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O Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA, criado em 1989, é hoje o principal fundo público de fomento socioambiental do Brasil, constituindo-se um importante parceiro da sociedade brasileira na busca pela melhoria de qualidade ambiental e de vida.

O FNMA é uma unidade do Ministério do Meio Ambiente – MMA, criado pela Lei n.º 7.797 de 10 de julho de 1989, com a missão de contribuir, como agente financiador, por meio da participação social, para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA.

Ao longo de sua história foram 1.400 projetos socioambientais apoiados e recursos da ordem de R$ 230 milhões investidos em iniciativas de conserva-ção e de uso sustentável dos recursos naturais.

A Diretoria do FNMA, desejando aprimorar e facilitar o acesso da socie-dade a esses recursos, tem a grata satisfação de lançar a nova versão do manual Orientações para a Apresentação de Projetos, com esclarecimentos que incorporam a nova legislação.

O apoio do FNMA aos projetos se dá de duas formas: Demanda Espon-tânea e Demanda Induzida. O manual contém informações gerais e serve tanto para Demanda Induzida como para Demanda Espontânea, embora as orientações sobre Demanda Induzida sejam descritas com maior detalha-mento nos respectivos instrumentos convocatórios. Está subdividido em:

Módulo I – Conhecendo o MMA e o FNMAMódulo II – Dicas para a gestão de projetosMódulo III – Apresentação de projetos para o FNMAMódulo IV – Conhecendo o FaçaProjeto

Aguardamos o projeto da sua instituição!!!

Diretoria do Fundo Nacional do Meio Ambiente e do Departamento de Fomento ao Desenvolvimento Sustentável

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MÓDULO I – CONHECENDO O MMA E O FNMA

1 – Estrutura e funcionamento ........................................................................ 8

2 – Programas e ações – O que o FNMA apóia? ............................................ 9

3 – Origem dos recursos – O que isso representa? ...................................... 10

4 – Modalidade de apoio – Quais as formas de apoio? ................................ 10

5 – Instituições elegíveis – Quem pode concorrer aos

recurso do FNMA? ................................................................................. 11

6 – Perfil das propostas e princípios gerais do FNMA................................... 12

7 – Contrapartida ........................................................................................... 12

8 – Duração e limites de apoio financeiro ..................................................... 14

9 – Quais os itens financiáveis? .................................................................... 14

10 – O que o FNMA não financia? ............................................................... 15

11 – Encaminhamento dos projetos – O que deve ser encaminhado? ......... 16

12 – Análise e julgamento ............................................................................. 17

12.1 – Análise inicial .............................................................................. 18

12.2 – Análise por especialista externo ................................................. 18

12.3 – Julgamento ................................................................................. 19

13 – Próximos passos: formalização da parceria, execução e acompanhamento do projeto ..................................................... 19

MÓDULO II – DICAS PARA A GESTÃO DE PROJETOS

1 – Ciclo de Vida do projeto .......................................................................... 22

1. 1 – Então, o que é um projeto? ............................................................22

2 – Planejamento............................................................................................22

3 – Formulação (da Idéia à Estruturação de um Projeto)...............................23

4 – Implementação, incluindo monitoramento e avaliação ............................25

MÓDULO III – APRESENTAÇÂO DE PROJETOS PARA O FNMA

1 – Apresentação do projeto.......................................................................... 28

2 – Apresentação da instituição proponente e parceiras .............................. 28

3 – Diagnóstico .............................................................................................. 29

4 – Justificativa .............................................................................................. 30

5 – Objetivo .................................................................................................30

6 – Metas .....................................................................................................30

7 – Metodologia ...........................................................................................31

8 – Público-alvo ...........................................................................................32

9 – Riscos à execução do projeto e estratégias de

minimização ou equacionamento ..........................................................32

10 – Cronograma de execução física ..........................................................33

11 – Orçamento ...........................................................................................33

12 – Equipe técnica .....................................................................................33

13 – Check list final do projeto ....................................................................34

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MÓDULO IV – CONHECENDO O FAÇAPROJEO

1 – Requisitos mínimos de harware ............................................................38

2 – Menu principal e suas funções ..............................................................38

3 – Preenchendo o Façaprojeto ..................................................................39

4 – Orientações finais ..................................................................................42

MÓDULO ICONHECENDO

O MMA E O FNMA

Este módulo tem como objetivo apresentar brevemente a instituição FNMA e sua relação com o MMA. Aqui po-dem ser encontradas informações básicas para submeter

um projeto para análise.

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MÓDULO ICONHECENDO O MMA E O FNMA

1. ESTRUTURA E FUNCIONAMENTOO FNMA, criado em 1989, foi o primeiro fundo ambiental do país, e um dos pri-

meiros a incorporar membros da sociedade civil em sua estrutura visando democra-tizar e legitimar a tomada de decisões. A sociedade está representada não somente na instância de decisão final, o Conselho Deliberativo, como também na execução dos projetos.

O FNMA faz parte da estrutura do MMA, compondo o Departamento de Fomento ao Desenvolvimento Sustentável, vinculado à Secretaria Executiva.

O Conselho Deliberativo é um órgão colegiado do MMA e tem entre as sua atri-buições estabelecer prioridades e diretrizes para a atuação do FNMA, em confor-midade com a PNMA. Por ser a instância final de decisão, compete a ele julgar os projetos apresentados.

Presidido pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente, o Conselho Deliberativo apresenta a seguinte composição:

• Três representantes do Ministério do Meio Ambiente – MMA;

• Um representante do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MP;

• Dois representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;

• Um representante da Agência Nacional de Águas - ANA

• Um representante da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente-ABEMA;

• Um representante da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente – ANAMMA;

• Um representante do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento – FBOMS;

• Um representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC

• Um representante da sociedade civil, de âmbito nacional, indicado pelo Con-selho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA; e

• Cinco representantes da sociedade civil organizada, na proporção de um re-presentante para cada região geográfica do País. Esses representantes são eleitos, a cada biênio, pelas instituições ambientalistas brasileiras integrantes do Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas (CNEA/CONAMA).

DEPARTAMENTO DE FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

2 – PROGRAMAS E AÇÕES – O QUE O FNMA APÓIA?O FNMA disponibiliza recursos para ações do Plano Plurianual que contribuam

para implementação da Política Nacional de Meio Ambiente. Tais ações estão distri-buídas entre cinco grandes eixos temáticos:

ÁGUA E FLORESTAS – Apóia projetos que contribuam para a valoração, pre-servação, recuperação e uso sustentável dos recursos florestais, bem como promo-vam a conservação e recuperação de nascentes e margens de corpos d’água, em prol da proteção dos recursos hídricos, combatam processos de desertificação do solo e promovam a recuperação de áreas degradadas.

CONSERVAÇÃO E MANEJO DA BIODIVERSIDADE – Apóia projetos que con-tribuam para a conservação e uso sustentável da diversidade biológica e dos re-cursos genéticos, bem como, possibilitem a expansão e consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC, para conservação da natureza e utilização sustentável do entorno dessas unidades e outras legalmente protegidas. Neste eixo temático, são apoiados ainda projetos que tenham por objetivo equilibrar o manejo dos recursos pesqueiros com a conservação de seus estoques, que pro-piciem a adoção de novos modelos e práticas sustentáveis, bem como promovam a preservação de habitats estratégicos e a conservação da biodiversidade aquática.

PLANEJAMENTO E GESTÃO TERRITORIAL – Apóia a execução de projetos que contribuam para o planejamento de cenários que contemplem a sustentabilida-de do ordenamento, do uso e ocupação do território, estimulando o controle social por meio da articulação local e da utilização de processos participativos, bem como que contribuam para a busca de um modelo mais justo de desenvolvimento, alicer-çado na sustentabilidade social e ambiental.

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QUALIDADE AMBIENTAL – Apóia projetos que incentivem o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos e que contribuam efetivamente para a implementação de políticas municipais pautadas no desenvolvimento sustentável, bem como busquem soluções ambientalmente seguras para os problemas decorrentes da geração de resíduos perigosos. Também tem por missão apoiar projetos que visem à mitigação dos Gases do Efeito Estufa (GEE) emitidos em razão das atividades antrópicas.

SOCIEDADES SUSTENTÁVEIS – Apóia ações que fomentem o desenvolvi-mento sustentável de comunidades locais e indígenas, com vistas à proteção am-biental e à melhoria de qualidade de vida destas comunidades, mantendo suas ba-ses produtivas de forma sustentável. Além disso, busca-se, nas bases da educação ambiental, a promoção de ações que efetivamente promovam os fundamentos de uma sociedade sustentável, fomentando processos de mudanças culturais e so-ciais, que caminhem rumo à ética de vida sustentável e ao empoderamento dos indivíduos, grupos e sociedades.

