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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA JOSIANE DA SILVA LIMA O MEIO COMO CAMPO DE APRENDIZAGEM: UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA COM O PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DE SANTO ANTÔNIO, RN NATAL/RN 2017

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Page 1: O MEIO COMO CAMPO DE APRENDIZAGEM: UMA EXPERIÊNCIA ... · Prof. Dr. Pablo Sebastian Moreira Fernandez ... 3.3.6 Sexta Situação de Aprendizagem ... Coordenado pela professora Rosa

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO

CURSO DE PEDAGOGIA

JOSIANE DA SILVA LIMA

O MEIO COMO CAMPO DE APRENDIZAGEM:

UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA COM O PATRIMÔNIO

HISTÓRICO E CULTURAL DE SANTO ANTÔNIO, RN

NATAL/RN

2017

Page 2: O MEIO COMO CAMPO DE APRENDIZAGEM: UMA EXPERIÊNCIA ... · Prof. Dr. Pablo Sebastian Moreira Fernandez ... 3.3.6 Sexta Situação de Aprendizagem ... Coordenado pela professora Rosa

JOSIANE DA SILVA LIMA

O MEIO COMO CAMPO DE APRENDIZAGEM:

UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA COM O PATRIMÔNIO

HISTÓRICO E CULTURAL DE SANTO ANTÔNIO/RN

Trabalho de Conclusão de Curso, modalidade

Relatório de Práticas Educativas, apresentado ao

Curso de Pedagogia, Presencial Natal, da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como requisito parcial para obtenção do grau de

licenciatura plena em Pedagogia.

Orientador: Prof. Dr. João Maria Valença de

Andrade.

NATAL/RN

2017

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JOSIANE DA SILVA LIMA

O MEIO COMO CAMPO DE APRENDIZAGEM:

UMA EXPERIÊNCIA PEDAGÓGICA COM O PATRIMÔNIO

HISTÓRICO E CULTURAL DE SANTO ANTÔNIO/RN

Trabalho de Conclusão de Curso, modalidade

Relatório de Práticas Educativas, apresentado ao

Curso de Pedagogia, Presencial Natal, da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como requisito parcial para obtenção do grau de

licenciatura plena em Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________________

Prof. Dr. Azemar dos Santo Soares Júnior

Departamento de Práticas Educacionais e Currículo - UFRN

______________________________________________________________________

Prof. Dr. Pablo Sebastian Moreira Fernandez

Departamento de Fundamentos e Políticas da Educação - UFRN

______________________________________________________________________

Prof. Dr. João Maria Valença de Andrade

Departamento de Práticas Educacionais e Currículo - UFRN

(Orientador)

Aprovado em Natal, RN, em 26 de junho de 2017.

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Dedico este trabalho à memória de meu pai José

Arnoud da Silva, por ter sido meu grande

incentivador e por ter me ensinado a não desistir

dos meus sonhos e, também, aos alunos da Escola

Estadual Doutor Manoel Dantas por terem

contribuído de forma fundamental para a

realização deste.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço à minha mãe, Zuleide Tomas Silva De Lima, que ao lado dos

meus irmãos, dedicou todos os esforços necessários para eu chegar aonde cheguei; agradeço

pelos ensinamentos que tanto ela quanto meus irmãos me deram, pois eles me ajudaram a

alcançar a conclusão dessa etapa da minha caminhada como educadora.

Ao meu orientador, João Maria Valença de Andrade, pois suas aulas despertaram em

mim o encantamento pelo tema estudado, agradeço pela paciência, dedicação e ensinamentos

me possibilitaram a realização deste trabalho.

À Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN, Centro de Educação-CE, ao

Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID, ao Centro de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, ao Programa de Extensão Trilhas

Potiguares, corpo docente que me proporcionaram o acesso a um extenso campo de

experiências, que colaboraram tanto para realização deste trabalho quanto para a minha

formação pessoal.

À Escola Estadual Doutor Manoel Dantas que me oportunizou dois momentos de grande

aprendizado, o primeiro como aluna, ainda nos anos inicias do ensino fundamental e,

posteriormente, na construção da minha pesquisa, contribuindo, assim, para minha formação

como docente.

À professora Maria da Conceição Silva, pelo incentivo, generosidade, dedicação no

auxílio de multiplicar meus conhecimentos e pela oportunidade de efetuar os meus estudos com

sua turma, a qual dedico minha sincera gratidão.

Em especial aos meus amigos Cíntia de Lima Alcântara e Júlio César do Nascimento

de Oliveira que me acompanharam desde o início da graduação, dividindo todos os momentos

de anseios e vitórias que perpassei durante o curso. E, de forma mais carinhosa, a Fábio

Emanoel de Oliveira cuja participação em minha vida vem desde quando o ingresso na

universidade apenas era um sonho e que, hoje, no momento da conclusão dessa jornada, ainda

se faz presente em todos os momentos, eu te agradeço pelo incentivo, companheirismo e amor

compartilhado na vida e na docência.

Aos meus amigos e familiares de forma geral que contribuíram de forma direta e indireta

para que essa conquista se tornasse possível.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6

2. O ESTUDO DO MEIO COMO METODOLOGIA NO PROCESSO DE ENSINO

- APRENDIZAGEM NO ENSINO DE HISTÓRIA .............................................................. 9 2.1 HISTÓRIA LOCAL: ESTUDO SOBRE PATRIMÔNIO HISTÓRICO ........................ 9

2.2 O MEIO COMO CAMPO DE APRENDIZAGEM ...................................................... 11 2.3 OS CONTEXTOS: CAMPOS DA PESQUISA. ........................................................... 13 2.3.1 Santo Antônio, Rio Grande do Norte .............................................................................. 13 2.3.1.1 Aspectos Socioeconômicos .......................................................................................... 14 2.3.2 A Escola ........................................................................................................................... 15

2.3.3Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição ................................................................. 16 2.3.4Parque Municipal Pedra da Onça ..................................................................................... 16 2.3.5A turma e a professora ...................................................................................................... 17

3.A PRÁTICA DE ESTUDO DO MEIO NA CIDADE DE SANTO ANTÔNIO/RN ...... 19 3.1VISITAS DE ESTUDO: CONHECENDO O PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA CIDADE

DE SANTO ANTÔNIO/ RN .................................................................................................... 19 3.2O PLANO DE VISITA DE ESTUDO ................................................................................ 20

3.3RELATOS DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................................... 22 3.3.1 Primeira Situação de Aprendizagem .............................................................................. 22

3.3.2 Segunda Situação de Aprendizagem .............................................................................. 23 3.3.3 Terceira Situação de Aprendizagem ............................................................................... 25 3.3.4 Quarta Situação de Aprendizagem .................................................................................. 27

3.3.5 Quinta Situação de Aprendizagem .................................................................................. 30

3.3.6 Sexta Situação de Aprendizagem ................................................................................... 32

3.3.7 Sétima Situação de Aprendizagem ................................................................................. 33 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 35

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 37 APÊNDICES ........................................................................................................................... 38 ANEXOS ................................................................................................................................. 56

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1. INTRODUÇÃO

O relatório de experiência tem, enquanto escopo, o “estudo do meio como

metodologia no ensino de história para os anos iniciais do ensino fundamental”, com

ênfase em história local, no estudo do patrimônio histórico e na construção de um olhar

crítico e investigativo. O interesse por esse tema, inicialmente, se deu ao cursar as

disciplinas acadêmicas de Didática e de Ensino da História as quais me proporcionaram

o aporte para que eu me apropriasse não apenas da teoria, mas também da prática

pedagógica. Além disso, durante a participação no Programa Institucional de Bolsas de

Iniciação à Docência – PIBID, no Projeto de Extensão Incubadora Guarapes1 e no

Programa de Extensão Trilhas Potiguares2, obtive a oportunidade de tornar ainda mais

enraizada a motivação por esse tema. Como todos esses são projetos de extensão, suas

ações são voltadas para a comunidade externa à UFRN e, neles, pude me apropriar de

saberes que as aulas tradicionais não ofereciam. Dessa forma, estudar e pesquisar sobre o

meio e todas as possibilidades de aprendizagem existentes nele fizeram parte da minha

trajetória acadêmica.

O objetivo principal deste relato de experiência consiste em demonstrar que a

realização da metodologia do estudo do meio, em atividades do ensino de história, pode

tornar o processo de ensino e aprendizagem mais significativo, além de contribuir para a

construção de um olhar crítico e para o incentivo à pesquisa através da história local. Isso

tudo é de grande relevância para a construção do saber histórico escolar.

As pesquisas teóricas realizadas para compor esse trabalho tiveram seu

embasamento no estudo bibliográfico das obras de Freinet3 (1975), Proença (1990), Freire

(2000), Viana (2012) e os PCN/História para anos iniciais do Ensino

1 Projeto Incubadora Guarapes visa uma ação de incubação e gestão de qualidade dos resultados obtidos

nas Oficinas de Aprendizagem, realizadas por alunos de EJA, na Comunidade de Aprendizagem Guarapes.

Coordenado pela professora Rosa Aparecida Pinheiro, o projeto é uma ação da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte.

Para saber mais sobre o projeto ver: http://sigproj1.mec.gov.br/apoiados. php?projeto_id=139128 2 O Trilhas Potiguares consiste em um Programa de Extensão com efetiva interação entre a Universidade e

a comunidade de pequenos municípios do Rio Grande do Norte, com até 15.000 habitantes.

Para saber mais sobre o projeto ver: http://www.trilhaspotiguares.ufrn.br/ 3Célestin Freinet (1975, p. 23), desde a segunda década do século XX, propunha técnicas pedagógicas que

buscavam um conhecimento qualitativo, que expandissem as possibilidades de aprendizagem além da sala

de aula. Ele denominou as práticas desenvolvidas em ambiente externo como “aula passeio” e indicava a

atividade como ponto de partida para as atividades desenvolvidas em sala. Assim, as atividades extraclasses

eram uma etapa motivacional que, para o autor, tornariam o aprendizado mais significativo.

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Fundamental(BRASIL/MEC, 1997).Portanto, na fundamentação teórica, foram feitos

estudos que pudessem auxiliar o trabalho prático, tendo como objeto o estudo do meio, e

a relação existente entre o espaço e o tempo e a importância desses no processo de

ensino/aprendizagem dos sujeitos. Quanto ao aspecto metodológico, o trabalho se apoia

nas contribuições de Holliday (1995) o qual propõe, em seus estudos, uma forma de

organizar a sistematização de uma experiência e apresenta como proposta de método os

cinco principais tempos, que são caracterizados por: ponto de partida, perguntas iniciais,

recuperação do processo vivido, reflexão de fundo e pontos de chegada.

Para este autor, a sistematização de uma experiência deve adotar uma prática

consciente e organizada. Para esse fim, é recomendado, em sua obra, que se atenda um

processo de organização da experiência nos cinco tempos supracitados. No primeiro

tempo é preciso ter participado da experiência e ter o registro dos momentos, pois, não se

pode sistematizar algo que não foi colocado em prática ainda. O segundo tempo pressupõe

a definição do objetivo e a delimitação do objeto a ser sistematizado. O terceiro tempo

objetiva reconstruir a história e ordenar e classificar a informação. O quarto tempo que

consiste em refletir porque aconteceu o que aconteceu, ou seja, deve-se analisar e

interpretar de maneira crítica todo processo desenvolvido ao longo da experiência. E, por

fim, o quinto tempo tem o propósito de formular conclusões e comunicar a aprendizagem

(HOLLIDAY, 1995, p. 83- 92).

Para a realização das intervenções, foi escolhida a Escola4 Estadual Doutor

Manoel Dantas, localizada na cidade de Santo Antônio-RN. A seleção se deu por já

existirem relações estabelecidas com a escola, como ex-aluna, e por já ter participado de

programas desenvolvidos pela instituição. Além disso, outro fator se deu pela a escola

também fazer parte do estudo histórico a ser desenvolvido nas intervenções da pesquisa5.

Este trabalho se caracteriza como uma análise teórico-experimental. Em sua

primeira etapa, foram realizados estudos de revisão bibliográfica e das fontes

documentais, dentre essas o Projeto Político Pedagógico da Escola. Na sequência, foi

elaborado o projeto de intervenção a ser executado na fase experimental no qual foram

realizadas observações para construção de informações sobre a turma, assim como a

4 Fundada em 01 de fevereiro de 1929 a Escola Estadual Doutor Manoel Dantas, possui 89 anos desde a

sua fundação. Após dez anos o primeiro prédio foi demolido, para a construção da atual estrutura,

inaugurado em 02 de janeiro de 1939. A escola foi à primeira instituição pública do Município, tradicional

e referência educacional na região (PESSOA, 2014, p. 292-294). 5 A descrição mais detalhada da Escola encontra-se na Seção I deste trabalho.

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realização de entrevista semiestruturada com a professora da turma colaboradora. Após

a análise teórica e sistematização do projeto de intervenção, deu-se início a fase empírica

do trabalho, ou seja, a experiência com o objeto de estudo (HOLLIDAY, 1995).

As intervenções foram direcionadas para uma turma do terceiro ano do Ensino

Fundamental por meio do projeto intitulado “Conhecendo o patrimônio histórico da

cidade de Santo Antônio, RN”. Tal projeto privilegiou o estudo da história local através

do patrimônio histórico da comunidade, utilizando como coleta de dados entrevistas

realizada pelos próprios alunos a sujeitos da comunidade, como também análises

documentais (textos, fotografias, vídeo reportagem), além disso, foi feita uma visita de

estudos a locais representativos da memória social do município: Escola Estadual Doutor

Manoel Dantas, Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e Parque Municipal Pedra

Onça.

