o golpe é contra vocÊ! - sindsep-sp

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setembro de 2016 www.sindsep-sp.org.br sindsep.com twitter.sindsep 8 Ajuste fiscal é ataque aos trabalhadores e desmonte dos serviços públicos especial Muitos outros direitos ameaçados! sindical 10 saúde 5 O desmonte do SUS C onheça os projetos que estão em andamen- to no Congresso e Senado para cortar gas- tos no serviço público por 20 anos. Saiba como está sendo construído o golpe por banqueiros, empresários, grande mídia, governo e partidos para impor uma agenda de retroces- sos que não consegue ganhar eleições. Congelamento de gastos com saúde, educação, assistência, segurança e moradia, desmonte dos Estados, Municípios e União, congelamento de salários e corte de benefícios, demissão de ser- vidores, aumento da idade para aposentadoria para 65 anos, privatizações e terceirizações, fim da CLT. Trabalhadores e estudantes organizados de - vem resistir. NENHUM DIREITO A MENOS O Golpe é contra VOCÊ!

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016

www.sindsep-sp.org.brsindsep.com twitter.sindsep

8 Ajuste fiscal é ataque aos trabalhadores e desmonte dos serviços públicos

especial

Muitos outros direitos ameaçados!

sindical

10saúde

5 O desmonte do SUS

Conheça os projetos que estão em andamen-to no Congresso e Senado para cortar gas-tos no serviço público por 20 anos.

Saiba como está sendo construído o golpe por banqueiros, empresários, grande mídia, governo e partidos para impor uma agenda de retroces-sos que não consegue ganhar eleições.

Congelamento de gastos com saúde, educação, assistência, segurança e moradia, desmonte dos Estados, Municípios e União, congelamento de salários e corte de benefícios, demissão de ser-vidores, aumento da idade para aposentadoria para 65 anos, privatizações e terceirizações, fim da CLT.

Trabalhadores e estudantes organizados de-vem resistir.

NENHUM DIREITO A MENOS

O Golpe é contra VOCÊ!

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SETEMBRO | 2016

editorial

EXPEDIENTEJornal do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo – Sindsep. Contatos Rua da Quitanda, 162, Centro, São Paulo/SP, CEP 01012-010. Telefone: (11) 2129 2999Internet

[email protected]/SindsepTwitter: @sindsep

DIretorIa Sergio Ricardo Antiqueira Presidente Leandro Valquer J. L. de Oliveira Vice-PresidenteseCretarIas Paula Leite FinançasAntônio Carlos Lima Secretaria GeralElis Regina Bonachello de Melo EducaçãoLourdes Estevão Araújo Trabalhadores da SaúdeSolange Cristina Ribeiro Formação, Política Sind. Qualif. Prof. Maria de Lourdes da Rocha Alves Jurídico, Econômico e Pesquisa

João Batista Gomes Imprensa e Comunicação Vlamir Lima Política Intersindical e SolidariedadeMaria Cristina Cipriano Ribeiro Políticas SociaisRoberto Alves da Silva Saúde do TrabalhadorSandra Aparecida Gonçalves Atenção MulherDjalma Maria Prado Cultura e EventosCoorDenaDores De regIão Ronildo Ferreira da Silva Leste IEjivaldo do Espirito Santo Leste IILuciana Maria Melo

Leste IIIBergair de Oliveira Valentino SudesteAngela Aparecida de Lima Silva Sul ISandro Bento de Carvalho Sul IICleber Bartolomeu Gomes Oeste João Gabriel Guimarães Buonavita NoroesteJosé Teixeira dos Santos NorteWalney Araujo da Silveira CentroDepartamentos Dos trabalhaDores Valdemar Bombini Pinto SMADS, SEME, SMS, Verde, SFMSP e Iprem

Conceição de Maria Aragão Novaes AposentadosEudes Wesley Dias Melo Segurança UrbanaConselho FIsCal Angela Maria Severiano Onedil Luiza Bueno Sueli Aparecida Guarnieri Omar Braga José Francisco Capelasuplente De DIreção Junéia Batista, Alonir Roberto Celso Onório, Helda Lourenço Marizete Ducca, Evaldo de Almeida Luzia Delmaschio, Luiz Rezende, Regina Stroebel e Paulo Gomes

suplente Do Conselho FIsCal Fábio dos Santos e Zenilda GuimarãesImprensa Diretor: João Batista Gomes Edição: Eudes Lima – MTb 33.268 Jornalistas: Eudes Lima e Larissa KarolineEstagiários: Leticia Kutzke e Pedro Canfora Diagramação: Marco GodoyproDução Inteligência Assessoria de Comunicação www.inteligenciacom.com.br [email protected] Telefone: (11) 96135 1726

NOTAS

E ssa edição foi feita especialmente para permitir que os trabalhadores e traba-lhadoras da Prefeitura entendam os pro-

jetos de cortes de gastos com serviços e com o funcionalismo em todas as esferas do país. Há mais de um ano o Sindsep e a CUT vêm denun-ciando o golpe em andamento. A mídia, financia-da por banqueiros, empresários e interesses do capital internacional criou um roteiro de novela para construir uma crise política e partidarizar a discussão. A crise foi amplificada para criar o am-biente favorável ao impeachment que colocou no poder o grupo disposto a fazer o serviço sujo. A mesma mídia agora tenta convencer a população que a saída da crise é o ”ajuste fiscal” e a “mo-dernização” das leis trabalhistas. A verdade, nada mais é que haverá redução de gastos com servi-ços e com servidores, a reforma da previdência e o fim da CLT. Esse é o golpe. Mas haverá luta, e muita! Os trabalhadores e trabalhadoras, os estudantes e a população em geral estão acordando, pois a farsa está sendo desmontada pela imprensa internacional e pelas redes sociais. Uma greve geral está em construção. Esta-mos dispostos a lutar.

NENHUM DIREITO A MENOS

SERGIO ANTIQUEIRA,Presidente do Sindsep

Ciclo de debates com os trabalhadoresDentre diversas ações realizadas pelo Sindsep, a visita do sindi-

cato itinerante tem sido uma excelente oportunidade para esclare-cer aos trabalhadores sobre os projetos que hoje buscam atacar di-retamente o funcionalismo. Foi o que aconteceu no dia 23 de agosto, no Hospital Tatuapé, quando a diretora Luciana Melo, que coordena a região Leste 3, em conjunto com o presidente do Sindsep, Sergio Antiqueira, e a diretora Lourdes Estevão, responsável pela pasta dos trabalhadores da saúde, promoveram um amplo debate com a categoria sobre o processo de terceirização, PLP 257, PEC 241 e o desmonte do SUS. As visitas nas unidades em todas as regiões têm focado na luta por Nenhum Direito a Menos.

Roda de ConversaO Sindsep realizou Roda

de conversa no Centro de Formação – 18 de Agosto, no dia 23 de agosto. O objetivo da atividade foi trazer a tona o empreendedorismo afro. O projeto trata de criar au-tonomia financeira e inser-ção social da população negra no Brasil, por meio de artesanatos produzidos pela população afro que vende esta arte em feirinhas pelo estado de São Paulo. A ideia do projeto, de maneira geral, é o amadurecimento do mercado voltado para negros e negras, a fim de criar valores intangíveis a toda sociedade.

Fórum em defesa do SUSO vice-presidente do

Sindsep, Leandro Oliveira e o dirigente Cleber Gomes, junto com entidades e sin-dicatos ligados ao setor da saúde, participaram do lan-çamento do Fórum em de-fesa do SUS. O fórum tem como objetivo lutar contra o desmantelamento que o Sistema Único de Saúde vem sofrendo. A atividade, aconteceu no dia 19 de agosto, no auditório do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo).

professora lança seu primeiro livro na Bienal

A servidora pública Merilis Apareci-da Franco, que atua como professora no CEI Jardim Guairacá, lançou seu primei-ro livro no dia 4 de setembro, durante a Bienal do Livro.

O livro intitulado “Diário de Ana Cla-ra”, trata-se de um paradidático, cujo tema é a relação dos vínculos afetivos entre irmãos.

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NOTAS

O Sindsep em con-junto com representan-tes sindicais da educa-ção se reuniram na Sede do sindicato para coleti-vo da educação no dia 8 de setembro. Sergio Antiqueira, presidente do Sindicato foi o res-ponsável por coordenar a atividade. A reunião foi pautada por diversas discussões como a par-ticipação no CAE (Con-selho de Alimentação Escolar) e a organização de pauta dos trabalha-dores da educação a partir das plenárias re-gionais que acontecem até outubro.