3 – ORIGEM DOS RECURSOS: O QUE ISSO REPRESENTA? Os recursos utilizados para apoiar os projetos provêm do Tesouro Nacional,

quota-parte do petróleo, Lei de Crimes Ambientais, e outras fontes. A instituição que pretende ter seu projeto apoiado pelo FNMA deve ter ciência que o recurso oferecido é de toda a sociedade brasileira e, portanto, sua utilização deve obedecer aos princípios da administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, efetividade, probidade administrativa e publicidade.

ATENÇÃOPor se tratar de recurso federal, a utilização desse recurso obedece normas

que ultrapassam o âmbito do FNMA e que podem ser alteradas. Deve-se, por-tanto, acompanhar a legislação pertinente durante a elaboração de projetos.

SAIBA MAIS:

• Decreto nº 6.170 – Dispõe sobre normas relativas às transferências de recursos da União mediante convênios e contratos de repasse

• Portaria Interministerial nº 127 – Estabelece normas para a execução do disposto no Decreto 6.170/2007

• Decreto nº 6907/2009, que estabelece valores de diárias para o Gover-no Federal, para qualquer projeto com recursos da União.

• Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do ano vigente

4 – MODALIDADES DE APOIO: QUAIS AS FORMAS DE APOIO?O apoio do FNMA aos projetos se dá de duas formas:

Demanda Espontânea, por meio da qual os projetos podem ser apresentados nos meses de outubro e novembro, de acordo com temas definidos pelo Conselho Deliberativo do FNMA no início de cada exercício. Os projetos devem obedecer aos Princípios do FNMA e atender às Linhas Temáticas definidas pelo Conselho Delibe-rativo para aquele ano; e

Demanda Induzida, por meio da qual os projetos são apresentados em resposta a instrumentos convocatórios específicos, ou outras formas de indução, com prazos definidos e direcionados a um tema ou a uma determinada região do país.

ATENÇÃOPara Demanda Espontânea, consulte os temas selecionados pelo Con-

selho Deliberativo do FNMA na página eletrônica do FNMA (www.mma.gov.br/fnma).

Para Demanda Induzida, consulte o texto dos respectivos instrumentos convocatórios na página eletrônica do FNMA.

5 – INSTITUIÇÕES ELEGÍVEIS: QUEM PODE CONCORRER AOS RECURSOS DO FNMA?

Somente as pessoas jurídicas podem receber aporte financeiro do FNMA, nas seguintes categorias:

INSTITUIÇÕES PÚBLICAS pertencentes à administração direta ou indireta, em seus diversos níveis (federal, estadual e municipal);

INSTITUIÇÕES PRIVADAS BRASILEIRAS SEM FINS LUCRATIVOS cadastra-das no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas-CNEA ou que possuam atribuições estatutárias para atuarem no tema meio ambiente. Em ambos os ca-sos, a entidade deverá ter, no mínimo, três anos de existência legal. As institui-ções elegíveis são:

• Organização ambientalista;

• Fundação;

• Organização de base (associações de produtores, de bairro ou outras);

Neste manual, a instituição, pessoa jurídica, que apresenta o projeto será, deno-minada Instituição Proponente.

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6. PERFIL DAS PROPOSTAS E PRINCÍPIOS GERAIS DO FNMAOs Princípios Gerais do FNMA podem ser entendidos como um conjunto de

normas que direcionam a elaboração dos projetos. Para que os projetos possam ser aprovados, é necessário o atendimento a todos os princípios a seguir indicados:

• demonstrar ganho ambiental;

• não assumir o passivo ambiental originado de atividades do setor privado;

• utilizar técnicas que não impliquem riscos de degradação ao meio ambiente;

• contemplar de forma integrada a questão socioambiental;

• apresentar estratégias que contribuam para implantar, adequar ou gerar políti-cas públicas;

• possuir caráter público e beneficiar a população de sua área de abrangência;

• demonstrar mecanismos que viabilizem a incorporação dos benefícios pelas comunidades envolvidas;

• apresentar estratégias multiplicadoras e passíveis de serem utilizadas como referência em outros projetos;

• apresentar estratégias de sustentabilidade que possibilitem a continuidade do objeto proposto.

Para a Demanda Espontânea, os projetos deverão se enquadrar nos temas defi-nidos pelo Conselho Deliberativo para aquele ano, disponíveis na página eletrônica do FNMA: www.mma.gov.br/fnma. Para a Demanda Induzida, deverão ser atendi-dos os requisitos constantes nos instrumentos convocatórios.

7. CONTRAPARTIDA Para receberem apoio, os projetos deverão apresentar contrapartida da institui-

ção proponente e parceiras (com exceção das instituições federais). Para o correto entendimento da contrapartida, faz-se necessário esclarecer o que vem a ser um convênio. Convênio é um acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que dis-cipline a transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos Or-çamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe, de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou muni-cipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos, visando a execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação. (Decreto 6.170/2007, Art. 1º)

ATENÇÃOA legislação que orienta sobre contrapartida é a Lei de Diretrizes Orçamen-

tárias, que é alterada anualmente, portanto, fique atento às atualizações que estarão disponíveis no sítio eletrônico do FNMA: www.mma.gov.br/fnma.

O convênio pressupõe uma parceria entre o concedente, FNMA, e o tomador, que compartilham do mesmo interesse, isto é, a implementação da Política Nacio-nal de Meio Ambiente, por meio dos projetos apoiados.

Para instituição privada, preferencialmente, o investimento material deve ser rea-lizado por meio da indicação de bens e serviços economicamente mensuráveis.

Para as instituições públicas da administração direta ou indireta, da esfera esta-dual ou municipal, a contrapartida deverá ser financeira. Não é permitida, para as referidas instituições, a apresentação de contrapartida economicamente mensurá-vel. Para órgãos federais não é exigida contrapartida.

A contrapartida deve ser compatível com a capacidade instalada ou de mobiliza-ção da instituição proponente, guardando consonância com o tamanho do projeto e com sua natureza jurídica

Qual a diferença entre contrapartida economicamente mensurável e contra-partida financeira?

Contrapartida economicamente mensurável é constituída de bens e de ser-viços da entidade proponente ou de instituições parceiras colocados à disposição do projeto, tais como: o serviço de profissionais com ou sem vínculo institucional (equipe técnica disponibilizada para a execução do projeto), disponibilização de bens (equipamentos, etc) da instituição proponente e parceira, etc. Tudo deverá ser calculado proporcionalmente ao que representa seu “uso” durante a execução do referido projeto, ou seja, o valor total de um bem ou serviço não pode ser computa-do integralmente no cálculo da contrapartida.

Contrapartida financeira é constituída de recursos financeiros que serão utiliza-dos no projeto para o custeio de diárias, aquisição de material de consumo, aquisi-ção de equipamentos permanentes e instalações, contratação de pessoa física ou jurídica, etc.

ATENÇÃOPara calcular a contrapartida economicamente mensurável é importante

saber que não é possível a utilização de itens que representam a capacidade instalada da instituição, tais como: pessoal, coordenador de projeto, respon-sável financeiro, serviços administrativos e de secretariado, contas de luz, ener-gia, telefone, seguro de vida, etc.

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8. DURAÇÃO E LIMITES DO APOIO FINANCEIROCada instituição poderá apresentar, anualmente, somente um projeto para a

modalidade Demanda Espontânea. Os temas que serão apoiados e os valores mínimos e máximos dos projetos serão definidos no início do ano pelo Conselho Deliberativo do FNMA. Visite a página eletrônica do FNMA para se informar sobre os valores estabelecidos para o ano atual. Os projetos não poderão ultrapassar 12 meses de execução.

Para Demanda Induzida, a duração dos projetos e os limites de apoio financeiro são estabelecidos pelo instrumento convocatório.

9. QUAIS OS ITENS FINANCIÁVEIS? Os elementos necessários à execução dos projetos, passíveis de apoio com re-

cursos do FNMA, são classificadas nos seguintes itens de despesa:

DESPESAS CORRENTES

DIÁRIAS

Valor único (definido no Decreto 6.907 de 2009) para cobrir despesas com alimentação, pousada e locomoção urbana para pessoas envolvidas com o projeto. Este tipo de despesa somente deverá ser realizado quando houver eventuais deslocamentos de um município para outro, desde que obedeça às disposições contidas no Decreto acima citado. Esta norma prevê ainda uma despesa denominada “indenização de campo”, que deve ser usada apenas dentro dos critérios estabelecidos por ela.