Nesse sentido, o trabalho será estruturado, além desta sessão introdutória, em mais

três sessões. A segunda sessão, intitulada “O estudo do meio como metodologia no

processo de ensino-aprendizagem no Ensino de História”, abordará uma análise teórica

acerca da contribuição do estudo da história local e o patrimônio histórico para a formação

do saber histórico escolar dos alunos. Em sequência, a terceira sessão, intitulada “Uma

prática de estudo do meio na cidade de Santo Antônio-RN”, explanará a experiência

desenvolvida a partir do estudo do patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio-RN,

a partir das concepções sobre estudo do meio de Proença (1990), ademais, também

explicará todo processo de planejamento, execução e avaliação dessa proposta

metodológica. E, para finalização serão apresentadas as considerações finais e

contribuições do referido trabalho para minha formação à docência.

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2. O ESTUDO DO MEIO COMO METODOLOGIA NO PROCESSO DE

ENSINO - APRENDIZAGEM NO ENSINO DE HISTÓRIA

Nessa sessão será construída uma análise teórica acerca do estudo do meio como

aporte teórico e metodológico para o ensino de história. Com ênfase na pesquisa da

história local e o patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio-RN será apresentada a

caracterização dos lócus da pesquisa a fim de propor uma reflexão sobre a relevância

dessa metodologia no processo de ensino-aprendizagem.

Dando prosseguimento a abordagem, serão apresentadas as observações e

compreensões construídas ao longo da pesquisa desenvolvida. Assim sendo, a sessão tem

o objetivo de desenvolver um diálogo entre a teoria e prática baseado nos fundamentos

conceituais que se constituiu o trabalho.

2.1 HISTÓRIA LOCAL: ESTUDO SOBRE PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Os estudos da História local podem possibilitar um conhecimento, na medida em

que os educandos se identifiquem ao estudarem conteúdos que façam parte da sua

vivência, que sejam compostos por cenários e pessoas que integram a realidade vivida

por eles e seus familiares. Permitem uma aproximação da teoria com a prática e começam

a reconhecer que a história faz parte do seu cotidiano. Assim, o estudo não fica limitado

apenas aos livros didáticos; pelo contrário, o aluno reconhece o cenário histórico estudado

em sala, até mesmo durante o percurso para sua casa. Dessa forma, a motivação é um

ponto relevante a se considerar, quando se trata de estudo da história local, podendo

despertar a curiosidade e o interesse dos alunos, o envolvimento e a possibilidade de

torna-se uma experiência de grande aprendizado.

O contato com a comunidade e seus personagens traz ao aprendizado dos alunos

um enriquecimento de detalhes e lembranças de uma época que eles não vivenciaram,

possibilitando comparações de eventos que ocorreram durante o tempo. Dessa forma, ao

conhecerem as lembranças pessoais de gerações passadas, lhes é permitido o

conhecimento sobre o objeto em estudo que vai além dos já escritos. “Um determinado

objeto pode, num momento histórico, significar uma coisa para as pessoas daquele

período, mas, em outro momento, pode ganhar um significado diferente” (VIANA, 2012,

p. 214).

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O estudo da memória coletiva é fundamental no ensino da História local. Ao

conhecer o patrimônio histórico da cidade onde nasceu ou vive, o educando conquista

muito além que simplesmente a obtenção de conhecimentos históricos. São alcançados

aprendizados como reconhecimento da identidade cidadã e a própria historicidade. Isso

faz com que atividades de estudos do meio ou visitas de estudo se tornem de uma

significância incomensurável para as crianças, como também para os educadores. Sobre

isso Proença (1990) pontua:

O recurso à História local tem ainda inúmeras potencialidades no

campo da motivação, não só porque permite a utilização de métodos

que interessam os alunos (inquéritos, entrevistas a pessoas mais idosas

entre outros), como também os alunos ao lidar com as fontes locais

encontram referências a pessoas, factos e lugares conhecidos. Ao

pormos os alunos em contacto com referentes conhecidos,

proporcionamos-lhe uma relação íntima com o passado que se traduz

numa melhor compreensão empática dos fenômenos históricos (p.143).

O reconhecimento do patrimônio histórico-cultural não é a penas conhecer a

biografia de fundadores da cidade, como viviam e se organizavam antigas gerações ou

em qual década foi realizada a construção dos principais monumentos. Conhecer a

memória da sua localidade, seja uma cidade, bairro ou rua, permite construir o

entendimento acerca da relevância e da preservação desse bem coletivo, o

reconhecimento e valorização da própria cultura e o conhecimento sobre sua identidade

sociocultural. Como é abordado no Parâmetros Curriculares Nacionais;

Afirma-se que o “direito à memória” faz parte da cidadania. Por isso, é

preciso estimular os alunos a reconhecerem, a partir de sua própria

localidade, os patrimônios socioculturais e a lutarem pela preservação

tanto daqueles considerados eruditos quanto dos chamados populares

(BRASIL, 1997, p. 119).

É importante salientar que não há aprendizagem sem curiosidade e não há

curiosidade se o assunto não é interessante e significativo aos olhos de quem o estuda.

Não se trata apenas de apresentar ou explicar conteúdos de história; para que se construam

sujeitos críticos e conscientes das suas ações, do reconhecimento como cidadãos

participativos, devem-se oferecer momentos de indagações, de questionamentos, de

respeito aos conhecimentos já construídos por suas experiências. “Não haveria criticidade

sem curiosidade que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não

fizemos, acrescentando a ele algo que fazemos” (FREIRE, 2000, p.33).

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Destarte, a aprendizagem acerca da história local, traz consigo não somente

conhecimento didático, mas a construção de um olhar crítico sobre si e sua comunidade,

estabelecendo uma relação de troca, de reconhecimento como parte integrante do

contexto histórico-cultural e social da sua cidade.

2.2 O MEIO COMO CAMPO DE APRENDIZAGEM

O espaço escolar não é e não deve ser tomado como o único e exclusivo lócus de

aprendizagem. Os estudantes têm acesso a inúmeras informações durante toda sua vida,

no convívio social e familiar, estão envolvidos em movimentos culturais, manifestações

populares da comunidade que são participantes. Desprezar as diversas possibilidades que

outros espaços oferecem para a construção de novos saberes é limitar os educandos a uma

interpretação mecanizada sobre suas relações com o mundo. O estudo do meio

proporciona aos educandos dos anos inicias grandes experiências formativas. Pode-se

perceber essa recomendação nos Parâmetros Curriculares Nacionais, no qual destaca que:

É fundamental para o estudante que está começando a ler o mundo

humano conhecer a diversidade de ambientes, habitações, modos de

vida, estilos de arte ou as formas de organização de trabalho, para

compreender de modo mais crítico a sua própria época e o espaço em

seu entorno. É por meio da leitura das materialidades e dos discursos,

do seu tempo e dos outros tempos, que o aluno aprende a ampliar sua

visão de mundo, tomando consciência de que se insere em uma época

especifica que não é a única possível. (BRASIL, 1997, p.91).

Há uma imensa diversidade de ambientes que possibilitam um rico e dinâmico

momento de aprendizagem, nos quais as crianças poderão se identificar e construírem

suas concepções sobre o que estão estudando.

O pedagogo francês Célestin Freinet foi um precursor na prática de estudo do

meio, para ele a sala de aula se tratar de um laboratório vivo, onde de forma coletiva e

colaborativa através da mediação do educador, os educandos iniciam a construção do

saber cientifico (FREINET, 1975). Através da observação e levantamentos de dados

sobre meio ao qual estão inseridos, descobrem um maior campo de aprendizagem, que no

espaço restrito da sala de aula não lhe é permitido.

Desse modo, com a visita de estudo o envolvimento dos alunos acontece de forma

integrada com a história e a realidade vivida. O contato direto com fontes históricas e a

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observação/estudo de monumentos do patrimônio histórico-cultural contribui com a

compreensão sobre a pesquisa cientifica, assim como colabora para a formação da

consciência de preservação e manutenção do patrimônio público e histórico (PROENÇA,

1990, p.137). A história passa a ser compreendida, pelos alunos, mais que uma disciplina

escolar, transformar-se a partir do momento que eles se enxergam como parte integrante

dela.

Possibilitar a experiência de aprendizagem entre o sujeito e seu meio histórico-

cultural é contribuir com a formação crítica, permitindo que ao estabelecer uma relação

de troca com o outro/meio ele desenvolva competências para intervir, na sua localidade,

assim desenvolverá a consciência coletiva, ou seja, construirá o entendimento que as suas

ações refletem na vida de outros. Portanto, o estudo da história local, especificamente, é

um campo de aprendizagem para o indivíduo, principalmente para o reconhecimento da

sua historicidade.

Compreendendo o quão o meio urbano dispõe de diversas possibilidades de

aprendizagem (dentre esses estão os aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais e,

também, históricos), é de suma importância que as crianças sejam conhecedoras da sua

história e das memórias que constroem a identidade da sua comunidade.

É fundamental ao iniciar atividades de estudo do meio, propor as crianças objetos

de estudos, que para elas sejam significativos, por exemplo; a história da sua própria

escola, do bairro, como também a história do patrimônio familiar, além de monumentos

que fazem parte do cenário da sua cidade. Partindo dessa percepção será mais instigante

o interesse dos alunos pela a atividade. Além disso, os monumentos e artefatos que fazem

parte do cenário urbano contam a história local e coletiva da comunidade, seus

simbolismo e representatividade, tornam esse momento enriquecedor para aprendizagem.

As memórias contadas por gerações passadas não só enriquecem o aprendizado

sobre história dos alunos, como enaltece a importância de se preservar o que é público,

ao entenderem que a cidade e seus monumentos guardam a história de seus familiares e

a sua própria história.

Através do estudo de monumentos e artefatos históricos é possível conhecer a

historicidade, fatos importantes, como a fundação da comunidade, ou até mesmo a

simbologia e representatividade cultural existente em uma época diferente da que

vivermos. Viana (2012) destaca que;

Alguns dos objetos que encontramos nas cidades foram criados para

desempenhar funções simbólicas. Entre esses artefatos estão os

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monumentos, os quais aparecem como uma espécie de demarcador do

tempo, servindo para que as pessoas possam lembrar, ou mesmo ter

ideia, da existência de certos indivíduos célebres ou de um determinado

acontecimento do passado (p. 217).

A historicidade que as construções edificadas na cidade trazem é de uma riqueza

de informações, indiscutível para um estudo do meio, o contraste entre as construções

antigas e os novos prédios, o asfalto, a organização do comercio, oferecem uma

comparação das diferenças entre as épocas, e mostram a permanência de elementos, de

épocas passadas mesmo depois de décadas, desta forma é construído um vasto meio de

pesquisa e de indagações para os alunos, pois não somente através de fotografias antigas

eles perceberão a existência de uma época distinta a deles.

As crianças desde cedo podem perceber a real importância da conservação do

patrimônio histórico da sua comunidade, pois a memória também é um bem coletivo. O

Simbolismo e as memórias compartilhadas trazem a identidade de uma comunidade de

um povo em uma determinada época, fazendo dessa forma as vivências não mais

individuais mais públicas e de todos (VIANA, 2012).

Portanto, diferentemente de uma aula convencional, na qual o estudante tem um

espaço delimitado, em contrapartida, em uma aula de campo, as crianças não encontram

os conceitos formados ou respostas elaboradas, será necessária observação, a análise e a

busca mais aprofundada de conhecimentos que podem ser construídos de forma dinâmica

de acordo com realidade por elas vivenciada. É justamente esse processo de construção e

descoberta que torna essa metodologia tão estimulante e desafiadora tanto para os alunos

como para os professores. Dessa forma, o meio apresenta-se como campo e fonte de

aprendizagem sobre a historicidade, a formação cultural e social de todo indivíduo.

2.3 OS CONTEXTOS: CAMPOS DA PESQUISA.

Neste sub-tópico serão contextualizados os campos de pesquisa desse trabalho. Estará em

destaque a contextualização histórica e social do lócus de estudos que são; a cidade de Santo

Antônio-RN, os monumentos que compõe o patrimônio histórico; a Igreja Matriz de Nossa

Senhora Da Conceição, a Escola Estadual Doutor Manoel Dantas, O Parque Municipal Pedra da

Onça. Além da caracterização dos alunos e professora da turma coparticipante.

2.3.1 Santo Antônio, Rio Grande do Norte

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A história da cidade de Santo Antônio tem início em meados do século XIX, no

local conhecido como “Salto da Onça”, região deserta no agreste potiguar. Um dos seus

mais antigos proprietários foi Florêncio da Costa Paloma que em 1850 vendeu suas terras

a Ana Joaquina de Pontes, pernambucana e fundadora do povoado, desenvolveu a

agricultura, construiu casas e doou, em 1869, um terreno para a construção de uma capela

que foi levantada em homenagem a Nossa Senhora de Conceição (PESSOA, 2015).

Em 1874, Ana de Pontes criou uma feira livre, que começou a atrair moradores de

regiões vizinhas, esse pequeno centro comercial se desenvolveu e deu início à vila “Salto

da Onça”. Denominada assim devido a um conto popular de moradores mais antigos da

região.

O povoado só teve seu nome mudado, após a realização da primeira missa na

capela recém-construída, pelo vigário da cidade de Goianinha/RN, Pe. Manoel Ferreira

Borges, passando a ser chamado por Santo Antônio. Mas, a população estabeleceu outra

denominação, “Santo Antônio do Salto da Onça”. Em 05 de julho de 1890 é a data da

emancipação da cidade, que possui hoje 126 anos.

