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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
PEDAGOGIA
Letícia Aparecida de Lima
O LIVRO E AS NOVAS MÍDIAS
LINS – SP
2013
LETÍCIA APARECIDA DE LIMA
O LIVRO E AS NOVAS MÍDIAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Pedagogia, sob a orientação do Prof. Me Paulo Sérgio Fernandes e orientação técnica da Profª Ma Fátima Eliana Frigatto Bozzo.
LINS – SP
2013
LETÍCIA APARECIDA DE LIMA
O LIVRO E AS NOVAS MÍDIAS
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium para obtenção do Título de graduação
do curso de Pedagogia.
Aprovado em: ____/____/_____
Banca Examinadora:
Prof (a) Orientador: Paulo Sérgio Fernandes
Titulação: Mestre em teoria literária e literatura comparada UNESP - Assis
Assinatura: ________________________
1° Prof (a): Karina de Fatima Gomes
Titulação: Especialista em Educação Especial na Universidade de Iguaçu
Assinatura: ________________________
2° Prof (a): Lídia Helena Gomes de Oliveira
Titulação: Graduação em Letras - Faculdade Auxilium de Filosofia, Ciências e
Letras de Lins
Assinatura: ________________________
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus que esteve presente nas horas mais
difíceis deste trabalho de conclusão de curso.
As minhas amigas de curso que estiveram presentes firmes e fortes
junto a mim nesta caminhada;
Ao meu irmão de coração André Silva por ter me levantado todas as
vezes que precisei, com toda sua luz e paciência esteve ao meu lado sempre
me dando força;
Aos meus amigos da escola João Alves que sempre me deram força;
Ao meu orientador Paulo Sérgio que soube me guiar e mostrar livros
maravilhosos para a realização deste trabalho.
A todos os amigos e amigas que me iluminaram com suas palavras.
Enfim é inenarrável a alegria e a sensação de dever comprido.
Muito obrigada.
Letícia
EPÍGRAFE
“Ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de
compreensão do mundo”, mas a criança ainda não sabe disso, é preciso que
se mostre a elas, e o melhor caminho até hoje encontrado é da literatura.
Fanny Abramovick
RESUMO A sociedade contemporânea está cada vez mais voltada para a tecnologia; assim sendo os adolescentes também dominam a era midiática. Atualmente, a juventude é dominante da tecnologia e acaba trocando o material impresso pelas mídias; tendo em vista que as leituras estão sendo descontextualizada dentro da sala de aula. Deste, modo o professor precisa estar apto a trabalhar com a tecnologia fazendo um paralelo entre o livro que conta histórias da humanidade e as mídias que fazem parte do cotidiano do aluno. Muito além de defender o livro com obra prima, é necessário compreender o que o aluno já sabe e contextualiza a leitura literária para que o gosto pelo material impresso aconteça natural e de forma prazerosa. Portanto, a escola precisa estar atenta a nova era midiática e se adequar a ela. Os objetivos dessa pesquisa foram analisar a importância do livro impresso frente às novas mídias; compreender a relevância da leitura literária no mundo tecnológico; refletir a utilização das novas tecnologias nas séries iniciais do Ensino Fundamental. A metodologia utilizada na pesquisa foi bibliográfica e dedutiva com material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. A pesquisa demonstrou que o livro e as leituras ainda são a melhor fonte de aprendizado e que o aluno precisa estar apto a utilizar a tecnologia, no entanto sem deixar de lado o material impresso. Conclui-se que as tecnologias estão cada vez mais inovadoras e atrativas para os alunos, no entanto, é com as leituras contextualizadas e trabalhadas de forma adequada que os estudantes estarão aptos a compreender as mídias sem deixar o livro que continuará contando histórias fascinantes. Palavras-chave: Leitura. Livro. Mídia.
ABSTRACT
Contemporary society is more and more technology-oriented and, for this reason, adolescents can dominate media as well. Nowadays, the youth population controls technology and consequently substitutes printed materials by media, since reading practice is being decontextualized in classrooms. Thus, the teacher must be able to work with technology by creating a correspondence among books, which tell the history of humanity, and the media, which is part of the students’ daily life. Beyond defending books as being masterpieces, it is necessary to understand what the student already knows and contextualize it with the literary reading, so that the taste for printed materials happens naturally and with pleasure. Therefore, the school must be aware of this new media era and adapt to it. The aims of the present research are: analyze the importance of printed books facing new media; to comprehend the relevance of literary reading in the technology world; to consider the utilization of new technology in early grades of basic education (Fundamental Teaching). The methodology used in the research is bibliographic and deductive, using already elaborated material, which comprise mainly books and scientific articles. The research shows that books and reading practice are still the best source for learning and that the student must be able to use technology, however, without losing contact with printed materials. As a result, technology is increasingly innovative and attractive to students. Nevertheless, using contextualized reading practice and working with them in the proper way will allow students to be able to comprehend media and still use books, which will continue telling them fascinating stories. Key words: Reading. Book. Media.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................09
CAPÍTULO I – A AVENTURA DO LIVRO IMPRESSO E AS MÍDIAS..............11
1. O LIVRO........................................................................................................11
CAPÍTULO II – A LEITURA NA ERA MIDIÁTICA............................................21
2. A LEITURA...................................................................................................21
CAPÍTULO III – A LEITURA, A LITERATURA E AS MÍDIAS..........................31
3. A LEITURA E A LITERATURA JUNTO AS NOVAS MÍDIAS....................31
CONCLUSÃO....................................................................................................40
REFERÊNCIAS.................................................................................................41
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INTRODUÇÃO
O mundo contemporâneo é marcado pela rapidez com que se tem
acesso às informações – a sociedade encontra-se na era digital, e a maneira
de prover-se de informação tem se transformado gradualmente. O mundo
virtual vai, progressivamente, confundindo os seus limites com o mundo real no
cotidiano de crianças e adolescentes. A internet, o telefone celular e muitos
novos equipamentos de tecnologia da informação vão transformando os
comportamentos e as formas de se relacionar com a família e com os amigos.
Em face dessa nova realidade, pode-se afirmar que a era digital está
mudando os estilos de vida, os comportamentos, os relacionamentos familiares
e sociais, com os diversos aparatos tecnológicos, a relação das crianças com a
leitura e com os textos tornou-se bem diferente.
Essa sociedade contemporânea, caracterizada pelo grande volume de
informações reflete-se diretamente na educação, exigindo que a escola não
seja uma mera transmissora de conhecimentos, mas que seja um ambiente
estimulante, que valorize a invenção e a descoberta.
Haja vista, apesar dos livros serem primordiais para a educação, a
adaptação com os novos meios e suportes que estão surgindo faz-se
extremamente necessária, desde que estes sejam adequadamente utilizados.
Deste modo, este trabalho tem como objetivos analisar a importância do
livro impresso frente às novas mídias; compreender a relevância da leitura
literária no mundo tecnológico; refletir a utilização das novas tecnologias nas
séries iniciais do Ensino Fundamental; tendo em vista que a leitura ainda
continua sendo a fonte de aprendizado mais segura; e a escola precisa estar
atenta à nova geração.
A pesquisa foi desenvolvida e analisada de forma bibliográfica e dedutiva
com material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos.
O capítulo I: “A aventura do livro impresso e as mídias” onde são
abordadas questões do livro impresso, e as mídias presente no cotidiano dos
alunos, e a hipertextualidade gerada pela tecnologia que se renova a cada dia.
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O capítulo II: “A leitura na era midiática” neste capítulo são apresentados
alguns apontamentos sobre a história da leitura e como seria a concepção de
leitura do educando.
O capítulo III: “A leitura, a literatura e as mídias” onde são apresentados
a leitura literária junto a era midiática uma englobando a outra; uma parceria da
escola com a tecnologia.
No final da pesquisa há conclusão com considerações finais que
procuraram demonstrar que o livro e a tecnologia precisam andar juntos
visando apenas à aprendizagem do aluno.
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CAPÍTULO I
A AVENTURA DO LIVRO IMPRESSO E AS MÍDIAS
1 O LIVRO
O ser humano desde seus primórdios esteve à procura de algo que
pudesse guardar suas histórias para serem recontadas, como mostram várias
pinturas rupestres de milhões de anos. Ainda em suas cavernas os homens
mais velhos passavam suas histórias oralmente uns para os outros.
Com o surgimento da escrita surge também o livro como objeto de
informação, de contador de histórias, de piadistas, de conhecimento etc. “Um
livro não é uma máquina para bloquear, registrando-os, os pensamentos. É
uma máquina para produzir interpretações e, por conseguinte, para produzir
novos pensamentos”. (ECO, 2010, p. 27).
O livro tornou-se um objeto indispensável na vida do homem, assumindo
assim a memória dos velhos contadores de história.
Em sua longa trajetória o livro passou por destruições como caso da
biblioteca de Alexandria que ardeu em chamas queimando várias obras, tendo
em vista que este não foi o único caso de repressão contra as páginas escritas.
O livro também passou pela fase de poder, pois quem tinha acesso a ele era
somente a nobreza, com condição favorável para comprá-lo.