MATERIAL DE CONSUMO

Despesas com combustível e lubrificantes; gás engarrafado; materiais biológicos, farmacológicos e laboratoriais; alimentos para animais; sementes, mudas; gêneros de alimentação; material de construção para viveiros; equipamento de proteção individual; material de expediente; suprimentos de informática; material para fotografia e filmagem e outros materiais de uso não-duradouro.

PASSAGENS E DESPESAS COM

LOCOMOÇÃO

Despesas com a aquisição de passagens (aéreas, terrestres, marítimas e fluviais), pedágios, taxas de embarque, seguros e fretamento.

OUTROS SERVIÇOS DE TERCEIROS -

PESSOA FÍSICA

Despesas decorrentes de serviços prestados por pessoa física pagos diretamente a esta e não enquadrados nos elementos de despesa específicos. Exemplos: remuneração de serviços de natureza eventual, prestado por pessoa física sem vínculo empregatício; monitores diretamente contratados; e outras pagas diretamente à pessoa física.

OUTROS SERVIÇOS DE TERCEIROS -

PESSOA JURÍDICA

Despesas com prestação de serviços por pessoas jurídicas, tais como: fretes e carretos; pedágio; locação de equipamentos e materiais permanentes; serviços de divulgação, impressão, fotocópias; software; CPMF; locação de veículos; manutenção e seguro de veículos adquiridos com recursos do FNMA, e outros.

DESPESAS DE CAPITAL

EQUIPAMENTO E MATERIAL

PERMANENTE

Despesas com aparelhos de medição; aparelhos e equipamentos de radiocomunicação; aparelhos, equipamentos e utensílios laboratoriais; coleções e material bibliográfico; embarcações, equipamentos de manobra; equipamentos de proteção, segurança, socorro e sobrevivência; máquinas, tratores e equipamentos agrícolas; mobiliário em geral; veículos diversos, equipamentos de informática; câmeras fotográficas e outros materiais permanentes.

OBRAS E INSTALAÇÕES Despesas com pagamento de obras contratadas.

ATENÇÃO• Todos os equipamentos e materiais permanentes deverão ser adquiridos em nome do FNMA. Finda a execução do projeto, serão objeto de doação para instituição pública.

• Utilize “homem/hora” como unidade de medida para orçar a contratação de pessoa física no projeto;

• No elemento de despesa “Material de Consumo”, os insumos devem ser deta-lhados, ou seja, não poderão ser orçados de forma genérica. Para exemplificar: o insumo “material de escritório” deve ser detalhado em lápis, papel, régua, ca-netas e etc.

• Projetos cujo orçamento possui percentual superior a 50% em despesas com Outros Serviços de Terceiros – Pessoa Jurídica indicam provável terceirização das ações, desqualificando o instrumento do Convênio.

10 - O QUE O FNMA NÃO FINANCIA? Com base na legislação vigente, são vedados os itens a seguir:

1. A realização de despesas a título de taxa de administração, de gerência ou similar. Somente projetos de entidades privadas sem fins lucrativos pode-rão prever despesas administrativas até o limite de 15% do valor repassa-do pelo FNMA.

2. O pagamento, a qualquer título, a militar ou a servidor público, da ativa, ou a empregado de empresa pública ou de sociedade de economia mista, por serviços prestados, inclusive consultoria, assistência técnica ou asseme-lhados, à conta de quaisquer fontes de recursos;

3. O aditamento com alteração do objeto.

4. A utilização dos recursos em finalidade diversa da estabelecida no respec-tivo instrumento, ainda que em caráter de emergência.

5. A realização de despesas em data anterior ou posterior à sua vigência.

6. A realização de despesas com taxas bancárias, com multas, juros ou correção monetária, inclusive, referente a pagamentos ou recolhimentos fora dos prazos.

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7. A transferência de recursos para clubes, associações de servidores ou quaisquer entidades congêneres, excetuadas creches e escolas para o atendimento pré-escolar.

8. A realização de despesas com publicidade, salvo as de caráter educativo, informativo ou de orientação social, das quais não constem nomes, sím-bolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

9. O pagamento de diárias e passagens a militares, servidores públicos da ativa e empregados públicos por intermédio de convênios ou instru-mentos congêneres firmados com entidades de direito privado ou com órgãos ou entidades de direito público. Excluem-se desta vedação, o pa-gamento a militares, servidores e empregados pertencentes ao quadro de pessoal do convenente.

10. O pagamento, a qualquer título, a empresas privadas que tenham em seu quadro societário servidor público da ativa, ou empregado de empresa pú-blica ou de sociedade de economia mista, por serviços prestados, inclusive consultoria, assistência técnica ou assemelhados – LDO 2010.

12. Pagamento de INSS – cota patronal. O FNMA financia apenas os impostos decorrentes da contratação, em caráter temporário, sem vínculo emprega-tício, de pessoa física: INSS cota segurado, IR e ISS.

ATENÇÃODe acordo com a Portaria 127, de 2008, os convênios ou contratos de repasse cele-

brados com entidades privadas sem fins lucrativos poderão acolher despesas adminis-trativas, até o limite de quinze por cento do valor do objeto, desde que expressamente autorizadas e demonstradas no respectivo instrumento e no plano de trabalho.

11- ENCAMINHAMENTO DOS PROJETOSQuando encaminhar o projeto?No caso da Demanda Induzida, os projetos devem ser encaminhados nos prazos

estabelecidos pelo instrumento convocatório.

No caso de Demanda Espontânea, os projetos deverão ser encaminhados por correio ou entregues no protocolo do FNMA no período de 1º de outubro, a partir das 8h, até às 18h do dia 30 de novembro, horário de Brasília e, obrigatoriamente, inseridos no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse-SICONV no mesmo período. O FNMA só receberá projetos de entidades credenciadas no Por-tal de Convênios (www.convenios.gov.br) e cadastradas em um dos órgãos cadas-tradores do SICONV (ver endereços no Portal). Visite o Portal de Convênios para saber como inserir seu projeto e executar um convênio usando o SICONV.

ATENÇÃOOs documentos enviados por correio deverão obedecer rigorosamente os

prazos definidos no parágrafo anterior. Valerá a data de postagem.

No início de cada ano, os temas que serão apoiados por meio de Demanda Espontânea serão anunciados na página eletrônica do FNMA e o proponente terá vários meses para preparar sua proposta.

O que deve ser encaminhado?Demanda Espontânea – material impresso enviado pelo correio ou entregue no

protocolo do FNMA:

• correspondência de apresentação do projeto assinada pelo representante le-gal da instituição proponente e pelo coordenador do projeto;

• uma via impressa do projeto, elaborado no programa FaçaProjeto, com todas as páginas rubricadas pelo coordenador;

• anexos em conformidade com as orientações contidas no FaçaProjetos;

• disquete ou CD Rom gerado no Façaprojeto com extensão .sgf (veja orienta-ções no respectivo módulo) e

• documentos que comprovem a eligibilidade da instituição. Entidades privadas sem fins lucrativos deverão encaminhar cópia do estatuto em vigor.

No caso de demanda induzida, as orientações estarão descritas no próprio ins-trumento convocatório.

Qual valor pode ser solicitado?Os valores máximos e mínimos para projetos de Demanda Espontânea serão

definidos anualmente pelo Conselho Deliberativo. Consulte a página eletrônica do FNMA para verificar os valores para o ano atual.

Para projetos de Demanda Induzida, os valores estarão no instrumento convocatório.

12 – ANÁLISE E JULGAMENTOO projeto é o principal instrumento de avaliação do pedido de apoio. A experiên-

cia tem demonstrado que quanto mais claro e específico for o planejamento, melhor será a execução e acompanhamento do projeto, mais fácil será a elaboração dos relatórios técnicos e mais rápida será a comprovação das ações realizadas.

Portanto, no momento da concepção do projeto, devem ser observados os se-guintes aspectos:

• As relações entre o problema a ser resolvido, as ações propostas e os resulta-dos esperados deverão estar claramente identificadas no projeto;

• Os custos deverão ser compatíveis com as atividades e com os produtos pre-vistos;

• A equipe técnica deverá ser qualificada na área de atuação do projeto;

• Deve-se demonstrar capacidade administrativa e infraestrutura para a execu-ção do projeto;

• As parcerias firmadas no âmbito do projeto deverão ser comprovadas por meio da manifestação formal das instituições;

• O projeto deve contemplar mecanismos de avaliação ao longo do seu desen-volvimento.

