o fundo dom antÓnio ribeiro, 15º cardeal-patriarca

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O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA DE LISBOA: CONTRIBUTO PARA UMA METODOLOGIA DE DESCRIÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA Teresa Alexandra Bule Palma Relatório de Estágio de Mestrado em Ciências da Informação e da Documentação Área de Especialização em Arquivística Outubro, 2012 Teresa Alexandra Bule Palma, O Fundo Dom António Ribeiro, 15º cardeal-patriarca de Lisboa: contributo para uma metodologia de descrição da documentação fotográfica, 2012

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Page 1: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

DE LISBOA: CONTRIBUTO PARA UMA METODOLOGIA DE

DESCRIÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Teresa Alexandra Bule Palma

Teresa Alexandra Bule Palma

Relatório de Estágio de Mestrado em Ciências da

Informação e da Documentação – Área de Especialização

em Arquivística

Outubro, 2012

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O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

DE LISBOA: CONTRIBUTO PARA UMA METODOLOGIA DE

DESCRIÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

Teresa Alexandra Bule Palma

Relatório de Estágio de Mestrado em Ciências da

Informação e da Documentação – Área de Especialização

em Arquivística

Outubro, 2012

Page 3: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

Relatório de Estágio apresentado para cumprimento dos requisitos necessários

à obtenção do grau de Mestre em Ciências da Informação e da Documentação

– Arquivística realizado sob:

Orientação Científica:

Professora Doutora Maria de Lurdes Rosa

Co-Orientadora:

Dr.ª Sónia Casquiço

Orientador Local:

Dr. Ricardo Aniceto

Page 4: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

AGRADECIMENTOS

Verba volant, scripta manent, diz o provérbio latino. Deixo então as minhas palavras de

profundo agradecimento a todos os que me acompanharam nesta odisseia que culminou

com a realização do presente Relatório de Estágio.

Obrigada à Professora Doutora Lurdes Rosa pela sua constante amabilidade e excelente

orientação que me proporcionou. Agradeço também à Dr.ª Sónia Casquiço, primeiro

porque disponibilizou o seu tempo para me orientar, segundo pelas pistas inteligentes

que me forneceu ao longo do percurso.

Fica reconhecido, da minha parte, o grande mérito do Dr. Ricardo Aniceto, meu

orientador local, pela preciosa ajuda prestada e pelos sábios conselhos que me

transmitiu, contribuindo sempre para o progresso do meu trabalho. Agradeço também à

Dra. Maria Teresa Ponces pela constante amabilidade prestada e pelo seu espírito de

ajuda que tantas vezes serviram de incentivo.

Obrigada aos meus pais por me proporcionarem a hipótese de concluir mais uma etapa

do meu percurso académico e pessoal.

Por fim, um especial obrigado à Maria Ana Gonçalves, à Hilde Snick e ao Zé Miguel,

pela amizade e pela força motivadora que calorosamente me souberam transmitir ao

longo do percurso.

Page 5: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

RESUMO

O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA DE

LISBOA: CONTRIBUTO PARA UMA METODOLOGIA DE DESCRIÇÃO DA

DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA

TERESA ALEXANDRA BULE PALMA

O presente Relatório de Estágio apresenta um conjunto de actividades desenvolvidas no

Arquivo Histórico do Patriarcado de Lisboa (AHPL), em torno da documentação

fotográfica do fundo Dom António Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa.

O corpo de actividades levadas a cabo consistiu na higienização, descrição multinível e

acondicionamento da documentação fotográfica, com vista à sua preservação e posterior

disponibilização ao utilizador. A metodologia traçada para a descrição partiu do estudo

de um conjunto de normativos e orientações, a partir das quais foi desenvolvida uma

estrutura descritiva cujos contornos pretendem dar vazão às especificidades da

documentação fotográfica.

No intuito de comunicar esta documentação a um público alargado, são ainda

delineadas estratégias de difusão cultural.

A metodologia apresentada pretende ser um contributo positivo para os arquivos

religiosos, apresentando-se como um conjunto de pistas que poderão vir a servir de

alicerce aos profissionais da informação, sempre que estes sejam confrontados com

documentação desta natureza.

