o lavoense

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lr.Rl,jfflfJ.___. _ A Badalhoquice ~arece impassível mas é verdade! E perfeitamente inacreditável e inaceitável que no século XXI, já com 11 anos decorridos e passados que estão quase 40 anos sobre o 25 de Abril, ainda haja pessoas (?) com o deplorável comportamento cívico que apresentam. Com tantos contentores de lixo e ecopontos espalhados por toda a Freguesia, com a Câmara a efectuar graciosamente a recolho, em casa de cada um, dos electrodomésticos e outros" monstros", com as campanhas que sõo feitos nos jornais e na televisão, como é possível que ainda haja quem continue a deitar paro o chõo, garrafas de plástico, garrafas de vidro, latas de cerveja, copos de iogurte, maços de cigarros, sacos de plástico, papéis de todo a espécie, etc? A moda agora, parece que é atirar para o meio da rua, sacos cheios de lixo (que os cães depois se encarregam de desfazer), para não falar dos" inteligentes" que vão fazer piquenique no pinhal, na beiro do estrado, e deixam os sacos pendurados nos pinheiros, certamente no convencimento de que os pinheiros têm pernas e os vão levar ao contentor mais próximo. Que espertos e que Saloios. Antigamente não havia contentores nem ecopontos, poucas pessoas tinham a 4.° classe (eram mais os analfabetos do que os que sabiam ler) e não se verificava esto Imundice! Porquê? Haverá alguma explicação lógica poro isto? A meu ver não h6. O que havia era mais civismo, mais respeito, mais educação e, se calhar mois humildade e mais necessidades. Neste aspecto parece-me que a Sociedade andou paro, trás. E é pena. E pena porque este comportamento trás consequências, que podem ser graves e custo dinheiro ao erário público, dinheiro que é pouco e que poderia ser utilizado para resolver outros problemas que temos na Freguesia, e são muitos. Eu por vezes questiono-me se quem tem este tipo de atitudes e de comportamento, os poderemos classificar de normais ou anormais, de pessoas ou uma espécie, de racionais ou o caminho do irracionalismo. Quem assim procede, não custo o crer que em cosa façam o mesmo, ou pior. Se não vão mesmo ao ponto de confundir o prato com o penico. Oh Gentinha! Acordem e procurem cultivar-se e civilizor-se mais. E barato, fico bem e resulto em benefício público. Além do mais, Portugal ser um Poís pobre, não é desonro, mas um País Badalhoca ... ! Ps: No ano passado, dezenas de jovens e não só, percorreram a Freguesia e recolheram várias toneladas de lixo dos motas, de cominhos, de parques, e de outros locais públicos e privados. Passado apenas um ano já está tudo na mesma, ou pjor. E caso para dizer que há pessoas que gostam mesmo é de viver no meio do esterco. José Elísio Ferreira de Oliveira Lavoshomenageia o lilho da 'erra: - JOSE , LUIS ,., CJUlIO "Quem sou, que fiz, aonde vou, para narcisicamente desfibrar no teatro anatómico de mim mesmo o pobre diabo que sempre fui? Interessa-me, porventura, muito mais, pelo menos de quando em quando, através de mim falar dos outros; caçar os ridículos alheiros foi desde longa data um regalo que o destino me concedeu, um tortuoso prazer, e com este vício hei-de por certo baixar à cova." José Luís Caiõo em "Memórias". Entrevista Menina Lídia Ilen#ermeira" do povo Fui das primeiras mulheres a andar de bicicleta, fui das primeiras a andar de motorizada e depois fui das primeiras a andar de carro. Fui sempre das primeiras em tudo. Este Fiat que ainda hoje tenho fui busce-Je a Lisboa. { - Entrevista ;00. ii..~

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Publicação da Freguesia de Lavos

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Page 1: O Lavoense

lr.Rl,jfflfJ.___. _A Badalhoquice~arece impassível mas é verdade!E perfeitamente inacreditável e inaceitável que no

século XXI, já com 11 anos decorridos e passados queestão quase 40 anos sobre o 25 de Abril, ainda hajapessoas (?) com o deplorável comportamento cívicoque apresentam.

Com tantos contentores de lixo e ecopontosespalhados por toda a Freguesia, com a Câmara aefectuar graciosamente a recolho, em casa de cadaum, dos electrodomésticos e outros" monstros", comas campanhas que sõo feitos nos jornais e na televisão,como é possível que ainda haja quem continue a deitarparo o chõo, garrafas de plástico, garrafas de vidro,latas de cerveja, copos de iogurte, maços de cigarros,sacos de plástico, papéis de todo a espécie, etc?

A moda agora, parece que é atirar para o meioda rua, sacos cheios de lixo (que os cães depois seencarregam de desfazer), para não falar dos"inteligentes" que vão fazer piquenique no pinhal, nabeiro do estrado, e deixam os sacos pendurados nospinheiros, certamente no convencimento de que ospinheiros têm pernas e os vão levar ao contentor maispróximo. Que espertos e que Saloios.

Antigamente não havia contentores nem ecopontos,poucas pessoas tinham a 4.° classe (eram mais osanalfabetos do que os que sabiam ler) e não severificava esto Imundice! Porquê? Haverá algumaexplicação lógica poro isto?

A meu ver não h6. O que havia era mais civismo,mais respeito, mais educação e, se calhar moishumildade e mais necessidades.

Neste aspecto parece-me que a Sociedade andouparo, trás. E é pena.

E pena porque este comportamento trásconsequências, que podem ser graves e custo dinheiroao erário público, dinheiro que é pouco e que poderiaser utilizado para resolver outros problemas que temosna Freguesia, e são muitos.

Eu por vezes questiono-me se quem tem este tipode atitudes e de comportamento, os poderemosclassificar de normais ou anormais, de pessoas ouuma espécie, de racionais ou o caminho doirracionalismo.

Quem assim procede, não custo o crer que emcosa façam o mesmo, ou pior. Se não vão mesmo aoponto de confundir o prato com o penico.

Oh Gentinha! Acordem e procurem cultivar-se ecivilizor-se mais.

E barato, fico bem e resulto em benefício público.Além do mais, Portugal ser um Poís pobre, não é

desonro, mas um País Badalhoca ... !

Ps: No ano passado, dezenas de jovens e não só,percorreram a Freguesia e recolheram várias toneladasde lixo dos motas, de cominhos, de parques, e deoutros locais públicos e privados.

Passado apenas um ano já está tudo na mesma,ou pjor.

E caso para dizer que há pessoas que gostammesmo é de viver no meio do esterco.

José Elísio Ferreira de Oliveira

Lavoshomenageia o lilho da 'erra:-

JOSE,LUIS,.,

CJUlIO"Quem sou, que fiz, aonde vou, paranarcisicamente desfibrar no teatroanatómico de mim mesmo o pobrediabo que sempre fui? Interessa-me,porventura, muito mais, pelo menosde quando em quando, através demim falar dos outros; caçar osridículos alheiros foi desde longadata um regalo que o destino meconcedeu, um tortuoso prazer, e comeste vício hei-de por certo baixar àcova."

José Luís Caiõo em "Memórias".

EntrevistaMenina LídiaIlen#ermeira"

do povoFui das primeiras mulheresa andar de bicicleta, fui das

primeiras a andar demotorizada e depois fui dasprimeiras a andar de carro.

Fui sempre das primeiras emtudo. Este Fiat que ainda hojetenho fui busce-Je a Lisboa.

{ - Entrevista pó ;00. ii . .~

Page 2: O Lavoense

A Tribuna,

UIDADOS BASICOS" PO"rUUMAr,ZADOSOs acidentes de viação são um flagelo

a que podemos assistir quase diariamente.Deles resultam vítimas às quais chamamos,habitualmente, de politraumatizado, ouseja, trato-se de um sinistrado que sofreumúltiplos traumatismos.

Perante um politraumatizado, deve-se:• Caso a vítima esteja consciente, tentar

acalmá-lo;• Mantê-lo confortavelmente aquecido;• Vigiar o respiração e o pulso;• Fazer o primeiro socorro indicado

para cada um dos traumatismos;• Transportar a vítima urgentemente

para o Hospital, escolhendo a posição detransporte mais aconselhável de acordocom os lesões que apresente.

Deve-se EVITAR deslocar o vítima. Sehouver absoluta necessidade de o removerdo local deve-se proceder como se setratasse de um traumatismos de coluna.

Traumatismo CranianoDeve-se suspeitar sempre de traumatismo

craniano coso o vítima apresente um oumais dos seguintes sinais e/ou sintomas:

• Ferido do couro cabeludo ouhematoma;

• Perda de conhecimento;• Diminuição da lucidez, sonolência;• Vómitos;• Perturbações do equilíbrio;• Uma dos pupilas mais dilatados;• Paralisia de qualquer porte do corpo;• Saído de sangue ou líquido céfolo-

raquidiano pela nariz, boca ou ouvidos.O que deve fazer:• Acalmar o vítima;• Colocá-lo sobre uma superftcíe dura,

sem almofada, entre dois lençóis enrolados;

~ Mantê-lo confortavelmente aquecido.E uma situação grave que necessita transporte

rgente para o Hospital.

Traumatismo do FaceO que deve fazer:• Limpar cuidadosamente o nariz e os olhos

a vítima poro que não haja obstrução das viassspirotórios e da visão;• Colocá-lo em posição semi-sentada;• Se há suspeita de fractura do maxilar,

rocurar imobilizá-lo.Transportar imediatamente para o Hospital.

Traumatismo TorácicoUm traumatismo torácico grave por poder

fector a ventilação caso existo perfuração doulmôo.Nesse caso a vítima pode apresentar um ou

lois dos seguintes sintomas:• Dificuldade respiratória;• Lábios e unhos roxos;• Pulso fraco e rápido;• Agitaçõo;• Confusão e delírio.O que deve fazer:• Acalmar o vítima;• Colocá-Ia em posição semi-sentada e

ecostada sobre a zona atingida;• Se existir ferimento, cobri-lo com

ornpressos embebidas em vaselina para impedir, entrodo de ar.E uma situação grave que necessita de

ransporte urgente poro o Hospital.

Traumatismo do Coluna VertebralDeve-se suspeitar sempre de lesão do coluna

ertebral se a vítima após o traumatismo,'presenta um ou mais dos seguintes sintomas:• Impossibilidade de fazer movimentos;

/c "''w' -

• Dor no local do traumatismo;• Sensação de "formigueiro" nos

extremidades (mãos/ pés);• Falta de sensibilidade de qualquer parte

do corpo.O que deve fazer:• Com o ajuda de outras pessoas, colocar

a vítima num plano horizontal respeitando oeixo do corpo;

• Fazer tracção da coluna vertebral esticandoa vítima pelos pés e pela cabeça e mantê-loneste posição até chegar a ambulância.

E uma situação grove que necessita detransporte urgente para o Hospital.

Atenção:• Depois da ambulôncia chegar, levantar o

vítima cuidadosamente mantendo o tracção.• Depois de colocado na moca, transportá-

la ao Hospital o uma velocidade moderada.