O processo de análise e seleção dos projetos no FNMA obedece a critérios técni-cos e é composto por duas etapas: análise feita por especialistas nas temáticas em questão e julgamento pelo Conselho Deliberativo. O que diferencia o processo de análise de demanda espontânea para demanda induzida é que no primeiro há uma análise inicial feita pelos técnicos do FNMA.

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12.1 – ANÁLISE INICIAL (SOMENTE PARA DEMANDA ESPONTÂNEA)Nessa análise inicial verifica-se a elegibilidade da instituição proponente, a compa-

tibilidade do projeto com os Princípios e as ações apoiadas pelo FNMA, bem como a coerência entre objetivos, metas, metodologia, prazos e orçamento do projeto.

A avaliação preliminar pode resultar em três situações:

• Projeto apto para avaliação complementarQuando não há nenhuma dúvida com relação à estrutura do projeto, bem como a

disponibilizacão da documentação solicitada. Neste caso, a instituição proponente é informada por meio de correspondência oficial do FNMA acerca do encaminhamen-to do projeto para segunda instância de avaliação.

• Projeto necessita de outras informaçõesSe no projeto foi identificada alguma necessidade de complementação de infor-

mações e/ou documentos faz-se necessário o encaminhamento dessas informações para verificar o adequado atendimento. O resultado da avaliação é comunicado à Instituição Proponente por meio de correspondência oficial do FNMA, acompanha-da de um Relatório de Avaliação Preliminar-RAP.

• Projeto restituído (devolvido)Esta situação ocorre quando o projeto não atende aos aspectos formais (elegibi-

lidade da instituição, por exemplo), aos Princípios do FNMA e/ou não se enquadra nas ações apoiadas naquele ano.

O resultado da avaliação é comunicado à Instituição Proponente, por meio de correspondência oficial do FNMA.

12.2 ANÁLISE POR ESPECIALISTAS EXTERNOSPara garantir isenção, essa análise é feita por especialistas de acordo com a

temática dos projetos recebidos, tendo como objetivo avaliar a metodologia e a viabilidade financeira.

A análise técnica efetua-se com base nos seguintes critérios:

• viabilidade técnica e orçamentária do projeto;

• relevância do projeto para a missão do FNMA;

• participação e envolvimento da população no planejamento, na execução e na avaliação dos resultados do projeto;

• efetiva viabilidade social, isto é, o atendimento às necessidades identificadas pela população envolvida;

• capacidade técnica e administrativa da entidade proponente e parceiras para a execução do projeto proposto;

• potencial de sustentabilidade econômica futura, quando o projeto envolver ati-vidades produtivas;

• consonância com a legislação em vigor, especialmente a legislação ambiental

12.3 JULGAMENTOA última etapa do processo de seleção dos projetos é o julgamento pelo Conse-

lho Deliberativo que, baseado em pareceres emitidos nas etapas anteriores, define quais projetos deverão ser apoiados pelo FNMA.

O julgamento do projeto pelo Conselho Deliberativo pode resultar em três situações:

• Projeto Aprovado• Projeto Aprovado com Condicionantes e/ou RecomendaçõesO representante legal da instituição receberá ofício comunicando a aprovação do

projeto e informando os procedimentos para formalizar a parceria.

ATENÇÃOA agilidade no atendimento das condicionantes repercutirá em menor tempo na

formalização da parceria.

• Projeto ReprovadoO projeto reprovado será restituído por correio e a instituição proponente será

infor mada por meio de correspondência oficial do FNMA, que esclarecerá os moti-vos da reprovação.

13 – PRÓXIMOS PASSOS: FORMALIZAÇÃO DA PARCERIA, EXECUÇÃO E ACOMPANHAMENTO DOS PROJETOS.

O FNMA formaliza suas parcerias por meio de instrumentos de convênio. Su-gere-se para essa etapa a leitura do documento “Orientações para Execução de Projetos”, que contém informações relativas às etapas de formalização da parceria, recebimento dos recursos e a demonstração da execução do convênio.

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MÓDULO IIDICAS PARA GESTÃO

DE PROJETOS

A finalidade deste módulo é oferecer algumas dicas, sugestões, exercícios e exemplos que contribuam no

processo de gestão de projetos.

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Considerando o perfil de proposta desejado pelo FNMA, este texto se soma ao Módulo III, num esforço de apresentar subsídios à formulação de projetos socio-ambientais a partir de elementos que permitam ajudar a pensar. Representam a experiência do FNMA ao longo dos mais de 20 anos de atuação como instituição socioambiental de fomento.

Este módulo fornece sugestões, dicas e orientações básicas para se pensar na gestão do projeto - do planejamento à avaliação final. Nesse sentido sugere-se a consulta a outros materiais que tenham a mesma finalidade.

1.CICLO DE VIDA DE PROJETOO processo de elaboração de um projeto é complexo e deve articular uma série

de elementos desde o planejamento, passando pela formulação até a sua imple-mentação. Dentro deste ciclo outras fases ainda podem ser identificadas, tais como monitoramento e avaliação.

Boa parte dos agentes de fomento, incluído o FNMA, requer que os projetos apre-sentados disponham de três atributos qualitativos: Relevância da proposta, que deve contribuir para o alcance das prioridades institucionais da instituição concedente; Fac-tibilidade, o projeto deve ser bem estruturado e exeqüível; e Efetividade, o projeto deve prover os resultados esperados aos beneficiários indicados.

1.1 ENTÃO, O QUE É UM PROJETO?Um projeto é um conjunto de atividades orientadas para o alcance de objetivos

específicos, dentro de um prazo e de um orçamento determinados.

Além disso, um projeto deve possuir outros pressupostos fundamentais:

• Público-alvo claramente identificado, incluindo desde a população diretamente envolvida até os beneficiários finais;

• Coordenação técnica, administração e recursos financeiros apropriados;

• Sistema de monitoramento e avaliação de desempenho; e

• Avaliação de custo-benefício para indicar que os benefícios gerados pelo pro-jeto irão superar os custos envolvidos na sua execução.

Somando-se a isso, projetos também podem ser entendidos como uma oportuni-dade de instituir e manejar recursos e processos de mudança.

Há uma tendência de partir para a formulação sem levar em conta a etapa de pla-nejamento, como também é comum negligenciar as etapas posteriores à implemen-tação (monitoramento e avaliação). Nesse sentido, apresentam-se alguns aspectos que devem ser observados para o pleno desenvolvimento de cada uma das etapas, como alternativa para elaboração de um bom projeto.

2. PLANEJAMENTOProjetos implicam em execução de atividades, que por sua vez requerem insu-

mos para serem desenvolvidos, tais como pessoas, materiais, equipamentos, bens e serviços, para serem desenvolvidos. Geralmente isso requer que uma instituição, ou conjunto de instituições executoras em parceria, disponha de recursos financei-ros para além de seus orçamentos regulares, de modo que muito freqüentemente recursos adicionais precisem ser obtidos.

A busca por financiamentos e captação de recursos é geralmente considerada a última etapa da elaboração de um projeto. Assim, muitos esforços e tempo são alocados na preparação de planos e projetos, bem como acordos com parceiros e beneficiários, sem antes considerar:

De onde virão os recursos? Como identificar uma instituição de fomento com capacidade para prover os recursos financeiros necessários à implementação do projeto?

Quais os critérios e procedimentos adotados pela agência potencial, para apro-var o projeto e conceder os recursos necessários?

Essa etapa deve preceder a formulação do projeto, uma vez que o sucesso do financiamento depende da afinidade de propósitos e interesses entre a instituição concedente e a instituição tomadora de recursos. Assim, devem ser observados os requisitos para elegibilidade da tomadora e a pertinência da proposta quanto aos critérios de enquadramento (Princípios Gerais e linhas temáticas de apoio, no caso do FNMA) ou chamadas por projetos (editais e termos de referência), entre outras características tais como a exigência de contrapartida.

No que se refere ao tipo de apoio oferecido, é importante identificar se a institui-ção financiadora/doadora disponibilizará a totalidade do recurso para o projeto ou se é necessário prover algum tipo de contrapartida. A contrapartida da instituição proponente em alguns locais é obrigatória em outras é recomendável. Em caso positivo, a instituição que solicita apoio deve averiguar se dispõe de condições de oferecer a contrapartida nos termos exigidos pela instituição de fomento escolhida. Instituições federais não precisam apresentar contrapartida.

