o gafanhoto #58

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Escola Secundária da Gafanha da Nazaré gafanhoto 1 gafanhoto Escola Secundária Gafanha Nazaré Multiplicaram-se as árvores, os enfeites..., reflexos da alegria de estarmos a trabalhar num novo espaço. Foram muitos aqueles que contribuiram para que a ESGN se preparasse para o Natal ainda mais acolhedora. As salas de aula foram enfeitadas, os corredores, os tetos e a entrada passaram a ser o cenário da imaginação de muitos, mesmo muitos, que se juntaram para a enfeitar, como se fosse uma nova casa! Alunos e colegas do grupo de música da EB23 visitaram-nos e animaram a escola com cânticos de Natal. Primeiro Natal na escola nova! nº58 De De De De Dezembr embr embr embr embro 2012 o 2012 o 2012 o 2012 o 2012

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Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

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gafanhotoEscola Secundária Gafanha Nazaré

Multiplicaram-se as árvores, os enfeites..., reflexos daalegria de estarmos a trabalhar num novo espaço. Foram

muitos aqueles que contribuiram para que a ESGN sepreparasse para o Natal ainda mais acolhedora. As salas

de aula foram enfeitadas, os corredores, os tetos e aentrada passaram a ser o cenário da imaginação de

muitos, mesmo muitos, que se juntaram para a enfeitar,como se fosse uma nova casa! Alunos e colegas do

grupo de música da EB23 visitaram-nos e animaram aescola com cânticos de Natal.

Primeiro Natal naescola nova!

nº58DeDeDeDeDezzzzzembrembrembrembrembro 2012o 2012o 2012o 2012o 2012

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Desejo a todo o Agrupamento de Escolas da Gafanha da Nazaré Feliz Natal eum bom Ano Novo, assim como a força e o ânimo necessários para superar

todos os constrangimentos inerentes ao período conturbado que a sociedadeportuguesa atravessa, assim como espírito de resiliência para atingir osobjetivos a que nos propomos, tanto a nível pessoal como institucional e

profissional.A toda a comunidade da Escola Secundária da Gafanha da Nazaré, agradeço a

serenidade com que enfrentaram a vida em “estaleiro” dos últimos tempos.Valeu a pena. E como a nossa alma não é pequena, faremos com que continuesempre a valer a pena a nossa empreitada diária de construir uma comunidade

sólida e reconhecida.Maria Eugénia Martins Pinheiro

Associaçãode

estudantesNo mês de novembro, a Lista B

ganhou as eleições para aAssociação de Estudantes (AE).Informamos que este organismo jáse encontra ativo. Para maisinformações, ou caso queiras daropiniões/sugestões, visita a páginado Facebook da AE: https://www.facebook.com/AeEsgnListaB

No dia 20 de dezembro, pelas16 horas, terá lugar, na ESGN, asessão de entrega dos Diplomasaos alunos que concluíram o 12ºano em 2011/12 e das DistinçõesMeritórias aos alunos que, nomesmo ano letivo, foram propostospara o Quadro de Honra e deMérito.

Ficha Técnica

Índice

Sessão deentrega dediplomas

Catarina Gomes

Coordenação: Fernanda Alegrete, Paula Justiça, Inês FerreiraGrafismo e Paginação: Fernanda AlegreteRedação

Professores: Alda Fernandes, Ana Guimarães, Anabela Sousa, António Rodrigues, Dulce Carlos, EugéniaPinheiro, Fernanda Alegrete, Graça Martinho, Helena Maia Silva, Inês Ferreira, Isabel Sardo, IvoneMarques, Luísa São Marcos, Maria João Fonte, Natália Ferreira, Paula Justiça, Paula Marco, RosaAgostinho, Teresa Pacheco, Equipa do EcoEscolas, Equipa do PESAlunos: Beatriz Casqueira, Beatriz Graça, Carolina Casqueira, Catarina Gomes, Cátia Filipe, CristianaGraça, Diana Almeida, Diana Rocha, Fabiana Palmela, Fábio Maia, Fernando Ribau, Inês Fernandes,Joana Monteiro, João António, Joel Vareta, Kelly Oliveira, Lídia Almeida, Luís Melo, Maria Pires, NidiaRibau, Pedro Augusto, Pedro Soeiro, Raquel Monteiro, Sandrina Cardoso, Sara Oliveira, Sara Rocha,Susana Lopes, alunos do 7ºH, alunos do 9ºA (EB23 da Gafanha da Nazaré)Colaboradores: Ana Raquel Afonso, Betina Asteride, Luiz Alphonsus, Paulo Vieira, PRAVI-Núcleo deAveiro, Rui Osório, Vasco Lago Pinto.

2 Escola

3 Magusto

4 Biblioteca

6 Eco Escolas

9 Comenius

14 Desporto Escolar

16 PES

18 Línguas

20 Letras

22 Reflexão

24-25 Tempo de Natal

26 Direitos Humanos

33 Dos bichos

36 Online

44 Ciência

45 CMI

46 Opinião

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Magusto

No dia 12 de novembro de 2012 decorreu naEscola Secundária da Gafanha da Nazaré um jantarconvívio, onde se reuniram professores e alunos dediversas modalidades da educação e formação deadultos. Este contou com o contributo de todos, comdoces, salgados e bebidas, tendo a escola oferecidoas castanhas assadas e papas de abóboras, paradeleite de todos.

A confraternização festiva começou por volta das21 horas no refeitório da escola, tendo terminado porvolta das 22 horas e 30 minutos.

Entre conversas e gargalhadas, o jantar correubem. Todos provaram as diversas iguarias quetrouxeram.

Faltou, apenas, aquele néctar de eleição, ajeropiga, bebida tradicional das comemorações emhonra ao S. Magusto.

Já diz o provérbio: “No dia de S. Martinho, lume,castanhas e vinho.”

Susana Lopes, Fernando Ribau, Kelly Oliveira, Luís Melo, Joel Vareta

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Para os alunos do primeiro ano da EB da Cambeiae do Centro Escolar Santa Maria Manuela, a ida àBiblioteca Escolar já não é propriamente umanovidade. Ainda assim foi bom rever aquelesamiguinhos que desde os três anos semanalmentevêm à BE para a hora do conto e fazer a requisiçãodos livros que se quer ler em casa.

Esta primeira visita dos alunos do primeiro ano foitambém aproveitada para relembrar tantas coisasinteressantes que se podem fazer na BE e as regrasque devemos respeitar neste espaço, que é de todos.Nesta tarefa contámos com a ajuda da ratinha Maisy,no livro Maisy vai à Biblioteca, de Lucy Cousins e dolivro Boas Maneiras na Biblioteca, de Carrie Finn.

Paula Marco

Ainda pelo 1.º Ciclo, nos dias 10 e 11 de outubro,as BE da Cambeia e do Centro Escolar Santa MariaManuela foram brindadas com a primeira sessão desteano da atividade “A Biblioteca Municipal vai àsBibliotecas Escolares”. Nestas sessões o tema queserviu de mote à seleção dos livros a apresentar foi“Os sentimentos”. Os livros que nos encantaram fo-ram Melga e Mara, de Ann Bonwill e Layn Marlow, Olivro que voa, de Pierre Laury e O coração do alfaiate

de Txabi Arnal. Ficamos a aguardar novas vindas daBiblioteca Municipal às nossas BE.

Paula Marco

O livro é um bem para todos

Nas Bibliotecas do Centro Escolar Santa MariaManuela e da EB da Cambeia, a semana dasbibliotecas escolares teve o seu momento principalcom a sessão sobre o valor do livro dinamizada pelatécnica da BMI Marta Craveiro. Os nossos utilizadoresdo primeiro ano foram sensibilizados para o grandevalor que os livros devem ter para todos nós einformados acerca dos muitos cuidados que é precisoter para os preservar.

Ficaram também a conhecer alguns dos materiaise técnicas que é possível usar para o restauro doslivros quando, pelo uso ou devido a algum acidente,os livros se estragam.

Paula Marco

Escritores portuguesesneorrealistas

De 24 de setembro a 4 de outubro a BibliotecaEscolar da Escola Secundária da Gafanha da Nazaréacolheu a exposição de escritores portuguesesneorrealistas, exposição gentilmente cedida pelaBiblioteca Municipal de Ílhavo. Esta exposiçãobiográfica de quatro escritores neorrealistasportugueses: Alves Redol, Ilse Losa, Papiniano Carlose Sidónio Muralha, teve como objetivo dar destaqueàs obras destes autores existentes nas Bibliotecasda Rede de Bibliotecas de Ílhavo. Os nossosutilizadores puderam ainda ficar a conhecer o percursobiográfico destes escritores em muitos casos marcadopela resistência contra a ditadura salazarista.

Ana Guimarães

Os alunos do primeiro anoconhecem a sua biblioteca

“A Biblioteca Municipalvai às Bibliotecas

Escolares”

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Dia das bibliotecasescolares – 22 de outubro

Dia do MarEm novembro, para assinalar o

Dia Nacional do Mar, comemoradoa dia 16, esteve patente umaexposição dedicada ao tema, comdivulgação do fundo documental daBiblioteca, sugestões de leitura eexibição de duas fantásticasréplicas dos navios Santo André eSanta Cristina, elaboradas por JoãoNunes, antigo homem do mar daGafanha da Nazaré.

Ana Guimarães

Ílhavo a Ler+Já na sua terceira edição, o

Ílhavo a Ler+ é um concurso deleitura promovido pela Rede deBibliotecas de Ílhavo e destina-sea todos os alunos do concelho.

O prazer de ler é logicamente oprincípio subjacente a este con-curso que visa promover a leitura,explorar obras sugeridas pelo PNL,enriquecer as competências dosleitores e intensificar o contactocom o livro e a leitura.

Os concorrentes são agrupadosem quatro categorias: alunos do 1ºCiclo do Ensino Básico (4º ano),alunos do 2º Ciclo do Ensino Básico

(5º e 6º anos de escolaridade),alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico(7º, 8º e 9º anos de escolaridade) ealunos do Ensino Secundário (10º,11º e 12º anos de escolaridade).

Para a 1ª fase do concurso asobras seleccionadas foram: Uma

aventura na terra e no mar, de AnaMaria Magalhães e Isabel Alçada(4º ano); Os olhos de Ana Marta,

de Alice Vieira (2º ciclo); Aventuras

de João Sem Medo, de JoséGomes Ferreira (3º ciclo); O mundo

em que vivi, de Ilse Losa(Secundário).

Segue-se a realização de

provas, que no caso do 3º ciclo edo Ensino Secundário terá lugar a9 de janeiro de 2013.

Da 1ª fase serão seleccionados3 vencedores e 3 suplentes, queirão representar o Agrupamento naBiblioteca Municipal de Ílhavo, na2ª fase do concurso, em março de2013.

Ana Guimarães

No dia 22 de outubro, paraassinalar o Dia do Internacional dasBibliotecas Escolares, a Bibliotecada Escola Secundária da Gafanhada Nazaré abriu as portas com umaFeira do Livro para toda acomunidade escolar.

Com o apoio do Grupo LEYA, aFeira teve a duração de umasemana. Tendo sempre em vista apromoção da leitura e do livro, aBiblioteca ofereceu preços bastanteapetecíveis, com livros dirigidos aum público adulto e juvenil.

Foi dado ainda destaque àsquatro Bibliotecas Escolares doAgrupamento e à respetiva data deentrada na Rede de BibliotecasEscolares (RBE), para que todos,no recentemente criado megaagrupamento, conheçam estesespaços dedicados ao livro, àleitura, ao conhecimento e ao lazer.O Agrupamento de Escolas daGafanha da Nazaré conta comquatro Bibliotecas Escolaresintegradas na RBE. A mais antigaé da EB da Cambeia, que foi

integrada em 2002. Seguiu-se aBiblioteca da EB 2,3, integrada em2008. As duas mais recentes são aBiblioteca do Centro Escolar SantaMaria Manuela, integrada em 2010,e a da Escola Secundária,integrada no ano passado.

Ana Guimarães

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Projeto de Troca deManuais Escolares

No seguimento do projetoelaborado no ano anterior na ESGNpelos alunos do 9º ano emFormação Cívica, a equipa do EcoEscolas, em parceria com a equipada biblioteca escolar, vai promoveruma troca de Manuais Escolares nofinal do ano letivo. Esta trocadestina-se a todos os alunos quepreservem os seus ManuaisEscolares, de forma a que estespossam vir a ser reutilizados pelosseus colegas da escola. Estareutilização será uma forma deestimular o comportamentoecológico, uma vez que se diminuia quantidade de resíduos e orespeito pelo livro, tendo ao mesmotempo impacto na bolsa dasfamílias.

Ajuda-nos a ajudar.A equipa do Eco Escolas

e da Biblioteca Escolar

“A propósito do desafio sobre os novos hábitos depoupança na abertura do ano letivo, resolvi partilhar a

minha experiência uma vez que vivo no norte daHolanda, onde tudo se passa de modo completamente

diferente (…)Em primeiro lugar, os livros são gratuitos. São

entregues a cada aluno no início do ano letivo, comum autocolante que atesta o estado do livro. Pode ser

novo ou já ter sido anteriormente usado por outrosalunos. No final do ano, os livros são devolvidos à

escola e novamente avaliados quanto ao seu estado.Se por qualquer razão foram entregues em bom estadoe devolvidos já muito mal tratados, o aluno poderá ter

de pagá-los, no todo ou em parte.De facto, noto que há uma grande diferença se

compararmos o nosso país e a Holanda (ou comoutros países do Norte da Europa, onde tudo funciona

de forma idêntica). Usar ou comprar o que quer queseja em segunda mão é uma atitude socialmente

louvável, pelo que existem mil e umas opções. Não sóse aprende desde cedo a poupar e a reutilizar, como afocar as atenções, sobretudo as dos mais pequenos,

nas coisas realmente importantes.”Helena Rico, 42 anos, Groningen, Holanda / Publicado

no Jornal “PÚBLICO”, em 30-09-2012

O Vaivém dos Manuais naESGN

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Este ano, mais uma vez, aEscola Secundária da Gafanha daNazaré participou na SemanaEuropeia de Prevenção dosResíduos, em parceria com aCâmara Municipal de Ílhavo, e nofinal dessa semana, na sexta feira,dia 23 de novembro, juntouelementos do órgão de gestão comdocentes e não docentes, alunos eencarregados de educação, noCentro Cultural de Ílhavo, para umacerimónia em que foram entreguesas Bandeiras Verdes do EcoEscolas. Estas bandeiras têm comoprincipal objetivo reconhecer epremiar o trabalho desenvolvidopelos estabelecimentos de ensinona melhoria do seu desempenhoambiental. A nossa escolacontribuiu mais uma vez para queÍlhavo seja dos melhoresmunicípios do país ao nível doambiente.

Obrigada a todos os quecontribuíram e apostaram noprojeto.

A equipa do Eco Escolas

Galardão do

Eco-Escolas

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“Porque a pobreza podeesconder-se na porta ao lado,apelamos à solidariedade detodos!”

Embora a frase não seja nossa,pareceu-nos oportuno comemoraro Dia Internacional das EcoEscolas, lançando, na nossaEscola, uma campanha de recolhade peças de vestuário, que podemser importantes para os maiscarenciados. Em simultâneo,pretendemos sensibilizar acomunidade para a prevenção deresíduos, zelando por um ambientemelhor.

Anunciámos os nossospropósitos, desenhando erecortando elementos decorativosque afixámos no átrio principal daEscola; preparámos e etiquetámossacos e mais sacos, paraarmazenamento da roupa;redigimos apelos e informações…

De todos os lados, recebemossimpatia, colaboração e entreajuda.A comunidade educativa mobilizou-se! As dádivas continuam acrescer!