Traumatismo AbdominalO troumotismo abdominal é uma lesão

provocada por acção mecânica sobre oabdómen (quedo ou pancada) capaz de causarfractura ou ruptura de vísceras.

Se houver fractura ou ruptura de vísceras ossinais e sintomas são:

• Dor local;• Sede;• Pulso progressivamente mais rápido e mais

froco;

• Em casos ainda mais graves:o Polidezo Suares frioso Arrefecimento, sobretudo nas

extremidadeso Zumbidoso Alterações de estado de

consciência.O que deve fazer:• Acalmar a vítima e mantê-Ia

acordada;• Cobrir a ferido, se existir;• Colocar a vítima em posição serni-

sentado com as pernas flectidas;~ Mantê-lo confortavelmente aquecido.E uma situação grave que necessita de

transporte urgente poro o Hospital.O que não deve fazer:• Dor de beber ou comer.

Estas informações correspondem acuidados básicos que se podem prestar opessoas que foram vítimas de vários tiposde traumatismos. Contudo, é importantenão esquecer que apenas os deverá prestarcoso esteja devidamente treinado e possuoos conhecimentos necessários.

Se não estiver preparado para prestarestes cuidados, lembre-se que ao ligar o112 já está o ajudarl

Anaísa Reveles

LUZ e GÁS - subida do IrA acresce '2.15 euros à fattural

Já tinha leito as ,ontas11Numa situação exemplar de uma família com consumo de 50 euros mensais de

electricidade e 25 euros de gás natura!. O que vai acontecer?

A subida da taxa de NA sobre a electricidade e o gás naturol da taxo mínimo (6%) paroa taxa máximo (23%) vai provocar um aumento das despesas mensais das famílias portuguesas.Poro um consumo de 50 euros, a alteração no imposto implica um aumenta de 8,50 euros.

Estes aumentos võo entrar em vigor ainda este ano, ao contrario do que se pensa, é queapesar de o medida ser já conhecida, ela apenas deveria só ser aplicada em 2012, mascomo temos um governo" apressado" este decidiu antecipá-Ia para o último trimestre desteano.

Para as famílias que também consomem gás natural a subida das despesas é aindamaior. Ao agravamento da facturo da luz junta-se o da factura do gás. Uma família

que pague agora 25 euros de gás natural vai passar a pagar 29.25 euros quando anovo taxa de IVA for aplicada. Um aumento de 4.25 euros.

Somadas as duas parcelas, esta família pode ver as despesas com o gós e luz o dispararem12.75 euros por cada mês.

Como todos nós sabemos todas estas alterações partem de decisões políticas, pelo queneste coso a oposição reagiu o este agravamento antecipado da factura do gás natural eda electricidade. O PS pede esclarecimentos sobre estes aumentos brutais enquanto que oBloco de Esquerda e PCP dizem que esta situação vai estrangular grande parte das famílias,principalmente aquelas que trabalham exclusivamente pora "comer". A opinião da DECOperante esta situação é que vai ser um "atentado" ao bolso dos portugueses.

Para ficarmos com uma ideia no que resulta destes agravamentos, o governo vai arrecadarmais de 100 milhões de euros de receita por esta via, isto até 00 final do ano, o que fazendoas contos para um ano completo representará cerco de 400 milhões de euros. O que seirá fazer com este dinheiro? Vamos ver .

Sandra Jordõo

" Influêllcia das plantaslia lIossa saúde:Barbas de Milho

o milho em Latim é Zea Mays, é um conhecido cereol nativo dos Antes e da Anlérica,Central agora cultivado em grande parte do mundo, é extensivamente utilizado como alimentohumano ou ração animal, devido às suas qualidades nutricionais. Existem várias espécies evariedades de milho.

Porém as dicas aqui são exclusivas das barbos de milho.Barbas de milho: conhecidas também por cabelo de milho ou estigmas de milho. Pertence

à família dos Poáceas. Utilizam-se os estiletes e os estigmas (as "barbas"), assim como o óleo.Propriedades medicinais: Grande poder diurético, anti-inflomatório, principalmente no

bexiga .. Os estiletes e os estigmas são constituídos por um elevado teor de potássio, flavanóides,aminas, enzimas, taninos, vestígios de óleo essencial, ácido salicílico, alantoína, saponinos,óleo gordo, esteróis e mucilagens. No óleo de milho, encontram-se fitaste róis, ésferes glicéricosde ácidos gordos, com predomíniO para os ácidos gordas insaturados do serie ómega 3 e 6,carotenáides e tocoferáis. Gota e edema emoliente e reepitelizante.

Indicações: olbuminúria, blenorragia, cálculo renal e no bexigo, cistite, distúrbios cardíaco,febre, retenção de urina, inchaço nos pernas (gravidez), inflamações do bexigo, nefrite, liberaQ urina.

Contra-indicações/Precauções - pessoas com dificuldade em urinar devido a inflamaçãodo próstata devem evitar a infusão do cabelo do milho.

Efeito Secundários - pode aumentar o dor em pacientes com inflamaçõo da próstata.Modo de usar: Chá de barbas secas, beber entre duas as três chávenas por dia. Use uma

mão cheia por dois copos de águo. Colocar o ferver durante dez minutos, coe, deixe arrefecerestá pronto a beber. Para secar as barbas de milho, deixe-as secar ao sol e guardar num poteseco.

Patrício Pereira

fi,lta Témi,a

~

:' -~., . O'. . Direcção: Junto de Freguesia de Lavos.: ~ t•

.' ' Coordenador: Pedro Duarte.Colaboradores: Ano Batista, Anaisa Reveles, Ângelo Neves, Ângela Filipe, Andreia Reveles, Carlos Santiago, Daniel Russo, Emanuel Mesquita, Filipe

• Trigo Oliveira, Isabel Oliveira, João Cardoso, João Pereira, Lara Ramalho, lia Costa, Mórcio Oliveira, Nelson Grilo, Patrícia Pereira,Patrícia Jordão, Paulo Trigo Oliveira, Sandra Jordão, Samuel Salgado, Sílvio Adõo, Tiago Pinto.

Tiragem:3000 exemplares Designl Pagina~ãoI Impressão IA~abamento:

Circuito de Ideias, oficina de Artes Gráficos e Impressão. Lda. Ruo Dr. Santos Rocha. 47 I 3080-124 Figueira da Foz __

Page 3: O Lavoense

rJPLACAID.R. Dando continuidade à linho que sempre orientou os princípiosV =l do Delegação de Carvalhais da CVp, foi com grande satisfação,

~ que no passado dia 3 de Setembro, formalizamos o abertura,_fi.. I de mais algumas valências desta Delegação.~,~ i Desta vez, e para descentralizar um pouco, fizemo-lo no espaço

Clluzl-! Multiusos, no Bairro Alto (Lavas), em frente 00 Ecomarche.VERJle.MA Assim às valências já existentespoR'fUGU~ - Emergência médica;S:;;;~:l",aM:.ais - Transportes programados e apoio á reabilitação;

__ ._ - Enfermagem 00 domicilio e,. - Formoção,

Disponibilizamos o partir de agora mais 3 serviços:,. Fisioterapia e classe de Pilotes:,. Lavandaria e Engomadoria, equipado com máquinas de lavar, máquinas de secar, vaporeta,calandra, máquinas de encapar e selar;• Loja solidaria, "Ponto Vermelho", onde se promove a reutilização de artigos não perecíveisque podem ser adquiridos o muito baixo custo.

Para o mês de Outubro teremos o vertente de Fisioterapia 00 Domicilia, poro os utentes comdificuldades de locomoção.

Estes serviços foram implementados o pensar na população, mos, paro que funcionem econsigam atingir os objetivos poro que foram criados, é necessário que o população adiraa esta iniciativa e utilize estes serviços. Aproveitar os serviços existentes na freguesia é promovero desenvolvimento.Por isso contamos com todos, com sentido de sermos mais e melhores.

A ""em se desf;na o nosso servi§o de 1;s;oferap;a?Dores nos costas?Tensão muscular e formigueiros?Tendinite?Dificuldade em mexer-se?Torceu um pé?Pernas pesadas e cansadas?

"":I'" .~ •••~ fisioterapeutm espcdaIimm.~ _ c-.-..-J': ...c.,~~h.vüs da m, em IlrineAlto.

Serviço personalizado e com qualidade, porque:- o profissional centra-se exclusivamente em si;- foz uma avaliação exaustivo do seu problema;- estruturo e adopto o plano de tratamento à sua evolução e às suas necessidades;- trato os sintomas mos também o origem (o que está no couso) do problemo;- uso técnicos passivos, mos também activos, que lhe permitem ter um bom uso do seu corpoe evitar futuras recaídas ou complicações.

Dúvidas?Fole connosco e saiba o que podemos fazer por si.

Fisioterapeuta - Neide GonçalvesUcenciada em Fisioterapia pela Universidade AtlanlidoCurso de Shíotsu pelo i9proiec1Curso de Reeducação Postural Global - RPG, pelo Universidade de Soin! Mon! (França)Curso de Pilotes no Solo pelo Well Women (Austrália)Formando no curso de Pilotes no Solo pelo Polestor (EUA)

Honírio:2° e 4°feiras dos 14h30 às 20h30(0fIfrIrt0s:CVP Delegação de Carvalhais - 233 947322 I Ft Neide Gonçalves - 96 36 121 54

1 Outubro - Participação no dia Internacional da Música

Com data a definir mas também em OutubroEncontro de Folclore Infantil.

Digressão à" SérviaMais um magnifico Festival em Pirot no Sérvio, em que o

Rancho Folclórico "As solineiras de Lavas" teve o honro de serconvidado o participar.

Sérvia e mais ,ropriamente o cidade de Pirot local onde RCIdecorreu o festivo e em que as pessoas dão um muito valor Jàs suas tradições populares e tem um enorme interesse emconhecer o mais possível dos tradições de quem os visito.

Mais uma vez o R. F. "As Salineiros de Lavos" levou atéeste povo o cultura do sol, de Lavos, do Figueira da Foz e de .Pnrtllnnl k.~.-

ali""" GII."dl!.lQ dtr_Julho de. 2OU.