Com o passar dos séculos houve a evolução do livro e atualmente todos
tem acesso a ele ou em casa, na escola, no trabalho ou até mesmo digitalizado
na internet, porém com a era digital discutiu-se muito o fim do livro impresso.
Como é belo um livro, que foi pensado para ser tomado nas mãos, até na cama, até num barco, até onde não existam tomadas elétricas, até onde e quando qualquer bateria se descarregou, e suporta marcadores e cantos dobrados, e pode ser derrubado no chão ou abandonado sobre o peito ou sobre os joelhos quando a gente cai no sono, e fica no bolso, e se consome, registra a intensidade, a assiduidade ou a regularidade das nossas leituras, e nos recorda (se parecer muito fresco ou intonso) que ainda não o lemos... (ECO, 2010, p. 54).
A cultura das páginas escritas é tão antiga quanto a leitura, este ato de
viajar por mundos desconhecidos, se emocionar com histórias de amor e ódio,
aventuras impossíveis, vivenciar a vida dos personagens como: Romeu e
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Julieta, Emma Bovary, Dom Quixote e Sancho Pança, Dom Casmurro e outros
que deixaram suas marcas, através da memória do livro.
As mídias avançaram muito rápido em pouco tempo e são de fato
importantes, mas não tomarão o lugar do livro, mesmo porque acompanhá-las
ficou muito complicado, tinha-se há pouco tempo à revolução que eram os
computadores considerados máquinas importantes para o trabalho, não se
passou muito tempo vieram os notebooks, nos quais, facilitavam a vida das
pessoas por serem portáteis e fáceis de carregar, ainda com pouco tempo de
vida os notebooks deram lugar aos tablets que se tornaram uma febre nas
mãos das crianças o que se tornou preocupante, pois o que era para ajudar a
humanidade tornou-se sinônimo de luxúria. As mídias são de fato algo que
facilitam a vida das pessoas, porém não conseguimos acompanhá-las, pois,
estão em constantes mudanças.
Segundo Eco (2010, p. 36):
Os suportes modernos tornaram-se rapidamente obsoletos. Por que correr o risco de nos atulharmos com objetos que correriam o risco de permanecer mudos, ilegíveis? Temos a prova científica da superioridade dos livros sobre qualquer outro objeto que nossas indústrias culturais puseram no mercado nesses últimos anos. Logo, se devo salvar alguma coisa que seja facilmente transportável e que deu provas de sua capacidade de resistir às vicissitudes do tempo, escolho o livro.
Ao refletir a questão das novas mídias torna-se evidente o bombardeio
de informações que correm todos os dias no mundo, podendo ser alteradas e
colocadas de forma errada para todos que tenham acesso às mídias, as
informações tornaram-se cada vez mais rápidas e perigosas.
O reflexo das mídias aborda uma questão relevante, quando se volta o
olhar para a educação, levando em conta que os alunos são dominantes de
cem por cento da tecnologia midiática e estão trocando os livros por mídias.
A juventude contemporânea já não é mais a mesma, o que se tornou
evidente foi que esta nova geração não aceita mais ficar ouvindo histórias de
Monteiro Lobato e outros, sendo que com um clique eles conhecem novos
jogos e várias outras formas de “aprender”, no entanto resta a dúvida será
mesmo que estão aprendendo, pois são tantas informações que na maioria das
vezes não estão de forma adequada, deixando assim, a juventude vulnerável
ao que eles acreditam que seja essencial.
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Outro ponto que se tornou relevante ao abordar a questão das novas
tecnologias é que os estudantes estão cometendo erros em provas, ou em
perguntas que mudam apenas uma palavra, um detalhe eles não conseguem
responder, pois não estão sendo treinados para pensar e se concentrar apenas
conhecem todas as funções da internet, isto não seria ruim embora não
consigamos ficar sem a tecnologia.
A humanidade criou diversas máquinas para melhorar a forma de vida,
porém chegou a criar máquinas que fazem a maior parte das tarefas cognitivas
não exigindo do homem o esforço de pensar, o que ocasionou assim a perda
do sentido de estudar e aprender.
O uso excessivo das mídias nos leva a pensar nos textos midiáticos que
são e-mails, mensagens pelo Facebook, Twitter, Msn e outros, as redes sociais
estão em alta no mundo e a maioria das pessoas tem acesso ou possuem
conta nelas, é interessante considerar que jovens e até mesmo adultos
cometem erros ao mandarem e-mails.
As publicações e conversas pelas redes sociais também aparecem cada
vez mais erradas, isso se torna preocupante, pois, esta escrita errada também
está cada vez mais presente dentro da escola em textos propostos pelos
professores, observa-se a quantidade de erros ortográficos que os alunos
cometem acreditando que se pode escrever de forma abreviada nas redes,
também possa escrever nas provas ou em atividades em sala de aula, outro
ponto a ser abordado é que por mais que os alunos usem as mídias para
escrever, jogar e para outros fins, isso não fará deles “bons escritores”, pois
para uma escrita adequada é necessário um embasamento didático e
infelizmente, isso as mídias não podem proporcionar para os alunos.
Com a digitalização dos livros ouve-se muito a questão da disseminação
do conhecimento pelas mídias, porém seja pouco provável que com a suposta
“disseminação” aumente o número de leitores, mesmo porque quando se fala
em internet, ou área midiática lembra-se das redes sociais.
Outro fator que geraria possíveis dúvidas sobre esta tal “disseminação” é
se ela seria de forma democrática e o que estaria por traz desta suposta
democracia, cabe uma reflexão, será mesmo que seria para todos os livros
digitalizados, o que se tornou perceptível foi que a disseminação do
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conhecimento parece estar próxima, porém ainda não se sabe quem possuirá
essas informações.
No entanto, a digitalização deixaria as grandes obras literárias entregues
a uma empresa que se responsabilizasse por tal serviço, porém a população
não teria a certeza se o acesso a todo material digitalizado seria possível e
gratuito, é pertinente entender também que quando se adere ao termo
digitalização lembra-se que “alguém” será responsável por essas informações,
mas até que ponto este “alguém” deixaria o livre acesso a informação; será
conveniente entregar bibliotecas inteiras para serem digitalizadas com
promessas de disseminação do conhecimento.
Com o bombardeio de informações erradas seria interessante encontrar
uma solução rápida para o futuro dos livros impressos, mas ela não está no
monopólio da informação, ou “na boa vontade de empresários”, e sim em
analisar de forma crítica e coerente uma maneira de democratizá-la, afinal
todas as histórias contidas nos impressos do mundo inteiro contam as histórias
de descobrimentos e outras aventuras, mostram a forma diferente que cada
povo vive, ou seja, o livro é uma herança cultural e deve se pensar muito antes
de entregá-lo para ser digitalizado.
É fato que na contemporaneidade a sociedade lê muito mais do que na
antiguidade, pela facilidade de acesso aos livros, porém a digitalização de
bibliotecas não alteraria o número de adeptos à leitura.
Com a era digital em que tudo é feito pelo computador esquece-se que a
leitura realizada na frente de computadores se torna cansativa, em pouco
tempo o corpo já pede um intervalo para descanso, além de muitas vezes ao
término da leitura, esquece-se completamente o conteúdo lido.
A leitura realizada na frente do computador se dá de forma fragmentada
e muitas vezes não pode ser considerada produtiva, pois ao mesmo tempo em
que se lê, podem-se fazer outras conexões como no Facebook, Msn, jogos e
outras redes, ao realizar a leitura é necessária concentração para entender as
ideias do texto, será que com tantas coisas sendo realizada ao mesmo tempo
essa leitura será produtiva, ou servirá para algum fim.
Segundo Eco (2010, p. 30):
Faz alguns milhares de anos que a espécie se adaptou à leitura. O olho lê e o corpo inteiro entra em ação. Ler significa também encontrar uma posição apropriada, é um ato que envolve o pescoço,
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a coluna vertebral, os glúteos. E a forma do livro, estudada durante séculos e ajustada sobre formatos ergonomicamente mais adequados, é a forma que esse objeto deve ter para ser segurado pela mão e levado a correta distância do olho. Ler tem haver com nossa fisiologia.
Ao refletir a leitura realizada na tela do computador, levanta-se outra
questão, que não há de certa forma uma continuidade, que obrigue ou no
mínimo faça o leitor voltar às páginas para dar segmento à leitura, ou mesmo
que compreenda a totalidade do autor e da obra.
A leitura feita na tela do computador impede que o leitor tenha um
contato tátil com o livro, impede também que ele sinta o cheiro da obra ou de
um livro novo, impede que o leitor faça inferências no decorrer da leitura, e
principalmente se está leitura for para fins de pesquisa ou estudo,
evidentemente será muito mais fácil o leitor voltar em anotações feitas nas
páginas dos livros ou em apostilas impressas, do que se dispor a abrir
documentos no Word em que estava o texto na tela do computador e
recomeçar a leitura.
