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Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

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Com o compromisso e a responsabilidade de uma Associação que

representa a raça que contribui com a maior parcela do volume de

leite produzido no Brasil, a Girolando tem estado e continuará pre-

sente nos principais fóruns, contribuindo e apoiando todas as iniciativas e

ações em busca da sustentabilidade e melhores condições para a pecuária

leiteira de nosso país. Nos últimos tempos, o preço do leite que produzi-

mos era taxado como o mais alto do mundo. Isto se devia basicamente

às taxas de câmbio praticadas e aos nossos altos custos de produção.

Com isso, os produtos lácteos nacionais perdiam competitividade para ex-

portação, ao mesmo tempo em que os do exterior ganhavam espaço no

mercado brasileiro.

Com as variações do câmbio, hoje - outubro/2012 - nossos preços

voltaram, em dólares, a patamares compatíveis com os dos principais pa-

íses produtores do mundo. O foco agora efetivamente são os elevados

custos de nutrição e mão de obra, e é neste sentido que estamos direcio-

nados, apoiando e continuando a trabalharmos juntos com os tradicionais

parceiros e lideranças do agronegócio do leite, como o Fórum promovido

pela Faemg, neste mês.

Já chegamos ao último trimestre do ano. Muita coisa já se fez com

grandes eventos e avanços, mesmo diante do cenário que exige atenção e

cautela, mas não recomenda omissões e retrocessos. Em termos de expo-

sições, vem aí a Feileite, em São Paulo, e depois a temporada de exposi-

ções do Nordeste. A informatização de nossos sistemas de comunicações

de cobrição e nascimento, dentro da Web Girolando, já é realidade. O con-

trole leiteiro segue em condições próximas das desejáveis para atender o

ritmo de crescimento, tanto de associados quanto da busca de serviços,

atendendo a preferência e demanda do mercado e a necessidade de ga-

nhos de produtividade.

Ainda neste ano convocaremos Assembleia Geral Extraordinária,

com a finalidade básica de adequarmos nosso Estatuto Social, dotando a

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando de condições e instru-

mentos compatíveis para convivermos com as necessidades e demandas

das exigências atuais e dos próximos anos. A Girolando cresceu e certa-

mente continuará a fazê-lo, e cada vez mais terá que estar apta a responder

aos desafios da pecuária brasileira e do mundo tropical.

Com confiança, trabalho e, sobretudo, crença inabalável, juntos po-

demos e faremos que a raça e a Associação estejam sempre prontas para

corresponder às expectativas e aos anseios dos que, como nós, acreditam

no Girolando como a grande opção para a pecuária leiteira dos trópicos.

Um abraço fraterno.

Triênio 2011/2013

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Revista O Girolando - Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando - Editora: Laris-sa Vieira - [email protected] - Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888, Míriam Borges (34) 9972-0808 e Walkiria Souza (35) 9133-0808 - [email protected] - Design gráfico e arte: Jamilton Souza (34) 9187-0365, Yuri Silveira - Fotos: Jadir Bi-son - Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler - Conselho editorial: Leandro Paiva, Fernando Brasileiro, Milton Magalhães, Jônadan Ma, José Donato Dias Filho, Ma-ria Inez Cruvinel, Mauricio Silveira Coelho, Miriam Bor-ges - Impressão CTP: Gráfica 3 Pinti (34) 3326-8000 - Distribuição gratuita e dirigida aos associados da Gi-rolando, ABCGIL e órgãos de interesse ligados à cadeia produtiva de leite. - Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG - Tele-fax: (34) 3331-6000 - Assinaturas: [email protected] - Telefax (34) 3336-8888 - Walkiria Souza

EXPEDIENTE:

Edit

ori

al A genética da raça Girolando continua

ampliando seu alcance, tanto dentro do Brasil quanto em outros países.

Em várias regiões tipicamente de pecuária de corte, estão surgindo fortes bacias leiteiras e, na maioria dos Estados, a raça Girolando tem sido a escolhida. No Centro-Oeste, a expecta-tiva é de que o número de animais registrados aumente com a inauguração de um escritório técnico da Associação Brasileira dos Criado-res de Girolando, em Campo Grande (MS). A unidade atenderá também os criadores do Mato Grosso. Nesta edição da revista O Gi-rolando, você vai conhecer como está a pe-cuária leiteira na região e porque a raça vem conquistando os criadores do Centro-Oeste, assunto que ilustra a nossa capa.

Na parte de reprodução, trazemos dois artigos importantes sobre as doenças repro-dutivas e seu impacto na produção de bovi-nos e interferências no índice de prenhez da fazenda (uma das causas pode ser erro na de-tecção de cio). Já a equipe da Embrapa Gado de Leite traz novos esclarecimentos sobre aquecimento global e como a pecuária bovina está relacionada a esse fenômeno.

Os avanços tecnológicos também são destaque desta edição. Entrevistamos o se-cretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Supe-rior de Minas Gerais, Narcio Rodrigues, sobre a importância da ciência para a pecuária. Para acelerar a difusão da tecnologia, ele defende o envolvimento maior da academia, a capa-citação dos técnicos dos órgãos de extensão rural e ampliação de financiamento.

Para quem acompanha as exposições da raça pelo país, trazemos resultados de vários eventos e como será a participação na Feileite 2012. Além de julgamento e concurso leiteiro, a Feileite terá uma Jornada Técnica de Giro-lando, curso voltado para o público em geral.

Tem muito mais. Continue lendo a re-vista e compartilhe com outras pessoas, por meio das nossas mídias sociais no Facebook e twitter.

Larissa [email protected]

Curta nossa página:www.facebook.com/revistaogirolando

Curta nossa página:www.twitter.com/ogirolando

Visite nosso site:www.girolando.com.br

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[email protected]

Qual é o comportamento de uma vaca Girolando 5/8 HOL + 3/8 GIR a uma temperatura de 29-32ºC? Carlos Hernandez Ciro – Colômbia

Carlos,As vacas 5/8 Hol + 3/8 Gir se comportam muito bem em regiões de temperatura entre 25 a 32°C. Entretanto, há necessidade de um período de adaptação. Mesmo assim, é importante oferecer condições para melhor o conforto térmico dos animais, isso é válido para qual-quer animal. Leandro de Carvalho PaivaSuperintendente do SRGRG

Como faço para me tornar associada da Girolando?Marisa Pereira

Marisa,A proposta de associado está disponível no site www.girolando.com.br. Envie a proposta preenchida e assi-nada para a sede da Associação, (Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - Vila São Cristóvão - CEP 38040-280 - Uberaba/MG) ou ligue direto na sede: (34) 3331-6000.Edlaine BoaventuraDepto. Financeiro

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Entrevista - Narcio Rodrigues - 14

Matéria de Capa - Centro-Oeste abre as portas para o Girolando - 18

Minhas vacas não emprenham! Quem é o culpado? - 30

Maranhão aposta no PMGG para melhorar qualidade do rebanho - 40

Mensagem da diretoria 04

Editorial 06

Cartas 08

Novos associados 12

Movimento de baixa perdeu força no mercado de leite 22

- “Tá” quente? - Muito! Essa fornada de “aquecimento global” está quase pronta. 24

Doenças reprodutivas e seu impacto na produção de bovinos 34

Cursos sobre Girolando acontecem em vários Estados 42

Girolando amplia participação na Feileite 46

Exposições 48

Recordes em Torneios Leiteiros Oficiais de Girolando 51

Colostro 52

Transparência 57

Girolando pelo Brasil 58

Giro Lácteo 60

Empresas 64

Telefones e e-mails 126

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ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES, E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO

SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES DE JULHO, AGOSTO E SETEMBRO DE 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIROLANDOTRIÊNIO 2011/2013

Presidente:José Donato Dias Filho 1º Vice-presidente:Fernando Antonio Brasileiro Miranda 2º Vice-presidente:Maurício Silveira Coelho3º Vice-presidente:Jônadan Hsuan Mim Ma4º Vice-presidente:Ivan Adhemar de Carvalho Filho1º Diretor-administrativo:Milton de Almeida Magalhães Júnior2º Diretor-administrativo:Adolfo José Leite Nunes 1º Diretor-financeiro:Maria Inez Cruvinel Rezende2º Diretor-financeiro:Eugênio Deliberato Filho Relações Institucionais e Comerciais:João Domingos Gomes dos Santos

Conselho FiscalJeronimo Gomes FerreiraSilvio de Castro Cunha Júnior Marcelo Machado BorgesSuplentes Conselho Fiscal Eduardo Jorge MilagreJosé Alberto Paiffer MenkLuiz Carlos RodriguesConselho ConsultivoAntônio José Junqueira VillelaJoaquim Luiz Lima FilhoNelson ArizaRoberto Antônio Pinto de Melo CarvalhoRodrigo Sant’anna AlvimSuplentes Conselho ConsultivoGeraldo Antônio de Oliveira Marques Guilherme Marquez de RezendeLeonardo Moura Vilela Rubens StacciariniTomaz Sérgio Andrade de Oliveira Júnior

Membros Conselho Deliberativo Técnico 2011/2013

Membros Natos

Alisson Luis Lima Representante do MAPALeandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico

Membros Efetivos Membros Suplentes

Limírio Cezar Bizinotto Juscelino Alves FerreiraMarcello A. R. Cembranelli Walter Roriz de QueirozMilton de Almeida Magalhães Neto Tiago Moraes FerreiraValério Machado Guimarães Daniella Martins da Silva

CONSELHO DE REPRESENTANTES ESTADUAIS:

AL – Paulo Emílio Rodrigues do AmaralAM – Raimundo Garcias de SouzaBA – José Geraldo Vaz de AlmeidaBA – Luiz Tarquinio Duarte PontesBA – Jorge Luiz Mendonça Sampaio CE – Cristiano Walter Moraes RolaDF – Dilson Cordeiro de MenezesDF – Erotides Alves de CastroDF – Ismael Ferreira da SilvaES – Rodrigo José Gonçalves MonteiroGO – Elmirio Monteiro Marques JúniorGO – José Mário Miranda AbdoGO – Léo Machado FerreiraGO – Itamir Antônio Fernandes ValeMG – Anna Maria Borges Cunha Campos MG – Carlos Eduardo Fajardo de FreitasMG – Horácio Moreira DiasMG – José Ricardo Fiuza HortaMG – Júlio Cesar Brescia MurtaMG – Paulo Henrique Machado PortoMG – Salvador Markowicz NetoMS – Aurora Trefzger Cinato RealMS – Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro

MS – Rubens Belchior da Cunha PA – Zacarias Pereira de Almeida NetoPB – Antônio Dimas CabralPB – Yvon Luiz Barreto RabeloPE – Cristiano Nobrega MaltaPE – Eriberto de Queiroz MarquesPR – Antônio Francisco Chaves NetoPR – Bernardo Garcia de Araújo JorgePR – João SalaRJ – Filipe Alves Gomes RJ – Herbert Siqueira da Silva RJ – Jaime Carvalho de OliveiraRJ – Luciano Ferreira GuimarãesRO – José Vidal HilgertSE – Lafayette Franco SobralSE – Ricardo Andrade DantasSP – Adriano Ribeiro de OliveiraSP – Braulio Conti JúniorSP – Decio de Almeida BoteonSP – Eduardo Falcão de CarvalhoSP – Pedro Luiz DiasSP – Roberto Almeida Oliveira SP – Virgilio PittonTO – Eli José Araújo

PROP. Nº CRIADOR MUNCÍPIO7135 Adriano Marcos Barbosa Ferreira Campo Grande – MS7077 Agronelli Agroindustria Ltda Uberaba – MG7129 Aiex dos Santos Teixeira Rio de Janeiro – RJ7076 Adriano Assis Lacerda Uberaba – MG7100 Ademilson Goulart Carneiro Mineiros – GO7094 Anderson Gonçalves Ramos Júnior Perdizes – MG7093 Antônio Fernandes Sobrinho São Paulo – SP7092 Aldo Bizinotto da Cunha Jundiaí – SP7085 Adriano Gomes Guimarães Niteroí – RJ7066 Agropecuária Pinguim S/A Altamira – PA7064 Ana Claúdia Cardoso Passos – MG7090 Alexandre Avelar Vallim Três Corações - MG7110 Agropecuária Nossa Senhora da M.Milagrosa Cuiabá – MT7138 Aline Zanotti del Col Paracatu - MG7117 Caroatá Agronegocios S.A Recife – PE7152 Claiton Luiz de Lima Monte Carmelo – MG6786 Caio Henrique Rodrigues de Souza Rio de Janeiro – RJ7111 Claide de Paula Moraes / Geraldo Avelino de Souza Bela Vista de Goiás – GO7139 Carlos Renato Los Carambei – PR7086 Claudio Dias de Oliveira Brasília – DF7104 Carlos Magno de Figueiredo Júnior Caetanópolis – MG7153 Deborah Bernardes Alves Uberaba – MG7080 Danilo Silveira Prates São Sebastião do Paraiso – MG7073 Dorival Gomes dos Santos Presidente Epitácio – SP7072 Dalton Moreira Canabrava Filho Curvelo – MG7102 Dário Alvarenga Magalhães Perdizes – MG7118 Edgar Ribeiro da Silva Cuiabá – MT2593 Eduardo Augusto de Souza Rio de Janeiro – RJ7131 Hildon Bragança de Freitas Ipanema – MG7089 Elizabeth de Souza Barros Rio de Janeiro – RJ7065 Emilio David Celini Orlandia – SP7144 Empresa Bras. de Pesquisa Agropecuária - Empraba Santo Antônio de Goiás – GO 7096 Eliete Matos Laender Teófilo Otoni – MG7140 Eurípedes Carlos Ferreira Franca – SP7150 Edmilson Fernandes da Silva Uberaba – MG7081 Edgard Andrade de Toledo Piza Andradina – SP7079 Embarak Comercial e Agricola S.A. Avaré – SP7074 Everton Benedicto Poeys Miracema – RJ7097 Eugênio Porto Gazzinelli Belo Horizonte – MG7114 Emanoel Gomes Bezerra Júnior Cuiabá – MT7146 Fernando Alves e Costa Serranópolis – GO7099 Fernando Pereira Pinto Paterline Alfredo Chaves – ES7083 Fabrício Giovanni de Queiroz Faria Patos de Minas – MG7148 Fábio de Aquino Ferreira Bom Jesus de Itabapoana – RJ7087 Guaracy Ribeiro Botelho Nova Friburgo – RJ7070 Gley Evaristo Teixeira dos Santos Corumbá – MS7109 Gilson França Uberlândia – MG7141 Heloizo Motta Ramos Caceres – MT7122 Henrique Coelho Magalhães Itamonte – MG3572 Jataí Agroindustrial S.A. São Luís – MA7149 João Ernesto Barros da Fonseca Rio das Flores – RJ7147 João Américo Martins Jataí – GO7103 João Batista Dias Magalhães Paracatu – MG7142 Jorge Pegolo Filho Jales – SP7132 José Luiz de Carvalho Planaltina – DF7126 José Humberto Ramos Sacramento – MG7125 José Sabino de Ataíde Brasília – DF7115 José Macedo Tavares Ouro Preto D´Oeste – RO7108 José Luiz Junqueira Barros Ribeirão Preto – SP7091 José Carlos dos Santos São José dos Quatros – MT7158 José Ferreira Neto Belo Horizonte – MG7155 José Ricardo de Carvalho Dias Descoberto – MG7151 José Tomás de Oliveira Monte Carmelo – MG7130 José Ricardo Alves da Silva Araguari – MG7082 Luiz Cláudio Dutra / Outro São Sebastião do Paraiso - MG 7113 Luiz Carlos de Oliveira Porto Velho – RO7134 Luiz Ferreira Nunes Belo Horizonte – MG7007 Leny Ferreira Carvalho Lima Jataí – GO6950 Luziano José de Assis Jataí – GO7078 Lucimar Gomes Uberlândia – MG7123 Lendor Dias da Silva Neto Rio de Janeiro – RJ7127 Marcos Afonso Miranda Marques Luziânia – GO7133 Raphael Rodrigues de Oliveira e Silva Goiânia – GO7107 Marcos Alberto de Souza Resende – RJ7069 Mário Carlos de Oliveira Filho Serranópolis – GO7156 Márcio Lemos Coelho Júnior Passos – MG7160 Mário Giurizatto Neto Colatina – ES7067 Mônica Pereira Miracema – RJ7112 Maicon Túlio Rodrigues Passos – MG7075 Paulo Fernando Vilela Cuiabá – MT7101 Paulo Henrique Borges Araxá – MG7095 Paulo César Carneiro Arabe Uberaba – MG7088 Paulo de Tarso França de Carvalho Juiz de Fora – MG7119 Rafael Saldanha de Camargos Parauapebas – PA7145 Rend Brasil Ltda Lauro de Freitas – BA7124 Rodrigo Matheus Vieira / Francisco A.M.Vieira Belo Horizonte – MG7137 Raimundo Teixeira Campolina / Adauto A.N.Feitosa Belo Horizonte – MG7136 Ricardo José Roriz da Rocha Natal – RN7154 Ricardo Sérgio Galvan Sinop – MT7128 Rodrigo Reis Novais Queluz – SP7116 Sildomar Macedo Tavares Ouro Preto – RO7143 Thiago Araújo Dias da Costa Rio Verde – GO7157 Vitor Masini Junqueira Colider – MT7098 Wilson Celso Teixeira Cuiabá – MT7084 Wagner Vasques Bello São José dos 4 Marcos - MT