EIIIno.5r.~~Ftttno.if1,dtll~1C'a

P~JnedaJuntôl di: rreglleSZadttlA"o'OJ ••

t comuande Rtlsf~ c,.- Iht- m:.nd:Imos. wn e::mmpl!lr dinnIlstll d:aflO!l:t1!~ Lur.o-Br~!I;, •.dtCa""poGra~·M5.SoIt~fUt!. Alho cIC!~ Oiu L~2"&ie'3l:,y Cordt'lro. J'l2se.lcb~ ~<:I da-Saro lJ.n.i. n'47. "t~17Il()~ do f.1ledda Dr. Go\lvtQ'~ da rnf(!ml~1r:I UdI~ CasõI orIde: M}e ~ o Meu

primo M;X!o â:Almt:idoIllO IadDd ••alltfa;a pacbtu. do iniHIAw ~nô)lnl

Vim pj)fj) campo GraMc com ~~$ 8 ecses de fcf,adt Il!~It ~o ~ ~ a.<1tpela Unlv!o"i~de Fetkral do Rio de Jôlllelro.No mfs ee Agono do iIInQ P<W-ldo, em p;ss,elo ao Po1'11$'<lI.rMt () pr:tt1S de convel'Jlilr ccrn osenhor. Jtmto cio mei.l primo AI~ de ~ (ats3do GOm., ~) ~ ~HGtlt.a~ d.f(t(l~ •.arupo, dr: dI.~. 61nduno UrJO dti RltgJ:IhRIn.s, Junto di Cua 00 Povo de ~os eflI,mos lObre·a f'!CUSaddade-deúmpa Grandet dos: portulJ.*U quI: ~m P3r~ tll ~ludilr,)construIr" ferrovI~ Norveste do ensn.Como o meu llrtmo Antonio c.a.J2o ~ n"It mmda o 1om;z1 "'0 Lavotns. •••tcmhoooompal\hado ~ Dotlc1as da TI.crua bu'~ e lIptOV(lt3ndo o edttorial ·Ser~· dllkllçfD!li 6, d\iO-lho que en Clmpo GraMo ternos multac l.:IVoenSoll'S Cl'-"" totWnUit1"l bm'ntldo •d""""lIF\do' no.wl q\ltl'ldl: f1"e.l;\lP.$J._ L:rYos.A dtulo de tnronnaçb mmpltme:t\taf'. soo neto de Antatdo F.crrair.a Gamil6IHomerQl:f:2donesta revlstol e D ex-prcúde:nte qué me tra.r'lsmltlu o Qf1O, Mw rk F~timl: Corado Gabrk!), énetô3 de Joaquim Gonçalwcs Cor.Icfo.t::ltn~ ~ucto !\li tl'4iSta. FoI UIfU p.Ilq\lt'!nl

hornen.J.SCf" lOS l'IC1SM dto.stnvadGrU3\IÓ.S.

901'Qm:CI~$OmO$ a tcroc(ra aentio dI' Uv~ qUI!' em: ~ em Cln'aoo GralldeplIrtldplndo dlI conml,lÇS:o dtm ckble e dlrtalndo II nDUol~a;$o l.w.o-8f~1i1titJ (MliiOCc:ntt() 8tnaflcern .• Ponu~) sem nwK.} te1 ~ 1 no:s:sa WTI rgtal'-'~~tt.

\hh..:Plk.~ e.l..--LAntonio Mlnu~1CDr.cktro leIl

o PLACAR=. Junta de Freguesi·a de Lavos - Largo da I~reia, 1- 3090-461 Lavosou por correio electrónico para: [email protected] ...ou ainda entregue em mão 00 balcão do Junta de Freguesia em envelope devidamente identificado.

Page 4: O Lavoense

De L_os "ara Cannes...Era um domingo ensalarada. As margens

do estuário do Mondego fervilhavam de gente.Vários equipas de Remo iam disputar oapuramento para eleger a equipa que iriarepresentar Portugal na provo de selecçãoolímpica, em YolI de 4 em Cannes, no Sul deFrança. Estávamos a 1 de Junho de 1952.

Realizou-se então na Figueira da Fozpromovido pela Federação, as provas doCampeonato Nacional de Remo, em "Yollesde mer". A assistência foi em número elevado,tendo o Júri de Honra sido constituído pelasautoridades presentes. Contra o que se esperava,não compareceu à largada a tripulação doGalitos, pelo que o Ginásio Club Figueirense,teve como adversários representantes da Naval,e da CUF, do Barreiro, pois o Federaçãodeterminara que, além dos dois primeirosclassificados no campeonato nacional,pudessem concorrer tripulações de outros clubes.

Na prova de principiantes, em 4 remos,1500m triunfou a Equipa B da Naval da Figueirado Foz no prova de Juniores, 4 Remos 2000m,venceu também a Naval em Seniores, etc.Ficando assim apurada a Equipo vencedora,coube à Naval (que conseguiu uma vitóriaindiscutível, por quatro borcos de vantagem) irrepresentar Portugal em Cannes no "CriteriumEuropeu", o realizar o 29 de Junho desse mesmoano. Assim que esta noticia se espalhou, todosa receberam com agrado, pois era a primeiravez que uma tripulação Figueirense (Compostapor Lavoenses) se deslocava ao estrangeiropara representar Portugal. Assim que foramanunciados vencedores, e, ao saírem com obarco do rio, toda o multidão os saudou, gritava-se "campeões" e o barco foi-lhe retirado dasmãos e levado por anónimos entusiastas atéàs instalações da Naval. De salientar que estaequipo, se formou de uma maneira muitosimples. Sendo António Reis um grande remadordo Naval, resolveu este fazer a sua próprioequipa e convidou 4 colegas e amigos, todosno "coso dos 20 aninhas" e todos de Lavas.Feza inscrição como "Equipo B" e com apenas9 treinos, estes homens de forço venceramgrandes clubes. Muitas vozes se levantaramcontra esta equipo que não possuía a chamada"técnica de remar", mos nada havia o fazer,pois um barco nas mãos deles deslizava comomanteiga ... foram uns heróis na época relembraAntónio Valente, "desde a largada é sempreremar até ao fim" -era assim a técnica utilizada.

A equipo seleccionada era constituído por:1 Proa -Joaquim dos Santos Ribeiro (Marnoto),2 A Proa _ António Valente Afonso (IEstaleiro),3 A Vogo _ Joaquim Pires da Rita (EstaleirosNavais), 4 Voga _ Manuel Luís Reveles (EstaleirosNavais), e Timoneiro - António Reis (EstaleirosNavais), todos Lavoenses. Estava formada aequipa para a deslocação ao Sul de França,apenas uma alteração houve; pois sendo oTimoneiro destes homens António Reis, queganhou a prova de selecção "Yolle-du-mer",este por razões burocráticas não podeacompanhar a equipo, pelo que foi substituídopor António Fernandes de Carvalho Martinho,que trabalhava no CP e que vivia no Gala.

Avizinhava-se um grande evento, havia quepreparar estes homens puro o que iriamencontrar. Entre treinos e aperfeiçoamentos, aNaval instalou-os dois dias no grande hotel daFigueira para que estes homens simples,aprendessem a comer correctamente e afamiliarizar-se com um hotel, em virtude deirem ocupar um em Cannes. Tratou-se doguardo-roupa, mondando fazer uniformesapropriados ao Alfaiate do Ruo dos Ferreirosno Figueira do Foz, e sempre iam sendotreinados com afinco, agora já com António

S

Martinho como Timoneiro.Estavam prontos os remadores, agora era

a partida ...Saíram de Lavas, mais concretamente do

Largo da Regalheiras no meio de uma multidãoserrada que ali se deslocou para os saudar ever partir, entre os acenos de adeus, ouviam-se os palavras de "Campeões ... campeões".Ao chegar à Figueira, mais uma vez outrobanho de multidão que se queria despedirdestes Heróis de Uniforme da Naval, que iamrepresentar o nosso Pais. Gloriosa façanha!

Partiram para Lisboa de Comboio a 22 deJunho, supostamente iriam em primeira classe,como ditou o Federação, mas tal nãoaconteceu, pois segundo Manuel Reveles_"maistarde recordaram-nos que os fatos tinham tidocustos paro o Clube, e já íamos a entrar emcontas. Os nossos fotos tinham sido feitos numgrande alfaiate que havia no Ruo dos Ferreiros,e quem pagou foi o Clube."_.

Em Lisboa foram recepcionados pelaFederação Portuguesa de Remo que osacompanhou o Cannes, e todos emborcaramno autocarro da mesmo Federação, com oborco que ia competir guardado em cimo doautocarro, partiram o 23de Junho, segundo-feira. _" Antes de chegarmos a Elvas aFederação mandou parar o autocarro, e pediuque descêssemos, e foi o que fizemos. Depoiso autocarro começou a andar e nós sequeríamos tínhamos que ir o correr atrós dele ...ero o nosso treino paro os músculos nãoatrofiarem ... o viagem demorou mais de doisdias" conto-nos Manuel Reveles.

Em autocarro, regressaram no dia 4 deJulho, a equipa Portuguesa da AssociaçãoNaval 10 de Maio da Figueira da Foz, ondevinham os nossos homens, tendo realizadoduas provas, onde o classificação foi a seguinte:no 1a eliminatória, clossificororn-se em segundolugar, com ligeiro diferenço do Vencedor(França), à frente de Espanha, do Argélia e doJugoslávia. Estavam em competição 13 países.

"Demos tudo por tudo para ganhar, mas00 finalizar a prova, fomos os primeiros ochegar à praia, e logo erguemos os braços devitória, mos o público gritou-nos que não eraali o meto, e lá continuamos então ... é que opista era um pouco inclinada e induziu-nos aerro ... senão tinha-mos ganho!"_ Relato ManuelReveles o olhar para a sua chávena de café jávazia ... Na final os Figueirenses classificaram-se em quinto lugar, tendo ficado em sexto oequipo da Suécia. De salientar que entre o 1aclassificado e o 60, não chegou o haverdiferença de um borco. Devido a essa falha,não visitarom Paris, pois havia o promessa deque se ganhassem por lá passariam, assimforam compensados com a visito a Madrid ...

No final da provo todos se dirigiram 00Cinema de Cannes, onde foram premiados.O Clube Naval recebeu um belo troféu, e osremadores uma menção honroso, mos um dosmelhores prémios para estes homens, foi terementrado no grande sala onde se entregam osprémios às vedetas do cinema ... ficaramdeslumbrados!

O sonho estava a terminar, os 5 dias tinhamterminado. Entre o hotel, uns passeios, treinose o grande competição assim se passou aestado em Cannes, não deu poro aprenderFrancês, mos deu para valorizarem um desportoque tinham iniciado por brincadeira. Deiniciados tinham logo passado a seniores(devido às idades) ... e o que tinha começadopor aventura agora dava frutos. Todos estavamde parabéns!

Regressaram do mesma formai até Lisboano autocarro da Federação, e dali poro a

Figueira de Combóio. Assim que o comboioparou na estação do Cp, era ver toda o Direcçãodo Naval, acompanhados de uma enormemultidão que os aguardava para os saudar, aFigueira quase parou para os receber, _"foium delírio ... " . Obtiveram de todos osFigueirenses um caloroso acolhimento, estes,saíram à ruo em mossa para recepdoncrr esteshomens e gritavam vivas aos Campeões. Daliaté à Sede de Remo do Naval 10 de Maio,não se pouparam palmos e gritos de alegriaaos Internacionais Lavoenses. Mais tarde faifeito uma sessão solene no Salão Nobre doNaval, onde estes heróis foram homenageados,receberam um diploma de participação, e ondefoi lida em público uma corta enviada pelaDirecção Portuguesa de Remo, que rezo assim:

Lisboo,07 de Julho de 1952

Exm.a Direcção da Associação Naval l°MaioFigueira do Foz

Exm.as Senhores:Ao regressar a Portugal a representação da Remo

Nacional, que em França participou nos regatos "Criteriumda Europa", foi-nos presente o respectivo relatório deactuação e por ele tivemos oportunidade de verificar omaneiro desportiva, correto e disciplinado, como secomportou a vosso tripulação de Yolle de 4 que, muitoemboro não tenha obtido o deseicdo primeiro clcssiftcoçõo,se portou por forma o prestigiar o desporto nocional, tendodeixoda em todos quantos observaram a sua actuação umaimpressão muito lisonjeiro.