Em sinal de agradecimento,gostaríamos de reunir condiçõespara premiar o grupo de alunosmais ativo nesta tarefa.Continuamos a esforçar-nos porlhes poder vir a proporcionar umagradável momento de cinema, nofinal deste primeiro período.

Vale a pena darmos as mãos.Se é certo que podemos ter a sortede não viver na porta ao lado,também é verdade quecontinuaremos neste planeta, mas,se possível, num ambiente melhor.Para tal, contamos com a ajuda danossa Eco Escola, ou seja, de todosnós! Parabéns!

A equipa do Eco Escolas

“EU GOSTEI – TU VAISGOSTAR!”

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Achará alguém fácil, ou estaráalguém disposto a abdicar doconforto do seu lar, do seio da suafamília e do abraço dos seus amigospor uma aventura num país que nãoo seu? Enfim, nós (Nidia Ribau eMaria Pires) optamos por mergulharneste projeto de cabeça erguida ecoração aberto, a fim de abraçarmosuma nova cultura, tradição econhecimento por três alvoroçadosmeses.

Comecemos então por explicara natureza deste projeto.Sintetizando, consiste numintercâmbio de três meses entre Por-tugal e Itália, cujo objetivo engloba,entre outros, o desenvolvimento danossa capacidade comunicativa epromover o multiculturalismo entrejovens estrangeiros. Aqui, estudámoshistória, italiano, matemática e inglês.Bem, digamos que, devido à precáriacapacidade dos italianos para falaringlês, fomos forçadas a aprender omelhor possível a língua italiana.

A Escola Secundária vai apresentar nova candidatura ao Projeto MIA– Mobilidade Individual de Alunos - patrocinado pela PROALV, para oano letivo 2013-2014. Este projeto possibilita aos alunos frequentar umaescola num país parceiro, e também receber em sua casa um colega,por um período que poderá ir de 3 a 10 meses. Projetos desta naturezatêm como objetivos “desenvolver o conhecimento e sensibilizar os jovense o pessoal educativo para a diversidade e para o valor das culturas edas línguas europeias e ajudar os jovens a adquirir as aptidões e ascompetências básicas de vida, necessárias ao seu desenvolvimetopessoal e à sua futura vida profissional e a uma cidadania europeia ativa”.

Helena Maia Silva

PROJETOS EUROPEUS –Mobilidade Individual de

Alunos

MIA- ESGN apresentanova candidatura

Ambas tivemos motivosdiversos que nos persuadiram aaceitar esta experiência. De facto,deparamo-nos com certasdificuldades que nos desorientaramtemporariamente, tornando a nossaestadia incompatível com asnossas expetativas.

Exemplificando, a comunicaçãonuma outra língua, a adaptação aoutra realidade e a falta deproximidade com os italianos sãoalgumas das desvantagens que sepodem encontrar.

Obviamente, existe também olado enriquecedor destaexperiência. Quem não gosta devisitar outro país e conhecer umoutro estilo de vida? Através desteprojeto aperfeiçoámos o nossosentido de independência,maturidade e responsabilidade,assim como obtivemos umaperspetiva diferente de Portugal,

como país e pátria, devido ao nossodistanciamento.

Independentemente dassituações adversas vivenciadas porambas, acabamos por tirar partidode tudo aquilo que este projeto nosoferecia. Apelamos à vossacoragem e aconselhamosvivamente a aderirem a um projetosemelhante, sobretudo depois dos18 anos de idade.

Nidia Ribau e Maria Pires

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Decorreu entre 22 e 29 desetembro a mobilidade do ProjetoComenius à República Checa. Nelaparticiparam, representando a EscolaSecundária da Gafanha da Nazaré,as alunas Carolina Machado e BeatrizCasqueira, e as professoras FernandaAlegrete e Inês Ferreira. O projeto emque participamos, com o título “Pro-moting Magic Places in Europe”,reúne dez países: Portugal, Espanha(Catalunha), Itália, Alemanha,Turquia, Chipre, Grécia, RepúblicaCheca, Letónia e Lituânia

A viagem teve início no dia 22,com uma viagem de comboio atéLisboa, onde embarcámos no aviãocom destino a Praga.

A escola que nos acolheu, oGymnasium Pacov, situada nacidade de Pacov, é uma escolapequena, onde nos sentimos emcasa. Os 160 alunos da escola eos 16 professores receberam-nosmuito bem. As nossa alunas foramainda muito bem acolhidas pelasfamílias que as alojaram.

Chamou-nos a atenção o factoda escola não ser murada: à voltado edifício existe um relvado semvedação para o exterior. Outroaspeto que nos tocou, por ser tãodiferente do nosso dia-a-dia naescola, foi que os alunos e osprofessores se sentem tão àvontade na escola, que a primeiracoisa que fazem, quando chegamde manhã, é tirar os sapatos, pô-los no cacifo e calçar uns chinelos.

No dia 23 conhecemos Karlstein,um castelo onde viveu o rei CharlesIV, um monumento em estilo gótico.

À tarde a visita foi pela cidadede Praga, que nos encantou.

O Dia Europeu das Línguas, dia24 de setembro, foi comemoradocom uma exposição de trabalhosrealizados pelos alunos. Pretendia-se que cada país mostrasse algunsdos seus elementos característicos.Quase todos apostaram nagastronomia típica. Nós levámos umpuzzle representativo de Portugal ea indicação de alguns dos elementostípicos de cada região, bem comouns deliciosos bolinhos de gema.

Na terça feira andámos duashoras de autocarro com destino aKutná Hora, um local perto dePraga, recheado de elementosarquitetónicos interessantes: aSedlec Ossuary (capela dos ossos)e a Catedral de Santa Bárbara.

Dia 26, pela manhã, rumamosa Ceský Krumlov, uma cidade a 40km da fronteira com a Áustria,património mundial da UNESCO,caracterizada pela existência dediferentes estilos arquitetónicos:gótico, renascentista e barroco. Aívisitámos também o museu defotografia Seidl, um lugar único,onde pudemos ver como era afotografia no séc. XIX.

5º Encontro do

Projeto ComeniusRepública Checa

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Sou uma das alunas que sedeslocaram com o Projeto Comeniusà Republica Checa.

Esta viagem vai ficar gravada naminha memória com muito carinho,pois fomos muito bem recebidas eacompanhadas. A minha família deacolhimento era muito simpática eestava sempre disposta a ajudar. Osmomentos em casa foram muitoagradáveis, conversávamos muito e,acima de tudo, havia diversão.

As cidades que visitámos eramdeslumbrantes: as casas muito bemcuidadas, com janelas enfeitadascom flores; os monumentosinteressantes e bonitos; também apaisagem campestre deliciou. Émuito bom visitar cidades/paísesnovos, mas o melhor é o convívio -gargalhadas, brincadeiras e “tolices”nunca faltaram. Fiz amizades, queespero que durem. Passámos tanto

No dia 27 fomos recebidos pelopresidente da Câmara de Pacov,num antigo castelo, utilizado pelastropas alemãs durante a II GuerraMundial. Dessa utilização restaainda um bunker, construído sob osjardins do castelo, que tambémvisitámos.

O resto do dia foi usado paratrabalhos realizados pelos alunos,utilizando programas de edição deimagem para construir roteirosturísticos com as fotografias evídeos recolhidos ao longo dasvisitas efetuadas.

O último dia foi reservado paraum contacto com a natureza: umpasseio a pé pela colina de Blanic,rica numa vegetação muitodiferente da das nossas florestas ede onde se tinha uma vista soberbasobre os campos circundantes.

Durante toda a semana falámosinglês, pelo que melhorámos as Inês Ferreira e Fernanda Alegrete

República ChecaOutro olhar

Este foi também o dia reservadopara a última reunião de trabalho dosprofessores dos dez países envolvidosno projeto, onde foi feito o balanço dasatividades realizadas e foramprogramados os próximos encontros:Grécia, entre 28 de outubro e 4 denovembro, Turquia, entre 2 e 9 demarço de 2013 e Alemanha, entre 6 e13 de maio de 2013.

nossas competências no domínioda língua inglesa, e aprendemosalgumas palavras e expressões emcheco. Tivemos ainda um contactomuito enriquecedor com umacultura muito diferente da nossa.Foi uma experiência excelente, arepetir!

tempo juntos, que já parecia que nãotínhamos línguas, culturas e religiõesdiferentes. Até já pensávamos emInglês. Os momentos com asprofessoras foram inesquecíveis,estiveram sempre prontas paraajudar em tudo e animaram-nosquando mais precisávamos como,por exemplo, na despedida, que foio que custou mais.

Tudo que aconteceu é difícil departilhar, pois foi uma semana tãointensa e tão boa, uma experiênciatão positiva, que espero repetir.Agradeço aos professores que meacompanharam, e a todos que fazemparte deste projeto, esta semanamaravilhosa.

Uma última palavra para a minhacompanheira de viagem: adoreiconhecer-te!

Beatriz Casqueira

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Travelling to Greece was one ofthe best experiences we’ve ever hadbecause, first of all Greece has al-ways been one of the countries wewanted to visit and secondly be-cause we met excellent persons.The host families were great to us,they were very nice and kind, butthe people in general were great toall of us. In this meeting there werenine countries involved: Portugal,Spain, Germany, Italy, Turkey,Greece, Check Republic, Latvia andLithuania.

On Monday we stayed in Tripoliand met all the students and teach-ers. We talked to the mayor and vis-ited some places in town. Then wewent to a local school where we weretold about the project on sound re-cording, in multinational teams; thisactivity was developed during all theweek. It was about recording soundsand taking photos from the differentplaces that we were going to visit inthe following days. The purpose wasgetting all together in order to do asound map. After that we were in apoetry workshop in which we had toread and analyze a poem from eachcountry. In the evening some stu-dents met and went to a café.

On Tuesday the Comenius teamwent to Steminitsa and we had aworkshop at the Silver Gold Smith-ery School. After the workshop wevisited the village and went for acoffee. Steminitsa is a very nice,beautiful and traditional village inGreece. At lunch we went to Vytina,another village, where we ate “pitahero” - a traditional dish from thatcountry. In the rest of the afternoonthe multicultural teams started do-ing their tasks.

On Wednesday we went toMycenae. There we had a guided

visit to ancient Mycenae and to theancient theater of Epidaurus. Thisis an amazing place, and it was evenbetter because some Greek studentssang for us and we could “experi-ment” the feeling of being in a “magicplace in Europe”. We then had lunchin Napulio, visited the Palamido for-tress and we walked in the village.

On Thursday we went toDimitsana, to the “Open Air WaterPower Museum” where we learnedmore about leather and contactedwith nature itself, with a beautifullandscape in the mountains. Due to

the weather conditions, we didn’tvisit the Traditional Bridge ofLousious river and the ProdomonMonastery; instead we met theMayor of the village; then we wentthe local library with more than 600hundred very old books. Then wehad lunch all together in another vil-lage, called Arcadian.

During the afternoon we learnedhow to make spaghetti and honeypancakes, in a workshop of tradi-tional cooking with honey. We alsowent to a Primary School Museumin the same village.

6º Encontro do

Projeto ComeniusGrécia

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On Friday, the last day day alltogether, we went to Kapsia caves,the ancient theater of Mantineia andAgia Fountain church. We had lunchin Tripoli and in the afternoon wewent to a local school where, inmultinational teams, the final prod-ucts of the week project were fin-ished. After that we had a drum per-cussion workshop and we had a lotof fun and danced. We had dinnerall together with students, teachers,host families and friends. Then therewas a concert organized by the hostschool where students and guestsplayed and participated in.

On Saturday morning we saidgoodbye to the host families with lotsof emotion. We spent the all day inAthens where we visited the Acropo-lis and went on a guided tour toAcropolis Museum, which, in ouropinion, was really exciting andamazing, Next, we went to theLycabettus hill where we enjoyed theview and rested for an hour, beforehaving dinner at a typical tavern, inthe old part of Athens.

Finally, in our last day in Greece,we visited Agora, also in the old partof the city. After that we went to theairport and began our way backhome.

Over all, we enjoyed this week alot because we were very well re-ceived and made lots of friends,gained knowledge and experienceabout History, the English language,human relationships and culture. Weloved the fact that everyone that wemet was really proud of their cultureand country. It was amazing and weloved it!

Beatriz Graça, Carolina Casqueira, InêsFernandes

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Desporto Escolar

Tal como vem sido hábito, esteano a escola tem à disposição dosalunos diversas atividadesdesportivas. Estas atividades têmcomo objetivo proporcionarmomentos de prática desportiva, deconvívio e de competição entrediferentes escolas. Ao longo do anoletivo, cada grupo/equipa iráparticipar num torneio: numaprimeira fase com equipas doconcelho de Ílhavo, Aveiro e Vagos.Se os resultados permitirem oapuramento para a fase seguinte,as equipas irão competir comalunos de escolas do distrito deAveiro, da zona centro e,posteriormente, com escolas detodo o país.

A escola dispõe das seguintesmodalidades:

· Basquetebol (Fem), Escalão

Iniciadas (Nasc. 1998/1999) TREINOS: 4ªs FEIRAS: 14H30

– 16H30 (Prof. Tiago Lopes)· Voleibol (Masc), Escalão:

Juniores (Nasc. 1994/1995)TREINOS: SÁBADOS: 10H00 –

12H00 (Prof. Tiago Lopes)· Futsal (Masc), Escalão:

Iniciadas (Nasc. 1998/1999)TREINOS: 4ªs FEIRAS: 14H30

– 16H30 (Prof. Mariano Rodrigues)· Natação (Misto), Escalão:

TodosTREINOS: 4ªs e 6ªs FEIRAS:

15H00 – 16H30 (Prof. ManuelaSequeira e Prof. Paula Rendeiro)

· Ténis de Mesa (Misto),

Escalão: TodosTREINOS: 4ªs FEIRAS: 15H30

– 17H30 (Prof. Dorabela Maia)

· Atividades Náuticas (Misto),

Escalão: TodosTREINOS: 5ªs FEIRAS: 14H30

–17H30 (Prof. Mariano Rodrigues)

Os treinos dos grupos/equipa deBasquetebol, Futsal e Ténis deMesa realizar-se-ão no pavilhão daEscola Secundária da Gafanha daNazaré, enquanto que os treinos deNatação decorrerão nas PiscinasMunicipais da Gafanha da Nazaré.As Atividades Náuticas, por seulado, terão lugar na sede do Clubedo Mar (debaixo da ponte da Barra).

Além destas atividades, o grupode Educação Física irá desenvolverao longo do ano letivo diversasatividades desportivas,nomeadamente Corta-Mato esco-lar, torneio de Voleibol, torneio deBasquetebol, torneio de Ténis deMesa e Atividades de Montanhismo(slide, rapel, paralelas, tirolesa eescalada).

O Corta-Mato será a primeiraprova a realizar-se e será no dia 11de dezembro, na Vista Alegre, e irácontar com a participação dasescolas do concelho de Ílhavo.

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Inês Ferreira

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Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

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No dia 6 de dezembro decorreuno pavilhão da Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré umaatividade destinada aos alunos do2º ano das escolas doAgrupamento, nomeadamente: EBICale da Vila, EBI Cambeia, EBIChave, EBI Farol da Barra e EBIMarinha Velha.

Estiveram presentes 154 alunose os respetivos professores, que du-rante uma hora realizaram umconjunto de atividades desportivas:deslocamentos, equilíbrio, destrezae precisão. Durante toda aatividade foi notório o entusiasmodos alunos.

Esta atividade irá ocorrer aolongo do ano letivo, abrangendotambém os 1º, 3º e 4 º anos dasescolas referidas anteriormente. Osencontros do 3º e 4º ano irãodecorrer no segundo período,enquanto que o do 1º ano será noterceiro período. Um dos objetivosdestes encontros será promoverum momento de convívio entre osalunos das diversas escolas doAgrupamento, sendo também umaoportunidade para mostrarem assuas aptidões físicas, quedesenvolvem nas aulas deDesporto Escolar.

