o imaginário dos descobrimentos

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O Imaginário dos O Imaginário dos descobrimentos descobrimentos Os horizontes dos europeus se Os horizontes dos europeus se abrem frente ao Novo Mundo” abrem frente ao Novo Mundo”

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O Imaginário dos descobrimentos. “ Os horizontes dos europeus se abrem frente ao Novo Mundo”. O inicio de nosso estudo reside nas Grandes Navegações, realizadas pelas potências européias, durante os primórdios da Idade Moderna. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: O Imaginário dos descobrimentos

O Imaginário dos O Imaginário dos descobrimentosdescobrimentos

“ “ Os horizontes dos europeus se abrem Os horizontes dos europeus se abrem frente ao Novo Mundo”frente ao Novo Mundo”

Page 2: O Imaginário dos descobrimentos

• O inicio de nosso estudo reside nas O inicio de nosso estudo reside nas Grandes Navegações, realizadas Grandes Navegações, realizadas pelas potências européias, durante pelas potências européias, durante os primórdios da Idade Moderna.os primórdios da Idade Moderna.

• No entanto temos que nos lembrar No entanto temos que nos lembrar que o conceito e conhecimento de que o conceito e conhecimento de mundo era muito restrito aos mundo era muito restrito aos europeus que ao longo da Idade europeus que ao longo da Idade Média acabaram perderam boa parte Média acabaram perderam boa parte dos conhecimentos acumulados dos conhecimentos acumulados sobre outras terras.sobre outras terras.

Page 3: O Imaginário dos descobrimentos

A América já era conhecida muito A América já era conhecida muito antes de Colombo...antes de Colombo...

• Durante a idade antiga a ciência chegou a Durante a idade antiga a ciência chegou a desenvolver-se de tal modo que hoje sabemos desenvolver-se de tal modo que hoje sabemos que os romanos possuíam um relativo que os romanos possuíam um relativo conhecimento geográfico da Ásia e África conhecimento geográfico da Ásia e África

• Foram encontradas moedas cartaginesas do Foram encontradas moedas cartaginesas do século IV a.C. nos Açores, e moedas romanas de século IV a.C. nos Açores, e moedas romanas de datas posteriores na Venezuela.datas posteriores na Venezuela.

• No entanto, alguns historiadores defendam a No entanto, alguns historiadores defendam a tese de que tais embarcações teriam sido tese de que tais embarcações teriam sido arrastadas por tempestades, nos tempos arrastadas por tempestades, nos tempos clássicos e que, portanto, não existiriam clássicos e que, portanto, não existiriam garantias de que a noticia da existência da garantias de que a noticia da existência da América tenha chegado a Europa. América tenha chegado a Europa.

Page 4: O Imaginário dos descobrimentos

Os chineses e seus Os chineses e seus conhecimentos náuticos e conhecimentos náuticos e

cartográficos cartográficos • Em meados de 1400 pode-se observar uma Em meados de 1400 pode-se observar uma

tecnologia náutica desenvolvida pelos tecnologia náutica desenvolvida pelos chineses superior a dos europeus, o que chineses superior a dos europeus, o que permitia com que eles realizassem trocas permitia com que eles realizassem trocas comerciais com praticamente todo o comerciais com praticamente todo o Sudeste Asiático.Sudeste Asiático.

• As expedições de Cheng Ho percorreram As expedições de Cheng Ho percorreram regiões do Indico, África e existem suspeitas regiões do Indico, África e existem suspeitas de que eles tenham atingido até mesmo a de que eles tenham atingido até mesmo a América do Norte.América do Norte.

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Page 6: O Imaginário dos descobrimentos

A reconquista da Península A reconquista da Península IbéricaIbérica

• Contato com o Contato com o conhecimento dos conhecimento dos mouros sobre a arte mouros sobre a arte náutica, além de náutica, além de traduções de textos traduções de textos gregos e latinos que gregos e latinos que se perderam ao longo se perderam ao longo da história.da história.

Page 7: O Imaginário dos descobrimentos

A mentalidade européia nos A mentalidade européia nos tempos das Grandes tempos das Grandes

NavegaçõesNavegações

• Os homens europeus na Os homens europeus na transição da Idade Média para a transição da Idade Média para a Moderna viviam em um Moderna viviam em um ambiente místico, onde o real e ambiente místico, onde o real e o abstrato se misturavam em o abstrato se misturavam em um ambiente cultural dominado um ambiente cultural dominado pela Igreja Católica.pela Igreja Católica.