O que acabamos de expor foi motivo poro, porunanimidade, ter sido votado um louvar a tal tripulação, oqual consta da ada desta Federaçõo do dia 4 do corrente.

Ao transmitir O V.Ex°s este voto, pedimos que o mesmoseio levado ao conhecimento de todos os remadores quese deslocaram a França.

Com os protestos da mais elevada consideração,subscrevemo-nos, enviando

Saudacães DesportivasPela Direcção da F.P.R.O Presidente:Álvaro Valente de Arc újo (Ccoitô o-Tenente]

Agradecimentos:Ao Sr. Adagildo Carvalho, pelo partilha e

disponibilidade.Ao Sr. António Valente por me ter recebido,

e um enorme agradecimento ao Sr. ManuelReveles que comigo relembrou tamanhofaçanha. A beber um cafezinho, relembramosmomentos, pessoas e factos. No olhar haviasaudade, nos gestos melancolia, muito foirelatado, rimas imenso até ... mas para finalizarficou uma simples frase: "Foi uma vidamaravilhosa" _

Obras consultadas:Jornais "O Figueirense" de 29 de Maio e

de 7 de Junho de 1952Jornais "Notícias do Figueira" de 24 de

Maio e 12 de Julho de 1952Jornal "O Dever" de 02 de Junho de 1952Jornal "A Voz do Figueira" de 04 de

Novembro de 1999LIA COSTA

lavos,II0U dizendo que•••

... não há nodo mais certo no vida que omorte. Esta é uma verdade irrefutável. E é-oporo todos os seres vivos.

Mas uma das coisas que distingue o Homemdos outros animais é o Culto que desde ostempos pré-históricos pratico em homenagemaos seus entes queridos quando "portem".

Esse Culto foi diferenciado 00 longo dostempos e praticado das formos mais variadosconsoante os crenças e raças.

No século XIX realizavam-se funeraisnoctumos, principalmente nas classes mais altosda sociedade. O funeral nocturno acentuavao expressão de dor do cerimónia fúnebre.

Há o registo de que o funeral de Maria JoséCruz de Oliveira e Silvo, (o ilustre lavoense quefoi a primeiro mulher o ser diplomada emFarmácia em Portugal, como o "O Lavoense"revelou na suo edição n? O e que muitorecentemente deu o seu nome à Farmócia deLavas), se realizou numa noite de meados deAbril de 1901, com acompanhamento doFilarmónico dos Carvalhais.

O funeral do senhora foi muito participado,pois paro além da Singularidade do seu estatutosocial e profissional, segundo a Gazeta doFigueira que noticiou o acontecimento, ela eramuito generoso para com os maisdesfavorecidos.

Pedro Duarte e Lia Costa.(Documentos consultados: História do Vida. Privado

em Portugal de José Mattoso e Gazeta da Figueirade 17/4/1901)

AS (IIJfSaMISADASJá ló võo longe os tempos em que as

Descamisodos ou Escamisadas, como eracorrente dizer-se, eram uma noite de festa.

Na eira, em volto do milho, sentavam-se todos quantos iam participar naqueletrabalho, que mais não era do que tiraros camisas e deixar limpos paro secar, osespigas do milho paro de seguido seremmolhadas ou descaroladas (separar omilho do carolo).

Eram os donos do milha( por vezes odono do milho não coincidia com o donodo eira, já que havia pessoas que o nãotinham e então socorriam-se de eiras deamigos e vizinhos), os vizinhos que vinhamajudar, (normalmente os pessoasentreajudovam-se nestes trabalhos) osconvidados e os intrusos que por láapreciam, vestidos de Mascarados, semprena expectativa de por lá encontrar a "cachopa" que andava debaixo de olhoou já se namoriscava, embora, à socapa.

Contavam-se histórias, cantarolava-se, havia por vezes alguém que puxavapelo fole duma concertino ou dumacordeão, havia alegria, bebiam-se umaspingas e no meio do escuridão e doconfusão dos" camisas" ló havia por vezeso oportunidade de algum ou alguma maisatrevido (o) meter a mão em locais queeram de muito difícil acesso em qualqueroutro ocasião.

Quando alguém encontrava o espigade milho vermelho (milho Rei), localmentetambém conhecido por espiga "Venera"ou "Benera", era uma festa e o felizardoque o encontrava logo tinha direito o umasbeijocas das cachopas ou vice-versa, razãopela qual muitos dos Mascarados jáguardavam os espigas dumasdescamisadas para os outras (dizia-se queeram sortudos, pois sempre tinham o sortede encontrar aquelas espigas).

Hoje tudo acabou. Já não hódescamisodas, já quase nõo há eiras, ejá não há mascarados (há outro tipo demascarados, oliós bem mais perigosos doque aqueles), os entreajudas entre vizinhosestão em vias de extinção e eu direi mesmoque até a alegria onda arredio e peloshoras da amargura e também já nõo hánecessidade de aproveitar estas situaçõesparo meter o mão nos tais sítios que ERAMde difícil acesso ... e ainda bem!.

Ficou o lembrança dum tempo que jánão volta .

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Page 5: O Lavoense

o regresso às aulas ..•Ora, como quem não quer o coisa já lá vai o mês do

ano novo; o mês do carnaval; os amêndoas da Páscoaui-ui, onde é que já vão; santos populares só em 2012;o querido mês de Agosto acabou de acabar e agoraentrámos no mês do recomeço.

Em Setembro, grande parte dos pessoas, regressa aotrabalho. Nas estações de televisão mudam-se os cenáriose estreiam s novos projetas; os transportes públicos retomamos seus horários habituais e a pequenada regressa àescola. Umas voltam paro a antiga escola, outras mudamde escola, conhecem novos amigos e novos ambientes eoutros vão' para a escola pela primeiro vez. Bom, comojá devem ter percebido, a minha pequena "achego" ésobre o escola, mais propriamente sobre a questão,frequentemente colocada pelos pais, "inscrever ou nãoinscrever?" .

Há quem defenda que, os pequenos reguilas, apenasdevem iniciar o suo vida escolar, com o entrada no ensinobásico, ou seja, por volta dos seis anos, quando entramparo a primeira classe. Até então, as crianças ficamentregues aos cuidados das mães, ou das avós, ou dasvizinhos ou de quem estiver disponível. Não critico, quemsou eu, mas também não concordo. Talvez até ao primeiroano de idade, seja aceitável, mas depois será que ébenéfico privar, a jovem criança do convívio diário epermanente com outras crianças e de profissionais que asaberão, igualmente educar e estimular?

De qualquer forma, não sou indiferente aos receiosdos pais. Nesta altura surgem vários receios, porque nãoconhecem as educadoras, têm receio porque os criançasapanham vírus, e porque o ingresso na escola representauma despesa extra. Porém, e apesar de não ser mãe, vejomais vantagens do que desvantagens no acesso prematurodas crianças à escola, principalmente quando hó opçõesviáveis e próticas.

Felizmente, para todos os lavoenses, na bela localidadede Lavas hó uma creche, que foi recentemente inauguradae que acolhe desde recém-nascidos o crianças até aostrês anos. É um espaço com excelentes infra-estruturas,com equipamentos adequados e adaptados às vóriasidades e onde, quem já visitou sabe, qualquer criança sedesenvolverá físico, psicológico e socialmente feliz edestemido. Depois ainda existe um jardim-escola, que eutambém frequentei, há mais de vinte anos, e já nessaaltura, para mim significava um sonho. Ainda me lembrodo cheiro das almofadas gigantes em forma de "chouriço",do continha do leitura, da cozinha, do continha dasbonecas, enfim, só tenho boas recordações e saudadesde pessoas que nunca mais vi. Quero com isto dizer que,se há vinte anos era bom, agora com os obras demelhoramento, estará melhor aindo.

Estas minhas opiniões, baseadas e mim mesma enaquilo que conheço, dentro desta matéria, destinam-seos pais que, de alguma forma, ainda se sentem renitentesquanto à inscrição dos pequenos mas, principalmenteàqueles que mantém os seus filhotes noutras escolas forada freguesia e por diferenças económicas, por vezesirrisórias. Se a terra não tivesse queixavam-se e agora? Aterra tem, só precisa da nossa colaboração para quefuncione.

Eu também sou IIGandarês"Decidi dedicar o "A REDURA" deste número aos

Moinhos do Gândara.E perguntam vocês, lovoenses de gema, com

toda o legitimidade que vos assiste:- O que é que levo, desta vez, este

"pantomineiro" a escrever sobre essa "recôndita"localidade do concelho do Figueira do Foz, noboletim O Lavoense?

Pois bem, eu responder-vos-ei aqui e agora.

Socorrendo-me desse instrumento livrementeposto ao dispor até do cibernouto menos astuto,o Wikipédia, sobre Moinhos da Gândara possodizer-vos:

"O nome de Moinhos do Gândara pretendefazer recordar os moinhos de água e vento queexistiam nessa zona desde os princípios do séculoXIX, com a ajuda dos quais as pessoas fabricavamo seu próprio pão."

Na mesmo enciclopédia pode-se ainda constatar,entre outros coisas, (coisas que o amigo leitor, sequiser e muito bem entender pode consultor), queo dito povoação, tal como Lavos, foi pertença doConvento de Santo Cruz.

Apura-se também - servindo-me da mesmaferramenta de consulta -, que em 2001 a ditalocalidade tinha 1620 habitantes, enquanto Lavospossuía à data quatro mil cento e setenta e umaolmos. (Jó agora aproveito para denunciar que apágina desta enciclopédia referente à Vila de Lavasse encontra praticamente desprovida de informação.Será que não há na Vila ninguém que ... )

Posso também referir que a freguesia de Moinhosdo Gôndara possui de área 16,08Km2 enquantoLavos se estende por 35,74km2.

Ora isto dó uma densidade populacionalpraticamente igual às duas freguesias, ou seja,enquanto a freguesia gandaresa anda pelos 124hab/Km2, a do sul do Mondego tem 116 hab/Km2.

Exposta esta pequena "amostra" geográfica edemográfico das duas povoações passo a desvendaro que me foz escrever sobre a freguesia mais anorte do concelho da Figueira.

- Não, não é o facto de eu ser "Gandarês" porparte do meu avô materno.

Era eu director associativo quando no ano de2010 se realizou, na Associação que dirigia, umEncontro de Grupos de Cantares.

Para além do Grupo Sol e Vento que jogavaem cosa, participaram nessa noite de dinamizaçãocultural o Grupo "Os limonetes de Tavarede" -magnifica caracterização -, um grupo que se nãome engano veio da região de Viseu - belíssimaactuação -, e aquele que me chamou mais aatenção pela suo jovialidade: os EmCantos dosMoinhos da Gândaro.

Foi uma noite magnífica de arte popular ediversão, apesar das muito poucas dezenas desócios que se fizeram representar.