Desporto Escolar

1º Ciclo

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Inês Ferreira

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Almoço no Refeitório!

Campanha Sou mais!

Saudável

Poupado

Sociável

Dia da Alimentação 16-10-2012

Projeto de Promoção e Educação para a Saúde da ESGN

Roda de alimentos

solidáriaNas várias Escolas do

Agrupamento da Gafanha daNazaré foi construída uma “Rodade Alimentos Solidária” de modo acomemorar, em simultâneo, os diasMundial da Alimentação eInternacional da Erradicação daPobreza, respetivamente a 16 e 17de outubro.

Na nossa escola construímosuma roda de alimentos “ao vivo” noátrio, e a comunidade escolar foisolicitada a participar ativamente,doando produtos alimentares,posteriormente entregues àFundação Prior Sardo, que osencaminhou para as famílias maiscarenciadas.

A todos os que contribuírampara o sucesso da iniciativa, osnossos agradecimentos

PES EM AÇÃOA convite do Projeto de Educação

para a Saúde, recebemos na nossaescola um técnico do Centro de Saúdede Ílhavo, bem como a equipa daEscola Segura.

Os alunos têm participado com in-teresse nas ações até agoradesenvolvidas. Para além daadequação dos conteúdos abordados,a simpatia e colaboração dos agenteseducativos envolvidos, em muito temcontribuído para o sucesso dasatividades propostas.

Falamos de temas como “MétodosContracetivos e IST’s”, para as turmasdo 9ºano de escolaridade, e de “Bully-ing e Violência Escolar”, para as do7ºano de escolaridade.

Outros temas se hão-de seguir,certamente do mesmo grau de inter-esse.

Desta forma, o Projeto deEducação para a Saúde esperacontribuir para o desenvolvimento deatitudes e comportamentos dos jovens,de modo a facilitar a sua integraçãoharmoniosa numa sociedade estávele equilibrada.

Equipa do PES

Grupo de Biologia e Geologia Equipa do PES

… Comer na cantina volta a estar na moda!O crescimento é “pequenino”, mas acreditamos que é já uma tendência de

subida. Efeitos da crise? Julgamos que não. O crescimento deve-se à melhoriae à diversificação da oferta da cantina com opções mais saudáveis, mas tambémao lançamento, no dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, da Campanha“Sou+”.

Esta campanha, inserida no Projeto Promoção e Educação para a Saúde, ecom a colaboração da CAP das Escolas da Gafanha da Nazaré, surge danecessidade de incentivar o consumo de refeições saudáveis e económicas. Aalimentação desempenha um papel essencial e na idade escolar o jovemapresenta um metabolismo muito mais intenso, e uma alimentação inadequadapode trazer-lhe consequências orgânicas, como diminuição da capacidade deraciocínio e memorização, deficiência no crescimento e desenvolvimento,alterações de humor, desnutrição ou até mesmo obesidade. Assim, aescola torna-se um ambiente favorável para a promoção de hábitosalimentares saudáveis, por ser um espaço social onde passam grandeparte do seu tempo convivendo e aprendendo novidades diariamente.

Equipa do PES

Já há mais três razões paracomer na cantina

A Campanha “Sou +” assenta em três argumentos que apelam ao almoço na cantina: Saudável,Poupado e Sociável e contempla várias etapas estando a segunda – almoço de turma - em fase de

conclusão. A próxima etapa será apresentada no segundo período. Fica atento!

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Projeto de Promoção e Educação para a Saúde da ESGN

Um abraço amigo. Sem Medo!

 1 de dezembro 

Dia Mundial da

Luta Contra a SIDAUm abraço amigo. Sem medo! foi o mote proposto este ano para a

comemoração do dia mundial da luta contra a Sida. O Projeto Educaçãopara a Saúde, a Associação de Estudantes da ESGN, os alunos do cursoAnimação Social e a professora Ana Pereira, marcaram esta data comformação de um abraço gigante na sala polivalente da escola, no intervalodas 11:20, que envolveu a comunidade escolar. Esta iniciativa tinha comoobjetivo sensibilizar para os problemas éticos, sociais, afetivos e biológicos,relacionados com a SIDA, reforçando a não discriminação das pessoasportadoras desta doença. Outra mensagem que se pretendeu passaratravés da distribuição simbólica de preservativos, foi a que é urgenteadotar atitudes de prevenção e que o preservativo é a única forma de nãocorrer riscos numa relação sexual.

O Dia Mundial de Luta contra a SIDA (Síndroma da ImunodeficiênciaAdquirida) celebra-se todos os anos a nível mundial, no dia 1 de dezembro.Esta doença resultante da infeção pelo VIH (Vírus da ImunodeficiênciaHumana) ataca e destrói as defesas do corpo, levando a pessoa à morte.Atualmente, com as diversas terapias de combinação potentes, as pessoasinfetadas veem a sua vida prolongada em vários anos.

O Dia Mundial de Luta contra a SIDA dá-nos a todos a oportunidadede agir e de garantir que os direitos humanos estão salvaguardados eque os objetivos mundiais de prevenção, tratamento e cuidados, sãoatingidos.

Equipa do PES

Dia

Mundial

do Não

Fumador

No dia 17 de novembrocomemorou-se o Dia Mundial doNão Fumador, tendo o PES danossa escola lembrado o mesmo,com a promoção de um belo sorrisoe uns bonitos dentes, só possíveisde obter por aqueles quehabitualmente não fumam.

Nesta nossa iniciativa, temosque agradecer a duas alunas do9ºD, Maria Diana e Inês Ferreira,bem como à sua diretora de turma,professora Luísa Costa, pelacolaboração prestada, aoelaborarem quadras alusivas àpromoção de belo sorriso,relacionando-o com o dos nãofumadores.

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Equipa do PES

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Amusons-nous!En Français…and in

English!

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LireLire, c’est retrouver le mondeC’est imaginer, voyager, s’envoler...C’est partir à l’aventure !

Lire, c’est gai, pas du tout ennuyantC’est amusant, beau...C’est fantastique !

Lire, c’est rêver par la main d’unautreC’est élargir ses horizons,apprendre...C’est contacter avec de grandsauteurs !

Lire, c’est vivre, grandirC’est oublier tout ce qui est confu-sion...C’est agrandir l’âme, partager lavie !Lire, c’est un passetemps, un loisirC’est la magie, l’émotion...C’est une passion !

Lire, c’est un arc-en-ciel de mots !

Alors... si tu veux être heureuxUn livre tu dois lire !

9º A (E. B. 2º e 3º ciclos da Gafanha daNazaré)

Halloween

Le 31 octobre, c’est l’Halloween,fête traditionnelle des américainsou la veille de la Toussaint, la fêtechrétienne de tous les saints.

Ce jour-là, les enfants sedéguisent (parfois, les adultesaussi…) avec des costumes defantômes, lutins, chauve-souris,Dracula, Frankenstein, sorciers etsorcières…

C’est aussi la tradition desculpter une citrouille en forme detête effrayante.

Et voilà, dans notre école, lesprofesseurs de langues étrangèresont proposé à leurs élèves desculpter une citrouille pour fêterl’Halloween. Il y a eu plusieurs con-currents au « Concours de la plusbelle citrouille ». Les élèves ducours d’Animation Sociale ontdécidé d’attribuer le premier prix àla Citrouille de Matilde Araújo Silvade la 7ème année, classe D. Mais,tous les participants ont eu droit àun petit souvenir ! Nos félicitationsà tous !

Et n’oubliez pas… le plus im-portant, c’est de participer et des’amuser!

Salut les copains...Dans un cours de français

l’inspiration est née et voilàle résultat.

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O barulho dosilêncio

Aqui estou sentada, nabiblioteca da escola, rodeada porpessoas e por um certo ruídoincomodativo. À minha frente, bemlá no fundo da sala e ao meu lado,um pouco mais perto, estão duasfiguras bem conhecidas, de cabeçabaixa, debruçadas sobre uma folhade teste.

À procura de inspiração, levantoa cabeça e olho em meu redor.Reparo que, finalmente, se fezsilêncio. Que bom não ouvir nada!Mas dentro de cada um de nós, hásempre algo que nos fala. Asmemórias falam, os pensamentosfalam. Cá dentro, tudo fala, por issoé importante não ouvir o barulhoque vem do exterior…

Procuro de novo a inspiração.Tento focar a minha atençãoapenas no trabalho. Tento abafar ossons dentro de mim…Conseguiremos estar realmente emsilêncio?

Fabiana Palmela

Nada paraescrever

Olhei à minha volta. Carassonolentas misturavam-se com caraspreocupadas e empenhadas quetentavam realizar o teste dePortuguês. A minha seria, certamente,uma cara preocupada, pois tenhomedo de nem sempre responder aoque me é pedido e tudo piorou quandocheguei à parte de escrever umacrónica. Olhei para a folha e reli afrase: “Focalize um incidente, umrosto, uma voz, …” Como poderiaescrever sobre um incidente que nãoacontecia, ou sobre uma voz que nãose ouvia? Recordei a semana quetinha deixado, à procura de algo queme despertasse vontade de escrever,mas nada.

Lembrei-me, então, que muitoscronistas escrevem sobre o factode nada terem para escrever e,como estava nessa situação, foiisso que escrevi, sobre o pequenoincidente de não ter imaginaçãopara escrever.

Sara Rocha

PensamentoÀs vezes não percebemos a

dimensão, a dimensão que faz denós uma insignificância. Não falo dadimensão de estrelas, de galáxias,de enxames, super enxames e todoo resto do universo. Falo dainsignificância que somos perante oimaterial, o abstrato, perante opedaço de pensamento que tempoderes mágicos de mudar opossível e o impossível.

Não se trata de tamanho, nemde riqueza material. Trata-se de algomuito mais poderoso. Nós (comocorpo) não somos nada em relaçãoao pensamento. O pensamento éuma construção genial. Com elepodemos criar tudo o quequisermos: ideias, histórias, livros…

Só com o pensamento nostransformamos e evoluímos.

Pedro Nuno Augusto

Encontra-se a decorrer o período para entrega dostrabalhos do XII Concurso Literário Jovem até 31 demarço de 2013. Os mesmos poderão ser entreguespor mão própria ou enviados por correio para aCâmara Municipal de Ílhavo.

O concurso destina-se aos Jovens do EnsinoBásico do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos, assim como do EnsinoSecundário, podendo participar alunos de qualquerestabelecimento de ensino, do Município de Ílhavo,até ao 12.º ano de escolaridade. Há prémios para osmelhores textos. PARTICIPA!

XII Concursoliterário jovem

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«Deixa-te levar pela criança que foste.»José Saramago, As Pequenas Memórias,

Lisboa, Editorial Caminho, 2006

Na vida do ser humano, ainfância pode estar mais ou menospresente de acordo com o impactopositivo ou negativo que lhecausou. Quando a infância originaexperiências negativas, elasperseguem e atormentam oindivíduo ao longo da sua vida,causando-lhe dor e sofrimento. Masse as experiências forem positivas,há sempre um conjunto delembranças felizes que animam emotivam o ser humano.

Na minha infância teve lugar umacontecimento que ainda hoje meatormenta, o desaparecimento deuma pessoa muito próxima. Essaperda perturbou-me muito ecausou-me grandes problemas,pois vivenciei tudo de muito perto.Hoje, quando me sinto muitopróximo de uma pessoa tenho oreceio de a perder para sempre epor isso tento usufruir de todos osmomentos como se fossem osúltimos. Mas a minha infância tevetambém momentos felizes, querecordo com frequência,principalmente quando estou triste,porque esses momentos animam-me e eu fico logo com um sorrisono rosto.

O ser humano nunca se podeesquecer da sua infância para nãodeixar morrer a criança que existeem si. Assim, ainda que em algunsmomentos, queiramos perder essepedacinho que há em nós, teremosque nos deixar levar por ele.

Sandrina Cardoso

A infância é um dos melhoresmomentos da vida do ser humano.

Este período é o tempo em queo homem, como ser racional, nãoo é. A vida resume-se ao acordarpela manhã, ir para a escola ebrincar com os amigos. Nãoimporta a crise, nem as notas dostestes. A criança sente-se, única eexclusivamente, o ser maisimportante.

Todavia, os dias e os anospassam, tão rapidamente, que nemdamos conta que crescemos eenvelhecemos. Com o fluir dotempo, as coisas, que para nóseram importantes, como jogar àapanhada ou à bola, passam parasegundo e terceiro planos.Aumentam as responsabilidades eas preocupações com a escola,com o país, com a vida. Enfim,crescemos!

À medida que aumentam asobrigações, aumenta também onosso desejo de voltar àquelaescola primária, onde a infânciavinha em primeiro lugar. Basta vernos piqueniques da primavera, osadultos a correr para um lado e parao outro, a saltar à corda, a jogar àsescondidas. Fazem-no, porque sãoesses os únicos momentos em quepodem ser crianças sem queninguém os censure.

Logo, a infância ocupa um lugarfulcral na vida do ser humano.

João António

Quando somos criançasansiamos ser crescidos e quandonos tornamos adultos apercebemo-nos de como é bom ser criança e,em vão, queremos voltar à nossainfância.

A infância é um tempo dedescoberta para cada um de nós.O mundo à nossa volta cativa-nose incentiva-nos a conhecê-lo. Umacriança contenta-se em correr pelosmontes, em sentir novos cheiros,em descobrir novas cores. Sempensar muito, é na infância queconstruímos o nosso eu, atravésdas descobertas diárias e do amordos pais, que nos dá confiança paranos tornarmos nós mesmos.

Mas o tempo passa e deixamosde correr, porque o tempo passa acorrer connosco e a saudade fica.As lembranças das tardes à lareiraem dias de inverno, a comer o boloainda quente acabado de fazer pelamãe, os jogos de faz de contavividos com os nossos irmãos,quando a imaginação tomava contade nós, ficam para trás.

Crescemos e a criança pura,ingénua e sedenta de aprender, vai-se perdendo. Não seria bem melhorque ela não se perdesse?Certamente, seríamos mais felizesse guardássemos a sua alma e, porvezes, a libertássemos de novo,deixando-a correr, saltar edescobrir. No fundo, sorrir para avida.

Cristiana Graça

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O mais recente parecer doConselho Nacional de Educação ( nº7/2012) é, no meu entender, umdocumento fundamental acerca doatual contexto educativo, pelo quedestaco alguns excertos, esperandoabrir perspetivas de reflexão:

“ A autonomia das escolas/

agrupamentos de escolas é, antes de

mais, o exercício de uma

responsabilidade social pela educação,

em cada contexto escolar e social. Ela

expressa -se através de um conjunto

de dispositivos legais, de procedimentos

da administração central, regional e lo-

cal e de práticas escolares que estão

ao serviço do reforço da capacidade das

escolas/agrupamentos de escolas

construírem, aplicarem e avaliarem o

seu projeto educativo próprio, com as

famílias e as autarquias, no contexto

sociocomunitário local, tendo em vista

melhorar progressivamente os

processos e os resultados escolares.

A autonomia é uma dinâmica so-

cial, sempre em evolução, e é instru-

mental, pois trata -se de um meio para

se atingir um fim: melhorar em

permanência o desempenho social das

escolas e o serviço público de educação.

A autonomia visa a melhoria. A

autonomia visa colocar todos os

recursos disponíveis ao serviço da

melhoria das aprendizagens dos alunos

concretos de cada escola/agrupamento

de escolas. Quem melhor conhece e

tem de saber administrar as escolas/

agrupamentos de escolas é a

comunidade educativa local, a começar

pelos professores e diretores, pelos pais

e pelo poder autárquico.