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Page 9: O Imaginário dos descobrimentos

O desenvolvimento da O desenvolvimento da ciênciaciência• Desde pelo menos Eudoxo Desde pelo menos Eudoxo

(400-347 a.C.), discípulo de (400-347 a.C.), discípulo de Platão, tinha-se em conta, Platão, tinha-se em conta, por exemplo, que a Terra era por exemplo, que a Terra era redonda e não plana. redonda e não plana.

• Esse conceito foi reafirmado Esse conceito foi reafirmado por Aristóteles, que devido a por Aristóteles, que devido a sua teoria geocêntrica sua teoria geocêntrica acabou sendo considerado acabou sendo considerado pela Igreja, pois tal teoria ia pela Igreja, pois tal teoria ia de encontro a teoria de encontro a teoria Teocêntrica defendida pela Teocêntrica defendida pela Igreja.Igreja.

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• Arquimedes (287-212 a.C.), Arquimedes (287-212 a.C.), conseguiu chegar a um conseguiu chegar a um cálculo muito próximo do cálculo muito próximo do raio da Terra.  O que seria raio da Terra.  O que seria confirmado em 1231 pelo confirmado em 1231 pelo filósofo e médico filósofo e médico muçulmano Ib Rushd, muçulmano Ib Rushd, conhecido no ocidente conhecido no ocidente como Averróis. como Averróis.

• Todavia, a simples menção Todavia, a simples menção de que a Terra era de que a Terra era redonda, afirmação redonda, afirmação também acompanhada do também acompanhada do conceito de que a terra não conceito de que a terra não era o centro do universo era o centro do universo (heliocentrismo), valeu (heliocentrismo), valeu punições a Copérnico e punições a Copérnico e Galileu Galileu

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O desconhecido e seus O desconhecido e seus preconceitospreconceitos

• O medo do Mar Tenebroso e o mito de que O medo do Mar Tenebroso e o mito de que o horizonte nos mares era um abismo que o horizonte nos mares era um abismo que lançava os homens ás profundezas do lançava os homens ás profundezas do inferno!inferno!

• Fazia-se necessário expurgar as fantasias da Fazia-se necessário expurgar as fantasias da coletividade, o que se começaria a coletividade, o que se começaria a acontecer depois da passagem do cabo acontecer depois da passagem do cabo Bojador, em 1434, após várias tentativas, Bojador, em 1434, após várias tentativas, por Gil Eanes, um escudeiro do Infante D. por Gil Eanes, um escudeiro do Infante D. Henrique Henrique

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•Ó mar salgado, quanto do teu Ó mar salgado, quanto do teu salsalSão lágrimas de Portugal!São lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos, quantas Por te cruzarmos, quantas mães choraram,mães choraram,Quantos filhos em vão Quantos filhos em vão rezaram!rezaram!Quantas noivas ficaram por Quantas noivas ficaram por casarcasarPara que fosses nosso, ó mar! Para que fosses nosso, ó mar! 

Valeu a pena? Tudo vale a penaValeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Se a alma não é pequena.Quem quer passar além do Quem quer passar além do BojadorBojadorTem que passar além da dor.Tem que passar além da dor.Deus ao mar o perigo e o Deus ao mar o perigo e o abismo deu,abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu. Mas nele é que espelhou o céu.

(Fernando Pessoa)(Fernando Pessoa)

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O mito do Prestes JoãoO mito do Prestes João

• No âmbito de um No âmbito de um contexto povoada de contexto povoada de monstros e monstros e monstruosidades, o monstruosidades, o mito do Prestes João mito do Prestes João em conjunto com em conjunto com outros de menor outros de menor envergadura envergadura passaram a ser passaram a ser utilizados para atrair utilizados para atrair mão de obra à mão de obra à empreitada marítima. empreitada marítima.

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• Embora os lusos houvessem se lançado a Embora os lusos houvessem se lançado a aventura marítima em busca do lucro, aventura marítima em busca do lucro, buscavam também aliados em sua luta buscavam também aliados em sua luta contra os infiéis. contra os infiéis.

• Segundo o mito, um poderoso reino cristão Segundo o mito, um poderoso reino cristão estaria situado entre a Etiópia, a África estaria situado entre a Etiópia, a África Oriental e a Índia.Oriental e a Índia.

• Este reino poderia ser um aliado em Este reino poderia ser um aliado em potencial dos portugueses, o que exerceu potencial dos portugueses, o que exerceu um grande fascínio sobre o imaginário um grande fascínio sobre o imaginário popular e estimulou os lusos a rumarem popular e estimulou os lusos a rumarem cada vez mais longe em suas explorações cada vez mais longe em suas explorações marítimas, sempre, esperando encontrar o marítimas, sempre, esperando encontrar o Prestes João ao dobrar da esquina.Prestes João ao dobrar da esquina.