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Entrevista

A ciência a favor doagronegócio

Por Larissa Vieira

Investimentos em pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias vêm garantindo o avanço do agronegócio. Levar esses avanços para o campo é o

desafio dos órgãos de pesquisa, segundo o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Ge-rais, Narcio Rodrigues. Para acelerar a difusão da tecno-logia, ele defende o envolvimento maior da academia, a capacitação dos técnicos dos órgãos de extensão ru-ral e ampliação de financiamento. O governo de Minas Gerais criou vários polos de excelência, como o de leite e de genética, para modernizar o setor agropecuário. Em entrevista à revista O Girolando, Narcio Ro-drigues fala sobre o trabalho dos polos e como a raça Girolando poderá ser beneficiada com esses centros de pesquisa e tecnologia. Segundo o secretário, a experi-ência da raça Girolando é única no mundo.

O Girolando - Minas Gerais é um Estado de destaque no agronegócio nacional. Como o senhor avalia a con-tribuição da ciência e da tecnologia para esse bom an-damento do setor?

Narcio Rodrigues – O setor de ciência e tecnolo-gia veio aportar para o agronegócio, a tecnolo-gia, a pesquisa, e permitir que, desta forma, nós pudéssemos agregar valor ao produto mineiro, permitindo sobretudo o aumento da produtivi-dade. Eu acho que a atividade do agronegócio ganhou muito a partir do momento em que se envolveu com a pesquisa, com a academia e procurou, através da biotecnologia, da genética, desenvolver alternativas que pudessem aper-feiçoar a atividade. Minas soube aproveitar isso muito bem e está vivendo hoje um momento em que colhe resultados concretos da presença da ferramenta ciência e tecnologia a serviço do de-senvolvimento da atividade pecuária e também do agronegócio como um todo.

O Girolando - Uma das apostas do governo de Minas para modernizar o setor são os polos de excelência, como o de leite e de genética? Narcio Rodrigues - A opção por buscar o desen-volvimento de polos de excelência foi o caminho

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que Minas encontrou para potencializar áreas em que o Estado desfruta de um grande know-how. Na ques-tão da genética bovina, temos na região do Triângulo ação muito concreta nessa área. Podemos destacar, também, o trabalho da Universidade de Viçosa, da Uni-versidade de Lavras. Ao criarmos um polo de excelên-cia de genética bovina, nós começamos a olhar para o setor como um segmento que tem potencial enorme, que pode permitir que a pecuária dê um grande sal-to de tecnologia e tenha, no futuro, um desempenho mais dinâmico, mais expressivo na economia mineira e brasileira. O Polo de Excelência do Leite, por sua vez, fez com que um produto tradicional da história de Mi-nas Gerais pudesse ser tratado na ótica da tecnologia, da ciência. A absorção destas tecnologias melhorou o padrão genético das raças leiteiras, implicando no au-mento da produtividade leiteira, trazendo benefícios principalmente para a agricultura e pecuária familiar. Nessa experiência, nós fizemos o casamento das tec-nologias simples com uma atividade que tem enorme

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Narcio Rodrigues,Secretário de Ciência, Tecnologia e

Ensino Superior de Minas Gerais

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tradição em Minas Gerais e que é expressiva não só na geração de empregos, mas sobretudo no que ela expressa na economia mineira que é voltada para a pecuária leitei-ra como uma das suas mais ricas expressões econômicas.

O Girolando - A transferência de tecnologias para o campo tem sido um desafio, principalmente pela escassez de recursos para os órgãos de extensão rural. Como fazer com que essas tecnologias cheguem ao campo de forma mais rápida?

Narcio Rodrigues – É necessário acelerar o processo. Nós temos feito muitos experimentos e poucos progra-mas. Os experimentos mostram alternativas, através das quais nós podemos utilizar boas práticas no de-senvolvimento científico e tecnológico para melhorar a produção e a produtividade genética, a produtividade do gado. Agora, é muito importante que a gente ace-lere isso envolvendo mais a academia, melhorando a qualidade dos técnicos que fazem extensão rural, na-turalmente fazendo aporte dessas tecnologias acompa-nhadas do financiamento para sua aplicação. Este é um grande nó que estamos vivendo hoje, depois do expe-rimento que nos levou a modificar o perfil da produção leiteira da região da Zona da Mata, região de Juiz de Fora. É um experimento que aponta para a necessida-de de estendê-lo para outras regiões de Minas Gerais. Então, o nó, para nós, é poder multiplicar, fazer com que isso ganhe uma dimensão de escala, e que faça com que ao invés de 4 a 5 mil produtores você possa atingir realmente uma base que alcance 400, 500 mil propriedades, para daí alcançarmos resultados sólidos na atividade. Nós estamos trabalhando para que possa-mos chegar a esse momento, e para isso precisamos contar com a presença das universidades, com o for-talecimento da Emater, com a presença mais vigorosa da Vigilância Sanitária e, naturalmente, fazer a difusão das tecnologias que se consolidam com experiências vitoriosas nessa área.

O Girolando – Como compatibilizar o modelo tecnoló-gico das atividades agropecuárias ao desenvolvimento sustentável exigido hoje pelo mercado internacional?

Narcio Rodrigues - Acho que o Brasil tem tido uma vi-são muito clara de que não dá mais para produzir, nem na pecuária e nem na agricultura, sem um pacto com a natureza. O pacto de sustentabilidade está sendo hoje o pressuposto básico da elaboração de todos os progra-mas de desenvolvimento que os governos vêm fazen-do. E o setor produtivo já compreendeu isso. O setor produtivo não quer ser o vilão do aquecimento global, da inviabilização da vida no planeta Terra. O setor pro-

dutivo tem a compreensão de que é possível produzir mais e melhor com respeito à natureza. Eu com-preendo que no Brasil há, hoje, um caminho natural para que a gente faça esse pacto de susten-tabilidade, que pode fazer com que a nossa agricultura e a nossa pecuária se apresentem no merca-do externo com produtos nobres, com produtos que têm selo verde, selo ambiental, e que traduzem, na verdade, uma postura que é cada dia mais de todo produtor brasilei-

ro. Não há na história do produtor brasileiro ninguém que agrida a natureza, que o faça por ímpeto próprio. Há uma falta de educação ambiental e, neste aspecto, a gente tem uma grande tarefa a cumprir. O governo pre-cisa aumentar o envolvimento do setor produtivo nesta discussão e oferecer mecanismos que façam com que, antes de ser punido, o produtor possa ser educado para tratar bem a natureza, que pode devolver, nesse tratamento, condições para uma produção de mais alta sustentabilidade. Esse é o desejável e é o que nós esta-mos procurando atingir no Brasil.

O Girolando - A Secretaria tem algum projeto para fo-mentar a raça Girolando no Estado?

Narcio Rodrigues - Estamos atuando no Polo de Gené-tica Bovina, procurando nos movimentar com todas as raças. Tivemos a participação da ABCZ mais articulada no início, levando para dentro das suas instalações a sede do Polo de Genética Bovina, mas é importante di-zer que a ABCZ não é proprietária do polo. Ele tem que ir às outras raças. Nós achamos que a experiência da raça Girolando é única no mundo. É, na verdade, a jun-ção de duas raças extraordinariamente fortes, que tra-duzem duas vertentes da bovinocultura: o Bos Indicus (indiano) e o Bos Taurus (europeu). A fusão dos dois gerou um produto nobre. Por esta razão o Girolando tem de ser olhado por nós com visão especial, porque é através da genética que iremos perenizar o animal e melhorá-lo ainda mais no futuro. Já temos conversas com a Associação Brasileira dos Criadores de Girolan-do, e queremos que ela esteja cada dia mais próxima de nós, nestas ações. O nosso desejo maior é fazer com que o Polo de Excelência de Genética Bovina se comunique, tenha um diálogo mais permanente com o Polo de Excelência do Leite. É preciso que, através dessa discussão, possamos encontrar caminhos para que esses dois vetores do desenvolvimento científico e tecnológico das raças bovinas possam naturalmente permitir avanços na genética, avanços na produção e na produtividade em Minas Gerais. E eu tenho certeza de que a participação da Girolando nas nossas ações dentro do polo de excelência vai plantar uma semente nessa direção.

O Polo de Excelência do Leite, por sua vez, fez com que um produto

tradicional da história de Minas Gerais pudesse ser tratado na ótica da tecnologia, da ciência.

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Apesar de ser um grande produtor de alimen-tos, o Brasil tem condições de ampliar ainda mais sua produção agrícola sem que para isso

seja preciso abrir novas áreas de pasto. Graças ao in-vestimento em genética, a produtividade do rebanho nacional aumentou na última década. Na pecuária lei-teira, é indiscutível a contribuição da genética da raça Girolando na melhoria da produção de leite por vaca. Já consolidada no Sudeste e Nordeste, a raça segue avançando para as outras regiões brasileiras devido à sua capacidade de produzir bem a pasto, mesmo em localidades mais quentes.

Até mesmo em regiões dominadas pela pecu-ária de corte a genética Girolando vem abrindo cami-nho. É o caso do Centro-Oeste, onde estão concen-trados os maiores rebanhos de corte do Brasil. “No Mato Grosso do Sul a tradição sempre foi a pecuária de corte. Nosso Estado já possuiu o maior rebanho bovino do País, quase todo direcionado ao corte, em regime predominantemente extensivo. Entretanto, a

pecuária leiteira está evoluindo significativamente nos últimos anos, por aqui, especialmente em face da ins-talação de novas indústrias laticínias, com destaque para a unidade da BR Foods, no município de Tere-nos, com potencial para captação de até um milhão de litros/dia”, destacou o criador e titular da Girolando DLS Pantanal, Denilson Souza, que há nove anos se-leciona a raça, em Terenos.

O criador optou pela raça porque precisava de animais rústicos e produtivos para atender às neces-sidades da sua propriedade, localizada em área de clima quente. “A seleção é feita com muito critério, multiplicando-se os melhores animais através de FIV. O rebanho é pequeno e o foco é o melhoramento ge-nético, utilizando-se os principais touros disponíveis das raças Holandesa, Gir Leiteiro e Girolando. As ma-trizes Girolando são submetidas ao Controle Leiteiro Oficial. Além disso, participamos como rebanho cola-borador do Teste de Progênie da Girolando/Embrapa e temos a satisfação de ter produzido três touros que

Centro-Oeste abre as portas para o Girolando

Larissa Vieira

Solenidade de inauguração do ETR em Campo Grande

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estão no Teste”, disse Souza.O técnico e jurado da Associa-

ção Brasileira dos Criadores de Giro-lando, Juscelino Alves Ferreira, des-taca que raça tem sido a opção tanto de pequenas quanto de grandes pro-priedades. “O fato de o Centro-Oeste ser uma região agrícola, com grande produção de grãos, também favore-ce a expansão da pecuária leiteira”, ressaltou Juscelino Ferreira, que em abril esteve em Campo Grande atu-ando como jurado da Expogrande. Segundo o jurado, a qualidade dos animais que participaram da disputa é similar a de praças já consolidadas, como Minas Gerais, graças ao traba-lho de seleção que vem sendo desenvolvido no Mato Grosso do Sul.

Nos últimos anos, a raça teve uma ampla divul-gação nas exposições agropecuárias do Estado. Os números de animais e criadores inscritos nas exposi-ções aumentam a cada ano. As atividades desenvol-vidas resultam no que está sendo denominando "o despertar do leite em Mato Grosso do Sul".

Para a presidente do Núcleo dos Criadores de Girolando MS, Aurora Cinato Real, a raça tem se adaptado muito bem às condições climáticas e geo-gráficas do Estado, por ser rústica. “Atualmente, mais de 80% do rebanho leiteiro do Mato Grosso do Sul é de Girolando, e isso demonstra que a raça tem boa aceitação pelos produtores”, reforçou Aurora.

O criador Ronan Salgueiro, que integra o Nú-cleo, acredita que os produtores começam a perceber como o Mato Grosso do Sul é um mercado ideal e importante para o leite. “Especialmente nos últimos dez anos o Núcleo tem desenvolvido importantes ações de valorização e divulgação da raça, com a finalidade de mostrar ao Brasil a qualidade do rebanho sul-mato-grossense e a ap-tidão dos animais para a produção leiteira”, diz Salgueiro, que hoje dá sequência ao trabalho iniciado na dé-cada de 70 pelo pai, o engenheiro e pecuarista Antonio de Souza Salguei-ro, na Fazenda Fazendão, em Campo Grande. O rebanho conta atualmente com 400 animais, todos registrados e com Controle Leiteiro Oficial.

Investimentos - O governo es-tadual está investindo em programas de incentivo, como o Leite Forte MS. Diversos projetos municipais tam-

bém têm permitido o incremento da pecuária de leite na região. “Esses fatores têm contribuído para o in-gresso ou retorno de pecuaristas na atividade leiteira, e o interessante é que são de todos os tamanhos, ou seja, pequenos, médios e grandes produtores, sendo que o gado escolhido para a produção, em sua maio-ria, é o Girolando. Com isso, sem dúvida existe mer-cado e demanda para a genética da raça na região”, acrescentou Denilson Souza.

