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1 NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.927 BELO HORIZONTE, 8 DE NOVEMBRO DE 2018. www.bhauditores.com.br www.bornsolutions.com.br "O impossível não é um fato: é uma opinião.” Mario Sergio Cortella NATURA PERDE DISPUTA NA CÂMARA SUPERIOR DO CARF .......................................................................................... 2 STF JULGA ICMS DE OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL ................................................................................................ 3 CONSELHO MANTÉM AUTUAÇÃO DO ITAÚ ................................................................................................................... 5 CONFAZ AUTORIZA QUATRO ESTADOS A OFERECEREM PARCELAMENTOS ................................................................... 6 ISS OU ICMS SOBRE SERVIÇOS DE VEICULAÇÃO E INSERÇÃO DE PUBLICIDADE? ............................................................ 6 IPCA DE 0,45%, ABAIXO DO ESPERADO, JÁ SINALIZA DEFLAÇÃO EM NOVEMBRO ......................................................... 8 PLENÁRIO APROVA URGÊNCIA PARA PROJETO QUE ALTERA SUPERSIMPLES; SESSÃO DE HOJE É ENCERRADA ........... 10 APROVADO BENEFÍCIO FISCAL PARA IMPORTAÇÃO DE PEÇAS POR ENCOMENDA OU POR ORDEM DE MONTADORA 10 PLENÁRIO COMEÇA A ANALISAR REFERENDO DE LIMINAR QUE SUSPENDEU CLÁUSULA DE CONVÊNIO SOBRE ICMS EM COMÉRCIO ELETRÔNICO .............................................................................................................................................. 11 PESQUISA PRONTA ABORDA IR SOBRE RESGATES DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA ................................ 12 ADE 12 ESTABELECE PRAZOS E PROCEDIMENTOS NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES NO MÓDULO DE CONTROLE DE CARGA E TRÂNSITO DO PORTAL SISCOMEX ................................................................................................................. 13 PARECER NORMATIVO – EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS – CONCEITO PARA FINS DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ................................................................................................................................................................. 13 ADE 76 DISPÕE SOBRE O MANUAL DE PREENCHIMENTO DA E-FINANCEIRA. ............................................................... 15 Sumário

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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.927

BELO HORIZONTE, 8 DE NOVEMBRO DE 2018.

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"O impossível não é um fato: é uma opinião.”

Mario Sergio Cortella

NATURA PERDE DISPUTA NA CÂMARA SUPERIOR DO CARF .......................................................................................... 2

STF JULGA ICMS DE OPTANTES DO SIMPLES NACIONAL ................................................................................................ 3

CONSELHO MANTÉM AUTUAÇÃO DO ITAÚ ................................................................................................................... 5

CONFAZ AUTORIZA QUATRO ESTADOS A OFERECEREM PARCELAMENTOS ................................................................... 6

ISS OU ICMS SOBRE SERVIÇOS DE VEICULAÇÃO E INSERÇÃO DE PUBLICIDADE? ............................................................ 6

IPCA DE 0,45%, ABAIXO DO ESPERADO, JÁ SINALIZA DEFLAÇÃO EM NOVEMBRO ......................................................... 8

PLENÁRIO APROVA URGÊNCIA PARA PROJETO QUE ALTERA SUPERSIMPLES; SESSÃO DE HOJE É ENCERRADA ........... 10

APROVADO BENEFÍCIO FISCAL PARA IMPORTAÇÃO DE PEÇAS POR ENCOMENDA OU POR ORDEM DE MONTADORA 10

PLENÁRIO COMEÇA A ANALISAR REFERENDO DE LIMINAR QUE SUSPENDEU CLÁUSULA DE CONVÊNIO SOBRE ICMS EM

COMÉRCIO ELETRÔNICO .............................................................................................................................................. 11

PESQUISA PRONTA ABORDA IR SOBRE RESGATES DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA ................................ 12

ADE 12 ESTABELECE PRAZOS E PROCEDIMENTOS NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES NO MÓDULO DE CONTROLE DE

CARGA E TRÂNSITO DO PORTAL SISCOMEX ................................................................................................................. 13

PARECER NORMATIVO – EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS – CONCEITO PARA FINS DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO

TRIBUTÁRIA ................................................................................................................................................................. 13

ADE 76 DISPÕE SOBRE O MANUAL DE PREENCHIMENTO DA E-FINANCEIRA. ............................................................... 15

Sumário

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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.927

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NATURA PERDE DISPUTA NA CÂMARA SUPERIOR DO CARF

Fonte: Valor Econômico. A Natura Cosméticos perdeu ontem na Câmara Superior do Conselho

Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) uma disputa com a Receita Federal sobre ágio

interno no valor de R$ 954,34 milhões. Além da cobrança de Imposto de Renda (IRPJ) e CSLL,

a 1ª Turma manteve multa de 75%.

A empresa foi autuada por amortizar ágio supostamente gerado em processo de

reestruturação, iniciado no ano 2000, que transformou a Natura Empreendimentos em

subsidiária integral da Natura Participações. O valor da cobrança é indicado pela empresa em

seu Formulário de Referência de 2018 e já inclui a multa.