Foram tirados enca-minhamentos importan-tes como a elaboração da Carta Compromisso aos (às) candidatos (as) à Prefeitura, abordan-do os temas principais enumerados para os de-bates que ocorrerão nas plenárias; e constituição de pautas e propostas dos trabalhadores para buscar negociação em 2017.

Dentre pautas que serão debatidas nas plenárias e no seminá-rio que ocorrerá nos dias 3 e 4 de novembro, com dispensa de ponto, alguns temas se desta-

cam como: a criação de uma carreira que integre os quadros de apoio com valorização destes profissionais e que seja atraente cons-tituindo mobilidade para os profissionais e melhor aproveitamen-to de suas competên-cias; a discussão da Jornada de Trabalho do professor que fica im-pedido de cumprir um terço da mesma para atividades extraclasses e não tem possibilida-de de mobilidade entre EMEIs, EMEFs e CEIs. Saiba mais no site do Sindsep.

Coletivo da Educação do Sindsep organiza plenárias e seminários

A CGP-SMS-G, em virtude de uma deman-da do Ministério Público da mesa de negociação permanente da SMS, e por ocasião das inúme-ras denúncias de vio-lência que recebe atra-vés da Ouvidoria SUS e pessoalmente, atentou-

-se para a necessidade em conhecer mais pro-fundamente o perfil da violência na SMS. Por este motivo, delineou um projeto que visa tra-çar o perfil da violência no âmbito da SMS, com todos os seus trabalha-dores, independente do

vínculo. Ou seja, qual a violência mais pre-ponderante no âmbito do trabalho em saúde. Participe da pesquisa e colabore com o fim da violência no trabalho! A pesquisa está disponí-vel no site do Sindsep. Não fique de fora!

Pesquisa para caracterizar os eventos de violência no âmbito da Secretaria de Saúde

O Sindsep se reuniu com a administração e as entidades sindicais na SMS, no dia 9 de se-tembro. O tema debati-do foi sobre IABAS e a situação dos trabalha-dores no processo de sucessão. O vice-pre-sidente do Sindsep, Leandro Oliveira, par-ticipou deste encontro, encontro que também contou com a presença de representantes dos sindicatos dos médicos e dos enfermeiros. Na

reunião, os represen-tantes apresentaram os problemas em rela-ção ao pagamento dos salários e atrasos em benefícios. Este tipo de problema ocorre com algumas OSs, o sindicato dos médicos tem negociado com a IABAS, SPDM e ou-tras OSs, demandando para o DRT (Delegacia Regional do Trabalho) para encaminhar esses problemas. O Sindsep não negocia pelas OSs,

não negocia a situa-ção dos trabalhadores do setor privado, mas acompanha esse pro-cesso, por que todas as decisões orçamentárias e trabalhistas, têm im-pactos diretos e indire-tamente no âmbito da administração púbica. Demais sindicatos têm demandado para o DRT os problemas dos traba-lhadores. Este é um dos impasses relacionados a relações público/priva-do com o Estado.

GT em SMS trata Relações de Trabalho no âmbito das OSs

A dirigente do Sind-sep, Luciana Melo, representando a Fe-tam-SP na condição de Secretaria de Forma-ção, participou do se-gundo módulo do cur-so de liderança juvenil no movimento sindical, no dia 31 de agosto à 2 de setembro. O convite partiu da Secretária da Juventude da Fetamce (Federação dos Traba-lhadores Municipais do Ceará), Nadjla Carneiro, entidade que promoveu

o evento, ocorrido em Maranguape (CE), tendo como principal objeti-vo promover o debate, construção e empode-ramento dos jovens no movimento sindical. Este projeto foi reali-zado pela Fetamce em parceria com a Central Única dos Trabalhado-res (CUT), Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Munici-pal (Confetam) e da Con-federação Nacional dos Metalúrgicos.

Curso de liderança juvenil no movimento sindical

O presidente do Sindsep, Sérgio Anti-queira, e o dirigente Wal-ney Araújo se reuniram com os Representantes Sindicais de Unidade do HSPM, no dia 9 de setembro, no Centro de Formação 18 de Agosto.

A atividade foi rea-lizada para que os RSUs pudessem esclarecer as dúvidas dos trabalha-dores do HSPM sobre o DESS (Departamento de Saúde do Servidor), já que os trabalhadores, antes no regime CLT, eram direcionados ao SESMET do Hospital, ou ao INSS. Agora, no regi-me estatutário neces-sitam fazer uso do De-partamento e carecem de informação sobre o funcionamento.

Para ajudar no es-clarecimento sobre o fluxo do DESS, licença e perícia médica, a asses-sora da Secretaria da Saúde do Trabalhador do Sindsep, Elionara Ri-beiro foi convidada e ofereceu material que será utilizado para cons-truir uma cartilha.

Na ocasião foi apre-sentada para aprovação dos RSUs a proposta de alteração da SESMET do HSPM, construída pelo GT dos trabalhadores do Hos-pital, inclusive os do pró-prio Serviço Especializado existente. Esta minuta, discutida e aprovada pe-los representantes, e após análise jurídica do sindi-cato, será encaminhada para negociação com o Secretário da Saúde.

RSUs do HSPM tiram dúvidas sobre Saúde do Trabalhador

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SETEMBRO | 2016

2129-2999Ramal 233

SECRETARIA DE SAÚDE DO

TRABALHADOR

EDUCAÇÃO

Os brasileiros sofrem fortes ameaças aos seus direitos com

vários Projetos de Lei que tramitam no Congresso de interesse do governo de Mi-chel Temer e com a extinção de alguns ministérios impor-tantes como das Mulheres, Igualdade Racial, Juventude e dos Direitos Humanos. A di-versidade acabou.

Mas as maldades não param por aí. O PNE (Pla-no Nacional de Educação) lei 13.005/14, sancionado pela então presidenta Dilma Rous seff, até o momento não foi citado ou sequer men-cionado pelo novo governo. Governo este que, ainda na sua interinidade, recebeu representantes do Projeto Escola sem Partido (Projeto da mordaça que quer calar professores e imbecilizar alunos), mas não se dispôs a conversar com movimentos, entidades e organizações educacionais.

O PNE foi uma conquis-ta, fruto de longo processo de construção participativa entre sociedade civil e gover-no, de disputas, que durou três anos e meio, e resultou em 20 metas que devem ser trabalhadas nos próximos 10 anos para a melhoria da qualidade da educação bra-sileira.

Mesmo que não toque no assunto, o governo Temer não quer cumprir o PNE. Para fazer sua agenda de ajuste fiscal nas costas dos direitos do funcionalismo, da popula-ção e dos trabalhadores, os

golpistas já aumentaram a Desvinculação de Receitas da União (DRU) de 20 para 30% e prorrogaram até 2023. O mesmo valendo pra Estados e Municípios (DREM). Signifi-ca poder mexer no dinheiro da educação, além de saúde

e previdência. Tratando edu-cação como um custo e não como investimento, também o governo usurpador quer aprovar a PEC 241 e congelar gastos com saúde, educação e assistência por 20 anos. Ou seja, o PNE já era se essa mu-dança na Constituição passar.

O PNE é um plano de Es-tado maior que o governo. Precisa ser visto como uma política norteadora no que diz respeito a educação, é um compromisso assumi-do com o povo brasileiro. Mas, infelizmente, como outros planos, o atual PNE corre o risco de ficar na gaveta se não houver uma reação à altura.

Governo Temer não quer cumprir Plano Nacional de Educação

O PNE FOI UMA

CONQUISTA,

FRUTO DE LONGO

PROCESSO DE

CONSTRUÇÃO

PARTICIPATIVA

ENTRE

SOCIEDADE CIVIL,

GOVERNO E DE

DISPUTAS

“Entre tantas arbitrariedades do governo Temer, a falta de interesse pelo Plano Nacional de Educação chama atenção

Plenária Regional de Educação – Região Sul 1 e Sul 2Dia 8 de outubro – SÁBADO – das 9 às 14h Subsede Sindicato Químicos SPRua Ada Negri 127 – Santo AmaroINSCREVA-SE PELOS TELEFONES3258-4439 OU 3214-0812, DAS 10H ÀS 17H

Seminário da Educação e Plenária FinalDias 3 e 4 de Novembro – das 9 às 18hRua Barão de Itapetininga 163 – 2º andarCom Dispensa de Ponto – Portaria Nº 5.289 de 28/07/2016 publicada no DOC de 29/07/2016 Pág. 11 e 12.INSCREVA-SE PELOS TELEFONES3258-4439 OU 3214-0812, DAS 10H ÀS 17H

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COLETIVO EDUCAÇÃO

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SAÚDE

O sistema Único de Saúde está em risco, junto com uma série

de outros direitos sociais, tra-balhistas, civis e ambientais!