No final do espectáculo e enquanto os grupossaciavam a fome estive à conversa com oresponsável pelo grupo gandarês e demonstrei-lhe o meu desejo de os voltar a ver.

Eram miúdos entre os vinte e os trinta anos equase todos com formação académica.

Não enganavam, tinham muita pinta.

Há um mês, no "O Figueirense - online" repareique nas "Noites da Figueira" juntamente com umaorquestra ligeira, também ela de Moinhos, cantouuma ilustre fadista da nossa terra.

Tentei saber o porquê dessa "emigração". (Háuma certa tentação em muitas comunidades deempurrar os seus talentos para foro, é certo.)

Foi-me justificado que era pela classe do bandae pelo rigor do Mestre.

Quis certificar-me daquilo que me foi dito emondei vir da Junta de Freguesia presidida peloPaulo Querido os cd ' s da Orquestra da Escolade Música da AC.R.D da Gândara e dos EmCantos.

Os primeiros são realmente geniais. As minhaspalavras, por si só, nunca os definirão devidamentee quem me falou em classe e rigor não meenganou. Ouçam, por favor!

Os segundos confirmaram em estúdio aquiloque me mostraram ao vivo aqui na terra.

São de uma alegria contagiante.Fui à procura deles na Internet através do

Facebook.Descobri que para além de grupo de cantares

é também uma Associação.Por algum motivo que me escapa evoluíram

de mero grupo musical para uma Associação.Uma Associação que, entre outros coisas que

todas as associações promovem - teatro,exposições, caminhadas, excursões, actividadesdesportivas, actividades recreativas -, vai, porexemplo, a Lares de terceira idade animar os maisidosos.

E que no dia 25 de Setembro levou a efeitouma acção de solidariedade em que angariougéneros alimentícios e que os fez chegar 00 BancoAlimentar.

Têm eles escrito na informação bósica do suapágina no Facebook:

"Acima de tudo o Grupo EmCantos tem umlema que sempre tem orientado o seu percurso econtinuará a ser o chave de todo o trabalho:

Inovação e Tradições, Música e Amigos."Ah, não se esqueçam: - o EmCantos é uma

Associação que nasceu de um grupo de amigosque têm entre 20 e 30 anos, como já tinha referido.

Os EmCantos dos Moinhos do Gôndara sãorealmente um encanto de exemplo.

Morol da crónica:- É tão óbvia que nem quero decifrá-Ia.Pront() F<:tn ir':! Pstr':! tirnrln

O encerramento das actividades do ano Escutista201 0/2011,da Alcateia do Agrupamento de Escuteirosde Lavas, culminou com duas coçadas.

A primeira deslocação foi a Coimbra, ao Portugaldos Pequenitos, onde os Bandos puderam divertir-secom construções à suo altura.

A segunda viagem foi ao Jardim Zoológico de Lisboaonde os lobitos puderam conviver de perto com osanimais da selva.

A Akelá (Ana Belo) e a Balú (Patrícia) acompanharamos mais pequenos nas actividades.

Jorge Ferraz

Page 6: O Lavoense

'ESTJI DJI COMUNIDADE LJlVOENSE/2DJ J,'flUA MODAANTIGA

Conforme estava estabelecido noprograma, realizou-seno passadoDomingodia 31 de Julho, no Parque deEstacionamento dos Armazéns, a Feira àModa Antiga.

Eram onze horas da manhã, quandoEI Rei D. Dinis, na presença da Rainha D.Isabel de Aragão e o representante daCâmara Municipal da Figueira da Foz eda Junta de Junta de Freguesia de Lavos,ordenou a um seuArauto que lesseperanteas muitas centenas. de pessoas presentesa Carta Régio pelo qual autorizava arealização do Feira.

A partir daí as sessentae trêsvendedorese artesãos presentes ocuparam os seuslugares de venda que previamente lhehaviam sido destinadose não tiveram mãosa medir.

Hortaliças, cereais, frutos, criação, ovos,enchidos, pão, broa, bolos, bebidas,artesanato ( artigos de verga, de olaria, detropas, de madeira, esteiras, cofinhos, etc.)tudo desapareceu num ápice, o queobrigou o que alguns dos vendedores sevissem no necessidade de recorrer areservas que tinham em cosa. Os Lavóes(euros)foram voando e o negócio foi bom.

A" Poção do Amor", algo de" Divinal"que o Grupo de Jovens de Lavoscriou, foium sucesso,bem como o recriação históricaque foi representada pela Associação dosVoluntários Reais.

Os restaurantes sediados no lugarserviram comido tradicional e o bebida foiservido em copos de barro, que as pessoaspreviamente adquiriram para o efeito.

Os Escuteiros de Lavos, e a CruzVermelhade Carvalhais, também marcarampresença e a animação estevea cargo dascolectividades da Freguesia, CentroRecreativo Cultural Carvalhense, SportClube de Lavos, Rancho Folclórico eEtnográfico de Lavose Sociedade ArtísticoMusical Carvalhense e ainda do Grupo deMusica Popular /I Taboeira".

Cerca da meia-noite o Feira à ModaAntigo encerrou depois de ter sido visitadapor milhares de pessoas durante o dia etodos (ou quase todos) ficaram satisfeitose já muitos reivindicam que se volterapidamente a fazer.

A Junta de Freguesia agradecepublicamente o todos quantos, dumamaneira ou doutra deram a suacolaboração poro que a Feira tivesse oêxito que teve. Comissão Organizadora,colectividades, vendedores, artesãos, atodos os que deram os prumos para fazeros locais de venda, e os instalaram, aquantos vestiram trajes de outros tempos,Cruz Vermelha de Carvalhais e aos que avisitaram e lhe deram vida e alegria.

Muito Obrigado!O Presidenteda Junto

José Elísio Ferreira de Oliveira

'"POÇAO DO lIMORIngredientes:- Falo de cavalo- Pernitas de rã- Urina de cabra- Chifre de boi- Ovos de cobra- Língua de lagarto- Unha de dragõo- Testículos de formiga- Pedra da lua

Depois de a urina de cabra ser purificada como poder do vento, verte-se paro um recipiente deferro. A esta vai-se juntando 1 falo de cavalo, 4pernitas de rã, 2 ovos de cobra, raspa de chifre deboi, 1 lingua de lagarto, unha de dragão e a pedrada lua. Pede-se ajuda ao Deus do fogo que ajudea preparar esta poção. Quando se vai fazendo einvocando o poder do fogo deita-se uma pitada detestículos de formiga.

No fim de feita está pronta para aquecer oscorações mais frios.

Esta poçõo só dá resultado quando é feita comos disseres antigos.

Chama ardente e brilhante dá força ao amor,faz com que os companheiros se queimem emcorpos ardentes. Uma vez bebida, traz amorinesquecível.

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IESTA DA COMUNIDADE UVOENSE/2011,ENCONTRO Df GRUPOS Df CfGADAS

Espectacular! É a classificação que nospermitimos fazer do Grande Encontro deGrupo de Cégadas que teve lugar noLargo José da Silva Fonseca, em SantaLuzia, no Domingo, dia 7 de Agosto findo,e que integrava o programa da Festa daComunidade Lavoense!2011 .

Muitas centenas de pessoas assistiramao evento e dali sairam alegres e bemsatisfeitos com o que lhes foi proporcionadover.

Foram seis os Grupos participantes queapresentaram as seguintes cegádas.

Santa Luzia - " A culpa pode MorrerCasada"

Carvalhais - "Arraiais da Nossa Terra"Bizorreiro - " A Lavoura do Purgatório"Bairro Alto - " O Ladrão e o Médico"Regalheiras - " Modernices"Franco/Outeiro - " Portugal de Pernas

Pró Ar"

Pelo palco passaram cerca de umacentena de " Artistas", alguns dos quais foipela primeiro vez na vida que representarampara o público ver e a verdade é que todos

estiveram em grande nivel, tendoproporcionado momentos de boadisposição, alguns mesmo hilariantes.

A Junta de Freguesia agradece àComissão Organizadora e a todos os quederam um pouco de si próprios para queo evento tivesse alcançado o êxito quealcançou.

O Presidente da JuntaJosé Elisio Ferreira de Oliveira

HOMENAGEMAOESC.,TO.

JOSÉ LUIS WÃO

,

.: I":',,~~~: .'~~--___.É já no próximo mês de Outubro

que se realizará o quinto e últimoEvento que integra a Festa daComunidade Lavoense.

Trata-se de prestar públicahomenagem ao Grande Escritor quefoi o Lavoense /Figueirense, José LuísCajão.

Do programa, consta umaexposição sobre a sua vida e obraque estará patente no salão do SportClub de Lavos, entre um e nove deOutubro, um Jantar/Tertúlia quedecorrerá a partir das 20,00h deterça-feira, dia 4 de Outubro (vésperade feriado), no Sport Club de Lavos,o descerramento de uma placa como seu nome que foi atribuído a umarua de Santa Luzia e a inauguraçãode um monumento, cerimónias queterão lugar pelas 16,00h de quinta-feira, dia 5 de Outubro, às quais seseguirá, pelas 17,00h, uma SessãoSolene no salão do Sport Club deLavos.

Haverá ainda a emissão dum seloalusivo e em vários locais daFreguesia, a partir de meados deSetembro, serão escritas diversasfrases extraídas dos muitos livros queescreveu.

Pretende a Junta de Freguesiaque este seja um relevanteacontecimento cultural de que aComunidade Lavoense se possaorgulhar pelo que apelamos àparticipação de todos, porquanto aobra de José Luís Cajão o merece enos honra.

A Junta de Freguesia

Noto: As inscrições paro oJantor/Tertúlia podem ser feitas até28 de Setembro para os telefones233946300, 964250917 e962090315, ou ainda directamentena Junta de Freguesia ou junto dequalquer dos Membros que integrama Comissão Organizadora.

E~J:jnn~~nMfP,~fr@Estão concluídos mais dois outros eventos que faziam parte do programa da ç seu dever cívico de Cidadãos e Lavoenses.

FESTA DA COMUNIDADE LAVOENSE/2011. As Comis~~es Organizadoras, vendedores, artesãos, colectividades, a quantos, . , deram rnoteriois e trabalharam arduamente na montagem da feira, patrocinadores,

A FEIRAA MODA ANTIGA EO GRANDE ENCONTRO DE GRUPOS DE CEGADAS. Figueira Grande Turismo, Câmara Municipal da Figueira da Foz, participantes nosO êxito alcançado foi enorme e só foi possível porque mais uma vez os Lavoenses 6 grupos das Cegadas, ensaiadores, cenógrafos, Escola Pedrosa Veríssimo do Paião,

compreenderam o que estava em jogo, mobilizaram-se e prestaram a colaboração Colégio de Quiaios, Cruz Vermelha de Carvalhais, um muito e muito obrigado eque sempre é indispensável paro que tudo corra bem. um apelo para que continuem a ajudar quem vier a seguir.

