, são muito raros os curadores que sabem diagnosticar deverdade uma doença ocasionada por feitiçaria. Vou citar um caso especialrelatado pelo sábio Waldemar. Segue entre aspas porque não me agrada seradornado com plumas alheias, mas como é realmente um caso sensacional,

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é bom que nossos leitores o conheçam:

Um dos casos mais interessantes de ciúmes vampirescos o experimentou oinvestigador e ocultista francês Eliphas Levi (abade Constant).

Durante sua permanência em Londres, Eliphas Levi travou amizade com umjovem duque, cuja casa visitava quase que diariamente. Fazia pouco tempoque o duque tinha se casado com uma jovem princesa francesa deextraordinária beleza, contudo o fizera contra a vontade de sua famíliaprotestante, já que a jovem era católica praticante. O duque, como ocomprovou Levi, tinha levado durante muitos anos uma vida um tanto frívola,para não dizer libertina, tendo por amante durante muito tempo uma jovemitaliana, bailarina de balé. No fim a abandonou já que na realidade amavaapenas a sua esposa.

Certa tarde, enfermou a duquesa, motivo que a levou a acamar−se. Osmédicos diagnosticaram um princípio de gravidez, porém logo ficoudemonstrado que a sua debilidade devia ter outra causa. Apesar de o duquehaver consultado os mais famosos médicos de Londres, eles viram−se diantede um enigma. Foram empregados os mais diferentes remédios sem êxitoalgum. Freqüentava o palácio do duque também um velho abade francês queconhecia a princesa já de Paris. Esse ancião agradou−se de conversar comEliphas Levi especialmente de problemas metafísicos, pois ele também seinteressava sobre o tema há décadas e não apenas teoricamente.

Certa noite ficaram a sós no salão, pois o duque preocupado se fora para oquarto para ficar ao lado de sua esposa enferma. Era uma noite fria e úmida.Fora, a célebre névoa londrina ondulava empanando a luz dos lampiões. Derepente, o abade agarrou uma das mãos de Levi e disse com voz baixa:“Escute, querido amigo, desejaria falar de algo com você. Posso confiar comsua inteira descrição?”. Levi respondeu afirmativamente e o abadeprosseguiu: “Tenho todos os motivos para supor que a doença da duquesanão é natural. Conheço a Mildred desde pequena e sempre foi uma garotamais saudável do que se possa imaginar. Agora, torna−se lânguida e sedebilita dia−a−dia; parece−me que está sendo dessangradamisteriosamente”.

“Acredita você que se ache sob o influxo de algum poder obscuro? Que estáem jogo algum sortilégio?” perguntou Levi. “Posso confiar e muito em minhavoz interna e por isso quase me atreveria a dizer que nessa enfermidade háalgo que não vai como deve. Queres ajudar−me a romper o encantamento.”“Com muito prazer”, respondeu Levi. “Bem, em tal caso não devemos perdermais tempo. Agradeceria que meia hora antes da meia−noite viesse ao meudomicílio para uma conjuração conjunta. Tentarei interpelar o podertenebroso. Caso nos chegue uma resposta do além ...” Depois destaconversação, Eliphas Levi tomou um coche e rapidamente transladou−separa sua residência, onde se lavou, se enfeitou e mudou de roupa dascabeças aos pés, pois os espíritos da zona média, que era os que o abade

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pretendia invocar, exigiam de seus conjuradores a mais escrupulosa limpeza.Também o traje devia estar de acordo com sua natureza; não suportavamnenhum tecido animal pelo que ficavam descartados os de lã, assim como ossapatos de couro ou de qualquer pele.

Como a casa do abade situava−se no nordeste, em Hampstead Heath, eEliphas Levi vivia na praça Russel, ou seja, que era considerável a distânciaentre ambos lugares, Eliphas Levi teve de fazer seu exigente asseio comcerta pressa, uma vez que queria estar lá no horário combinado. Unsquarenta minutos antes da meia−noite chegou a Hampstead Heath. O abadeem pessoa, todo de branco, abriu−lhe a porta e o conduziu por uma elevadaescalinata a um aposento que se achava em um extremo do corredor doprimeiro piso. Os olhos de Eliphas Levi tiveram primeiro de acostumar−secom a obscuridade: chamazinhas azuladas e trêmulas queimavam umincenso que cheirava a âmbar e a almíscar.