No vizinho Mato Grosso, também vem ocor-rendo o fomento à pecuária leiteira. A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), em parceria com a empresa Brasil Foods e a Embrapa Agrossilvipastoril, estão desenvolvendo um projeto para ampliar a produção de leite no Estado.

As 20,9 mil propriedades leiteiras de Mato Grosso produzem média de 92,6 litros de leite por dia. O Estado responde por 2,3% da produção nacional

Vacada Girolando no Mato Grosso do Sul

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Jose Roberto, Ronan e Antonio Salgueiro durante entrega de prêmio na Expogrande 2012

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Presidente do Núcleo Girolando MS Aurora concede entrevista duran-te inauguração do ETR de Campo Grande

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de leite, ocupando a décima posição no ranking bra-sileiro. Desde 2012, a produção de leite é uma priori-dade do Sistema Famato, que vem atuando em várias frentes a fim de tornar esta atividade mais vantajosa ao produtor. “Para nós, o caminho é investir em tec-nologia e capacitação da mão de obra”, destacou Se-neri Paludo, diretor executivo da Famato. A previsão é que o programa contemple 200 produtores de Mato Grosso.

Unidade em Campo GrandePara atender a demanda pela genética de Gi-

rolando nos dois Estados, foi instalado um Escritório Técnico Regional (ETR) da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando em Campo Grande. A sole-nidade de inauguração da unidade, que atenderá também os criadores do Mato Grosso, aconteceu no dia 16 de setembro, com a presença de diversas au-toridades, lideranças rurais e criadores da região. “A Girolando está pronta para dar novos passos. Saímos das representações para termos escritórios regionais. Este em Campo Grande é o sexto, e até o final do ano teremos o sétimo e quem sabe até o oitavo”, disse o presidente da Girolando, José Donato Dias Filho, du-rante a inauguração.

A instalação do escritório no Parque de Exposi-ções Laucídio Coelho tem o apoio da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) e do Nú-cleo de Criadores de Girolando MS. “Com a inaugu-ração do ETR em Campo Grande, o acesso dos pro-dutores a novos registros será facilitado”, afirmou a presidente do Núcleo, entidade que já existe há mais de dez anos e continuará exercendo o seu papel na divulgação da raça, estimulando torneios leiteiros, leilões, julgamentos, exposições e confraternizações.

Com reuniões mensais, o Núcleo também pre-tende desenvolver cursos, palestras e incentivar a interação dos produtores para a troca de co-nhecimento, buscando o aperfeiçoamento da raça.

De acordo com o criador Denilson Sou-za, a instalação do ETR em Campo Grande é um avanço não só para a raça Girolando, mas para toda a pecuária leiteira do Estado. “É o primeiro escritório de uma raça leiteira que aqui se instala e ajudará a fomentar a atividade na região, por-que servirá de referencial a todos os criadores. Além disso, será fundamental para o crescimen-to do rebanho leiteiro registrado e também para incremento de programas de melhoramento da raça na região, porque facilita o acesso e o conta-to do criador com a Associação. É bem verdade que com a Internet e com o ótimo site da Asso-

ciação, relançado recentemente, o acesso a ela está mais facilitado, em especial as comunicações on line do rebanho, porém nada substitui o contato pessoal e a segurança de se ter na região uma representação efetiva de nossa entidade”, ressaltou Denilson Souza.

Os atendimentos no Centro-Oeste são feitos pelo técnico Dagmar Ferreira. “Acreditamos no cresci-mento ainda maior da raça no Estado, pois o escritório da Girolando facilitará novas adesões de criadores, o aumento de associados, o registro de animais e o in-tercâmbio de informações. Goiás já mostrou a potên-cia do Centro-Oeste na produção de leite. Agora, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul vão confirmar o poten-cial da nossa região”, acrescenta Ronan Salgueiro.

Criador Denilson Souza seleciona Girolando há nove anos em Terrenos

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Movimento de baixa perdeu força no mercado de leite

Considerando a média nacional, o preço do leite ao produtor ficou praticamente estável no pa-gamento de setembro, que remunera o leite

entregue em agosto. Houve ligeira queda, de 0,2%.Segundo levantamento da Scot Consultoria, o

preço médio ficou em R$0,798 por litro. Veja a figura 1.

O preço atual está 5,7% menor que o vigente

no mesmo período de 2011. Esta é a maior diferença registrada em 2012, na comparação mensal dos pre-ços com o mesmo período do ano passado.

Apesar da queda na média nacional, nas regi-ões Sudeste e Nordeste os preços pagos aos produ-tores subiram.

O cenário nestas regiões é de menor oferta de leite em função da falta de chuvas. A alta de preços

Figura 1.Preço do leite ao produtor (média nacional ponderada), valores nominais – em R$/litro.

Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

dos alimentos reflete diretamente nos investimentos em suplementação.

Com relação aos preços, o valor médio pago aos produtores subiu 0,4% em São Paulo. O produtor recebeu, em média, R$0,882 por litro.

Em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, os au-mentos foram de 1,5% e 0,5%, respectivamente. Os preços médios ficaram em R$0,829 e R$0,867 por li-

tro, respectivamente.Nestas bacias, houve queda na captação

de leite e reação dos preços no atacado e varejo, com as vendas melhores e estoques enxutos.

Em Goiás, a produção de leite aumentou em agosto e o preço ao produtor caiu, em mé-dia, 1,8%. Na média o produtor goiano recebeu R$0,775 por litro.

Na região Sul, a oferta maior para os laticí-nios também falou mais e os preços caíram em Santa Catarina (2,4%) e no Rio Grande do Sul (4,5%). No Paraná houve ligeira alta de 0,5% em relação ao pagamento anterior.

No Nordeste, o preço médio do leite ficou praticamente estável na Bahia, mas nos demais Estados pesquisados os valores médios subiram.

Para o pagamento a ser realizado em me-ados de outubro, a expectativa é de preços mais firmes e aumentos no valor pago ao produtor.

Aproximadamente 56% das indústrias consul-tadas falam em manutenção dos preços. Em 44% dos laticínios a expectativa é de alta nos preços e nos 7% restantes a previsão é de queda.

No mercado spot, os preços subiram em São Paulo, em Minas Gerais e em Goiás, na segunda quin-zena de setembro em relação à primeira quinzena. Desde o final de agosto as cotações estão em alta.

Rafael Ribeiro de Lima FilhoZootecnista - Scot Consultoria

RELATÓRIO DO MERCADO DE LEITE

Relatório completo com análises mensais e conjunturas do mercado de leite: preços, custos, oferta, demanda, cenários para o curto e médio prazo, mercado internacional e clima, entre outros.

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- “Tá” quente?- Muito! Essa fornada de“aquecimento global” está quase pronta.

Wagner ArbexAnalista da Embrapa Gado de Leite

Marta Fonseca MartinsPesquisadora da Embrapa Gado de Leite

Luiz Gustavo Ribeiro PereiraPesquisador da Embrapa Gado de Leite

Elizângela GuedesBolsista da Embrapa Gado de Leite (Pós-doutorado - Fapemig)

Leonardo Gerheim de AndradeBolsista da Embrapa Gado de Leite (IC)

Leonardo Carvalho Napolis CostaBolsista da Embrapa Gado de Leite (ICT - Fapemig)

Marcos Vinícius Gualberto Barbosa da SilvaPesquisador da Embrapa Gado de Leite

Na edição de número 84 da O Girolando, no ar-tigo ABC = DE, foram discutidas as relações entre o “ABC” - isto é, o Aquecimento global,

os Bovinos e a emissão de Carbono - com o “DE”, que são os Desafios e Estudos provocados por es-sas “variáveis”, envolvidas nessas mesmas relações. Porém, por mais que tenha ficado claro como essas variáveis participam do efeito estufa e do aquecimen-to global, com muita frequência, algumas dúvidas são reincidentes: Será que vai chover? “Tá” quente hoje, será que já é o aquecimento do planeta?

Toda receita deve ter a lista de ingredientes e o modo de fazer.

Se fôssemos matemáticos e achássemos que poderíamos responder a essas e outras perguntas, com estudos e modelos matemáticos que podem descrever o comportamento de, por exemplo, fenô-menos e ocorrências climáticas, pegaríamos um con-junto de dados com séries históricas da temperatura

ao longo do ano, da incidência de chuvas e, ainda, os dados de georreferenciamento desse mesmo conjun-to e, então, estabeleceríamos a frequência, uma me-dida de possibilidade e a tendência dos eventos que se quer prever.

Em seguida, colocaríamos esses “ingredientes” da receita em um “modo de fazer” matemático e... pronto! A resposta procurada estaria “no ponto”, ou pelo menos uma resposta aproximada, para a previ-são da chuva ou se o aquecimento global está ou não contribuindo para o aumento médio da temperatura no planeta.

Mas, por que com o uso da matemática não se conseguem respostas às essas perguntas, como foi exemplificado? Essa dúvida é fácil de ser respondida, pois, diferentemente do que se imagina, essas e ou-tras respostas podem ser obtidas exatamente como o procedimento foi descrito.

Dessa forma, a partir de uma receita com “in-gredientes iniciais” – que seria o conjunto de dados

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Pastagem bem manejada ajuda a reduzir o efeito estufa já que promove a retirada do carbono em estado gasoso da atmosfera

iniciais – e um “modo de fazer” – que se assemelha à aplicação de modelos matemáticos para obtenção de resultados – os ingredientes básicos são “mistura-dos” e preparados, para estabelecer, por exemplo, a incidência de chuva.

Esse preparo dos ingredientes faz com que se-jam obtidos resultados intermediários que serão usa-dos conforme o modo de fazer e não representam o resultado final da receita, pois ainda são ingredientes. Assim, esses novos ingredientes também servem de matéria-prima para aplicação do modelo de investiga-

ção e, finalmente, a “receita” foi concluída e o resul-tado obtido.

Mas, esse resultado é exato? Se for, então é “fácil” tratar ou prever qualquer fenômeno.

Não, esse resultado não é exato. Como foi dito, a aplicação de um modelo matemático traz uma res-posta aproximada sobre o que se está investigando e essa aproximação é proporcional à escolha das vari-áveis, ao modelo que utiliza as variáveis e, também, como o modelo utiliza as variáveis.

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Em outras palavras, a aproximação será tão boa, de maior precisão e mais próxima da realidade, quanto melhor for a escolha dos ingredientes – isto é, as variáveis escolhidas; à precisão com a qual os in-gredientes foram medidos – ou seja, o valor das variá-veis; e à realização do modo de fazer, que representa quanto o modelo matemático é fiel ao procedimento que se quer reproduzir ou simular.

Por fim, a “certeza” da resposta à questão “Será que vai chover?” ou a qualquer outra relacionada à predição ou simulação de eventos naturais, depende dos ingredientes certos, em qualidade e quantidade, assim como, do modo de fazer, que deve utilizar os ingredientes exatos no tempo, na medida e na forma.

O que é o aquecimento global? O que os bo-vinos têm a ver com isso? O que pode ser feito para reduzir ou reverter esse fenômeno?

Em poucas palavras, o aquecimento global ocorre devido ao calor retido pelo carbono que, em estado gasoso, encontra-se disperso na atmosfera.

O processo normal de emissão de luz por parte do sol à crosta terrestre deveria ser um “bate-e-volta”. Isto é, após a exposição do solo à luz solar, haveria o aquecimento do solo e, em seguida, esse calor se-ria dissipado em direção ao espaço. Entretanto, atu-almente, o carbono em estado de gás não permite que o calor se dissipe e, por sua vez, fica retido no ar, criando uma “estufa” em torno da Terra.

Mas, por qual motivo o carbono está disperso na atmosfera? Não se faça de desentendido, pois a culpa é sua! Aliás, sua, dos seus amigos e vizinhos e, para falar a verdade, de toda a humanidade.

A nossa sociedade evoluiu com base em com-bustíveis fósseis, tais como carvão mineral e petróleo, que são emissores de carbono, ou melhor, boa parte

do resíduo desses combustíveis fósseis é chamada gás carbônico – um dos gases de efeito estufa (GEE), que é composto por moléculas de oxigênio e carbono em estado gasoso e que é lançado no ar.

Mas, e os bovinos? Uma vez que bovinos não consomem combustíveis fósseis – o que é óbvio, o que eles têm a ver com isso?

Se você tem essa dúvida, então você deve ler o artigo ABC = DE: Aquecimento global, Bovinos e Carbono = Desafios e Estudos, na edição de número 84 da O Girolando6. Todavia, a relação dos bovinos com o aquecimento global resume-se a uma palavra: metano.

Entre os GEE também se encontra o metano, que, por sua vez, é composto por moléculas de hi-drogênio e de carbono que são lançadas no ar pe-los bovinos. A pecuária é uma atividade com grande responsabilidade na emissão de metano, pois o pro-cesso de fermentação entérica (ocorrido no processo digestivo), próprio da alimentação dos animais, é res-ponsável pela produção de metano que, em geral, é eliminado, em sua grande parte, durante a respiração e eructação (arroto) e uma parcela muito menor é por flatulência (eliminação de gases acumulados no pro-cesso digestivo).

Portanto, na pecuária, uma das estratégicas que se buscam para mitigar emissão do carbono, é reduzir emissão de metano - e consequentemente do carbono, pelos animais. Porém, como conseguir essa redução, uma vez que a produção do metano, que é um “resíduo” da atividade leiteira, é inerente aos pro-cessos de alimentação e de digestão e a emissão é inerente à respiração?

Uma abordagem para se conseguir a redução da emissão de metano que a Embrapa Gado de Leite vem buscando, é o desenvolvimento de técnicas para o aumento da eficiência produtiva dos animais ou do sistema de produção e, nesse caso, a mitigação da emissão de metano deve ser medida em números re-lativos.

Ou seja, mesmo que se mantenha, que não se reduza a emissão de metano, caso seja possível au-mentar a produção dos animais, então, em números percentuais será verificada a redução da emissão de metano. Quando se aumenta a produção, sem que os “resíduos” ou a parte indesejável dessa produção também aumentem - ou, ainda que aumente, ocorra em proporções menores - o que está sendo feito é aumentar ou melhorar a eficiência produtiva.

Além disso, outros fatores que devem ser

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Toda a genética campeã da matriarcaBrenda correndo no sangue das suas filhas.

Hiula FIV Bradley Rancho do ROCampeã Bezerra Júnior Expo Carangola 20126º lugar Bezerra Júnior Megaleite 2012 Reservada Campeã Bezerra Sênior Expo Juiz de Fora 2012 Reservada Campeã Bezerra Sênior Expo Resende 2012

Engenho da Rainha Brenda TeatroTeatro x Engenho da Rainha Froth 776 Leduc

Excelente pedigree, muito leitee progênie premiada.