A autuação é referente aos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007 (processo nº

16561.000059/2009-29). De acordo com o processo, em março de 2004, a Natura

Cosméticos incorporou sucessivamente a Natura Empreendimentos e a Natura Participações e

passou a amortizar tributariamente o ágio gerado internamente.

Para a Receita Federal, porém, não haveria ágio pelo fato de as duas empresas pertencerem

ao mesmo grupo econômico e estarem sob o controle dos mesmos sócios. Além disso,

segundo a fiscalização, não teria ocorrido pagamento na operação. O valor decorreu da

incorporação de ações avaliadas economicamente.

A decisão da 1ª Turma foi dada em recursos da Natura e da Procuradoria-Geral da Fazenda

Nacional (PGFN). A companhia recorreu do mérito da decisão desfavorável da 2ª Turma da 4ª

Câmara da 1ª Seção, proferida em 2012. A PGFN, para restabelecer multa afastada naquele

julgamento.

Em sustentação oral, o advogado da Natura, Durval Portela, alegou que o pedido da PGFN foi

apresentado fora do prazo. De acordo com ele, o prazo venceu no dia 14 de março de 2013.

Mas só apareceria no andamento do processo, que era físico, movimentação no dia 25.

Sobre o mérito, Portela alegou que na época da realização da operação havia convicção por

parte dos contribuintes de que nada impediria a amortização de ágio envolvendo empresas do

mesmo grupo, com suficiente propósito negocial.

Já o procurador da Fazenda Nacional, Marco Aurélio Zortea Marques, citou precedente sobre

o assunto, com manutenção da cobrança e da multa qualificada. Ele afirmou que o mérito trata

de ágio interno e que a tese vem sendo decidida de forma contrária aos contribuintes na 1ª

Turma.

Sobre a tempestividade do recurso, o procurador disse que o contribuinte estaria insinuando

falsidade ideológica por parte da PGFN. Segundo ele, foi apresentado documento com a data

correta de chegada do recurso, 12 de março. O dia 25 seria a data de entrada do recurso na

secretaria da 4ª Câmara do Carf - que seria um trâmite interno.

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No julgamento, a maioria seguiu o voto do relator, conselheiro Flávio Franco Correa,

representante da Fazenda. De acordo com ele, a legislação tributária não admite a

dedutibilidade de ágio em casos como esse. "É ágio intragrupo, sem fundamentação

econômica", afirmou. Para ele, "ágio interno não pode gerar qualquer efeito tributário".

Nesse ponto ficaram vencidos os conselheiros Marcos Antônio Nepomuceno Feitosa, Luís

Fabiano Penteado e Cristiane Silva Costa (somente quanto à CSLL), representantes dos

contribuintes.

Sobre a multa, por unanimidade, os conselheiros consideraram que o recurso da PGFN para

restabelecer a multa de 75% foi apresentado dentro do prazo. O pedido, em si, foi aceito por

voto de qualidade, o desempate do presidente da Turma. Os conselheiros representantes dos

contribuintes ficaram vencidos nesse ponto.

Para o relator, a empresa tentou obter uma vantagem tributária usando ágio artificial e, por

isso, deveria-se manter a multa. Já o conselheiro Demetrius Nichele Macei afirmou na sessão

que não havia ilicitude nem fraude, apesar de existir abuso. "Fraude pra mim é matar e

esconder o corpo, não é o caso aqui", disse.

Por nota, a Natura afirmou que a decisão desfavorável reflete o posicionamento reiterado do

órgão sobre operações societárias que geraram ágio. A empresa aguarda a publicação da

decisão para apresentação de eventual recurso no Carf ou no Judiciário, pois "continua

convicta" que a exigência fiscal é indevida. No texto, informou ainda que o risco de perda é

avaliado por seus assessores externos "como possível a remoto", razão pela qual não é

esperado impacto financeiro em consequência da decisão.

STF JULGA ICMS DE OPTANTES do SIMPLES NACIONAL

Fonte: Valor Econômico. O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar ontem processos

que discutem o pagamento de diferença de ICMS por micro ou pequenas empresas optantes

do Simples Nacional que adquirem produtos de outros Estados. Um deles questiona legislação

do Rio Grande do Sul. O outro, uma cláusula do Convênio ICMS nº 93, de 2015, do Conselho

Nacional de Política Fazendária (Confaz).

O recurso referente à legislação gaúcha (RE 970821), em repercussão geral, foi o que mais

avançou. Por enquanto, há quatro votos a favor e um contra o contribuinte.

No outro caso, em ação direta de inconstitucionalidade (ADI 5464), só foi proferido o voto do

relator, ministro Dias Toffoli, favorável ao autor. Ambos os julgamentos foram suspensos por

pedido de vista do ministro Gilmar Mendes. No caso do Rio Grande do Sul, a exigência do

pagamento antecipado de diferença entre as alíquotas interna e interestadual está prevista no

artigo 24, parágrafo 8º, da Lei nº 8.820/89 e na Lei nº 10.045/93, ambas editadas pelo

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Estado. O recurso foi apresentado por microempresa contra decisão do Tribunal de Justiça do

Rio Grande do Sul (TJ-RS), que considerou constitucional o recolhimento.

