o livro da filosofia

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8/10/2019 O livro da filosofia http://slidepdf.com/reader/full/o-livro-da-filosofia 1/5 r A IlEilrE r*Ão r[u rÊrrrrno f;I § rilíÂHor «,Ár,00 fE,úÍ0, L0ç0. ÊxríT0 0 fi0ryEü E ür.tA lfA(Írlil 0 ríoÉH E á ilEDI} DL TôÁ, ÁÍ (0tÍÁÍ ãr, ilÂo tí TA}l TOR,A DO TEXTO Íor[E lLu rnórruo (0m0 L nÍNtL, o ruDryíDuo É lorcnrr.ro § ÍoHtlrÍ[ IO FIL TIURO IIAI G OSOFIA.â A YI}A ru uArÍ ítrr ytytlA qoÂilTo lítrjot í[Íún]0 A urAúrillr«Ão »rrrõr » ril»o FützÉ nqoilE rur Í0fLmu tW Í1l0 AIA^(01í0 É o quL rlilí ,uíTttluir,í fiEt0Í AS GRAI{DES IDEIAS DE TODOS OS TEMPOS 0 ufftyERío ilrn Í[r{lRE [Jtlnu o Hor{Lfi É 0r{ ÂffiíÂL qg[ íAL trARúAI'TIAÍ

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8/10/2019 O livro da filosofia

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A IlEilrE

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AUIDA

IRREFTETIDA

à,

]IAO

TIATE

A

PE]IA

SER

UIUIDA

§ffiffiffi&Yffiffi

{ee§-§Wffi

&.ffi.}

EM

CONTEXTO

AREA

Epistemologia

ABORDAGEM

Método

diatético

ANTES

c.600-450

a.C.

Os

fltósofos

pré-socráticos

na

Jônia

e

na

Itália

tenLa

m

expiicar

a

nalureza

do

cosmos,

Início

do

século

Va.C.

Parmênides

aflrma

que

podemos

compreender

o

universo

por

meio

da razáo.

c.450

a.C.

Protágoras

e

os

soflstas

aplicam

a

retórica

às

questões

fllosóflcas.

DEPO]S

c.399-355

a.C.

PlaLão

rerrata

o

caráter

de

Sócrates

na

Apologia

e

em

outros

diáiogos.

Século

IV

a.C.

Ansroteles

reconhece

seu

débito

ao

métoclo

de

Sócrates.

ocrates

é

crtado com

frequência

como

um

dos

fundadores

da

filosofla

ocrdental.

Contudo,

nada

escreveu,

não

crrou

escola

alguma

nem

elaborc-

qualquer

teorra.

O

que

ele

fez

foi

formuiar

tnsistentemente

perg,untas

que

o

interessavam

e, ao

fazê-lo,

desenvolveu

uma

nova

maneira

de

pensar,

um

novo

modo

de

investigar

:

qlle

pensamos.

Isso

foi

chamado

de

método

socrático,

ou

dialético

(porqu:

se

encaminha

como

um

drálogo

entre

visões

opostas),

e

lhe

rendeu

vários

inimigos

em

Atenas,

onde

vivia.

Difamado

como

soflsta

(alguém

que

argumenta

para

vencer

a

discussão.

:

não

para

chegar

à verdade),

foi

condenado

à

morte

sob

acusação

de

I

(

'Li

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to

ue

re

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48

st&*mmrxx

&&

Sou

um

cidadão

do

mundo.

Sócrates

ww

cÍenÇas

mais

estimadas

(e,

em

grande

parte,

sobre

as

PróPrias

Pessoas

crentes)

the

rendeu

inimigos,

mas

ele

peÍmaneceu

comPrometido

com

sua

empreitada

até

o

fim.

De acordo

com

o

relato

da

defesa

em

seu

iulgamento,

reglstrado

por

PIatão,

Sócrates

preferlu

a

moÍte

a

ter

de

encarar

uma

vida

de

ignorância:

'A

vida

irrefletida

não

vale

a

pena

ser

vivida".

Mas

o

que

exatamente

está

envolvido

nessa

investlgação

sobre

a

vida?