Produção: 19.565,85 kgem 365 dias (2 ordenhas)

Helen FIV Bradley Rancho do ROReservada Campeã Bezerra Intermediária Megaleite 2012Melhor Fêmea Jovem Expo Muriaé 2012Reservada Campeã Bezerra Intermediária Expo Juiz de Fora 2012Campeã Bezerra Intermediária Expo Resende 2012

Haila Geneva Rancho do RO 4º lugar Bezerra Júnior Megaleite 2012Campeã Bezerra Sênior Expo Juiz de Fora 2012 Reservada Melhor Fêmea Jovem Expo Muriaé 2012 Campeã Bezerra Sênior Expo Resende 2012

Proprietário: Odilon de Rezende Barbosa FilhoFazenda Rancho do Odilonzinho (afixo: Rancho do RO)

Município de Chácara/MG . (32) 9987 8884 . Venda permanente de animais e prenhezes

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6A edição de número 84 da O Girolando está disponível em <http://issuu.com/girolando.com.br/docs/girolando_84_-_web>.7IPCC é a sigla, em inglês, para o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change), estabelecido em 1988 como um órgão aberto para os países membros do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e da Organização Meteorológica Mundial.

considerados, quando se trata da “contribuição” dos bovinos ao aquecimento global, são a relação entre as parcelas de “energia” convertida em alimento e a perdida na forma de metano, assim como, o produto gerado pela conversão da energia em alimento.

A contribuição do gado leiteiro é a produção de um dos alimentos mais completos disponíveis para os seres humanos, o leite; e, em estudos realizados em países nórdicos, foram avaliadas a emissão de GEE proveniente da produção de leite, em compara-ção com as emissões provenientes das produções de refrigerante, suco de laranja, cerveja, vinho, água mi-neral gasosa e bebidas à base de soja e aveia.

Um dos resultados obtidos mostrou que, para cada 100g de leite, 99g de equivalente gás carbônico são gerados, o que representa uma grande perda de energia quando comparado aos demais produtos es-tudados. Contudo, quando considerada a quantidade de nutrientes de cada produto, o quadro se reverteu, pois o leite apresentou vantagem em relação aos de-mais, devido ao seu elevado valor nutricional.

Esse estudo evidenciou que, por exemplo, a produção de refrigerantes pode gerar menor quan-tidade de resíduo na forma de GEE, se comparado com a produção do leite, mas, por outro lado, não tem contribuição significativa com nutrientes para alimentação humana. Esse resultado representa argu-

mento convincente e contrário às críticas, em geral, erroneamente fundamentadas que a pecuária vem recebendo.

Sobre essa questão específica, a “receita”, com seus “ingredientes” e “modo de fazer”, está errada e, atualmente, os bovinos estão sendo considerados como um dos grandes contribuintes para a emissão de GEE, como aponta o IPCC . Em consequência, a atividade pecuária vem sendo sistematicamente cri-ticada.

Entretanto, nada se diz, por exemplo, a res-peito de quanto à pastagem, dentro do processo de fotossíntese, promove de retirada do carbono em estado gasoso da atmosfera – processo conhecido como sequestro de carbono – para, em seguida, emitir oxigênio. Isto é, “esqueceram” de incluir na lista de “ingredientes” a pastagem, a fotossíntese, o sequestro de carbono etc. Assim, o “modo de fazer”, sem todas as variáveis corretas e, portanto, não usando o valor dessas variáveis no modelo, não consegue chegar a um resultado fiel ou, até mesmo, aproximado da participação da pecuária na emissão de GEE e no aquecimento global.

Sem as variáveis necessárias e um modelo ma-temático que não consegue explicar corretamente o evento, com certeza, já se consegue prever o resulta-do dessa receita: é impossível “acertar o ponto”.

Div

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ção

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Minhas vacas não emprenham! Quem é o culpado?

A primeira pergunta na pecuária leiteira sempre foi: Como fazer para minha vaca produzir lei-te? A resposta é simples e clara: Ela precisa

emprenhar e, depois, parir!, pois uma vaca vazia e seca, no próximo ano não vai produzir leite. Mas, comumente a resposta mais escutada pelos produ-tores é que precisam aumentar a dieta, melhorar o conforto, aplicar medicamentos, incluir programas de melhoramento animal, etc. Essas indicações vão, sim, ter resultados expressivos na produção leiteira, mas a reprodução é o assunto que mais preocupa os produtores e pouco é falado. A falha desta importan-te etapa do manejo das vacas leiteiras, o controle re-produtivo, leva a sérios problemas em todo sistema de produção.

Muito já se falou e estudou sobre por que as vacas não emprenham. Temos várias linhas de es-tudos e pensamentos, mas as variáveis das causas deste enorme problema são inúmeras. Os pesquisa-dores e técnicos ainda não chegaram a uma fórmula para resolver todos os problemas reprodutivos. Na

pecuária leiteira esta ainda é a maior causa de prejuí-zos e descarte de animais.

Quando fazemos a pergunta: Por que minhas vacas não emprenham?, a primeira resposta em pro-priedades que usam a Inseminação Artificial (IA) é: A culpa é do sêmen!. Em fazendas que usam mon-ta natural a culpa é do touro, e para quem usa IATF a culpa é do protocolo, do implante, do hormônio e por aí vai. E tem também a culpa do inseminador! Um culpado fácil, quando o resultado não é positi-vo. Sempre querem achar um culpado, mas nunca olham direto para o problema e para dentro do pro-blema: as vacas.

A brucelose, a neosporose (transmitida por contato com fezes de cães) a rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), a diarreia viral bovina (BVD), a leptospi-rose e a campilobacteriose genital bovina (transmiti-da pelo coito, por touros infectados) são exemplos de doenças reprodutivas que derrubam drasticamen-te os números e índices reprodutivos nos rebanhos bovinos tanto de leite quanto de corte.

Henrique RochaMédico Veterinário, Jurado da Girolando

e Gerente de Produto Leite C.R.I.

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Os prejuízos causados por essas doenças podem ser calcu-lados em tempo e dinheiro. Nas vacas de leite esta falha irá refletir no DEL (Dias Em Lactação), pois quando a vaca não emprenha aumenta a quantidade de tempo de serviço, esta janela entre um parto e outro aumenta e, conse-quentemente, a produção total de leite diminui pelo longo período de lactação. Já nas vacas de cor-te o prejuízo se deve ao aumento do intervalo entre partos, ou seja, a fêmea deixa de produzir um be-zerro por ano, e quanto mais essa fêmea demorar para emprenhar após o parto, maior é o intervalo entre partos e maiores são os prejuízos.

Existem estudos que quantificam os prejuízos que uma propriedade de leite tem, de acordo com o intervalo entre partos no rebanho. Por exemplo, num intervalo entre partos de 425 dias os prejuízos podem chegar a US$ 1,37 por vaca por dia.

Podemos notar que os sintomas das doenças reprodutivas são basicamente os mesmos: repetição de cio, morte embrionária, fetos mumificados, aborto e nascimento de terneiros fracos e inviáveis. Assim, pela simples observação dos sintomas é impossível determinar qual das doenças está afetando o reba-nho e somente através de exame laboratorial pode-mos saber qual delas é responsável pelos prejuízos.

Agora podemos passar para outro culpado: erro na detecção de cio. Este, sim, é de imensa pre-ocupação entre os produtores e colaboradores da pecuária leiteira. O erro na observação visual do cio, pelo inseminador, e o mau manuseio do sêmen são a causa de 70% a 80% dos casos de insucesso na fertilização das matrizes.

A detecção correta do cio é importante para reduzir o intervalo entre partos, e também para deter-minar o momento correto da inseminação. A detec-ção incorreta do cio resulta em inseminação de vacas que não estão em cio ou na inseminação em momen-to inadequado para a concepção. Van Eerdenburg et al. (2002) relataram que quando a ovulação ocorre 48 horas após a inseminação apenas 15% das vacas concebem, e quando ocorre até 24 horas, 52% das vacas concebem. E, ainda, Reimers et al. (1985) re-portaram que 5,1% das vacas não estão em cio quan-do são inseminadas, e que essa porcentagem pode variar de 0 a 60%, dependendo do rebanho anali-

sado. Isso pode ser devido a inseminação realizada cedo demais, tarde demais ou detecção incorreta.

Uma das possíveis causas das falhas de de-tecção de cio pode ser a introdução de ferramentas auxiliares de detecção que podem deixar as pessoas responsáveis por ela menos atentas. A manutenção

Henrique Rocha alerta para cuidados com dietas para evitar problemas reprodutivos

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do bom conhecimento dos sintomas de cio, e a ob-servação o mais frequente possível e por um período adequado (30 a 60 minutos) são fundamentais para a boa eficiência de detecção de cio.

Cios silenciosos ou ovulação silenciosa são problemas comumente associados com falha de detecção de cio em vacas de leite de alta produção (Shipka, 2000). A ausência do comportamento de cio antes da primeira ovulação pós-parto é atribuída à exposição a alta concentração plasmática de estra-diol no final da gestação que deixa o hipotálamo num estado refratário ao estradiol (Allrich, 1994).

Manifestações de cio são menores devido a doenças, problemas nas pernas e pés, casco ou a ou-tros fatores estressantes. Fatores ambientais (estres-se térmico) podem influenciar o número de montas durante o período de cio, e também decrescem a du-ração e a intensidade dele. Vacas alojadas em piso de concreto também mostram menor intensidade de cio do que vacas mantidas a pasto. Resumindo, são mui-tos os fatores que influenciam a rotina da observação de cio, o que a torna muitas vezes falha, levando à baixa taxa de detecção de cio, menor taxa de animais inseminados, menor taxa de prenhez, maior intervalo entre partos e maior DEL.

Mais um culpado: a temperatura ambiente, o estresse calórico nas vacas. O estresse calórico (EC) é um dos fatores que mais tem contribuído para re-duzir a fertilidade nas vacas de altas produções lei-teiras durante os meses de verão, causando severas perdas econômicas em quase 60% do rebanho leitei-ro mundial (Wolfenson et al., 2000; De Rensis et al.)

Durante os períodos sazonais de EC, a fertili-dade declina, como resultado de menores taxas de concepção (Thatcher & Collier, 1986) e menores ta-xas de detecção de cio (Rodtian et al., 1996; Thatcher & Collier, 1986; Her et al., 1988). Na Flórida, as taxas de concepção de vacas em lactação caem de 48% em março, para 18% em julho, e não se recuperam até novembro (Badinga et al., 1985).

Um grande culpado é a nutrição. Muito se co-menta sobre o tanto que a nutrição reflete na repro-dução, pela falta de uma nutrição bem feita ou mes-mo pelo excesso nutricional. Dietas com alto teor energético e protéico para vacas de altas lactações

levam a sérios problemas reprodutivos. Outra fase crítica são as doenças metabólicas do peri e pós-par-to, todas acarretando em não prenhez.

No BEN (balanço energético negativo) há per-da excessiva de gordura corporal, aumento da taxa de AGNEs (ácido graxo não esterificado), o que resul-ta em esteatose hepática, afetando a função hepática, o que, por sua vez, afeta a fertilidade, pela toxicidade de AGNEs nos ovários.

(Wiltbank et al., 2001) demonstraram que va-cas leiteiras secas produziam número significante-mente maior de embriões de qualidade extra, do que as vacas em lactação.

A qualidade dos embriões de vacas leiteiras modernas é significativamente inferior do que as va-cas secas e novilhas, com embriões mais escuros e contendo 50% mais lipídeos intracelulares se compa-rados as outras vacas, levando a uma menor taxa de concepção. (Leroy et al., 2005).

Outro grande culpado é o próprio touro. Isto mesmo, o touro! Existem diferentes taxas de fertili-dade de um touro para outro. Ou seja, existem touros que emprenham mais que os outros. Esta taxa, hoje em dia, é medida pelo Departamento de Agricultura Americano, o Usda. Eles trabalham avaliando a con-cepção e fertilidade de todos os touros registrados e montam o índice de SCR (Sire Conception Rate). Quanto maior o SCR do touro maior é a sua fertili-dade e maior é a taxa de prenhez das vacas. Hoje já se estudam alguns genes responsáveis pela ferti-lidade do touro, existem haplótipos que definem se um touro carrega o gene da fertilidade ou da baixa fertilidade ou até mesmo genes que causam subfer-tilidade. Então, devemos nos preocupar muito com a fertilidade e índice de SCR dos touros.

Sempre recomendo trabalhar com um técni-co capacitado para reprodução, médico veterinário que esteja acompanhando de perto todo o manejo reprodutivo do rebanho e assistindo a propriedade frequentemente.

Depois desta demonstração das principais causas e culpados de suas vacas não emprenharem, se nada for feito e se suas vacas continuarem sem emprenhar, pode ter certeza de que temos mais um culpado, e o maior de todos: você!

A detecção correta do cio é importante para reduzir o intervalo entre partos, e também para determinar o mo-mento correto da inseminação.

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Doençasreprodutivas e

seu impacto na produção de

bovinos

Elio MoroGerente técnico da Unidade de

Negócios Bovinos da Pfizer Saúde Animal

Durante os últimos anos a pecuária brasilei-ra tem vivenciado avanços significativos na saúde e na produtividade dos animais, ali-

cerçados principalmente por novas tecnologias em genética, reprodução e nutrição, assim como no descobrimento de novas ferramentas para controle e prevenção de doenças que acometem os bovinos. É importante ressaltar que todos estes fatores: ge-nética, nutrição e sanidade merecem a mesma aten-ção dentro de uma propriedade.

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No que diz respeito à sa-nidade dos rebanhos, hoje o produtor brasileiro dispõe de uma gama enorme de tecnolo-gias auxiliares. Dentro dessas tecnologias encontram-se as vacinas, que têm como objeti-vo principal imunizar, ou seja, preparar o sistema imunológi-co do animal, para que ele es-teja apto a responder e se de-fender do ataque dos agentes causadores de doenças, quer sejam vírus, bactérias ou mes-mo contra toxinas de agentes infecciosos.

Para simplificar um pou-co vamos falar inicialmente das principais doenças que afetam as vacas em reprodução, suas medidas preventivas e vaci-nas que podemos utilizar para minimizar o impacto negativo dessas enfermidades na pro-dução e reprodução. De forma bem abrangente as principais doenças ou enfermidades que acometem as vacas em idade reprodutiva são: brucelose, rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR), diarreia viral bovina (BVD), leptospirose, tricomonose e campilobacteriose ge-nital bovina. Todas essas doenças causam grande impacto na reprodução, uma vez que são responsá-veis por falhas na prenhez, mortes embrionárias e fetais, abortos e nascimento de bezerros mortos ou fracos e inviáveis.

As duas principais doenças virais dos bovi-nos, envolvidas em problemas reprodutivos são a IBR e a BVD, sobre as quais iremos aprofundar um pouco mais seus efeitos negativos.

Tanto a IBR quanto a BVD estão amplamente disseminadas no rebanho brasileiro e, assim, me-recem atenção especial por parte dos veterinários e produtores de bovinos, especialmente daqueles que se dedicam à produção de bezerros.

Rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR)A IBR é um vírus que tem como característi-

ca causar latência (presença da doença sem sinais clínicos) no animal infectado. Assim sendo, qual-quer animal quando infectado pela primeira vez irá

se tornar latente. Se o animal infectado é submetido a condi-ções de estresse ou tratamento com corticosteróides (em que o sistema imunológico do bo-vino fica deprimido), o vírus sai do estado de latência e é no-vamente excretado por meio de gotículas de aerossóis para o ambiente, infectando outros animais que estejam em conta-to com os bovinos.