No julgamento, o advogado do contribuinte, Paulo Antonio Caliendo, defendeu que esse

mecanismo de cobrança de ICMS é prejudicial às micro e pequenas empresas. "Esse sistema é

um dos mais tóxicos do modelo empresarial brasileiro. Já que essas pequenas empresas

precisam antecipar um recurso mesmo com grande dificuldade de caixa", disse.

O advogado da Federação do Comércio de Bens e de Serviços (Fecomercio) do Estado do Rio

Grande do Sul (que atua no caso como amicus curiae), Rafael Pandolfo, ressaltou que as

empresas optantes pelo Simples estão sujeitas ao recolhimento único de tributos, que inclui o

ICMS. Por isso, estaria-se exigindo pagamento em duplicidade.

Para o procurador-geral do Estado, Euzébio Fernando Ruschel, porém, a exigência não tem o

condão de desarticular o tratamento favorecido previsto na Constituição para as micro e

pequenas empresas, mas apenas prevenir desequilíbrios. Segundo ele, uma empresa gaúcha

que adquire uma mercadoria de outro Estado está sujeita a alíquotas de ICMS de 4%, 7% ou

12%. Porém, no interior do Rio Grande do Sul a alíquota é de 18%.

"Se não houver a cobrança dessa diferença não há menor dúvida de que a empresa vai

comprar de outras unidades da federação", disse. Segundo ele, há um objetivo muito claro,

que é o de preservar o mercado interno.

Ele destacou ainda que a sistemática que prevê o diferencial de alíquotas já teve sua

legalidade confirmada reiteradas vezes pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo (ADI

3426). "A novidade nesse caso específico é o fato de a empresa ser optante do Simples,

afirmou.

Ao analisar o caso, o relator, ministro Edson Fachin, considerou constitucional a cobrança.

Para ele, o artigo 13, inciso XIII, alínea g, da Lei Complementar nº 123, autoriza o

recolhimento.

O ministro Alexandre de Moraes, porém, abriu divergência. Entendeu que essa modalidade

seria prejudicial e afrontaria o tratamento diferenciado previsto na Constituição. O voto foi

acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.

Dias Toffoli só votou na ADI, declarando a inconstitucionalidade do artigo 9º do convênio do

Confaz. A decisão confirma liminar de 2016. Na ocasião, o relator alegou que o dispositivo cria

novas obrigações que ameaçam o funcionamento das empresas e invade área reservada a

disciplina por lei complementar.

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CONSELHO MANTÉM AUTUAÇÃO DO ITAÚ

Fonte: Valor Econômico. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) manteve uma

autuação no valor de R$ 1,2 bilhão recebida pelo Itaú Unibanco. A cobrança foi analisada

ontem pelos conselheiros da 2ª Turma da 2ª Câmara da 2ª Seção. O banco ainda pode

apresentar embargos de declaração ou recorrer à Câmara Superior.

Na autuação fiscal, a Receita Federal cobra contribuição previdenciária (cota patronal e de

terceiros) sobre pagamentos de participação nos lucros e resultados (PLR) e de bônus de

contratação, realizados nos anos 2009 e 2010.

De acordo com a autuação, o banco distribuiu lucros nos dois anos por meio de três

programas de participação nos resultados. Durante a fiscalização, a Receita Federal verificou

que parte dos empregados recebeu pagamentos em mais de duas parcelas no mesmo ano - o

que afrontaria a legislação. Já o bônus de contratação (hiring bônus) foi considerado como

salário de contribuição.

Em sua defesa (processo nº (16327.720550/2014-18), o banco alegou que a parcela a mais

era necessária para a quitação dos valores. Para o Itaú, esse procedimento não altera a

natureza dos pagamentos. No caso do bônus de contratação, entende que não incidiria a

contribuição previdenciária por ser anterior ao contrato de trabalho e não ter natureza

remuneratória.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) entende, porém, que a PLR deve seguir

determinação da Lei nº 10.101, de 2000, para não sofrer incidência de contribuição

previdenciária. Sobre o bônus de contratação, por ser vinculado ao trabalho a ser realizado,

alegou o órgão, deve integrar a base de cálculo das contribuições previdenciárias. A PGFN

considera que a quantia paga é um adiantamento por compromisso assumido pelo futuro

empregado para trabalhar e cumprir metas.

No julgamento (processo nº 16327.720550/2014-18), por maioria de votos, prevaleceu o

voto do relator, conselheiro Ronnie Soares Anderson, representante da Fazenda, que negou o

pedido do banco. Ele não aceitou o argumento sobre a aplicação da jurisprudência da época

da operação, conforme estabelece alteração recente na Lei de Introdução às Normas do

Direito Brasileiro (Lindb). A Câmara Superior já decidiu que a alteração não se aplica aos casos

no Carf.

Sobre o mérito, considerou que a PLR estava em desconformidade com a periodicidade de

pagamento - de, no máximo, duas vezes por ano. O relator também manteve a tributação

sobre o bônus de contratação.