PALAVRAS-CHAVE: Arquivística; Arquivos religiosos; Arquivo Histórico do

Patriarcado de Lisboa; Arquivos fotográficos; Fotografia; Descrição de documentação

fotográfica; Preservação e conservação de documentação fotográfica; Comunicação e

difusão cultural.

Page 6: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

ABSTRACT

THE FONDS OF DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15.º CARDINAL-PATRIARCH

OF LISBON: CONTRIBUTE TO A DESCRIPTON METHODOLOGY OF

PHOTOGRAPHIC DOCUMENTATION

TERESA ALEXANDRA BULE PALMA

This Training Report describes a core of activities developed in the Arquivo Histórico

do Patriarcado de Lisboa (Historical Archive of Lisbon’s Patriarchate), concerning the

photographic documentation of Dom António Ribeiro, 15.º cardinal-patriarch of

Lisbon’s fonds.

The core of activities performed consisted in cleaning, multilevel description and

packaging of the photographic documentation, aiming its preservation and making it

available to the user.

The methodology set out for the description, is based on the study of a cluster of

regulations and guidelines from which a descriptive structure has been laid out, whose

outlines intend to clarify the specificities of photographical documentation.

In order to share this material with an enlarged public, strategies for cultural diffusion

have also been outlined. The presented methodology aspires to be a positive

contribution to religious archives, presenting itself as a set of approaches that can serve

as building blocks for information professionals, every time they are confronted with

documents of this nature.

KEYWORDS: Archivist; Religious archives; Arquivo Histórico do Patriarcado de

Lisboa; Photographic archives; Description of photographic documents; Preservation

and conservation of photographic documents; Communication and cultural diffusion.

Page 7: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

ÍNDICE

Introdução ......................................................................................................................... 1

Capítulo I – Estágio .......................................................................................................... 3

I. 1 – A instituição de acolhimento: Serviço de Arquivo Histórico e Biblioteca do

Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa ..................................................................... 3

I.2 – Objectivos do Estágio ........................................................................................... 9

I.3 – Metodologia ........................................................................................................ 10

I.4 – Plano de Actividades .......................................................................................... 11

Capítulo II – A documentação fotográfica no âmbito das instituições de arquivo......... 13

II.1 – A fotografia nas instituições de arquivo: panorâmica geral .............................. 13

II.2 – A fotografia enquanto documento de arquivo ................................................... 18

II.3 – A descrição de fotografia em arquivo ............................................................... 22

II.3.1 – Conceptualização e princípios teóricos ...................................................... 23

II. 3.2 – As especificidades da fotografia ................................................................ 26

II. 3.3 – A normalização da descrição de documentação fotográfica ..................... 29

II.4 – A questão da descrição normalizada da fotografia: das ODA ao SEPIADES .. 32

II.5 – Um aspecto fundamental: a preservação e conservação das espécies fotográficas

..................................................................................................................................... 36

II.5.1 – Definindo conceitos .................................................................................... 36

II.5.2 – A heterogeneidade das colecções fotográficas: marcas de deterioração .... 37

II.5.3 – Os factores de deterioração......................................................................... 39

II.5.4 – Directrizes para traçar um plano de preservação ........................................ 41

Capítulo III – O objecto de estudo: a documentação fotográfica do Fundo Dom António

Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa – Tratamento arquivístico ............................. 45

III.1 – História Biográfica de Dom António Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa

..................................................................................................................................... 45

III. 2 – História custodial e arquivística ...................................................................... 48

III. 3 – Contexto de produção da documentação fotográfica ...................................... 48

III. 4 – Identificação e organização da documentação fotográfica ............................. 50

III. 5 – Descrição arquivística ..................................................................................... 51

III. 5.1 – Fontes de informação para a descrição arquivística ................................. 52

III. 5.2 – Estruturação das unidades arquivísticas para uma descrição multinível.. 53

Page 8: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

III. 5.3 – Definição de campos descritivos por nível de descrição .......................... 56

III. 5.4 – Proposta do modelo de descrição para a documentação fotográfica ........ 57

III. 6– Higienização da documentação fotográfica ..................................................... 60

III.7 – Acondicionamento da documentação fotográfica ............................................ 63