Os problemas reproduti-vos causados pela IBR incluem infertilidade temporária, aborto e infecções do trato reproduti-vo de machos e fêmeas.1

O maior impacto econô-mico provém de perdas resul-tantes de abortos que ocorrem principalmente durante a últi-ma metade da gestação, nor-malmente sem evidência de outros sinais clínicos.2

A estimativa de que 25% das vacas susceptíveis abortam

devido ao vírus IBR demonstra uma perda significa-tiva em termos de potencial genético e de valor de mercado.3

Diarreia viral bovina (BVD)O vírus da diarreia viral bovina (BVD) também

está envolvido tanto em quadros respiratórios quan-to em quadros reprodutivos. A infecção pelo BVD resulta primariamente em imunossupressão, falhas reprodutivas e até mesmo morte, em alguns casos. A imunossupressão causada pela BVD é um fator importante, pois predispõe o animal a desenvolver doenças do trato respiratório por agentes bacteria-nos secundários.

O vírus da BVD pode causar uma série de transtornos reprodutivos, tais como: falha na con-cepção, morte embrionária, aborto, natimortos, nas-cimentos de bezerros fracos e inviáveis e, também, problemas congênitos. Quando as vacas prenhes e soronegativas para BVD são infectadas no período compreendido entre 40 dias e 120 dias da gestação pode ocorrer a formação e nascimento de bezerros persistentemente infectados pelo vírus da BVD.

Os animais PI (persistentemente infectados)

“Fazendas que utilizam um bom calendário

sanitário têm desempenho produtivo e

reprodutivo superior à média”

Elio Moro

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Tabela 1 - Valores descritivos da taxa de prenhez de vacas inseminadas, recebendo a vacina (tratamento) ou não (controle) em fazendas que não utilizavam vacinação contra IBR, BVD e leptospirose

podem viver por muitos anos dentro do rebanho, eliminando o vírus da BVD durante toda a vida, sen-do a principal fonte de infecção para outros animais do rebanho.

O objetivo principal para um bom controle da BVD dentro de um rebanho de bovinos de corte ou leite é eliminar as perdas reprodutivas associadas este vírus e, por isso, é de fundamental importância prevenir a infecção fetal e impedir, assim, o nasci-mento de bezerros PI.4

Efeito da vacinação contra doenças da repro-dução (IBR, BVD e leptospirose)

Estudos recentes realizados em 28 fazendas, utilizando 287 vacas Girolando (DEL 144 ± 68 e 21 ± 7,5 kg/dia) mostraram resultados altamente satis-fatórios na prevenção de IBR, BVD e leptospirose e, consequentemente, na manutenção das gestações.

Os animais foram pré-vacinados (tratamento)

ou não (controle) 20 a 30 dias antes do início do protocolo de IATF. A segunda dose da vacina CattleMaster® 4 + L5 (5,0 ml, intramuscular, Pfizer Saúde Ani-mal) foi realizada no início do protocolo de IATF. Um segundo estudo foi reali-zado em 17 fazendas com 1.680 vacas Holandesas (DEL 189 ± 109 e 34 ± 9 kg/dia) com mais de 28 dias em lactação, que foram distribuídas aleatoriamente para receber (tratamento) ou não (con-trole) a vacina. A segunda dose foi rea-lizada 14 dias após a primeira dose. As inseminações foram realizadas entre 15 e 135 dias após a segunda dose da vacina e as perdas de gestação foram avaliadas até 60 dias após a última IA. A vacinação com CattleMaster® 4 + L5 foi eficiente em melhorar as taxas de

prenhez tanto aos 30 como aos 60 ± 10 dias após IA (tabela abaixo), em ambos os estudos.

Últimos avanços na prevenção da formação e nascimento de bezerros persistentemente infec-tados (PI)

Após anos de pesquisa e inovação a Pfizer Saúde Animal lançou nos Estados Unidos, em 2004, uma vacina contra BVD com a capacidade de preve-nir a formação e nascimento de bezerros PI. Agora os produtores brasileiros também terão acesso a esta nova tecnologia. Estudos realizados com CattleMas-ter® GOLD FP5 + L5 demonstraram sua capacidade de prevenção na formação e nascimento dos PI. A vacinação de vacas e novilhas na pré-cobertura pro-tegeu em 100% o desenvolvimento de bezerros PI após desafio com cepas virulentas de BVD tipos 1 e 2 (tabela 2), enquanto que 100% dos bezerros das

vacas controles tornaram-se infecta-dos pelo vírus da BVD.

Devido a estes resultados a vacina CattleMaster® GOLD FP5 + L5 é a única vacina no mercado com indicação em bula que confere a proteção fetal contra BVD.

Esquema de vacinaçãoPara a maioria das doenças

a primovacinação (primeira vez em que o animal é vacinado) consiste em uma primeira dose e a dose de

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* Isolamento do vírus foi realizado a partir de preparos de células de buffy-coat de amostras coletadas em nove intervalos entre o dia do desafio (dia 117) ao dia 145. Uma vaca era considerada virêmica se qualquer amostra de sangue fosse positiva para BVD.† Os tecidos fetais foram coletados após aborto ou cesariana. Um feto era considerado positivo para BVD se qualquer um dos tecidos fosse positivo.a - Diferença significativa (P< 0,05) versus grupo controle.

reforço após 30 dias. A partir de então, a revacina-ção é feita anualmente para IBR e BVD e, semes-tralmente, para leptospirose. Em situações de altos desafios estes intervalos podem ser encurtados, de acordo com a orientação do médico veterinário.

De forma muito resumida e bem didática po-deríamos sugerir o seguinte calendário sanitário para as principais doenças reprodutivas dos bovi-nos, que podem ser prevenidas por meio da vaci-nação:

Fêmeas (bezerras): - Vacinação contra a brucelose entre três e

oito meses de idade;- Vacinação contra IBR/ BVD/ leptospirose aos

sete meses, com reforço aos oito meses. A partir de então, a revacinação é realizada anualmente para

IBR e BVD e, semestralmente, para leptospirose.

Fêmeas adultas em idade reprodutiva: - Uma dose de vacina contra IBR/ BVD/ lep-

tospirose 30 dias antes da estação de monta (fase chamada de pré-cobertura).

Não há nenhuma dúvida de que a imunização dos animais sempre foi e será a melhor e mais efi-ciente forma de prevenir e evitar as diversas doen-ças de um rebanho bovino.

É notório que fazendas que utilizam um bom calendário sanitário têm desempenho produtivo e reprodutivo superior à média. Devemos considerar, também, que o uso de um bom programa de vaci-nação diminuirá o número de animais enfermos na propriedade e, assim, reduzirá mão de obra e gastos com medicamentos.

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Para aumentar a produção de leite dos rebanhos ma-ranhenses, o Instituto de Agronegócios do Maranhão (Inagro) vai investir no melhoramento genético do

gado. A Associação Brasileira de Criadores de Girolando e o Inagro assinaram, no dia 21 de setembro, um termo de cooperação técnica para implementar o Programa de Melhoramento Genético do Girolando (PMGG) no Estado. O documento foi assinado pelo vice-presidente da Girolan-do, Fernando Brasileiro, e pelo presidente do Inagro, José Ataíde. O coordenador Operacional do PMGG, Marcello Cembranelli, o técnico da Girolando, Pétros Medeiros, e di-versas autoridades maranhenses também participaram da solenidade.

O Maranhão tem um rebanho de 200 mil cabeças. Como os touros que participam do Teste de Progênie são geneticamente superiores, a expectativa é que o uso des-sa genética possibilite a formação de rebanhos de maior produtividade leiteira no Estado. Uma fêmea Girolando pro-duz, em média, mais de 15 litros de leite/dia, em regime de pasto. Já a média diária de produção das vacas do Mara-nhão é de 3 litros/dia. “O Maranhão é o terceiro Estado a

receber o PMGG e foi escolhido por ter boas condições para a criação deste tipo de gado. Além de aumentar a qualidade do rebanho, poderemos garantir a melhoria do estado sanitário do plantel maranhense, uma vez que exigimos que os criadores interessados tenham a vacinação do seu gado em dia”, esclareceu o presidente do Inagro, José Ata-íde.

O presidente da Federação das In-dústrias do Estado do Maranhão (Fiema), Edilson Baldez das Neves, ressaltou que o PMGG é importante iniciativa para o desen-volvimento da indústria de beneficiamento de leite e de lácteos. “Precisamos aumentar esta produção para garantir que a indústria de beneficiamento de leite tenha condições de continuar crescendo e este Programa poderá assegurar o aumento da produção e melhorias dos indicadores de produtividade no Estado”, disse Baldez. Hoje o Maranhão

Maranhão aposta no PMGG para melhorar qualidade do rebanho

Vice-presidente da Girolando Fernando Brasileiro discursa durante solenidade de assinatura do convênio com a Inagro

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tem 21 estabelecimentos autorizados a fabricar pro-dutos a partir do leite de gado, como iogurte e quei-jo. Há cinco anos eram apenas seis plantas indus-triais autorizadas a trabalhar com leite e derivados.

O acordo prevê a distribuição de sêmen de touros do Teste de Progênie de Girolando para pro-priedades cadastradas como Rebanho Colaborador. Serão beneficiados criadores das bacias leiteiras do Médio Mearim, de Bacabal, das regiões Tocantina, dos Cocais, do Alpargatas (Dom Pedro, Presidente Dutra e Tuntum). Técnicos da Girolando e do Inagro já iniciaram a distribuição do material genético para as 50 propriedades cadastradas.

Serão entregues no Maranhão mil doses de sêmen de touros em avaliação genética pelo Teste de Progênie de Girolando. “Fizemos três cursos de capacitação para inseminação artificial em parceria com o Faema/Senar, com o objetivo de preparar profissionais nas bacias leiteiras que já foram ma-peadas para fazer a IA com o sêmen dos touros do Teste de Progênie”, explicou o presidente do Ina-gro. Os produtores rurais receberão, ainda, assis-tência técnica gratuita das duas entidades.

Além da distribuição de sêmen, o técnico da Girolando, Pétros Medeiros, realizará o registro ge-nealógico de animais e atenderá os criadores inte-ressados em se associar à entidade. Os associados

têm desconto de 50% nos serviços prestados pela Girolando.

Como participar - O criador interessado em atuar como “Rebanho Colaborador” deve entrar em contato com o Departamento Técnico da Girolan-do ([email protected] ou 34-3331-6000). Para que um rebanho seja colaborador do Teste de Progênie é necessário atender a alguns pré-requisitos, dentre eles: fornecer os dados das progênies dos touros em teste aos técnicos do Pro-grama durante as visitas técnicas; realizar a pesa-gem das bezerras e bezerros ao nascer; realizar o controle leiteiro das filhas dos touros na sua primei-ra lactação e suas companheiras contemporâneas de rebanho.

Parceiros - A iniciativa no Maranhão conta com parceria da Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), da Federação da Agricultura e Pecuária do Maranhão (Faema), do Serviço Brasi-leiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Serviço nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado do Maranhão (Fundepec), Embrapa Cocais, Uema, Associação dos Criadores do Estado do Maranhão (Ascem) e das Secretarias de Estado da Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) e de Desenvolvimento Social e Agricultura Familiar (Sedes).

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Presidente do Inagro José Ataíde, vice-presidente da Girolando Fernando Brasileiro e os técnicos da associação Marcello Cembranelli e Pétros Medeiros

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Com a forte demanda por gado da raça Girolando em todo o país, muitos pecuaristas e profissio-nais do setor estão buscando cursos de aperfei-

çoamento com ênfase na pecuária leiteira. Em Minas Gerais, no Rio Grande do Norte e em São Paulo, serão realizadas palestras e cursos para atender a essa de-manda.

Uma oportunidade de aperfeiçoamento para os profissionais de Ciências Agrárias é o Curso Intensivo de Julgamento da Raça Girolando. Ele será ministra-do no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG), nos dias 7, 8 e 9 de novembro. Inscrições poderão ser fei-tas na sede da entidade, em Uberaba, ou pela Internet (www.girolando.com.br). Também podem participar estudantes do último ano de Ciências Agrárias. O cur-so é prerrequisito para os profissionais que querem atuar como jurados nas exposições da raça.

Já para quem pretende aprender sobre a raça com o intuito de atuar no mercado pecuário ou de criar Girolando uma opção é participar de palestras e da Jornada Técnica. Em Parnamirim (RN), durante a Festa do Boi, haverá palestra com o tema “Girolando, a raça dos trópicos”, no dia 19 de outubro, a partir das 17h, no espaço Sebrae do Parque de Exposições da ci-dade. O superintendente Técnico da Girolando, Lean-dro Paiva, falará sobre o assunto. Por sua vez, o vice-presidente da entidade, Fernando Brasileiro, abordará os trabalhos da Associação e o projeto de construção do Centro de Capacitação Girolando (CCG), que será erguido em Uberaba. As inscrições para o evento po-dem ser feitas no Escritório Técnico Regional da Gi-

Cursos sobre Girolando acontecem em vários Estados

rolando, em Recife, pelo número (81) 3032-3981 ou e-mail [email protected]. O evento conta com o apoio da Associação Norte Riograndense de Criadores.

Interessados em participar da Feileite 2012, em São Paulo, terão oportunidade de se capacitar. Nos dias 18 e 19 de novembro ocorrerá a Jornada Técni-ca da Raça Girolando. Inscrições poderão ser feitas no escritório da entidade em Jacareí (SP), pelo número (12) 3959 -7292 ou pelo e-mail [email protected]. O curso é voltado para o público em geral e tem como objetivo difundir a raça e os procedimentos para desenvolver um trabalho de seleção animal de qualidade, visando o melhoramento genético do reba-nho nacional. A Jornada Técnica terá aulas práticas e teóricas sobre a história e evolução da raça Girolando; estratégias de cruzamento; melhoramento genético; seleção animal; características econômicas de vacas leiteiras; morfologia de animais leiteiros; escrituração zootécnica; utilização do sistema Web Girolando; con-trole leiteiro e diferenciação dos graus de sangue.

Belo Horizonte (MG) sediou uma Jornada Téc-nica da Raça Girolando nos dias 14 e 15 de setembro, com aulas teóricas no Auditório do IMA, localizado no Parque da Gameleira, e práticas na Fazenda São Judas Tadeu, em Betim (MG), de propriedade do criador Al-berto Oswaldo Continentino de Araújo. As aulas foram ministradas pelos técnicos da Girolando Jesus Lopes Júnior, André Nogueira Junqueira, Nilo Adhemar do Valle e Leandro Paiva. Mais de 50 pessoas participam do evento.

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Mais de 50 pessoas participaram da Jornada Técnica de Belo Horizonte

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O 1º Serviço de MonitoramentoReprodutivo do mercado leiteiro.

ABS MONITOR.

SUA PRODUÇÃOSEMPRE ON.

Simplicidade: Menos tempo e complicação nagestão da reprodução.

Segurança: assistência técnica sempre presentede quem é especialista em reprodução.

Baixo custo: quanto mais você investe em melhoramento genético, menos você paga pelo serviço.

Maior lucratividade: Decisões baseadas em comparativos e índices zootécnicos de impacto econômico.

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A sexta edição da Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite) deve reunir, entre os dias 19 e 23 de novembro, dois mil animais

de várias raças, e um público de 20 mil pessoas. Além de boa oportunidade de negócios, o evento também é uma oportunidade de acompanhar as tendências do mercado e o desenvolvimento da genética dos ani-mais.