Em nota, o Itaú Unibanco afirmou que respeita a decisão do Carf. Porém, entende que os

pagamentos de participação nos resultados aos seus colaboradores foram efetuados seguindo

rigorosamente a legislação aplicável e, portanto, vai analisar o acórdão e recorrer da decisão.

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CONFAZ AUTORIZA QUATRO ESTADOS A OFERECEREM PARCELAMENTOS

Fonte: Valor Econômico. Os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul e

Paraíba poderão oferecer aos contribuintes programas especiais de parcelamento de débitos

relacionados ao ICMS. O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) autorizou a

possibilidade por meio de convênios publicados hoje no Diário Oficial da União (DOU).

No caso do Rio Grande do Sul, o Convênio ICMS nº 116 permite que o Estado conceda

desconto de até 40% sobre os juros incidentes em créditos vencidos até 30 de abril. O

programa, ainda a ser criado, poderá oferecer parcelamento de 120 meses e descontos de até

85% sobre multas punitivas e moratórias. Não poderão fazer parte da medida, porém, débitos

com pedidos de compensação, homologado ou não pela Fazenda.

Já o Convênio ICMS nº 123, autoriza o Estado do Paraná a dispensar ou reduzir multas, juros

e demais acréscimos legais relacionados ao ICMS, cujos fatos geradores tenham ocorrido até

31 de dezembro do ano passado.

Pela norma, o débito pago à vista obterá redução de 80% do valor de multa e de 30% dos

juros. Caso a opção seja o pagamento em até 30 parcelas mensais, iguais e sucessivas, a

redução da multa será de 60% e de 25% do valor dos juros. Se o parcelamento for em 60

vezes mensais, o desconto será de 40% do valor da multa e de 20% dos juros. Há ainda a

possibilidade de o parcelamento ser em 72 vezes, com redução de 32% do valor da multa e de

18% do valor dos juros.

Mato Grosso do Sul e Paraíba foram contemplados pelo convênio ICMS nº 125 que autoriza

os Estados a instituírem programas de parcelamento de débitos relativos a ICMS vencidos até

31 de agosto deste ano. A medida prevê desconto de até 90% das multas punitivas e

moratórias para os pagamentos à vista. E ainda 70% de desconto para multas acessórias e

80% de redução dos juros de mora, desde que o saldo remanescente seja pago até 21 de

dezembro deste ano.

Há previsão de parcelamento em até 30 vezes mensais e sucessivas, com redução de 80% das

multas punitivas e moratórias, 60% das acessórias e também de 60% dos juros de mora. Se a

opção for quitar o débito em 60 parcelas, o convênio autoriza redução de 60% das multas

punitivas e moratórias e o mesmo percentual para multas acessórias e juros de mora.

ISS OU ICMS SOBRE SERVIÇOS DE VEICULAÇÃO E INSERÇÃO DE PUBLICIDADE?

Fonte: Valor Econômico. O debate sobre a correta tributação dos serviços de veiculação e

divulgação de publicidade não é novo. Em 2003, com o advento de uma nova lista de serviços

do ISS, aprovada pela Lei Complementar nº 116, o item que repetia parcialmente a fórmula

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adotada pelo Decreto-lei nº 408, de 1968, foi vetado. Duas razões centrais foram apontadas

para tanto.

Em primeiro lugar, a suposta ofensa à imunidade de livros, jornais e periódicos – como não

havia ressalva no item constante da LC, em tese, o ISS poderia incidir na hipótese de

veiculação e divulgação de publicidade em tais meios de comunicação, com ofensa à

imunidade.

Ao lado desse ponto, o veto foi fundamentado em julgado antigo do Supremo Tribunal

Federal, proferido na vigência da Constituição de 1967, que reconheceu que os serviços de

propaganda e publicidade em canais de televisão ultrapassam as fronteiras municipais e seriam

tributados pela União. O acórdão é citado para fundamentar a potencial não incidência do ISS

em tais casos.

A reação dos Estados ao veto então realizado à LC 116/2003 foi imediata: uma vez que os

serviços não mais seriam tributados pelo ISS, diversas autuações foram realizadas, sob o

argumento de que veiculação e divulgação de publicidade estariam submetidas ao ICMS

Comunicação.

No fim de 2016, o debate volta à pauta, pela inclusão, na lista do ISS, do item 17.25, que

prevê a incidência do imposto na “Inserdão de textos, desenhos e outros materiais de

propaganda e publicidade, em qualquer meio”, com excedão de livros, jornais e periódicos e

dos serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

Desde então, a situação em que os prestadores de tais serviços se encontram é a pior

possível: os Estados estão convencidos da incidência do ICMS e os municípios, por sua vez,

retomaram a tributação pelo ISS, em vista da reinserção do item na lista de serviço.

O município de São Paulo, inclusive, publicou há poucos meses o Parecer Normativo nº 2, de

2018, determinando a incidência retroativa do ISS. A consequência, especificamente em São

Paulo, é a possibilidade de autos de infração simultâneos de ICMS e ISS.