2.3.1.1 Aspectos Socioeconômicos

Santo Antônio é um município localizado no interior do estado do Rio Grande do

Norte, na Mesorregião do Agreste Potiguar, está distante 70 quilômetros da capital

estadual, Natal. De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, sua população era de 22.216 habitantes, com

estimativa em 2016 de 24.045 habitantes, o município possui uma área territorial de

301,082 km².

Santo Antônio tem sua economia baseada no setor primário composto pelas

atividades agrícolas, pecuárias e extrativistas através da agricultura familiar. A

comercialização dos produtos cultivados acontece através da tradicional feira livre da

cidade e de municípios vizinhos. No setor terciário o comercio atende à população local

e de cidades vizinhas com grandes estabelecimentos de diversos segmentos de varejo, é

o setor que mais gera emprego formal e informal na cidade (SECRETARIA MUNICIPAL

DE SANTO ANTÔNIO, 2001, p.25, grifo original).

A rede pública de ensino do município é composta por cinco escolas da rede

Estadual, localizadas na zona urbana: Escola Estadual Prefeito José do Carmo dos Santos

(CAIC), Escola Estadual Alexandre Celso Garcia, Escola Estadual Doutor Manoel

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Dantas, Escola e Escola Estadual Filomena de Azevedo; e 9 escolas na zona rural do

município, que oferecem Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e

Adultos.

No ano de 2010, segundo o IBGE, 74,94% da população de 6 a 17 anos do

município estavam cursando o ensino básico regular com até dois anos de defasagem

idade-série. Em 2000 eram 65,78% e, em 1991, 68,02%. Dos jovens adultos de 18 a 24

anos, 5,83% estavam cursando o ensino superior em 2010. Em 2000 eram 0,56% e, em

1991, 0,35%. O índice de Desenvolvimento Humano municipal em 2010(IDHM) era

0,620, de acordo com os dados o município vem desenvolvendo um crescimento da

qualidade do seu ensino básico e consequentemente tornando mais frequente os índices

de jovens e adultos ingressarem no ensino superior. Desencadeando um crescimento

social e econômico para o município (IBGE, 2010).

2.3.2 A Escola

Fundada há 90 anos, a Escola Estadual Dr. Manoel Dantas foi criada pelo decreto

lei decreto lei nº. 350, em 15 de outubro de 1927.Estásituada à Avenida Lindolfo Gomes

Vidal, no centro da cidade de Santo Antônio, RN. Em terras doadas por Ana Joaquina de

Pontes, fundadora da cidade, foi primeira escola pública da cidade e representa grande

importância para a história e formação educacional da comunidade santoantoniense, pois

para muitos santoantonienses o primeiro contato com a vida escolar, só aconteceu após a

fundação dessa escola (PESSOA, 2014, p. 292). Possui como patrono Doutor Manoel

Dantas6, pois o representante do governo na época, presidente Juvenal Lamartine por

admiração homenageou o amigo.

Segundo dados extraídos do Projeto Político Pedagógico (2015) a escola atende

alunos provenientes, em sua maioria, da zona urbana e parte da zona rural. De forma geral

são crianças, adolescentes, jovens e adultos vindos de família que têm como fonte de

renda a agricultura, o comércio e os serviços públicos. No que diz respeito ao público-

alvo da educação especial, a Instituição também atende na sala de recursos

6Dr. Manoel Gomes Dantas; nascido a 26 de abril de 1867, em Caicó, interior do Rio Grande do Norte, ele

foi advogado, educador, um revolucionário que lutou contra a escravidão. Estudioso valorizava as tradições

populares do Rio Grande do Norte. Faleceu em Natal em junho de 1924. Disponível em:

http://www.netsaber.com.br. Acesso em 20 de mai. 2017.

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multifuncionais, alunos com deficiência matriculados na rede pública de ensino comum

oriundos de outras escolas da rede estadual.

Quanto à estrutura física, embora, tenha passado por algumas reformas, é

importante ressaltar que a maioria das dependências necessita de uma melhor

estruturação. É composta de dez (10) salas de aula, uma (01) sala de recursos

multifuncionais, uma (01) secretaria, uma (01) diretoria, uma (01) sala de professores

(funcionando também como sala de leitura), um (01) laboratório de informática, três (03)

banheiros, uma (01) cozinha, contendo dois (02) depósitos, um para armazenamento da

merenda e outro para material de limpeza e uma (01) cantina. A escola oferta turmas do

Ensino Fundamental, primeiro e sendo segmentos, e da modalidade Educação de Jovens

e Adultos (EJA), além do atendimento educacional especializado (AEE). A instituição

participa do programa do Ministério da Educação intitulado “Mais Educação”, que

viabilizar a ampliação da jornada escolar e da organização curricular na perspectiva da

Educação Integral (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, 2015, p. 37).

2.3.3 Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição

Segundo Pessoa (2015, p.134), a tradicional Igreja Católica da cidade é da

padroeira Nossa Senhora da Conceição, fundada em 1911, em terras doadas pela

fundadora Ana Joaquina de Pontes, criada após a demolição da primeira capela da

comunidade, sua construção levou cerca de 30 anos para ser completamente concluída,

só finalizada no ano de 1941. A matriz é um símbolo não apenas da religiosidade, mas

representa relevante valor histórico para cidade, pois foi a partir da construção do

primeiro monumento religioso que se originou o crescimento do povoado, “Salto da

Onça”.

As festividades que acontecem anualmente no período entre 29 de novembro a 08

de dezembro, marcam uma data de comemoração na cidade, tradicionalmente nesse

período ocorrem manifestações culturais e religiosas organizadas pela própria população

em homenagem à padroeira Nossa Senhora da Conceição.

2.3.4 Parque Municipal Pedrada Onça

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No Parque Municipal Pedra da Onça localiza-se o cenário que deu origem o conto

popular que resultou na denominação “Salto da onça”, segundo os moradores antigos nas

margens do rio Jacu (banha o município da cidade de Santo Antônio), existia uma pedra

rachada ao meio, com uma fenda medindo aproximadamente, três metros. Segundo a

lenda, uma onça foi ferida em pleno salto e não resistiu, desde esse fato folclórico, o

povoado e posteriormente a cidade, ficou conhecida popularmente “Santo Antônio do

Salto da Onça” (SECRETARIA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO, 2001).

Atualmente o parque é considerado um ponto turístico da cidade, depois de uma

reforma para a revitalização e recuperação do parque, oferece um espaço agradável para

realizações de atividades de lazer. Porém, ainda existe a necessidade de investimentos

para conseguir a valorização da cultura popular no município.

2.3.5 A turma e a professora

A turma escolhida para a realização do projeto Visita de estudo: conhecendo o

patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio, foi o 3º ano do Ensino Fundamental. O

grupo é heterogêneo, formado por 31crianças, sendo 13 meninas e 18 meninos, com faixa

etária entre sete e nove anos. Grandes partes dos alunos residem na zona urbana, uma

pequena parcela é oriunda de comunidades da zona rural do município.

No que se diz a respeito aos aspectos atitudinais, os alunos apresentam uma

excelente participação, em todas as atividades propostas durante a realização do projeto,

mostraram-se participativos, são assíduos e conseguem facilmente compreender o que é

sugerida. Embora, a turma esteja em processo de alfabetização, felizmente maior parte

dos alunos já dominam a leitura, conhecem e diferenciam os gêneros textuais, apresentam

somente dificuldades em desenvolver a escrita de textos longos, assim como em

ortografia. De acordo com o diagnóstico realizado pela professora da turma, há alguns

poucos casos, em que as os alunos ainda estão nos níveis iniciais de alfabetização (dois

estão nas hipóteses alfabéticas iniciais e três estão no nível silábico com valor sonoro),

isto exige que a professora planeje as atividades de uma forma que todos sejam atendidos

de acordo com suas necessidades. Contudo, a diversidade presente não atrapalha o

desempenho das atividades, pelo o contrário, a professora incentiva que aqueles que têm

facilidade em realizar as tarefas, auxiliem aos que ainda apresentam dificuldade, isso

permite com que os alunos interajam tornando esse processo ainda mais expressivo.

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Segundo informações concedidas por meio de entrevista (VER APÊNDICE A)

professora Maria da Conceição Silva tem 26 anos de idade, teve toda sua formação escolar

básica em escolas públicas estaduais, com complementação de um curso na modalidade

subsequente em Administração cursado no Instituto Federal de Ciências e Tecnologias

do RN (Campus Nova Cruz/RN). Licenciada em Pedagogia pela universidade Estadual

Vale do Acaraú, há um ano é professora estatutária na rede pública estadual de educação.

A entrevista da afirma que utiliza no planejamento pedagógico das suas aulas de história

como referência os documentos oficiais com os Parâmetros Curriculares Nacionais

(PCN), “com intuito de apresentar os conteúdos de maneira mais multidisciplinar.

Fazendo o máximo possível de integração entre as áreas de conhecimentos” (SILVA,

2017). Além disso, conclui que a disciplina de história é de suma importância para a

compreensão do indivíduo na sociedade a qual está inserido, possibilitando conhecer o

presente e a evolução ocorrida através do tempo.

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3. A PRÁTICA DE ESTUDO DO MEIO NA CIDADE DE SANTO

ANTÔNIO/RN

Essa sessão irá compor a explicação sobre desenvolvimento prático da visita de

estudo do patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio/RN. Desse modo, a descrição

do relato de experiência e as atividades que foram desenvolvidas no lócus da pesquisa.

As situações de aprendizagem foram sistematizadas a fim de propulsionar a

compreensão acerca da importância da história local, e a preservação do patrimônio

histórico, como também para possibilitar aos alunos a construção do saber histórico.

Assim como, fizeram parte da visita de estudo; a Escola Estadual Doutor Manoel Dantas,

a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e o Parque Municipal Pedra da Onça.

Portanto, toda a etapa da prática pedagógica construída, desde a preparação até a

execução, será descrita e explicada, assim como, as compreensões e interferências

desenvolvidas durante a realização do projeto.

3.1 VISITAS DE ESTUDO: CONHECENDO O PATRIMÔNIO HISTÓRICO

DACIDADE DE SANTO ANTÔNIO/ RN

A visita de estudos foi elaborada viabilizando a construção do saber histórico de

alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, apresentando como campo de estudo o

patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio/RN. Partindo da concepção de Proença

(1990), que entende o estudo do meio como método que possibilita a construção do

conhecimento no ensino de história:

[...] um ensino activo e interessante da História, construindo para uma

aprendizagem integradora a realidade. Os alunos encontram-se em

presença das “coisas”, e, deste modo, a sua adesão à realidade histórica

não se faz por uma imposição magistral, mas através das provas que lhe

são fornecidas directamente pelas coisas observadas. (p. 137).

O ponto de partida da atividade iniciou-se a partir de observações e planejamentos,

em conjunto com a professora da turma. A princípio com realização entrevista, construiu-

se a caracterização do grupo, em seguida, se deu um momento de grande relevância para

que as outras etapas da pesquisa acontecessem de maneira satisfatória, a observação. Pois,

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a partir dela que é possível estabelecer os objetivos a serem alcançados com a realização

do plano.

O plano de intervenção propõe o estudo investigativo sobre a historicidade de

alguns monumentos que fazem parte do patrimônio histórico da cidade. Os monumentos

em estudos foram a Escola Estadual Doutor Manoel Dantas, a Igreja Matriz de Nossa

Senhora da Conceição e o Parque Municipal Pedra da Onça. A escolha do percurso de

estudo se deu a partir da história da fundação da cidade, e a importância Histórica e social

que esses monumentos representam para a comunidade.

O estudo do meio como uma atividade organizada e planejada requer alguns

procedimentos a serem adotados para que os resultados sejam coerentes. A atividade é

organizada nas seguintes etapas: preparação (aspecto pedagógicos e burocráticos),

execução (visita ao local) e avaliação (relato de experiência). (PROENÇA, 1990).

A integração a todos os processos da realização da pesquisa oportuniza um

aprofundamento sobre o objeto ainda maior, diferentemente aconteceria se apenas

estivesse atuando externamente a essas experiências. “Afirmamos que só podem

sistematizar uma experiência aqueles que tenham tomado parte dela e que não é possível

que uma pessoa totalmente alheia à experiência pretenda sistematizá-la” (HOLLIDAY,

1995, p.86).

A visita de estudo que aqui se deu de forma dirigida, que acontece sobre orientação

do professor. Os alunos, por sua vez, realizam questionamentos e têm como instrumento

orientador o caderno de campo a ser utilizado durante todo o percurso de estudo.

3.2 O PLANO DE VISITA DE ESTUDO

As etapas que antecedem a visita de estudo são tão importantes quanto a aula de

campo. A necessidade de um planejamento sistematizado e com as finalidades bem

definidas é primordial para que se obtenha resultados esperados, e uma aprendizagem

dinâmica, motivadora e, principalmente, significativa. A organização do plano de estudo

teve como referência as concepções de (PROENÇA,1990, p.137-143).

A organização iniciou-se em destacar quais os aprendizados seriam desenvolvidos

com a visita, as finalidades, que para Proença (1990), deve atender a motivação para a

aquisição de conhecimento. Nesse caso, as atividades devem acontecer no início do

estudo sobre o tema para ser aprofundado no segundo momento de estudos, ou pode ser

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realizada no decorrer de uma unidade didática, que permite complementar, esclarecer

conhecimentos já adquiridos pelo aluno, e por último à visita pode acontecer após o

estudo de uma unidade didática, que permite concretizar o aprendizado construído

durante as aulas anteriores aula de campo. Tomando como base a última finalidade

descrita, à visita de estudo em discurso foi organizada para a consolidação do

aprendizado. Por meio da história local buscamos desenvolver nas crianças a concepção

sobre conhecimento histórico e suas relações com as transformações sócias da

comunidade ao longo dos anos. Além de construir a visão investigativa e a compreensão

como sujeito integrante e participativo da história da própria cidade.