A Junta de Freguesia quer, através deste jornal, manifestar um público e sentido Lavas merece isso!agradecimento a todos os que assumiram o seu papel de Lavoenses e cumpriram O Presidente da Junta de Freguesia

José Elísio Ferreira de Oliveira

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'ntrevistaMenina Lí@JHf&1 - j Henfermeira" d.povo

A"equipa de reportagem" do "O lavoense"marcou encontro em frente da Farmácia DonaMoria na Rua 3 de Novembro de 1975.

Depois de nos reunirmos, subimos a ruacom nome puramente revolucionárioem amenacavaqueira.

Parámos em frente de uma casa pequenatoda forrada de azulejo castanho que desvirtuaa sua imagem original.

Batemos à porta e sem grande demorasurgiu-nos a sua proprietária, senhora queaparenta uma certa idade mas muito longe demostrar a que realmente tem.

"Menina Lídia"(é assim que por quase todosem Lavas é conhecida) ou Lídia Silva Lopes(como vem no B.I.)foi o primeiro ser humanoa tocar, literalmente, em muitos dos actuaislavoenses.

Entrámos no seu interior e aí o pequenacosa já não fazia por esconder o sua centenárioidade, pois mantinha a sua traço original assimcoma os portos ali pendurados há mais de umséculo.

E pequena a casa, mas acolhedora.Acolhedora como o suo dono, senhora que

não largo o sorriso sincero e que é titular deuma lucidez de fazer inveja o muito gente demeia-idade, mesmo com os seus 92 anos deidade, feitos o 3 de Abril do corrente ano.

Ela, o coso, retrata-nos, através dasfotografias que ornamentam a parede do suasolo de estar, aquilo que foi e é esta magnificomulher com quem tivemoso prazer de conversarnuma sexta-feira à tarde do tépido e ventosomês de Agosto deste Verão.

Assimque começámos o conversosobressaiuo adocicado e muito ténue sotaque brasileiroque deambulo ainda em algumas das palavrasque profere.

Onde é que nasceu Menino Lídia?«.•.eu, tal como os meus irmãos, sou

brasileira. Nascemos em Araruama, umapovoação ~ue fica perto do Rio de Janeiro.O meu pai foi para o Brasil solteiro e aminha mãe também com os meus avós.Depois conheceram-se, namoraram ecasaram. Casaram-se e fizeram seisfilhos.»

E porque é que tiveram que vir paroPortugal?

«Porque a minha avó quando ficouviúva só tinha o meu pai e como tambémtinha muitas propriedades em Calvete(A1queidão) que pertenciam ao meu avô,alguém tinha de tomar conta delas. Entãoo meu pai, como era o único herdeiro,resolveu vir para cá.»

Ea senhora tinha que idade quando vieram?«Devia ter os meus sete ou oito anos.

Eu ainda andei aqui na escola. Primeiroficámos em casa de uma tia que eu tinhanas Carreirinhas mas depois ela resolveucasar com um namorado que tinha estadoem Africa, o Elias Calado, e que trouxeum filho que fez por lá: o Joaquim"Mulato" .»

Como é que a senhora chegou o"enfermeira"?

«Eu nunca tive carteira profissional.Aliás eu sá tenho a quarta classe. Adquiria prática ao longo dos anos.

O Dr. Gouveia precisava de umaempregada para o seu consultório e noano em que fiz vinte e um anos fui paralá aconselhada pela Dona Palmira e pelo"Francisquinho". Trabalhei com ele maisde trinta anos. Foi até fechar o consultório.Aquilo que sei a ele o devo. Ele começoupor me ensinar a dar injecções e eu commuito gosto ia aprendendo. Um dia oManecas Abílio que andava nas injecçõesno consultório, [só que era nas veios), estavacheio de pressa e desafiou-me: - Olhadá-me tu a injecção!

Aí eu tive medo, como era para espetara agulha na veia eu tive receio de falhar.Mas ele insistiu. Ele pôs o braço e eu fizcomo via o Dr. fazer ... e pimba.»

A Menina Udia começou entõo a serchamado para todo o lado?

«Depois começaram-me a ensinar aassistir a partos, e eu como gostavadaquilo .. ,O primeiro parto foi o da minhairmã (o Aurea que j6 morreu). Quero eudizer, esse fiz mas com o médico a assistir

e a dizer-me como era e como nãoera. E assim nasceu o meu sobrinho, ofilho do Carlos Bicho.

Logo a seguir, passado um mês, nemtanto, foi a Natália Lavas, a minhasobrinha. Esse é que foi o primeiro partoque fiz sozinha.»

E como era "menina" que ajudava a viressa gente todo 00 mundo, os pessoas não oconvidavam para madrinha?

«Eles chamam-me quase todosmadrinha. Olhem, eu sou madrinha doRoline, da Lídia do Cantoneiro ... »

E a Menino Udia, no princípio, não ficoucom receio que folhasse alguma coisa?

«Houve uma no Viso .•., o filho nasceubem, correu tudo muito bem, só quequando eu fui para tirar a placenta o colodo útero fechou e aí lá não sabia comohavia de fazer. Mandei chamar o médico.Numa outra ocasião, com a Isabel doRolinha, aconteceu-me a mesma coisa,mas como eu tinha visto como o Dr.Gouveia tinha feito da outra vez já fiz acoisa sozinha.»

E o "menina" ia acompanhando sempreessas crianças?

«Na maior parte dos casos eu é quedei as fraldas. Lençóis que eu levava decasa rasgados aos pedaços, foram asfraldas de muita gente que se fizeramhomens e mulheres desta terra.»

Quem é que o ajudava nos portos?«Fazia eu tudo sozinha. A multes, eu

é que aquecia as águas .•.»Você chegou o fazer serviços em que

localidades?«Aqui, na Casa do Pescadores na Costa

e na Leirosa. Eu cheguei a ir dar injecçõesaos Cozinheiros, nas Matas, com umabicicleta a uma casa que ficava agarradaà capela onde vivia uma mulherzinhaque tinha o marido em França. Ia paralá dia sim, dia não. Pagou-me 20$00 eainda me deu um par de meias de lã queela tinha trazido de França.

Havia outra no Outeiro. E eu semprede bicicleta.»

Quanto lhe pagavam por cada injecçõo?«Vinte e cinco tostões. Outras vezes

cinco escudos. Era também consoante adistancia que eu tinha que percorrer. Epara Costa não havia as estradas que háhole. Era só areia. Primeiro andei numabíciclete a pedais que me tinha dado oEn~.2 Pedro, uma bicicleta de roda 28.MaiS tarde ainda comprei uma com roda26. Mas aquilo cansava-me muito e eufui ao Ernesto Bicho da Boavista e eleadaptou-me um motor na bicicleta. Olhemo dinheiro que eu ganhava, era todo paraele porque aquilo estava sempre aavariar.»

A senhora não trabalhou só com o Doutorl,()llvj::Iin '2

«Não. Trabalhei com vários médicos.Trabalhei com o Doutor Gouveia aquinesta zona. Por exemplo na Leirosatrabalhei com o Doutor Silva. Olhem,quando o "Nova Leirosa" foi ao fundoele foi ao Algarve comprar outro barco eeu fiquei com os doentes dele na Marinhadas Ondas. Tão rico que ele era. Poisnunca me deu um tostão para tremoços.»

Se tivesse que dizer uma frase para melhoridentificar o Dr. Gouveia que frase escolhia?

«Uma jóia de um homem. Uma jóiade um homem que poucos, em Vida,reconheceram. Ele fazia bem a todos ospobres. Muitos estranhavam o facto deoutros médicos receitarem muitosmedicamentos. Ele dizia que fazendo umdiagnóstico certo, um medicamentochegava para combater a doença. O queera preciso era não falhar no diagnóstico,e niSSO nem todos estavam à altura.»

E que idade tinha quando deixou oactividade?

«Já tinha quase uns cinquenta anosde serviço. E para deixar, vi-me doidaporque as pessoas não me largavam.»

Chegou o curar pessoas aqui em coso?«Eu já chegava tarde do consultório e

às vezes nem tinha tempo para comer.Era tanta gente a pedir e por todo o lado.Até que tive de comprar uma motorizada.A "Princesa" a minha "Princesa". ODoutor Gouveia viu-a na Figueira no Luísda Vespas e disse para a ir buscar. O Sr.Luís depois é que foi comigo pela avenidae o Presidente da Câmara lá de cima davaranda dos Paços do Concelho fez sinala dizer que podia ir levantar a carta decondução.»

Ecorro, quando é que começou o começouo conduzir?

«O Dr. Gouveia é que me começou ameter a ideia na cabeça. O primeiro carraque tive foi um Morris. Gastei "rios dedinheiro" com ele no Adelino Ferro naBoavista. Tive que acabar por dá-lo aomeu sebrinho.»

A Menino Lídiafoi dos primeiras mulhereso ter carta de condução automóvel aqui emLavas?

«Fui das primeiras mulheres a andarde bicicleta, fui das primeiras a andar demotorizada e depois fui das primeiras aandar de carro. Fui sempre das primeirasem tudo. Este Fiat que ainda hoje tenhofui busca-lo a Lisboa. O Sr. Cardoso daCosta tanto insistiu comigo, (porque eleachava que um dia qualquer eu mematava com o Morris) que lhe tive quefazer a vontade. Eu camprei-o aprestações e ele ajudou-me a pagar aprimeira.»

E pretendentes, teve?«Tive pois. Alguns como viam que eu

já ganhava algum dinheirito queriamque eu casasse com eles. Mas eu nãoestava nessa de andar a trabalhar quenem uma galega para sustentar homens.(risos)

Houve um (devidamente identificado)que uma vez me escreveu uma carta maseu nem resposta lhe dei. Ele foi-meesperar acolá aos quintais e perguntou-me se eu não tinha recebido uma cartadele, e eu disse que sim. E ele confrontou-me: - Mas a uma carta dá-se sempreresposta.

E eu disse-lhe: - Pois dá. Mas dãoaqueles que têm vagar para as escrever.Eu não tenho tempo para fazer o meuserviço quanto mais para andar a escrevercartas.

Ele não me interessava e eu nâo lheescrevi.

De uma outra vez foi o (... ) quandoandava na tropa também me escreveuuma carta para eu casar com ele. Tambf~nem resposta lhe dei. Era uma crir~lç~ao pé de mim.»

E histórias engraçados com o seu irmão eo Benfica, também tem, nõo tem?

«O meu irmão Nelson era um doentepelo Benfica, mas a mulher era doSporting. Era uma "leoa".

Num certo dia, eu tinha comprado umrádio na Figueira e cheguei aqui muitocontente e pus o aparelho lo~o a tocar.Houve então um jogo de hóquei em patinsem que jogava o Benfica no estrangeiro.Nessa cidade onde jogava o Benfica houveuma avaria e a emissão caiu. Ele, queestava já com um copito, cuspiu-me orádio ,odo. E eu sempre a admoesta-lo:

- O Nelson olha o que me estás afazer ao rádio!

E ele respondeu-me: - Só cam prasporcarias destas!

Entretanto aquilo começa outra vez arelatar com eles a dizerem que a avariatinha sido de lá. Ele beijou-me toda,pediu-me perdão ... (risos).