Estamos na mesma situação com a internet: ou você imprime, e se vê mais uma vez abarrotado de documentos que não lerá; ou lê seu texto na tela, mas, quando clica para ir adiante em sua pesquisa, esquece o que acabou de ler, o que lhe permitiu chegar à página agora exibida em sua tela. (ECO, 2010, p. 247)
Abordar as leituras que se encontram na rede nos leva a outro fator, a
hipertextualidade em que todos podem mudar os fins, começos e meios das
histórias que já estão prontas, e já fazem parte do conteúdo que a criança
levará em seu currículo escolar; analisar a história Chapeuzinho Vermelho foi
observado que: e se a menina tivesse ouvido a mãe e pegado o caminho mais
longo; e se não tivesse caçador na história; e se o lobo não aparecesse; onde
estaria a aventura desta história; e se quem sabe ainda aparecesse Branca de
Neve no meio para complicar ou bagunçar um pouco mais a história. A magia
de ser criança e acreditar no maravilhoso teria perdido completamente o
sentido, pois pensar que toda a ilusão se foi deixa de ser interessante no
universo da criança em que tudo pode acontecer e basta ter por perto um pó
mágico e deixar a imaginação “rolar”.
Com as histórias já prontas e sem modificações o leitor aprende a se
apaixonar pelo seu personagem favorito e se ele morre no decorrer da história
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o coração do leitor sente a perda como se este já fizesse parte de sua própria
história de vida, o mesmo ocorre com o universo infantil, pois a criança por ser
mais sensível sempre espera que o bem vença o mal e que o príncipe acorde a
princesa com um lindo beijo de amor.
Na contemporaneidade com as mídias a todo o vapor, considerada
causadora da falta de leitores é preciso que os alunos entendam que o livro
também pode ser navegado, assim como eles fazem na internet, assim como
virar uma pedra no jardim e descobrir um mundo dentro, o mesmo acontece
quando se abre um livro e descobre outro universo, um encantamento, uma
surpresa a cada virar de páginas, navegar é preciso, conhecer novos mundos,
personagens, ser herói, bandido, princesa, bruxa, cavaleiro viajante também é
isso o que o livro proporciona para as crianças.
O que se tem observado na contemporaneidade, com as novas mídias
foi que cada vez menos jovens são leitores, ou aderem ao hábito de entrarem
em bibliotecas, com a maioria dominante de computadores e internet, tudo se
pesquisa na rede, talvez não seja mais interessante o uso de livros, ou
pesquisa bibliográfica, quando se tem essa visão de que a maioria das
pesquisas realizadas por adolescentes são com o uso da internet, e que não há
mais necessidade de pensar, pois as redes estão para resolver qualquer
problema que envolva conhecimento, resta à dúvida até que ponto as mídias
se tornaram importantes e quando elas já podem ser consideradas uma
ameaça para os adolescentes.
A era midiática dominou os adolescentes e o modismo das redes sociais
também, isso não seria nenhum problema se eles soubessem que pelas mídias
passam dezenas de pessoas, e que talvez o que era para ser hobby se tornou
um passatempo prejudicial, além de ser relevante que essa era midiática e os
textos produzidos no computador será um dos futuros problemas da educação,
levando em conta que na contemporaneidade tudo se resolve com clique.
A internet seria praticamente perfeita se os jovens e até mesmo adultos
soubessem no mínimo selecionar os conteúdos que leem todos os dias pelos
sites de pesquisa, tendo em vista que o Google apenas indica as coordenadas
de pesquisa, e quem decide o que está certo ou errado é o dono da pesquisa.
Outra fonte de pesquisa muito usada pelos estudantes é o Wikipédia que
infelizmente poucos sabem, mas qualquer pessoa pode alterar o conteúdo
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deste site e não há nenhuma fonte segura ou que inspire confiança relacionada
a esta página de pesquisa.
Segundo Eco (2010, p. 30):
Hoje, graças aos computadores, dispomos de uma memória social imensa; basta conhecer as modalidades de acesso aos bancos de dados e, sobre um tema qualquer, podemos obter tudo o que convém saber, uma bibliografia de dez mil títulos sobre um único assunto. Mas não há silêncio maior do que o ruído absoluto, e a abundância de informação pode gerar a ignorância absoluta.
Com o excesso de informação e tecnologia fala-se muito em inclusão, e
que a tecnologia deve ser para todos, porém é pertinente compreender que
não adianta fazer inclusão tecnológica sem fazer inclusão informacional, é
necessário que todos que tenham acesso às mídias saibam no mínimo
selecionar o conteúdo que deseja na web.
Na contemporaneidade a internet se tornou perigosa, pois não seleciona
o conhecimento, considerando que duas pessoas estão prestes a acessar a
rede, uma já sabe onde está o conhecimento e outra está apenas tentando
buscar informação e não conhece os riscos que estão por traz de cada clique,
esta será mais uma vítima de conteúdos errados da rede. Além da falta de
segurança que a grande rede traz, e apesar de ter tornado a vida das pessoas
muito mais fáceis, ela também trouxe consigo os riscos de invasão de sistemas
e outros crimes que a rede proporciona através de cada clique ou pedido de
informação ou compras.
A vida cotidiana está muito mais fácil com a internet, e isto já é fato,
porém com as novas mídias os profissionais também devem se atualizar
sempre, principalmente o professor como transmissor de informação, ele
precisa estar em constante mudança, evidentemente seria complicado o
profissional que é adaptado com lousa e giz dominar tanta informação, mas é
necessário que se esforce ou ficará obsoleto em sua área de atuação, levando
em conta que a era digital já pode ser considerada um futuro próximo na
educação.
A diluição do presente de que você fala não se deve apenas ao fato de as modas, que antigamente duravam trinta anos, durarem hoje trinta dias. É também o problema da obsolescência dos objetos de que falamos. Você dedicava alguns meses de sua vida para aprender a andar de bicicleta, mas essa bagagem, uma vez adquirida, era válida para sempre. Agora você dedica duas semanas a compreender
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alguma coisa de um novo software e, quando arduamente o domina, um novo é proposto e imposto. Logo, não é um problema de memória coletiva que se perderia. Seria antes, para mim, o da labilidade do presente. Não vivemos mais um presente plácido, estamos sempre buscando nos preparar para o futuro. (ECO, 2010, p. 57).
A área da tecnologia e da informação já pode ser considerada presente
em tudo que se fez nos últimos anos, e tudo que se fará nos próximos cem,
desde uma simples mensagem de bom dia enviada pelo celular, a um e-mail
solicitando uma vaga de emprego a tecnologia e a informação está presente.
Esta reflexão da contemporaneidade e de como pode ser trabalhado o
tratamento da informação e principalmente a seleção do conhecimento;
compreender que os alunos querem e necessitam começar a pensar
digitalmente será o papel dos futuros profissionais da educação, levando em
conta que os mesmo alunos que escrevem de forma abreviada, ou com a
escrita midiática são os mesmos que se apaixonam por fenômenos como:
Harry Potter, a Saga Crepúsculo, Diário de um Vampiro e outras histórias que
envolvem o maravilhoso.
A juventude que compra e lê fenômenos de livraria como Harry Potter e
a Saga Crepúsculo se interessam por histórias que emocionam como, as
aventuras do menino bruxo e a garota humana que se apaixona pelo vampiro,
entender que tudo isso faz parte de outro universo é encarar que nossos jovens
já não têm mais os mesmos ideais e que tudo faz parte de uma nova era,
talvez seja mais um desafio e também a prova viva que a literatura e o livro
impresso vivem e revive em cada abrir de página e desvendar de histórias
distintas.
Segundo Eco (2010, p. 31)
O ritmo da leitura acompanha o do corpo, o ritmo do corpo acompanha o da leitura. Não se lê apenas com o cérebro, lê-se com o corpo inteiro, e por isso sobre um livro nós choramos, e rimos, e lendo um livro de terror se nos eriçam os cabelos na cabeça. Porque, mesmo quando parece falar só de ideias, um livro nos fala sempre de outras emoções, e de experiências de outros corpos. E, se não for somente um livro pornográfico, quando fala de corpos sugere ideias. Tampouco somos insensíveis às sensações que as polpas dos dedos experimentam ao tocá-lo, e certos infelizes experimentos feitos com encadernações ou até em páginas de plástico nos dizem o quanto a leitura é também uma experiência tátil.
Esta fascinação pelas obras místicas faz entender que a nova geração
busca sonhos perdidos em muralhas com bruxos, ou em caixões com vampiros
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que espiram paixão em qualquer leitor, entender que a busca pelo amor
impossível ainda está em alta mesmo estando presentes na sociedade tantas
cenas de guerras.
Nestas leituras com grandes públicos percebe-se que ainda há leitores
que buscam sentido em suas leituras, assim sendo eles ainda preferem
bibliotecas e livrarias.
Deste modo, é relevante compreender que todo leitor tem seu livro; todo
livro tem seu leitor; assim a biblioteca como um todo é um grande organismo
que une o leitor ao livro e o livro ao leitor, ou seja, a biblioteca é um organismo
em crescimento e também a grande chave para o livro sobreviver a este
bombardeio de informação.