Nessa luz incerta, Eliphas observou uma grande mesa circular que seencontrava no centro da habitação e plantado sobre ela o crucifixo invertido,símbolo do falo. Junto à mesa estava um homenzinho delgado. O abadecomentou: “É meu criado. Você já sabe que é indispensável a cifra de trêspara estas conjurações. Começa você com a primeira invocação”. Esteconvite da parte do abade era mais que uma cortesia, pois as potências dazona média poderiam enojar−se e vingar−se sobre o dono da casa,causando−lhe até a morte, caso permitisse rebaixar a harmonia de sua esferapor um intruso incompetente. Ceder pois a invocação ao amigo era mostra deque considerava a Eliphas como mestre de primeira categoria na magia. Talsuposição era em verdade justificada. Se alguém podia executar com êxito,com gesto desembaraçado e sem temor, com coração puro e uma vontadefortalecida por numerosas provas, as cerimônias milenares da sagrada magia,era este homem. Ele exercia no reino dos espíritos tanto domínio quanto nomundo das criaturas encarnadas e adeptos.

Entre o véu de fumo, Eliphas estendeu a mão instintivamente à esquerda. Ládevia estar o recipiente com água benta que devia ter sido recolhida em umanoite de plenilúnio de uma cisterna, velando−se e orando−se sobre eladurante vinte e uma noites. Em seguida, fez uma aspersão pelos quatroângulos da habitação. O abade fazia às vezes de acólito e movimentava oincensário ondulatoriamente. No fumo, começaram a formar−se figurasestranhas e, ao mesmo tempo, pareceu−lhes que um frio, gelado, brotava dochão e chegava−lhe até a ponta dos cabelos, dificultando−lhes a respiração.Eliphas Levi proferiu agora com mais força as palavras de invocação.Subitamente, as paredes do quarto pareceram retirar−se como se um abismoinfinito e astral se abrisse na frente deles, ameaçando engoli−los. Brilharamos esplendores de uma cintilantes luminosidade e os olhos se cobriram paranão ofender o espírito invocado com um olhar indiscreto.

Com régia voz, Levi perguntou a causa da enfermidade da duquesa Mildred.Não recebeu resposta. As emanações de fumo ficaram espessas de tal modo

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que ameaçaram sufocar os sentidos. Precipitando−se rumo à janela, Eliphasouviu subitamente uma voz, a qual ainda que forte e retumbante parecia sairdo mais profundo de si mesmo e encher todo o espaço de sua alma. O que avoz lhe gritou era tão espantoso que suas pernas se negaram a mover−se eficou como que petrificado no mesmo lugar onde se encontrava. Agora foi avez do abade se precipitar para junto da janela, porém suas mãos trêmulas,sem forças, não conseguiram abri−la. O criado que assistira passivamente ainvocação jazia desmaiado no chão. Por fim, Eliphas saiu de sua paralisia erompeu o cristal com o crucifixo, absorvendo o ar fresco da noite com fruiçãoem companhia do abade, especialmente ele que banhava por assim dizer,sua cabeça febril na névoa úmida. Por todos seus nervos corria a espantosaacusação que o misterioso espírito havia lançado com clareza inequívocacontra ele. Quando por fim se recobrou, voltou para o quarto. O fumo tinha sedissolvido, mas a lamparina seguia ardendo tenuemente. O abade,palidíssimo, contemplava a Eliphas com os olhos dilatados e balbuciou: “Vocêé realmente culpado, meu amigo? Não posso acreditar!”.

“Você também ouviu a resposta do espírito?”, perguntou Levi. O abade deixoucair a cabeça, como que oprimido, num gesto de concordância. “Sim...”,sussurrou apenas perceptivelmente. Levi se manifestou com veemência:“Juro−lhe que tomei o símbolo com mãos puras e que em minha vida jamaiscometi um crime. Juro−lhe que não estou manchado de sangue”. Ao dizeressas palavras, aproximou−se mais da lâmpada de maneira que o brilho delacaiu em cheio sobre ele. Espantado, o abade apontou com o dedo amandíbula e a peiteira da camisa de Eliphas. “Aí, olhe você mesmo noespelho...”, disse tomando a mão do amigo e conduzindo−o a um grandeespelho de parede que pendia no quarto contíguo. Ali, comprovou Eliphas umcorte em sua barba com umas gotinhas de sangue; também em sua camisaapareciam outras gotinhas. Devia ter se cortado ao fazer apressadamente abarba... Assim, a resposta do espírito explicava−se perfeitamente: “Eu nãofalo com alguém manchado de sangue”.