Mais uma vez, a Feileite contará com a partici-pação expressiva da raça Girolando. Nesta edição, se-rão disponibilizadas 480 vagas, quase 100 a mais que no ano passado. Na pista, a expectativa é de que 450 animais disputem os grandes campeonatos da XIX Exposição Interestadual de Girolando. Fábio Nogueira Fogaça é o jurado que comandará os trabalhos, junta-mente com os jurados auxiliares Samuel Silva Bastos e Marcelli Antenor de Oliveira. Os julgamentos acon-tecerão nos dias 20 e 21 de novembro, durante todo o dia. Podem participar animais Girolando 1/2, 3/4 e 5/8 ou PS, conforme o Regulamento Oficial da Asso-ciação.

A raça Girolando ainda terá Torneio Leitei-

Girolando ampliaparticipação na Feileite

ro Oficial. Serão disponibilizadas 30 vagas. Poderão participar da competição vacas e novilhas dos graus de sangue 1/4, 1/2, 3/4 e 5/8 ou PS. Serão premiadas as primeiras colocadas de cada categoria (Novilha e Vaca), em cada grau de sangue, além da Campeã e Reservada Campeã Geral na categoria Novilha e na categoria Vaca. As disputas do Torneio começam às 14h do dia 19 de novembro e vão até às 14h do dia 22 de novembro.

As inscrições para o preenchimento das 480 va-gas disponíveis para julgamento e para torneio leiteiro foram abertas no dia 1º de outubro, e vão até o dia 09 de novembro, porém, caso as vagas sejam preenchi-das antes dessa data, as inscrições serão encerradas.

A novidade da Girolando na Feileite será a reali-zação da Jornada Técnica, abrindo a programação da raça na feira. As aulas acontecerão nos dias 18 e 19 de novembro. O objetivo é capacitar criadores, estudan-tes e profissionais do setor pecuário para a seleção da raça. As inscrições para a Jornada e para Julgamento e Torneio Leiteiro já estão abertas: ([email protected] ou (12) 3959-7292).

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De 2 a 9 de setembro, aconteceu a 57ª Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial de Muriaé (MG), que contou com julgamento da raça Girolan-do.

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Muriaé

Melhor Criador/Expositor Geral: Mila de Carvalho Laurindo e Campos

Girolando 3/4Melhor Fêmea Jovem:Helen FIV Bradley Rancho do ROExpositor: Odilon de Rezende Barbosa FilhoMelhor Vaca Jovem: Fafá JM Monte AlverneExpositor: Luiz Paulo LevateGrande campeã: Fafá JM Monte AlverneExpositor: Luiz Paulo Levate

Girolando 5/8 Melhor Fêmea Jovem: Novidade FIV Bandoli

Expositora: Luiz Carlos Bandoli GomesMelhor Vaca Jovem: Hebe LagloriaExpositor: Cristovão José RabeloGrande Campeã: Hebe LaglóriaExpositor: Cristovão José RabeloMelhor Macho Jovem: Heros FR RecreioExpositor: Mila de Carvalho Laurindo e Campos

Girolando 1/2Melhor Fêmea Jovem: Bella Teatro da Rachapau FIVExpositor: Filipe Alves GomesMelhor Vaca Jovem: Audica FIV EspanhaExpositora: Christina do Valle Teixeira LothGrande campeã: Jataí da Centrogen TEExpositor: Otto de Souza Marques Júnior

ResendeA 5ª Exposição Interestadual Top Girolando aconte-ceu entre os dias 25 e 30 de setembro na cidade de Resende.

Melhor Criador/Expositor Geral:Mila de Carvalho Laurindo e Campos

Girolando 3/4Melhor Fêmea Jovem: Lenda Dundee BabitongaExpositor: Otto de Souza Marques JúniorMelhor Vaca Jovem: Germina CarolinaExpositor: Eneas Rodrigues BrumGrande campeã: Joice MExpositor: Rafael Tadeu Simões

Girolando 5/8 Melhor Fêmea Jovem: Hillary FIV Monument DelibExpositora: Eugênio Deliberato Filho

Melhor Vaca Jovem: Hebe LaglóriaExpositor: Cristovão José RabeloGrande Campeã: Hebe LaglóriaExpositor: Cristovão José RabeloMelhor Macho Jovem: Estilo Soberano CafalloniExpositor: Reginaldo Cafalloni da RosaGrande campeão: King Frank Dom NatoExpositor: José Donato Dias Filho

Girolando 1/2Melhor Fêmea Jovem: Bella Teatro da Racha-pau FIVExpositor: Filipe Alves GomesMelhor Vaca Jovem: Kika Sansão FIV do AnilExpositora: Francisco Rafael GonçalvesGrande campeã: Engenho da Rainha BiancaExpositor: Rafael Tadeu Simões

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Melhor Criador/Expositor Geral: Itamir Faria Valle

Girolando 3/4Melhor Fêmea Jovem: Nobreza Denzel Maria SantíssimaExpositora: Cristina Ruscitti MartinsMelhor Macho Jovem: Soberano da Lagoa SantaExpositor: Ronie Rodrigues de Freitas

Itarumã

A 15ª Expoita (Exposição Agropecuária de Itarumã) aconteceu de 19 a 22 de julho, em Goiás.

Girolando 5/8 Melhor Fêmea Jovem: Cantora F. CongonhasExpositor: Ildo FerreiraMelhor Vaca Jovem: Amora Sabiá IT Expositor: Roberto A. Peres / Rogério O. CorrêaGrande campeã: Amora Sabiá IT Expositor: Roberto A. Peres / Rogério O. Corrêa

Girolando 1/2Melhor Fêmea Jovem: Charlata RenascerExpositor: Ildo FerreiraMelhor Vaca Jovem: Grisa FIV do PeryExpositor: Jander Lima VilelaGrande campeã: Grisa FIV do PeryExpositor: Jander Lima Vilela

Melhor Criador/Expositor Geral: Condomínio João Magalhães e Filhos

Girolando 3/4Melhor Fêmea Jovem: Lenda Dundee BabitongaExpositor: Otto de Souza Marques JúniorMelhor Vaca Jovem: Ambição LHL Santa HelenaExpositor: Luiz Paulo LevateGrande campeã: Ambição LHL Santa HelenaExpositor: Luiz Paulo LevateMelhor Macho Jovem: Baby BandoliExpositor: Luiz Carlos Bandoli Gomes

Juiz de Fora

Girolando 5/8Melhor Fêmea Jovem: Novidade FIV BandoliExpositor: Luiz Carlos Bandoli GomesMelhor Vaca Jovem: Iara FIV Goldwyn Volta FriaExpositor: Cristovão José RabeloGrande Campeã: Fabiane LagloriaExpositor: Cristovão José Rabelo

Girolando 1/2Melhor Fêmea Jovem: Dengosa Teatro FIV MauáExpositor: Condomínio João Magalhães e FilhosMelhor Vaca Jovem: Hizalina LagloriaExpositor: Filipe Alves GomesGrande campeã: Emanuela Barbante VilarejoExpositor: Marcos Alexandre da Silva

De 8 a 12 de agosto, a 60ª Expofeira Agropecuária de Juiz de Fora, em Minas Gerais, foi realizada no Parque de Exposições do Bairro Jóquei Clube.

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Melhor Criador/Expositor Geral:Roberto Martins Villela

Girolando 3/4Melhor Fêmea Jovem: Revista FDFExpositor: Flávio Donizete de FreitasGrande campeã: 0068 Athina Leduc Santa LucciaExpositor: Alexandre Waldvogel

Cuiabá

A Expoleite MT ocorreu de 5 a 15 de julho, em Cuia-bá (MT), durante a 48ª Expoagro.

Girolando 5/8 Melhor Fêmea Jovem: Atenas Lagoa do ServoExpositor: Luciano Lacerda NunesMelhor Vaca Jovem: Abelha Monte AzulExpositor: Roberto Martins VillelaGrande Campeã: Fantasia Maia CorrêaExpositor: Francisco Rangel de Queiroz

Girolando 1/2Melhor Fêmea Jovem: Fanih Sentry Monte AzulExpositor: Roberto Martins VillelaMelhor Vaca Jovem: Acetinada Paramount FIV da XapetubaExpositor: Evandro Loureiro Borba

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COLOSTRO

CAPÍTULO IDO OBJETIVO

Art. 1° - Este regulamento tem por objetivo estabele-cer as normas relativas à realização de Torneios Lei-teiros Oficiais de Girolando, que têm por finalidades:

I - Incentivar e promover a pecuária nacional, difun-dindo e incrementando o consumo de leite e seus derivados.II- Promover reunião de técnicos e criadores, obje-tivando maior difusão de conhecimentos e aperfei-çoamento de métodos destinados ao aumento de produção e da produtividade do rebanho leiteiro.III – Orientação, pelos técnicos, a respeito de manejo e alimentação, bem como de novas técnicas.IV – Demonstrar, através dos animais concorrentes, o grau de desenvolvimento da pecuária leiteira re-gional, estadual e nacional.

CAPÍTULO IIDA REALIZAÇÃO E DIREÇÃO

Art. 2° - Os Torneios Leiteiros Oficiais de Girolando serão promovidos e dirigidos por entidades e órgãos ligados ao Agronegócio.

CAPÍTULO IIIDA ÉPOCA E LOCAL

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Leandro de Carvalho PaivaSuperintendente do SRGRG

Art. 3° - O local e a data para a realização do tor-neio leiteiro serão definidos pela respectiva Comis-são Organizadora, devendo enviar ao Departamento de Provas Zootécnicas da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando (Girolando) a programação definitiva, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

CAPÍTULO IVDAS COMISSÕES

Art. 4º - A Comissão Organizadora do evento deverá ser formada por técnicos, pecuaristas, participantes ou não do torneio, e representantes de entidades de classe ligadas ao setor.

Parágrafo Único - Caberá à Comissão Organizadora:I - Preparar o recinto do torneio leiteiro para a chega-da dos animais.II - Fazer a recepção dos animais inscritos.III - Ajudar na manutenção, tratamento e preparo da cama dos animais.IV - Orientar os médicos veterinários que darão su-porte ao evento.

Art. 5° - Haverá uma Comissão Técnica para orien-tação e fiscalização das ordenhas, bem como orga-nização e realização das pesagens, constituída por, no mínimo, 03 (três) membros, sendo no mínimo,

Torneios Leiteiros Oficiais de Girolando

Nesta edição, iremos dedicar toda a coluna “Colos-tro” para a apresentação do regulamento de Tor-neios Leiteiros Oficiais de Girolando, elaborado pelo Conselho Deliberativo Técnico (CDT) em conjunto com a Diretoria Executiva da Girolando. Este regu-lamento tem como principal objetivo padronizar e melhorar a regulamentação dos torneios leiteiros de Girolando oficializados que são realizados por diversas entidades em todo o país e a partir desta regulamentação possibilitar a criação do Ranking Girolando de Torneios Leiteiros, previsto para se iniciar a partir do Ranking 2013/2014, logo após a Megaleite 2013. O regulamento, a seguir, também se encontra disponível no site www.girolando.com.br. Mais informações poderão ser obtidas junto ao Departamento de Provas Zootécnicas da Girolando, pelo telefone (34) 3331-6000.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIROLANDOREGULAMENTO DE TORNEIOS LEITEIROS OFICIAIS

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um destes, técnico indicado pelo Departamento de Provas Zootécnicas da Girolando, e os demais mem-bros por técnicos do setor, pecuaristas ou membros da Comissão Organizadora.

Parágrafo Único - As comissões envolvidas na orga-nização do torneio leiteiro deverão realizar uma reu-nião, com antecedência mínima de 04 (quatro) horas antes do início da primeira ordenha, com todos os ordenhadores, tratadores, expositores, técnicos e demais pessoas envolvidas no evento, com o intuito de passar informações sobre o torneio leiteiro, bem como tirar dúvidas sobre este regulamento.

Art. 6° - Uma hora antes de cada ordenha deverão estar presentes no recinto os membros da Comissão Técnica.

Art. 7° - A Comissão Técnica ficará a cargo do téc-nico indicado pela Girolando, que será responsável por coordenar as ordenhas, as pesagens e a distri-buição das tarefas de fiscalização.

CAPÍTULO VDOS PARTICIPANTES

Art. 8° - Todo produtor rural que se dedique à bovi-nocultura leiteira poderá participar do torneio leitei-ro.

Parágrafo Único - Para efeito de contagem de pon-tos para o Ranking Girolando (a partir do Ranking 2013/2014), somente serão consideradas as pontu-ações de criadores e expositores associados da Gi-rolando.

Art. 9° - As datas e prazos limites para a inscrição dos animais serão definidos pela Comissão Organi-zadora do torneio leiteiro.

§ 1º - No ato da inscrição dos animais os participan-tes deverão assinar um termo de compromisso to-mando ciência e concordando com todas as normas deste regulamento.

§ 2º - Os equipamentos de ordenha, bem como os latões para acondicionamento do leite antes das pe-sagens serão de responsabilidade do expositor par-ticipante, devendo os latões possuir capacidade mí-nima de 30 (trinta) litros, sendo um para cada animal, não podendo ser de material transparente.

Art. 10° - Cada participante poderá inscrever até 03 (três) animais, independente da categoria e compo-sição racial, que em hipótese alguma poderão ser substituídos após o encerramento das inscrições. O número total de vagas disponíveis será definido pela Comissão Organizadora.

Parágrafo Único - A disposição dos animais no pa-vilhão (argolas) será definida pela Comissão Organi-zadora.

Art. 11 - O valor da taxa de inscrição dos animais será definido pela Comissão Organizadora.

Parágrafo Único - No local do torneio leiteiro somen-te poderão ficar alojados os animais que participam do evento.

Art. 12 - Para cada animal inscrito serão exigidos do-cumentos de sanidade, de acordo com as normas vigentes dos órgãos locais de fiscalização.

Parágrafo Único - Não será permitida a entrada, no recinto, de animais com sinais clínicos de doenças infectocontagiosas e/ou parasitas externos.

Art. 13 - A aplicação de qualquer substância injetável ou por via nasal, salvo ocitocina, implicará na des-classificação do animal no torneio leiteiro.

§ 1º - A Comissão Organizadora fornecerá ocitoci-na injetável em cada ordenha, aos participantes. A ocitocina ficará de posse da Comissão Organizadora durante todo o período do torneio leiteiro.

§ 2º - Não será permitida a utilização de ocitocina que não for fornecida pela Comissão Organizadora.

§ 3º - A partir das 48 (quarenta e oito) horas que an-tecederem a primeira ordenha não será permitida a utilização de substâncias injetáveis ou por via nasal, salvo ocitocina, quando terá início a fiscalização do torneio leiteiro.

§ 4º - Todos os animais participantes deverão dar entrada no recinto do torneio leiteiro até as 48 (qua-renta e oito) horas que antecederem o início da pri-meira ordenha.

Art. 14 - Não será permitida a retirada dos animais do pavilhão antes do término da ordenha de todos os animais participantes, bem como a saída dos mes-mos da área demarcada fora do pavilhão. Caso seja necessária a saída dos animais da área demarcada, o animal deverá estar acompanhado de um fiscal até o seu retorno, com autorização prévia da Comissão Organizadora.

Parágrafo Único - Havendo infração deste artigo, o animal será penalizado em 10% do total de leite pro-duzido durante as 09 (nove) ordenhas válidas.