3. FORMULAÇÃO (DA IDÉIA À ESTRUTURAÇÃO DE UM PROJETO)A etapa de formulação de projetos pressupõe a resposta a algumas perguntas

fundamentais, conforme descrito abaixo:

• O quê? OBJETIVO• Por quê? DIAGNÓSTICO e JUSTIFICATIVA• Como? METODOLOGIA (Metas e Atividades)

Além dessas questões estruturais, outras questões devem ser respondidas no que se refere à:

• Materiais? INSUMOS• Quanto custa? ORÇAMENTO• Quando? CRONOGRAMA

MÓDULO IIDICAS PARA GESTÃO DE PROJETOS

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Em adição deve-se pensar ainda em:

• Para quem? PÚBLICO-ALVO e BENEFICIÁRIOS

• Com quem? PARCERIAS

• Informações adicionais? ANEXOS

Por fim, é necessário:

• definir INDICADORES de sucesso, para avaliação do alcance dos resultados esperados;

• identificar os RISCOS que possam impedir o pleno desenvolvimento das ativi-dades; e

• estabelecer ESTRATéGIAS DE CONTINUIDADE, que assegurem a efetivida-de do investimento.

Nesse sentido, um dos primeiros passos para desenvolver uma proposta de pro-jeto é identificar clara e previamente o “problema” ou a “questão” central que se pretende abordar, de modo a definir o OBJETIVO do um projeto.

Um projeto deve ter somente um objetivo, sendo possível desmembrar um obje-tivo geral em diversos objetivos específicos dele decorrentes. Destaca-se, contudo, que mais de um objetivo geral pressupõe a execução de mais de projeto.

A definição do objetivo deve considerar, ainda que intrinsecamente, o PUBLICO-ALVO e os BENEFICIÁRIOS finais do projeto.

O passo subseqüente deve ser elaborar um DIAGNÓSTICO consistente da si-tuação, que incorpore uma análise de contexto, descrevendo as potencialidades e deficiências da região, da população ou da realidade em questão, bem como indi-que as iniciativas já realizadas.

é fundamental considerar a caracterização da questão abordada como uma das etapas mais importantes no processo de planejamento do projeto, lembrando-se de que o bom entendimento do problema, de suas causas e de suas conseqüências torna a sua condução mais oportuna, e mais eficaz a apresentação das soluções.

Feita esta contextualização, deve-se identificar e justificar porquê é necessá-rio atacar o problema identificado (JUSTIFICATIVA), deixando claros os benefícios ambientais, sociais e econômicos alcançados com a realização da iniciativa, asse-gurando-se que sejam compatíveis com os objetivos institucionais da fonte financia-dora ou agência de fomento escolhida.

Posteriormente, deve-se estruturar a idéia dentro de uma hierarquia lógica en-tre OBJETIVO, METAS E ATIVIDADES. Assim, as atividades devem constituir as ações necessárias à consecução das metas e estas, por sua vez, as etapas neces-sárias ao alcance do objetivo.

Definida a estrutura lógica do projeto, deve-se associar o planejamento da exe-cução física com a execução financeira, de modo a articular o objetivo, metas e atividades aos INSUMOS, ORÇAMENTO e CRONOGRAMA.

Os insumos são os bens e serviços necessários à execução do projeto. Eles de-verão ser relacionados com a descrição das atividades. E devem ser organizados por elementos de despesas. Veja o módulo Elaborando projeto para o FNMA.

Para calcular os custos do projeto é interessante elaborar uma memória de cál-culo para cada atividade a ser realizada no projeto. Esse documento descreve os insumos, as quantidades e a estimativa de preço de cada item. A memória de cálcu-lo não deve aparecer no projeto, mas deve ser guardada para consultas posteriores. Na elaboração desse item deve-se identificar: os recursos necessários (total), os recursos disponíveis (contrapartida) e os recursos a serem captados.

O cronograma compreende a seqüência ao longo do tempo e a duração das ativi-dades previstas. Deve indicar a ordem numérica dos meses (1º, 2º, 3º...) e não o nome do mês (janeiro, fevereiro,..), pois o início das atividades é dependente da aprovação da proposta pela agência de fomento. Logo, uma vez que o início pode ser instituído a qualquer tempo, caso alguma atividade tenha restrição em algum período do ano (por exemplo, o plantio de mudas deve ser feito em janeiro) é preciso prevê-la no projeto.

Para apresentação de uma proposta, a instituição proponente pode dispor dos recursos necessários para execução da proposta ou ser capaz de mobilizá-los na sociedade, por meio de PARCERIAS.

Em sendo necessário instituí-las, deve-se identificar quais as instituições e atores que podem ajudar na identificação das demandas e execução das ações. é impor-tante descrever na proposta como cada parceira irá contribuir no desenvolvimento do projeto, ou seja, se irá disponibilizar recursos financeiros ou bens e serviços, de modo a demonstrar a natureza da participação. Também é importante atrair novas parcerias para a continuidade das ações.

Logo, é preciso prever uma ESTRATÉGIA DE CONTINUIDADE, a partir de me-canismos que darão suporte à efetividade das ações após o término do repasse de recursos. Para aqueles com ênfase na geração de renda, garantir a estratégia de mercado e de viabilidade econômica.

Informações adicionais, tais como: mapas, fotografias, croquis e outros docu-mentos específicos poderão ser anexados, conforme a necessidade e a relevância de cada um, como ANEXOS ao projeto, a fim de enriquecer a proposta.

4. IMPLEMENTAÇÃO, INCLUINDO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃOO propósito da etapa de implementação é assegurar a entrega dos produtos

previstos e alcançar o objetivo estabelecido.

Já as etapas de monitoramento e avaliação são ambas relativas ao desenvolvi-mento do projeto, mas com propósitos e momentos diferentes.

A avaliação deve ser feita durante toda a execução do projeto, incorporando aspectos qualitativos e quantitativos, além de elementos externos ao projeto como, por exemplo, a opinião de terceiros tais como consultores. Nessa etapa o foco da ação deve estar preponderantemente nas METAS e no OBJETIVO.

Ainda, para poder avaliar resultados é importante definir INDICADORES para cada objetivo, a fim de verificar se o mesmo está sendo ou foi, total ou parcialmen-te, alcançado.

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Deve-se buscar indicadores que proporcionem, ao final da execução do projeto, a comprovação da realização da atividade, facilitando, assim, o processo de pres-tação de contas para ambas as partes. Elementos como “número de horas” ou “número de pessoas devem ser evitados.

Exemplo:

Atividade Unidade correta

Quantidade correta

Unidade incorreta

Quantidadeincorreta

Passeios interpretativos da natureza para a

realização do programa de formação

passeios 40 horas 120

Controle e estabilização de voçorocas

demonstrativashectare 20 ações diversos

Implementar a gestão integrada e participativa

do mosaico de UCreuniões 10 ações

integradas diversas

O monitoramento do projeto é uma ferramenta de administração interna, que deve ser aplicada, em tempo contínuo, ao longo de toda execução do projeto, a fim de verificar o progresso, remediar os problemas e reformular o planejamento. Re-presenta, portanto, uma etapa fundamental, sendo possível corrigir a tempo o que for preciso para garantir o cumprimento do objetivo. Nesse sentido, deve-se moni-torar o que está acontecendo em termos de gastos, uso dos recursos e insumos, execução das atividades, entrega dos produtos e manejo de riscos. Nesta etapa o foco da ação deve estar preponderantemente no ORçAMENTO, nas ATIVIDADES e nas METAS.

Tendo em vista a necessidade de recursos para o desenvolvimento das ações de monitoramento e avaliação, é recomendável que se incluam no planejamento orçamentário do projeto os insumos e custos necessários à sua execução.

MÓDULO III APRESENTAÇÃO DE

PROJETOS PARA O FNMA

A finalidade deste módulo é orientar a apresentação de projetos na modalidade de demanda espontânea. Nele poderão ser encontradas explicações que descrevem a expectativa para cada item do projeto a ser analisado.

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1 - APRESENTAÇÃO DO PROJETO

TÍTULO DO PROJETOO título é o nome ou expressão que distingue e individualiza o projeto, dando,

portanto, a indicação do assunto nele tratado.

LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICAInformar o nome do município (ou municípios) onde as ações do projeto serão

executadas, bem como o bioma predominante e região hidrográfica.