Terminado a etapa da organização das finalidades do plano, para da sequência

iniciou-se a organização do estudo do meio, o qual acontece em três etapas; a preparação,

execução e a avaliação. É na preparação da visita que se definem os aspectos pedagógicos

que se caracterizam por todo conteúdo didático que deve ser exposto e trabalhado durante

as aulas que antecedem a visita de estudos, que podem ser textos históricos, análises de

imagens, atividades de sistematização da visita como o caderno de campo, dentre outros.

Já o aspecto burocrático deve ser organizado toda a esquematização necessária para a

realização da visita de estudos, desde a definição do trajeto e agendamento prévio se

necessário dos lugares de estudo até a forma de deslocamento da saída até a chegada dos

alunos na escola. E a última etapa é da avaliação que se define um instrumento e os

critérios que devem ser utilizados para averiguar a aprendizagem e envolvimento dos

alunos com a troca de experiências vivenciadas por eles, e o mais importante à auto

avaliação do que foi alcançado, e dar assim continuidade à organização do trabalho

pedagógico em sala de aula.

A partir da proposta de Proença (1990) foi desenvolvido o estudo sobre o

patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio com os alunos do 3º Ano do Ensino

Fundamental da Escola Estadual Doutor Manoel Dantas com a colaboração da professora

Maria da Conceição da Silva. A sistematização da organização da visita de estudo é uma

etapa primordial que deve ser organizada previamente, estabelecendo objetivos a serem

alcançados, através dos aspectos pedagógicos, e com detalhamento das etapas que devem

ser atendidas que cabem ao aspecto burocrático.

Após a definição e a esquematização do roteiro (VER APÊNDICE C) de estudos

a etapa seguinte é iniciar o levantamento de dados já existentes, através de materiais

escritos ou fotográficos. Pois, todo esse acervo será objeto de análise, e servirá para obter

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as informações sobre os lugares que estarão em estudo. Para que assim possa ser realizado

o levantamento de questionamentos que serão registros dessa experiência de

aprendizagem.

3.3 RELATOS DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Nesta seção será abordada a experiência do exercício do estudo do meio sobre o

patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio. O propósito que me levou a realizar

esse trabalho foi à construção de conhecimentos históricos a partir do reconhecimento da

história local, assim como o incentivo a busca por um olhar investigativo e crítico sobre

a própria localidade. As principais referências teóricas e metodológicas foram as

propostas e as recomendações dos PCNs para o ensino de História nos anos iniciais do

Ensino Fundamental e as concepções de Proença (1990).

A Seleção para a prática da visita consistiu-se em três lugares de memória social,

relevantes para o patrimônio cultural da cidade: a própria Escola Estadual Doutor Manoel

Dantas, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e o Parque Municipal Pedra da

Onça. A escolha se deu por se trata dos primeiros e principais monumentos construídos

na fundação a comunidade.

A realização da situação de aprendizagem aconteceu durante o período entre 10

de abril a 2 de junho de 2017, havendo intervalos no decorrer do andamento das

atividades, tanto para o planejamento e entrevista com a professora, como para análise do

material construído durante a realização das atividades. Dessa forma, ao todo foram

necessárias oito aulas (um turno de aula), entre essas realizei dois momentos de

observações da turma e seis de situações de aprendizagem.

3.3.1 Primeira Situação de Aprendizagem

O primeiro momento de atividade ocorreu no dia 17 de abril e se destinou as

observações para a construção do conhecimento sobre a turma e adaptação dos alunos

com a minha presença em sala. Esse contato inicial foi desenvolvido durante dois dias,

auxiliei os alunos durante as atividades que a professora titular da sala desenvolveu. Foi

possível perceber características comportamentais dos alunos e os alguns aspectos

pedagógicos.

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As atividades apresentadas nesses momentos retratavam a comemoração do Dia

Nacional do Livro Infantil, data celebrada em 18 de abril em homenagem ao escritor

Monteiro Lobato. A professora fez uso de recursos didáticos como vídeo7 explicativo e

lúdico, que retratava a data comemorativa, assim como o escritor de literatura infantil,

Monteiro Lobato. Ainda apresentou um poema (VER ANEXO A) intitulado “Caixa

mágica de surpresas”, de Elias José, que abordava os diferentes contextos que a

imaginação pode levar ao realizar a leitura de um livro. As crianças mostraram-se

participativas nas atividades.

Por se tratar de uma turma que está em fase de alfabetização, a necessidade que a

professora faça acompanhamento individualizado com aqueles que ainda precisam de

auxílio na escrita e leitura, afim de que todos atinjam o aprendizado proposto pela

atividade de maneira significativa.

Esse momento inicial de observação foi de grande importância para construção da

minha concepção sobre o perfil da turma, assim como para que as crianças pudessem se

familiarizar com a minha presença em sala, e dessa forma poder desenvolver as atividades

seguintes de forma natural e conseguir um resultado satisfatório dos alunos durante as

situações de aprendizagem.

3.3.2 Segunda Situação de Aprendizagem

A segunda situação de aprendizagem foi desenvolvida no dia 19 de abril, nesse

momento procurei realizar uma atividade de diálogo com as crianças, com o propósito de

esclarecer a proposta didática que viramos produzir. A conversa iniciou-se com

indagações sobre o entendimento das crianças acerca de patrimônio histórico; diversas

respostas foram surgindo. Um dos alunos comentou:

“Patrimônio são coisas que pertencem a nossa família, tipo casa, o

carro, é essas coisas, e como é histórico deve ser coisas velhas, que eram

da nossa família antigamente, que contavam a história dela”. (FONTE:

Paráfrase livre da fala da criança, registrada pela autora através de

transcrição. Arquivos da autora).

7 Fonte: TRABALHO MONTEIRO LOBATO. Disponível

em:https://www.youtube.com/watch?v=630GSd-csec. Acesso em 11 Jun. as 13h24min.

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Partindo de comentários como esses foi possível perceber que alguns alunos já

possuíam percepções sobre o que se tratava patrimônio histórico. Mesmo que as falas

apresentassem concepções de senso comum.

O proposito dessa dinâmica inicial buscou proporcionar a construção de um

entendimento sobre o que se trata o patrimônio histórico da comunidade, partindo do

conhecimento prévio dos próprios alunos. Dessa forma, mais que apropriação do conceito

propriamente dito, almejava-se o entendimento da coletividade e a relevância desses

monumentos para a história do município.

Em seguida ao diálogo para perceber o entendimento prévio dos alunos sobre o

conceito de patrimônio histórico, foi dado início a realização da dinâmica. Que ocorreu

de seguinte forma; explicações (VER APÊNDICE E) sobre o conceito de patrimônio

histórico foram distribuídas entre os alunos, numeradas de um a sete, e à medida que

fossem solicitados eles deveriam realizar a leitura em voz alta. Dando sequência, foi

pedido que tentassem explicar com suas palavras a compreensão sobre o que haviam lido.

A fim de que as crianças refletissem sobre as novas informações que estavam

conhecendo.

Após conclusão da dinâmica, solicitei que escrevessem a compreensão sobre esse

conceito (patrimônio histórico). E em um cartaz (VER ANEXO B) que foi dividido em

duas colunas, a primeira coluna destinada a serem coladas às definições apresentadas na

dinâmica e na segunda todas as concepções construídas pelos alunos após a explicação e

o diálogo.

Posteriormente a leitura de todas as escritas dos alunos, foi questionada a eles se

conheciam algum monumento do patrimônio histórico da cidade. Foram citados dois: a

Igreja Matriz e o Parque Municipal Pedra da Onça. Com essa colocação abri a explicação

de que estudaríamos esses dois monumentos e também a própria escola, uma vez que

todos esses possuem uma grande representatividade para a história da comunidade. Uma

vez que, a escola por ser a primeira instituição de ensino pública, construída ainda quando

o povoado era uma a vila. O Parque Municipal por ser o local em que se originou a lenda

popular, que deu origem ao nome “Salto da onça” e pôr fim a Igreja Matriz de Nossa

Senhora da Conceição que foi um dos primeiros monumentos construídos na comunidade.

Para dar início aos estudos sobre a história da escola, foi sugerida uma atividade

de entrevista que os alunos deveriam realizar com seus familiares que já haviam sido

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alunos da instituição. Afim de que as crianças percebessem a ligação da instituição com

a sua família e com a história da comunidade.

Por fim, nessa sequência de atividades pude perceber que embora os alunos

inicialmente alegassem não saber de que se tratava patrimônio histórico, após dar início

às discussões relataram concepções que caracterizavam esse conceito, mesmo que

inconscientes. Desta maneira, foi possível construir o entendimento inicial sobre o

patrimônio histórico, dando embasamento para as demais atividades que viriam

acontecer.

3.3.3 Terceira Situação de Aprendizagem

Desenvolvi a terceira situação de aprendizagem no dia seguinte, 20 de abril, com

mais confiança e envolvimento com a turma foi possível, prosseguir com a sequência das

atividades, e corrigir erros que ocorreram durante o primeiro momento. Para dar

continuidade, retomei as atividades de entrevista que os alunos haviam levado para

realizarem em casa com seus familiares. Esse momento foi de grande aprendizado e

reflexão com a turma, facultando a oportunidade de que todas as crianças apresentarem

as informações que conseguiram através das entrevistas com seus familiares. Apesar de

algumas não realizarem a entrevista, isso não atrapalhou o envolvimento geral da turma

com essa atividade.

Com a análise das entrevistas tornou-se possível perceber que todos os alunos

tinham no mínimo um familiar que já havia estudado escola Dr. Manoel Dantas. Na

maioria dos casos, eram os pais, ou os avós. A diferença de idade entre os entrevistados

foi algo que chamou a atenção dos alunos: eles puderam entender que a instituição já

possuía uma longa jornada de funcionamento. Nas descrições das lembranças retratadas

nas entrevistas, viram que ainda existiam semelhanças, embora fossem de épocas

distintas. Outro ponto notado por eles; é o fato da grande parte dos familiares não

conhecerem a história da escola, mesmo que já haviam sido alunos da instituição. Sobre

isso uma aluna comentou:

“Professora, o que eu notei de semelhança nas entrevistas é que a

maioria das pessoas não sabem da história da escola, meu pai disse que

ele nunca estudou sobre isso, só sabia que a escola foi a primeira na

cidade, eu sabia mais coisas do que ele”.

(FONTE: Paráfrase livre da fala da criança, registrada pela autora

através de transcrição. Arquivos da autora).

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A partir das colocações dos alunos iniciamos uma reflexão sobre a importância de

conhecer a história local, a própria história. Foi notório o entendimento dos alunos.

Utilizando as ponderações deles sobre as entrevistas, conseguimos alcançar o que a

atividade propunha: a percepção sobre a relação histórica que a escola estabelecia com as

suas famílias e, consequentemente, a participação de seus parentes na construção da

história da instituição e a relevância em conhecê-la e preservá-la.

Para segunda etapa da aula foi produzida uma explicação sobre a história da

escola. Com a utilização de slides (VER APÊNDICE F), foram apresentados aos alunos

informações como a fundação da escola, uma breve biografia do seu patrono, seus

primeiros diretores, e fotografias de épocas diferentes. Isso para que pudessem fazer

comparações com o que eles vivenciam hoje, com os relatos dos seus familiares e com os

cenários que estavam presentes nas fotografias.

Durante toda apresentação do conteúdo foram realizados questionamentos sobre

o que estavam percebendo nas imagens. Os alunos destacaram diferenças nos uniformes,

nas salas de aula, no cenário campestre que mostravam vegetação e o chão de barro,

diferente do asfalto nos dias de hoje. Assim, notaram semelhanças, como o público que

frequentava a escola, que se tratava de crianças, relacionando ao nível de ensino que era

ofertado na época, e a fachada do prédio, que permanece com a mesma estrutura. Ao ser

questionado sobre quais as semelhanças e diferenças observadas durante a exposição, um

aluno pontuou:

“ Eu notei que os alunos se vestiam diferente, as meninas usavam uma

“saiona” e sapatos, e também deu para perceber que o chão era de barro

ainda, e tinha muita planta no lado de fora da sala, acho que era igual

um sítio, depois que virou cidade. E o que parece com a escola de hoje,

é a frente do prédio, a escadaria, e também que eram crianças também

que estudavam aqui”.

(FONTE: Paráfrase livre da fala da criança, registrada pela autora

através de transcrição. Arquivos da autora).

Essa atividade despertou bastante a motivação nos alunos. Eles mostraram-se

interessados em participar, e as colocações realizadas demostraram uma boa assimilação

sobre o que estava sendo apresentado. Além das associações e comparações entre passado

e presente tomando como base as modificações ocorridas ao longo dos anos.

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3.3.4 Quarta Situação de Aprendizagem

A quarta situação de aprendizagem aconteceu no dia 24 de abril. Para essa

experiência iniciei o estudo da história da fundação do município. Através da exibição de

uma matéria jornalística intitulada “Santo Antônio do salto da Onça minha cidade”8, que

relata por meio de depoimentos de moradores e explanação do historiador Aniertony de

Figueiredo, alguns dos fatos históricos que deram início ao povoado e à cidade, como

também descreve características culturais da comunidade. É importante ressalvar, que

antes da reprodução do vídeo, foi sugerido que as crianças observassem as informações

que seriam apresentadas, assim como as mudanças que ocorreram na cidade, desde a

gravação da reportagem até os dias atuais, levando em consideração aspectos, sociais,

culturais e as transformações em geral.