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• Mais tarde, a existência Mais tarde, a existência deste reino acabou deste reino acabou sendo realmente sendo realmente confirmada, ele existia confirmada, ele existia

• Porém, tal reino Porém, tal reino praticava um tipo de praticava um tipo de cristianismo muito mais cristianismo muito mais próximo ao ortodoxo do próximo ao ortodoxo do que ao romano, era que ao romano, era ainda mais pobre do ainda mais pobre do que Portugal.que Portugal.

• Quanto aos relatos de Quanto aos relatos de Marco Polo, circularam Marco Polo, circularam muito mais entre os muito mais entre os espanhóis do que entre espanhóis do que entre os portugueses.os portugueses.

• Em Portugal o relato de Em Portugal o relato de caráter mítico de maior caráter mítico de maior circulação foi realmente circulação foi realmente o do Preste João.o do Preste João.

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HANS STADEN DE HOMBERG NA TERRA HANS STADEN DE HOMBERG NA TERRA BRASILIS: BRASILIS: UM AVENTUREIRO NA AMÉRICAUM AVENTUREIRO NA AMÉRICA

• Em 1556 um alemão aventureiro e Em 1556 um alemão aventureiro e viajante compulsivo, publicou um viajante compulsivo, publicou um livro de relatos de sua viagem pela livro de relatos de sua viagem pela América: A História Verídica que América: A História Verídica que descreve uma terra de selvagens nus descreve uma terra de selvagens nus e comedores de seres humanos.e comedores de seres humanos.

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• Capturado pelos tupinambás perto de Bertioga, logo Capturado pelos tupinambás perto de Bertioga, logo entendeu que eles o queriam maltratar. entendeu que eles o queriam maltratar.

• ““Nisto me levaram para a cabana onde tive de deitar Nisto me levaram para a cabana onde tive de deitar numa rede e mais uma vez vieram as mulheres e numa rede e mais uma vez vieram as mulheres e bateram em mim, arrancaram meus cabelos e bateram em mim, arrancaram meus cabelos e mostraram-me como pretendiam me comer...com os mostraram-me como pretendiam me comer...com os pés atados desta maneira tive de pular pela cabana. pés atados desta maneira tive de pular pela cabana. Eles riam e gritavam: lá vem a nossa comida Eles riam e gritavam: lá vem a nossa comida pulando...Deram voltas em torno de mim ...um deles pulando...Deram voltas em torno de mim ...um deles disse que o couro da cabeça era dele, um outro que a disse que o couro da cabeça era dele, um outro que a minha coxa lhe pertencia...(eles) preparam uma bebida minha coxa lhe pertencia...(eles) preparam uma bebida de raízes que chamam de cauim... Somente depois da de raízes que chamam de cauim... Somente depois da festa é que matam (os prisioneiros, para os devorar) ...” festa é que matam (os prisioneiros, para os devorar) ...”

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A Carta de Caminha e seu A Carta de Caminha e seu imaginárioimaginário

• ““Mas, a terra em si, é de muitos bons ares, frios e Mas, a terra em si, é de muitos bons ares, frios e temperados como os de Entre-Doiro e Ninho, porque temperados como os de Entre-Doiro e Ninho, porque neste tempo de agora, assim os achávamos, como os neste tempo de agora, assim os achávamos, como os de lá. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é de lá. Águas são muitas, infindas. E em tal maneira é graciosa, em querendo a aproveitar, dar-se-á nela tudo graciosa, em querendo a aproveitar, dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem” por bem das águas que tem”

• ““A feição deles é serem pardos, maneira de A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Não fazem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Não fazem caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas. O fazem caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas. O fazem com tanta inocência como mostram o rosto”com tanta inocência como mostram o rosto”

• ““Uma daquelas moças era toda tingida, de fundo Uma daquelas moças era toda tingida, de fundo acima, daquela tintura a qual é certo era tão bem feita acima, daquela tintura a qual é certo era tão bem feita e tão redonda a sua vergonha, que ela não tinha, tão e tão redonda a sua vergonha, que ela não tinha, tão graciosa que muitas mulheres de nossa terra vendo-graciosa que muitas mulheres de nossa terra vendo-lhes tais feições fizera vergonha por não terem a sua lhes tais feições fizera vergonha por não terem a sua como elacomo ela

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• ““... a que deram um pano com que ... a que deram um pano com que se cobrissem e puseram-lho ao redor se cobrissem e puseram-lho ao redor de si. Mas ao sentar não fazia de si. Mas ao sentar não fazia memória de o muito entender para memória de o muito entender para se cobrir. Assim senhor, que a se cobrir. Assim senhor, que a inocência desta gente é tal que a de inocência desta gente é tal que a de Adão não seria mais quanto a Adão não seria mais quanto a vergonha.vergonha.