o indiferente
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PoesiaGuilherme de AlmeidaO indiferenteEle passou no meu caminho,por acaso...Morria um lírio, alvo e sozinho,no meu vaso;rolava a tarde pela facedo sol-posto,como uma lágrima que andassepelo rosto...E ele não viu que desse pobrelírio doentevinha este luto que me cobretristemente;e que essa tarde era tão cheiade amargura,porque em meus olhos espelhei-acom ternura..