A tônica do governo gol-pista de Temer é “O SUS não cabe no PIB Brasileiro” e “É necessário flexibilizar os di-reitos”. A nomeação do de-putado federal Ricardo Bar-ros como ministro da Saúde deixou claro qual vai ser o tom desse governo para a pasta da saúde: ampliação das parcerias com o setor privado, inclusive com capi-tal estrangeiro, reduzindo os gastos com saúde públi-

ca estatal, contribuindo com o desmonte do SUS. Estas ações, junto com outros dois projetos de lei, PEC 257 e a 241, estão deixando os ser-vidores de cabelos em pé. Diante disso, as bandeiras de nossas lutas serão “NÃO AO DESMONTE DO SUS” e “NE-NHUM DIREITO A MENOS”.

Para enfrentar e se contra-por a essas medidas, as Centrais Sindicais e o Sindsep-SP estão organizando várias ações e, se necessário, farão uma gre-ve geral. Os movimentos so-ciais, sindicais, conselhos de saúde, fóruns, entre outras entidades e grupos, também estão organizando o Comitê

em Defesa do SUS e a Frente em Defesa do SUS.

Neste momento em que os direitos se encontram em sangramento é necessária mui-ta luta, unidade e participação para barrar o retrocesso, por-tanto, atue junto ao seu sindi-cato e participe em sua região dos Comitês em Defesa do SUS.

Violência no local de trabalho

O Sindsep trabalha há vários anos com cam-panhas de combate ao assédio moral nos locais de trabalho. Elaborou cartilhas, seminários, tem atendido na Secretaria de Saúde do Trabalhador ca-sos e encaminhado nego-ciações com a administra-ção, bem como ao MP os casos mais graves. Após greve de 2014, assinamos um protocolo na Secreta-ria Municipal de Gestão, o qual propõe a fundação de comitês na SMS e em outras secretarias. Um GT foi criado para estudar, intervir e combater todas as formas de violência nos locais de trabalho. O grupo vem se reunindo e um protocolo, que está em fase de conclusão, es-tabelecerá a criação de um comitê central e re-gionais que atuarão para levantamento de casos de assédio e violência a serem trabalhados.

Os trabalhadores do Hospital Municipal Dr. Fer-nando Mauro Pires da Rocha (Hospital do Campo Limpo), principalmente médicos e enfermeiros, tornaram-se alvo de ataques em meio ao processo eleitoral em curso: membros da oposição, se aproveitando de um triste caso ocorrido no hospital e com ânsia de angariar votos, acabam acertando em cheio a moral dos trabalhadores desta unidade.

O Hospital do Campo Limpo é um dos principais da região sul da cidade e está sob a gestão direta da AHM, funciona com portas aber-tas. Por ser uma referência na neurocirurgia, entre ou-tras especialidades, recebe pacientes de toda a Zona

Sul de São Paulo, bem como de cidades circunvizinhas, mesmo com um quadro de funcionários reduzido e com uma estrutura insuficiente. Não obstante, os trabalha-dores demonstram muita garra para superar as limita-ções, para manter a unidade funcionando e para atender a população da melhor ma-neira possível.

Hospital é um espaço de risco e esta é sua vocação: ali está a vida e a morte. Seus trabalhadores não podem ser criminalizados e seu es-paço não pode ser chama-do de matadouro, conforme afirmam alguns candidatos a vereador que se aproveitam da dor alheia para ganhar vi-sibilidade. Os casos pontuais de erros devem ser investi-

gados por órgãos competen-tes, jamais devem ser gene-ralizados.

Os ataques realizados a este hospital e a seus funcio-nários atingem os trabalha-dores e as trabalhadoras de todas as unidades de saúde da cidade: seres humanos que trabalham à exaustão para recuperar a saúde e pre-servar a vida, muitas vezes em péssimas condições de trabalho. Por isso o Sindsep – com o presidente Sergio Antiqueira e a diretora Lour-des Estevão à frente – par-ticipou das manifestações em apoio aos trabalhadores de tal unidade de saúde e acionou a justiça perante os ataques de tais “candidatos oportunistas” para com os trabalhadores.

Mais uma vez salientamos a importância das Mesas de Negociação Locais da AHM: enquanto que a Mesa Central da AHM se propõe a conduzir os problemas comuns a todas as unidades (como a regula-mentação de faltas abonadas, a falta generalizada de funcio-

nários, a relação entre traba-lhadores da autarquia hospi-talar e as organizações sociais, etc.), as mesas locais da AHM são muito importantes para encaminhamento e resolu-ção de problemas específicos de cada unidade de trabalho (como conflitos interpessoais

locais, problemas particulares de infraestrutura, etc.). Logo, as Mesas Locais demandam a participação qualificada dos trabalhadores e gestores para que as diferentes unidades da AHM obtenham condições descentes de trabalho e de atendimento à população.

O DESMONTE DO SUS

TRABALHADORES DA SAÚDE VIRAM ALVO DE ATAQUE oportunistas

MESAS LOCAIS DA AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL

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SETEMBRO | 2016

Agora você não vai mais depender da sua chefia

ou de chegar o Diário Oficial na unidade para saber se saiu alguma publicação em seu nome.

O Sindsep envia para você, associado, um torpedo avisando sobre

as publicações que saírem em seu nome. Essas publicações ficarão disponíveis no site

e você poderá acessar a qualquer tempo. Mas atenção, mantenha sempre atualizado seus dados, principalmente o número do

seu celular, para poder receber as informações. Faça a atualização dos dados no

próprio site em “atualize seu cadastro”.

SINDICAL

Os trabalhadores do Serviço Funerário demonstram luta

frente a qualquer governo. Assim, conseguem alguns avanços significativos na melhoria das condições de trabalho. Mas o enfrenta-mento não é fácil, pois além da mobilização, das mesas de negociação, foi necessá-rio dar andamento nos pro-cessos abertos no Ministé-rio Público do Trabalho para fazer valer questões básicas de condições de trabalho e obtivemos algumas vitórias nesta administração, mas há muito por fazer ainda.

O SFMSP vem adquirindo vários itens de EPIs como: bo-tas, luvas, uniformes, capas de chuva, além de carrinhos de carga elétricos e manuais, ferramentas novas, tendas, reforma dos vestiários e re-feitórios e a compra de três mini retroescavadeiras. Rei-vindicação antiga do Sindsep para melhorar a ergonomia e a saúde do trabalhador.

Na última reunião dos trabalhadores o Sindsep em conjunto com o chefe de ga-binete, discutiram a questão de levar as minis retroesca-vadeiras para outros cemi-térios, pois também é neces-sária. A resposta do governo foi que dependem de trans-

porte e que estavam buscan-do soluções. Reivindicamos, também, a eleição de CIPA junto ao Polo Vila Mariana, pois nenhuma das duas CI-PAs representa esses traba-lhadores, acertamos o agen-damento de uma reunião para deflagrar o processo.

Corte de horas suplementares

O corte de horas dos mo-toristas por conta da entrada da empresa terceirizada ge-rou fortes rumores que cor-tariam as horas dos sepulta-dores. Porém em reu nião, foi estabelecido que não haveria cortes para os trabalhadores das quadras/ sepultadores. Também estavam verifican-do esta medida para a área administrativa. A linha ado-tada pelo Sindsep e Repre-sentantes Sindicais de Base é a seguinte: se fizer hora suplementar, tem que pagar, ninguém deve trabalhar sem receber. Além disso, aguarda-mos a convocação do concur-so de AGPP, que está parado, pois várias unidades, em es-pecial cemitérios, não há pes-soal administrativo.

Sobre o pagamento da VOP ficou acertado que a partir de agosto se retoma-ria o pagamento, finalizan-do em novembro, portanto,

nesta administração, no mês de agosto mais um grupo de servidores receberam os atrasados. Ficaremos de olho no cronograma de pa-gamento.

Enfim, foi disponibilizada a consulta pela internet do holerite eletrônico, reivindi-cação mais do que antiga do Sindsep e dos trabalhadores.