De uma outra vez meteu aqui aGracinda a rezar enquanto o Benficajogava. Coitado. Aquele candeeiro queestá por cima da fonte no largo daRegalheiras foi ele que o fez parasubstituir o outro que já lá estava. Ficoumelhor que o primeiro.»

A "menino" Udia ainda se lembra dos bailesno Fomo do Cal?

«Sim, eu cheguei a andar a enfeitaraquilo tude.»

Evocê lembro-se duma peço de teatro que16fizeram?

«Lembro.»Como é que se chamava?«Já não me lembro do nome disso,

mas lembro-me que com uma chapa dezinco faziam o barulho dos trovões, eacendiam fósforos para parecer osrelâmpagos. Disso lembro-me.»

Poro todos os efeitos o Menina Lídia ébrasileiro. Voltou 00 Brasil?

«Voltei lá três vezes.»Acho que valeu o peno o vida que levou?«Valeu.»

Entrevisto: LiaCasto,José Elísioe Pedro Duarte.

Fotos: LiaCosta.

Page 9: O Lavoense

o Boletim O Lavoense deseja as maiores felicidades À comissão de Festas que écomposto com os seguintes elementos:Fábio Pedrosa; Pedro Tougio; Dário Pedrosa; Bruno Adão; Gonçalo Gomes; LuísPrudêncio; Marco Caiano; Nuno Ferreiro; Nuno Santos; Tiago Jordão; Vando Cavaco

Foto. João Poulo Pereiro:•.. _., _"_" ' __ -- .. ,- - ,~..

Agrupamento de Escuteiros de Lavos

A Comunidade de Pioneiros do Agrupamento de Escuteiros de Lavos encerrou asactividades do ano escutista 2010/2011 com uma deslocação a Ribeira de Pena, umavila do Distrito de Vila Real de Trás-os-montes.

Durante seis dias a Equipa Inês de Castro pôde conhecer as gentes e os costumesdaquela regiõo do Tâmega. Acampado em Bragadas o grupo fez algumas caminhadasonde pôde conhecer os antigos espigueiros, as casas de pedra, a pitoresca ponte dearame sobre o rio Tâmega e passar dois dias bem passados em actividades no PenaAventura Parque. Além de participar nas típicas actividades radicais que estes parquesproporcionam, puderam ainda experimentar a sensação do canyoning, onde não faltouo rapei em cascata e puderam também "voar" no maior fantasticable do mundo - umslide num cabo de aço com mais de 1SOOm de comprimento, a 150 m de altura,deslocando-se com uma velocidade superior a 100 km/h.

Jorge Ferraz

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O lado norte da freguesia de Lavas visto do cimo da "caldeira" do Grupo PortucelSoporcel da Figueira da Foz. Não é demais lembrar aos lavoenses que uma dossucursais da empresa que foi em 2010 a responsável por 3% de todo as exportações nacionais e de 43% do exportação europeia de papel se situa na sua terra.

Page 10: O Lavoense

No meuquintail

Sandra Jordão

"anfa,ão das couvespara a consoadal

Na altura do Natal é habitual nanossa terra comemorar-se a noite denatal como sendo a consoada, daqual faz parte a refeição de bacalhaucorri couves.

E nesta altura que já se podecomeçar a cultivar essas couves paradepois em Dezembro colher.

Então estas couves vêm daspequenas sementes que se semeiamnum viveiro (alfobre) e que aquandodo seu crescimento (isto quandotiverem os suas três primeiras folhas)se transplantam poro outro local deforma a crescerem e a ficaremfechadas formando uma bola, no seuinterior.

Esta transplantação tem de ser feitacom condições essenciais para que oscouves não sequem nem estranhem osua alimentação, isto é têm de serplantadas num terreno fresco etambém acompanhado de fertilizante.

Como hoje em dia, grande parteda população tem o seu emprego,contudo depois da saída às 18 horas,

pode usar um pouco do seu tempo,vai para a horta e preparo o terrenolibertando-o das ervas gue possa ter,rega-o bem até o terra ficar em lamapela superfície.

Ao outro dia tem o terreno repassadode humidade e assim também facilitao seu manuseamento.

Nesta fase terá de fazer cômorosalinhados com o inclinação do terrenoe no intervalo plantar as pequenascouves com a distância suficiente parao seu crescimento. Após a sua plantaçãodevem ser regadas novamente, masagora com alguma ligeireza.

Após alguns dias e já quando elasestiverem pegadas à nova terra devemser adubadas e regadas de seguidaparo que o adubo se derreta e entreem acção de fertilizante.

Agora sim, precisa de ir regando eir retirando algumas ervas que cresçampara que o crescimento das couves nãoseja interrompido.

OK, se assim fizer iremos ter couvespara a consoada.

P.S.Para além deste tipo de verdurahá outras espécies que se poderão irplantando da mesma forma, comoexemplo de couve-flor, brócolos, couveBruxelas, couve coração, repolho, entreoutras ...

CastanhasFeitas pelos tradicionais assadores/as de castanhos que as vendem nas ruas

enroladas num canudo de papel (geralmente páginas de listas telefónicas velhasou jornal) são assadas em fornos montados em carrinhos ambulantes e vendidasprincipalmente no Outono, altura em que mais abundam as castanhas e tambéma altura em que começa a fazer mais frio. Não há nada melhor do que sair à ruanum dia frio e ouvir um vendedor de castanhas a apregoar "QUENTES E BOAS ... "numa altura em que já cheiravamos as belas das castanhas e que depois podemosir comendo pelo caminho enquanto ainda estão quentes.

A maneira como são assadas e lhes dá a cor "branca" tem muito a ver coma temperatura do forno que é aquecido por brasas de carvão vegetal, as castanhassão colocadas num assador metálico (antigamente era em barro e ainda há quemuse) com forma de cone em que a ponta de cima foi cortada de maneira a servirde "boca" e o fundo é perfurado por vórios orifícios e encaixa perfeitamente noforno de maneira a aproveitar o calor ao máximo. As castanhas antes de iremporo o assador são cortadas com um unico e profundo golpe e durante a assadurasão repetidas vezes polvilhadas com sal grosso e mexidas (os assadores têm duasasas por onde são leventados e agitados).

Sopa de Castanhas .Ingredientes:3009 de batatas500g de castanhos150g de cabeça de nabo150g de feijão1 cebolaAzeite e sa I a gostoPreparação:Dá um corte nas castanhas antes de as cozinhar. Coze-as em águo, com uma

pitada de sal, durante cerca de 40 minutos. Uma vez cozidas, descasca-as ecoloco-as de lado.

Numa panelo com água coloca os batatas cortadas em cubos, a cebola picado,o nabo partido, o feijão, o azeite e o sal, deixa cozer durante 40 o 50 minutos.Quando estiver tudo quase cozido coloca os castanhos inteiras ou partidas emduas e deixa acabar de cozinhar.

Está pronta o servir ...

EfEMÉRIDES Isabel Oliveira

09/11/1845 - Nasceu Francisco Lopes Guimarães, filho de António LopesGuimarães e de Maria José Lopes Pedrosa. Assumiu várias vezes o cargo dePresidente da Câmara Municipal do Figueira da Foz.

30/11/1916 - A Junta de Freguesia aprovou um oficio da Comissão Executivada Câmara Municipal da Figueira da Foz ern que se propunha o tipo e preçodo pão e a venda da Cadeia Velha.

31/10/1920 - A Junto de Freguesia não aprovou os regulamentos propostospela Cârnara Municipal deste Concelho ( Figueira da Foz) paro a cobrança deimpostos sobre produtos, géneros ou mercaâorias exportadas do concelho esobre o peixe pescado ou vendido no área do mesmo, e ainda paro a cobrançade taxas anuais de licença para o exerci cio de comércio e indústria, por olançamento de quaisquer imposto ou taxa concorrer para o agravamento da jáaflitiva situação financeira dos classes proletárias ou consumidoras.

07/10/1945 - A Junto de Freguesia autorizou o pagamento de 1000 tijolospara a cosntrução da Fonte da Lagoa.

04/11/1945 - Registado em ada da Junta de Freguesia que existe um moinhomovido a água no lugar da Costa de Lavos há mais de 100 anos, propriedadede Silvestre Jordão Carvalheira, da Marinha das Ondas.

06/10/1946 - Registado em acta da Junta de Freguesia o inicio das obras deconstrução do Lavadouro da Bateira.

06/11/1955 - A Junta de Freguesia solicitou à Secção Hidráulica do Mondegoa fixação das areias na praia da Costa e na duna fronteiriço ao Bairro dosPescadores, no Cabedelo.

06/10/1957 - Faleceu o grande benemérito lavoense António Ferreira de Freitas.

18/10/1991 - Inauguração da Fábrica de Papel da Soporcel por Mário Soares,entõo Presidente da República.

OSMESESOutulJro

O nome deste mês deriva do latim October.Dedicado pelos romanos a Marte, deus da guerra, era representado por um

homem ceifando trigo ou por uma pessoa com um cesto de castanhas e cobertocom um manto amarelo, lembrando a cor das folhas que neste tempo começama cair das árvores.

A margarida, símbolo da fantasia, e a petúnia, símbolos da fragilidade, sãoas flores deste mês.

NovemlJroEste mês continua com o nome que deriva do latim November e que lhe foi

dado ainda no calendário de Rómulo.Era em Novembro que os romanos faziam os festas Neptunas, em honra de

Neptuno, deus dos mares. De 21 a 24 havia as festividades de Inverno chamadasBrumas e durante três dias realizavam-se os [oqos plebeus.

A figura dum homem coberto por um manto verde e preto, coroado deperpétuas e com um molho de nabos e cenouras na mão, era a forma derepresentação deste mês de Novembro.

A flor deste mês é o crisântemo, símbolo de saudade.

Isabel Oliveira

OPOVO~!~O falar não enche barriga.

O comer e o coçar, por demais é começar.

Antes das sopas, molham-se as bocas; ao meio delas, molham-seos goelas.

O peixe não puxa carroça.

Da garganta para baixo, tõo bem sabe a galinha como o sardinha.

O que não mata, engorda.

Se bebes demais, tropeças e cais.

De grandes ceias estão os sepulturas cheias.

Com papas e bolos se enganam os tolos.

Ovelha que borrego bocado perde.

Isobel Oliveira Barriga cheia, companhia desfeita.

Page 11: O Lavoense

ANEDOTAAVeia

Um casal que nõo conseguia ter filhos, sabendo que o podre da suo paróquia ia poro Roma,pediu-lhe que rezasse pelo suo concepçõo.O padre disse-lhes: - Não se preocupem. Logo que chegue o Roma trotarei de acender uma vela20r vós.Irês anos depois, o padre reÇJressaà paróquia e vai visitar o casal.Ele encontra a mulher com tres filhos pequenos, dois dos quais qérneos, e já grávida navamente.Diz ele: - Mas que maravilhal Finalmente conseguiram ter tilhos! Onde esta o seu marido? Tenhoque lhe dar os parabéns!- Foi a Roma!- A Roma?- Sim, ver se apago a vela!