III. 8 – Comunicação e difusão da documentação fotográfica.................................... 65

III. 8.1 – Definição do perfil dos utilizadores do AHPL ......................................... 65

III. 8.2 – Estratégias de comunicação e difusão cultural ......................................... 67

Conclusão ....................................................................................................................... 71

Bibliografia ..................................................................................................................... 74

Anexo I – Tabela de valores de temperatura e humidade relativa para a documentação

fotográfica, concebida por Bertrand Lavédrine .............................................................. 84

Apêndice I – Documentação fotográfica ........................................................................ 85

Apêndice II – Prova cromogénea e prova a preto e branco ............................................ 85

Apêndice III – Tabela relativa aos campos de informação utilizados ao nível do fundo 86

Apêndice IV – Tabela relativa aos campos de informação utilizados ao nível da secção

........................................................................................................................................ 88

Apêndice V – Tabela relativa aos campos de informação utilizados ao nível da colecção

........................................................................................................................................ 90

Apêndice VI – Tabela relativa aos campos de informação utilizados ao nível do

documento composto e do documento simples .............................................................. 92

Apêndice VII – Catálogo da documentação fotográfica do fundo Dom António Ribeiro,

15.º cardeal-patriarca de Lisboa ..................................................................................... 93

Apêndice VIII – Material de higienização ................................................................... 169

Apêndice IX – Unidades de acondicionamento ........................................................... 170

Apêndice X – Local de armazenamento ....................................................................... 171

Page 9: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

LISTA DE ABREVIATURAS

AHPL – Arquivo Histórico do Patriarcado de Lisboa

CEHR – Centro de Estudos de História Religiosa

DGARQ – Direcção-Geral de Arquivos

IDD – Instrumento de Descrição Documental

ISAD (G) – International Standard of Archival Description (General)

ODA – Orientações para a Descrição Arquivística

SEPIADES – Safeguarding European Photographic Images for Access - Data Element

Set

Page 10: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

1

Ainda que os teus passos pareçam inúteis, vai

abrindo caminhos, como a água que desce

cantando da montanha. Outros te seguirão…

Antoine de Saint-Exupéry

Introdução

Pensar a fotografia enquanto documento de arquivo é, desde logo, conferir-lhe estatuto e

atribuir-lhe um lugar no campo das Ciências da Informação e da Documentação,

nomeadamente no domínio da Arquivística – terreno que por muito tempo se revelou (e

continua a relevar?) árido à sua plena aceitação enquanto objecto de estudo de uma

disciplina que se quer pluridisciplinar.

A disciplina Arquivística caminha hoje sob um paradigma eminentemente pós-

custodial, fruto de uma revolução tecnológica, potenciada pelo surgimento das

Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) em meados do século XX e pelo

seu contínuo progresso1. Com o despontar de uma nova era, pautada pela tecnologia

digital, os documentos passaram a ser produzidos e armazenados de formas diferentes.

Por força de tais transformações, o objecto de estudo da Arquivística foi repensado e

amplificado, passando a incidir sobre a informação, e os arquivos passaram a ser

encarados sob um ângulo mais abrangente, como sistemas de informação. Informação

que surge agora materializada numa pluralidade de suportes que extrapolam o típico

suporte de papel.

Ao profissional de arquivo surgem hoje novos desafios e o seu papel extravasa o de

mero guardião da documentação, sendo expectável que assuma também o papel de

gestor da informação, ao qual é esperado que saiba responder às diversas necessidades

de informação de um cidadão mais consciente e informado. Ao profissional de arquivo é

pedido que, à luz dos princípios basilares da disciplina Arquivística, saiba gerir arquivos

que se apresentem sob diversos suportes e com diferentes conteúdos2, como é o caso

dos arquivos fotográficos.

1 RIBEIRO, Fernanda – Gestão da Informação/Preservação da Memória na era pós-custodial: um

equilíbrio precário?. Conservar para quê: Actas da 8ª mesa redonda de Primaera. Porto: Departamento

de Ciências e Técnicas do Património, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2005, p. 4-5. 2 COUTURE, Carol; ROUSSEAU, Jean-Yves - Os fundamentos da disciplina arquivística. 1ª Edição.