Ações no Ministério Público do Trabalho

Três audiências serão realizadas no mês de outu-bro, estão em andamento. Sindsep e Serviço Funerário foram intimados.

Desta forma entende-

mos que passos foram da-dos, mas queremos muito mais, a começar com me-lhores salários, reestrutu-ração do SFMSP, concursos públicos para todas car-reiras e novos equipamen-tos. Pois, a depender das campanhas de candidatos a prefeito, temos uns três que dizem com toda cla-reza, querem privatizar o Serviço Funerário. De nos-sa parte continuaremos na luta em defesa do SFMSP público e de qualidade.

Passos foram dados, mas queremos muito mais

SINDICAL

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SINDICAL

O Sindsep realizou o 2º Seminário de Segu-rança Urbana do Mu-

nicípio de São Paulo nos dias 11 e 12 de agosto, que este ano teve como tema “des-mitificação da Lei 13.022/14: avanços e conflitos concei-tuais e de interpretação”.

A escolha da data não foi por acaso, já que no dia 8 de agosto, completou dois anos a Lei Federal nº 13.022, de suma importância para os guardas municipais, pois foi por meio desta que tiveram seu trabalho regulamentado nacionalmente.

O seminário teve como objetivos avaliar e debater a lei, estimular a reflexão e discutir o plano de carreira e aposentadoria, identificar os projetos de lei em trami-tação no Congresso Nacio-nal, além de debater temas transversais que perpassam a ação cotidiana do guarda civil metropolitano.

Nos dois dias de semi-nário tivemos a presença de grandes profissionais que compartilharam suas experiências e conheci-mento, como o secretário municipal de Segurança Urbana de São Paulo Be-nedito Mariano, o advoga-do e assessor do Sindsep, doutor Cleiton Coutinho, Eudes Wesley, diretor de Segurança Urbana do Sind-sep, Alessandro Montini, inspetor regional de Se-gurança Urbana e diretor da Divisão Técnica de Re-cursos Humanos (DTRH) e o inspetor da GCM de São Paulo, Maurício Domin-gues Naval. Juliana Barro-so, diretora executiva do Centro Regional de Forma-ção em Segurança Urbana.

O segundo dia tam-bém contou com grandes profissionais como Elio-nara Ribeiro assessora da

Secretaria de Políticas de Saúde do Sindsep, a psi-cóloga da nossa entidade Carolina Grando, Dorimar

Aparecida Bombac su-binspetora da GCM de Pi-racicaba, Ligia Golçalves especialista em gestão pú-blica, que também esteve presente no 1º Seminário da GCM, Everton de Vas-concelos subinspetor da GCM de São Bernardo do Campo e diretor geral do Centro de Formação em Segurança Urbana do ABC.

Cada trabalhador da GCM presente recebeu um livro de bolso contendo a le-gislação federal que regula-menta a Guarda e as leis mu-nicipais que regulamentam a carreira.

2° Seminário da GCM

O SEMINÁRIO

TEVE COMO

OBJETIVOS

AVALIAR E

DEBATER A LEI

13.022/14

Um grande número de trabalhadores da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, participou do segundo seminário da categoria

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Porque é um golpe?Há mais de um ano que o Sindsep e a CUT têm denunciado o

golpe que estava em andamento. Golpe que não era simplesmente retirar Dilma Rousseff da Presidência. Mas implantar uma agenda e um plano de governo que não tiveram a maioria dos votos nas urnas. Ou seja, o plano era aproveitar a crise econômica mundial para criar a crise política no Brasil, brecar as políticas de inclusão, instalar um governo provisório, apoiado pela oposição e os de-putados do centrão patrocinados por Cunha para fazer o serviço sujo: retirar direitos dos trabalhadores e da população e vender (privatizar) os patrimônios e interesses nacionais. É um golpe con-tra todos os trabalhadores, movimentos sociais e sindicais, contra mulheres, negros, jovens, aposentados e toda a população mais pobre ou de classe média, contra a democracia e contra qualquer avanço social e direito que tenhamos conquistado, não só nos úl-timos anos, mas nas últimas décadas.

Os pretextos foram criados pela direita conservadora e pela grande mídia para conquistar as mentes da população. Cola-ram nas cabeças a ideia de que precisava mudar o governo Dil-ma para acabar com a crise econômica e com a corrupção. Mas, em menos de 100 dias, o governo golpista do usurpador Michel Temer, deixou evidente que tudo isso era uma grande mentira para enganar a população, desestabilizar o governo eleito e im-plementar um golpe que permitisse a realização de todos os ata-ques a direitos e conquistas, já que não conseguem isso pelas urnas. Seu governo logo de cara deixou a máscara cair. Formado por vários citados na Lava Jato, inclusive o próprio Temer. Para a imprensa internacional, o golpe está claro. Mas na imprensa nati-va, de propriedade de famílias bilionárias que fazem conluio com grandes bancos e empresários, a farsa tenta se manter de pé, enquanto as redes sociais começam a desmascarar os golpistas.

Golpe contra os servidoresPara atacar os servidores de forma escamoteada e obter o

apoio da classe média e da população em geral, a mídia faz cam-panha para reduzir gastos públicos com a promessa de saída da crise. Deram o nome de “ajuste fiscal” para o que, na verdade, são propostas de redução de gastos com os serviços fundamentais para a população, com os servidores públicos, e, também, com cortes das políticas sociais. Todos esses gastos, que, na verdade, são essenciais para construir um país mais justo com inclusão e garantia de direitos, assim como os gastos com a previdência

(dos setores privado e público) são tratados pela imprensa como privilégios e não direitos e como um peso para a sociedade. Na mesma linha, os direitos dos trabalhadores do setor privado são tidos como um fardo para os empresários. Ou seja, o mo-tivo para o não crescimento do país, segundo os golpistas, são os trabalhadores e os aposentados e não a crise do capitalismo. Querem que paguemos o pato!

O Plano Temer já começou e o golpista aprovou na Câmara o aumento de 20% para 30% da DRU (Desvinculação das Receitas da União) e prorrogação até 2023. Essa PEC (lei que muda a Constitui-ção) permitirá que 30% da receita possa ser remanejada pelo gover-no como quiser. O mesmo foi aprovado para Estados e Municípios. Ou seja, podem tirar de serviços essenciais para beneficiar outros interesses. E na LDO 2017 (Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem) Temer já praticou o congelamento das despesas com programas sociais e despesas primárias. Com as duas medidas aprovadas, o orçamento da Seguridade Social deixará de ser aplica-do diretamente na Previdência, Saúde e Assistência. O orçamento encaminhado por Temer para 2017, na verdade, antecipou o con-gelamento previsto na PEC 241. Só que essa mudança que ele quer fazer na Constituição é para que os gastos com Saúde, Educação e Assistência sejam congelados por 20 anos, não importa quem seja eleito. Viram como é um golpe? A medida prevista na 241, se passar, irá impor o fim de investimentos em saúde e educação, pois impe-de o crescimento dos recursos além da inflação do ano anterior. Se isso estivesse valendo em 2015, os gastos em saúde teriam sido 32% menores em educação e na saúde, a redução chegaria a 70%. O governo Temer também anunciou que não haverá concursos até 2018 a nível federal. Isso, chegando a Estados e Municípios, impede concursos, reajustes e valorização de servidores. E quanto aos pro-gramas sociais, os cortes já começaram.

Mas nada está perdido. Há um enfrentamento nas ruas des-de que o golpe se consolidou. Cada vez mais, jovens tomam para si a necessidade de ocupar os espaços para a pressão. Duas fren-tes atuam juntas, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo sem Medo, unificando movimentos sociais populares e sindicais. As centrais sindicais agora aglutinam forças para a construção de uma greve geral que tem um esquenta já no dia 22 de setembro, para o qual o Sindsep também convocou a paralisação. A impren-sa internacional vem desvelando o golpe que a mídia nacional, que tem como comandante a Rede Globo, tenta abafar. Mas as redes sociais disputam cada vez mais o espaço com os podero-sos. É uma luta que só tende a crescer. Nenhum Direito a Menos.

Ajuste fiscal é ataque aos trabalhadores e desmonte dos serviços públicos

Com 61 votos favoráveis e 20 contrários, o plenário do Senado decide pelo impeachment de Dilma Rousseff

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PEC 31 Prorroga até 2023 a permissão para que a União uti-

lize livremente parte de sua arrecadação - a Desvincula-ção de Receitas da União (DRU). E essa parte, que pode ser desvinculada, teve ampliado o percentual de 20% para 30% de todos os impostos e contribuições sociais federais. Na PEC aprovada, o mesmo mecanismo foi estendido para Estados, Distrito Federal e Municípios (DREM), ficando desvinculadas 30% das receitas relativas a impostos, taxas e multas, não aplicado às receitas destinadas à saúde e à educação. Produz efeitos retroativamente a 1º de janeiro deste ano.