Como Chegar aos Cem AnosO marido está a ler. A mulher rebusca tudo: gavetas, orrnórios, etc. Ele interrompe a leitura epergunta:- De que andas à procura?- De um livro.- E !:lual?- «Como chegar aos cem anos».- Não procures mais porque o queimei.- E porquê? .- A tua mõe andava a lê-Ia ...

AD IVI N HA Só o foz quem já a tem, pois quem não a tem nõo o faz, se a tem podenão fazer, se a fizer, já náo o faz.

og·J08

APOIOr~•RI DJtrirMf[nmtfi\/õl~Ajunto freguesia de Lavos em parceria

:om a Farmácia Brito do Paião,omaram o iniciativa de dor um presenteJe natalidade o todos os recém-nascidosJa Freguesia de Leves.Os pais dos recém-nascidos devem

Jirigir-se à Junta de Freguesia de Lavos,'czer-se acompanhar do boletimnformativo, o "Lavoense" e do Boletimndividual de Saúde do Bebé. Para poder.isuiruir desta iniciativa os papás devemnoror na Freguesia e estar recenseadosla mesma, paro desta formo receberem:> vale que irão descontar na farmácia.

Page 12: O Lavoense

Manuel Luís PataNasceu na Gala, Figueira da Foz, a 22 de

Novembro de 1924, filho, neto e bisneto demarítimos de descendência ilhavense.

Frequentou o Escola Industrial e Comercialda Figueira da Foz. A suo vida profissional tevefases distintos, mos sempre ligados 00 mar.

Em 1941 entrou para os afiei nos do Estaleirodo Lusitânia (que depois mudou de nome paraEstaleiros Navais do Mondego). onde iam serconstruídos os navios a motor "Bissaya Barreto"e o "Comandante Tenreiro".

Emborcou como ojudonte motorista no lugre"Ana Primeiro", nas componhas de 1943 e1944. A primeira, para os mares do Gronelândiae o segunda para o Terra Nova, quandoregressou deixou o pesco do bacalhau.

Em 1945 tirou o primeiro corta de motoristae fez algumas viagens na Marinho do Comércio.principalmente poro Gibraltar e Norte de Africoe depois embarcou num navio do Sociedadedos Armadores do Pesco do Arrosto, de Lisboa.Em Julho de 1948 foi contratado pelo Empresa

de Navegação Limpopo de Lourenço Marques,paro maquinista do seu navio" Licungo" emacabamentos rio Estaleiro Naval deGrangemoulth, na Escócia.

Casou no dia 4 de Agosto de 1948 e no dia25 emborcou no Gore Marítimo de Alcântaracom destino a Granemoulth, onde permaneceuaté ao dia 5 de Outubro, doto em que se iniciouo viagem para Anvers, Bélgica e depois poroLisboa, o fim de abastecer o navio e procederà matrícula da tripulação moçambicana (quenôo foi autorizada a entrar em Inglaterra) eestava a aguardar o navio em Lisboa hó cercode dois meses.

No dia 2 de Novembro, saído poro LourençoMarques com escola por Dakar e Cape Townpara abastecimento de combustível; o chegadoo Lourenço Marques processou-se no dia 28,cerco dos 22.45 horas.

Em Lourenço Marques em 1949 mudou poroo navio "Janina" do Sociedade Industrial deóleos, onde permaneceu até final de Agostode 1953.

No dia 16 de Setembro emborcou no paqueteMoçambique de regresso o Lisboa, como ofamflia (esposo e dois filhos), onde chegaramo 5 de Outubro.

Em Lisboa, fez novo exame para tirar o cortode motorista de 10 classe e emborcou novamentenos navios do Sociedade do Pesca do Arrasto.

Em 1958 fez mais uma componho à pescodo bacalhau no navio o motor "CapitãoFerreira".

Em Março de 1959 regressou o LourençoMarques, onde foi contratado poro ir a Adenbuscar um rebocador que vinho do Suécia,destinado aos Serviços de Marinho e seencontrava _retido naquele porto, devido àmonção do Indico.

No dia 1 de Janeiro de 1960 ingressou nos

quadros de pessoal do Seno Sugar Estates, comsede no Luabo e foi colocado nos estaleiros doChinde, onde chefiou o secção mecânico, ondeprocedeu à montagem dos motores de um novonavio (o primeiro movido a diesel). o que levouo administração a convidá-lo para governar oreferido navio "Me.zingo", (destinado o cargode passageiros), onde pennaneceu até Dezemrode 1973.Recebeu dois louvores dados pela Capitania

do porto do Chinde: o primeiro por ter ojudcdoo retirar do rio 26 carros das Forças Armados,no seguimento de um naufrágio de batelão emque faleceram 103 militares e dois civis: osegundo, porter colaborado no salvamento docanhoneiro "Tete", que se afundou no mesmoporto.Em 1971 iniciou um minucioso projecto para

construção de barco em ferro destinado à pescodo camarão e, depois de concluído requereuem nome pessoal, o sua aprovação aos Serviçosdo Marinho e também a licença paro poderexercer o actividade do pesco.Paro este empreendimento orronjou um sócio

seu colega e conterrâneo Arnaldo Silvo e paralegalizar o situação foi fundado o Sociedadede Pesca de Guelimone Lda., o qual foipublicada no Boletim Oficial de Moçambiqueem 19 de Outubro de 1972.O borco foi baptizado de "PORTUGAl:'.No dia 2.8.1973, cerco do meio-dia deixaram

o porto do Chinde com destino a Guelimane,onde chegaram cerco dos 18 horas e depoisde abastecido e feito o matrícula, iniciaram opesco: o Arnoldo Silvo como mestre e 00signt6rio como armador, foi-lhe passada umaautorização poro embarcar o necessário.Dais dias depois regressaram a Guelimane

com uma pesco razoável, como todo oequipamento estava em bom funcionamentonão foi necess6ria o sua presença o bordo eficou em terra o administrar o Sociedade.Em 20 de Setembro teve de deixar Guelimane

e regressar 00 Luabo, uma vez que tinha de seapresentar ao serviço no "Mezingo", mos o suoesposo ficou em Guelimane.Porém, devido à Exemplar Descolonização

regressou à Metrópole, perdendo parle do frutode muitos anos de trabalho e sacrifícios!

Regressado em definitivo à Figueira da Foz,construiu o primeiro restaurante no praia doCabedelo fomentando o turismo o sul da cidadeFundou e administrau também o Cooperativo

de Pesco Foz Mar e para iniciarem o actividademandaram também construir no Estaleiro doFcznove, no Cabedelo, Lavas, uma bela unidadeem ferro, o "FOZ MAR".Depois dedicou-se a pesquisas no Biblioteca

Municipal do Figueira da Foz sobre o HistorioMarítima local, particularmente sobre o pescodo bacalhau.

Em 1997 publicou o seu primeiro livro, editadopelo Centro de Estudos do Mar, no Figueira doFoz, sob o título A Fi\)ueira da Foz e o Pescodo Bacalhau, vol.l (dos origens o 1933).Em 2000 publicou o segundo volume desta

obra, A Figueira do Foz e o Pesco do Bacalhau,val.ll (1934-1953).Em 2003, publicou o terceiro e último volume

que completo o obro A Figueira do Foz e oPesco do Bacalhau, vol.1I1 (de 1954·1977).

Em 2008 publicou, Recordações deMoçambique, com o Zambeze no corcçõo.Tem um outro trabalho concluído há quase

dois anos sobre A Construção Naval e o IndustrioBacalhoeiro no Foz do Mondego. Como éóbvio, necessito de opoios paro proceder àedição.Tem outros trabalhos em fase de acabamentos

referentes à pesco do bacalhau: A Assistênciaaos Pescadores nos mares do Terra Novo,Groenfôndia e em St. Jonh ' s, um Album dofrota dos navios de pesco à linho, faltandoo penas porte das fotografias.Tem também no computador uma historieta

O Amor venceu os Tempestades, o qual estásensivelmente a meio.Também se dedicou à construção de miniaturas

de barcos: o navio motor bacalhoeiro de pescaà linho Capitão Ferreira, porte construída em1958 durante o componho de 1958, e depoisconcluída no suo habitação, depois do regresso.

Construiu também alguns doris da pesco dobacalhau e borcos do arte, de arrasto paroterra, e um borco de comércio fenício.

Em Moçambique, no rio Zambeze, de 1965o 1967 construiu minuciosamente o miniaturono próprio navio Mezingo onde viveu 14 anos.

Recorda com muito saudade o tempo queviveu em Moçambique, principalmente no seuMEZI NGO, onde recebeu v6riasindi'vidualidades: os odministrodores do SenaSugar que viviam em Inglaterra, Srs. MajorDublee e Coronel Hornung (neto do fundadordo Seno Sugar Estates).

Gerentes Gerais: Srs. Domingos Arouca,Alexandrino Fragoso de Sousa e Kembel.

Gerentes de outros propriedades doCompanhia.

Governador-geral de Moçambique, AlmiranteManuel Mario Sarmento Rodrigues.

Ministro do Marinho, Almirante FernandoGuintanilha de Mendonça Dias.

Director dos Serviços Gerais de Marinho deMoçambique, Almirante Moreira Roto.

Chefe do Administração Naval, AlmiranteReboredo e Silvo.

Governodor-qerul de Moçambique, Dr.Baltazar Rebelo de Sousa.

Governador do Distrito do Zambézia,Comandante Daniel Rocheta.

Governador do Distrito da Zambézia, MajorBesso Múrias (depois do Comandante Rocheta).

Uma Comissão do Inspecção de Trabalhoda ONU.

Governador do Distrito de Monica e Sofá lo,Tenente-coronel Sousa Teles.

Embaixador Comercial dos Estados Unidosdo Américo e suo Comitiva.

Embaixada do Faculdade de Letras doUniversidade de Coimbra.Administração do Banco Nocional Ultramarino

de Lisboa e Lourenço Marques.Embaixada do Robbialac de Lisboa em

digressão artístico o Moçambique, compostode nove pessoas, chefiado pelo seuadministrador Damasceno Covão e esposa D.Mario Pereira.

Vid"lISsocillfÍV"Apenas com 12 anos (1938), fez porte no

Rancho Ideal Gaiense.Aos 17 anos, fez porte da equipe dos

reservas de futebol, do Desportivo ClubeMarítimo do Gola.

Aos 18 passou alinhar no equipe principal.Em 1942, fazia porte do direcção do Clube.Depois do seu regresso de Moçambique

n.954), foi Presidente do Direcção do Clube efdlau-o no F.NAT., hoje INATEL.

Nesse mesmo ano recriou o Rancho Floresda Galo, extinto desde 1943.

Foi também criado um grupo de teatro.Em 1942, foi sócio do Sport Club de Lavas.Em 1960, com 36 anos, fez porte do equipe

de futebol do Clube de Chinde, e em 1972,fez porte de uma equipe de futebol de salão.

Em 1974, depois do seu regresso deMoçambique, voltou o fazer porte dos membrosdirectivos do Desportivo Marítimo do Gola edo Clube Desportivo Cova-Galo.

Resumo biográfico de Manuel Luís Pota escritopelo próprio poro o "O Lavoense".