O primeiro direito e o dever de

educar é das famílias, direito e dever a

que o Estado se associa para fazer com

que o serviço público de educação se

cumpra em todo o território com

liberdade, equidade e rigor.

A intervenção do Estado deve ser

reguladora e orientadora, não deve

consistir numa intervenção permanente,

desestabilizadora e desorientadora,

dirigida ao controlo cada vez mais

burocratizado e centralizado. Ao Estado

caberá sempre a defesa do superior in-

teresse das crianças sem alijar

responsabilidades, devendo para isso

assumir as suas responsabilidades, em

cooperação com outros atores sociais.

A autonomia valoriza os critérios da

proximidade, do conhecimento mais fiel

das realidades sociais e escolares, do

envolvimento dos parceiros sociais da

educação, em cada contexto

sociocomunitário local, da

responsabilização de todas as entidades

locais com intervenção na educação

das crianças, jovens e adultos e da

articulação territorial entre as suas

vertentes estratégica e operacional e de

gestão pedagógica, administrativa e

financeira.

Cada “comunidade educativa”

gerada em torno de cada escola/

agrupamento de escolas deve poder

desenvolver, apresentar e ver

reconhecido o seu projeto educativo

próprio para ser, posteriormente,

acompanhado e avaliado pela tutela(…)

A primeira responsabilidade de uma

escola/agrupamento de escolas é para

com os alunos e as famílias, não para

com níveis e subníveis burocráticos,

mais ou menos distantes das escolas/

agrupamentos de escolas. O projeto

educativo nasce da assunção desta

responsabilidade, partilhada em

dinâmicas sociocomunitárias muito

concretas.

A administração de um conjunto de

recursos comuns e a salvaguarda de

um conjunto de direitos e deveres

igualmente comuns implicam a

intervenção reguladora do Estado, que

deve pautar -se pelo respeito para com

esses projetos educativos locais e pelo

incentivo a que se desenvolvam do

melhor modo possível, tendo em conta

a qualidade e a equidade do serviço

público de educação (promovido por

instituições públicas, privadas e

cooperativas).

Esta é a quarta vez que os governos

legislam sobre a autonomia das escolas,

no quadro da já conhecida e estafada

construção retórica da autonomia. O

risco que se corre é o de, mais uma

vez, estarmos perante a proclamação

de uma vontade política mais do que

diante do exercício real de uma

determinação política, com todo o

cortejo de revisões do quadro de

responsabilidades, do exercício

responsável e complementar destas

responsabilidades.

A autonomia progressiva das

escolas, fruto de uma crescente

contratualização e corresponsabilização

pela melhoria da educação entre o MEC

e cada escola/agrupamento de escolas,

não é compatível com um quadro

político de crescente

desresponsabilização do MEC pela

sorte das escolas que se encontram

diante de maiores dificuldades, por se

localizarem em contextos sociais e

culturais muito desfavorecidos. Importa

que a extinção das DRE não se

confunda com uma mera

recentralização, nem com a perda do

sentido da corresponsabilização pelo

futuro da educação; para tal, é urgente

a definição de um novo quadro de

responsabilidades entre a administração

central e local, pois torna -se difícil

imaginar um futuro melhor para a

educação se cada escola/agrupamento

de escolas ficar remetido para um

quadro único de relacionamento

eletrónico e pontual com o nível central.

Já em 2008 (Parecer n.º 3/2008) o

CNE sublinhava que a “prioridade da

política educacional nesta matéria

deveria situar -se no plano do

desenvolvimento da autonomia das

Sobre a autonomia

das escolas...

reflexão

Page 23: O Gafanhoto #58

Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

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organizações escolares e evitar ao

máximo proceder a alterações

morfológicas”. Se o quadro político -

administrativo continuar o mesmo,

centralista e burocrático, sustentado na

desconfiança e na

desresponsabilização, por mais

medidas que se tomem, mesmo que

proclamem a autonomia, não surgirão

as melhorias esperadas pela sociedade

para a educação, mas os conflitos, as

tensões, as hesitações e os adiamentos

da análise dos problemas e da definição

e aplicação das soluções mais

adequadas a cada situação.(…)

A recente criação de agrupamentos

de grande dimensão, no mesmo quadro

de muito débil definição política acerca

da autonomia que se pretende para as

escolas portuguesas, tem vindo a criar

problemas novos onde eles não

existiam: reforço da centralização

burocrática dentro dos agrupamentos;

aumento do fosso entre quem decide e

os problemas concretos a reclamar

decisão, com a criação de novas

hierarquias de poderes subdelegados;

existências de vários órgãos de gestão

que nunca se encontram nem se

articulam entre si; sobrevalorização da

gestão administrativa face à gestão

autónoma das vertentes pedagógicas.

Tudo isto fragiliza ainda mais a já frágil

autonomia e deixa pela frente o reforço

do cenário único e salvador do caos: a

recentralização do poder na

administração central, agora reforçada

na sua capacidade de controlo de tudo

e todos, pelas novas tecnologias.(…)

Os mega -agrupamentos

constituem, até ao momento, um

caminho de reforço do controlo e não

da autonomia das escolas/

agrupamentos de escolas, uma via que

paulatinamente retira liberdade e

capacidade de ação aos diretores e aos

parceiros locais da educação.

Ao concentrar, descentra -se e

desfoca -se a ação nuclear dos

dirigentes das escolas: melhorar cada

dia os processos de ensino e os

resultados das aprendizagens.

Vários diretores de escolas/

agrupamentos de escolas

testemunharam no CNE que se sentem

cada vez mais sós e que este

isolamento tem crescido com o

encaminhamento de todo o conjunto de

relações entre os níveis central e local

para o frio e impessoal mundo da

eletrónica.(…)

Que se defina um novo quadro de

responsabilidades entre os vários níveis

da administração educacional, o que se

torna mais urgente após a

reorganização da rede escolar que tem

estado a ser implementada.

Este quadro deve ajudar todos os

envolvidos a perceberem melhor as

suas responsabilidades, para melhor as

exercerem.

Que este novo quadro de

responsabilidade consagre o caminho

já feito por todas as partes, desde o nível

central ao local, e potencie o

desenvolvimento da descentralização

da educação e da autonomia das

escolas/agrupamentos de escolas.

Que se pare um tempo para avaliar

os ganhos e perdas, as ameaças e as

oportunidades dos processos de

fomento da descentralização da

administração da educação e da

autonomia escolar, sobretudo nos

últimos cinco anos. Que estes

momentos de avaliação sejam

oportunidades para quebrar os níveis

de desconfiança existentes entre os

diferentes protagonistas.

Que haja um inequívoco reforço da

concentração das atividades de gestão

pedagógica nas escolas, o mais perto

possível dos alunos, aplicando um

projeto educativo próprio, o que não está

a ocorrer no processo de concentração

de escolas/agrupamentos de escolas.

Que se clarifique o que sucede à

anunciada extinção das DRE, uma vez

que é mister que não se deixe o nível

de cada escola/agrupamento de

escolas ainda mais isolado nem se

verifique, como a outra face da mesma

moeda, uma mais forte recentralização

da administração da educação.

Que os processos de

descentralização administrativa e de

autonomia não sejam sobretudo objeto

de regulação normativa de “modelo

único”, mas que assentem numa

progressiva responsabilização por parte

dos professores, pais e autarquias,

respeitando a diversidade de situações

e de dinâmicas já instaladas.

Que se incentive a celebração dos

contratos de autonomia entre as

escolas/agrupamentos de escolas e a

tutela, tendo em vista ampliar os níveis

de responsabilidade pelos processos e

pelos resultados escolares.

Que tudo seja feito para que se

dissipe o clima de desconfiança que

existe na administração central face às

escolas/agrupamentos de escolas,

nomeadamente através da formação e

de instrumentos de salvaguarda da

liberdade de ensinar e aprender.(…)

Aos diretores e às escolas;

Que aproveitem mais e melhor os

“corredores” de autonomia já criados

normativamente, em particular desde

agosto de 2012, e que invistam com

mais coragem política na

contratualização de níveis cada vez mais

fortes e sustentados de autonomia.

Que reforcem os mecanismos de

autoavaliação e de prestação de contas.

Que estimulem o funcionamento

dos órgãos de gestão pedagógica

intermédia e os envolvam nas principais

decisões da vida das escolas/

agrupamentos em ordem à melhoria da

educação.”(…)

reflexão

Eugénia Pinheiro

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Olhem as estrelas

na noite de Natal

Na minha coleção de presépios,o mais lindo encontrei-o em Angola.O Menino, Maria, José e os animaisà volta da manjedoura são negros.Imagens tão lindas como osmeninos angolanos de olhar doce!Comprei-o em Luanda, quando opovo fugido da guerra obrigava acidade a estender-se pelossubúrbios.

Era um sinal da paz que,infelizmente, tanto tardaria aindapara os angolanos.

Ficou-me da infância o gostopelos presépios. O primeiro quearmei na sala da minha casa erade barro, pintado com cores vivas.As imagens eram muito parecidasaos santos populares e a figurantes,que representavam nas cascatas oquotidiano de gente honrada e detrabalho, disposta a aliviar a durezada vida nos folguedos dos santosno solstício de Verão. Imagensmoldados em terras de Gaia, parafestejar os santos António, João ePedro.

As imagens com o tempo e ouso desfaziam-se em cacos. Foigrande a minha alegria quando, jáadulto, pude comprar uma réplicanuma feira de artesanato, coisa tãosimples para reviver a fantasiapoética da meninice!

Os presépios nasceram poriniciativa de S. Francisco de Assis.É um santo reconhecido como oCristo da Idade Média. Gostava dechamar irmãos ao Sol, à Lua e aosanimais, incluindo o burro, animalque carregou Maria e o seu Meninoao colo, na fuga para o Egito, paraescapar à perseguição de Herodes.Veja-se a iconografia barroca daSagrada Família, ilustrativa dessacena de refugiados.

No Natal de 1223, S. Franciscoorganizou um presépio com figurasvivas. Nos natais seguintes, asimagens substituíram as pessoas.Os livros proféticos antigosinspiraram a colocação davaquinha e do burro para “aquecer”o Menino com o bafo; também asovelhinhas dos pastores vieram vero Menino acharam-lhe tanta graçaque até ouviam os anjos a cantar:

“Glória a Deus nas alturas e paz naterra aos homens que Deus ama”.Viriam também os magos doOriente, guiados por uma estrela,oferecendo ouro, incenso e mirra.Em noite de Natal, olhem para asestrelas e talvez o Menino enchade luz os sonhos de justiça e depaz.

Rui Osório, Cónego da Sé do Porto eabade da Paróquia de S. João Baptista, na

Foz do Douro

Presépios feitos por “gente da casa”.Os primeiros, em tecido e madeira, foram feitos por

uma das nossas professoras. O de baixo, inundado decor, é um trabalho da Francisca Lima, em conjunto

com o seu pai.

tempo de...

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Escola Secundáriada Gafanha da Nazaré

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Uma história de

NatalEra uma vez… a turma do 7ºH!Aproximava-se, a passos largos,

a época do Natal. De entre os váriostrabalhos que tínhamos para fazer, aProfessora de Oficina de Artes aindase lembrou de mais um que, paragrande ajuda, havia de se desdobrarem dois: um conjunto de duasárvores de Natal. Tudo a partir demateriais já usados, que teríamos dereutilizar.

Veja-se, então, em que trabalhosnos metemos! De umas ripas demadeira, que a Professoraencontrou, fizeram-se dois teares emforma de triângulo: um maior e outromais pequeno. Até aqui, tudo bem.Daí para a frente, não havia maisnada. Nenhum material! Foi entãoque começou o Natal na Escola:

- a D. Cristina e a D. Emíliaderam-nos uns sacos de serapilheiraque nós, cheios de paciência,desfiámos para, em seguida,fazermos meadas de vinte fios;

- um dos Srs. Engenheiros daobra da nossa Escola deu-nos outropresente – uns metros de tela verde,que tinha servido de proteção nostrabalhos. Lá tivemos que a cortarem tiras que, a seguir, dobrámos;

- o Professor de Eletricidade deu-nos restos de fio de cobre. Maistrabalho – descarnar e endireitar osfios, ao torno. Tarefa difícil!

- a Diretora de Turma presenteou-nos com mais fio de cobre: cabos dainternet e mais um outro da TV.Metros sem conta! Fio que nuncamais acabava!

- uma Professora de Matemáticaemprestou-nos um cone, emmadeira, para fazermos espirais.Eram então os enfeites de uma dasárvores. Tarefa complicada! Asespirais, antes de o serem, teimavamem fazer-se de molas teimosas.Umas maiores, outras maispequenas. Queríamos ver ondeíamos pôr aquilo…

Que transtorno que tudo isto noscausou! Todas as tarefas exigiam

paciência, que é coisa que realmente nãotemos em quantidade. Mesmo assim,nada se comparava com o trabalho notear. Toda a atenção era pouca e nempodíamos seguir as conversas quevinham da mesa do torno.

Devagar, as árvores foramtomando forma. Precisámos de pedirreforços. A Diretora de Turma veioajudar-nos e houve um dia em que aProfessora de Ciências também veiopara o torno, sim senhor! E como sedesenrascou!

Pouco a pouco, fomospercebendo o esquema:entrelaçámos cobre numa das peçase na outra passámos umas fitas dealumínio, que estavam dentro do caboda TV. Mais um toque ali e outro acolá.

Pintámos as estruturas em madeira:uma de castanho, outra de verde.Nem sabemos de onde vieram astintas, mas temos a certeza que foioferta de mais alguém.

Finalmente, nuns pequenostroncos, fixámos as árvores.Aguentavam-se de pé! Um poucomais para esquerda, depois para adireita, lá chegámos a um acordosobre a melhor posição para o nossotrabalho. Difícil e, por vezes, confuso.Afinal foram duas árvores queerguemos de uma só vez. Masficaram bem. A Professora disse queo Natal é isso mesmo: todos ajudampara um bem comum! Nósacreditamos e ficámos contentes!Feliz Natal!

Alunos do 7ºH

tempo de...

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Human rights are rights inher-ent to all human beings, whateverour nationality, place of residence,sex, national or ethnic origin, colour,religion, language, or any other sta-tus. We are all equally entitled toour human rights without discrimi-nation. These rights are all interre-lated, interdependent and indivis-ible.

Universal human rights are of-ten expressed and guaranteed bylaw, in the forms of treaties, cus-tomary international law , generalprinciples and other sources of in-ternational law. International humanrights law lays down obligations ofGovernments to act in certain waysor to refrain from certain acts, inorder to promote and protect humanrights and fundamental freedoms ofindividuals or groups.

Universal and inalienable

The principle of universality ofhuman rights is the cornerstone ofinternational human rights law. Thisprinciple, as first emphasized in theUniversal Declaration on HumanRights in 1948, has been reiteratedin numerous international humanrights conventions, declarations,and resolutions. The 1993 ViennaWorld Conference on HumanRights, for example, noted that it isthe duty of States to promote andprotect all human rights and funda-mental freedoms, regardless oftheir political, economic and culturalsystems.

All States have ratified at leastone, and 80% of States have rati-fied four or more, of the core hu-man rights treaties, reflecting con-sent of States which creates legalobligations for them and giving con-crete expression to universality.Some fundamental human rightsnorms enjoy universal protection bycustomary international law acrossall boundaries and civilizations.

Human rights are inalienable.They should not be taken away,except in specific situations andaccording to due process. For ex-ample, the right to liberty may berestricted if a person is found guiltyof a crime by a court of law.

What are human

rights?