Art. 15 - Para os animais que serão ordenhados atra-vés de ordenha mecânica, o teste dos equipamentos será obrigatório no mínimo 01 (uma) hora antes de

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cada ordenha, notificando a Comissão Organizadora caso ocorra algum imprevisto. A Comissão Organi-zadora não se responsabiliza por nenhum imprevis-to decorrente da falha e/ou falta de manutenção dos equipamentos pertencentes aos concorrentes, dan-do prosseguimento ao evento.

CAPÍTULO VIDAS CATEGORIAS

Art. 16 - Os animais inscritos serão classificados de acordo com as categorias descritas abaixo:I - Categoria Vaca: 1/4 Hol + 3/4 Gir, 1/2 Hol + 1/2 Gir, 3/4 Hol + 1/4 Gir e 5/8 Hol + 3/8 Gir ou Puro Sin-tético da raça Girolando (PS).II - Categoria Novilha: 1/4 Hol + 3/4 Gir, 1/2 Hol + 1/2 Gir, 3/4 Hol + 1/4 Gir e 5/8 Hol + 3/8 Gir ou Puro Sintético da raça Girolando (PS).

§ Parágrafo Único - Independente da idade do ani-mal declarada no certificado, será adotado o exame de dentição, pela Comissão Técnica, para o enqua-dramento dos animais dentro das respectivas cate-gorias:I - Categoria Novilha: animais que possuem até se-gunda muda.II - Categoria Vaca: animais que possuem mais de 04 (quatro) dentes definitivos ou terceira muda in-completa (ausência total ou parcial dos dentes cadu-cos, dos médios ou cantos).

Art. 17 - Somente participam do torneio leiteiro ani-mais portadores de Controle de Genealogia Definiti-vo (CGD) ou Registro Genealógico Definitivo (RGD), comprovado através da apresentação do certificado emitido pela Girolando.

§ 1º - Nos 03 (três) primeiros anos do torneio leitei-ro oficializado, a critério da Comissão Organizadora do evento poderão ser inscritos animais com gene-alogia desconhecida (GD), ou seja, livro aberto. Nos anos seguintes, somente poderão ser inscritos ani-mais com genealogia conhecida (GC), ou seja, livro fechado.

§ 2º - Para efeito de contagem de pontos no Ranking Girolando, que se iniciará a partir do Ranking 2013/2014, somente serão computados os pontos de animais com genealogia conhecida (GC), ou seja, livro fechado.

Art. 18 - Apenas para efeito de oficialização da pro-dução de leite, poderão ser inseridos animais de ou-tros graus de sangue no torneio leiteiro, desde que devidamente inscritos no Serviço de Registro Gene-alógico da Raça Girolando, não podendo participar da disputa dos títulos previstos neste regulamento.

Art. 19 - Os animais serão submetidos a uma inspe-ção realizada por uma comissão de, no mínimo, três técnicos, sendo no mínimo um destes, técnico da Girolando. A inspeção será realizada no recinto do torneio leiteiro, após o término da entrada dos ani-mais, sendo o veredicto desta comissão soberano e inapelável. A caracterização racial e a identificação dos animais deverão ser observadas com muito ri-gor, conforme o regulamento do SRGRG.

Parágrafo Único - Esta comissão emitirá um laudo de inspeção contendo a identificação completa dos animais, criador e expositor, que ficará à disposição dos participantes e da Comissão Organizadora.

Art. 20 - A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando não se responsabilizará pelos imprevistos decorrentes do impedimento da participação dos animais, acatando a decisão da Comissão Organiza-dora.

CAPÍTULO VIIDAS ORDENHAS

Art. 21 - Serão realizadas 10 (dez) ordenhas durante o torneio leiteiro, iniciando-se às 14 horas do primei-ro dia do evento. A ordenha de maior produção será desconsiderada, para efeito de esgota do leite. As 09 (nove) ordenhas restantes totalizarão as produções diárias, sendo estas consideradas como as ordenhas válidas para o torneio leiteiro. Art. 22 - As ordenhas serão manuais ou com or-denhadeiras mecânicas, devendo ser realizadas 03 (três) ordenhas no período de vinte e quatro horas, perfazendo um total de 09 (nove) ordenhas válidas num período de 72 (setenta e duas) horas.

§ 1º - As ordenhas acontecerão às 14 horas, às 22 horas e às 06 horas, e assim sucessivamente, com intervalos de 08 (oito) horas, até que sejam comple-tadas as 10 (dez) ordenhas.

§ 2º - Toda e qualquer metodologia realizada na pri-meira ordenha será obrigatoriamente mantida nas ordenhas seguintes, conforme indicado no Termo de Compromisso.

Art. 23 - Cada participante poderá usar 01 (um) ou 02 (dois) ordenhadores para o mesmo animal, ao mes-mo tempo, que somente poderão ser substituídos depois de completada a ordenha.

Parágrafo Único - Será exigido, no mínimo, um or-denhador para cada 03 (três) animais participantes por expositor concorrente.

Art. 24 - Todas as 10 (dez) ordenhas terão a dura-

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ção máxima de 15 (quinze) minutos, obedecendo, a partir da primeira ordenha, a ordem dos animais a serem ordenhados de cada participante e horários estabelecidos neste regulamento.

Parágrafo Único - A critério da Comissão Organiza-dora a duração de cada ordenha poderá se estender por mais 05 (cinco) minutos, desde que antecipada-mente informado aos participantes.

Art. 25 - Durante o processamento das ordenhas somente poderão estar no recinto os ordenhadores, expositores e componentes da Comissão Organiza-dora e da Comissão Técnica, observando-se total si-lêncio e a menor movimentação possível.

Art. 26 - O procedimento de ordenha do animal com cria ao pé ou não, na primeira ordenha, obrigato-riamente será repetido nas demais ordenhas, bem como a utilização ou não de ocitocina injetável na primeira ordenha.

CAPÍTULO VIIIDA PESAGEM DO LEITE

Art. 27 - As pesagens serão efetuadas após cada or-denha, na presença dos participantes, dos membros da Comissão Organizadora e da Comissão Técnica, em ambiente que facilite o acesso do público. As pe-sagens serão iniciadas após o término da ordenha de todos os animais participantes. Art. 28 - O transporte do leite até a balança, bem como a transferência do leite para o balde oficial e colocação do mesmo na balança, serão feitos obri-gatoriamente pelo concorrente ou pessoa designada por este.

Art. 29 - Somente será pesado o leite que se enqua-drar nas condições normais de higiene.

Art. 30 - Não será permitido o uso de balanças, mé-todos visuais ou de estimativas para se mensurar o leite, bem como qualquer outro método que não seja a balança oficial do torneio leiteiro.

Art. 31 - As pesagens serão anotadas, o mais exato possível (três casas decimais), em fichas apropria-das, com cópias que serão fornecidas aos proprie-tários ou responsáveis pelos animais participantes.

Art. 32 - Os pormenores, como os sinais de início e término das ordenhas, os locais de coleta de leite, lo-cal e posição dos baldes e latões antes do início das ordenhas e as pesagens ficarão a cargo do técnico indicado pela Girolando.

Art. 33 - A critério da Comissão Organizadora, em

cada ordenha, após a pesagem oficial, será feita uma coleta de amostra do leite mensurado, de cada ani-mal (individualmente), que será utilizada para a aná-lise da composição do leite ou quaisquer outras aná-lises e avaliações que se fizerem necessárias.

CAPÍTULO IXDA CLASSIFICAÇÃO, TÍTULOS E PRÊMIOS

Art. 34 - Para efeito de classificação, será obedecido o resultado final do torneio leiteiro dos animais com a maior produção dentro da categoria e em cada grau de sangue, apurado através de:I - Produção total de leite de 09 (nove) ordenhas vá-lidas.II - Produção média diária de leite em quilograma (kg).

Art. 35 - Serão atribuídos títulos aos animais com melhor classificação no torneio leiteiro, dentro de cada grau de sangue e entre todos os graus de san-gue (geral), da seguinte forma:

1. Por grau de sangue:1.1 Campeã Vaca Girolando (1º lugar)1.2 Campeã Novilha Girolando (1º lugar)

2. Todos os animais, independente do grau de sangue (geral):2.1 Campeã Geral Vaca Girolando (1º lugar)2.2 2º lugar Geral Vaca Girolando2.3 3º lugar Geral Vaca Girolando2.4 Campeã Geral Novilha Girolando (1º lugar)2.5 2º lugar Geral Novilha Girolando2.6 3º lugar Geral Novilha Girolando

§ 1º - Será atribuído o título de GRANDE CAMPEÃ DO TORNEIO LEITEIRO para o animal que produzir o maior volume de leite durante as 09 (nove) ordenhas válidas, dentre todos os animais participantes que foram premiados em suas respectivas categorias.

§ 2º - Não será permitido realizar o banho de leite na-tural comemorativo após a divulgação dos resulta-dos do torneio leiteiro. Esta prática poderá ser subs-tituída por outro tipo de comemoração (Ex: chuva de papel picado ou de isopor).

Art. 36 - A premiação oferecida no torneio leiteiro bem como sua distribuição entre os animais e ex-positores concorrentes ficará a cargo da Comissão Organizadora.

CAPÍTULO XDA OFICIALIZAÇÃO

Art. 37 - Para a oficialização de um torneio leiteiro, a Comissão Organizadora deverá encaminhar pedido

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formal à Girolando com antecedência mínima de 30 (trinta) dias antes do início do evento.

Parágrafo Único - Após a aprovação da oficialização do torneio leiteiro a Comissão Organizadora deverá enviar ao Departamento de Provas Zootécnicas da Girolando a programação das ordenhas, bem como informar o local e data do evento.

Art. 38 - Todas as despesas decorrentes do torneio leiteiro são de responsabilidade da Comissão Orga-nizadora do evento.

Art. 39 - Somente serão oficializados os torneios lei-teiros que atenderem às normas deste regulamento.

Art. 40 - Para que a produção de leite de um animal, participante de torneio leiteiro, seja oficializada pela Girolando, serão considerado somente os resulta-dos obtidos em torneios leiteiros oficiais, de animais portadores de Controle de Genealogia Definitivo ou Registro Genealógico Definitivo.

Art. 41 - A Comissão Organizadora deverá encami-nhar ao Departamento de Provas Zootécnicas da Gi-rolando, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após o término do torneio leiteiro, uma cópia do regula-mento do evento, o resultado final com todas as pe-sagens de leite das 10 (dez) ordenhas realizadas e um relatório geral do evento, com a assinatura de, no mínimo, 03 (três) membros da Comissão Técnica.

CAPÍTULO XIDAS PENALIDADES

Art. 42 - Qualquer tentativa ou constatação de frau-de ou adulteração do leite produzido, bem como observação de qualquer tipo de irregularidade que venha a beneficiar ou prejudicar algum animal parti-cipante, praticado pelo expositor e/ou pessoa ligada a ele, implicará na imediata desclassificação do(s) animal(ais) e do respectivo expositor no torneio lei-teiro e a retirada imediata do(s) animal(ais) do recin-to, sem prejuízo a outras penalidades.

Art. 43 - Fica sujeito à sua imediata desclassificação e retirada de seu(s) animal(ais) no torneio leiteiro o expositor e/ou pessoa ligada a ele que agir de má fé, a juízo da Comissão Organizadora, causando danos a equipamentos e prejudicando o desempenho dos animais dos demais expositores, bem como agredir, verbalmente ou fisicamente, qualquer um dos par-ticipantes ou membros da Comissão Organizadora.

Art. 44 - Qualquer tipo de denúncia deverá ser apre-sentada formalmente, por escrito, e entregue à Co-missão Organizadora para apuração.

Art. 45 - Em caso de reincidência, além das penali-dades previstas neste regulamento, o expositor e/ou pessoa ligada a ele estarão sujeitos a outras penali-dades a serem aplicadas pela Comissão de Ética da Girolando.

CAPÍTULO XIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 46 - Todos os concorrentes e pessoas presen-tes no recinto do torneio leiteiro estarão sujeitas a este regulamento, qualquer que seja sua qualidade ou função, sendo que qualquer transgressão às suas determinações sujeita o infrator às penalidades aqui determinadas.

Parágrafo Único – Serão os expositores responsá-veis pelos atos e ações de seus funcionários, esta-giários, familiares ou pessoas contratadas por ele, durante todo o período do evento.

Art. 47 - A critério da Comissão Organizadora pode-rão ser utilizados recursos eletrônicos ou qualquer outro tipo de recurso para auxiliar na fiscalização do torneio leiteiro.

Art. 48 - Fica expressamente proibido qualquer tipo de adaptação deste regulamento, salvo nos casos previstos.

Art. 49 - O Torneio Leiteiro Nacional de Girolando e demais torneios organizados pela Associação Brasi-leira dos Criadores de Girolando terão regulamento específico, podendo participar apenas animais que possuem genealogia conhecida (GC), ou seja, livro fechado.

Art. 50 - Os casos omissos neste regulamento serão analisados pela Comissão Organizadora do torneio leiteiro, ouvido o Departamento de Provas Zootéc-nicas ou a Superintendência Técnica da Girolando.

Art. 51 - Este regulamento somente poderá ser alte-rado por proposta do Conselho Deliberativo Técnico em conjunto com a Diretoria Executiva da Girolando.

Art. 52 - Este regulamento foi aprovado na 323ª reu-nião da Diretoria Executiva da Girolando, entrando em vigor a partir do dia 18 de setembro de 2012.

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Gestão 2011 – 2013

Dados dos Associados Associados ativos em 01/01/2011: 2.138Novos associados no período: 726Associados que retornaram ao quadro: 54Desligamento de associados: 304Associados ativos em 31/08/2012: 2.614 Registros (janeiro/agosto – 2012) RGD: 46.800RGN: 18.708RF: 2.075Total: 67.583

Balanço Financeiro (janeiro/agosto – 2012) Receitas: R$ 4.343.752,41Despesas: R$ 3.806.118,99 Resultado: R$ 537.633,42

MEGALEITE 2012Como alertamos na redação anterior, o balanço finan-ceiro publicado acima já contempla as contas da ME-GALEITE deste ano e reduz o resultado em relação ao anterior.Sobre este tema é oportuno relembrar que as Parcerias Masters, as quais sempre exaltamos e somos gratos, foram criadas visando, sobretudo, contribuir para que os grandes eventos da Girolando (MEGALEITE, Con-gresso, entre outros) não provocassem desiquilíbrios financeiros nas contas da Entidade. Este ano, consegui-mos ficar dentro dos limites previstos sem onerarmos o fluxo normal de nossas contas mesmo com o aumento de custos, no aluguel do Parque Fernando Costa, e sem contar com emendas parlamentares, como em 2011, em face das alterações promovidas pelo Governo Fe-deral que inviabilizaram a destinação desses recursos para o evento.

ASSEMBLEIA GERALConvocaremos possivelmente para o início de dezem-bro, uma Assembleia Geral Extraordinária com a finali-

dade de adequarmos o Estatuto Social da Girolando, as novas exigências legais e condições mais favoráveis de funcionamento.Emitiremos a convocação, com antecedência, disponi-bilizando as propostas. Ressaltamos que a Assembleia é o órgão máximo da Associação e as contribuições e participações do maior número de associados, mais do que desejáveis, são fundamentais para o crescimento da Entidade.