Não bastasse toda a irracionalidade aqui descrita, recentemente o Estado do Rio de Janeiro

ajuizou a ação direta de inconstitucionalidade nº 3064, com o objetivo de declarar a

inconstitucionalidade do item 17.25 e fazer prevalecer a interpretação de que a veiculação de

publicidade, objetivo último da “inserdão”, é servido de comunicadão e, assim, sujeito ao ICMS.

A despeito dessa enorme indefinição normativa, a pretensão dos Estados de tributar os

serviços de divulgação, inserção e veiculação de publicidade é descabida.

Desde o Decreto-lei nº 406, de 1968, não há dúvidas quanto a ser dos municípios a

competência tributária sobre tais serviços. Tanto assim que os Estados apenas avançaram

sobre essa realidade por ocasião do veto ao item 17.07 da LC 116/2003. Antes disso, sequer

cogitavam da tributação.

Ademais, o argumento central do veto corrobora o não cabimento do ICMS, pois reconhece

na tributação, pelo ISS, uma possível ofensa à imunidade tributária. Ora, se a incidência do ISS

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resultaria em não observância do texto constitucional, porque oneraria uma atividade imune,

naturalmente que de serviço potencialmente sujeito ao ISS se trata. Caso contrário, a própria

alegação da imunidade seria descabida.

Portanto, parece evidente a improcedência das autuações estaduais, que exigem ICMS

Comunicação sobre tais serviços. Considerando-se o cenário atual, de reinserção do item na

lista de serviços, esse argumento fica ainda mais forte: a competência para tributar é dos

municípios, respeitadas as imunidades contidas na Constituição de 1988.

Por fim, mencione-se que essa tributação apenas pode se dar após a alteração à LC 116/2003

e, assim, no exercício de 2017. Qualquer pretensão de retroagir o novo item da lista de

serviços, tal qual o fez o município de São Paulo, é flagrantemente inconstitucional.

IPCA DE 0,45%, ABAIXO DO ESPERADO, JÁ SINALIZA DEFLAÇÃO EM NOVEMBRO

Fonte: Valor Econômico. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro

surpreendeu e mostrou um quadro inflacionário favorável para o último trimestre do ano,

levando economistas a calcular deflação em novembro e revisar para baixo as suas projeções

para 2018. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem que o

indicador do mês passado ficou em 0,45%, abaixo do registrado em setembro (0,48%). O

resultado também foi menor do que a média das projeções de 35 instituições financeiras e

consultorias ouvidas pelo Valor Data, que esperavam alta de 0,56%.

No acumulado de 12 meses, o IPCA foi de 4,56% em outubro, ligeiramente acima dos 4,53%

registrados até o mês anterior. Os analistas consultados pelo Valor esperavam, na média das

projeções, uma aceleração para 4,66% nesse tipo de comparação. Dessa forma, o índice segue

próximo da meta de inflação do Banco Central para este ano, de 4,5%.

Outra boa notícia foi a queda do índice de difusão, que mede a proporção de bens e

atividades com aumento de preços. O recuo foi de 63% em setembro para 60,4% em outubro,

segundo cálculos do Valor Data. No mês passado, o indicador havia subido, dos 52,3% de

agosto e dos 50,4% em julho.

Excluindo alimentos, grupo com preços considerados voláteis, o índice de difusão também

recuou, de 59,9% para 55,9%, voltando ao menor percentual desde os 51,9% de julho.

Os números divulgados ontem fizeram o Banco Safra revisar, de 4% para 3,9%, a sua projeção

para o IPCA deste ano - mesmo número de 2019. Em relatório, a instituição financeira afirma

que tanto as estimativas para o indicador cheio quanto para os núcleos, que excluem itens

com preços mais voláteis, "sugerem que não teremos pressões inflacionárias relevantes no

futuro próximo". A MCM Consultores também cortou a sua projeção, de 4,2% para 4%. O

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Santander e o UBS, por sua vez, têm viés de baixa para as suas estimativas, de 4,3% e 4,6%,

respectivamente.

A inflação de serviços, mais sensível à política monetária, também segue em queda. No

acumulado de 12 meses, ela atingiu 3,03%, o menor resultado desde abril de 2001, de acordo

com Alberto Ramos, diretor do departamento de pesquisas econômicas para a América Latina

do Goldman Sachs.

"O amplo hiato do produto, a folga no mercado de trabalho, as expectativas de inflação bem

ancoradas e as perspectivas baixas do crescimento do Produto Interno Bruto" devem manter a

inflação controlada, de acordo com o economista.

Com base no boletim Focus, do Banco Central (BC), Marcio Milan, da Tendências Consultoria,

também destaca as expectativas ancoradas do mercado. A projeção mediana dos economistas

consultados pelo BC para o IPCA de 2019 está em 4,22%.

No curto prazo, o indicador também pode trazer boas notícias. O Santander, por exemplo,

calcula que o IPCA deve ficar negativo em 0,11% neste mês. Se o número for confirmado será

a primeira queda em novembro desde 1998 quando houve recuo de 0,12%, segundo Lucas

Nobrega, economista da instituição financeira. Já a Tendências calcula uma pequena deflação

de 0,01%. Alguns dos principais motivos apontados para a queda são a mudança da bandeira

tarifária de energia elétrica (de vermelha patamar 2 para amarela, mais barata) e os impactos

do real mais desvalorizado sobre os combustíveis. O Itaú, por sua vez, tem projeção preliminar

de 0,05% de variação positiva, "com a taxa em 12 meses recuando para 4,3%".