Interdependentand indivisible

All human rights are indivisible,whether they are civil and politicalrights, such as the right to life,equality before the law and freedomof expression; economic, social andcultural rights, such as the rights towork, social security and education, or collective rights, such as therights to development and self-de-termination, are indivisible, interre-lated and interdependent. The im-provement of one right facilitatesadvancement of the others. Like-wise, the deprivation of one rightadversely affects the others.

direitos humanos

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Equaland non-dis-criminatory

Non-discrimination is a cross-cut-ting principle in international humanrights law. The principle is present inall the major human rights treaties andprovides the central theme of someof international human rights conven-tions such as the International Con-vention on the Elimination of All Formsof Racial Discrimination and the Con-vention on the Elimination of All Formsof Discrimination against Women.

The principle applies to everyonein relation to all human rights and free-doms and it prohibits discrimination onthe basis of a list of non-exhaustivecategories such as sex, race, colourand so on. The principle of non-dis-crimination is complemented by theprinciple of equality, as stated in Article1 of the Universal Declaration of Hu-man Rights: “All human beings are bornfree and equal in dignity and rights.”

Both Rightsand Obligations

Human rights entail both rightsand obligations. States assume obli-gations and duties under internationallaw to respect, to protect and to fulfilhuman rights. The obligation to re-spect means that States must refrainfrom interfering with or curtailing theenjoyment of human rights. The ob-ligation to protect requires States toprotect individuals and groups againsthuman rights abuses. The obligationto fulfil means that States must takepositive action to facilitate the enjoy-ment of basic human rights. At theindividual level, while we are entitledour human rights, we should also re-spect the human rights of others. http://www.ohchr.org/EN/Issues/Pages/WhatareHumanRights.aspx

direitos humanos

Para a Salvação da DemocraciaOra a democracia cometeu, a meuver, o erro de se inclinar algum tantopara Maquiavel, de ter apenaspluralizado os príncipes e terconstituído em cada um doscidadãos um aspirante a opressordos que ao mesmo tempodeclarava seus iguais. Seresmagada pelos condottieri quedispõem das lanças mercenárias oupela coalizão dos que manejam oboletim de voto é para aconsciência o mesmo choqueviolento e o mesmo intolerávelabuso; um tirano das ilhas vale ostrinta de Atenas e os milhares deespartanos. Pode ser esta a origemde muita reacção que pareceincompreensível; há almas que seentregaram a outros camposporque se sentiam feridas pelaprepotência de indivíduos quedefendiam atitudes morais sófundadas na utilidade social, nacombinação política. E de facto, oque se tem realizado é, quasesempre, um arremedo dedemocracia sem verdadeiraliberdade e sem verdadeiraigualdade, exactamente porque setomou como base do sistema umarelação do homem com o homeme não uma relação do homem com

o espírito de Deus. Por outraspalavras: para que a democracia sesalve e regenere é urgente que sebusque assentá-la em fundamentosmetafísicos e se procure a origemdo poder não nos caprichos edisposições individuais, masnalguma coisa que os supere e osexplique, aprovando-os oureprovando-os. O indivíduopassaria a ser não a fonte mas ocanal necessário ao transporte daságuas; nenhuma autoridade semele, nenhuma autoridade dele.Seria assim possível sacudir de vezas morais biológicas que nos têmproposto e, construindo umdecálogo sobre os princípiosdivinos, ligar-lhe indissoluvelmentea política com uma simplesextensão ou como outro aspecto deuma idêntica actividade. Não vejooutro alicerce senão oentendimento, o que, fazendo doanimal a pessoa, ao mesmo tempose coloca acima do indivíduo e seimpõe como norma universal; e asmaiorias, assim, só viriam a obrigarquando as suas resoluçõescoincidissem com a razão e comos fins últimos que a Humanidadese propõe atingir.

Agostinho da Silva, in 'Diário de Alcestes'

Para a Salvaçãoda Democracia

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DiaInternacional

DosDireitos

Humanos10 de dezembro

Para o ano 2013, a

conhecida marca

internacional de pneus

Pirelli, avança com um

projeto ambicioso -

despertar a consciência

Humana para os

Direitos Humanos

através do exemplo de

Mulheres que, além de

muito bonitas, são

extraordinariamente

“ricas” interiormente.

Distinguem-se pelo seu

protagonismo em

causas humanitárias.

Quando lerem esta

página do nosso jornal,

não esqueçam que cada

um pode dar um

contributo para tornar a

sociedade mais justa …

E pode estar na hora de

atuarmos …

direitos humanos

Primeiro levaram os negrosMas não me importei com issoEu não era negroEm seguida levaram alguns operáriosMas não me importei com issoEu também não era operárioDepois prenderam os miseráveisMas não me importei com issoPorque eu não sou miserávelDepois agarraram uns desempregadosMas como tenho meu empregoTambém não me importeiAgora estão me levandoMas já é tarde.Como eu não me importei com ninguémNinguém se importa comigo.

Bertold Brecht (1898-1956)

Indiferença

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Segundo o fotógrafo americano,Mc Curry, “a atual situaçãoeconómica e os problemasrelacionados ao meio ambiente eaos Direitos Humanos” são fatoresque acabaram interferindo namudança do conteúdo docalendário que, até o momento, sótinha sido assinado por ícones dafotografia de moda.

direitos humanos

Luís Francisco escreveu noJornal Público:

“São, todas elas, cidadãsenvolvidas em projetoshumanitários e apoiantes ativas deorganizações não-governamentais.A abrir a lista, quatro brasileiras: aveterana atriz Sónia Braga (co-fundadora da Fundação Hispânicapara as Artes), a cantora MarisaMonte (ativista da luta contra o HIV/Sida), a modelo Adriana Lima (quetrabalha com a Global IniciativeProgram do ex-Presidente norte-americano Bill Clinton, no Haiti; e

que posou grávida) e a modeloIsabeli Fontana (colaboradora daSave The Children e financiadorade um orfanato).

A lista completa-se com maissete nomes: a modelo, atriz ecineasta italiana Elisa Sednaoui; amodelo tunisina Hanaa BenAbdesslem; a atriz, modelo eestilista etíope Liya Kebede; amodelo norte-americana KarlieKloss; a modelo norte-americanaKyleigh Kuhn, a modelo checaPetra Nemcova; a modelo eanimadora de TV norte-americanaSummer Rayne Oakes.

Elisa preocupa-se com a vidanas áreas rurais, Hanaa é porta-vozde uma associação que ajuda osmais necessitados, Liya criou umafundação para combater amortalidade materno-infantil, Karlieapoia a luta contra a sida nascrianças e o desenvolvimento noHaiti, Kyleigh financia a luta contraas minas, Petra sobreviveu ao tsu-nami de 2004 e criou uma fundaçãopara ajudar crianças sobreviventesde desastres naturais, Summerpatrocina causa ambientais naindústria da moda.”

Rosa Agostinho

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Infelizmente pouco nospreocupamos com eles, a não serquando nos toca a nós ou quandoficamos impressionados com asimagens que vemos na televisão,de resto tudo nos parece serindiferente ou demasiado longe denós, os que morrem do outro ladodo mundo, na guerra, com fome,os que são alvo de discriminação,torturados, espezinhados, os quenão têm qualquer tipo de direitos,nem mesmo o direito à vida. Serápor as notícias nos bombardearemcom cenas destas que nostornamos insensíveis ou queremosé saber da nossa vida e do nossobem-estar, que nos faz não nosimportarmos com o que se passacom os outros seres humanos noresto do mundo? E quando aviolação dos direitos humanosacontece na porta ao lado ou dooutro lado da rua, continuamos adesviar o olhar, a fazer de conta quenão ouvimos nem sentimos?Somos ainda mais egoístas eegocêntricos do que os primeirosseres humanos, com a agravanteda defesa do individualismo nos terafastado progressivamente dosoutros, pelo menos dos que nãofazem parte da nossa família maischegada, do grupo de amigos oude outros em que nos vamosinserindo ao longo da vida.

É claro que a tradição cristã nosensina a caridade, a esmola, aajuda aos mais indefesos,principalmente numa época comoesta, em que para além da crise,que supostamente afeta todos osportugueses, estamos ainda pertodo Natal. Se o cristianismo seexpandiu contra a escravidão econtra um destino que dividia aspessoas em classes demarcadasdesde o nascimento, no entanto asua história também foi marcadapor atrocidades, como a destruiçãoda biblioteca de Alexandria e dos

seus habitantes, as cruzadas emesmo os intituladosDescobrimentos, de modo quenada nos adianta apelar à tradiçãocultural religiosa para justificarmosa nossa igualdade relativamenteaos outros seres humanos e anecessidade de ajudarmos todosaqueles que estão em sofrimento.Poderíamos apelar aos princípiosda filosofia budista para nosincentivarem nesse apoio aossofredores, a todos cujos direitoshumanos continuam a ser violados,mas será que o caminho para láchegar é pela anulação dosdesejos, pela aceitação darealidade e pelo pacifismo? No meu texto vou dar a minha

opinião acerca de um tema umpouco polémico, a Pena de Morte.

Respondendo à pergunta “ Apena de morte é uma medida eficazno combate à criminalidade?”, naminha opinião, este tipo de castigodevia ser retirado como pena aaplicar após um crime, já que comum estamos a resolver outro.

Vários países do mundo são afavor desta pena, mas não é umaboa maneira de resolver um crime.

Eu penso que, mesmo nospaíses em que é permitida,continuam a existir assaltos,sequestros, homicídios, atentados,etc… .

Esta pena, para além de serusada para responder a um crime,também a considero injusta, vistoque se pode matar um inocente, poreste confessar algo a que foiobrigado. Para além de tudoestamos a negar um direito humanofundamental, o Direito à Vida,direito que todos têm,independentemente das coisasmás que possam ter feito, já queos remorsos, na maior parte doscasos, são uma pena demasiadopesada.

Raquel Monteiro

Direitos Humanos?

A pena demorte e odireito à

vida

direitos humanos

Paula Justiça

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Desde a Antiguidade, que a Humanidade assumeque a maior punição possível é a morte, visto que sepõe fim à vida, e o maior medo que qualquer pessoatem é o de morrer.

Mas, por volta da Idade Média, a pena demorte extinguiu-se na maior parte da Europa.Atualmente, ainda existe em países de outroscontinentes, como é o caso de alguns Estados daAmérica, China…

A pena de morte, em si, é quando umaautoridade superior, como um juiz, decide que oarguido é acusado de um crime extremamente gravee que por isso não tem mais direito à vida. Ora,religiosamente, a única autoridade com o poder dedar ou tirar a vida é Deus, desta forma a maioria daspessoas religiosas é contra a pena de morte.

Pessoalmente, sou contra a pena de morteporque acredito que não existe vida para além damorte e, assim sendo, um criminoso condenado àmorte iria morrer sem se arrepender, nem se iriaaperceber dos danos e da dor que provocou à vítimae à família. É certo que se morresse nunca maispoderia cometer crimes, mas as instituições prisionais

A pena de morte é, hoje em dia,um assunto que continua a gerarmuita polémica pois ainda não sechegou a um acordo sobre a suareal eficácia no combate àcriminalidade.

Segundo alguns dados, 58países ainda têm a pena de mortecomo medida de castigo, entreeles a China, os Estados Unidosda América, o Japão e muitosoutros.

Na China condena-se à mortemais do que o dobro de todos osoutros países juntos e nos EstadosUnidos, 37 Estados usam essapena em determinados crimes.

Há quem pense que muitospaíses escolheram a pena demorte porque economicamente émais rentável matar alguém do

estão cada vez mais evoluídas e as fugas tornam-seimpossíveis, logo o criminoso deveria permanecer emprisão perpétua, arrependendo-se todos os dias doque fez.

É claro que quando me refiro a este criminosorefiro-me a alguém que violou imensas pessoas, quesequestrou, torturou e/ou matou pessoas de formapremeditada. Alguns destes criminosos também sãoconsiderados doentes mentais (psicopatas,esquizofrénicos…), e, por isso, têm um tratamentomais leve, isto é, em vez de irem para as prisões vãopara clínicas especializadas e algumas vezes atéacabam por ser enviadas para casa. Eu não concordocom isso, principalmente porque grande parte dosadvogados deste tipo de criminosos consegue fazercom que os arguidos sejam as vítimas no meio dasituação. A meu ver, as pessoas deveriam ir paraessas clinicas e, quando estivessem mentalmenteestabilizadas, iriam para a prisão, para tomaremconsciência do mal que fizeram.

Concluindo, a pena de morte não combate acriminalidade, é apenas mais um crime a sercometido.

Joana Monteiro

Justiça ou

vingança?

Pena de morte

que mantê-lo preso e tambémpoderá diminuir a criminalidade.

Mas eu penso que essa práticaé desnecessária e deveria serabolida no mundo inteiro.

No Brasil, essa prática deixoude ser realizada porque houve umerro jurídico com um senhor quefoi executado com base numaconfissão forçada, isto é, mataramum homem inocente! Não se sabequantos morreram e continuam amorrer assim.

Também o exemplo dosEstados Unidos nos mostra que,nos estados onde se aplica a penade morte, a taxa de homicídios é amais elevada, o que me permiteconcluir que a aplicação desta penanão é eficaz no combate àcriminalidade.

Refletir sobre a pena de morteé procurar perceber os limites en-tre a justiça e a vingança.

Sara Oliveira

direitos humanos

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Combate àcriminalidade?

Um das grandes polémicasainda hoje é a pena de morte,aplicada em alguns países quandose trata de assassinos.

Será que a pena de morte temalgum efeito positivo sobre adiminuição da criminalidade?

A verdade é que a pena demorte, na minha opinião, não vaifazer com que a criminalidadeacabe. Alguns acham que aimplantação da pena de morte vaiprovocar nos assassinos medo,fazendo com que, pensando nasconsequências, recuem e desistamdo seu ato. Contudo, não é isso quese verifica na realidade.

Por outro lado, a pena de morteé também uma forma de violênciae atenta contra os direitoshumanos, o direito à vida e a viverem paz.

Em alguns países, a pena demorte serve ainda para reduzir onúmero de presos, um dos maioreshorrores da humanidade.

Por tudo isto, devo concordarque a pena de morte seja abolidanos países onde ainda existe,porque muitas das pessoasexecutadas ou presas sãoinocentes, e ser morto por um crimeque não cometemos é tambémcrime!

Se quisermos ser justos epiedosos, temos que ser justos epiedosos com todos.

Diana Rocha

A pena de morte é um dosassuntos mais polémicos e, porisso, mais discutidos pelasociedade, visto que põe em causavalores éticos e morais do serhumano. É vista como uma formeda punição daqueles que cometemcrimes mais graves e querepresentam uma ameaça perigosapara a sociedade.

Sobre este assunto, eu acho quea pena de morte devia ser abolidaporque, apesar de sentir aversão,repulsa e revolta por crimes comoo homicídio, a violação, a tortura,a pedofilia, não devíamos ignoraro facto de estarmos a cometertambém um crime, ao aplicarmosesta pena, pois estamos a violar umdos Direitos Humanos (o direito àvida) e vai contra todo o quedefendemos quando condenamosum criminoso, pelo mesmo crime(em contextos diferentes).

A pena

de morte

Além disso, no caso concreto deuma pessoa ser consideradaculpada por um crime que nãocometeu e ser condenada à penade morte, é a vida de um inocenteque pode terminar e pode nunca se

chegar a saber/provar a verdade.Isto pode acontecer porque najustiça também se cometem falhase, neste caso, uma verdadedesviada ou uma mentira provadairiam acabar por matar uma pessoainocente. Podemos pensar que éum caso extremo, mas quando éaceite uma lei, todos os casos/situações possíveis têm de ser bemanalisados.

Existem diferentes tipos depena, aplicados a casos diversosdiscutidos em tribunal e a penamáxima deveria ser, na minhaopinião, a prisão perpétua.Defendo que esta pena devia seraplicada a quem comete crimescomo os mencionados jáanteriormente, em vez de serecorrer à pena de morte.

Existem ainda casos em que oscriminosos são consideradosdoentes e por isso são transferidospara hospitais psiquiátricos.