Levi sentiu seu coração se aliviar de um enorme peso, não obstante o abadeparecia mais acabrunhado e tinha se deixado cair sobre um sofá, contraía osombros convulsivamente e escondia o rosto com as mãos, Levi tentouacalmar o ancião, porém ele o rechaçou dizendo: “Trata−se da pobre Mildred,cada hora consome sua vida. Não fosse por isso, poderíamos invocar oespírito de novo em três vezes 21 dias, com as devidas oferendas e orações... porém o tempo é demasiado, nesse ínterim Mildred morrerá”. Levi nãosoube o que responder e fechou−se em um denso silêncio que obrigou oabade a levantar−se e a andar com passos vacilantes de um lado a outro dasala: “Custe o que custar, devo obter uma resposta... a qualquer preço.Prometa, meu amigo, que não me abandonará!. Uma vigorosa determinaçãolia−se na mirada do ancião e para tranqüilizá−lo Eliphas respondeu: “Dou−lhea minha palavra. Ponho−me a sua disposição como mago. Como o objetivoainda não foi alcançado, mantenho a palavra dada”. “Então, permaneça aqui,dentro de 12 horas efetuaremos outra conjuração; invocaremos os espíritosda zona baixa”, disse o abade. Eliphas sobressaltou−se. Teria o velho ficado

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louco? “Você... o que? Você? ... um filho da Igreja quer entrar em contato comos espíritos infernais? Não, isso não está sequer na intenção da devotaduquesa. Renuncie a isso, não arrisque sua alma”.

É ostensível que invocar demônio é magia negra. Resulta claro que a magianegra traz fome, nudez, enfermidades e calamidades físicas e morais.

Havia tal glacial decisão nas palavras e gestos do abade que Eliphas sentiuque toda réplica seria vã. Contra sua vontade, mais por lealdade à palavradada, aceitou a solicitação do amigo. Ficou como hóspede na casa. Depoisda extraordinariamente fatigante e tensa conjuração anterior, dormiu tãoprofunda e pesadamente que despertou tarde de manhã.

O dia foi passado com as devidas purificações e orações. De noite, Eliphasrecebeu a roupa apropriada para o serviço com o diabo, bem como os demaisrequisitos. Como já manifestara antes, o abade não tomaria parte ativa nainvocação. Somente o assistiria como acólito, mas mesmo assim vestiu−secom a roupagem prescrita.

O que aconteceu após é algo que francamente e de maneira alguma querotranscrever porque há responsabilidades na palavra. Neste caso é preferívelcalar porque o silêncio é a eloquência da sabedoria. É notório que se alguémtranscreve parágrafos tenebrosos, converte−se em cúmplice do delito. Isto ésemelhante a ensinar magia negra às pessoas. Felizmente, os invocadoresdo presente relato não conseguiram tornar visíveis e tangíveis os demôniosinvocados. A única coisa que conseguiram foi fazer brotar de uma paredeuma salamandra, pequena e inocente criatura do fogo.

O abade, fazendo provisão de todas suas forças, perguntou pela doença daduquesa. “Batráquios” falou a salamandra com voz infantil e no mesmoinstante desapareceu. Eliphas viu então como o abade cambaleava edesabava no chão. Imediatamente tomou nos braços seu magro corpo e olevou para o dormitório, onde despindo o ancião o pôs na cama, indo logobuscar o criado para que trouxesse algum reconstituinte. Ao voltar, encontrouo abade completamente restabelecido, mas sua aparência era a de umhomem abatido, parecia haver envelhecido muitos anos.

Obviamente, o abade estava fazendo esforços sobre−humanos para salvar aduquesa.

“Tudo inútil, a pobre Mildred haverá de morrer. Minha alma ..., ó minha alma...que quer dizer batráquios?”, exclamava com voz febril. “Apenas sei que éuma palavra grega que significa rãs”, respondeu Eliphas.