No mês passado, os combustíveis já haviam ajudado a inflação a ficar mais baixa. Dos nove

grupos de despesas das famílias acompanhados pelo IBGE, cinco apresentaram taxas menores

na passagem de setembro para outubro. Transporte teve a desaceleração mais relevante,

passando de 1,69% em setembro para 0,92%, reflexo justamente de menores aumentos dos

preços de combustíveis. Ainda assim, a gasolina e o diesel subiram na média 2,44% em

outubro, impactando o IPCA em 0,14 ponto percentual (p.p.). Os outros grupos com

desaceleração foram Habitação (de 0,37% para 0,14%), Despesas pessoais (de 0,38% para

0,25%), Educação (de 0,24% para 0,04%) e Saúde e cuidados pessoais (de 0,28% para 0,27%).

Em sentido contrário, Alimentação e bebidas foi o destaque, ao acelerar de 0,10% em

setembro para 0,59% em outubro. O grupo foi responsável por 0,15 p.p. do IPCA do mês

passado. Artigos de residência (de 0,11% para 0,76%) e Vestuário (de -0,02% para 0,33%)

também aceleraram.

Já o câmbio mais desvalorizado de outubro não foi um fator de peso para o índice, segundo

Fernando Gonçalves, gerente de Índices de Preços do IBGE. Poucos produtos, como

eletrodomésticos, gasolina e alguns tipos de alimentos (frango, trigo, pão francês), foram

afetados. Ele lembra que o nível de desemprego limita o consumo das famílias, dificultando o

repasse do custo cambial pelas empresas. (Colaborou Arícia Martins, de São Paulo).

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PLENÁRIO APROVA URGÊNCIA PARA PROJETO QUE ALTERA SUPERSIMPLES; SESSÃO DE HOJE É ENCERRADA

Fonte: Agência Câmara Notícias. O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o regime

de urgência para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 420/14, que muda várias regras do

Simples Nacional (Supersimples), regime de tributação específico para micro e pequenas

empresas.

De acordo com o substitutivo do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), as empresas e o

microempreendedor individual (MEI) terão direito à devolução ou ao crédito de valores

correspondentes à substituição tributária do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e

Serviços (ICMS).

A substituição tributária obriga as empresas a pagar antecipadamente a alíquota cheia do

ICMS, em vez de recolhê-lo ao longo da cadeia. Isso faz com que pequenas empresas

comprem produtos com o ICMS embutido no preço e paguem o imposto antes mesmo de

vender ou usar a mercadoria, diminuindo sua competitividade em relação a outras empresas

não optantes do Simples.

APROVADO BENEFÍCIO FISCAL PARA IMPORTAÇÃO DE PEÇAS POR ENCOMENDA OU POR ORDEM DE MONTADORA

Fonte: Agência Câmara Notícias. O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou emenda do

deputado Vitor Lippi (PSDB-SP) à Medida Provisória 843/18 para permitir às empresas

contarem com suspensão do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na importação de

peças mesmo se for por encomenda ou por ordem da montadora. Atualmente, isso é possível

apenas na importação direta.

Os deputados já aprovaram o projeto de lei de conversão da MP, que cria o Rota 2030, um

novo regime tributário para as montadoras de veículos no Brasil com a contrapartida de

investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos e tecnologias.

De autoria do deputado Alfredo Kaefer (PP-PR), o texto aprovado inclui vários temas

estranhos à MP, como desoneração da folha de pagamentos para indústria moveleira,

diminuição de tributos para quadriciclos, renovação de programa de restituição de tributos e

aumento de descontos para pagamento de dívidas junto à União.

Sobre o tema da indústria automobilística, ele prorrogou incentivos tributários para as

montadoras instaladas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Esse é um dos pontos divergentes

nas discussões sobre a MP.

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PLENÁRIO COMEÇA A ANALISAR REFERENDO DE LIMINAR QUE SUSPENDEU CLÁUSULA DE CONVÊNIO SOBRE ICMS EM COMÉRCIO ELETRÔNICO

Fonte: Supremo Tribunal Federal – STF. Pedido de vista do ministro Gilmar Mendes interrompeu

o julgamento do referendo de liminar concedida pelo ministro Dias Toffoli (relator) na Ação

Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5464 para suspender cláusula do Convênio ICMS

93/2015 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que trata da incidência do

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações de comércio

eletrônico. Na sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF) desta quarta-feira (7), o

ministro Dias Toffoli, presidente da Corte, votou no sentido de referendar a cautelar e de

converter o referendo em julgamento definitivo, manifestando-se pela procedência da ação. O

relator foi o único a votar.

A liminar foi concedida em fevereiro de 2016 a fim de suspender a cláusula nona do convênio,

que inclui as micro e pequenas empresas optantes pelo Simples no novo regime do comércio

eletrônico. A cláusula questionada na ADI determina às empresas do Simples, assim como às

empresas incluídas nos demais regimes de tributação, o recolhimento de alíquotas do ICMS

sobre operações que destinem bens e serviços ao consumidor final localizado em outro

estado.