Durante a explanação dos alunos após a exposição do vídeo, sugiram inúmeros

apontamentos sobre mudanças que ocorreram no cenário socioeconômico da cidade. Algo

que é relevante a ser observado se deu pelo fato que as crianças relataram, não

conhecedoras de muitas informações da história da cidade, principalmente em relação à

organização e existência de grupos de manifestações culturais que existem há décadas na

comunidade. Sobre isso um aluno fez a seguinte indagação:

“Professora se existem tantas coisas legais na cidade, porque a gente

nunca ver? Eu não sabia que aqui tinha artesanato de “boneco”

(fantoche) e nem que tinha casa de farinha”.

(FONTE: Paráfrase livre da fala da criança, registrada pela autora

através de transcrição. Arquivos da autora).

Diante dessa indagação foi aberto um diálogo sobre a importância de conhecermos

a cultura da nossa região e de cultivarmos as raízes históricas da nossa comunidade, pois

muitas das atividades apresentadas no vídeo são realizadas por pequenos grupos de

moradores que necessitam de colaboração para dar continuidade a esses trabalhos

artesanais, que fazem parte da cultura e da história local. Esse momento foi de grande

proveito. Os alunos assimilaram o que o vídeo propunha: a percepção sobre a importância

de conhecer o que a comunidade produz, sua cultura, seus métodos de produção e

comercialização, os sujeitos que fazem parte da identidade da comunidade. De tal modo,

8Fonte: Projeto Minha Cidade. INTERTV CABUGI. Disponível em:

https://www.youtube.com/watch?v=sWrHJk4HGGc&t=163s. Acesso em 19 de abril às 18h35min.

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eles foram desconstruindo a visão espontânea de que a história é algo distante e formada

de fatos isolados, dando lugar a uma concepção em que a história é construída

diariamente, e que todos fazem parte dessa construção. Era o ponto de partida para

conhecer a própria comunidade a história local para, assim, conhecer outras realidades e

distantes. Sobre isso Proença (1990) discorre que:

Parece-nos, então, que se torna extremamente vantajoso que alertem os

alunos para as realidades que os rodeiam que eles estão mais aptos a

captar e entender, estabelecendo depois a ponte entre essa realidade que

lhes está próxima e a realidade nacional. Estaríamos assim, a partir do

concreto para o abstrato (ou do conhecido para o desconhecido), umas

regras fundamentais do método indutivo (Ibidem, p.142).

O estudo do passado da realidade na qual se está inserido, proporciona uma

compreensão da construção do presente, do que aconteceu para que hoje esteja de tal

forma, e, de como o sujeito poderá intervir para modificar ou contribuir para sua

comunidade. Além de aproximar a criança a um contexto totalmente dela, no qual suas

referências, seus familiares, sua escola, estão presentes.

Após a breve discussão sobre a reportagem, foi dado continuidade à sequência

didática, realizando a exposição de slides (VER APÊNDICE I) que traziam informações

introdutórias sobre a história da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição,

monumento que marcou o início da vila de “salto da onça”, e o Parque Municipal Pedra

da Onça. Informações detalhadas sobre estes monumentos estão nas p. 16 a 18. Saliento

que para não sobrecarregar as crianças com uma grande demanda de informações, busquei

fazer uma explicação apenas para introduzir e retomar o que elas haviam observado

durante a exibição da reportagem. Os estudos mais aprofundados sobre a história desses

monumentos seriam posteriormente apresentados na visita de estudos. Para isso, toda essa

parte inicial de explicação teve o intuito de estimular as crianças a manter a atenção

durante a visita de estudos, que aconteceria no dia seguinte.

Dando sequência às atividades, realizei uma apresentação de fotografias antigas

de diversos pontos da cidade, principalmente dos pontos que estão em estudo, afim que

houvesse a reflexão sobre as transformações ocorridas nesses cenários, que fosse

percebido em especial durante a atividade de campo.

Após o término das explanações deu-se início a uma etapa de extrema importância

durante a realização de uma atividade de estudo do meio: a explicação do roteiro a ser

percorrido e as informações e orientações que as crianças e os pais devem ter acesso.

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29

Estas fazem parte dos aspectos burocrático segundo a metodologia de Proença (1990).

Como se trata de uma atividade que requer a saída da escola, a autorização dos pais ou

responsáveis deve ser solicitada, além de cuidados e precauções devem ser seguidos. O

mapa do trajeto foi exibido e explicou-se como aconteceria o deslocamento até os locais

de estudo.

Os registros a serem realizados durante a visita de estudos, e a produção do

caderno de campo, compõe a etapa de planejamento. Portanto, foi entregue aos alunos o

caderno com sua estrutura organizada, de seguinte forma; cada caderno era composto por

capa, três quadros de registros (VER APÊNDICE L); respectivos aos locais que seriam

visitados e espaço para anotações livres.

Em sequência foi dada explicação de como deveriam realizar as suas anotações,

os alunos produziram individualmente a capa do caderno de campo, através de desenhos

representaram os locais que estão em estudo.

Os procedimentos de preparação de visita de estudos são necessários para que

aconteça um melhor aproveitamento dos momentos da vivência durante a execução da

visita aos locais. Como esclarece Proença (1990), os alunos devem entender a relevância

dessa atividade, além de construírem a percepção que estão realizando a visita de estudos

para estudarem história. Logo, mesmo que ocorram atividades lúdicas, que servem para

estimular a participação e o interesse dos alunos, o principal objetivo metodológico dessa

atividade é aprender história local através do estudo de monumentos que fazem parte

patrimônio histórico da comunidade.

Enfim, ao decorrer da sequência da atividade final para essa situação de

aprendizagem, como já havia acordado, a turma está em processo de alfabetização, e se

faz necessário auxilio em alguns momentos para que consigam desenvolver a escrita de

textos. Contudo ao final da atividade mostraram entendimento sobre a proposta e sobre

como funcionaria a visita, assim como todas as precauções a serem seguidas na aula

seguinte, para que o aprendizado fosse satisfatório. Todos os “combinados” foram

retomados no final da aula, afim de esclarecer os objetivos que levaram à sua realização,

assim como a necessidade da observação e atenção durante a realização da atividade de

levantamento de informações sobre a história local e do patrimônio histórico.

Embora, nessa situação de aprendizagem, aparentemente, tenha uma variedade

significativa de atividades e informações, procurei propor todas de maneira acessível e

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respeitando o envolvimento e participação dos alunos, fazendo com que houvesse

compreensão de todas atividades desenvolvidas.

3.3.5 Quinta Situação de Aprendizagem

Depois de toda a preparação, chegou o dia da visita de estudos, realizada em 25

de abril. Todos os alunos estavam ansiosos para que chegasse esse momento, isso tornou

todo processo anterior mais estimulante e produtivo. Antes da saída da escola, foi

retomado todo conteúdo que havíamos estudado, de forma geral eles foram fazendo

colocações do que já haviam produzidos no caderno de campo, e também relembrado os

“combinados” e aspectos atitudinais que deveriam seguir durante a visita para que as

pesquisas realizadas por eles fossem satisfatórias.

O percurso da visita foi realizado em caminhada, para que os alunos pudessem

observar todas as mudanças que ocorreram no cenário urbano, por exemplo, as mudanças

na construção das casas, no entorno da escola e assim por diante. Foram orientados que

se organizassem em duplas, por medida de segurança e para facilitar durante o percurso

da visita. Vinte e Três crianças foram autorizadas a participarem da visita, assim como a

professora colaboradora Maria da Conceição Silva, que auxiliou observando as crianças

durante a visita.

Para início da visita foi solicitado que os alunos observassem o mapa do trajeto

para que pudessem ter o direcionamento do percurso. Além disso, foi pedido que

organizassem o material pessoal (lápis, borracha, garrafa de água, etc.) que usariam na

aula. Como se trata de uma cidade relativamente pequena, as crianças já conheciam o

trajeto, e isso facilitou todo o processo. Foi reiterado que agora fariam a caminhada

buscando um olhar de pesquisadores, observando as ruas, as casas, e os monumentos que

ali era possível encontrar, e que antes não foram analisados com essa perspectiva.

A escola Estadual Doutor Manoel Dantas foi o ponto de partida do estudo, com

uma observação da estrutura física. Devido à vivência diária dos alunos na própria escola,

a maior parte do tempo destinado para a visita de estudos ficou para os outros dois

monumentos do patrimônio histórico.

A caminhada finalmente foi iniciada pela Avenida Lindolfo Gomes Vidal, onde

se originou o centro comercial e se, localiza o segundo local de estudo, a Igreja Matriz de

Nossa Senhora da Conceição. Durante o percurso os alunos foram orientados a realizarem

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observações e comparações a partir das fotografias que haviam sido exibidas durante as

aulas que antecederam a visita, afim de que pudessem fazer reflexões sobre os diversos

aspectos sociais e históricos que haviam se modificado ou não na comunidade ao longo

dos anos. Os alunos fizeram inúmeras observações. Uma delas foi a respeito de casas que

ainda permaneciam com o mesmo cenário que foi mostrado na fotografia:

“Olha professora, essa casa antiga, é igual à que vimos na foto, deve

existir desde a fundação da cidade, daqui já dar para ver a Igreja será

que é a mesma da foto? ”

(FONTE: Paráfrase livre da fala da criança, registrada pela autora

através de transcrição. Arquivos da autora).

Outras observações realizadas pelos alunos, também tornaram o percurso até a

igreja um momento de muitas indagações que foram registradas no caderno de campo.

Uma dessas foi a respeito do cenário da cidade: um aluno ressaltou que não era mais

estrada de barro, e sim asfalto, além de existirem muitos carros e prédios, o que não foi

mostrado durante as análises de fotografias. A partir dessa observação, foi questionado

aos alunos, de acordo com as suas percepções, se eles acreditavam que houve mudanças

também no modo de viver das pessoas. Foi lembrado que aquele cenário rural deu lugar

a um centro urbano, e indagado se o modo de organização e produção seria o mesmo que

décadas atrás, diante dessa indagação um dos alunos fez uma colocação que

particularmente chamou a atenção:

“ Eu acredito que tudo mudou, com o passar dos anos as pessoas

começaram a fazer coisas diferentes, não trabalham mais com “rosado”,

e não andam mais em carroça de bois, usam carro e moto. Minha avó

trabalhava com rosado, mas minha mãe não”.

(FONTE: Paráfrase livre da fala da criança, registrada pela autora

através de transcrição. Arquivos da autora).

Durante o percurso todos os questionamentos, foram sendo respondidos de

maneira que os alunos pudessem perceber que as modificações que aconteceram na

cidade faziam parte da história daquela comunidade. Algo interessante para se ressaltar

foi a percepção que eles construíram sobre as transformações durante as gerações, sobre

o cenário que retratava outra época e consequentemente a forma que as pessoas viviam.

Quando chegamos a Igreja Matriz, não foi possível entrar embora estivesse

marcada a visita, iria acontecer uma cerimônia religiosa que não estava previsto e era

necessária a preparação da Igreja, então só podemos realizar as observações na parte

exterior, mas não impediu que as explicações fossem realizadas.

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Seguimos a caminhada para o último ponto do percurso o Parque Municipal Pedra

da Onça. Lá os alunos puderam conhecer a história que gerou o nome popular da cidade

“Santo Antônio do Salto da Onça”, e também observar as mudanças ocorridas no cenário

natural da cidade, como a margem do rio Jacu onde foram construídas as primeiras casas

da vila. Outro ponto da visita que chamou bastante atenção dos alunos foi o cenário do

rio, pois realizaram comparações entre as imagens fotográficas de décadas passadas e a

paisagem do presente, e observaram ausência de água corrente. E houve a seguinte

observação;

“Professora, nas fotografias que vimos o rio tinha muita água, e pessoa

tomando banho e pescando, e aqui não tem quase nada de água mais, e

também tinha bastante “floresta”, isso deve ter sido por causa da seca e

poluição”.

(FONTE: Paráfrase livre da fala da criança, registrada pela autora

através de transcrição. Arquivos da autora).

Ao retornar para escola foi retomado todo o percurso realizado, de maneira que os

alunos falassem sobre o que haviam observado. Esse momento foi destinado somente

para as falas das crianças, com o intuito de que organizassem as informações que

obtiveram durante a vista no caderno de campo para que, na aula seguinte, pudéssemos

utilizar todo material coletado para a produção do relato de experiência.

A atividade de estudo do meio possibilita a discussão de uma diversidade de

assuntos de diferentes campos. Ao longo da visita sugiram questionamentos que se

expandiam além do campo histórico, isso mostra o quanto é enriquecedor essa

metodologia para a construção da visão questionadora/pesquisadora das crianças, há uma

gama de conteúdos que podem ser estudados fora da sala de aula, possibilitando assim

uma interdisciplinaridade de saberes. Ao estudar o local onde deu-se a fundação do

primeiro povoado, que posteriormente viria ser a cidade de Santo Antônio, as crianças

puderam também perceber o quanto a ação do homem, transforma o cenário que antes era

natural. Por exemplo, as condições do Rio Jacu, que por não ser um rio perene necessita

das condições ambientais para que haja volume de água. Dessa forma, inúmeros

conteúdos poderiam ser abordados somente naquele local, como clima, vegetação, as

mudanças de vida de acordo com as alterações do meio ambiente entre outros.

3.3.6 Sexta Situação de Aprendizagem

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Na sequência a visita de estudos dia 26 de abril, chega o momento da avaliação

do aprendizado histórico construído pelos alunos no decorrer da sequência didática.

Trata-se de uma avaliação qualitativa, por meio do relato de experiência, no qual foi

possível verificar a compreensão das crianças acerca do estudo do patrimônio histórico.