Lisboa: Dom Quixote, 1998, p. 242.

Page 11: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

2

O ímpeto de querer descortinar o lugar exacto da fotografia e os contornos da sua

abordagem no seio da Arquivística num contexto eminentemente prático, levou a que a

escolha do objecto de estudo recaísse sobre a documentação fotográfica do fundo de

Dom António Ribeiro – um microcosmo inserido no universo plural da documentação

custodiada pelo Arquivo Histórico do Patriarcado de Lisboa (AHPL).

Com o presente Relatório de Estágio procura-se, ao longo do Capítulo II, revisitar os

autores que reflectiram e teorizaram sobre a fotografia no contexto de arquivo, no

intuito de conhecer as metodologias traçadas por si que servem de sustentáculo às várias

dimensões do tratamento arquivístico da documentação fotográfica, nomeadamente ao

nível da sua descrição e da preservação e conservação.

No Capítulo III, de cariz essencialmente prático, procura-se, com base nos diversos

contributos dos autores mencionados no capítulo anterior, expor o conjunto de

actividades realizadas em torno da documentação fotográfica do mencionado fundo.

Estas actividades desembocaram num produto final: um catálogo – desenvolvido a

partir de um modelo descritivo pensado à luz das especificidades desta documentação.

Por fim, é ainda apresentado um breve estudo sobre os utilizadores do AHPL, seguido

de um leque de propostas de difusão cultural da documentação fotográfica.

Page 12: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

3

Capítulo I – Estágio

I. 1 – A instituição de acolhimento: Serviço de Arquivo Histórico e Biblioteca do

Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa

O Arquivo Histórico do Patriarcado de Lisboa (AHPL) é caracterizado como sendo um

arquivo eclesiástico de natureza privada. Inserido no Centro Cultural do Patriarcado de

Lisboa, assume-se como um dos serviços da Cúria Diocesana, a qual se encontra

sedeada no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, desde Novembro de 1998.

A 23 de Setembro de 1993 o AHPL foi instituído, por Decreto do cardeal-patriarca Dom

António Ribeiro, no intuito de colmatar as exigências ao nível da documentação que se

faziam sentir até então na Diocese de Lisboa. Assim, na génese deste projecto estava a

necessidade de “instalar tão volumosa documentação em condições técnicas apropriadas

de conservação e de consulta”3. Esta documentação, fruto da vida e actividade pastoral

da Diocese de Lisboa, bem como de diversas paróquias e organismos de pendor

religioso, é considerada património cultural da Igreja e fonte indelével para a

compreensão da sua história ou, numa vertente mais lata, para a compreensão da

história de Portugal.

Com a criação oficial do arquivo, cumpria-se então um dos desígnios atribuídos à figura

do bispo, plasmado no Código do Direito Canónico “procure também o Bispo diocesano

que haja na diocese um arquivo histórico e que sejam diligentemente guardados no

mesmo e sistematicamente ordenados os documentos com valor histórico.”4.

O AHPL apresenta como missão a recolha, a conservação e preservação, a organização

e inventariação da documentação com valor histórico que tem à sua guarda, visando

como fim último a sua disponibilização ao utilizador. É de notar também as acções

levadas a cabo no domínio das “obras, equipamentos e serviços do Arquivo”5.

Ao AHPL cabe zelar pela organização da documentação proveniente das paróquias que

se encontrem sob a jurisdição da Diocese de Lisboa, bem como de outros organismos de

3 Decreto da instituição do Arquivo Histórico do Patriarcado de Lisboa, ponto 1, de 23 de Setembro de

1993. 4 Código do Direito Canónico, livro II, parte II, secção II, título III, capítulo II, Art.2, cânone 491§2, 25

Janeiro 1983. 5 Decreto da instituição do Arquivo Histórico do Patriarcado de Lisboa, ponto 4, alínea c, de 23 de

Setembro de 1993.