Conselho Federal da OAB

Da tribuna da Corte, o advogado Marcos Vinícius falou em nome do Conselho Federal da

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autor da ADI. Segundo ele, a obrigação tributária foi

estendida às pequenas e microempresas por meio de convênio do Confaz, e não por lei

complementar, como estabelece a Constituição Federal. O advogado também sustentou

violação ao princípio da capacidade contributiva, porque o ato contestado criou um ônus

excessivo e prejudicial quando a Constituição fala que deve ser feito um tratamento

preferencial, diferenciado e favorecido em relação às pequenas empresas. Por fim, Marcos

Vinícius defendeu o artigo 146, inciso III, da Constituição no sentido de que o recolhimento do

Simples deve ser unificado e centralizado.

Voto do relator

O ministro Dias Toffoli explicou que, segundo a Constituição Federal, cabe à lei complementar

– e não a convênio interestadual – estabelecer normas gerais em matéria de legislação

tributária, especialmente sobre definição de tratamento diferenciado e favorecido para as

microempresas e para as empresas de pequeno porte, o que inclui regimes especiais ou

simplificados de certos tributos como o ICMS, como dispõe o artigo 146, inciso III, alínea “d”,

incluído pela Emenda Constitucional (EC) 42/2003. De acordo com o relator, a Constituição

também possibilita à lei complementar instituir um regime único de arrecadação dos impostos

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e das contribuições da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, “observando-

se certas determinadões do artigo 146, parágrafo único, incluído pela EC 42/2003”.

O presidente do STF salientou que o microempreendedor nem sempre se submeterá a todas

as regras gerais do ICMS previstas no texto constitucional. Observou que, no caso, a Lei

Complementar (LC) Federal 123/2006 trata de maneira distinta as empresas optantes do

Simples Nacional em relação ao tratamento constitucional geral dado ao diferencial de

alíquotas de ICMS referente às operações de saída interestadual de bens ou de serviços a

consumidor final não contribuinte. Para o ministro Dias Toffoli, a cláusula nona do Convênio

ICMS 93/2015 invadiu campo reservado à lei complementar.

PESQUISA PRONTA ABORDA IR SOBRE RESGATES DE COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA

Fonte: Superior Tribunal de Justiça – STJ. A Secretaria de Jurisprudência do Superior Tribunal de

Justiça (STJ) publicou cinco novos temas na Pesquisa Pronta, ferramenta que oferece o

resultado de pesquisas sobre determinados temas jurídicos relevantes julgados no tribunal.

Direito tributário

Nos resgates e benefícios de complementação de aposentadoria, sujeitam-se ao Imposto de

Renda (IR) as parcelas que corresponderem às contribuições realizadas pelo empregador, bem

como os ganhos oriundos de investimentos e lucros da entidade de previdência privada.

Direito penal

A jurisprudência do STJ entende que os crimes previstos nos artigos 12, 14 e 16 da Lei

10.826/2003 são de perigo abstrato, de modo que é desnecessário averiguar sobre a

lesividade concreta da conduta, visto que o objeto jurídico tutelado não é a integridade física,

mas a segurança pública e a paz social, colocadas em risco com a posse de munição, ainda que

desacompanhada de arma de fogo. Assim, não há necessidade de comprovação do potencial

ofensivo do artefato por meio de laudo pericial.

A Terceira Seção pronunciou-se no sentido de que as disposições da Convenção Americana

de Direitos Humanos não revogaram o crime de desacato. Tal figura típica serve para inibir os

excessos, a ofensa indevida e a ofensa extremada que se pode perpetrar contra qualquer

servidor público no uso de suas atribuições rotineiras, e não para inibir o pensamento, a

liberdade de expressão ou aquilo que se quer dizer.

Direito civil

O STJ já decidiu que, estabelecida a transação entre locador e locatário sobre a dívida em

anterior ação de despejo, sem a participação do fiador, é legítima a extinção da fiança nos

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termos do artigo 1.503, inciso I, do Código Civil de 1916 ou do artigo 838, inciso I, do Código

Civil de 2002.

O tribunal entende que o adquirente de imóvel em condomínio responde pelas cotas

condominiais em atraso, ainda que anteriores à aquisição, ressalvado o seu direito de regresso

contra o antigo proprietário. A obrigação de pagamento dos débitos condominiais também

alcança os novos titulares do imóvel que não participaram da fase de conhecimento da ação

de cobrança, em razão da natureza propter rem (por causa da coisa) da dívida.

Sempre disponível

A Pesquisa Pronta está permanentemente disponível no portal do STJ. Basta acessar

Jurisprudência > Pesquisa Pronta a partir do menu na barra superior do site.

ADE 12 ESTABELECE PRAZOS E PROCEDIMENTOS NA PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES NO MÓDULO DE CONTROLE DE CARGA E TRÂNSITO DO PORTAL SISCOMEX

Fonte: Receita Federal do Brasil – RFB. Ato Declaratório Executivo 12 Coana

08/11/2018

Estabelece prazos, condições e procedimentos a serem observados pelos intervenientes na

prestação de informações no módulo de Controle de Carga e Trânsito (CCT) do Portal

Siscomex sobre as operações que executarem com cargas de exportação.