Enquanto isso não acontece, digo: protejam a biblioteca. Abasteçam-na com o material impresso. Reforcem suas salas de leitura. Mas não pensem na biblioteca como um depósito ou um museu. Ao mesmo tempo que oferecem livros, a maioria das bibliotecas de pesquisa operam como centros nervosos de transmissão de impulsos eletrônicos. Adquirem bancos de dados, mantêm repositórios digitais, fornecem acesso a periódicos eletrônicos e orquestram sistemas de informação que alcançam as profundezas de laboratórios e gabinetes. Muitas delas estão compartilhando sua riqueza intelectual com o resto do mundo ao permitir que o Google digitalize seus acervos de impressos. Assim sendo, digo também: vida longa ao Google, mas não esperemos que ele viva o bastante para substituir aquele venerável edifício com colunas coríntias. Como cidadela do saber e plataforma para aventuras na internet, a biblioteca de pesquisa ainda merece estar no centro do campus, preservando o passado acumulando energia para o futuro. (DARNTON, 2010, p. 59).
A nova era midiática está com toda a força, porém o livro também tem
seus valores, sua singularidade, e já sobreviveu a tantas repressões que esta é
só mais uma para realmente provar sua força na história da humanidade.
Nos livros estão toda a memória e conhecimento que hoje temos apesar
das mídias estarem cada vez mais atrativas e conquistando públicos altos, são
nos livros que encontramos memórias esquecidas é com o livro também que se
aprende e descobre-se novos mundos.
O livro em contrapartida com as novas mídias ensina-nos a ser críticos,
perguntar, a pensar, nem sempre ele traz tudo pronto como as novas mídias
que com um clique se resolve tudo, já não se pensa mais em assuntos
importantes, infelizmente se pesquisa tudo no Google e em menos de
segundos se obtém todas as respostas, porém é com o velho e bom livro que
se aprende a pensar e a ser crítico.
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Está profecia de que o livro irá morrer é preocupante, pois se isto de fato
acontecer, será considerada a maior catástrofe da história da humanidade,
afinal já não haverá mais história para se contar, se apaixonar, se emocionar,
considerando que com as novas mídias as pessoas se comunicam on-line, ou
pelo celular e estão sempre se falando virtualmente, já não se senta mais em
roda com fogueiras para conversar, contar histórias, dar risadas é tudo virtual,
se perdeu o contato físico e se o livro de fato vier a desaparecer metade de
tudo que o homem conquistou em termos de conhecimento também
desaparecerá, pois não haverá o que contar e onde procurar.
O livro com toda a sua magnitude resistirá ás novas mídias atualizando
se sempre e nunca deixará de ser o objeto que nos ensina, que nos torna
plenos, e que nos apreende.
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CAPÍTULO II
A LEITURA NA ERA MIDIÁTICA
2 A LEITURA
A história da leitura assim como a história do livro vem de séculos
passados, evoluindo-se sempre, não só a leitura como também o leitor. No
decorrer da história da leitura houve fases que ela era destinada somente as
altas classes sociais.
A leitura foi sendo disseminada através dos tempos; na
contemporaneidade, os leitores vivem num mundo onde os livros fazem parte
da cultura e estão facilmente disponíveis.
Entretanto, nem sempre o leitor teve liberdade de leitura crítica dos dias
contemporâneos, em meados do século XVI textos e pessoas que publicavam
livros fora dos padrões da Igreja eram queimados em praça junto com os livros
protestantes. “Destruir pelo fogo os “maus” livros a intenção erradicadora
multiplicou as fogueiras, acesas pelos inquisidores ou pelas tiranias”.
(CHARTIER, 1998, p. 23).
Com a era tecnológica o leitor adquiriu formas de ler que facilitam sua
vida, antes o leitor era aquele que preferia lugares calmos como gabinetes,
bibliotecas, com a revolução do livro o leitor se adaptou a leituras rápidas em
lugares turbulentos como o ônibus e metrôs, talvez esse leitor não dê muita
importância ao que se está lendo, apenas está tentando acompanhar as
notícias do mundo. Com o passar do tempo mudaram-se os leitores e as
formas de leitura e concepção da mesma.
A forma de leitura antigamente era diferente, acontecia em voz alta, pois
acreditava que se aprendia mais, atualmente o leitor moderno lê textos
armazenados na memória do computador ou em pen drives, isso definiria o
leitor do futuro, seria possível entender que estudantes não leitores leem textos
diferentes do padrão da escola.
A leitura é sempre apropriação, invenção, produção de significado. O leitor é um caçador que percorre terras alheias. Apreendido pela leitura, o texto não tem de modo algum - ou ao menos totalmente - o sentido que lhe atribui seu ator, seu editor, ou seus comentadores. Toda história da leitura supõe, em seu principio, esta liberdade do
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leitor que desloca e subverte aquilo que o livro lhe pretende impor. Mas esta liberdade leitora não é jamais absoluta. Ela é cercada por limitações derivadas das capacidades, convenções e hábitos que caracterizam, em suas diferenças, as práticas de leitura. Os gestos mudam segundo os tempos e lugares, os objetos lidos e as razões de ler. Novas atitudes são inventadas, outras se extinguem. Do rolo antigo ao códex medieval, do livro impresso ao texto eletrônico, várias rupturas maiores dividem a longa história das maneiras de ler. (CHARTIER, 1998, p. 77).
O processo de leitura se dá pela atribuição de sentidos, ou seja, o que o
leitor entende do texto que lê, diferentemente do livro que traz somente um
conteúdo ou um assunto à leitura se dá de diversas formas, com várias
maneiras de interpretação variando de leitor para leitor. Com a era tecnológica
não só o livro, mas também as leituras vêm se perdendo neste mundo em que
tudo se tornou fácil demais.
A leitura em si precisa ser adquirida de forma cultural, diferentemente
dos comportamentos naturais do homem que já nascem com ele e se
aprimoram com o passar do tempo; a leitura acontece ao longo do processo de
alfabetização.
A leitura faz com que o leitor conheça novos horizontes, mas para isso
ele passa por processos decodificação e interpretação.
A leitura é antes de mais nada um ato concreto, observável, que recorre a faculdades definidas do ser humano. Com efeito, nenhuma leitura é possível sem o funcionamento do aparelho visual e de diferentes funções do cérebro. Ler é anteriormente a qualquer análise do conteúdo uma operação de percepção, de identificação e de memorização dos signos. (JOUVE, 2002, p.17)
Todas as formas de leitura têm um objetivo, uma intencionalidade, e
dentro da sala de aula o professor precisa mostrar para o aluno que ler para
lembrar é diferente de ler para aprender, assim como os diferentes modos e
estratégias de leitura.
Em linhas gerais, o ato de ler implica em não somente ler palavras, mais
sim fazer leitura de situações, sobretudo lutar para não tornar a humanidade
alienada à tecnologia midiática, compreender que com a era das novas mídias
a humanidade está evoluindo, pois já não precisa utilizar muito cérebro, afinal
na internet se encontra “tudo”, porém nem sempre de forma adequada; prova
disso são os altos índices de analfabetos funcionais que apenas decodificam,
mas não sabem atribuir sentido para o texto.
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Deste modo, a leitura precisa ser atenta, inteligente, uma leitura em que
haja interação entre o leitor e texto, atuando um sobre o outro; a nova era
tecnológica está chegando com novos modos de conhecimento e
entretenimento, mas a juventude precisa estar atenta e fazer as escolhas
certas; já que infelizmente o que se tem notado é que os alunos estão cada vez
mais se apoiando nos textos da internet, para suas pesquisas.
Outro fator que se tem observado é que alunos já não sabem usar o livro
como fonte de pesquisa, ou seja, o livro começa a entrar em obsolescência
com a tecnologia, no entanto esta ideia pode ser errônea tendo em vista que o
livro e a leitura ainda são as fontes mais seguras do conhecimento.
Segundo Jouve (2002, p. 109)
Ler, é pois, um viagem, uma entrada insólita em outra dimensão que, na maioria das vezes, enriquece a experiência: o leitor que, num primeiro tempo, deixa a realidade para o universo fictício, num segundo momento volta ao real, nutrido de ficção.
O ato de ler modifica o sujeito e consequentemente o mundo que o
cerca, porque provoca ruptura e construção de conceitos.
É fato que a melhor leitura é aquela que ocorre naturalmente, porque é
movida pelo principio do prazer e não por alguma exigência externa, isto ocorre
muito em sala de aula quando o professor impõe a leitura no aluno, fazendo
com que o ato de ler aconteça de forma maçante, pesada, além das mídias isto
é um fator que influencia muito na falta de adeptos a leitura.
Atualmente, é necessário que o professor como fonte de inspiração dos
alunos sinta prazer em ler, pois se o professor não gosta de ler e o faz por
obrigação, ele transmite isto para os alunos que estão em fase de
descobrimento, e está fase precisa ser cheia de encantamentos e o professor
como modelo para o aluno deve mostrar os prazeres da leitura.
A leitura permite viajar no tempo. A afirmação é apenas metafórica. Ao ler um romance, aceitamos esquecer por um tempo a realidade que nos cerca para nos ligarmos novamente com a vida da infância na qual histórias e lendas eram tão presentes. Ao acordar o eu imaginário, normalmente adormecido no adulto acordado, a leitura nos leva de volta ao passado. (JOUVE, 2002, p. 114-115).