Page 13: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

4

cariz religioso, sempre que estes não apresentem adequadas condições para uma

correcta salvaguarda do seu património documental6. O serviço de arquivo recebe ainda,

a título de depósito ou doação, arquivos privados cujo conteúdo revele manifesto

interesse cultural e histórico para a instituição7.

O AHPL é detentor de um vasto acervo, albergando no seu depósito cerca de 4 000

metros lineares de documentação proveniente, na sua maioria, de fundos eclesiásticos.

O acervo é essencialmente composto por fundos de antigos mosteiros e irmandades,

bulas papais, róis de confessados, processos de matrimónio e matrículas do clero.

Contém ainda documentação produzida pela Cúria Diocesana de Lisboa, pela Mitra

Patriarcal e pela Câmara Eclesiástica, bem como por diversas paróquias de Lisboa,

como são exemplos São Miguel e Santo Estêvão de Alfama, São Vicente, Santa Maria

dos Olivais, São José, Encarnação, Nossa Senhora das Mercês, Santa Catarina, Santa

Justa, Santa Rufina e documentação proveniente da paróquia de Óbidos8.

Apesar de as raízes do AHPL remontarem aos primeiros anos da década de 90, somente

com a viragem para o novo milénio as estruturas do serviço de arquivo começaram

progressivamente a ser erguidas, num trabalho contínuo até aos dias de hoje. O ano

2000 ficou marcado pelo arranque do projecto desenvolvido por um grupo de

estagiários do Curso de Técnicos Adjuntos de Arquivo, variante de arquivos religiosos,

promovido pelo Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da Universidade

Católica e coordenado pela Professora Doutora Maria de Lurdes Rosa. Este projecto

consistiu essencialmente nas acções de inventariação e recenseamento de

aproximadamente 1000 manuscritos, resultando como produto final um Instrumento de

Descrição Documental (IDD), a partir do qual os utilizadores do AHPL se baseiam

ainda para efectuar pesquisas.

No ano de 2002 a Dra. Teresa Ponces, à data técnica superior de História, começou por

receber no AHPL investigadores oriundos de diversos campos disciplinares. A partir do

6 Decreto da instituição do Arquivo Histórico do Patriarcado de Lisboa, ponto 3, de 23 de Setembro de

1993. 7 “Regulamento do Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa” in Vida Católica, 3ª série, 31 (2009), p.

327. 8 PEREIRA, Isaías da Rosa – “Inventário provisório do Arquivo da Cúria Patriarcal de Lisboa” in

Lusitânia Sacra. Tomo IX. Lisboa: Centro de Estudos de História Religiosa, 1970-1971, pp.311-385;

Relatório de Estágio do 1º Curso de Técnicos Adjuntos de Arquivo, variante de arquivos religiosos,

Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa, Junho de 2000.

Page 14: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

5

IDD desenvolvido pelo grupo de trabalho orientado pela Professora Doutora Lurdes

Rosa, proporcionava aos investigadores o acesso à documentação solicitada.

O serviço de arquivo esteve sob a alçada do chanceler da Cúria Diocesana, cónego Dr.

Manuel Alves Lourenço, durante um longo período de tempo. À luz do Código do

Direito Canónico, o chanceler é, por excelência, a figura a quem é consagrada a

incumbência de zelar pela documentação da cúria. Assim, “em todas as cúrias constitua-

se o chanceler cujo múnus principal é velar por que sejam redigidos os documentos da

cúria e porque os mesmos se guardem no arquivo da mesma”9.

Em 2005 a direcção do AHPL foi transferida para a pessoa de Dom Carlos Azevedo,

bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa e responsável pelo acompanhamento pastoral do

Departamento da Comunicação e Cultura. No ano de 2005 foi feita a primeira

contratação de um técnico superior de arquivo, o Dr. Ricardo Aniceto, responsável pela

coordenação de um conjunto de acções que passaram pela higienização e organização

de espaços apropriados para a implementação da biblioteca, juntamente com uma sala

de leitura, e de uma sala reservada à colecção de periódicos. À sua pessoa foi ainda

atribuído o cargo de adjunto do director do serviço de arquivo, assumindo

posteriormente, a 1 de Abril de 2009, a direcção do mesmo serviço. Este foi um período

especialmente dinâmico no que respeita ao desenvolvimento de grande parte dos

projectos executados até então no AHPL.