Para

Sócrates,

era

um

Processo

O

método

dialético

de

Sócrates

era

um

sistema

simples

de

questionamento

que

tÍazia

à

luz

pressuposiÇões,

muitas

vezes

falsas,

que

servem

de

base

para

um

suposto

conhecimento

P;

Você

acha

que

os

deuses

sabem

tudo?

R:

Sim,

porque

eles são deuses.

P:

Alguns

deuses

cliscordam

de

outros?

R:

Sim,

claro

que sim.

Eies

estão

sempre

brigando.

P:

Então,

os

deuses

discordam

sobre

o

que

é

verdadeiro

e

certo?

R:

Imagino

que

sim.

P:

Então,

alguns

deuses

podem

às

vezes

estar

errados?

R:

Pode

ser.

de

questionamento

do

signiflcado

de

conceitos

essenciais

que

usamos

todos

os

dias,

mas

sobre

os

quais

nunca

pensamos,

revelando

desse

modo

seu

signiflcado

real

e

nosso

próprio conhecrmento

(ou

ignorância)

Sócrates

foi

um

dos

primeiros

fllosofos

a

considerar

o

que

constituía

uma

vida

"virtuos

a"

;

paÍaele,

tratava-se

de

alcançar

a

Paz

de

esPírito

como

resultado

de

fazer

a

coisa

certa,

em

vez

de

viver

de

acordo

com

os

códigos

morais

da

sociedade.

E

a

"coisa

certa"

somente

Pode ser

determinada

Por

meio

de

um

exame

rigoroso'

Sócrates

reieitou

a

noção

de

que

conceitos

como

virtude

eram

relativos,

insistÍndo

que

constituÍam

valores

absolutos,

aplicáveis

não

apenas

aos

cidadãos

de

Atenas

ou

da

Grécia,

mas

a

pessoas de

todo

o

munrlo

Ele

acredrtava

que

a

virtude

(areté

em

grego,

que

na

éPoca

imPlicava

excelência

e concretização)

era

"o

mais

vahoso

dos

bens",

e

que

ninguém

realmente

deseia

fazer

o

mal

Oualquer

pessoa

que

flzesse

algo

ruim

estaria

agindo

contra

sua

conscrência

e,

portanto, sentir-se-ia

desconfortáve1

-

e,

como

todos

lutamos

Pela

Paz

de

espírito,

não

seria

algo

que

faríamos

de

boa

vontade.

O

mal,

ele

Pensava,

era

perpetrado

pela

falta

de

sabedorla

e

conhecimento.

A

partir

disso,

concluiu

que

"há

apenas

uma

coisa

boa:

conhecimento;

e uma

coisa

má:

ignorância".

O

conhecimento

é

indissociável

da

moralidade

E

a

"única

coisa

boa",

e

PoÍ

essa

razão

devemos

sempre

"examinar"

nossas

vidas'

Guidado com

a

alma

Para

Sócrates,

o

conhecimento

também

pode

desemPenhar

um

PaPel

na

vida

após

a

morte.

Na

ÁPo1ogÍa,

o

Sócrates

de

Platão

introduz

sua

famosa

citação

sobre

uma

vida

irrefletida:

"Digo-Ihes

que

não

deixem

Passar

um

dia

sem

falar

da

bondade

e

de

todos

os

outros

assuntos

sobre

os

quaÍs

vocês

me

ouvem

falar,

e

que

investrgar

a

mim

'l

d

(

d

(

ü

d

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d

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W

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§

&e§§w§&

eMY§§&

49

:

a:s o'utros

é

realmente

a melhor

:rtsa

que

um homem

pode

fazer".

l=+ :ultrvo

do conhecimento,

em vez

E

-TJeza

ou status,

seria

o

objetivo

;rr::ro

da vida.

Não

uma

questão

de

=-:são

ou

curiosidade,

mas a

razào

:eÉ

aual

existimos.

AIem

disso,

:]Ef,:3cimento

seria essencialmente

a-r:conhecimento,

porque

deflne

a

:r5:<]a

que

se

é nesse

mundo e

T-r-:::ta

o cuidado

pela

alma imortal.

;-

:edon,

Sócrates

diz

que

uma

n:-

-rrefletida

leva

a alma a flcar

tr:::rsa

e aturdida,

como

se

estrvesse

:elacia", enquanto uma alma sábia

:.r--:ã:.Ça

a estabilidade

e seu vagar

=e3la

a um

flm.