Para a construção do relato (VER ANEXOS I) a turma foi organizada em cinco

pequenos grupos, para que houvesse uma integração de experiências, além de ser a melhor

forma de todos contribuírem e construírem coletivamente, tendo em vista que a turma

apresenta uma dificuldade em produção textual, por ainda estarem em processo de

alfabetização.

Os alunos foram orientados a utilizar o caderno de campo com todas as anotações,

para que servisse de suporte na elaboração do relato. Deveriam conversar entre si e

organizarem as experiências de todos, com colagem, ilustração e pinturas. Foi elaborado

um caderno de campo coletivo (ANEXO E) que era formado pelo os registros de todos

os integrantes.

Após a construção, cada grupo fez apresentação do relato de experiência. Foi

questionado se eles observaram alguma diferença ou semelhança entre os relatos lidos,

para perceberem que mesmo tendo todos participados da mesma aula, ouvidos as mesmas

explicações, conhecido os mesmos lugares, cada um constrói suas percepções de maneira

individual. Dessa forma todos, possuem conhecimentos diferentes, as perguntas são

diferentes, as inquietações são diferentes, o modo de ver é diferente, então a autonomia

de pesquisador se dá dessa forma.

Devemos salienta que a visita de estudos embora tivesse sido direcionada a

construção do saber histórico e a construção do olhar investigativo, se trata de uma

atividade interdisciplinar que proporciona uma integração de saberes, pois o

conhecimento histórico está ligado às outras áreas de conhecimento. Isso tudo ficou

notório, tanto no discurso dos alunos sobre diversos assuntos, quanto na escrita,

particularmente. E isso torna o aprendizado mais enriquecedor.

3.3.7 Sétima Situação de Aprendizagem

A última sequência de intervenção se deu alguns dias após a realização do relato

de experiência, em 2 de abril. A fim de retomar todos os conteúdos que haviam sido

estudados, organizarmos uma “gincana histórica”, na qual os alunos foram divididos em

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cinco grupos. Foram propostas questões sobre o patrimônio histórico da cidade, que

abordavam informações relativas à Escola Doutor Manoel Dantas, à Igreja Matriz de

Nossa Senhora da Conceição e ao Parque Municipal Pedra da Onça.

Inicialmente, foi apresentado aos alunos um texto da minha autoria (VER

APÊNDICE M) que retomava o conteúdo estudado. Em seguida, as questões foram

apresentadas. Cada equipe, que acertasse a resposta, pontuaria, e, no final, a equipe que

mais obtivesse maior quantidade de acertos receberia um “brinde”. Essa atividade foi

planejada com o intuito de tornar possível, deforma lúdica, a compreensão do

conhecimento construído durante as intervenções.

Por se tratar de uma atividade lúdica, as crianças participaram de forma

empolgada. Foi possível constatar que os alunos haviam construído conhecimentos acerca

do patrimônio histórico, assim como assimilaram também a importância da sua

preservação – tanto para manter viva a história da sua comunidade, como para que outras

gerações possam conhecê-la. Ao final da atividade, todas as equipes ganharam

simbolicamente um brinde em forma de agradecimento pela participação nesse trabalho.

Desse modo, encerrou-se formalmente esta experiência que se constituiu em um

grande aprendizado para minha formação, quanto para as crianças que dela participaram.

Ainda a esse respeito, destaco que a participação e o entusiasmo dos alunos tornaram esse

momento significativo, como também a disponibilidade da professora colaboradora para

a realização de todas as etapas do estudo.

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4. CONSIDERAÇÕESFINAIS

A partir das discussões e experiências construídas durante as intervenções na

escola Estadual Doutor Manoel Dantas pretendeu-se expor a importância do

aprimoramento nos procedimentos metodológicos para o ensino de história, tendo como

foco o estudo da história local, mas especificamente do patrimônio histórico, a fim de que

pudesse construir o espírito investigativo nos alunos.

Uma das principais preocupações no desenvolvimento dessa metodologia

constituiu em possibilitar o desenvolvimento do olhar investigativo, construir a

concepção de pesquisa e de enxergar a autonomia da construção do conhecimento e da

aprendizagem a partir do saber histórico com ênfase em alunos dos anos inicias do Ensino

Fundamental. Dessa forma, com estudo da história local foi possível perceber, através das

produções durante a realização do projeto, o quanto é significativo para aprendizagem do

aluno, conhecer a própria realidade, mas não se deter somente a fatos históricos, porém

em outros aspectos, como o social e cultural, isto tudo através do estudo do patrimônio

histórico da comunidade.

Não esteve abordado uma metodologia renovadora, apesar disso a intenção do

trabalho foi de propor uma ressignificação e comprovação de como poderá ser realizado

esse procedimento metodológico de maneira satisfatória, a partir do planejamento

segundo as pesquisas de Proença (1990). Tendo em vista que as situações propostas

durante a realização das atividades, possibilitou construir na vivência dos alunos

procedimentos iniciais de cunho cientifico, como; a observação, coleta de dados,

organização das informações, e a produção de documento baseado na experiência

vivenciada, etapas iniciais que fazem parte da pesquisa histórica.

As investigações foram centralizadas ao patrimônio histórico e sua relação com a

fundação da cidade. Contudo diante das informações levantas com a pesquisa, ficou

constatado que a grande parte das crianças não conhecia seu Patrimônio histórico, tão

pouco haviam estudado sobre a história local em outro momento. Isso aponta que as

práticas pedagógicas do Lócus não priorizam um ensino de história que comtemple o

estudo da localidade, a realidade vivencial dos seus alunos.

Foi compreendido que o estudo do meio proporciona momentos de construção de

conhecimento, em que o espaço limitado da sala de aula não possibilita. Ao realizar uma

visita de estudos a locais do patrimônio histórico, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da

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Conceição, a escola Estadual Doutor Manoel Dantas e o Parque Municipal Pedra da Onça,

os alunos não se deterão apensas a teoria, mas também a prática, de maneira que se deu a

autonomia de estabelecer suas percepções, em que tiveram contato direto com o campo

de estudo. O saber histórico, a valorização do patrimônio histórico, o conhecimento sobre

a história local e cultural, a importância da preservação desses monumentos fez parte do

aprendizado dos alunos.

A realização deste trabalho contribuiu significativamente para minha formação

docente, mas especialmente como pesquisadora, pois a produção de um estudo do meio,

ao mesmo modo que exige uma sistematização e organização de conteúdo, permite uma

autonomia em construir uma unidade integradora de saberes, que muitas vezes o currículo

tradicional não permite. Desta forma, foi possível estabelecer reflexões sobre a prática

docente durante a realização das atividades afim de melhora-la a cada intervenção, isso

refletirá consideravelmente em minha busca de formar uma prática reflexiva e autocritica

como educadora.

Diante de tudo exposto durante esse relato, além das observações e análise dos

dados, é importante destacar como sugestão a valorização do patrimônio histórico-

cultural, e que a escola estabeleça uma visão ampla sobre o estudo do contexto no qual

está inserida, afim de enriquecer sua prática curricular e tornar os conteúdos estudados

significativos para os alunos. Ficou como proposta a escola, a construção de uma prática

para o ensino de história viabilizando o conhecimento sobre a história local, afim de tornar

essa metodologia do um aporte para a integralização de saberes, tanto para a disciplina de

história, como as demais disciplinas escolares.

Assim, valorizar história local, afim de tornar seus educandos participativos e

conscientes da realidade a qual fazem parte.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais: história e geografia.

MEC/SEF: Brasília, 1997. v. 5. História 1º ciclo. p. 35 - 59.

______, Educação de Jovens e Adultos: proposta curricular para o 1º segmento do

Ensino Fundamental. São Paulo: Ação Educativa; Brasília: MEC, 1997. p. 107-175.

ESCOLA ESTADUAL DOUTOR MANOEL DANTAS. Projeto Político e Pedagógico.

Proposta curricular para o ensino de História; 1º segmento do Ensino Fundamental. Santo

Antônio/RN, 2015. P. 1-43. (versão impressa).

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São

Paulo, Paz e Terra, 20

FREINET, Célestin. As Técnicas Freinet na Escola Moderna. Lisboa: Editorial

Estampa, 1976.

HOLLIDAY, Oscar Jara. Como sistematizar?(uma proposta em cinco tempos). In: Oscar

JaraHolliday. Para Sistematizar Experiências. João Pessoa:EDUFBP, 1995. P.81-110.

PESSOA, Gelson Luís. Salto da Onça de vila a cidade. Fortaleza, Ed: IMEPH, 2014.

p.134-295.

PROENÇA, Maria Cândida. Ensinar / aprender História: questões de didática aplicada.

Lisboa: Livros Horizonte, 1990. p. 136-147.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO. Atlas escolar: Histórico e

geográfico do Município de Santo Antônio-RN. Santo Antônio/RN, 2001. P. 01-43.

VIANA, Helder. Cidades, artefatos e memória pública. In VIANA. ROCHA. ARRAIS

(Org.). Cidade e diversidade: itinerários para a produção de materiais didáticos em

História. Natal: EDUFRN, 2012. p. 207-235.

SÍTIOS DE INTERNET

OLIVEIRA, Gui.Trabalho Monteiro Lobato.Trabalho do 3ªA do Barnabé / Santos,

sobre Monteiro Lobato. Disponível em : https://www.youtube.com/watch?v=630GSd-

csec. Acesso em 11 jun. às 13h24min.

SANTO ANTÔNIO OFICIAL.Nossa História.Blog oficial da cidade de Santo Antônio.

Disponível em: www.santoantoniooficial.blogspot.com.br. Acesso em: 24 de abril de

2017 às 14:35.

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APÊNDICES

APÊNDICE A – Roteiro de Entrevista Caracterização/Professora

OBJETIVO DA ENTREVISTA: Compreender as necessidades de formação da professora-

colaboradora e os seus conceitos prévios que se tornaram referenciais para a sua ação docente na

disciplina de História para nos anos iniciais do EF.

1. FORMAÇÃO DOCENTE

1.1 Conte como foi a sua formação [A escola básica (Ens. Fundamental, médio), os motivos

da escolha da graduação...].

Toda minha formação escolar básica foi em escolas Públicas Estaduais, com

complementação de um curso na modalidade subsequente em Administração cursada no

Instituto Federal de Ciências e Tecnologias do RN (Campus Nova Cruz). Quanto a

escolha do curso de pedagogia ocorreu devido ao contato que tive desde muito criança

com a educação infantil pelo fato de minha mãe trabalhar neste ambiente mesmo que não

na função de docente. Além disso na época foi o que me pareceu mais acessível e com

melhor perspectiva de emprego. Principalmente no que se refere à concurso público.

1.2 Relate como você percebe hoje a importância de sua formação para seu trabalho como

professora no Ensino Fundamental.

É nítida a importância e riqueza do curso de pedagogia para qualquer professor, creio que

todos que pensam em ingressar neste setor busquem este curso como norteador das ações

pedagógica. Buscar entender como ocorre o processo de ensino aprendizagem nos seus

mais diferentes âmbitos. A fundamentação teórica apresentada e estágios sugeridos são

muito esclarecedores para enxergarmos a educação moderna de maneira diferente

daquele que presenciamos e vivemos quando criança.

1.3 A sua experiência de formação (escolar, universitária) é ou (foi) importante para seu

trabalho como professora?

Sim, de extrema importância afinal é nela que procuro fundamentar minha prática.

1.4 Descreva as áreas no seu trabalho de professora nas quais, atualmente, você perceber a

necessidade de atualização docente? Por quê?

Em relação aos diferentes transtornos e dificuldades de aprendizagem. Para entender

melhor as diversas situações e suas peculiaridades. Para assim buscar os caminhos para o

máximo de aproveitamento desses indivíduos dentro da sala de aula.

2. CONHECIMENTOS PRÉVIOS (ÁREA DE HISTÓRIA)

2.1 Em sua opinião, o que é História?

A disciplina de história consiste na apresentação de fatos e conceitos que no decorrer do

tempo influenciaram a construção da sociedade como ela é hoje. Assim levando a

conhecer o passado entender o presente e o papel de cada indivíduo na sociedade na qual

está inserido.

2.2 Na sua vida de professora, como você foi pensando o ensino de História.

De uma maneira que leve o aluno a entender o seu presente refletindo sobre o passado.

2.3 Em sua opinião, o que um professor (a) deve saber e fazer para ser um bom professor de

História?

Deve estimular a curiosidade e senso investigativos dos alunos.

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2.4 Para você, como professora, quais seriam as contribuições mais importantes do estudo da

História para os alunos.

Creio que a percepção de seus direitos e deveres como cidadão na sociedade na qual está

inserido.

3. PRÁTICA DOCENTE

3.1 Em sua opinião, qual a importância das suas experiências na docência para a sua atuação

como professora hoje.

Essencial, os conhecimentos teóricos fundamentam as práticas, porém todo o “jogo de

cintura” e dinâmica necessária dentro da sala de aula só se aprende estando dentro dela.

Conhecimento que nunca sessa está sempre em construção diante da riqueza e diversidade

encontrada em cada turma, cada aluno, cada situação dentro do ambiente descolar.

3.2 Conte como você planeja e organiza suas aulas de História.

Tento sempre estar conciliando os conteúdos trabalhados com a vivencia do aluno,

procurando torna aquelas informações as mais significativas possíveis.

3.3 Quais os recursos didáticos (livro didático, textos complementares, imagens e outros) que

você acha importantes para o planejamento e para colocar em prática nas aulas de

História? Relate por quê?