No intuito de obter uma panorâmica mais completa do serviço de arquivo em causa,

importa pois compreender a dinâmica orgânica da estrutura hierárquica em que o

mesmo se insere.

9 Código do Direito Canónico, livro II, parte II, secção II, título III, capítulo II, Art.2, cânone 482§1, 25

Janeiro 1983.

Page 15: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

6

Figura 1 – Estrutura hierárquica na qual se insere o Arquivo Histórico do Patriarcado

de Lisboa.

O Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa, oficialmente instituído a 22 de Janeiro de

2009 pelo cardeal-patriarca Dom José Policarpo, é um departamento integrado na Cúria

Diocesana, do qual faz parte o AHPL. A este departamento cabe administrar toda a

dimensão cultural do Patriarcado de Lisboa, estabelecendo um permanente diálogo com

os organismos de âmbito cultural exteriores à Igreja.

Este departamento possui um regulamento e conta com um orçamento próprio, através

do qual gere os seus recursos. O regulamento define os serviços tutelados por si, bem

como a sua estrutura e mecanismos de funcionamento. À luz deste documento, o Centro

Cultural reúne esforços, através da actuação de um conjunto de serviços, para o

cumprimento dos seguintes objectivos: “dinamizar na Diocese a acção cultural e a

dimensão pastoral dos Bens Culturais e valorizar e promover iniciativas de interesse

Patriarca de Lisboa

Conselho Episcopal

Vigário-geral

Conselho da Cúria

Evangelização

Departamento da Cultura

(Centro Cultural)

Serviço de Arquivo

Histórico e Biblioteca

Outras secções

Outros departamentos

Page 16: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

7

cultural do âmbito da Diocese”10

. O referido corpus que integra o Centro Cultural é

composto pelo Serviço de Arquivo Histórico e Biblioteca, Serviço de Museus e

Exposições, Serviço de Património: Investigação e Promoção Cultural, Serviço de

Inventário e Apoio Técnico e ainda pelo Serviço de eventos culturais.

Ao Serviço de Arquivo Histórico e Biblioteca é apontada uma panóplia de

competências, as quais vão ao encontro das atribuições anteriormente mencionadas.

Assim, compete a este serviço levar a cabo as acções de recolha, avaliação, organização,

classificação, descrição e difusão da documentação que tem à sua guarda, bem como

proporcionar ao utilizador interno e externo a possibilidade de usufruto do património

documental, definindo para tal regulamentos que contemplem as condições de consulta

e reprodução. Aquando da recolha e incorporação de documentação proveniente de

outras instituições, este serviço fica responsabilizado pela aplicação de um conjunto de

acções normalizadas ao nível da organização e descrição desta documentação. Por fim,

é ainda da competência deste serviço efectuar o tratamento do espólio bibliográfico da

Cúria Diocesana, nomeadamente através da sua organização e catalogação, com o

objectivo de promover o seu acesso ao utilizador interno11

.

O AHPL conta com um corpus de profissionais bastante reduzido, tal como parece

verificar-se na grande maioria dos serviços de arquivo das restantes dioceses de

Portugal. Actualmente conta com dois técnicos superiores de arquivo, o Dr. Ricardo

Aniceto, coordenador do serviço de arquivo histórico e biblioteca, e a Dra. Teresa

Ponces, responsável pelo serviço de referência, ficando a direcção do AHPL a cargo do

padre Dr. Jorge Manuel Tomaz Dias, chanceler da cúria e, por inerência, director do

Arquivo Diocesano. Mediante a escassez de recursos humanos, verificou-se uma aposta

no voluntariado cultural, iniciativa que arrancou a 28 de Maio de 2007 e se prolonga até

aos dias de hoje. O trabalho desenvolvido por um considerável número de voluntários

em torno do património documental do Patriarcado de Lisboa tem contribuído, de forma

significativa, para o tratamento de diversos fundos, como foi o caso do fundo Dom

Manuel Gonçalves Cerejeira, 14.º cardeal-patriarca de Lisboa.