Etodo

dialético

S:

-ates

rapidamente

tornou-se

flgura

-:-ecida

em

Atenas, com reputação

:e

=spírito

questronador.

Segundo

a

r

ia.

um amigo do fllósofo

perguntou

:

=:erdotisa

de Apolo

em Delfos

;:::l

era

o homem mais

sábio

do

=-:cio.

A

resposta

do

oráculo foi

;-e

ringuém

era

mais

sábÍo do

;:e

Sócrates.

Ao saber

disso, o

próprio

;:,-ates

flcou

pasmo

e

recorreu

às

_:r€ssoas

mais

cultas

que

pôde

ã:3ntrar

para

tentar

reÍutil

o oráculo.

-es:obriu

que

essas

pessoas

apenas

n-.avam

que

tinham

respostas, mas

:=te

do

questionamento

de Sócrates

+ se conhe

cimento

revelou-se limrtado

:,I.:also.

C método

que

ele

usou

para

;:=stlonar

o conhecimento

desses

:e:-os

for inovador.

Sócrates assumiu

: :,rnto

de

vista

de

quem

nada sabia

e

:-liesmente

fez

perguntas,

expondo

::--adlções

nas argumentaÇões

e

:r::has

nas

respostas

para,

;=Cualmente,

extrair

-ins:grhfs.

EIe

§ócrates

foi

condenado

à morte

em

]l:

a.C.

basicamente

por queslionâr

a

:ase da

moralidade

ateniense.

Aqui,

ele

a--s::a o cálice

de cicuta

que

Írra

matá{o

:

=z

gestos

desafladores

aos céus.

comparava

o

processo

à

proflssão

de

sua

mãe,

parteira,

auxihando

no

nascimento

de ideias.

Por meio

dessas

discussões

Sócrates

compreendeu

que

o

oráculo

de

Delfos estava certo:

ele era

o

mais

sábio

de

Atenas,

não

por

causa de seu

conhecrmento,

mas

poÍque

declarava

que

não sabia

nada. Ele

também

percebeu que

a

inscrição

na entrada

do

templo

em Delfos,

gnothi

seauton

("conhece-te

a

tr mesmo"),

era

igualmente

significativa.

Para

adquirir

conhecimento

acerca

do mundo

e de

si mesmo

era

necessário compreender

os

limites

da

própria

ignorância

e

remover

as

ideias

preconcebidas.

então se

poderia

ter esperança

de

determinar a verdade.

Sócrates

comeÇou a

envolver

as

pessoas

de Atenas

em debates

sobre

tópicos

como a natureza

do amor,

da

justiça

e da

lealdade.

Sua

missão, mal

interpretada

como forma

perigosa

de

soflsma

(ou

esperteza

para proveito

próprio),

não era a de instruir

as

pessoas,

nem

mesmo

aprender o

que

elas sabram,

mas explorar

as

idetas

que

elas

tinham.

Era

a

conversa

em si,

com

a

condução

de Sócrates,

que

proporcionava

insights.

Por meio de

uma série

de

perguntas,

ele revelava

as ideias e

pressuposições

de seu

interlocutor

e,

então, expunha

as

contradições nesse

drscurso

e levava

o

,§§

ffiffi

Só sei

que

nada

sei.

Sócrates

&ffi

w

outro

a

concordar com um novo

conjunto

de conclusões.

Esse

mérodo de

examinar um

argumento

por

meio

da

discussão

racional

a

partir

de

uma

posição

de

ignorância

revolucionou

o

pensamento

filosóflco.

Foi

o

primeiro

uso

conhecido

do argumento

indutivo,

no

qual

um

conjunro

de

prem

issas

baseadas em

experiêncras

é

inicialmente

conflrmado

como

verdadeiro

e,

então,

leva

a

uma

verdade

universal na conclusão.

Essa

forma

poderosa

de argumento

foi

desenvolvida

por

Aristóteles

e, mais

tarde,

por

Francis Bacon,

que

a

utilizava

como

ponto

de

partida

de seu

método

científlco.

Tornou-se,

por

consequência.

o

alicerce não

apenas

da

filosofla ocidental, mas

de

todas

as

ciências

empíricas.

x