Muitas vezes, a revolta dasociedade está presente quandoexistem casos a que são atribuídaspenas consideradas “leves” emrelação ao crime cometido e, destaforma, o sentimento de vingança eraiva é levado ao extremo, fazendocom que as pessoas concordemcom a pena de morte. No entanto,no meu ponto de vista, estasituação está relacionada não como tipo de pena, mas sim com ajustiça de cada Estado ou país emcausa, resultando assim nainjustiça relativamente à decisão dapena dos crimes.

Posso concluir, então,afirmando que não concordo coma pena de morte porque, para alémde todos os fatores mencionadosanteriormente, ninguém devia tero direito de poder acabar com umavida, sendo ou não inocente.

Inês Fernandes

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Temos

obrigações

para com

os animaisQuem diz que nós, Seres

Humanos, não temos obrigaçõesmorais para com os animais engana-se, porque temos e não são poucas.

Os animais lá por não falarem oupor não se queixarem como os SeresHumanos não quer dizer que nãosofram. Eles têm sentimentos, talcomo todos nós! Basta ver o exemplode quando encontramos um animalna rua, sem comer, ao frio eabandonado, olhamos para os seusolhos e reparamos que o seu olhar étriste, ou até, quando algum serhumano tira ou mata os filhos a umanimal, ele fica em sofrimento.

Quem somos nós para fazer issoa um animal?

Tirar-lhes os próprios filhos oumata-los à sua frente!

Os seres humanos, que pensamque mandam em todo o mundo, têmcomo obrigação proteger os maisinofensivos e indefesos.

Todos nós temos obrigaçõesmorais para com os animais porqueeles não são lixo, como algunshumanos os tratam, eles não sãoqualquer coisa que anda aqui pelomundo.

Os animais são seres vivos talcomo nós, e se nós queremos teruma boa vida, porque é que elestambém não haverão de querer omesmo?

Porque somos mais do que eles?Matar um animal é crime.

Maltratar um animal é crime.Lidia Almeida

Cada vez mais os animais sãosujeitos a maus-tratos.

Muitos são utilizados para testes deprodutos, outros para casacos/vestuáriode peles, outros para touradas e circos.

Todos os anos são lançados parao mercado milhares de novos produtosde limpeza, de higiene pessoal ecosméticos, e muitos deles foramtestados em animais, deixando milhõesmutilados, queimados e envenenados.

Muitos animais também sãoutilizados para o fabrico de vestuáriode peles. Grandes quantidades depeles são de cachorros. A China é aprincipal país que exporta estas peles.

Outros exemplos de maus-tratossão as touradas e os animaisutilizados nos circos.

Muitos dos animais dos circos sãomaltratados, recebem poucaalimentação, são acorrentados,separados das suas crias, que sãofechadas em jaulas e muitas vezes

vendidas como animais deestimação. Todos estes animais sãoretirados do seu meio natural.

Este também é o caso dastouradas, os touros também sãoretirados do seu ambiente e mantidosem jaulas. Antes dos espectáculos sãomuitas vezes agredidos com choqueseléctricos para que nas arenasapareçam enraivecidos, aparentadoser perigosos. Na arena sãoprovocados, enfurecidos, feridos porfarpas, cansados até ficaremesgotados, para depois serem mortos.

Para o Homem o animal é o seualimento, vestuário e entretenimento.

Com todos estes maus-tratos aosanimais, o Homem desrespeita osseus direitos e ignora que, tal comonós, os animais também sentem dore medo.

“ Os direitos dos animais devemser defendidos pela Lei, assimcomo o são os direitos do Homem”

Diana Almeida

Todos os seres vivos existentes noPlaneta Terra merecem serrespeitados, e os animais não sãoexceção.

Tal como os seres humanos, osanimais respiram, fazem o que estáao seu alcance para sobreviver,reagem a diversas situações,procriam e cuidam das suas crias, ouseja, são seres vivos que merecemser estimados e respeitados.

As pessoas que os maltratamdeviam ser condenadas oucastigadas, sempre que provocamaos animais sofrimento, pois eles

Respeito pelos

animais

Os animais têm

direitos

também demonstram a sua dor,embora de maneira diferente dosseres humanos.

Não passa pela cabeça deninguém que é correto um serhumano maltratar um animal só pordiversão. É desumano e cruel.

Embora o ser humano mereça omaior valor do mundo, o animal deviatambém ser igualmente valorizado ese alguém lhe fizesse mal deveria sercastigado de igual forma.

Tudo isto é apenas uma questãode respeito para com todos os seresvivos e o seu direito à vida.

Cátia Filipe

dos bichos

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A Casa e as

Outras Vidas

Gosto principalmente dos gatos, deitados por todo olado, das ronronadelas,

E das cores, dos matizes, das nuances, do quentedas paredes, das janelas,

E do aspecto tão velho de tudo à minha volta, dopassado, dos labirintos,

E das aranhas no quintal, ameixas, figos, limões,memórias de outras vidas,

Do aconchego dos cães aos meus pés, do pequenomundo aqui escondido,

E do fumo do fogão no inverno, da vida parada àvolta da salamandra,

E dos amigos que entram e saem, das conversas àmesa, das risadas,

E até da melancolia das horas de solidão, continuo àespera de Godot,

Talvez sejam saudades, de outras épocas e pessoas,de outras existências... Os meus

gatos são

poetas

Os meus gatos são poetas, não se esforçam, miamsóE quanto mais miam mais poemas descem dostelhadosMais canções ecoam nos arrepios das noites de ventoMais olhos entreabertos piscam na escuridão sozinhaSe eu fosse poeta como eles também não trabalhavaFicava à espera dos milagres do dia a dia e da lareiraEspreguiçava-me na janela, ao luar, a fazer poemasE miava-os tão alto que a cidade inteira se calavaTalvez algum dia consiga ser tão poeta como eles!

dos bichos

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O abandono animal é uma tristerealidade que cresce diariamente.

Cada vez mais as pessoas têmde ter responsabilidade quando setrata de adotar um animal.

Quem gosta de animais epretende ter um animal deestimação, tem de ter a noção quenem tudo é fácil, mas é bastantecompensador.

Ter um animal de estimaçãoexige tempo, dedicação, paciênciae poderá haver gastos monetários.

Se pretende um animal deestimação, lembre-se que ele precisatambém de acompanhamento du-rante todo o ano... e não apenas du-rante o período em que não temférias.

Infelizmente as pessoas veemos animais muitas vezes como umstatus e compram animais de raçasó para se imporem perante asociedade, não se lembram quetambém eles têm sentimentos enada ligam a marcas ou dinheiro.

É durante a altura das férias quese verifica um aumento no númerode abandonos, as famílias abdicamda companhia dos seus animaispara poderem estar à vontade du-rante 1 semana ou 15 dias... nãoprocurando alternativas como, porexemplo, deixar o animal comalgum familiar ou amigo ou aindanum hotel (existem agora tantasalternativas), mas não, optam pelasolução mais fácil, deixando-os aoabandono.

Por outro lado, neste momentoa crise económica amplia estarealidade e serve também muitasvezes de desculpa para quem jáandava há algum tempo a pensarem “livrar-se” do seu fiel amigo.

Lamentavelmente, as famíliaspossuem menos recursos e ter umanimal de estimação pode “ser umextra/um luxo” e por isso sãodespesas a cortar.

É urgente e necessário informar/educar a sociedade Portuguesa,para que esta realidade mude.

A nossa mentalidade tem deevoluir... criamos tanta tecnologia,mas o respeito perante outra vidaindefesa é tão banalizado!

Temos de ver a esterilizaçãotambém como um bem para asociedade, por ano nascemmilhares de animais que se não sãoabandonados são abatidos, querem canis, quer pelas própriaspessoas, para não terem maisdespesas.

Esterilizar é dar umaoportunidade de o animal ter maisqualidade de vida, pois previnecertas doenças e prolonga o tempode vida, além de que trava osnascimentos massivos.

As associações que ajudam estesanimais abandonados, como a PraviAveiro, estão completamenteesgotadas e lotadas, sem qualquerajuda governamental, apenassobrevivem graças à boa vontade deempresas e particulares sensíveis aesta causa. Está nas nossas mãostravar esta triste realidade, poissomos nós próprios que a estamos aincentivar ao adotar animais semresponsabilidade.

Pravi, Núcleo de Aveiro

Departamento de Animais em Risco

Abandono de

animais

dos bichos

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Just a moment ago, my daughterRebecca texted me for good luck.Her text said, “Mom, you will rock. “Ilove this. Getting that text was likegetting a hug. And so there you haveit I embody the central paradox. I’ma woman who loves getting textswho’s going to tell you that too manyof them can be a problem.

Actually that reminder of mydaughter brings me to the beginningof my story.1996, when I gave myfirst TEDTalk, Rebecca was fiveyears old and she was sitting rightthere in the front row. I had just writ-ten a book that celebrated our life onthe internet and I was about to be onthe cover of Wired magazine. Inthose heady days, we were experi-menting with chat rooms and onlinevirtual communities. We were explor-ing different aspects of ourselves.And then we unplugged. I was ex-cited. And, as a psychologist, whatexcited me most was the idea thatwe would use what we learned in thevirtual world about ourselves, aboutour identity, to live better lives in thereal world.

Now fast-forward to 2012. I’mback here on the TED stage again.My daughter’s 20. She’s a college stu-dent. She sleeps with her cellphone,so do I. And I’ve just written a newbook, but this time it’s not one thatwill get me on the cover of Wiredmagazine. So what happened? I’mstill excited by technology, but I be-lieve, and I’m here to make the casethat we’re letting it take us places thatwe don’t want to go.

Over the past 15 years, I’ve stud-ied technologies of mobile commu-nication and I’ve interviewed hun-dreds and hundreds of people, youngand old, about their plugged in lives.And what I’ve found is that our littledevices, those little devices in ourpockets, are so psychologically pow-erful that they don’t only change what

we do, they change who we are.Some of the things we do now withour devices are things that, only a fewyears ago, we would have found oddor disturbing, but they’ve quicklycome to seem familiar, just how wedo things.

So just to take some quick ex-amples: People text or do email dur-ing corporate board meetings. Theytext and shop and go on Facebookduring classes, during presentations,actually during all meetings. Peopletalk to me about the important newskill of making eye contact whileyou’re texting. People explain to methat it’s hard, but that it can be done.Parents text and do email at break-fast and at dinner while their childrencomplain about not having their par-ents’ full attention. But then thesesame children deny each other theirfull attention. This is a recent shot ofmy daughter and her friends beingtogether while not being together. Andwe even text at funerals. I study this.We remove ourselves from our griefor from our revery and we go into ourphones.

Why does this matter? It mattersto me because I think we’re setting

Connected, but

alone?

ourselves up for trouble —trouble cer-tainly in how we relate to each other,but also trouble in how we relate toourselves and our capacity for self-reflection. We’re getting used to anew way of being alone together.People want to be with each other,but also elsewhere —connected toall the different places they want tobe. People want to customize theirlives. They want to go in and out ofall the places they are because thething that matters most to them iscontrol over where they put their at-tention. So you want to go to thatboard meeting, but you only want topay attention to the bits that interestyou. And some people think that’s agood thing. But you can end up hid-ing from each other, even as we’reall constantly connected to eachother.

A 50-year-old business man la-mented to me that he feels he doesn’thave colleagues anymore at work.When he goes to work, he doesn’tstop by to talk to anybody, he doesn’tcall. And he says he doesn’t want tointerrupt his colleagues because, hesays, “They’re too busy on their email.“But then he stops himself and he

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says, “You know, I’m not telling youthe truth. I’m the one who doesn’twant to be interrupted. I think I shouldwant to, but actually I’d rather just dothings on my Blackberry.”

Across the generations, I see thatpeople can’t get enough of eachother, if and only if they can haveeach other at a distance, in amountsthey can control. I call it theGoldilocks effect: not too close, nottoo far, just right. But what might feeljust right for that middle-aged execu-tive can be a problem for an adoles-cent who needs to develop face-to-face relationships. An 18-year-old boywho uses texting for almost every-thing says to me wistfully, “Someday,someday, but certainly not now, I’dlike to learn how to have a conversa-tion.”

When I ask people “What’s wrongwith having a conversation? “Peoplesay, “I’ll tell you what’s wrong withhaving a conversation. It takes placein real time and you can’t control whatyou’re going to say. “So that’s the bot-tom line. Texting, email, posting, allof these things let us present the selfas we want to be. We get to edit, andthat means we get to delete, and thatmeans we get to retouch, the face,the voice, the flesh, the body —nottoo little, not too much, just right.

Human relationships are rich andthey’re messy and they’re demand-ing. And we clean them up with tech-nology. And when we do, one of thethings that can happen is that we sac-rifice conversation for mere connec-tion. We short-change ourselves. Andover time, we seem to forget this, orwe seem to stop caring.

I was caught off guard whenStephen Colbert asked me a pro-found question, a profound question.He said, “Don’t all those little tweets,don’t all those little sips of online com-munication, add up to one big gulpof real conversation?” My answer was

no, they don’t add up. Connecting insips may work for gathering discreetbits of information, they may work forsaying, “I’m thinking about you, “oreven for saying, “I love you,” —Imean, look at how I felt when I gotthat text from my daughter —but theydon’t really work for learning abouteach other, for really coming to knowand understand each other. And weuse conversations with each other tolearn how to have conversations withourselves. So a flight from conver-sation can really matter because itcan compromise our capacity for self-reflection. For kids growing up, thatskill is the bedrock of development.

Over and over I hear, “I wouldrather text than talk. “And what I’mseeing is that people get so used tobeing short-changed out of real con-versation, so used to getting by withless that they’ve become almost will-ing to dispense with people alto-gether. So for example, many peopleshare with me this wish that some-day a more advanced version of Siri,the digital assistant on Apple’siPhone, will be more like a best friend,someone who will listen when otherswon’t. I believe this wish reflects apainful truth that I’ve learned in thepast 15 years. That feeling that noone is listening to me is very impor-tant in our relationships with technol-ogy. That’s why it’s so appealing tohave a Facebook page or a Twitterfeed —so many automatic listeners.And the feeling that no one is listen-ing to me make us want to spend timewith machines that seem to careabout us.

We’re developing robots; they callthem sociable robots that are specifi-cally designed to be companions —

to the elderly, to our children, to us.Have we so lost confidence that wewill be there for each other? Duringmy research I worked in nursinghomes, and I brought in these so-ciable robots that were designed togive the elderly the feeling that theywere understood. And one day I camein and a woman who had lost a childwas talking to a robot in the shape ofa baby seal. It seemed to be lookingin her eyes. It seemed to be follow-ing the conversation. It comforted her.And many people found this amaz-ing.

But that woman was trying tomake sense of her life with a machinethat had no experience of the arc ofa human life. That robot put on a greatshow. And we’re vulnerable. Peopleexperience pretend empathy asthough it were the real thing. So dur-ing that moment when that womanwas experiencing that pretend em-pathy, I was thinking, “That robot can’tempathize. It doesn’t face death. Itdoesn’t know life.”

And as that woman took comfortin her robot companion, I didn’t findit amazing; I found it one of the mostwrenching, complicated moments inmy 15 years of work. But when Istepped back, I felt myself at the cold,hard center of a perfect storm. Weexpect more from technology andless from each other. And I ask my-self, “Why have things come to this?”

And I believe it’s because tech-nology appeals to us most where weare most vulnerable. And we are vul-nerable. We’re lonely, but we’re afraidof intimacy. And so from social net-works to sociable robots, we’re de-signing technologies that will give usthe illusion of companionship without

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the demands of friendship. We turnto technology to help us feel con-nected in ways we can comfortablycontrol. But we’re not so comfortable.We are not so much in control.