No orçamento da União, a desvinculação de 30% das receitas das contribuições sociais, cerca de 111 bilhões de reais, seriam retirados da Seguridade Social, onde deve-riam ser gastos com Saúde, Assistência Social e Previdên-cia, e destinados a outros fins, inclusive o pagamento da dívida e de seu serviço (garantia de resultado primário). Ou seja, pagar juros para banqueiros e rentistas.

No caso dos municípios ainda não é possível dimen-sionar o impacto da PEC 31, aprovada pelo governo de Te-mer. Contudo, ela desvincula, por exemplo, arrecadação de multas de trânsito, que deveriam ser gastos com ações de sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policia-mento, fiscalização e educação de trânsito e possam ser gastos com qualquer outra despesa, inclusive financeira, como juros e encargos da dívida.

PEC 257 (PLC 54)A lei original previa além da renegociação das dívidas

dos Estados, a criação de medidas que tornavam mais rí-gidas a lei de responsabilidade fiscal.

O texto base já foi aprovado e da Câmara dos Deputa-dos seguiu para o Senado como PLC 54.

O mesmo impõe limite para o crescimento de gastos dos Estados como contrapartida para terem suas dívidas renegociadas, a exemplo do que propõe a PEC 241, obri-gando por 2 anos a contenção das despesas com Saúde, Educação, Habitação, entre outras. Promove a redução do papel do Estado por meio da “limitação de gastos”, de estí-mulo à privatização, inviabilização de concursos públicos, dentre outras formas de precarização tanto dos serviços oferecidos à população como dos trabalhadores respon-sáveis por eles.

Mesmo não afetando diretamente aos municípios, tem reflexos a curto e médio prazo nos mesmos, já que diminuirá as despesas da União e Estados, em áreas im-portantes que certamente os afetará.

Por pressão de movimentos de servidores, o texto foi aprovado sem alterar as regras para a Lei de Responsabili-dade Fiscal que, no entanto, poderiam voltar no Senado. Se voltassem, afetariam diretamente os municípios, reduzindo o percentual da receita corrente líquida, permitido para des-pesas com pessoal. Além de encolher o teto de despesas, faria subir artificialmente o percentual considerado gasto com pessoal, incluindo na conta as despesas com OSs (Orga-nizações Sociais) por exemplo, o que não acontece hoje. Isso poderia fazer o município estourar o limite, o que obrigaria o Prefeito a congelar salários, cortar adicionais por tempo e impedir progressões e promoções. Retirar férias, vale ali-mentação e outros benefícios. Parar concursos públicos e até realizar Programas de Demissão Voluntária (PDV).

PEC 241Altera a Constituição para instituir o que o governo de Temer

chama de “Novo Regime Fiscal”. A PEC 241/2016 pretende impedir o crescimento das chamadas

“despesas primárias” da União, que são as despesas com Saúde, Educação, Previdência Social, Habitação, entre outras. Limita tanto despesas com custeio, investimento como gastos com pessoal. Essa PEC tem por objetivo limitar o crescimento das despesas públicas pelos próximos 20 (vinte) anos, podendo apenas ser revista após 10 anos. Caso aprovada, essas despesas não poderão crescer mais do que a inflação do ano anterior.

Outro problema é que despesas com pessoal e previdência apre-sentam crescimento vegetativo (crescem naturalmente com o tempo, seja pelas progressões e promoções funcionais, adicionais por tempo ou aumento do número de aposentados). Portanto, o crescimento natural da folha vai impedir reajustes ou concursos públicos. E, se acontecerem reajustes ou concursos, outras despesas fundamentais para a sociedade, como investimentos em Saúde, Educação, Assis-tência Social, entre outras coisas, deverão ser cortadas. Pior, com o tempo, a população aumentará e, se não houver solução para a crise econômica e para o desemprego, irão aumentar a procura por servi-ços públicos. A medida é tão perversa que, do mesmo dinheiro ou se dá reajuste, faz concurso, ou amplia o serviço, ou se paga as evolu-ções funcionais e aposentadorias. Portanto, levará ao desmonte do serviço público e forçará reformas da previdência.

O objetivo é garantir o resultado primário das contas da União, para sobrar dinheiro para o pagamento dos juros da dívida interna do país, ou seja, favorecer os banqueiros e rentistas nacionais e in-ternacionais.

Por isso mesmo, se as despesas ultrapassarem o teto definido por essa PEC, ficará proibido: a) Conceder aumento, reajuste ou ade-quação de remuneração dos servidores públicos, inclusive a revisão geral anual, prevista na Constituição Federal; b) criar cargo, emprego ou função que implique aumento de despesas; c) alterar a estrutu-ra de carreira que implique o aumento de despesas; d) admitir ou contratar pessoal a qualquer título – exceto em relação a reposição dos cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesas e as decorrentes de vacância de cargos efetivos; e) realizar concurso público.

O mecanismo definido por essa PEC, apesar de ainda não ter sido aprovada, já deverá vigorar na lei orçamentária para o ano de 2017, conforme diretrizes encaminhadas por Temer ao Congresso. Ele já fixou como teto das despesas para o próximo ano a despesa efetivada em 2016 acrescida da inflação. Desta forma, o governo quer que tomemos o ano de 2016, um ano com forte corte de des-pesas em todas as esferas no país, como referência, para o orça-mento público nos próximos 20 (vinte) anos. Por duas décadas, o Estado brasileiro deverá ter o tamanho que tem hoje – ou ter ainda menos responsabilidades – com investimentos reduzidos nas áreas mais importantes para a sociedade. Mesmo que a arrecadação tri-plicasse, em função do aquecimento da economia, como aconteceu entre 2003 a 2014, nenhuma parcela desse crescimento poderia ser revertida em ganhos sociais durante todo esse período.

Se essa regra estivesse em vigor desde 2002, teriam sido gastos 239 bilhões a menos com saúde do que foi efetivamente gasto no decorrer desse ano, e na educação, teriam sido cortados 319 bilhões de reais.

Se aprovada, como ela mudaria a Constituição, não importa quem seja eleito Presidente da República, mesmo que por voto di-reto, as regras deverão ser cumpridas pelo eleito.

A PEC 241 está tramitando na Câmara dos Deputados desde o dia 15 de junho de 2016 e já passou pela CCJ (Comissão de Constitui-ção e Justiça).

PECs: GOVERNO DE TEMER PAUTA PROJETOS DE RETIRADA DE DIREITOS DOS TRABALHADORES/AS

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SETEMBRO | 2016

Além dos projetos e PECs propos-tos pelo governo golpista, que já fo-ram descritos, muitos outros direitos dos trabalhadores, da juventude e da população em geral estão na linha de tiro. Alguns inclusive já foram destruí-dos e, isso, nas mais diversas áreas. Veja algumas destas medidas:

EDUCAÇÃO UNIVERSIDADES FEDERAIS – QUEBRAR E VENDER:

O governo Temer anunciou um enorme corte das verbas para as uni-versidades federais, que chega a 45% do orçamento destinado ao investi-mento, ou seja, à expansão. Muitas universidades declararam que com um corte destes podem ter que fechar as portas. O Ministério da Educação golpista já fala de cobrar dos alunos – é a privatização da educação pública.

FIM DA AUTONOMIA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA:

Temer colocou fim no Ministério da Ciência e Tecnologia, fundindo o com outros ministérios de áreas pou-co relacionadas, demonstrando que não irá valorizar a produção científica e tecnológica nacional para manter uma política de dependência externa.

CORTE DE BOLSAS: Temer está cortando bolsas do

programa Ciências sem Fronteiras, destinadas ao financiamento de estu-dantes brasileiros no exterior, que vol-tariam para o Brasil para atender a de-manda por mão de obra qualificada.

LEI DA MORDAÇAAproveitando a onda conservadora,

golpistas no Congresso em Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais ten-tam aprovar o chamado projeto “escola sem partido”, uma falácia, destinada a censurar o que os professores ensinam de acordo com pesquisas científicas e concepções críticas, para transformar a escola num ambiente de intolerância e impedir que alunos pensem.