No ato de ler o professor deve refletir com os alunos os principais pontos
da leitura, mostrar de forma dinâmica os prazeres dela, e contextualizá-la para
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que os alunos que estão em fase de concepção do ato de ler entenda o que
está acontecendo conforme o professor vai realizando a leitura. O prazer em ler
deve ser adquirido e o professor é o principal fator que influencia este processo
de leitura e interpretação.
As crianças que estão em fase de descoberta, podem e devem adquirir o
gosto pela leitura e interpretação adequada; compreender palavras difíceis,
inferir no texto, analisar o que está nas entre linhas; apaixonar-se por Machado
de Assis, Luís Vaz de Camões, Gustave Flaubert, William Shakespeare e
outros autores que proporcionam emoções em seus leitores; ninguém nasce
leitor, todos se transformam leitores, uns por paixão a arte da leitura, outros por
obrigação.
Deste modo, a leitura deve ser adquirida de forma prazerosa não se
pode obrigar uma criança a ler, mas mostrar a ela o encantamento dos livros é
necessário, o prazer em ler vem com tempo, por isso a leitura precisa ser
aguçada nos anos iniciais para que haja uma formação contínua de leitores.
Na contemporaneidade com tecnologia midiática o material impresso já
não é muito aderido pelos jovens, pois eles possuem um amplo campo de
informações, jogos, sites de relacionamentos e outros, entretanto o professor
como modelo deve incentivar o ato de leitura, mesmo porque ler ainda é uma
das melhores sensações, porém a geração do “agora” que não tem mais
paciência precisa compreender os prazeres que uma leitura pode proporcionar.
Segundo Jouve (2002, p. 117).
Ler, de certa forma, é reencontrar as crenças e, portanto, as sensações da infância. A leitura, que outrora ofereceu para nosso imaginário um universo sem fim, ressuscita esse passado cada vez que, nostálgicos, lemos uma história.
A leitura é um caminho a ser percorrido e o professor como principal
descobridor deste caminho precisa estar atento aos alunos e mostrar-lhes qual
o caminho adequado a ser seguido, formando assim leitores críticos capazes
de entender textos que não façam parte de seu cotidiano, ou seja, o mesmo
aluno que interpreta livros simples de dez páginas precisa ser capaz de
interpretar livros mais complexos com cinquenta páginas.
Este processo de concepção de leitura realizado pelo aluno deve ocorrer
de forma reflexiva, o aprendiz precisa compreender os processos de
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interpretação do texto; e entender que a leitura age sobre ele alterando suas
concepções de mundo e fazendo com que ele recrie um novo mundo.
No estudo do processo de aquisição de leitura o leitor compreende que
não é um ser isolado e que suas atitudes após a realização da leitura mudará
suas concepções sobre a visão que ele tem da sociedade em que se vive.
“A leitura, ao levar o leitor a integrar a visão do texto à sua própria visão,
não é em nada, portanto, uma atitude passiva”. (JOUVE, 2002, p. 128).
Além do sentido da leitura o leitor busca um significado, que muda a
forma que ele reage ao texto; a leitura causa um impacto nos modelos de leitor,
que reage sobre um determinado assunto.
O ato de ler acontece como uma descoberta tanto para a criança quanto
para o leitor assíduo, este processo é sempre um desafio para quem vai
descobrir qual o próximo capítulo, página, aventura, etc; talvez este seja um
dos pontos que a leitura tem a seu favor tendo em vista que as mudanças
tecnológicas estão cada vez mais inovadoras.
O leitor assíduo consegue criar novas histórias, ter o ponto de vista
crítico das coisas que acontecem no mundo, e até ter ideias que mudem a
sociedade onde vive.
Segundo Manguel (2008, p. 19):
As histórias podem alimentar nossa mente, levando-nos talvez não ao conhecimento de quem somos, mas menos à consciência de que existimos – uma consciência essencial, que se desenvolve pelo confronto com a voz alheia.
A leitura e o livro são memórias da humanidade e não podem ser
trocadas pelas novas mídias que estão seduzindo, cada vez mais pessoas; o
que se tem notado no mundo contemporâneo é que os “navegantes” de
páginas na internet, jogos, sites de relacionamento estão aumentando em
massa, enquanto que os leitores estão sumindo.
A era midiática é um grande fator que contribui para o desaparecimento
de leitores, mas não é somente isto, as formas de aprendizagem de leitura
também contribuem para este “sumiço”.
Na contemporaneidade, que com um clique “tudo se resolve”, o
professor precisa se atualizar e trazer livros que chamem a atenção dos
alunos, a leitura deve ser prazerosa; o professor precisa se empenhar em seus
métodos para atrair o público alvo, tendo em vista que o livro e a leitura
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adequada ainda são as melhores fontes de estudo, aprendizagem e
conhecimento.
Num mundo em que a tecnologia se inova a cada dia, não só os
professores devem se mobilizar para atrair novos leitores, o papel dos pais
também é muito importante para que a futilidade das páginas da internet não
sejam mais atrativas que o livro que guarda tesouros.
Em nossos dias, destituídos de sonhos épicos – que substituímos por sonhos de pilhagem –, a ilusão de imortalidade é criada pela tecnologia. A web e sua promessa de voz e espaço para todos é o nosso equivalente para o mare incognitum, o mar desconhecido que seduzia os navegantes antigos com a tentação da descoberta. Imateriais como água, vastas demais para apreensão mortal, as extraordinárias qualidades da web permitem-nos confundir o inapreensível com o eterno. Como o mar, a web é volátil: 70% de seus conteúdos duram menos de quatro meses. Sua virtude (sua virtualidade) produz um presente constante – o que para os pensadores medievais era uma das definições do inferno. (MANGUEL, 2006, p. 32).
Quando se pensa no processo de aquisição de leitura, lembra-se dos
diversos modos de leitura e que tudo é texto, sendo texto pode ser lido; assim
como os textos midiáticos que podem vir com erros ortográficos e ideias
errôneas sobre determinado assunto.
O que se tem notado é que a leitura tornou-se sinônimo de redes
sociais, Google, Wikipédia e diversos tipos de jogos; principalmente no
“mundo” dos adolescentes em que a maioria das coisas se resume num clique.
Assim sendo, a formação de novos leitores novamente fica por conta da
escola, dos professores e nesta etapa é de extrema importância que os alunos
saibam separar e diferenciar os conteúdos úteis da internet.
Outro ponto interessante a ser abordado é que os jovens estão
chegando às bibliotecas sem saber encontrar as informações que necessitam;
com a praticidade da internet, em que supostamente está todo o
“conhecimento”, eles não têm mais o hábito de procurar e selecionar o que é
adequado; por isso quando precisam de pesquisas bibliográficas sentem
dificuldade em encontrar os livros.
As escolas precisam estar atentas à nova geração e transformar suas
bibliotecas em um ambiente que se procure tesouros escondidos, infelizmente
as bibliotecas estão perdendo seu lugar dentro do ambiente escolar, estão
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dentro da escola por estarem já não se tem um objetivo para sua existência,
enquanto não se compreender que é necessário criar adornos que tragam luz a
biblioteca para que ela seja um ambiente agradável e incentivador do gosto
pela leitura, ela continuará a perder seu público, tendo em vista que as mídias
estão cada vez mais cativantes e inovadoras.
Segundo Darnton (2010, p. 51)
Hoje os estudantes ainda respeitam suas bibliotecas, mas as salas de leitura estão quase vazias em alguns campi. Para voltar a atrair os alunos, alguns bibliotecários lhes oferecem poltronas para relaxar e conversar, até mesmo bebidas e lanches, sem importar com os farelos. Estudantes modernos ou pós-modernos fazem a maior parte de suas pesquisas nos computadores de seus quartos. Para eles o conhecimento está on-line, não em bibliotecas. Sabem que as bibliotecas nunca poderão conter tudo entre suas paredes, porque a informação é infinita e se estende por todos os cantos da internet, e para encontrá-la é preciso usar um mecanismo de busca, não um catálogo de fichas. Mas isso também pode ser uma ilusão grandiosa- ou, encarando de modo positivo, é possível dizer algo de bom sobre ambas visões: a biblioteca como uma cidadela e a internet como espaço aberto. Chegamos aos problemas levantados pelo Google Book Search.
Evidentemente seria complicado criar bibliotecas em escolas públicas
com certos privilégios, mas tornar o ambiente mágico torna-se uma
possibilidade usando a criatividade para atrair os alunos, formando assim
novos leitores.
Atualmente o que se tem observado é que as mídias estão chegando às
mãos das crianças cada vez mais rápidas, portanto é pertinente refletir se este
acesso rápido não altera o processo de aquisição de leitura, tendo em vista que
é mais fácil ver uma criança com um tablet, do que com um livro nas mãos.
À medida que os anos vão passando, as crianças vão preferindo cada
vez mais as novas tecnologias; isto ocorre porque desde cedo elas já tem
acesso e são influenciadas pela publicidade que com suas estratégias fazem
tudo para que a criança veja o maravilhoso mundo tecnológico.