These days, those phones in ourpockets are changing our minds andhearts because they offer us three grati-fying fantasies. One, that we can putour attention wherever we want it to be;two, that we will always be heard; andthree, that we will never have to bealone. And that third idea, that we willnever have to be alone, is central tochanging our psyches. Because themoment that people are alone, even fora few seconds, they become anxious,they panic, they fidget, and they reachfor a device. Just think of people at acheckout line or at a red light. Beingalone feels like a problem that needs tobe solved. And so people try to solve itby connecting. But here, connection ismore like a symptom than a cure. It ex-presses, but it doesn’t solve, an under-lying problem. But more than a symp-tom, constant connection is changingthe way people think of themselves. It’sshaping a new way of being.

The best way to describe it is, I sharetherefore I am. We use technology todefine ourselves by sharing our thoughtsand feelings even as we’re having them.So before it was: I have a feeling; I wantto make a call. Now it’s: I want to have afeeling, I need to send a text. The prob-lem with this new regime of “I sharetherefore I am” is that, if we don’t haveconnection, we don’t feel like ourselves.We almost don’t feel ourselves. So whatdo we do? We connect more and more.But in the process, we set ourselves upto be isolated.

How do you get from connectionto isolation? You end up isolated ifyou don’t cultivate the capacity forsolitude, the ability to be separate, togather yourself. Solitude is where youfind yourself so that you can reachout to other people and form real at-tachments. When we don’t have thecapacity for solitude, we turn to otherpeople in order to feel less anxiousor in order to feel alive. When thishappens, we’re not able to appreci-ate who they are. It’s as though we’reusing themes spare parts to supportour fragile sense of self. We slip intothinking that always being connected

is going to make us fell less alone.But we’re at risk, because actually it’sthe opposite that’s true. If we’re notable to be alone, we’re going to belonelier. And if we don’t teach ourchildren to be alone, they’re only go-ing to know how to be lonely.

When I spoke at TED in 1996,reporting on my studies of the earlyvirtual communities, I said, “Thosewho make the most of their lives on

ten don’t have time to think, we don’thave time to talk, about the thingsthat really matter. Change that. Mostimportant, we all really need to listento each other, including to the boringbits. Because it’s when we stumbleor hesitate or lose our words that wereveal ourselves to each other.

Technology is making a bid to re-define human connection —how wecare for each other, how we care forourselves —but it’s also giving us theopportunity to affirm our values andour direction. I’m optimistic. We haveeverything we need to start. We haveeach other. And we have the great-est chance of success if we recog-nize our vulnerability. That we listenwhen technology says it will takesomething complicated and promisessomething simpler.

So in my work, I hear that life ishard, relationships are filled with risk.And then there’s technology —sim-pler, hopeful, optimistic, and ever-young. It’s like calling in the cavalry.An ad campaign promises that onlineand with avatars, you can “Finally,love your friends love your body, loveyour life, online and with avatars.“We’re drawn to virtual romance, tocomputer games that seem likeworlds, to the idea that robots, robots,will someday be our true companions.We spend an evening on the socialnetwork instead of going to the pubwith friends.

But our fantasies of substitutionhave cost us. Now we all need to fo-cus on the many, many ways tech-nology can lead us back to our reallives, our own bodies, our own com-munities, our own politics, and ourown planet. They need us. Let’s talkabout how we can use digital tech-nology, the technology of our dreams,to make this life the life we can love.

Thank you.Sherry Turkle - http://

w w w . k n o x g u e l p h . c a /Rivetingtalksbyremarkablepeople.html

the screen come to it in a spirit ofself-reflection.” And that’s what I’mcalling for here, now: reflection and,more than that, a conversation aboutwhere our current use of technologymay be taking us, what it might becosting us. We’re smitten with tech-nology. And we’re afraid, like younglovers, that too much talking mightspoil the romance. But it’s time to talk.We grew up with digital technologyand so we see it as all grown up. Butit’s not, it’s early days. There’s plentyof time for us to reconsider how weuse it, how we build it. I’m not sug-gesting that we turn away from ourdevices, just that we develop a moreself-aware relationship with them,with each other and with ourselves.

I see some first steps. Start think-ing of solitude as a good thing. Makeroom for it. Find ways to demonstratethis as a value to your children. Cre-ate sacred spaces at home —thekitchen, the dining room —and re-claim them for conversation. Do thesame thing at work. At work, we’reso busy communicating that we of-

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Dois dias bastaram para chegar,de Londres a Minde, o livro HomoZappiens, aconselhado peloPresidente da FCCN numa sessãodo encontro JPEG, Batalha. Maisdo que um murro no estômago,após apenas a introdução e oprimeiro capítulo (“A time ofchange”, do qual trancrevi a citaçãoinicial), é antes um tiro no cérebro.Na página 24 pode lêr-se: “With somany things rapidly changingaround us, it is also becoming im-portant to find those things that canserve as beacons in the storm”. Aresistência ganha raízes assim,como um abrigo na tempestade damudança, escolha racional doindividuo para o qual o tempo éescasso e a incertezaincomportável: “Time is an evermore precious commodity; with somuch information and so many ex-periences waiting to consume it,that the last thing anyone wants(and the first thing anyone will tryto avoid) is to be confronted withconstant change just when youhave finally found your place in so-ciety”. O ensino e a formação, nummundo em rápida mudança, sãochaves para a adaptação e para amudança. E os elos estão todospresentes: incerteza, mudança,informação versus resistência,aversão ao risco e falta deempreendedores: “Dealing whithtime and uncertainty, with changeand developement is becoming thedominant valued activity: this ac-tivity is learning.”

A diferença fulcral no HomoZappiens é a forma como enfrentaum desafio ou uma tarefa, ou umjogo, iniciando o mesmo sem ler deforma linear as instruções ou asregras, buscando apenas depois a

informação, de forma não linear, àmedida que dela necessita paraprogredir e privilegiando as fontesque não em papel, nomeadamenteos contactos e os amigos, ou oscolegas de tarefa.

Aquilo que aprende com estemétodo, por exemplo, num jogo decomputador, pode praticar vezessem conta, sem que qualquer tipode constrangimento ou puniçãoafete a sua autoestima e confiança(queixas nossas: este miúdo temdemasiada autoestima), retiradasdo facto de conseguir realizartarefas cada vez mais complexase complicadas e ganhando ânimopara a fase seguinte. Cada umadestas tarefas é conseguidadesenvolvendo trabalhocolaborativo com os seus pares,quer nos intervalos da escola (oumesmo durante as aulas), quer viaMSN ou SMS. Considera a escolacomo um local de encontro físicocom os seus pares, mais do que umlocal de aprendizagem. Na suaperspetiva, a escola não o desafiao suficiente para que aprenda, dada

a forma linear do tipo deaprendizagem praticada.

As escolas e os pais olham paraos jovens, como normalmente, doponto de vista do que acham queeles deveriam fazer, de acordo comas suas normas e valores, comosempre fizeram todas as geraçõesem relação às gerações seguintes(sem que isso tenhaobrigatoriamente algo de errado).O que esta geração tem dediferente é que ela ensina os paise professores a usar um fórum, umtelemóvel, a desenvolver trabalhosonline, numa espécie de “inverseeducation”, sem comparação, emtermos de magnitude, comsituações idênticas no passado.

O Homo Zappiens (HZ) surfa nanet e vive num mundo multimédia,onde cada ecrã está repleto deinformação: cores, imagens, some movimento. Os textos sãogeralmente curtos, e parte éconstituída por ligações para maisinformação. A estratégia paraencontrar a informação, nestemundo, difere da forma como nós

Homo ZappiensGrowing up in a digital age

Editora: Nework Continuum Education, London, 2006Autores: Win Veen, Ben Vrakking

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fomos ensinados a fazê-lo:nascemos num mundo decaracteres a preto e branco, ondea existência de cores apenasdestaca ou ilustra. O HZ aprendeu,e utiliza, outras e muitas maisformas de recolha de informação;a acrescer ao seu mundo, umaoutra característica fulcral: aquantidade imensa de informaçãodisponível, um autênctico overload

para nós, as gerações anteriores.Mas o HZ não se queixa desteexcesso, aliás esta é uma dascondições necessárias à eficáciada selecção e processamento damesma.

Claro que existe muitainformação não adequada oumesmo danosa. A preocupação vaipara o tipo de ajuda que lhesdamos neste aspeto,nomeadamente fornecendo-lheslivros, jornais, etc., que funcionemcomo pontos de referência, ouajudando a desenvolvercompetências no reconhecimentoda informação válida e segura.Esta questão da seleção dainformação não se coloca apenasrelativamente à internet, mastambém aos próprios livros, jornaisou programas televisivos. A

diferença fulcral da internet emrelação a este meios é que, com atecnologia, a informação tornou-semenos escassa, estandodisponível rapidamente e emqualquer ponto do mundo, emsimultâneo ( As repercussõessobre outros domínios,nomeadamente os mercados,dariam pano para mangas a umaoutra linha de desenvolvimentodeste texto).

O conceito de informaçãoexcessiva deve assim serponderado de forma positiva,apesar de esta imensidão nãoparecer ser grande ajuda naelaboração de alguns trabalhos epesquisas enviados pelosprofessores como TPC. Só queestas tarefas de pesquisa, na net,são grande parte das vezes vistascomo dolorosas, por parte doaluno, sem grande preocupaçãocom a qualidade da informaçãorecolhida, levando-o a maximizara satisfação mínima do professor,o qual, por não ter dirigido apesquisa para dois ou três sítioscujo conteúdo foi previamenteanalisado, não consegue verificarou descobrir um Copy+Pasteperfeito.

O problema da qualidade dainformação, o qual se acredita sertemporário, resulta do crescimentocaótico da internet e vem sendocorrigido à medida que se criamsistemas de classificação deconteúdos e portais específicos,quer em termos temáticos quer emtermos de faixas etárias.

O maior desafio que se colocaé, no entanto, a gestão dasenormes quantidades deinformação e a pesquisa eficiente,de forma a encontrar o pretendido.O HZ parece estar a desenvolverestratégias para este problema,assim como as inerentescapacidades. Uma delas é acapacidade de processar emsimultâneo vários canais deinformação, a mais eficienteestratégia num contexto de escassezrelativa de tempo face à quantidadede informação. A forma de lidar comos múltiplos canais é gerir váriosattencion levels, reconhecendo emcada um deles chaves que lhepermitem, no momento adequado,focar mais atentamente um doscanais. Em termos futuros, esta é umacapacidade valiosa, na medida emque lhes permitirá processar váriosinputs de informação, em simultaneo,e tomar decisões, mesmo emsituações sub-óptimas deconhecimento de determinadoproblema.

A habilidade de gerir os níveisde atenção nos vários canais deinformação (tal como acontece nozapping, ao ver três filmes emsimultâneo) exige conhecimentoprofundo das estruturas dos fluxosde informação, de forma aseleccionar os núcleosfundamentais e a construir umsignificado coerente.

A sala de aula possuibasicamente um canal deinformação, algo pobre emonótono na perspectiva do HZ,

de fora...online

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ainda mais que este não possuiqualquer controlo sobre o fluxo dainformação. Este canal é aindademasiado lento, excessivo nosdetalhes e pobre na estrutura dainformação, esta sim essencialpara gerir o overload, tornando-seenfadonho (Esta necessidade derapidez é notória quando o HZrequer respostas simples esintéticas, como as suas, nas quaiscada palavra é importante,exigindo o máximo de atenção porparte do ouvinte). Pelo contrário,para o HZ, se o único canal deinformação presente na sala forlento e excessivo no detalhe, osignificado da estrutura não écompreendido. Por vezes o HZconsegue descobrir na mensagemum núcleo de informaçãosignificativa, rapidamente ointegrando no seu mododescontínuo de processamento,fazendo por vezes questõesaparentemente desconexas -fazendo zapping ao professor - namedida em que o professor nãopode visualizar o processamentoultra-rápido do HZ.

Aprende-se sempre a ler umlivro do princípio ao fim, de formalinear. No entanto, mesmo asgerações anteriores, rapidamentetiveram que arranjar estratégiaspara lidar com o overload deinformação, quer este tome aforma de uma quantidade deensaios científicos, cuja estruturaé muito semelhante, ou de umjornal bastante espesso (o que fazlembrar o nome que davaantigamente ao Expresso).

Também aprendemos areconhecer uma estrutura deinformação e a processar de formanão linear, com leituras diagonaisou parciais de artigos, das “gordas”dos jornais, etc., procurando osnúcleos de informação relevantes.A adopção deste tipo de estratégia

não é novidade. A questão é que oHz o consegue fazer muito maiscedo, antes de chegar ou antes desair da faculdade, desde tenraidade, no mundo real e não nosjornais, utilizando recursos digitaise não analógicos, veiculados poruma multiplicidade de canais emsimultâneo e em permanente over-

load.Comentário do Armando:Esta coisa (comportamento

mental) do HOMOZAPPIENSlevanta uma série de problemascomplexos para a aprendizagem -em que a nova e adicional missãodo professor é ser “facilitator” - oucoadjuvante, guia. A caterva deinformação, por vezesconflituante, vai exigir o recurso àfilosofia: a técnica da classificaçãoou ordenação hierárquica, atécnica da indução, a técnica dadedução, a da hipotetização, aaplicação dos três princípios dalógica (maxime o da nãocontradição) e a da identificaçãoe desmontagem das falácias.Informação? Venha ela. Mas oconsumidor que se cuide.

Mas nada disto fará a mínimaonda no lago cerebral do aprendiz,se o professor for perdulário naadmissão de trabalhos copiados daNet, em grafia brasileira e tudo.Toca ao professor ser o grandecrítico do uso parasitista oucriativista da riquíssimainformação que dela se desprende.

O homozappiens é um novoser. Por isso terá que ser educadode maneira muito diferente. Épreciso ver que quem não tiverautonomia lógica não só nãosobrevive no mundo atual doconhecimento como até poderáprejudicar a fiabilidade do sistema- e do valor dos diplomas - paranão falar do exercício credível eresponsável da profissão.

Paulo Vieira

“In times ofchange,learners

inherit theEarth, whilethe learned

findthemselvesbeautifully

equipped todeal with a

world that nolonger

exists.”Eric Hoffer

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O presente artigo pretendedivulgar a apresentação queaconteceu em ambiente Second Life,no dia 3 de outubro deste ano, noespaço das Imagens da Cultura, umainiciativa de Paula Justiça. O trabalhoTake a TP to eTwinning – projects in

our classes and much more foirealizado e apresentado em parceriacom a professora Manuela Batista. OGafanhoto dá agora a conhecer o prin-cipal do eTwinning.

O eTwinning é designado como «aComunidade de Escolas da Europa»1

tendo inscritos no exato momento 186702 professores2. É uma iniciativa que data de 2005, enquadrando-se,atualmente, no Programa deAprendizagem ao Longo da Vida(PALV)3, da responsabilidade daComissão Europeia. A partir de umportal na Internet4, com a possibilidadede ser lido em 21 línguas, é possíveldesenvolver uma série de atividades,a esmagadora maioria em ambientevirtual, nomeadamente,conhecimento dos professoresinscritos, encontros em tempo real,discussão de ideias e de práticaspedagógicas, organização em gruposde interesse, frequência de ações deformação e desenvolvimento deprojetos. Para prestar apoio àsatividades eTwinning, existem dois

serviços: o Serviço de Apoio Central(CSS - Central Service Support), cujogabinete está sediado em Bruxelas,e o Serviço de Apoio Nacional (NSS -National Service Support) existenteem cada país. É da responsabilidadedo NSS representar e promover aação eTwinning em contexto nacionalpor intermédio dos meios decomunicação social, fazercampanhas de informação, oferecerformação e apoio e organizarencontros e concursos nacionais. Dasdiversas atividades eTwinning, ireidestacar, resumidamente, três: asações de formação, os prémios e osprojetos.