PARECER NORMATIVO – EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS – CONCEITO PARA FINS DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Fonte: Receita Federal do Brasil – RFB. Parecer Normativo 1 Cosit

DOU de 08/11/2018

Assunto: Normas de Interpretação – Conceitos EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS – CONCEITO

PARA FINS DE INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Considera-se exportação de serviços a operação realizada entre aquele que, enquanto

prestador, atua a partir do mercado doméstico, com seus meios disponíveis em território

nacional, para atender a uma demanda a ser satisfeitaem um outro mercado, no exterior, em

favor de um tomador que atua, enquanto tal, naquele outro mercado, ressalvada a existência

de definição legal distinta aplicável ao caso concreto e os casos em que a legislação dispuser

em contrário.

LOCALIZAÇÃO DO PRESTADOR – ATUAÇÃO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS NO

MERCADO DOMÉSTICO

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O prestador de serviços, enquanto tal, atua a partir do mercado doméstico quando inicia a

prestação em território nacional por meio de atos preparatóriosanteriores à realização material

do serviço, relacionados com o planejamento, a identificação da expertise indispensável ou a

mobilização de recursos materiais e intelectuais necessários ao fornecimento.

LOCALIZAÇÃO DO TOMADOR – ATUAÇÃO DO TOMADOR NO MERCADO EXTERNO –

DEMANDA POR SERVIÇOS NO EXTERIOR

O tomador de serviços, enquanto tal, atua no mercado externo quando sua demanda pela

prestação ocorre no exterior, devendo ser satisfeita fora do território nacional.

LOCALIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO – ATUAÇÃO DO TOMADOR NO MERCADO EXTERNO –

SERVIÇOS EXECUTADOS EM BENS IMÓVEIS OU EM BENS MÓVEIS INCORPORADOS A

BENS IMÓVEIS

Se o tomador de serviços, enquanto tal, atua no mercado externo e os serviços são

executados em um imóvel ou em um bem incorporado a um imóvel, a demanda se considera

atendida no território onde se situa o imóvel.

LOCALIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO – ATUAÇÃO DO TOMADOR NO MERCADO EXTERNO –

SERVIÇOS EXECUTADOS EM BENS MÓVEIS NÃO INCORPORADOS A BENS IMÓVEIS

CUJA UTILIZAÇÃO SE DARÁ APENAS NO EXTERIOR

Se o tomador de serviços, enquanto tal, atua no mercado externo e os serviços são

executados em um bem móvel não incorporado a um imóvel, uma vez demonstrado que

aquele bem será utilizado apenas no exterior, a demanda se considera atendida no território

ou nos territórios onde esse bem deverá ser utilizado.

LOCALIZAÇÃO DA PRESTAÇÃO – ATUAÇÃO DO TOMADOR NO MERCADO EXTERNO –

SERVIÇOS EXECUTADOS EM BENS MÓVEIS SEM CONEXÃO COM DETERMINADO

TERRITÓRIO OU EXECUTADOS SEM REFERIMENTO A UM BEM FÍSICO

Se o tomador de serviços, enquanto tal, atua no mercado externo e os serviços são

executados em um bem móvel sem conexão necessária com determinado território ou são

executados sem referimento a qualquer bem físico, a demanda:a) quando uma parte relevante

da prestação deva se realizar necessariamente em determinado local com a presença física do

prestador, se considera atendida naquele local;b) quando, embora dispensada a presença física

do prestador, for necessária sua presença indireta (por subcontratação) ou virtual (pelo acesso

compulsório a serviços eletrônicos locais sem os quais se tornaria obrigatória sua presença

física direta ou indireta), se considera atendida onde sua presença indireta ou virtual for

indispensável; ec) não havendo qualquer elemento de conexão territorial relacionado com o

resultado da prestação, se considera atendida no local onde o tomador tem sua residência ou

domicílio.

DISPOSITIVOS LEGAIS

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CF/88, art. 149, § 2º, I, art. 153, V, art. 155, § 2º, X, alínea a e XII, alíneas e e f e art. 156, § 3º,

III; Lei nº 9.841, de 13 de agosto de 1997, art. 1º, inciso XI; Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de

2002, art. 79; Lei nº 10.637/02, art. 5º, II; Lei nº 10.833/03, art. 6º, II; MP 2.158-35/01, art.

14, III; Dec. nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, art. 15-B.nº do e-processo

10030.000022/1207-02

ADE 76 DISPÕE SOBRE O MANUAL DE PREENCHIMENTO DA E-FINANCEIRA.

Fonte: Receita Federal do Brasil – RFB. Ato Declaratório Executivo 76 Cofis

DOU de 07/11/2018

Dispõe sobre o Manual de Preenchimento da e-Financeira.

O conteúdo dos artigos reproduzidos neste boletim são de inteira responsabilidade de seus

autores, não traduzindo, por isso mesmo, a opinião legal do Grupo BornHallmann.

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