DURAÇÃOIndicar, em meses, o período de execução do projeto.

RESUMOApresentar uma síntese das ações a serem executadas, abordando o diagnósti-

co, a justificativa e o objetivo da proposta.

2 - APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO PROPONENTE E PARCEIRASA instituição proponente é a pessoa jurídica que apresenta o projeto. Seu repre-

sentante legal deverá, portanto, responsabilizar-se pela administração dos recur-sos. Desta forma, devem ser informados:

• nome completo da instituição e de seu representante legal;

• endereço postal;

• número de telefone e fax;

• endereços eletrônicos para contato.

Além destas informações é preciso descrever sucintamente os trabalhos realiza-dos pela instituição, os projetos que já foram executados ou propostos, especifican-do os objetivos e as atividades desenvolvidas, a região e a população envolvida e beneficiada e os resultados alcançados, destacando a experiência e a aptidão da entidade em desenvolver trabalhos semelhantes ao proposto.

Neste item o FNMA almeja conhecer um pouco da história e da experiência da proponente e de seu potencial para coordenar e executar o projeto.

é desejável firmar parcerias para auxiliar na execução das ações. Nesse caso é imprescindível descrever o papel de cada uma no projeto.

O FNMA avalia a capacidade e experiência de trabalho da proponente e parcei-ras, especialmente no que diz respeito ao seu potencial de sucesso na implemen-tação da proposta.

A coordenação do projeto deverá ficar a cargo do representante legal da instituição ou pessoa por ele indicada. O representante legal é a pessoa que responde oficial-mente pelo convênio junto ao FNMA. O coordenador técnico do projeto responde por sua execução física, sendo o ponto focal no contato com o FNMA.

Os seguintes documentos do coordenador devem ser apresentados:

• currículo devidamente assinado;

• endereço postal;

• número de telefone e fax;

• endereços eletrônicos para contato;

• documento comprobatório da indicação, caso seja indicado pela instituição.

Cabe, portanto, ao Coordenador do projeto o acompanhamento contínuo das ações programadas, o qual será responsável por apresentar, a qualquer tempo, informações ao FNMA, sobre sua execução.

O Coordenador Técnico e o Responsável Financeiro, a serem indicados pela ins-tituição proponente e/ou parceiras, são considerados como capacidade instalada, não recebendo, portanto, qualquer tipo de remuneração com recursos do projeto.

3 - DIAGNÓSTICOO diagnóstico deverá indicar a atual situação da questão que está sendo abor-

dada e que se pretende resolver, atenuar ou potencializar com a implementação do projeto apresentado, dissertando objetivamente, entre outros temas, sobre:

• as origens da questão;

• as conseqüências, principalmente aquelas sobre o meio ambiente e as popu-lações diretamente afetadas;

• a dimensão da questão;

• tempo de existência da questão;

• as medidas que já foram adotadas para resolver, atenuar ou potencializar a questão, seja pela própria instituição proponente, seja por outras instituições atuantes na região. Neste caso, elas também deverão ser identificadas como resultados alcançados.

é fundamental considerar a caracterização da questão abordada como uma das etapas mais importantes no processo de planejamento do projeto, lembrando que o bom entendimento do problema, de suas causas e conseqüências torna a sua condução mais oportuna e mais eficaz a apresentação das soluções.

A caracterização da questão deverá incluir dados quantitativos e qualitativos e, sempre que possível, as respectivas referências bibliográficas e outras fontes de informação utilizadas.

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é necessário indicar as condições sociais, culturais, políticas e econômicas da área de influência do projeto, bem como os fatores externos que possam influenciar positiva ou negativamente no desenvolvimento dos trabalhos.

Espera-se que o processo de planejamento reflita uma demanda do público ao qual o projeto é dirigido, indicando as expectativas desse público quanto à solução da questão.

Será avaliada a consistência dos dados apresentados, além das informações e interpretações sobre o contexto social, econômico, político e ambiental no qual se situará o projeto.

4 - JUSTIFICATIVAA justificativa deve responder à seguinte pergunta: por que executar o projeto?A resposta deve ser clara e objetiva, com informações que permitam identificar a

importância da questão abordada.

Será avaliada neste item a pertinência da implementação da proposta pelo FNMA, tendo em vista seus princípios gerais e linhas temáticas.

5 - OBJETIVOO objetivo do projeto deve refletir a intenção de transformar a realidade e de-

monstrar o resultado que se pretende alcançar com sua execução.

Ele deve abranger os resultados e a situação esperada ao final da execução do projeto. Portanto, sua descrição deve ser clara e realista. Além disto, deve ser pas-sível de ser alcançado por meio das metas e atividades propostas no projeto.

6 - METASAs metas são as etapas necessárias à obtenção dos resultados. Para sua melhor

definição, devem ser:

• Mensuráveis (refletir a quantidade a ser atingida).

• Específicas (remeter-se a questões específicas e não genéricas).

• Temporais (indicar prazo para sua realização).

• Alcançáveis (serem factíveis, realizáveis).

• Significativas (guardar correlação entre os resultados a serem obtidos e o pro-blema a ser solucionado ou minimizado).

7 - METODOLOGIAUm projeto pode ser considerado bem elaborado quando apresenta metodologia e

insumos bem definidos e adequados ao que se propõe executar, permitindo aos técni-cos que analisam e julgam a proposta bem como ao Conselho Deliberativo do FNMA avaliar com segurança se os objetivos do projeto podem realmente ser alcançados.

A experiência do FNMA leva a crer que o sucesso de qualquer projeto está calca-do sobre três pontos: na gestão participativa, ou seja, no envolvimento da socieda-de no projeto; na experiência da equipe técnica; e no amadurecimento institucional da proponente e das parceiras.

A metodologia deve apresentar, portanto, a descrição detalhada dos métodos, das técnicas e dos recursos materiais e humanos empregados (significa informar “como” e “com que” será realizada cada meta e cada atividade), permitindo o en-tendimento de como o projeto será realizado na prática. A descrição metodológica deverá demonstrar, de forma ordenada e lógica, a distribuição das metas e de suas atividades no tempo e no espaço.

Na descrição, o proponente deve indicar, portanto:

• Como serão executadas e gerenciadas as atividades;

• Como e em que momentos haverá a participação e o envolvimento direto dos grupos sociais, instituições, técnicos, etc;

• Quais tarefas cabem às organizações e aos grupos sociais;

• As atividades de capacitação necessárias, seus conteúdos programáticos mí-nimos e beneficiários;

• Os métodos e técnicas a serem empregadas;

• O processo de comunicação e divulgação dos resultados;

• As estratégias de continuidade das ações após a execução do projeto.

Os insumos são os bens e serviços necessários à execução das metas e ativi-dades propostas. Eles deverão ser relacionados por meta, juntamente com a justifi-cativa de sua necessidade e importância.

Na descrição dos insumos atentar para:

No caso de aquisição de passagem, informar a quantidade, a origem e o destino de cada viagem.

No caso de contratação de “Serviços de Terceiros – Pessoa Física ou Jurídica”, apresentar um “Termo de Referência” para cada profissional, e/ou empresa a ser contratada, informando os critérios de habilitação do prestador de serviço, a descri-ção do serviço a ser realizado, os produtos esperados, o valor a ser pago e o tempo de duração do serviço.

No caso de aquisição de equipamentos e de material permanente, como também de execução de obras e instalações, informar o uso que lhes será dado após o tér-mino do projeto e a forma de manutenção empregada.

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As obras somente podem ser construídas em área publica, devendo ser apre-sentado o projeto construtivo e a documentação do imóvel onde as obras serão construídas (escritura ou certidão de registro).

Informações adicionais tais como mapas fotografias, croquis e outros documentos es-pecíficos poderão ser anexados, conforme a necessidade e a relevância de cada um.

8 – PÚBLICO-ALVOUma das idéias centrais do FNMA é estimular, garantir e reforçar a capacidade da

sociedade para desenvolver, testar, aplicar e disseminar métodos de gerenciamento e conservação dos recursos naturais socialmente justos, culturalmente adequados, economicamente viáveis e ambientalmente sustentáveis.

A participação pode ser definida, essencialmente, como um esforço organizado da sociedade civil para aumentar o controle sobre recursos, estruturas e organiza-ções. A participação é, ao mesmo tempo, um meio para melhorar a eficiência e a eficácia de um processo.