SAÚDEDESMONTE DO SUS E FIM DA GRATUIDADE

O governo instalou um grupo de trabalho para criar um “plano de saú-de popular”. Na verdade, o Ministro da Saúde, Ricardo Barros, Deputado cuja eleição foi patrocinada por planos de

saúde, quer repassar dinheiro e leitos do SUS para estes planos. Os planos de saúde sairiam lucrando, o atendimento do SUS e dos planos ficariam pior para quem não conseguisse pagar muito e a população pagaria duas vezes.

USO DE AGROTÓXICOS EM ÁREAS URBANAS:

Para atender interesse de setores privados, Temer sancionou uma lei que autoriza a utilização de aeronaves para pulverização de mosquitos em áreas urbanas. A medida contrariou os espe-cialistas, que afirmaram que esse não é um método adequado, pois possibilita a ampla contaminação da população com os venenos aplicados.

ATAQUE À DEMOCRACIA E AUMENTO DA REPRESSÃO

Logo nos primeiros dias é visível o aumento da repressão em todo o país. Manifestações que questionam o gover-no têm sido duramente reprimida pelas polícias militares de Governadores que apoiam o governo golpista como Geral-do Alckmin (SP) e Beto Richa (PR), am-bos do PSDB. Temer chegou a autorizar o exército para atuar na repressão em São Paulo. Houve certo recuo após as imagens e vídeos na internet que leva-ram o MPF a questionar a truculência.

FIM DO COMBATE À CORRUPÇÃONão é novidade que muitos minis-

tros do governo Temer são envolvidos com corrupção e vários estão investi-gados pela Lava Jato. A lista vai desde suspeito de envolvimento com o PCC, passa por acusados de relações com a milícia, além de homens com diversos processos por desvio de dinheiro pú-blico. Por isso, mesmo o Senador Ro-mero Jucá teve áudio gravado dizendo que Dilma teria que sair e Temer en-trar para “parar a sangria” que chega-ria aos golpistas. Depois do áudio o Senador teve de sair do Ministério.

PREVIDÊNCIA:Atendendo ao clamor do empre-

sariado, da mídia e do PSDB, o Gover-no Temer quer aumentar a idade mí-nima de aposentadoria para 65 anos de idade. Pretende não diferenciar a idade mínima entre homens e mulhe-res, desconsiderando toda a luta das mulheres que têm dupla jornada. Para

reduzir direitos dos trabalhadores propõe ainda desvincular o piso da aposentadoria do salário mínimo.

TERCEIRIZAÇÕES A necessidade do Governo de pro-

teger as grandes empresas é absurda. O maior empenho, atualmente, está em retirar os direitos de trabalhadores e ampliar as terceirizações para todas as atividades, inclusive no setor público.

REFORMA TRABALHISTANo início pareciam piadas, mas o

governo Temer já anunciou na impren-sa o interesse de aumentar a jorna-da de trabalho para 12 horas diárias. Querem acabar com a CLT com uma lei que garante o negociado sobre o legislado. Na prática, um trabalhador desempregado toparia abrir mão de horário do almoço, férias, décimo ter-ceiro, jornada mínima e horas extras para não deixar a família passar fome. E não poderia reclamar na Justiça.

PRIVATIZAÇÕES:O governo já anunciou uma agen-

da de privatizações que casam com projetos que estão no Senado como o de José Serra que quer vender a Petro-brás a qualquer preço mesmo. Desde o marco regulatório do pré-sal que as em-presas de petróleo estrangeiras vêm se aproximando de políticos entreguistas. A ideia é fazer o que fizeram com a Vale do Rio Doce. Vender a preço de bana-na, com ajuda financeira e entregar pa-trimônio brasileiro. Os especialistas da área garantem que o pré-sal, que bate recordes a cada mês de produção de petróleo, era nossa entrada competiti-va para o mundo desenvolvido. E parte desse dinheiro é para um fundo desti-nado à educação e à saúde.

Muitos outros direitos ameaçados!

Eleições Municipais:Com todos esses ataques ao funcio-

nalismo, os servidores devem estar muito atentos para o que prometem os candida-tos nessas eleições municipais. Verifique se o(a) candidato(a) e se os partidos da sua coligação estão apoiando esses pro-jetos que pretendem desmontar o serviço público e o funcionalismo, retirando direi-tos dos trabalhadores, de aposentados e da população em geral. Se estão apoian-do, eles sabem que suas promessas para saúde e educação e para os trabalhado-res não passam de mentiras.

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LGBT

É com grande satisfação que o Sindsep parabenizou a todos os jo-vens no dia 12 de agosto – dia mundial da juventude. Uma geração que tem feito a diferença e um belíssimo traba-lho nos movimentos sindicais, políti-cos e econômicos.

Observando a necessidade de dialogar melhor com esta nova gera-ção foi formada uma grande parceria entre Luciana Melo e João Gabriel, ambos dirigentes do Sindsep. João Gabriel assumiu o posto de secretá-rio da Juventude da ISP enriquecendo ainda mais o debate e promovendo amplas discussões com a categoria. O objetivo da inserção dos jovens no movimento contribui para fortalecer a

organização da juventude nos sindica-tos e ampliar o debate político dentro e fora do espaço de atuação sindical, como forma de potencializar a ação dos jovens que chegam ao sindicato.

Uma importante atividade promo-vida pela jovem categoria é o coletivo da Juventude Sindsep/Fetam que rea-liza encontros mensais com o propósi-to de discutir e pensar em propostas para atual conjuntura política e econô-mica do Brasil. Os encontros são rea-lizados mensalmente com o objetivo de conscientizar a juventude de sua importância histórica, cultural e social além de promover debates que giram em torno da definição de ações de de-fesa da democracia.

A Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT/SP)

realizou o 1° Sarau LGBT para celebrar a diversidade no movimento sindical e o lançamento da 3ª edição da cartilha LGBT. O evento ocor-reu no dia 26 de agosto, na Sede da entidade.

O Sarau contou com dan-ça, música, poesia e diferen-tes intervenções artísticas durante o evento, além de homenagear ativistas, sin-dicalistas e trabalhadores e trabalhadoras que contribuí-ram ou possuem militância

na luta pelos direitos da po-pulação LGBT no movimento sindical.

Na ocasião, ainda, foi lan-çada a 3º edição da Cartilha LGBT. A publicação traz um aprofundamento da temáti-ca, apresentando conceitos, como orientações e infor-mações para a organização da população LGBT e de to-dos aqueles que defendem a luta pelos direitos humanos e são contra o preconceito, a discriminação e a exclu-são baseada na negação da orientação e identidade se-xual dos sujeitos.

CUT realiza 1º Sarau LGBT

12 de agosto - dia mundial da juventude

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SETEMBRO | 2016

Relação das Colônias de Férias do Sindsep com

Valores à partir de R$ 35,00 por pessoa sem

alimentação com piscina. Com alimentação e

piscina à partir de

R$80,00 até R$161,00 por pessoa*.

Acesse o site do Sindsep e confira:

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Praia Grande – Vila Mirim - Litoral Sul (com piscina): Acomodações aptos para 1a 6 pessoas, roupa de cama, cozinha equipada com fogão, geladeira, estacionamento, quadra poliesportiva, sala de jogos e TV, (sem alimentação).

UbatUba - Centro - Litoral Norte (sem piscina): Acomodações aptos para 1a 6 pessoas, roupa de cama, cozinha equipada com fogão, geladeira, estacionamento, (sala de jogos e TV), (sem alimentação).

CamPina do monte aleGre - Interior de São Paulo (com piscina): Acomodações aptos para 1a 6 pessoas, Interior de São Paulo tempo aproximado umas 3 horas da Capital 250km (Próximo á Itapetininga e Angatuba), roupa de cama, cozinha equipada com fogão, geladeira. Estacionamento, piscina, lago, pesqueiro particular, sala de jogos e TV (sem alimentação).

bertioGa – Praia Indaiá - Litoral Norte (sem piscina): Incluso somente café da manhã (simples), ventilador, churrasqueira coletiva, geladeira, mesa de snoker e pimbolim,TV no quarto. (Levar roupa de cama).

CaraGUatatUba - Litoral Norte - Porto Novo (com piscina): acomodações para 1a 6 pessoas, aptos com TV, frigobar, ventilador de teto, incluso pensão completa, estacionamento, sala de jogos e Playground. (Levar roupa de cama).