O criado não tardou a chegar com vinho e biscoitos, porém o abade repeliutodo alimento. Eliphas tomou um pouco e tentou arrancar o amigo de suadesesperada letargia, mas foi inútil sua pretensão em reanimá−lo. Com ocoração oprimido retirou−se para sua moradia. No dia seguinte, informou−se

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sobre como estavam o abade e a duquesa. Mildred ia cada vez pior. Seumédico de cabeceira dava por certo seu óbito. Também o abade achava−seem estado grave. Negava qualquer alimento e inicialmente não respondeu asperguntas do amigo, depois manifestou sua intenção de por fim aos seus diasmediante a inanição. Profundamente entristecido, Levi despediu−se,preocupando−se muito com as trágicas conseqüências do pecaminosoconjuro. Durante as duas tardes seguintes, afundou−se outra vez nos seuscostumeiros estudos e enquanto lia o Enquiridion de Leão III deteve−se noponto no qual, através da chave de Trithenus, se decifrava do esotérico ecabalístico escrito o seguinte: “Um apreciável encantamento maléfico é o darã”.

Abstemo−nos de entregar a fórmula secreta do sapo para não dar armas aosperversos criminosos da magia negra.

Como um relâmpago, o trecho atravessou a mente de Eliphas. Sem fechar olivro pôs o sobretudo e lançou−se através das ruas de Londres que iamsumindo no crepúsculo vesperal. Por fim, achou uma carruagem epareceu−lhe insuportável e longo o tempo que levou para chegar ao paláciodo duque. Rostos chorosos o receberam. Informaram−lhe: “... a duquesa estáem agonia. Já estão administrando−lhe os últimos sacramentos...”

“Eu posso salvá−la”, exclamou Eliphas e afastando os espantados criadosprecipitou−se em direção ao quarto de Mildred, onde achou o duque. Com arespiração ofegante, suplicou−lhe: “Você me conhece o suficiente para saberque sou de confiança. Creia−me pois que não se perdeu toda a esperança.Enquanto a duquesa viver não há porque se desesperar. Rogo que me deixea sós com ela e pelo amor de Deus não me pergunte nada ... tenha confiançaem mim”. Ainda que atônito e confuso ao extremo, o duque acedeu ao desejode Eliphas pedindo aos presentes: um médico, um sacerdote e uma donzelade companhia, que abandonassem a paciente. Uma vez só, Levi fechou aporta atrás de si e se aproximou do leito da princesa. “Era o que supunha”,murmuro ao ver Mildred sumida em uma espécie de catalepsia com os olhosbrancos. Seus lábios estavam roxos e respirava com suave estertor.

Imediatamente Levi pôs mãos à obra e começou a levantar o assoalho dasoleira da porta, porém a madeira resistiu aos seus trêmulos dedos. Sacousua navalha de bolso, cuja folha se rompeu no frenético intento. Finalmente ecom força desesperada conseguiu levantar o sarrafo. Sangravam−lhe osdedos e seu esforço tinha sido baldio... Nada estava oculto ali. Levantou ostapetes... tampouco. Tornou a olhar a duquesa que respirava com dificuldade.Reparou que sua mão esquerda pendia singularmente contraída para umlado. “A cama”, pensou e com a certeza de agora procurar no lugar certo,levantou a enferma de seu leito e a depositou tão suave quanto pode sobreum sofá que estava contra a parede. Dedicou−se a seguir com uma crescenteexcitação a revolver cobertores e almofadas, mas nada ... nada de novo.

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Tirou o colchão e o desfez, tateou, apalpou, remexeu sua crina... e... seusdedos tropeçaram com um objeto mole, esponjoso, agarrou−o e retirou−o.Com efeito era aquilo que buscava... precipitou−se para fora do quarto.Provou ao duque em breve explicação o problema e este colocou à suadisposição uma carruagem que o transportou com a maior rapidez a suacasa.

Chegando lá, pôs se a executar uma nova tarefa, a de queimar em chamasde pez e enxofre a besta dos infernos, seguindo ao pé da letra a prescriçãodo Enquiridion.

Abriu a janela do quarto para o mau cheiro sumir dele. Oprimido por umenorme cansaço, lançou−se vestido como estava na cama e num instantesumiu em profundo sono.

No dia seguinte, foi recebido como um salvador no palácio do duque. Demaneira de causar pasmo e absolutamente incompreensível para os médicos,o estado de saúde da jovem duquesa havia melhorado a tal ponto que sepodia falar de uma franca superação da crise. A própria Londres, no dia 28 deoutubro de 1865, impressionou−se com a sensacional notícia de que a Divado balé, Maria Bertin, tinha falecido repentinamente sem enfermidade alguma.Esta não foi a única notícia. Poucas horas depois era também arrebatadapela morte uma parente próxima do duque, uma velha solteirona que tinhasido apaixonada inimiga de Mildred e que em vão tentara impedir omatrimônio do duque com a princesa católica.

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