Imagens, vídeos, livros diversos são importantes na hora de planejar qualquer aula. Tudo

que possa chamar a atenção dos alunos de maneira mais dinâmica. Assim melhor será a

absorção das informações consequentemente o aprendizado.

3.4 No momento de planejar as suas aulas de História você leva em consideração os

documentos oficiais com os PCN? Se sim, em que sentido? Se não, quais os parâmetros

para construir suas aulas?

Sim, no sentido de apresentar os conteúdos de maneira mais multidisciplinar. Fazendo o

máximo possível de integração entre as áreas de conhecimentos.

4. FALE UM POUCO DE VOCÊ

4.1 Há quantos anos você é professora?

A um ano.

4.2 Em quais anos (séries) e em quais redes (pública estadual ou municipal, privada) você, já

trabalhou?

Alguns meses em uma instituição privada, em seguida ingressei no serviço público estadual

através de concurso público.

4.3 Você é estatutária (concursada) ou contratada?

Estatutária.

4.4 Já exerceu outra função na escola além da sala de aula?

Não.

4.5 Se você não fosse professora, qual profissão gostaria de ter?

Psicóloga.

(Entrevista concedida à autora em 18 de abril de 2017).

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APÊNDICE B –Sistematização do Plano para Visita de Estudos

PLANO DE SISTEMATIZAÇÃO DE SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM

Participantes:

Autora: Josiane Da Silva Lima

Orientador: João Valença

Professora Colaboradora: Maria da conceição da silva

Público Alvo:

Alunos do 3° Ano do Ensino Fundamental da escola Estadual Doutor Manoel Dantas.

Escola:

Escola Estadual Doutor Manoel Dantas

Tema:

Visita de estudo: conhecendo o patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio, RN.

Local:

Visita a lugares representativos da memória coletiva e do patrimônio histórico da

Cidade de Santo Antônio: Escola Estadual Manoel Dantas, Igreja Matriz de Nossa

Senhora da Conceição e Parque Municipal Praça Pedra da Onça.

Período: 10 de abril a 2 de junho de 2017 Duração: 8 Aulas (40h).

Objetivos

Gerais:

Possibilitar ao educando uma aprendizagem significativa;

Construir a reflexão crítica sobre acontecimentos históricos e a relação do

passado-presente;

Identificar a importância da pesquisa sobre artefatos e monumentos que fazem

parte da história de Santo Antônio;

Motivar o interesse pela pesquisa através da prática investigativa.

Específicos:

Conhecer os primeiros monumentos do início da fundação da cidade de Santo

Antônio.

Identificar a importância dos monumentos para a história da cidade, identificando

transformações políticas e socioculturais e comparando presente e passado.

Analisar e identificar as mudanças no decorrer dos anos ocorridos nas paisagens

que compõe o centro urbano.

Perceber a importância a e participação da Escola Dr. Manoel Dantas na formação

da cidade, desde a sua fundação há 90 anos.

Metodologia:

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Primeiro momento: (Dois dias de observação Data 17 e 18 de abril)

Observação da turma: afim de construir familiaridade com os alunos e

reconhecimento dos lócus da pesquisa.

Entrevista com a professora colaboradora: Para construção da caracterização da

turma.

Segundo momento: (Turno de aula. Data 19 de abril)

Explanação sobre o objetivo do trabalho que será desenvolvido com a turma (o

estudo do patrimônio histórico da cidade de santo Antônio), e o entendimento

sobre o conceito de patrimônio histórico, será apresentado o mapa dos locais

(Escola, Igreja Matriz Nossa Senhora De Conceição, Parque Municipal Pedra da

Onça) os quais serão estudados pela turma.

Diálogo com a turma para levantamentos dos conhecimentos prévios sobre a

escola na qual estudam. Serão feitos questionamentos como: “Qual a data de

fundação da escola? ”, “Seus pais ou parentes já estudaram nessa escola? ”, “ Você

sabe quem é a pessoa, cujo nome foi dado à escola? ”.

Entrega da orientação sobre um questionário simples, destinado aos pais, que terá

a finalidade de identificar a relação da família com a escola.

Terceiro momento: (Turno de aula. Data 20 de abril)

Retomada da atividade inicial, com a organização dos dados construídos através

das entrevistas com os familiares.

Percurso pelo prédio da escola, observando como ela se organiza (a sua estrutura),

quem são as pessoas que frequentam a escola e quais diferenças e/ou semelhanças

com os relatos descritos nas entrevistas.

Sistematizar quais conhecimentos sobre a história da escola os alunos já possuem.

Apresentar documentos (registro fotográficos e textos) que explanem e exibam o

processo gradual das mudanças que ocorreram na estrutura física da instituição.

Nova sistematização das informações para retomar o que já foi compreendido.

Quarto momento: (Turno de aula. Data 24 de abril)

Apresentação introdutória de informações sobre o patrimônio histórico: a Igreja

Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Criação do caderno de campo no qual os alunos irão anexar todo material que já

foi produzido ou/e que irão produzir as nas demais atividades.

Orientar os alunos sobre os procedimentos atitudinais (combinados) a serem

seguidos durante a visita de estudos;

Orientação para que observem a estrutura física do monumento, a

organização da cidade a sua volta,

Orientação sobre anotações e explicações durante a visita.

Orientação sobre o registro fotográfico durante o percurso.

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Quinto momento: (Turno de Aula. Data 25 de abril)

Visita de estudo do meio aos lugares de memória. Apresentar aos alunos,

informações históricas sobre a igreja matriz (Paroquia de Nossa Senhora da Conceição)

e a Parque Municipal Pedra da Onça, que se localiza a margem do rio Jacu, local no qual

se originaram os primeiros povoados da cidade e que é cenário da lenda/conto popular

que deu ao nome da cidade “Santo Antônio do salto onça”.

Sexto momento: (Turno de Aula. Data 26 de abril)

Organização e sistematização dos dados e conhecimentos construídos durante a

atividade de campo através. Relatos de experiência de visita organizados em

grupo.

Organização do caderno de campo em grupo

Sétimo momento: (Turno de Aula. Data 02 de junho)

Retomada do conteúdo que foi estudo através da leitura e discussão de texto.

Realização de “gincana histórica”. Perguntas e respostas.

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APÊNDICE C– Roteiro da Visita de Estudos

VISITA DE ESTUDO AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA CIDADE DE SANTO

ANTONIO DO SALTO DA ONÇA-RN.

Aspectos pedagógicos:

Objetivo:

Reconhecer o patrimônio local como fonte de conhecimento escolar e na construção

do olhar crítico e investigativo.

Motivar o interesse pela pesquisa através da prática investigativa. Identificar a

importância da pesquisa sobre artefatos e monumentos que fazem parte da história de

Santo Antônio.

Possibilitar aos educandos momentos de aprendizagem e conhecimento através de

estudo do meio.

Metodologia: A visita será do tipo dirigida, inicialmente acontecerão aulas para a compreensão da

importância do estudo do patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio do salto da onça-

RN e para levantamento de conhecimentos prévios já construídos pelo os alunos. Será

desenvolvida atividades como relato de visita, questionários e atividade lúdica com teatro de

sombras e leitura de literatura em cordel para assimilação do aprendizado.

Aspectos Burocráticos:

Agendamento prévio dos lugares: Igreja e Parque Municipal Praça pedra da onça.

Autorização dos pais ou responsáveis.

Orientações sobre os procedimentos durante o percurso: roupas adequadas,

protetor solar, cuidados no percurso, água e alimentação adequada.

Horário:Das 2:30 h ás 17:30 h.

Tempo previsto de atividade: 3horas

Locais da Atividade:

Percurso: Av. Lindolfo Gomes Vidal; Parque Municipal Pedra da Onça.

Meio de locomoção:

Todo percurso da visita irá a acontecer em caminhada. Os alunos serão acompanhados pelos

professores.

Execução da atividade:

A caminhada em grupo será realizada nos monumentos do patrimônio histórico/público que

são: Escola Estadual Doutor Manuel Dantas, Igreja Matriz (Paroquia Nossa Senhora da

conceição) e a Parque Municipal Pedra da Onça. Tendo paradas ao longo da visita para

explicação e questionamentos que surgirem acerca da aula.

Avaliação:

Serão utilizados como critérios da avaliação continua: observação de todo o processo e

análise das produções dos alunos (Relatos de experiências, produções e participação nas

atividades)

A atenção no decorrer da visitação do local de estudo, questionamentos e participação.

Assim como a compreensão acerca do conteúdo estudado; patrimônio histórico da

cidade de Santo Antônio, história da escola Doutor Manoel Dantas.

Através do relato de visita será possível analisar se houver a compreensão e

contextualização sobre os fatos históricos a partir da análise de registros fotográficos e

as mudanças ocorridas na formação da cidade.

Por meio da atividade final (leitura da literatura em cordel e o teatro de sombras)

espera-se que os alunos alcancem a compreensão sobre o que sugere o texto, mas

também que compreendam a atividade com o teatro de sombras como uma

representação simbólica da história e cultura da cidade tema do cordel literário.

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APÊNDICE D- Roteiro de Entrevista para ser realizado com os familiares

(SEGUNDO MOMENTO – DATA 19 DE ABRIL)

CONHECENDO A HISTÓRIA DA MINHA ESCOLA: ENTREVISTA

NOME:

IDADE: PARENTESCO:

VOCÊ FOI ALUNO DA ESCOLA DOUTOR MANOEL DANTAS?

QUAL SUA IDADE NESSA ÈPOCA?

( ) SIM ( ) NÃO

DESCREVA UMA LEMBRANÇA DA SUA VIVÊNCIA ESCOLAR.

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DA ESCOLA? PODE NOS CONTAR?

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APÊNDICE E– Dinâmica: quadro sobre patrimônio histórico

(SEGUNDO MOMENTO – DATA 19 DE ABRIL)

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APÊNDICE F– Slides com Informações Introdutórias sobre a História da Escola Dr.

Manoel Dantas

(TERCEIRO MOMENTO – 20 DE ABRIL)

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APÊNDICE G– Slides com informações Introdutórias sobre a História da Escola Dr.

Manoel Dantas.

(TERCEIRO MOMENTO. DATA 20 DE ABRIL)

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APENDICE H- Atividade para Sistematização de Informações

(TERCEIRO MOMENTO – DATA 20 DE ABRIL)

CONHECENDO A HISTÓRIA DA MINHA ESCOLA

1. Qual foi a data da fundação da Escola?

2. Quem é o patrono da escola?

3. Ao ver as fotografias antigas, você percebeu alguma diferença para a escola

que você conhece hoje? Quais?

4. Descreva como é estudar na sua escola.

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APENDICE I- Slides com Informações Introdutórias sobre a Igreja Matriz e o Parque

Municipal Pedra da Onça

(QUARTO MOMENTO – DATA 24 DE ABRIL)

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APENDICE J- Slides com Informações Introdutórias sobre a Igreja Matriz e o Parque

Municipal Pedra da Onça

(QUARTO MOMENTO – 24 DE ABRIL)

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APENDICE K- Mapa do Percurso da Visita de Estudo

(QUARTO MOMENTO – DATA 24 DE ABRIL)

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APÊNDICE L– Quadro de Registro do Caderno de Campo

(QUARTO MOMENTO. DATA 24 DE ABRIL)

ESCOLA ESTADUAL DOUTOR MANOEL DANTAS

O que eu já sei

sobre a história

da minha escola

O que quero

descobrir

Informações novas que

descobri na aula de campo

IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

O que eu já sei

sobre a história

da Igreja Matriz.

O que quero

descobrir

Novas informações que

descobri na aula de campo

PARQUE MUNICIPAL PEDRA DA ONÇA

O que eu já sei

sobre.

O que quero

descobrir

Novas informações que

descobri na aula de campo

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APÊNDICE M– Texto: Conhecendo o Patrimônio Histórico da cidade de Santo Antônio

(SÉTIMO MOMENTO. DATA 02 DE JUNHO).

É HORA DE RELEMBRAR!

Conhecendo o patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio

Durante nossas aulas pesquisamos sobre o patrimônio histórico da nossa cidade, Santo Antônio do

“salto da onça”, estudamos sobre a escola, descobrimos que ela é a mais antiga e foi a primeira escola

pública da cidade, criada no ano de 1927 irá completar 90 anos, têm como patrono Manoel Dantas, que

nasceu em Caicó, interior do estado, ele foi advogado, educador, um revolucionário que lutou contra a

escravidão. Várias gerações de santoantonienses aqui estudaram, a história da escola e da cidade se

misturam, com 89 anos de existência a escola Doutor Manoel Dantas representa grande importância para a

cidade de Santo Antônio.

No ano de 1850 Ana de Pontes doou parte das suas terras para que se fundasse um pequeno

povoado que foi nomeado “salto da onça”, após a realização da primeira missa pelo vigário da cidade de

Goianinha (Manoel Ferreira Borges) que o a vila foi nomeada Santo Antônio. Em 05 de julho de 1890 é a

data da emancipação da nossa cidade, que possui hoje 127 anos.

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição foi um dos

primeiros monumentos da comunidade, fundada em 1869 ainda

era uma capela; levou cera de 30 anos para que a Igreja fosse

totalmente construída. As obras terminaram finalmente em

1941. Desde então, acontece todos os anos uma grande

celebraçãoem homenagem Padroeira da cidade, a festa acontece

no período entre 29 de novembro a 08 de dezembro.