CaraGUatatUba - Litoral Norte - Condomínio Villaggio di Luigi - Massaguaçu (com piscina): Acomodações para 1 a 6 pessoas, cozinha equipada com fogão, geladeira, TV e estacionamento (Levar roupa de cama sem alimentação).

monGaGUá – Assosef - Litoral Sul (com piscina) - (Balneário Agenor de Campos / Balneário Flórida Mirim – Plataforma de Pesca): Acomodações de 1 a 4 pessoas, aptos com TV e Frigobar, incluso pensão completa, estacionamento e sala de jogos. (Levar roupa de cama).

CaraGUatatUba – Litoral Norte – Praia do Centro – Hotel Mar (com piscina) acomodações até 6 pessoas, incluso somente café da manhã, estacionamento, roupa de cama e banho, TV, ventilador de teto, ar condicionado, internet, etc.....

CaraGUatatUba – Litoral Norte – Praia do Centro – Hotel Litoral Norte (com piscina) acomodações até 6 pessoas, incluso somente café da manhã, estacionamento, roupa de cama e banho, Tv, ventilador de teto , ar condicionado, internet, etc...

a. PoUsada Vale dos Pássaros - Interior - Ibiúna (com piscina) - Acomodações Chalé Confort para 2 a 4 pessoas, inclusa pensão completa, TV LCD, cama box, ventilador de teto, decoração padronizada, enxoval de cama e banho, piscina coberta climatizada e piscina externa Interior - 78Km de São Paulo.

atibaia (Com Piscina): Acomodações: Chalés 1 a 5 pessoas,mini cozinha, frigobar, quiosque com churrasqueira, roupa de cama, (levar roupa de banho), sala de TV, ventilador no quarto, internet, 3 piscinas, campo de futebol, fraldário, lanchonete, salão de festas, salão de jogos, estacionamento (inclui pensão completa).

PaUliCéia – Interior de São Paulo (Sem Piscina): Acomodações para 1 a 4 pessoas incluso somente café da manhã simples. Apartamento sem ar condicionado com uma cama de casal e duas camas de solteiro, TV, ventilador e banheiro privativo. Apartamentos com ar condicionado com uma cama de casal e duas camas de solteiro, TV, e banheiro privativo. Às margens do Rio Paraná divisa com Mato Grosso do Sul aproximadamente 7 horas da Capital.

Praia Grande balneário de Flórida - Litoral Sul (com piscina): Acomodações para 1, 4 e 6 pessoas incluso somente café da manhã simples.

sUarão itanhaém - Litoral Sul (Com Piscina): Acomodações para 1, 4, 5 e 8 pessoas incluso somente café da manhã simples.

Praia Grande Cidade oCian - Litoral Sul (sem piscina): acomodações para 1a 6 pessoas, incluso pensão completa, roupa de cama, sala de TV e vídeo, sala de jogos, ventilador, bar e estacionamento.

itanhaém - (com piscina) - Acomodações: aptos. para 1 a 4 pessoas, churrasqueiras, roupas de cama e banho, TV, ventilador no quarto, wifi, 3 piscinas, portão de frente para a praia, estacionamento. (Inclui pensão completa).

iaCanGa - Interior de São Paulo (Com Piscina): Acomodações para 1 a 4 pessoas incluso somente café da manhã simples.Uma cama de casal e duas camas de solteiro, banheiro privativo, sala com ponto para TV, cozinha toda equipa com fogão, geladeira e todos utensílios e uma churrasqueira. Localizada próximo à Bauru (40 km), a 372 km da capital aproximadamente 5 horas.

Agendar com antecedência de um mês,

preferivelmente.

Trazer último holerite, obrigatoriamente.

Valores sujeitos à alteração sem aviso prévio.

Algumas Colônias não fornecem vagas no Natal, Ano Novo e Carnaval.

Feriados prolongados pacotes a partir de R$1.500,00 (para 2 pessoas).

Atenção: a reserva desta Colônia se faz de 2ª a 6ª Feira pessoalmente no Sindsep das 9 às 15 horas

(exceto Bertioga de 2ª a 5ª Feira)

Precisam comprovar pagamento bancário.

Rua da Quitanda, 162 Centro São Paulo – SP

(Conduta nas Colônias são estabelecidas pelas próprias Colônias)

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www.sindsep-sp.org.brsindsep.com twitter.sindsep

Existem diversas ações contra as mulheres que podem ser enqua-

dradas como violência e, para isso, existe a Lei Maria da Pe-nha. Ela protege e visa diminuir o número desses casos. Neste ano de 2016 a lei completou 10 anos e foi reconhecida pela ONU como uma das três me-lhores legislações de enfren-tamento à violência contra a mulher. Pensando em ações para celebrar os 10 anos da lei, a CUT realizou um ato em Santo André, no mês de agos-to, com o objetivo de apontar os desafios nas políticas de fortalecimento do empodera-mento feminino. As dirigentes do Sindsep, Paula Leite, Solan-ge Cristina, Djalma Prado, Ma-ria Cristina, Marizette Ducca e Juneia Martins, marcaram

presença no evento e pu-deram compartilhar suas histórias de lutas e forta-lecer ainda mais o movi-mento das mulheres.

Esteve presente tam-bém o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, res-ponsável por sancionar a lei. Os debates foram amplos e tiveram como principal enfoque discutir as conquistas e os desafios da Lei Maria da Penha para os próxi-mos anos. Os apontamentos foram realizados por mulheres militantes da luta pela igual-dade de gênero. As responsá- veis pelos debates apresenta-ram os avanços nos últimos anos relacionados às políticas de fortalecimento do empode-ramento feminino.

Nós não aceitamos a for-

ma como esse governo gol-pista tem tratado as ques-tões das mulheres desde a formação dos ministérios, passando pela reforma da previdência, desmonte do SUS, transformar a Secre-taria de Políticas para Mu-lheres (SPM) numa diretoria ligada ao Ministério da Jus-tiça. Só nos faz concluir que a Lei Maria da Penha como instrumento de combate à violência pode perder o seu

valor e se for mantido e aprovado o PLC 07/16 que prevê em seus ar-tigos que as delegacias de polícia poderia legis-lar sobre a questão da medida protetiva, tiran-do assim do judiciário o seu papel de intimar o agressor.

A maneira como os agentes policiais lidam com as denúncias trazidas pelas mulheres, o que acontece na maioria das delegacias, incluindo as especializa-das para o público femini-no, reproduzem a violência amplificando a gravidade dos casos. O espaço que deveria apurar e proteger coloca em dúvida e trata com pouco caso o que as mulheres dizem.

Jovens que não conseguiram isenção na taxa de inscri-ção e sem dinheiro para pagar, buscam ajuda do coletivo Ocupação Preta na busca da realização do sonho de entrar na Universidade.

Para ajudar cerca de 70 candidatos da Fuvest 2017, in-tegrantes do coletivo Ocupação Preta da Universidade de São Paulo (USP) vêm realizando vários eventos para arre-cadar dinheiro e poder ajudar estes jovens. O grupo surgiu com o objetivo de defender a maior inclusão de jovens ne-gros e pobres na instituição.

Os candidatos não conseguiram a isenção da taxa de

R$ 160 para inscrição e como não possuem este valor, o grupo resolveu ajudar. No fim do mês de agosto promoveu uma festa beneficente. Além de várias outras ações, como vaquinha online e cervejadas.

Até o dia 6 de setembro o coletivo tinha arrecado entre R$ 7 mil e R$ 8 mil, cerca de 75% do valor necessário para ajudar os 70 jovens. Sendo que a inscrição encerrava no dia 8 de setembro.

O coletivo Ocupação Preta ainda possui uma página no fa-cebook “por que a USP não tem cotas? ”, com o objetivo deba-ter a questão da inclusão de estudantes negros na instituição.

10 anos Lei Maria da Penha

MULHER

Coletivo promove eventos para pagar inscrição de jovens negros e pobres na Fuvest

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SETEMBRO | 2016

Assista a TV dos Trabalhadores

estadual

D B TE A E S

Auditores fiscais do Estado de São Paulo entraram com ação

contra o Governo de Geraldo Alckmin (PSDB) no começo do mês de setembro. O mo-tivo alegado é que a gestão estadual teria se utilizado de uma manobra fiscal para maquiar as contas públicas, implicando em rombo futuro no patrimônio público.

O esquema, que não é nada simples, implica em empresas que possuem dí-vida com o Estado. Essas dí-vidas são resultado de infra-ções ou inadimplências. Para não ficar com o dinheiro em falta, o governo abre linhas de crédito e as divide em lo-tes preferenciais e não pre-ferenciais. O primeiro grupo possui menos riscos de não

serem pagos e são vendidos antes.