10 “Regulamento do Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa” in Vida Católica, 3ª série, 31 (2009), p.

326. 11

“Regulamento do Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa” in Vida Católica, 3ª série, 31 (2009), p.

327.

Page 17: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

8

No que respeita aos recursos financeiros do AHPL, há que ter em conta as restrições

orçamentais deste serviço, sendo a grande parte dos fundos direccionados para o

pagamento salarial dos funcionários. Esta escassez de recursos financeiros não deixa de

afectar o germinar de muitos projectos que vão sendo pensados. Ainda assim, os

técnicos superiores tentam contornar as tendências, procurando apoios financeiros

externos à diocese e estabelecendo parcerias com entidades privadas, o que lhes permite

dar corpo a alguns projectos.

À data da realização do estágio, o AHPL tinha a braços os seguintes projectos:

descrição das séries Juízo Contencioso, Processos Matrimoniais e Avisos Régios;

descrição dos fundos provenientes da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho;

descrição dos Livros de Matrícula do Clero; descrição dos fundos provenientes das

Paróquias de Santo Estêvão e São Miguel de Alfama (projecto que se encontrava em

fase de revisão); higienização e recenseamento prévio da documentação da Câmara

Eclesiástica da Prelazia de Tomar; revisão, organização e acondicionamento dos

extractos do Registo Paroquial; catalogação das monografias e da secção do livro

antigo.

Os objectivos estratégicos do AHPL passam, essencialmente, pelo recenseamento

prévio da massa documental acumulada e não tratada e, posteriormente, pela sua

organização e descrição à luz das Orientações para a Descrição Arquivística (ODA),

elaboradas por um conjunto de profissionais da Direcção-Geral de Arquivos (DGARQ).

Uma outra prioridade passa ainda pela incorporação de fundos eclesiásticos que

apresentem risco de perda, provenientes dos arquivos paroquiais da Diocese de Lisboa,

assim como de outras entidades religiosas, para posterior tratamento arquivístico.

Muitos têm sido os projectos delineados para este serviço de arquivo, nomeadamente

projectos de natureza tecnológica, porém alvo de um constante adiamento. Como é

sabido, este serviço não dispõe de um Software vocacionado para a gestão documental,

o que implica a utilização de aplicações como o Access e o Excel, disponibilizadas pelo

Office. Na mira do AHPL, estão projectos como a criação de uma base de dados

específica para a descrição documental, a implementação de um plano de digitalização

da documentação e, por fim, a criação de um website, no intuito de facultar um acesso

mais alargado ao seu acervo documental, conferindo assim uma maior projecção do

serviço de arquivo não só em Portugal, mas além-fronteiras.

Page 18: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

9

I.2 – Objectivos do Estágio

O estágio desenvolvido no AHPL foi norteado por um conjunto de objectivos em torno

do objecto de estudo, o qual consistiu na documentação fotográfica do fundo Dom

António Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa.

O objectivo primário centrou-se na aplicação de acções ao nível da preservação e

conservação das espécies fotográficas e das unidades de instalação, onde parte das

mesmas se encontram inseridas. Estas acções, desenvolvidas a partir de médios

conhecimentos e formação, visam contribuir para a estabilização do estado de

conservação da documentação fotográfica, permitindo prolongar o tempo de vida de

suportes tão específicos como aqueles que dão corpo ao documento fotográfico.

Compreender o contexto de produção da documentação fotográfica apresentou-se como

algo premente durante o processo de tratamento arquivístico. Conhecer e interpretar o

contexto histórico, político e institucional em que a documentação se encontra embebida

é, no fundo, um portal para aceder a um conjunto de informações, essenciais para

sustentar outras etapas do tratamento da documentação.

O objectivo central passou essencialmente pela construção de uma metodologia

específica para a descrição arquivística da documentação fotográfica. Mediante o leque

de singularidades que apresenta a documentação desta natureza, pretendeu-se apresentar

um modelo personalizado, sem contudo destoar dos moldes em que se insere a política

de descrição adoptada pela instituição de acolhimento. Assim, com base nas ODA12

referencial teórico adoptado de antemão pelo AHPL – foram selecionados campos

descritivos, aos quais foi acrescentado um conjunto de campos específicos, inspirados

no SEPIADES13

, no intuito de colmatar as necessidades inerentes à descrição de

documentação fotográfica.