Na avaliação do nível de participação social no projeto é importante verificar, por exemplo: quem e como são definidas as posições e as funções desempenhadas por homens e mulheres no gerenciamento do projeto e na implementação das ati-vidades; quem participa na tomada de decisões sobre as políticas do projeto; qual o impacto das atividades do projeto sobre homens e mulheres e diferentes atores sociais do grupo beneficiário; quem se beneficia com os recursos advindos do pro-jeto; quem contribui com trabalho (pago/voluntário), com finanças e com insumos necessários a sua execução.

Quando a intervenção para gerar a mudança se completa, a comunidade deve estar apta e disposta a manter a infraestrutura, o sistema ou os benefícios introdu-zidos pela intervenção. Mudanças sustentáveis realçam e reforçam a autonomia e a autoconfiança dos envolvidos.

O FNMA avalia em que medida os participantes são realmente capazes de aten-der às exigências requeridas, tanto em termos técnicos, gerenciais e de liderança, para a manutenção do projeto, e como estão socialmente organizados para sua execução. A sustentabilidade social refere-se tanto às condições sociais necessá-rias para que o projeto alcance seus objetivos, quanto às condições para que a comunidade continue se desenvolvendo após o término de sua execução.

9 - RISCOS À EXECUÇÃO DO PROJETO E ESTRATÉGIAS DE MINIMIZAÇÃO OU EQUACIONAMENTOA análise de riscos à execução do projeto refere-se à avaliação das condições

internas e externas existentes que possam prejudicar seu desenvolvimento. Em outras palavras, são as condições ou fatos favoráveis ou desfavoráveis que possam ocorrer durante a implementação do projeto, mas que não estão sob controle ou influência direta das organizações envolvidas, tais como sazonalidade, legislação, fatores climáticos (períodos prolongados de chuva ou seca que podem adiantar ou atrasar as atividades, desmobilização, etc). Nesse sentido, também podem contri-buir fatores como mudanças nas administrações da instituição proponente e parcei-

ras, equipe técnica temporária, nível insatisfatório de organização e articulação com o grupo social envolvido, entre outros.

Nesse quesito o FNMA avalia se a entidade proponente identificou adequada-mente as dificuldades que porventura poderá enfrentar durante a execução da pro-posta; em que medida previu estratégias e atividades de superação destas dificul-dades e/ou redução de riscos, de forma que o projeto seja, de fato, exeqüível.

10 – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO FÍSICAé a forma de planejar a cronologia da execução física do projeto, evidenciando,

portanto, em que momento cada meta e cada atividade será executada.

11 - ORÇAMENTOPara calcular os custos do projeto é importante elaborar uma memória de cálculo

para cada atividade a ser realizada. Deve-se indicar os insumos, as quantidades e a estimativa de preço de cada item necessário à execução do projeto, bem como a origem dos recursos, ou seja, a parcela que será atribuída ao FNMA e a que ficará sob a responsabilidade da instituição proponente (ou parceira), ou seja, a “contra-partida”, de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO (publicada anual-mente pelo governo federal).

12 – EQUIPE TÉCNICAA instituição deverá listar os profissionais que irão desempenhar funções técni-

cas no projeto, evidenciando:

Nome do profissional: informar o nome completo dos profissionais vinculados à instituição proponente ou parceiras, bem como daqueles que exercerão trabalho técnico voluntário. Os prestadores de serviço a serem contratados deverão ser iden-tificados somente por sua habilitação (exemplo: Biólogo, Antropólogo, Engenheiro Florestal), seguida da expressão “a contratar”.

Função a ser desempenhada: informar a função que cada técnico da equipe desempenhará no projeto.

Dedicação: informar o número de horas a serem dedicadas pelos técnicos ao projeto.

Instituição empregadora: informar a instituição com a qual o técnico mantém vínculo empregatício. No caso de profissionais técnicos prestadores de serviços, identificar com a palavra “autônomo” ou “voluntário”.

Fonte pagadora: informar a origem do recurso (FNMA ou Contrapartida) que financiará o serviço do técnico em questão. Os serviços voluntários poderão ser identificados como contrapartida.

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13 – CHECK-LIST FINAL DO PROJETOO projeto encaminhado ao FNMA deve conter:

• Princípios do FNMA atendidos

• Enquadramento nos temas definidos pelo Conselho Deliberativo para aquele ano

• Contrapartida

• Título

• Identificação do Projeto

• Identificação da Instituição Proponente

• Identificação do Coordenador

• Apresentação das instituições envolvidas no projeto

• Termos de parcerias

• Diagnóstico

• Histórico do problema

• Situação atual

• Justificativa

• População diretamente envolvida

• Planejamento do Projeto

• Objetivo

• Metas

• Riscos à execução do projeto e estratégia de minimização e/ou equaciona-mento dos riscos

• Estratégias para disseminação das ações

• Metodologias e insumos

• Programação de Execução Física

• Orçamento e programação de execução financeira

• Informações complementares

• Quadro da Equipe Técnica

• Currículos da equipe técnica, assinados

• Termos de referência dos serviços a contratar

• Obras e Instalações

• Identificação dos equipamentos e materiais permanentes a serem adquiridos

• Termo de adesão das comunidades envolvidas

• Outras informações

• 1 cópia impressa com todas as páginas rubricadas pelo coordenador

• Ofício de encaminhamento do representante legal da instituição

ATENÇÃO:Os projetos para a demanda espontânea deverão ser encaminhados via postal

ao Fundo Nacional do Meio Ambiente ou serem entregues pessoalmente no ende-reço informado no sítio eletrônico www.mma.gov.br/fnma, exclusivamente no perío-do de 1º de outubro, a partir das 8h, até as 18h do dia 30 de novembro, horário de Brasília e, obrigatoriamente, inseridos no SICONV no mesmo período. Consulte o Portal do Convênios (www.convenios.gov.br) para obter mais informações.

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MÓDULO IVCONHECENDO O

FAÇAPROJEO

Este módulo tem como objetivo fornecer as principais orientações acerca do preenchimento do Façaprojeto.

Informações adicionais podem ser acessadas na ferramenta Ajuda do aplicativo.

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O Façaprojeto é um aplicativo desenvolvido pelo FNMA, que constitui um formu-lário eletrônico para auxiliar a elaboração e a apresentação de projetos, contem-plando todos os itens necessários. Esse aplicativo está adaptado às exigências le-gais e é a partir das informações preenchidas no Façaprojeto que serão elaborados os convênios e os planos de trabalho que oficializam a parceria entre o FNMA e as instituições proponentes, caso o projeto seja aprovado.

O Façaprojeto está adaptado para ser utilizado na elaboração de projetos tanto para Demanda Espontânea quanto para Induzida.

Para maiores informações relativas ao Façaprojeto, você deverá entrar no ícone Ajuda no menu principal.

1. REQUISITOS MÍNIMOS DE HARDWAREVerifique se seu computador possui a configuração mínima necessária: Processador 100MHz no mínimo32 Mb de memória RAMHD com 100Mb de espaço livreDrive de disquete 1.44MbMonitor SVGA colorido com resolução de 800x600

ATENÇÃOOs projetos deverão ser enviados ao FNMA no programa FaçaProjeto e in-

seridos no SICONV. Ver Item 11 do Módulo I.

Verifique se a versão do FaçaProjeto que você está utilizando foi atualizada pelo FNMA. Para tanto, basta entrar no sítio eletrônico do FNMA.

2. MENU PRINCIPAL E SUAS FUNÇÕES

PROJETONovo Iniciar a elaboração de um projetoAbrir Acessar um projeto já existenteFechar Terminar a edição de um projetoExcluir Excluir um projeto existenteConfigurar impressora Configurar a impressora padrão para o aplicativoImprimir Imprimir um projetoVerificar pendências Executar rotina de verificação de pendências no preenchimento de campos obrigatóriosGerar disquete para entrega ao FNMA Gravar um projeto num arquivo, para entrega ao FNMASair Finalizar a utilização do aplicativo

UTILITÁRIOSGravar cópia de segurança Gravar cópia dos dados do sistemaRestaurar cópia de segurança Restaurar cópia dos dados do sistema

NAVEGAçÃOJanela anterior Mudar para o item de projeto anteriorPróxima janela Mudar para o item de projeto posterior

AJUDAApresentar ajuda ao usuário.

3. PREENCHENDO O FAÇAPROJETOPara começar a preencher as informações de seu projeto, clique em Projeto e

depois Novo. Ou diretamente no ícone Novo. Informar o título do projeto, após a confirmação serão habilitados a maior parte dos campos do formulário.