Existem 4 grandes possibilidadesde formação: (i) oficinas de

desenvolvimento profissional, emdiferentes partes da Europa ao longodo ano letivo; a participação só épossível por convite, pelo que osprofessores deverão manifestar o seuinteresse para o NSS; (ii) eventos de

aprendizagem, que são workshopsonline, de curta duração, sobdeterminados temas e moderados porum perito; (iii) grupos eTwinning, quesão plataformas privadas, moderadospor um eTwinner experiente, onde sedebatem e trabalha em conjunto sobreum tema estabelecido e (iv) formação,constante na base de dados da

formação Comenius e Grundtvig àqual se pode candidatar pessoaldocente e não docente dos diferentesníveis de ensino; esta formação fazparte das formações financiadas noâmbito do PALV5.

Atualmente, o eTwinningdisponibiliza 2 tipos dereconhecimento público: os PrémiosEuropeus eTwinning e os Selos deQualidade. A categoria principal dosprémios Europeus, patrocinada pelaComissão Europeia, distinguem trêsníveis: projetos que envolvem alunosdos 4 aos 11 anos; dos 12 aos 15 e,por fim, dos 16 aos 19 anos. Existem,também, várias categorias especiais(e.g. para 2013: Prémio de LínguaEspanhola, Francesa, Alemã, entreoutras), patrocinadas por outrasorganizações. Quanto aos Selos deQualidade, existem duaspossibilidades: (i) Selo Nacional deQualidade, concedido pelo NSS, aoqual os professores devem candidataro seu projeto sempre que consideremque ele merece destaque especial e(ii) Selo Europeu de Qualidade,atribuído pelo CSS, que reforça aqualidade já obtida. Apenas osprojetos com Selo Europeu deQualidade podem ser candidatos aosPrémios Europeus eTwinning, cujosvencedores serão aplaudidos,presencialmente, na ConferênciaAnual eTwinning. Em todas asdistinções, professores e alunossentem a valorização do seu trabalhoe empenho.

Quanto aos projetos eTwinning,eles baseiam-se na utilização dasTecnologias de Informação eComunicação (TIC) podendo ser decurta, média ou longa duração. Comoo meio de comunicação ecolaboração que sustenta os projetosé a Internet, não estão previstasquaisquer subvenções, não háprocedimentos administrativos nemreuniões presenciais.

Para iniciar um projeto, são

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necessários, no mínimo, doisprofessores de países europeusdiferentes6. O processo inicia-se comuma candidatura online, que obtémresposta do NSS, aprovação ourejeição, no prazo de uma semana.O tema do projeto pode ser qualquerum que os parceiros decidam,recomendando-se, no entanto, quehaja um bom equilíbrio entre autilização das TIC e as atividades desala de aula e que seja, depreferência, no âmbito dos currículosnacionais das escolas participantes,correspondendo a uma áreadisciplinar ou transversal. A língua detrabalho fica à consideração dosparticipantes, todavia, nadisseminação do projeto é importanteque seja utilizada uma ou mais línguascom projeção na comunidadeinternacional. Não há limite para onúmero de parceiros, mas chama-sea atenção para o risco que é dinamizarum projeto com demasiadosintervenientes. Uma vez aceite oprojeto, fica disponível umaplataforma virtual de nomeTwinSpace, à qual podem acedertodos os participantes. É um espaçoprivado ao qual apenas têm acessoos parceiros do projeto e eventuaispessoas por eles convidadas ouadicionadas. É, portanto, um espaçoseguro do ponto de vista dos perigoshabitualmente existentes nasplataformas virtuais de comunicação.

O projeto Je m’amuse, tu

t’amuses... on apprend apenas estáacessível aos seus participantes; oCHISAE teve vida durante 2 anos eainda está online7; o Be creativeiniciou-se em setembro e é para láque vos dou teleport: http://5becreative.blogspot.pt

Betina AstrideAgrupamento Vertical de Montemor-o-Novo

[email protected]

1 In http://www.etwinning.net/en/pub/get_support/faq.htm .

2 2 de dezembro, 21:50H.3 Inicialmente, o eTwinning

enquadrava-se no programa eLearning- 2004-2006, também da ComissãoEuropeia (Decisão 2318/ 2003/ CE, de5 de dezembro); a partir de 2006,terminado o referido programa, oeTwinning integrou o PALV (Decisão2006/ 1720/ CE, de 15 de novembro.

4 Disponível no endereço http://www.etwinning.net/en/pub/index.htm .

5 http://ec.europa.eu/education/trainingdatabase/

6 Podem participar no eTwinning os27 Estados-membros da UniãoEuropeia (Áustria, Bélgica, Bulgária,Chipre, República Checa, Dinamarca,Estónia, Finlândia, França, Alemanha,Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia,Lituânia, Luxemburgo, Malta, Polónia,Portugal, Roménia, Eslováquia,Eslovénia, Espanha, Suécia, PaísesBaixos e o Reino Unido), os países eterritórios ultramarinos, a Croácia, aIslândia, a Noruega, a Suíça e aTurquia.

7 http://chisaeetwinning.blogspot.pt.

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A visão noturna de que hoje se ouve muito falar éna realidade uma visão noturna artificial. Trata-se deconseguir, através de meios técnicos, distinguir vultosno meio da escuridão, com um género de óculos umpouco diferentes do que vemos no dia a dia. E isso épossível? Claro.

Ficaram célebres nos filmes “Predador” e “OSilêncio do Inocentes”, em 1991, em que a heroínado filme, Clarrissa, procura, usando esses óculos oassassino, num meio de total escuridão (http://vejaessesom.blogspot.pt/2009/08/silencio-dos-inocentes.html).

Também a nível militar tem grandes aplicações.É possível detetar o inimigo, movimentação deveículos e armas durante a noite. São até mais unsbinóculos, que uns óculos e alguns deles possuemcâmara de filmar incorporada. Dizia um comandantemilitar que “os equipamentos de visão noturna (EVN)permitem que a aviação e o exército operem agoradurante as 24 horas do dia...”

Hoje as aplicações deste sistema estendem-se aoutras áreas, como a medicina, a caça, a vigilância,a espionagem e até... o entretenimento. Comofuncionam estes óculos ou binóculos?

Em primeiro lugar, eles devem detetar qualquercoisa. Detetam realmente luz, mas luz invisível, queos nossos olhos não têm capacidade para “ver”. Estaluz invisível chama-se luz infravermelha e é um tipode luz que é emitida por qualquer corpo quente. Avisão noturna só é possível se o que queremosobservar enviar algum calor. Chama-se a esta“imagem”, assim possível de observar, imagem

térmica. O que vemos são diferentes cores outonalidades, devido a diferentes temperaturas doscorpos que estão a enviar o seu calor. Esta luzinfravermelha tem uma energia ligeiramente menorque a luz visível e é constituída por ondaselectromagnéticas de comprimento de onda de 3 atémais de 30 micrómetros, a que se costuma chamarinfravermelho térmico. Assim, compreendemos quena realidade, o que estes óculos fazem é detetar aluz invisível (infravermelha), que é enviada por umqualquer corpo quente.

Para terminar, gostaria de referir que a visãonoturna não é muito perfeita e que é preciso umaaprendizagem para a interpretar e que tem muitaslimitações, por exemplo, o facto de corpos pouco

quentes e afastados serem difíceis de observar.Também através de um vidro é difícil de observarqualquer corpo em escuridão. Isto é devido ao vidronão deixar passar esta luz infravermelha.Alguns animais conseguem ver esta luz infravermelha,como a cobra. Esta caça à noite, por conseguirdistinguir animais de sangue quente, que emitem,portanto luz infravermelha. Os gatos, não conseguemdetetá-la, mas possuem a capacidade de ”ampliar” apouca luz que chega no escuro até eles. Vêem assimmuito melhor que os seres humanos, mas, ao contráriodo que se costuma dizer, não vêem na escuridão…

António Rodrigues

Visão noturna:

como ver à noite?

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Programa Vocação2013

Estão abertas as inscrições para o ProgramaVocação – 2013. Se queres ocupar os teus temposlivres com atividades que contribuam para oenriquecimento da tua formação pessoal, funcionandocomo complemento à tua formação académica e quetêm um claro interesse social e comunitário, nãopercas mais tempo, INSCREVE-TE!

Está atento às novidades no teu Fórum daJuventude e em www.cm.ilhavo.pt

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A “geração à rasca” é uma grandefarsa. Nos tempos de hoje fala-semuito do termo, nomeadamente porparte dos media, que fazem questãode tratar do assunto todos os dias.

Da forma como eles o põem atéficamos com a impressão que osjovens estão a passar dificuldades,mas é apenas o resultado de maushábitos em casa.

De um ponto de vista psicológico,os pai que não tiveram acesso a umaboa educação e que atravessaramimensas dificuldades durante a vida,quererão, certamente, o melhor paraos seus filhos para que eles nãopassem pelo mesmo. É lógico e decerta forma aceitável. Mas por outrolado estão a instalar um sentimentode segurança absoluta na mente dascrianças, que cresce com elas e sedesenvolve até ao ponto de um rapazde 16 anos não saber descascar umalaranja, porque a mãe ou o paicortava-a sempre bem cortadinha edividia-a em gomos. É simplesmenteridículo. Mas a história da fruta é sóum exemplo daquilo que eu prefirochamar “a geração mimada”.

O típico adolescente que está aterminar o secundário não temqualquer noção do que é trabalharou esforçar-se para conseguir algo,pois nunca foi estimulado para talnem o teve que fazer forçosamente.Isto arrasta-se pela vida fora e poresta razão não é incomum verestudantes universitários comdívidas por pagar. Por serconveniente, os culpados são ospolíticos (embora estes tenham,admitidamente, uma

Geração

“How I met your mother” emportuguês “Foi assim queaconteceu”, é uma série televisivacriada por Carter Bays e Craig Tho-mas, que começou a ser emitidapela CBS a 19 de setembro de 2005nos E.U.A. Contudo, somente emfevereiro de 2008 é que estachegou à televisão portuguesa,trazida pelo canal Fox Life.

O interessante na série é queela começa em 2030 e através deflashbacks, Ted (Josh Radnor)tenta, já ao longo de oitotemporadas, explicar aos seus doisfilhos como conheceu a mãe deles.

Encontramos, então, o jovemarquiteto de vinte e sete anos, aficar assombrado com a notícia deque o seu jovem amigo Marshal(Jason Segel) vai casar com a belaLily (Alyson Hannigan). Tedreconhece então a necessidade detambém encontrar alguém parapartilhar a vida. Entrando numaespiral de relacionamentos,incentivados, muitas vezes, peloseu amigo Barney (Niel PatrickHarris), vem a conhecer Robin(Cobie Smulders), que depressapassa a integrar o grupo de amigosdo Ted.

A vida destes cinco jovens é,possivelmente, uma das melhoresséries televisivas dos últimos anos.Depois de “Friends”, nenhuma sérieconseguiu, de modo ligeiro, massério, retratar as dificuldades, asalegrias e tristezas dos jovensadultos do século XXI.

Ao longo de oito temporadas, aação principal é-nos apresentadacom um pano de fundo bastantereal: as noites no seu bar favorito,o “Maclaren’s Pub”, as pressõeseconómicas e socias que aspersonagens vivem, o desenrolarda política norte-americana, quenos permite acreditar que “Foiassim que aconteceu”.

Pedro Soeiro

Foi assim que

aconteceu

opinião

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Os valores - morais, sociais eeducativos – têm vindo a sofreralterações ao longo do tempo,sendo os estabelecimentos deensino um exemplo dessamudança.

Para mim, as escolas têm-setornado teatros de fantoches ondeos alunos e os professores são asmarionetas da tecnologia emodernismo. E porque digo eu isto?Passo a explicar... Os meus trêsúltimos anos como estudante forampassos no ‘antigo Liceu’ onde aindahavia os chamados blocos, osbarracões, os bancos de pedra nomeio do pátio, o bar dos estudantes,onde passávamos muito tempo jun-tos, antes de existirem as aulas desubstituição, e um misto de cantosque nós, alunos, ‘editávamos’ ànossa maneira, com pinturas,trabalhos, brincadeiras.

Naquelas paredes passaramrecordações de geração emgeração, pintadas pelos alunos quepor ali iam passando - irmãos maisvelhos, primos, tios –, o que davaum toque especial àquela escola.Haviam várias atividadesrelacionadas com datas festivas,eventos que passavam de ano paraano – como o concurso Miss e Mis-

ter escola. Começaram então asurgir, pouco a pouco, maistecnologias e modernices na escola– substituíram-se os quadros deardósia pelos interativos, grandeparte das aulas passaram aresumir-se a trabalhos de grupofeitos a computador ou ao profes-sor a apresentar a matéria emPowerPoint, o que diminui ainteração entre alunos eprofessores. Passou a haver menostempo para se conviver - devido àlimitação do tempo dos intervalose à introdução das aulas de‘ocupação de tempos livres’,resumindo, foi-se desistindo depensar no bem-estar econtentamento dos alunos e passoua dar-se mais importância àaparência.

O Liceu, conhecido por todoscomo um local de aprendizagem,mas acima de tudo convivência,tornou-se apenas mais umainstituição moderna, equipada detecnologia e deficiente em alegria.Ou será que os alunos de agoraconseguem manter a mesmainteratividade e a mesma felicidadeque nós sentíamos quandopassávamos as horas livres com ogrupo de amigos?

Ana Raquel Afonso

Liceu, volta para

trás!

responsabilidade considerável pelainstabilidade económica do país), ouos pais, que não conseguiram pagaraos filhos a educação que elesqueriam. E depois vemos os jovensa manifestarem-se em grandesgrupos com o mais recente modelodo iPhone para tirar fotografias doevento e acompanhar a discussãonas redes sociais. Provavelmente atéfazem uma churrascada mais tardetodos juntos, e voltam para casa decarro, porque a gasolina está baratae quem não tiver carro não é fixecomo os outros.

Isto é, no mínimo, rídiculo. Nãoentendo como dizem estar “à rasca”e, no entanto, têm dinheiro paratelemóveis, carro, gasolina eroupinhas de marca. Estar à rasca éter que andar de bicicleta à chuva,comer sopa todos os dias e andarcom a roupa velha do filho da tiaAntonieta.

Se têm dificuldades em pagar asvossas dívidas, porque não arranjarum trabalho no McDonalds a fritarbatatas nas férias? Em pouco tempoterão dinheiro suficiente para pagarpropinas e afins, pelo menos durantealgum tempo. Entretanto utilizem ostransportes públicos, ou peçamemprestada a bicicleta do vosso avôpara se deslocarem de um lado parao outro (o mais provável é já teremuma bicicleta, mas estar na garagema apanhar pó). Comida? Roupa?Alojamento? Também não é difícilpoupar nestes aspetos. Sejamracionais e deixem de dizer queestão “à rasca”. Está na altura dearregaçar as mangas.

Fábio Maia

opinião

à rasca

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Que 2013 seja ano de sorrir, dançar, gostar, dormir,beijar, olhar, berrar, pensar, sentir, filosofar, dizer,

fluir, desejar, transformar, cantar, amar, dar,encontrar, nadar, beber, gozar, descansar, mimar,

acariciar, saltar, divertir, falar, aprender, concretizar,adoçar, caminhar, preencher, estudar, ver, felicitar,confraternizar, trabalhar, aliviar, conduzir, saber,ajudar, contar, entregar, limpar, apagar, cheirar,

arejar, ganhar, tomar, optimizar, guardar, festejar,andar, receber, tocar, aconselhar, cozinhar, vencer,pintar, namorar, passear, convergir, gritar, abraçar,fruir, cantar, ouvir, animar, homenagear, elogiar, ler,

escrever, jogar, ligar, viver…e de ser feliz!