As crianças são iludidas na internet com propostas de produtos que
podem comprar (roupas, video-game, etc); é considerável também que as
propagandas nunca seduzem as crianças para os livros, é raro anúncio que
contemplem o livro como patrimônio histórico, fonte de conhecimento, amigo de
todas as horas.
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Outro ponto que gera reflexão é sobre a introdução dos computadores
na vida das crianças, antes do início da escolaridade, pois junto aos
computadores vem a grande rede e suas “seduções”, e o que é mais gritante é
a insegurança que as crianças correm, porque elas ainda não definem o certo
do errado dentro da grande rede.
O processo de seleção do conhecimento adequado é adquirido com o
tempo, mas além dos professores que realizam este trabalho os pais também
devem acompanhar este processo de seleção de conhecimento; a escola é
uma grande aliada à família.
A leitura dos textos eletrônicos de certa forma impede que o leitor julgue,
conheça fatos históricos não que a internet não tem sua veracidade, mais o
impresso ainda continua sendo a melhor fonte de pesquisa.
Segundo Manguel (2006, p. 33) “Cada leitor existe com objetivo de
assegurar uma modesta imortalidade a determinado livro. A leitura é, nesse
sentido, um rito de renascimento”.
Outro fator que se tem observado é que alguns valores se perderam
com o tempo; pessoas que leem por prazer estão se tornando raridades,
enquanto que as superficialidades das novas tecnologias aparecem cada vez
mais em alta; já não se pensa mais no livro como provedor de todo
conhecimento.
A nova geração tecnológica é encorajada a ler, porém não o fazem por
falta de hábitos, e muitas das vezes porque na internet se encontram resumos,
resenhas e acaba sendo mais fácil ler textos resumidos do que ler e
compreender a obra por completo.
Na atualidade em que tudo se resume a questão de segundo com
Google e sua imensa fonte de pesquisa, a formação de leitores deve ser
contínua na escola, os professores como fonte de pesquisas e alunos como
novos descobridores; se os alunos preferem a área tecnológica dentro da sala
de aula o professor como mediador deve partir para pesquisas junto com
alunos da nova era midiática.
Deste modo, fazer um paralelo entre textos midiáticos e o livro;
selecionar o conhecimento na internet através da mediação do professor;
conhecer um sumário, uma ficha catalográfica, uma nota de rodapé, além de
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interessante é muito importante, pois os livros ainda fazem parte da escola e
devem ser utilizados.
O Google pode desaparecer ou ser eclipsado por uma tecnologia superior, que pode tornar seu banco de dados obsoleto e inacessível quanto muitos de nossos disquetes e CD-ROMS. Empreendimentos eletrônicos vem e vão. Bibliotecas de pesquisa duram séculos. É melhor fortalecê-las do que declará-las obsoletas, porque a obsolescência é uma característica intrínseca das mídias eletrônicas. (DARNTON, 2010, p. 55)
A questão da obsolescência das mídias também deve ser mostrada para
os alunos, pois muitos não conhecem, ou nunca viram um disquete, um MP3,
os primeiros celulares; não sabem que há pouco tempo se usava os disquetes
para salvar arquivos e que infelizmente hoje não serve ou não tem como
acessar o conteúdo em nenhum computador.
Com a rapidez tecnológica o presente se torna digital e o futuro não há
como saber; pode ser que o computador apareça aposentado em um museu
assim como os disquetes, uma nova tecnologia mais avançada pode substituí-
lo e todos seus arquivos armazenados se perderão; e ainda assim restará o
livro contando histórias e, registrando as mídias e suas obsolescências.
Segundo Darnton (2010, p. 56):
Bits se degradam com o passar do tempo. Documentos podem se perder no ciberespaço por conta da obsolescência da mídia em que estão registrados. Hardware e software vêm se tornando indistintos a um ritmo preocupante. A menos que o problema enervante da preservação digital seja resolvido, todos os textos “nasceram digitais” pertencem a uma espécie digital em risco de extinção. A obsessão por desenvolver novas mídias inibiu os esforços de preservar as antigas. Perdemos 80% de todos os filmes mudos e 50% de todos os filmes produzidos antes da segunda Guerra Mundial. Nada é mais eficaz para preservar textos do que tinta engastada em papel, especialmente em papel manufaturado antes do século XIX, exceto no caso de textos escritos em pergaminho ou gravados em pedra. O melhor sistema de preservação que já se inventou é o antiquado livro pré-moderno.
A escola tem o objetivo de difundir o conhecimento e deve estar se
atualizando sempre, levando em conta que as tecnologias estão presentes e
fazem parte do cotidiano dos alunos.
Assim sendo, o aluno deve estar apto a trabalhar com o livro e com a
tecnologia avançada; o professor como mediador deste processo de
aprendizagem de leitura também precisa estar habilitado com a nova geração
que domina “tudo”, porém sente dificuldade em abrir um livro e se aventurar em
histórias que contam e recontam sentimentos de outras épocas.
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Deste modo, o aluno que é adaptado às tecnologias descobrirá o prazer
em ler cada vez mais e descobrirá também que ler é uma aventura assim como
navegar na internet.
Para que a leitura não perca seu espaço e nem se torne sinônimo de
memorização, ou ler só para fazer a prova, ou outra obrigação; dentro da
escola os professores precisam estar atentos aos seus alunos que estão
sempre querendo aprender, basta somente contextualizar suas histórias
favoritas e sempre estar inovando seu repertório e repertoriando o aluno com
textos e, leituras novas e atualizadas.
O ato de ler envolve sentimentos, vivência em outras épocas,
descobrimento de vários tesouros que somente o livro e a leitura são capazes
de demonstrar para os alunos.
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CAPÍTULO III
A LEITURA, A LITERATURA E AS MÍDIAS
3 A LEITURA E A LITERATURA JUNTO AS NOVAS MÍDIAS
Com a evolução tecnológica no mundo contemporâneo não se pode
mais negar a presença das novas e mais variadas mídias presentes dentro e
fora da escola, e principalmente no cotidiano do aluno.
Deste modo, a leitura e a literatura estão cada vez mais “esquecidas”;
não que o professor não trabalhe, ou que não faça parte do currículo escolar;
no entanto a tecnologia está cada vez mais ganhando espaço na vida dos
alunos e futuros leitores.
A leitura em si também precisa ser contextualizada, explorada,
garimpada, pode-se dizer que hoje os alunos precisam ser moldados para o
processo de aquisição de leitura literária; compreender grandes obras e fazer
com que eles compreendam também é papel do educador.
Assim sendo, os alunos já estão sendo voltados a aprender
tecnologicamente, no entanto é preciso haver um paralelo entre o mundo
tecnológico e o mundo dos livros literários que até hoje contou histórias e
ensinamentos que serão guardados e lembrados sempre.
A literatura, como bem o sabemos, não oferece soluções – apresenta enigmas. É capaz, ao contar uma história, de desdobrar as convoluções infinitas e a íntima simplicidade de um problema moral, e de convencer-nos de que possuímos certa lucidez para adquirir não um entendimento universal, mas pessoal do mundo. (MANGUEL, 2009, p.54)
A literatura faz pensar no maravilhoso mundo dos livros e personagens
marcantes que passaram e deixaram suas marcas, esta curiosidade pela vida
de personagens que contam histórias e aventuras incríveis só é possível com o
livro impresso.
A formação de leitores precisa estar presente no cotidiano do aluno, mas
não com objetivo de ler por ler, ou por obrigação, ou pressão do professor; é
necessário que se formem leitores críticos capazes de compreender a obra em
sua totalidade; é relevante também que se pense nas mídias no meio deste
processo, pois negar sua presença ou tratá-la como vilã é inútil.
32
O processo de compreensão da leitura se estende por toda a vida do ser
humano, desde quando ele entra na escola até quando ele resolve sair da sala
de aula, o processo está acontecendo e sempre melhorando com o tempo. Não
se pode dizer que moldará um estudante para ser um leitor ideal, pois cada
livro traz uma visão e um conceito diferente; assim sendo a formação de
leitores é contínua.
Segundo Manguel (2009, p. 37) “A literatura não depende de leitores
ideais, mas apenas de leitores suficientemente bons”.
Na contemporaneidade, em que tudo está sendo dominado pelas mídias
fazer uma reflexão em sala de aula com os alunos de quais os pontos positivos
das novas mídias se tornou imprescindível.
As mídias com todos os seus recursos audiovisual atraem mais o público
jovem, mas é interessante também levá-la para sala de aula, trabalhar e
pesquisar junto com os alunos uma maneira para que ela também seja a favor
e traga benefícios para a escola e a educação; apresentá-la para as classes
menos favorecidas também é um fator importante, tendo em vista que o
presente está pouco a pouco se tornando digital; e não se pode definir o futuro,
pois as tecnologias se renovam a cada dia, mas não dominá-la acaba sendo
impossível, pois ela está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas
desde tarefas simples até atividades mais elaboradas.