Estudamos também o Parque Municipal Pedra da Onça, lugar

onde moradores contam, que nas proximidades do rio Jacu, existe uma

pedra rachada ao meio com uma fenda medindo aproximadamente três

metros. Segundo a lenda de origem da cidade, uma onça, ameaçada por

um caçador, foi ferida mortalmente ao saltar de uma pedra para outra

surgindo, assim, a denominação "Salto da Onça". O Parque Municipal

Pedra da Onça, hoje é um ponto turístico da cidade. Durante nossas

aulas construímos juntos muitos aprendizados. Autora: Josiane Da

Silva Lima

RFERÊNCIAS

PESSOA, Gelson Luís. Salto da Onça de vila a cidade. Fortaleza, Ed: IMEPH, 2014. p.134-295.

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO. Atlas escolar: Histórico e geográfico do Município de Santo Antônio-

RN. Santo Antônio/RN, 2001. P. 01-43

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APÊNDICE N- Organização do Plano da Gincana.

(SÉTIMO MOMENTO, DATA 02 DE JUNHO)

ROTEIRO PARA “GINCANA HISTÓRICA”

Título: Gincana histórica: reconhecendo a história e memórias do município de Santo Antônio

do “salto da onça”.

Primeiro Momento: As crianças serão organizadas em cinco equipes (cada equipe com seis

componentes). Serão dadas as explicações sobre a dinâmica da atividade.

Segundo momento: Será realizada a leitura do texto “Conhecendo o patrimônio histórico da cidade

de Santo Antônio-RN”, afim de retomar o conteúdo que já tinha sido estudado.

REGRAS:

Cada grupo terá dois minutos para responder as questões propostas;

Cada questão terá um valor de 10 pontos;

Respostas incompletas valerão a metade da pontuação (5 pontos);

Ganha a equipe que mais pontuar;

Ao todo será realizado 15 questões;

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APÊNDICE O - Roteiro de Questões realizadas na “Gincana Histórica”

(SÉTIMO MOMENTO, DATA 02 DE JUNHO).

ROTEIRO DE PERGUNTAS

Em que ano foi fundado o povoado “salto da onça”?

No ano de 1850

Após a qual acontecimento o povoado foi nomeado Santo Antônio?

R. Após A Realização da primeira missa, celebrada pelo vigário Manoel Ferreira Borges

Quem fundou a cidade de Santo Antônio?

Ana Joaquina de Pontes

Conte a lenda que deu origem o nome Santo Antônio do “salto da onça”?

R. Segundo Moradores, nas proximidades do rio Jacu, existe uma pedra rachada ao

meio com uma fenda medindo aproximadamente três metros. Segundo a lenda de origem

da cidade, uma onça, ameaçada por um caçador, foi ferida mortalmente ao saltar de

uma pedra para outra surgindo, assim, a denominação "Salto da Onça".

Quais foram os monumentos do patrimônio histórico da nossa cidade que estudamos?

R. Escola E. Doutor Manoel Dantas, Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e

Parque Municipal Pedra da Onça.

Qual a padroeira da cidade? Em quais meses do ano acontecem as festividades em sua

homenagem?

R. Nossa senhora da conceição. A festa acontece no período entre 29 de novembro a 08

de dezembro

Quantos anos durou a construção da Igreja Matriz?

R. A Construção durou cerca de 30 anos.

Quantos anos irá completar a Escola E. Doutor Manoel Dantas?

R. 90 anos

Conte algumas informações que você conhece sobre a história da escola Doutor Manoel

Dantas.

R. Primeira escola pública da cidade, fundada no ano de 1927.

Quantos anos a cidade de Santo Antônio irá completar desde a sua fundação?

R. Irá completar em 5 de julho 127 anos

Quem é o patrono da nossa escola?

Doutor Manoel Dantas

Qual o nome da primeira avenida da cidade?

R. Avenida Lindolfo Gomes Vidal

Como se chama o rio que banha a cidade de Santo Antônio?

R. Rio Jacu

Qual local do patrimônio histórico da cidade, se tornou um ponto turístico?

R. Parque Municipal Pedra da Onça

Fale no mínimo um dos antigos nomes da escola Doutor Manoel Dantas?

R. Escola Rudimentar, Escola Isolada Dr. Manoel Dantas, Grupo escolar Doutor

Manoel Dantas

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ANEXOS

ANEXO A – Documento Utilizado pela Professora Titular

Fonte:JOSÉ, Elias. Caixa mágica de surpresas. 19. ed. Brasil: Editora Paulus, 1997. 18 p.

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ANEXO B-Produção do Cartaz e Dinâmica sobre Patrimônio Histórico

(SEGUNDO MOMENTO. DATA: 19 DE ABRIL)

Figura I. Cartaz produzidopelos alunos.

Fonte: Arquivo particular da autora

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ANEXO C - Preparação para a Visita de Estudos: informações históricas da escola

(TERCEIRO MOMENTO. DATA 20 DE ABRIL)

Figura II: Exposição de slides com informações

Históricas da Escola Dr. Manoel Dantas

Fonte: arquivos particular da autora.

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ANEXO D– Produção da Capa do Caderno de Campo

(QUARTO MOMENTO. DATA 24 DE ABRIL)

Figura III: Produção do aluno a capa do caderno de campo.

Fonte: arquivos particular da autora.

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ANEXO E– Produção da Capa do Caderno de Campo

(QUARTO MOMENTO. DATA 24 DE ABRIL).

Figura IV: Produção da capa do caderno de campo.

Fonte: arquivo particular da autora.

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61

ANEXO F– Realização da Visita de Estudos

(QUINTO MOMENTO. DATA 25 DE ABRIL).

Figura V: Realização da visita de estudos.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Fonte: arquivos particular da autora.

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ANEXO G– Realização da Visita de Estudos

(QUINTO MOMENTO. DATA 25 DE ABRIL)

Figura VI: Realização da visita de estudos ao

Parque Municipal Pedra da Onça.

Fonte: arquivos particular da autora.

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ANEXO H– Produção do Relato de Experiência em Grupo

(SEXTO MOMENTO. DATA 26 DE ABRIL)

Figura VII: Alunos produzindo o relato de experiência em grupo.

Fonte: arquivos particular da autora.

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ANEXO I – Produção do Relato de Experiência em Grupo

(SEXTO MOMENTO. DATA 26 DE ABRIL)

Figura VIII: Relato de experiência produzindo pelos alunos (Grupo I)

Fonte: arquivos particular da autora.

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ANEXO J – Produção do Relato de Experiência em Grupo

(SEXTO MOMENTO. DATA 26 DE ABRIL)

Figura IX: Relato de experiência produzido pelos alunos (grupo IV)

Fonte: Arquivo particular da autora.

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67

ANEXO K- Relato de Experiência produzido pela Professora Colaboradora

(SEXTO MOMENTO. DATA 26 DE ABRIL).

Figura X: Relato de experiência produzido pela professora colaboradora.

Fonte: Arquivo particular da autora.

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ANEXO L- Realização da Gincana

(SÉTIMO MOMENTO. DATA 02 DE JUNHO)

Figura XI: Realização da Gincana “histórica”.

Fonte: Arquivo particular da autora.

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ANEXO M- Texto utilizado para Intervenção Didática sobre Parque Municipal Pedra da

Onça.

SECRETARIA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO. Atlas escolar: Histórico e geográfico do

Município de Santo Antônio-RN. Santo Antônio/RN, 2001.p 19.

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ANEXO N –Termo de Autorização para a Realização da Pesquisa.

TERMO DE AUTORIZAÇÃO

Autorizo a realização da pesquisa intitulada Visita de estudo: conhecendo o

patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio, a serrealizada na Escola Estadual

Professor Manoel Dantas. Esta pesquisa constitui um trabalho monográfico de

conclusão do curso de Pedagogia do Centro de Educação da Universidade Federal do

Rio Grande do Norte, cujo objetivo é apresentar, exercitar e desenvolver a metodologia

da Visita de estudos para conhecer o patrimônio histórico da cidade de Santo Antônio

e contribuir com a sensibilização da comunidade escolar em adotar esta alternativa

metodológica para o ensino de História. Esta pesquisa será realizada pela graduanda

Josiane da Silva Limae orientado pelo prof. Dr. João Maria Valença de Andrade.

A construção dos dados será realizada na própria escola, nos momentos de

exercício profissional dos professores e de aulas dos alunos. Consistirá de aplicação de

entrevistas, de realização de atividades didáticas experimentais e de elaboração de

relatos de experiência, no decorrer dos meses de abril a junho de 2017.

Este estudo não traz riscos físicos nem morais aos participantes. Pretende-se

que os dados finais da pesquisa tragam uma contribuição à prática pedagógica dos

educadores no sentido da uma reflexão acerca dos saberes requeridos para a mediação

da construção do saber histórico nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Santo Antônio, RN, ____ de abril de 2017.

____________________________________

Responsável pela Escola

(Carimbo da Escola).

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ANEXO O-Termo de Autorização para a Realização da Pesquisa

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado/a Sr./a.

Solicitamos a sua participação voluntária nesta pesquisa, cujo objetivo é

investigar Visita de estudo: conhecendo o patrimônio histórico da cidade de Santo

Antônio. a) Riscos possíveis e benefícios esperados:

Esta pesquisa não oferece nenhum risco para os participantes. Pretende-se que

os dados finais do estudo tragam contribuições à prática pedagógica dos educadores no

sentido da uma reflexão acerca dos saberes requeridos para a mediação da construção

do saber histórico nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

b) Procedimentos:

Os colaboradores participarão de uma entrevista gravada para posterior

transcrição. Participarão, também, de uma atividade experimental de visita de estudos.

As atividades da pesquisa estão previstas para o período entre abril e junho de 2017

nos momentos de exercício profissional dos professores e de aulas dos alunos.

c) Acesso às informações

A pesquisa será realizada na Estadual Professor Manoel Dantas. A graduanda

Josiane da Silva Lima terá acesso aos dados construídos junto aos participantes sem,

contudo, violar a confidencialidade necessária.

O participante autoriza a utilização dos dados obtidos para a realização de

trabalhos e apresentação em encontros científicos. Concede ainda o direito de retenção

e uso para quaisquer fins de ensino e divulgação em jornais e/ou revistas científicas do

país e do estrangeiro, desde que mantido o sigilo sobre a sua identidade, podendo usar

pseudônimos. Fica ciente que nada tem a exigir a título de ressarcimento ou

indenização pela participação nas ações propostas por esta pesquisa.

Santo Antônio, RN, ____ de abril de 2017.

____________________________________

Responsável pela Pesquisa

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ANEXO P- Termo de Autorização para a Realização da Pesquisa

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

ANEXO 1 – PROFESSORES E PROFISSIONAIS DA ESCOLA

Declaro que após ter lido e compreendido as informações contidas nos TERMOS

DE AUTORIZAÇÃO e DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO, concordo em

participar da pesquisa monográfica intitulada Visita de estudo: conhecendo o patrimônio

histórico da cidade de Santo Antônio. E que, através deste instrumento, autorizo a graduanda

Josiane da Silva Lima a utilizar as informações obtidas por meio das entrevistas, dos escritos

dos relatos de experiência, filmagens, fotografias e observações, com a finalidade de

desenvolver trabalho de cunho científico na área da Educação.

Autorizo também a publicação do referido trabalho, de forma escrita podendo utilizar

os resultados da análise. Concedo também o direito de retenção e uso para quaisquer fins de

ensino e divulgação em jornais e/ou revistas científicas do país e do estrangeiro, desde que

mantido o sigilo sobre a minha identidade, estando ciente de que nada tenho a exigir a título de

ressarcimento ou indenização pela minha participação na pesquisa.

Caso tenha novas perguntas sobre este estudo, posso chamara graduanda Josiane da

Silva Lima , no telefone (84) 99963.0365 para qualquer esclarecimento sobre os meus direitos

como participante, assim como posso entrar em contato com o prof. Dr. João Maria de Valença

Andrade (orientador da pesquisa) no Centro de Educação da UFRN (84) 3342.2270 (opções 4

e 1).

Eu, _________________________________________, RG__________, declaro para fins de

participação na pesquisa, na condição de sujeito objeto da ação, que fui devidamente esclarecido (a) das

condições acima citadas e consinto voluntariamente em participar das atividades propostas.

________________________________________________________

Assinatura do participante da pesquisa

Responsável pela Pesquisa

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ANEXO Q- Termo de Autorização para a Realização da Pesquisa

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

ANEXO 2 – TURORES LEGAIS DOS ALUNOS

Eu, _________________________________________, RG__________, tutor legal

do aluno (a) ____________________________________________, após ter lido e

compreendido as informações contidas nos TERMOS DE AUTORIZAÇÃO e DE

CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO, autorizo sua participação na pesquisa

monográfica intitulada Visita de estudo: conhecendo o patrimônio histórico da cidade de

Santo Antônio.Por meio deste instrumento, autorizoa graduandaJosiane da Silva Lima a

utilizar as informações obtidas por meio dos escritos dos relatos de experiência, informações

das atividades escritas em sala de aula, filmagens, fotografias e observações, com a finalidade

de desenvolver trabalho de cunho científico na área da Educação.

Autorizo também a publicação do referido trabalho, de forma escrita podendo utilizar

os resultados da análise. Concedo também o direito de retenção e uso para quaisquer fins de

ensino e divulgação em jornais e/ou revistas científicas do país e do estrangeiro, desde que

mantido o sigilo sobre identidade do menor, acima citado, do qual tenho a tutela, estando ciente

de que nada tenho a exigir a título de ressarcimento ou indenização pela sua participação na

pesquisa.

Declaro que fui devidamente esclarecido (a)a respeito do conteúdo da pesquisa em

que o menor, citado neste documento, participará.

Santo Antônio, RN, ____ de abril de 2017.

________________________________________________________

Assinatura do tutor legal do aluno participante da pesquisa

___________________________________________________

Responsável pela pesquisa