O mercado utiliza essa prática corriqueiramente, o problema maior são as frau-des. Por exemplo, foi algo parecido que desencadeou a crise imobiliária nos Estados Unidos em 2008. Segundo o Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas do Estado de São Paulo (Sinafresp), a Gestão de Alckmin pode estar se uti-lizando dessa manobra, que traria danos futuros para as contas do Estado.

Os títulos podem ser vendidos para empresas pri-vadas, o que não configura nenhuma irregularidade. Porém, Alckmin teria criado uma empresa “mista”, a Com-panhia Paulista de Securiti-zação (CPSEC), que compra

os títulos de maior risco, as-sumindo essa dívida. “Esta suposta empresa não é mista de fato. Ela é do governo. Veja, o problema é que empresas públicas não quebram. Se houver rombo, os cofres pú-blicos vão cobrir. Isso fere a Lei de Responsabilidade Fis-cal”, explica Gláucio Honório, vice-Presidente do Sinafresp e auditor fiscal, para a Rede Brasil atual. “Ele (Alckmin) está tentando adiantar uma

receita de forma artificial. Nos títulos de alto risco, ele pega uma aplicação de longo prazo e a transforma em di-nheiro de curto prazo. Isso é um jogo de balanço que traz dinheiro fictício, carregando riscos futuros para a saúde das contas públicas”, conti-nua. Com isso, a gestão infla os valores, mas gera uma bo-lha econômica prestes a es-tourar, maquiando os valores em caixa.

Governo Alckmin é denunciado por crime de responsabilidade fiscalSegundo auditores fiscais, gestão de Alckmin teria utilizado operações de créditos com empresas fraudulentas

A GESTÃO DE ALCKMIN

PODE ESTAR SE UTILIZANDO

DESSA MANOBRA, QUE TRARIA

DANOS FUTUROS PARA AS

CONTAS DO ESTADO

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Mal assumiu ilegi-timamente o car-go, Michel Temer

voou para a China para parti-cipar, pela primeira vez como (infelizmente) Presidente do Brasil, da reunião do G20. O G20 é composto pelos 19 países com as maiores eco-nomias do mundo, mais a União Europeia. Foi criado em 2008, em momento de crise internacional, para que melhorasse a integração econômica nestes países.

Fazem parte do G20 África do Sul, Alemanha, Arábia Sau-dita, Argentina, Austrália, Bra-sil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia,

Turquia e países membros da União Europeia. O Brasil con-quistou essa importante posi-ção graças às políticas econô-micas e sociais dos governos de Lula e Dilma e o respeito internacional ganho.

O que acabou chamando a atenção foi que, ao contrário do espaço de destaque que

o país tinha nas últimas reu-niões, ficou relegado ao presi-dente golpista o canto da foto. O que, simbolicamente, mos-tra que, se antes o Brasil era um importante articulador e um país estratégico, pela desconfiança e instabilidade gerada pelo próprio governo golpista, agora o protagonis-

mo na política internacional foi abalado. Não bastasse a icônica foto, em documento oficial da reunião, o nome e o cargo de Temer não foram citados, uma mancha na his-tória de protagonismo e de boas relações exteriores que o país desenvolveu ao longo do século XXI.

nacional

internacional

D B TE A E S

E a medalha de ouro vai para os jogos olím-picos no Brasil, em

meio a um momento político lamentável, demos um pas-so importante no complexo de inferioridade que muitos brasileiros se colocam, como

já dizia Nelson Rodrigues “o Brasil vacila entre o pessi-mismo mais obtuso e a espe-rança mais frenética”.

O grande sucesso que foi as olimpíadas são o resulta-do de 13 anos de um gover-no, cujo principal objetivo sempre foi mostrar à socie-dade brasileira que, diferen-te da teoria de inferioridade citada acima, o povo brasilei-ro pode muito mais do que imagina e almeja. O bom re-sultado ficou estampado no sorriso de cada torcedor que vibrava nas arquibancadas prestigiando seu país, can-taram em alto e bom som “Brasil! Meu Brasil Brasileiro, meu mulato inzoneiro, vou cantar-te nos meus versos”. Foi um misto de sensações e emoções, foi a real mistu-ra que o Brasil sabe fazer. O show de abertura já de-monstrava que o Brasil iria entrar para a história das olimpíadas não só pelos ex-

celentes resultados dos atle-tas, mas também pela orga-nização dos jogos e recepção dos brasileiros na terra ma-ravilhosa.

E quando tudo ia de “vento em polpa”, o presi-dente Michel Temer, repre-sentou a “bola fora das olim-píadas”, vale lembrar que o sucesso dos jogos se deve a investimentos e projetos im-plantados no governo Lula e Dilma Rousseff. A “bola fora” de Temer foi isentar sua pre-sença no encerramento que serviria com um ato diplo-mático, passando o “bastão” para o país que sediará as olimpíadas em 2020. Muito mais do que ausentar sua presença no encerramento dos jogos olímpicos a ati-tude de Temer demonstra falta de compromisso para com o brasileiro que espera-va ser representado por um governo democrático e de direito.

O BRASIL FICOU

EM 13 º LUGAR

NO QUADRO DE

MEDALHAS, UM

RESULTADO DE

DAR ORGULHO AO

POVO BRASILEIRO

Brasil é vitorioso em jogos olímpicosRio 2016 é ouro em organização

Nome de Temer não é citado em documento do G20Em encontro realizado na China, Presidente golpista fica a margem entre os líderes mais influentes do mundo

A Bolsa atleta tem por objetivo beneficiar desde atletas principian-tes, que jogam em com-petições escolares, até atletas de alto rendimen-to, com idade mínima de 14 anos para ingresso em todas as seis categorias. A bolsa beneficia 17 mil atletas olímpicos e pa-raolímpicos. A maior par-te do incentivo vai para categoria nacional, equi-vale a 68% do total. As bolsas variam de R$ 370 a R$ 15 mil. O programa já concedeu cerca de 43 mil bolsas, com investi-mento de aproximada-mente R$ 600 milhões.

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SETEMBRO | 2016

Jornal do Sindsep - Municipais/SP

Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias do Município e São PauloRua da Quitanda, 162 - Centro - Tel.: (11) 2129 2999São Paulo/SP - CEP 01012-010

FECHAMENTO AUTORIZADO, PODE SER ABERTO PELA ECT

O agente de endemias da Zona Sul de São Paulo, Henrique San-

tos da Silva, 25 anos, não é apenas um funcionário públi-co municipal que trabalha no controle/prevenção da den-gue na cidade, Henrique tam-bém é HYT, cantor de RAP.

Morador do Jardim Reim-berg, no Grajaú, Henrique conheceu o Rap por meio do irmão e dos primos, tendo contato inicialmente com o Rap norte-americano e de-pois foi conhecendo os na-cionais. Em 2009 fez parte do grupo Inflowents, criado ain-da na época que frequentava a escola.

Em 2010, foi convidado a fazer parte do grupo Xema-lami, grupo de Rap que de-senvolve um belo trabalho social “Xadrez sem Muros”, que utiliza o xadrez e o hip hop como ferramentas para refletir junto com a comuni-dade conceitos de convivên-cia, competição, cooperação, respeito pelo saber do outro.

Henrique conheceu o projeto em 2009, em uma praça próxima a sua casa e se interessou pelo trabalho rea-lizado, pois misturava o jogo de xadrez e a cultura do hip hop. Aprendeu a jogar xadrez

e começou a ajudar o grupo.Atualmente, o grupo

conta com 9 integrantes, que são ligados diretamente ao projeto, na parte sonora são dois Raperos e um DJ. As apresentações do grupo são realizadas em diversos luga-res na cidade de São Paulo e interior, sem uma frequência determinada, devido as ativi-dades do projeto no bairro.

O Xemalami produz ca-misetas, CDS, bonés e even-tos para arrecadar dinheiro. Além de realizar o “xadrez itinerante” em parceria com um bar local, levando o ta-buleiro de xadrez gigante para outras localidades, evento com proporção menor que o “xadrez sem Muros”, mas que permite outras pessoas conhece-rem o xadrez e o hip hop.

CULTURA

A cultura HIP HOP e o XadrezTrabalho desenvolvido na Zona Sul de São Paulo, leva oficina de xadrez e o hip hop para comunidades da região