Outro ponto interessante que engloba os fatores midiáticos e os
impressos são a falta de conhecimento que a nova era está causando,
reconhecer o livro como única ferramenta de estudo se torna cada vez mais
difícil, levando em conta que as mídias são mais “interessantes”; por isso a
formação de leitores precisa começar o quanto antes; este prazer inenarrável
ao se abrir as páginas deve estar presente desde cedo na vida das crianças
para que elas cresçam aprendendo tecnologicamente, mas com a consciência
de que o livro foi e sempre será fonte de todos os conhecimentos.
A magnitude que a literatura transmite faz com que a criança aprenda a
conhecer o mundo em toda a sua beleza; ela pode vir em forma de
entretenimento, mostrando momentos de alegrias; mas acima de tudo ela
ensina que nem tudo é perfeito, mas pode ser melhorado; esta arte escrita em
palavras traz a concepção de que houve um tempo em que as coisas eram de
um jeito, depois mudou e continuará mudando sempre; literatura é a linguagem
33
que o homem encontrou para contar seus devaneios, suas certezas e
incertezas, seus amores impossíveis, seu modo de ser em épocas diferentes.
Deste modo, a paixão pelo material impresso com toda esta turbulência
de informações continua viva e mesmo que sofra suas repressões e a perca de
público o livro permanece sempre mostrando que há algo de bom a ser
descoberto neste mundo novo. “À memória que o livro transmite, por assim
dizer, de propósito, acrescenta-se a memória da qual emana, enquanto coisa
física, o perfume da história de que ele está impregnado”. (ECO, 2010, p. 20)
A leitura literária apreende o leitor e ensina a ser melhor em sua
concepção de mundo, por isso muitas vezes o leitor sente-se mau quando algo
errado acontece com seu personagem favorito.
A criança que está em fase de concepção do mundo precisa ter este
contato literário para entender que a perfeição que ela idealiza pode ser
imperfeita, e aquele personagem que ela tanto admira e adotou como herói
pode vir a morrer no decorrer da história e mesmo assim o texto não perderá
seu enredo e sua beleza; ela precisa ter o contato com livros literários para
perceber a realidade que a cerca e que talvez o que aconteceu com seu
personagem favorito, possa vir acontecer em sua vida; assim sendo a criança
estará pronta para entender diversas situações do cotidiano que se reproduz
no livro.
A leitura mantém viva a alma da humanidade contando e renovando
suas histórias; a literatura transmite essas histórias de modo sereno e
compreensivo para as pessoas que conhecem o prazer de abrir um livro.
Segundo Manguel (2008, p.19) “Ler é uma operação da memória por
meio da qual as histórias nos permitem desfrutar experiências passada e alheia
como se fosse nossa própria”.
O encantamento pelas histórias vem a cada enredo diferente, é
pertinente notar que a emoção transmitida pelos clássicos faz o leitor se
sensibilizar quando lê histórias com personagens como: Heathcliff e Catherine,
Rei Lear, Dorian Gray, Édipo Rei e outros que contribuíram para formação de
leitores literários apaixonados pelas páginas escritas.
Assim sendo, englobar a era midiática ao contexto literário é um dos
desafios educacionais e o professor como mediador deve estar pronto para
encarar as mais novas e diversas situações; analisar propostas coletivas para
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compreender a finalidade do Google, Wikipédia, sites de relacionamentos e
jogos também se torna relevante na contemporaneidade.
Os adolescentes têm muito a ensinar aos mestres que dominam o
conhecimento dos livros, é necessária uma troca de informação contínua
dentro da sala de aula, pois o que antes era só um lugar de receber
informações hoje se tornou um lugar em que se pode e deve haver a troca de
experiências.
Infelizmente o que se tem observado é que a escola e os professores
ainda resistem a está parceria com mídias que precisa ser imediata, pois o
quanto antes se preocuparem em formar profissionais capacitados no uso da
tecnologia melhor serão as salas de aula futuras, é relevante compreender que
há certo investimento em tecnologia, mas há necessidade agora em capacitar
os docentes para trabalhar na área.
Segundo Manguel (2009, p. 48)
Elogia-se da boca para fora o conceito de alfabetização, e livros são oficialmente enaltecidos, mas de fato, nas escolas e universidades, por exemplo, o apoio financeiro disponível é investido mais em equipamentos eletrônicos (devido à pressão violenta da indústria) do que na impressão de livros, com a desculpa deliberadamente equivocada de que o suporte eletrônico é barato e mais durável que o de papel e tinta. Em consequência, as bibliotecas de nossa escola estão perdendo rapidamente um terreno essencial. Nossas leis econômicas favorecem o continente em vez do conteúdo, porque aquele pode ser comercializado de maneira mais produtiva e parece mais sedutor, e, portanto, nossa arrancada econômica vem a reboque da tecnologia eletrônica. Para vender tecnologia, nossa sociedade propagandeia duas qualidades principais: rapidez e imediatismo. “Mas veloz que pensamento”, lê-se no anúncio de certo computador portátil, um slogan que sem dúvida a escola de Pinóquio teria aprovado. A oposição é válida, pois o pensamento requer tempo e profundidade, as duas qualidades essenciais do ato de ler.
Com a era tecnológica torna-se cada vez mais relevante o processo de
aquisição e repertório de leitura; é pertinente entender que a tecnologia é
importante, mas é com o material impresso que se aprende conhecer novos e
antigos mundos.
Na contemporaneidade o leitor deve estar ativo em sua capacidade de
reconhecer o conteúdo adequado e inadequado na internet; no entanto está
formação fica por conta do professor que deve muito bem reconhecer as
tecnologias e dominar o conteúdo impresso; se torna cada vez mais difícil a
formação de leitores, mas o professor como mediador precisa estar atento a
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este processo, contextualizando histórias para que os alunos sintam-se
motivados a ler e aprender, mesmo com o excesso de informação.
A escola precisa se adequar para receber os alunos que estão cada vez
mais informatizados; é pertinente compreender que os estudantes chegam com
um repertório midiático, e aproveitá-lo de forma adequada será melhor solução
para nova geração.
A era tecnológica precisa estar em parceria constante com a escola,
assim sendo é necessário que se crie formas para adequação, ou seja, o aluno
precisa estar englobado a tecnologia da informação; é relevante também que a
família ajude os adolescentes a aproveitar o que há de positivo na era da
tecnologia; mais importante que incluir a tecnologia na sala de aula e na vida
do aluno é refletir o objetivo da era midiática para transmiti-la aos alunos.
Com a tecnologia em massa a escola deve usar outros recursos
expressivos para formar leitores críticos, que sejam capazes de elaborar visões
sobre diferentes textos e assuntos.
O professor precisa estar atento às mudanças e incentivar o gosto pela
leitura literária através de livros e recursos audiovisuais; é pertinente
compreender que o professor também deve ser leitor, para que os alunos o
tirem como exemplo; a leitura deve ser iniciada na vida do aluno de forma
prazerosa para que ele não sinta fadado todas às vezes que precisar abrir um
livro.
A criança quando é inserida dentro da sala de aula, já passou por
diversos momentos de leitura sem que ainda tenha visto a decodificação das
palavras; ela como um ser que está em fase de desenvolvimento percebe
muito mais as coisas que estão em volta do que um adulto.
Viemos ao mundo como animais leitores. Nosso primeiro impulso é decifrar o que percebemos a nossa volta, como se tudo o que existe no universo tivesse um significado. Não tentamos decodificar apenas os sistemas de signos – alfabeto, hieróglifos, pictografias, gestos sociais -, mas também os objetos que nos cercam, os rostos dos outros e nosso próprio reflexo, a paisagem em que nos movemos, as formas das nuvens e das árvores, as mudanças do clima, o voo das aves, o rastro dos insetos. (MANGUEL, 2009, p. 232)
A criança que está descobrindo o mundo a sua volta precisa
compreender que dentro do livro também existe outros mundos, outras
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histórias, lugares diferentes que ela pode e deve navegar; assim como ela
acessa a internet e observa aquelas imagens coloridas o livro também mostra
seus encantos bastando somente o uso da imaginação.
Deste modo, a leitura se torna cada vez mais essencial na vida dos
alunos, pois é com ela que se apreendem novos conhecimentos; este trabalho
de inserção do aluno no mundo literário é contínuo.
O poder dos leitores não se esgota em sua capacidade de reunir informações, ordenar e catalogar, mas em seu dom de interpretar, associar e transformar suas leituras. Para as escolas talmúdicas, assim como para as islâmicas, o estudioso é capaz de converter a fé religiosa em poder ativo pelo exercício da leitura, uma vez que o conhecimento adquirido nos livros é uma dadiva divina. Segundo uma velha hadith, ou a tradição islâmica, “o estudioso tem mais poder contra o Demônio de que mil fieis juntos”. Para essas culturas do livro, o conhecimento não consiste no acúmulo de textos ou informações, nem no livro como objeto, mas na experiência resgata das páginas e novamente transformada em experiência, em palavras que refletem tanto no mundo exterior como no próprio ser do leitor. (MANGUEL, 2006, p. 83)
Na contemporaneidade uma das visões sobre a leitura literária que
infelizmente a escola tem passado é que a leitura tem de ser para fins de
estudos como provas, resenhas de livros sem uma contextualização e outros;
isso acaba gerando no aluno uma certa perca de interesse pelo livro e pela
literatura, pois ele nunca é solicitado a ler algo que goste, ou por prazer para
expor seus conhecimentos; é necessário compilar o aluno com clássicos
literários, como por exemplo Eva Furnari, Ruth Rocha, Ana Maria Machado,
Irmãos Grimm, Charles Perrault e outros autores que fizeram histórias; desde
que se tenha um objetivo.