SISTEMA WEBNo último mês os dados de utilização da Web Girolan-do mostraram o maior pico de utilização desde o seu lançamento, o que confirmou uma boa aceitação e utili-zação por parte dos nossos associados.Este crescimento era aguardado ansiosamente pela Diretoria, pois acreditávamos que a utilização da Web Girolando iria facilitar, agilizar e integrar todo o serviço de controle genealógico, proporcionando maior como-didade e rapidez nas liberações dos serviços prestados pela Associação.Diversos investimentos foram feitos para que esta tão esperada aceitação pudesse se tornar realidade. Com melhor estrutura, foi possível disponibilizar novas ferra-mentas que tornaram o sistema mais funcional e atrati-vo para o associado.Quanto mais adesões o sistema possuir, menor será o tempo gasto para processar todas as informações de registro dos animais. Sendo assim, todos os serviços prestados serão executados com maior precisão e tem-po muito menor.No fechamento desta revista, 04/10/2012, já totalizamos 1.317 usuários da Web Girolando e só no mês de se-tembro foram recebidas 3.163 comunicações e cadas-trados 5.000 animais.Para esclarecer dúvidas, enviar críticas ou sugestões, o endereço eletrônico é [email protected], aos cuidados de Luana Santos. Se preferir, basta ligar na Associação e solicitar contato direto com o setor de T.I. (Tecnologia da Informação).

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Unesp O superintendente Técnico da Girolando, Leandro de Carvalho Paiva, participou, no dia 23 de setem-bro, da 18ª edição da Semana de Estudos em Me-dicina Veterinária, evento promovido pela Unesp de Araçatuba-SP. A Girolando marcou presença com palestra proferida pelo superintendente Técnico Le-andro Paiva, que abordou o tema “O Exemplo de Sucesso do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando”.

USPA raça Girolando também foi destaque na Semana de Medicina Veterinária da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, em Pirassununga (SP). No dia 27 de setembro, o coordenador Opera-cional do Programa de Melhoramento Genético de Girolando (PMGG), Marcello Cembranelli, ministrou palestra sobre a evolução da raça, cruzamentos, Teste de Progênie e PMGG.

ParceriaRepresentantes da Associação Brasileira de Criado-res de Bovinos da Raça Holandesa visitaram, no dia 20 de setembro, a sede da Girolando, em Uberaba (MG). O superintendente Técnico da Holandesa, Pe-dro Ribas, e o gerente de Informática, Altamir Mar-ques, foram recebidos pelo diretor da Girolando, Milton Magalhães. Durante o encontro foram defini-das ações para estreitar o relacionamento entre as duas associações, principalmente em relação aos departamentos Técnico e de Tecnologia da Infor-mação. Também participaram da reunião o supe-rintendente Técnico da Girolando, Leandro Paiva, o superintendente Geral, Hilton Lacerda, e o respon-sável pelo setor de Tecnologia da Informação, Luiz Fernando Moura.

ExpointerCom o intuito de fomentar a raça Girolando no Rio Grande do Sul, uma comitiva da Girolando, a convi-te de criadores daquele Estado, marcou presença na

maior exposição agropecuária da América Latina, a Expointer, realizada na cidade de Esteio-RS. Entre os dias 24 e 26 de agosto, os vice-presidentes da entida-de, Fernando Brasileiro e Jônadan Ma, e o superin-tendente Técnico Leandro Paiva tiveram oportunida-de de conhecer todo o potencial e vocação do Estado para o agronegócio. A comitiva uberabense realizou uma série de reuniões com grupos de criadores das associações de gado Holandês e de Gir Leiteiro da-quele Estado, visando iniciar um trabalho de seleção e divulgação entre os criadores das duas raças.

Dia de CampoRealizado no dia 11 de agosto, em Jacareí (SP), o Dia de Campo da Escola Agrícola (Cônego José Bento) apresentou técnicas de pastejo rotacionado a alunos, produtores rurais e empresários da região. O evento foi desenvolvido pela Escola Agrícola em parceria com a Girolando, com o intuito de disse-minar técnicas modernas, de baixo custo e de alto valor agregado na produção de leite.

ParáO técnico da Girolando, Rogério Alessandro Barbo-sa de Souza, ministrou palestra sobre “Acasalamen-to de gado leiteiro”, no dia 9 de junho, na cidade de Abel Figueiredo (PA). A palestra fez parte da progra-mação do Primeiro Torneio Leiteiro do município, que ocorreu entre os dias 8 e 10 de junho, no recinto Mangueirão. O evento foi promovido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Abel Figueiredo.

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Hora do LeiteNo dia 28 de setembro, produtores de leite de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, San-ta Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Rio de Janeiro entregaram abaixo assinado com as principais reivindi-cações do setor para a Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que irá apresentar a lista ao governo fede-ral. Mato Grosso do Sul liderou o movimento e entre-gou ao governo do Estado, no dia 14 de setembro, as assinaturas de produtores e indústrias com a solicitação de medidas emergenciais. A entrega ocorreu durante o evento “A Hora do Leite”, realizado na sede do Sindicato Rural de Campo Grande.

FinanciamentoAs contratações do crédito rural para a agricultura supe-raram a marca dos R$ 20 bilhões nos meses de julho e agosto deste ano. Os números mostram que os financia-mentos do Plano Agrícola e Pecuário 2012/2013 supera-ram em 21,3% o volume contratado em igual período no ano passado (R$ 16,5 bilhões). O desembolso repre-senta 15,1% do montante programado para o ano-safra 2012/2013. Nos dois meses, os produtores contrataram R$ 17,4 bilhões dos R$ 115,2 previstos para a agricultura empresarial. O montante é 19,9% superior ao alcançado em julho e agosto de 2011. Os recursos para custeio e comercialização ultrapassam R$ 14,2 bilhões. Do crédito rural destinado ao Programa Agricultura de Baixo Car-bono (ABC) já foram liberados R$ 398,8 milhões.

Livre de aftosaA ampliação da Zona Livre de Aftosa com vacinação poderá ser uma realidade para o Nordeste, em breve. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nova Instrução Normativa, no dia 27 de setembro, revogando restrições sanitárias à febre aftosa. A IN inclui os Estados do Rio Grande do Norte e Paraíba no inquérito soroepidemiológico que está em andamento na região. No primeiro semestre deste ano, o Mapa já desenvolvia estudos no Nordeste, para am-pliar o status dos Estados. Segundo o ministro Mendes Filho, a inclusão do Rio Grande do Norte e da Paraíba no inquérito soroepidemiológico também implicará na revogação das restrições do trânsito animal entre as unidades federativas que participam do levantamento, que são os Estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

Semana do ProdutorA 1ª Semana do Produtor Rural, em Caçapava (SP), será realizada de 24 a 26 de outubro. O técnico da Girolando Samuel Silva Bastos será um dos palestrantes do even-to. Ele falará sobre como obter animais funcionais na raça Girolando. A palestra será no dia 26 de outubro, às 14h30. Serão três ciclos de palestras, com os temas nu-trição (do plantio da silagem à alimentação do rebanho), produção de leite com eficiência e ovinos e caprinos.

População ruralA ocupação rural no Brasil é de 29,37 milhões de pesso-as, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domi-cílios (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatística (IBGE). A base de dados é de 2011 e mostra que a população residente rural representa 15% da população total residente no País, que é de 195,24 milhões de pessoas. A população rural entre 15 e 54 anos corresponde a cerca de 16 milhões de pessoas e abrange, em termos percentuais, 54,8% da população rural. Os dados do estudo mostram, ainda, que a popu-lação ocupada em atividades agrícolas soma 14,7 mi-lhões de pessoas, sendo que a maioria é composta por empregados, 28,4%, e por autônomos, 29,6%.

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Guia Prático de ManejoA CRV Lagoa destinou um exemplar do Guia Prático de Manejo de Gado Leiteiro da CRV à Associação Brasileira de Criadores de Girolando. A entrega foi realizada por Tatiane Tetzner, gerente de produto Leite da CRV Lagoa, ao vice-presidente da entidade, Fernando Brasileiro Miranda, e ao superintenden-te Técnico, Leandro Paiva. A publicação, editada e supervisionada pela Veepro Holland & PTC (Practi-cal Training Center), da Holanda, foi desenvolvida para fazendeiros de todo o mundo e contém infor-mações práticas e simplificadas para melhorar os procedimentos do dia a dia das fazendas. O Guia é composto por dez fascículos: Manejo de Bezerras e Novilhas; Manejo Reprodutivo; Manejo do Melho-ramento Genético; Manejo da Alimentação; Manejo da Sanidade; Manejo da Sanidade de Úbere; Mane-jo da Sanidade de Cascos; Manejo dos Sistemas de Ordenha; Manejo das Instalações; e Manejo Econô-mico das Fazendas. Todos os criadores e produto-res de leite do Brasil podem acessar a versão digi-tal do Guia Prático de Manejo de Gado Leiteiro, em PDF, gratuitamente, através do link: https://global.crv4all.com/products/dairymanagementguide.

Homeopatia PopulacionalA Real H - Nutrição e Saúde Animal realizará, de 25 a 27 de outubro, o Congresso Nacional dos Distribui-dores Real H – Conad H. Durante três dias, mais de 80 distribuidores de todo o Brasil e Paraguai estarão presentes em Campo Grande (MS) para receberem treinamentos e acompanharem a apresentação das novas embalagens e o lançamento de novos pro-dutos. O Conad H tem como objetivo transformar os distribuidores em consultores de negócios e le-var as soluções da Homeopatia Populacional para os pecuaristas de todo o Brasil. Para isso, os con-gressistas irão participar de palestras técnicas, trei-namentos comerciais e de marketing. Esta edição do Conad H também representa mais um passo da Real H para manter a liderança no mercado de medi-camentos homeopáticos. A empresa realizará o lan-

çamento de novos produtos e apresentará as novas embalagens da Linha Saúde.

Amamentador automático A GEA Farm Technologies acaba de lançar, no mercado brasileiro, o Amamentador Automático de Bezerras. Com ele, os animais se alimentam em posição natural, com leite na temperatura correta e na quantidade adequada, reduzindo considera-velmente a mão de obra. Com dosagem precisa e mistura eficiente, o Amamentador da GEA promove maior ganho de peso diário, pois permite que a be-zerra mame com mais frequência, além de monito-rar constantemente o comportamento alimentar do animal, já que uma mudança repentina neste hábito pode indicar enfermi-dade. O Amamentador Automático GEA Farm Technologies está dis-ponível em duas confi-gurações: J-V600 - leite em pó e J-V640 - leite em pó e leite fluido. Cada estação pode ser conectada a dois pos-tos de alimentação que possuem capacidade para atender até 60 ani-mais cada. Para reba-nhos maiores, quatro módulos podem ser utilizados para alimen-tar um total de 120 be-zerras.

Equipe reforçadaCom a obtenção do registro do ZILMAX®, a MSD Saúde Animal criou uma estrutura exclusiva para esse segmento de negócios. Tiago Arantes assumiu como Gerente de Negócios; Rodrigo Goulart como Gerente Técnico e, a partir de setembro, a equipe ganhou mais três colaboradores para reforçar o time. Guilherme Alves Rother assume o cargo de Coordenador de Território Zilmax e vai atuar nas regiões de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Mar-celo de Oliveira Furtado foi contratado para assumir a Coordenação de Território Zilmax, sendo respon-sável pelas vendas e acompanhamento técnico co-mercial nos estados de Goiás e Tocantins. Cristiano Pedro Alberton também foi contratado para assumir a posição de Coordenador de Território Zilmax. É responsável pela coordenação de vendas e acom-panhamento técnico comercial, nas regiões de Mato Grosso e Roraima.

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Nome Cargo e/ou Setor Email Telefone

Leandro Paiva Zootecnista - Superintendente Técnico do SRGRG [email protected] (34) 3331-6000

Euclides Prata Zootecnista - Sup. Técnico Substituto e Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9972-3965

Fernando Boaventura Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9248-0302

Jesus Lopes Júnior Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9134-8666

José Renes Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9972-7882

Juscelino Ferreira Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9978-2237

Limírio Bizinotto Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (34) 9972-2820

Marcello Cembranelli Méd. Veterinário - Coord. Operacional do PMGG e DPZ [email protected] (34) 3331-6000

Edivaldo Júnior Técnico Agrícola - Técnico do PMGG e DPZ [email protected] (34) 3331-6000

Wewerton Rodrigues Zootecnista - Técnico do PMGG e DPZ (Juiz de Fora/MG) [email protected] (34) 3331-6000

Sérgio Esteves Eng. Agrônomo - Departamento de Exposições e Ranking [email protected] (34) 3331-6000

Hilton Nunes Superintendente Geral [email protected] (34) 3331-6000

Nilton Santana Superintendente Administrativo/Financeiro [email protected] (34) 3331-6000

Edlaine Boaventura Faturamento [email protected] (34) 3331-6000

Noeli Calixto Cobrança [email protected] (34) 3331-6000

Michael Paulino Grife Girolando [email protected] (34) 3331-6000

Nabor Paim Contabilidade [email protected] (34) 3331-6000

Carolina Castro Secretária da Presidência e Diretoria [email protected] / [email protected] (34) 3331-6000

Tassiana Giselle Secretária da Superintendência Técnica e Colégio de Jurados [email protected] / [email protected] (34) 3331-6000

Jean Carlos Serviço de Controle Leiteiro [email protected] (34) 3331-6000

Nivaldo Faria Expedição de Certificados [email protected] (34) 3331-6000

Luiz Fernando Tecnologia da Informação [email protected] (34) 3331-6000

Larissa Vieira Assessora de Imprensa [email protected] (34) 3331-6000

Consuelo Mansur Comunicação e Marketing [email protected] / [email protected] (34) 3331-6000

Camille Bilharinho Ouvidoria [email protected] (34) 3331-6000

ETR-BH (Belo Horizonte)

Jesus Lopes Júnior Coordenador Técnico [email protected] (34) 9134-8666

André Junqueira Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (37) 9964-8872

Nilo do Valle Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (31) 9954-7789

Gislaine Ribeiro Secretária [email protected] (31) 3334-5480

ETR-RJ/ES (Itaperuna)

Fernando Boaventura Coordenador Técnico [email protected] (34) 9248-0302

Érico Ribeiro Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (28) 9939-1501

Lucas Facury Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (22) 9862-8480

Ariane Fernandes Secretária [email protected] (22) 3822-3255

ETR-SP (Jacareí)

Euclides Prata Coordenador Técnico [email protected] (34) 9972-3965

Samuel Bastos Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (12) 8120-0879

Márcia Keli Secretária [email protected] (12) 3959-7292

ETR-GO/DF (Goiânia)

Limírio Bizinotto Coordenador Técnico [email protected] (34) 9972-2820

Bruno Viana Zootecnista - Técnico do SRGRG [email protected] (62) 8212-2984

Wanessa Silva Secretária [email protected] (62) 3203-5813

ETR-MS (Campo Grande)

Juscelino Ferreira Coordenador Técnico [email protected] (34) 9978-2237

Dagmar Rezende Zootecnista [email protected] (67) 9679-3440

Mariana Lacerda Secretária [email protected] (67) 3342-9287

ETR-NE (Recife)

Pétros Medeiros Méd. Veterinário - Técnico do SRGRG [email protected] (81) 9938-0070

Janaina Santos Secretária [email protected] (81) 3032-3981

Telefone: (34) 3331-6000 Site: www.girolando.com.br E-mail: [email protected]

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