Para o sucesso do preenchimento dos campos é importante conhecer algumas ferramentas que valem para o aplicativo de modo geral:

• Os campos são apresentados no formato de um fichário contendo os títulos dos tópicos do projeto. A cada tópico são abertas outras janelas de preenchimento, que podem ser vistas tanto do lado esquerdo da tela como na parte superior.

• Há campos de texto livre que constituem espaços em branco nos quais é permitido inserir grande quantidade de informações, sendo inclusive possível der serem copiadas do Word (usando as teclas Ctrl+C e Ctrl+V). Figuras, ta-belas e gráficos não podem ser incorporados ao texto, devendo ser anexados ao arquivo posteriormente. Os nomes dos arquivos deverão ser descritos no campo “Esclarecimentos”, do Item “Identificação do Projeto”

• A cada mudança de página são salvas as informações preenchidas na pági-na anterior.

• Há campos com uma lista fechada de opções de preenchimento ou com a possibilidade de inserir informações, para tanto se deve utilizar o botão “In-cluir”, localizado à direita da lista. As alterações efetuadas somente serão con-cretizadas após pressionar o botão de confirmação.

• A partir de uma lista de dados é possível realizar as seguintes ações: Inserir infor-mações em uma lista, Editar uma linha de uma lista ou Excluir uma linha.

• Alguns itens do projeto somente são habilitados se outros forem preenchidos.

• Na parte inferior da tela encontra-se a Mini-ajuda com orientações básicas sobre cada campo da área de entrada de dados, auxiliando o preenchimento do projeto.

• Para abrir ou formatar um projeto já existente, selecione a opção ‘Abrir’ no menu principal. Selecione o projeto que deseja abrir, dentre aqueles existentes na base de dados, e pressione o botão de confirmação.

MÓDULO IVCONHECENDO O FAÇAPROJETO

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• Para sua segurança use a ferramenta “Gravar cópia de segurança”, clique em “Utilitários” da tela principal, selecione a opção “Gravar cópia de segurança”, escolha o projeto a ser gravado, a pasta e um nome para o arquivo.

• Para utilizar o arquivo em outra máquina que já tenha o Façaprojeto na mes-ma versão instalado, grave uma cópia de segurança em um disco flexível (como descrito no item anterior) e abra na máquina desejada da seguinte forma: acesse o menu “Utilitários” da tela principal, selecione a opção “Restaurar cópia de se-gurança”.Em seguida, selecione o projeto a ser restaurado, destino, que poderá ser um Novo Projeto ou uma Sobreposição de um Projeto Existente. Caso seja selecionada a opção de criar Novo Projeto será criado um novo número de projeto. Neste caso, observe que poderá ocorrer a existência de mais de uma versão deste projeto em sua máquina. Se a opção selecionada for Sobrescerver Projeto Existente será gerado, por precaução, um arquivo de back-up do projeto sobreposto. Este arquivo poderá ser recuperado a qualquer momento.

• Para iniciar o preenchimento de um novo projeto selecione a opção “Novo” no menu principal, informe o “Título do Projeto”, e clique no botão de confirmação.

• Para excluir um projeto selecione a opção “Excluir” no menu principal. Se-lecione o projeto dentre aqueles existentes na base de dados, e pressione o botão de confirmação. Para concluir a operação confirme a exclusão solici-tada. Um projeto excluído da base de dados do Façaprojeto não poderá ser recuperado.

• Para imprimir os componentes do projeto selecione a oção “Imprimir” no menu principal. Ao solicitar a impressão uma tela de visualização é apresentada previamente, indicando a formatação final do documento a ser impresso. O Fa-çaprojeto permite a impressão dos diversos componentes do projeto, bem como das páginas de forma separada. Após a visualização, o documento pode ser impresso a partir do botão específico na barra de ferramentas. Caso deseje a impressão colorida é necessário desabilitar na barra, o ícone “monocromático”.

• Para imprimir um projeto que não esteja aberto e sendo editado, selecio-ne-o dentre aqueles existentes na base de dados e pressione o botão de con-firmação. Após a seleção será apresentada uma tela para escolha dos compo-nentes do projeto a serem impressos.

• Para verificar pendências, clique em “Verificar Pendências”. A cor verde indi-ca que os itens foram adequadamente preenchidos e os que ainda precisam de informações complementares estarão em cor vermelha. A segunda jane-la “Detalhamento das Pendências” indica os campos obrigatórios dentro dos itens pendentes que não foram preenchidos.

• Para maiores informações, acesse o Ajuda no menu principal.

4. ORIENTAÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO PLANEJAMENTO DO PROJETO E PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO

O planejamento do projeto contém campos abertos e fechados. Os campos fe-chados estão vinculados a outros campos. é o caso dos itens metas, atividades, ris-cos à execução e detalhamento orçamentário, bem como os respectivos sub-itens. Esses itens estão vinculados uns aos outros. O preenchimento da meta habilita o preenchimento dos demais itens.

O orçamento deverá ser estruturado por meta/atividade, refletindo um planeja-mento financeiro. Informar para cada meta/atividade os insumos necessários para sua realização (aba de acesso: Detalhamento Orçamentário).

Para cada item de despesa deverá ser informado: Natureza da Despesa (despe-sa corrente ou capital), Elemento de despesa, Denominação, Unidade de Medida, Valor Unitário e Quantidade.

Por exemplo, se o insumo em questão é 200 litros de gasolina, sendo que metade será solicitada ao FNMA e a outra metade será de contrapartida, deve-se informar:

Despesa CorrenteElemento de despesa: material de consumoDenominação: gasolinaUnidade de Medida: litrosValor Unitário: R$ 2,50 (trata-se apenas de um exemplo, cada projeto deve calcular o valor de acordo com a sua realidade)Quantidade: FNMA - 100 e Contrapartida Financeira - 100

ATENÇÃOA quantidade está relacionada ao número de unidades descritas. Por exem-

plo, se o insumo refere-se a “gasolina”, a unidade é descrita em litros Assim, a quantidade deve ser o número de “litros” solicitados ao FNMA ou oferecidos na forma de Contrapartida (no caso, financeira).

Ao editar a unidade de medida de um insumo é necessário rever a quantida-de anteriormente declarada para cada meta e atividade no item Detalhamento Orçamentário.

O item atividade contém um sub-item cronograma, sendo que tais informações estão relacionadas ao planejamento orçamentário, mais especificamente o Crono-grama de Execução Financeira.

O Cronograma de Execução Financeira representa a cronologia de execução financeira da meta, segundo os diversos elementos de despesa e origem do recur-so. Ou seja, descreve a forma como os recursos serão gastos. Sendo assim, de-vem ser lançados os recursos a serem gastos, mês a mês do projeto, por elemento de despesa, no cumprimento de cada meta.

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Sugere-se, para o preenchimento deste campo, seguir as seguintes etapas:

• Imprimir o relatório “Programação Orçamentária por Meta” para visualizar o conjunto de insumos, por elemento de despesa, relacionados àquela meta (Detalhamento Orçamentário) e assim facilitar o lançamento dos valores, mês a mês da execução da meta.

• Selecionar uma meta do projeto.

• Selecionar uma atividade.

• Selecionar um elemento de despesa. Aparecerá, então, o valor total planejado deste elemento de despesa para o projeto.

• Informar (inserir) o valor a ser executado em cada mês, até que a soma do valor planejado seja igual a soma do valor total executado. Enquanto estas somas não coincidem, o valor a ser executado é mostrado em vermelho para facilitar o preenchimento. Para cada meta, os meses que possuem o campo na cor verde totalizam o período da execução física onde estará ocorrendo atividade.

Para visualizar as informações relativas ao planejamento orçamentário e a progra-mação das metas e atividades, clique no ícone “Imprimir” e selecione os campos:

• Programação da execução física

• Programação orçamentária por meta

• Consolidação da programação orçamentária

5. ORIENTAÇÕES FINAIS Para finalizar o preenchimento dos campos, sugerimos:

• clicar em “verificar pendências”

• visualizar impressão de todos os campos

• imprimir

• ler todo o projeto e verificar se a versão impressa coincide com a expectativa, e finalmente

• gerar CD para entrega ao FNMA

EQUIPE TéCNICA RESPONSÁVEL

Ana Beatriz de Oliveira

Cláudia Ilha Gattai

Estela Dalpim Castelliani

Helder Resende de Carvalho

Miriam Jean Miller

Rose Mary Paes de Araújo

Simone Gallego

www.mma.gov.br/fnma

E-mail: [email protected]

Telefone: (61) 3105-2160

Fax: (61) 3105-2107

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