Outro fator que se tem notado é que os alunos pegam resumos de textos
da internet, por não entenderem por qual motivo devem ler textos complexos se
o professor nunca falou sobre determinado assunto dentro da sala; assim
sendo é interessante o professor rever suas práticas pedagógicas trazer o
aluno para os livros literários não é forçá-lo a ler e sim pensar de que forma ele
pode trazer determinado autor para dentro da sala de aula fazendo com que
todos entendam seus pensamentos.
A leitura de textos literários fica no meio deste mundo de informações
rápidas, porque alguns objetivos estão contrariando o que realmente é
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essencial para este processo de leitura, assim sendo o professor deve mediar
os dois polos de forma que um englobe outro sem fugir dos objetivos.
A escola deve adotar meios para a comunicação com alunos que vivem
em meio à tecnologia e ao imediatismo das coisas; e relevante compreender
que a escola deve falar a mesma língua com aluno e não subestimá-lo por
causa das tecnologias; o aluno ainda está aprendendo e continuará a aprender,
porém não é de forma maçante que a escola conseguirá mais adeptos à leitura.
Atualmente, há uma necessidade de viver tecnologicamente, pois todos
fazem parte dela desde uma simples conferida no e-mail a algo mais elaborado
ela está presente; principalmente na vida dos alunos que ouvem música,
mandam e-mails, torpedo no celular, postam coisas no Facebook e outras
atividades relacionadas às mídias.
Deste modo, a escola precisa se adequar à tecnologia ao invés de
reprimi-la, ela precisa estar a favor da escola, é necessário uma visão que veja
com bons olhos este processo tecnológico.
Em linhas gerais o professor deve ser questionador de problemas para
que o aluno sinta-se desafiado a buscar os conhecimentos tanto tecnológicos
quanto impresso; é evidente que a tecnologia engloba mais conhecimentos,
pois com clique ela traz absolutamente “tudo” sobre determinado assunto.
Entretanto este aluno deve estar apto a usar o livro também para conferir
suas pesquisas, para completar seus conhecimentos, ou simplesmente por
prazer; esse talvez seja o grande desafio educacional fazer um paralelo com
mundos distintos tendo em vista apenas o ensino-aprendizagem com grande
desafio do educador e educando.
O professor precisa ser formador de alunos autônomos para que assim
eles consigam definir o que é bom e o que ruim nas grandes redes; não é
criticando ou reprimindo o aluno e a tecnologia que se resolverá a questão; é
necessário políticas pedagógicas imediatas que saibam aderir a tecnologia sem
esquecer o livro que sempre esteve presente em todas as situações da
humanidade.
A capacidade de resistência do códice à moda antiga ilustra bem o principio geral da história da comunicação: uma mídia não toma o lugar da outra, ao menos que a curto prazo. A publicação de manuscritos floresceu por muito tempo depois da invenção da prensa móvel por Gutenberg os jornais não acabaram com o livro impresso;
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a televisão não destruiu o rádio, a internet não fez os telespectadores abandonarem suas tevês. (DARNTON, 2010, p. 14)
Outro ponto relevante é interação dos alunos com a tecnologia que
merece um olhar atencioso, tendo em vista que eles preferem mandar torpedos
pelo celular a se reunir para contar histórias e dar risadas; este “isolamento”
também requer um cuidado, pois o adolescente precisa de companhia para se
socializar; o homem é um ser social e precisa de outras pessoas para
conversar, interagir; está visão de isolamento também deve ser trabalhado em
sala de aula.
O professor deve ser mediador dessas situações organizando a
juventude para que além de mensagens via celular eles se reúnam e interajam
entre si; o livro como contador de histórias pode ajudar muito neste processo,
pois os alunos precisam exprimir seus sentimentos e muitas vezes nas leituras
encontramos um modo de nos integrar aos outros.
Além do fator das faltas de relações com os colegas a escola deve estar
atenta na formação de cidadãos críticos para que eles dominem assuntos
dentro da sociedade que fazem parte; e não seja dominado pelo o que os
outros impõem; mais que a tecnologia e o material impresso o aluno precisa
apreender a “pensar”, a questionar situações do cotidiano e isso é também
papel do educador.
Os alunos precisam compreender também que para um país
desenvolver, são necessários bons leitores e leitores críticos para poder lutar
por melhores condições na sociedade onde vivem; a tecnologia contribui para o
desenvolvimento da nação, mas somente um jovem com visão para o futuro e
argumentos adequados fará a diferença e isso somente os livros trazem por
mais maçante que seja um assunto é com o livro que se reflete determinados
assuntos que a tecnologia até aborda, mas sem a intervenção do professor fica
vago.
Para tanto a escola precisa estar atenta a desenvolver qualidades nos
conteúdos e não quantidade de informações como as mídias fazem; entretanto
um paralelo entre esses dois mundos também se torna interessante.
Deste modo, a leitura literária deve estar presente constantemente no
cotidiano do educando, pois somente assim ele descobrirá o poder que tem
abrir um livro e se aventurar.
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A loucura do mundo é inteligível. Podemos (e o fazemos, é claro) experimentá-la, sofrê-la no corpo e na mente, cair sob seu peso impiedoso e ser arrastados por sua corrida implacável rumo ao precipício. Também podemos em alguns momentos iluminados, emergir dessa loucura por meios de extraordinariamente humanos, irracionalmente sábios e insanamente audazes. Para tais atos não são suficientes. E no, entanto, com o melhor da linguagem, podemos capturar nossa loucura em suas próprias ações, obriga-las a se repetir e a representar suas crueldades (e mesmo suas façanhas gloriosas), mas dessa vez por meio de uma observação lucida e com uma emoção protegida sob a coberta asséptica da literatura, iluminada pela lâmpada de leitura sobre o livro aberto. (MANGUEL, 2009, p. 29)
Assim sendo, a magnitude da leitura literária e o livro impresso resistirão
ao excesso de informação tecnológico; havendo para tanto um paralelo entre
mundos distintos.
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CONCLUSÃO
O livro, a curto e médio prazo não será substituído por outra mídia, quer
seja o computador, a internet ou qualquer outro meio. Porém, não se pode
ficar amedrontado com novas tecnologias futuras, aprender com elas será o
caminho adequado.
A literatura, sem dúvida, sofrerá “mutações”, se para o bem ou para o
mal, só o tempo dirá. No entanto, os grandes clássicos da literatura mundial
sempre serão lidos, sob qualquer forma de mídia; a escola como formadora de
futuros leitores deve buscar meios para que o aluno aprecie uma boa literatura,
lembrando-se sempre que o livro foi e sempre será o caminho para descobrir
mundos novos.
Considerar o conhecimento prévio das crianças no processo de
aprendizagem é uma premissa que deve ser respeitada, e esse conhecimento
prévio inclui as novas mídias tão presentes no cotidiano das crianças que
navegam habilmente pela internet muito antes de serem alfabetizadas nas
escolas.
O gosto pela leitura nas crianças pode começar na leitura de uma
história para dormir, no acompanhamento de um livro ilustrado em sala de aula
ou após ler uma resenha de um filme na internet. A tecnologia nesse caso é
apenas um suporte, o importante é que o conteúdo seja de qualidade.
A leitura e a escrita, estarão sempre presentes na vida do homem. A
forma em que se dará, estará sempre ligada aos momentos de transformação
social e tecnológico pelos quais a sociedade passará. Deve-se, pois, estar
preparado para receber as mudanças, seja através de novos comportamentos,
seja através de novas tecnologias.
Não trabalhar ou ignorar as mídias é impossível, pois sua presença se
faz cada vez mais forte; principalmente no mundo dos adolescentes, que na
maioria são dominantes de tecnologia.
Deste modo, o livro, as novas tecnologias e a escola precisam estar
juntos buscando uma nova forma de ensino-aprendizagem que adeque o
material impresso ao tecnológico. Assim sendo, o livro resistirá às novas
tecnologias, mas só será apreciado se houver um trabalho sério que realmente
contextualize suas histórias e mostrem para crianças seu verdadeiro valor.
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REFERÊNCIAS
CHARTIER, Roger. A aventura do livro, do leitor ao navegador. São Paulo: UNESP, 1998. DARNTON. Robert. A questão dos livros: passado, presente, futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. ECO, Umberto. A memória vegetal: e outros escritos sobre bibliofilia. Rio de Janeiro: Record, 2010. ECO, Umberto, JEAN-CLAUDE, Carrière. Não contem com o fim do livro. São Paulo: Record, 2010. JOUVE, Vicent. A leitura. São Paulo: UNESP, 2002. MANGUEL, Alberto. À mesa com Chapeleiro Maluco: ensaios sobre corvos e escrivaninhas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. ______. A cidade das palavras: as histórias que contamos para saber quem somos. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. ______ A biblioteca à noite. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.