Procura-se ainda sensibilizar o profissional da informação para o potencial do

documento fotográfico, enquanto importante fonte de informação para a realização de

estudos de cariz religioso, sociológico e arquitectónico. Acresce ainda a este objectivo,

alertar para a importância de um adequado tratamento da documentação fotográfica,

12

Direcção-Geral de Arquivos. Programa de normalização da descrição em arquivo; grupo de trabalho de

normalização da descrição em arquivo – Orientações para a Descrição Arquivística. 2ªVersão. Lisboa:

DGQAR, 2007. 13

SEPIADES: Advisory Report on Cataloguing Photographic Collections. Draft version 3.0, SEPIA

Working Group Descreptive Models for Photographic Collections. Amesterdam: European Commission

on Preservation and Access, 2003.

Page 19: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

10

bem como para a necessidade de potenciar o seu acesso ao utilizador, a par dos restantes

documentos de arquivo.

Em última instância, pretende-se com a proposta de uma metodologia para a descrição

da documentação fotográfica, contribuir de forma positiva para o contínuo processo de

edificação e aperfeiçoamento dos arquivos religiosos.

I.3 – Metodologia

A metodologia adoptada iniciou-se com a realização de leituras exploratórias14

, com o

objectivo de obter uma panorâmica geral da literatura alusiva aos arquivos religiosos e

aos arquivos fotográficos, nomeadamente no que respeita às temáticas da descrição e da

preservação e conservação das espécies fotográficas – temáticas que dizem respeito a

etapas concretas do tratamento arquivístico da documentação fotográfica.

No intuito de adquirir uma visão global da orgânica da instituição de acolhimento, foi

feita a leitura de um conjunto de documentação, nomeadamente as bases estatutárias,

regulamentos e o Código do Direito Canónico.

Paralelamente a estas leituras foi feito um estudo dos normativos e orientações para a

descrição arquivística, núcleo duro do corpo de actividades desenvolvidas. O normativo

consistiu no SEPIADES e as orientações nas ODA. Este estudo serviu de sustentáculo à

definição de campos de descrição e, consequentemente, à criação de uma metodologia

para a descrição da documentação fotográfica.

No que respeita ainda ao modelo proposto para a descrição da documentação

fotográfica, e no intuito de o aproximar ao máximo das eventuais necessidades do

utilizador desta documentação, procedeu-se à análise do perfil do utilizador. Para levar a

cabo este estudo, foi feita uma pesquisa nas fichas de registo dos investigadores e nas

fichas de requisição.

Uma vez que a documentação fotográfica não tinha sido alvo de qualquer intervenção

ao nível da sua higienização, procedeu-se a um conjunto de acções neste sentido,

recorrendo aos materiais apropriados para tal.

14

Note-se que estas leituras exploratórias e de âmbito mais específico foram actividades realizadas ao

longo de todo o período de estágio.

Page 20: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

11

Concluídas as acções de higienização e delineado o modelo de descrição, procedeu-se à

recolha de dados, etapa que viria a preparar terreno para a descrição da documentação

fotográfica. Esta etapa, em complemento com as leituras exploratórias, forneceu

informação essencial para o preenchimento de diversos campos de descrição. A recolha

de dados foi feita através de fontes bibliográficas, nomeadamente com base nos

seguintes periódicos de cariz religioso: Novidades, Voz da Verdade e Vida Católica.

O recurso à fonte oral assumiu uma significativa importância durante esta etapa, uma

vez que possibilitou a recolha de elementos vitais para o processo de descrição da

documentação. Assim, a realização de uma entrevista informal ao cónego João Rocha –

fâmulo do cardeal-patriarca Dom António Ribeiro entre 1971 a 1973 – permitiu

identificar eventos, locais, datas e pessoas representadas nas fotografias.

Por fim, o recurso à web apresentou-se igualmente como uma importante fonte de

informação. As pesquisas feitas através de websites de instituições religiosas

portuguesas e estrangeiras, bem como através do website www.monumentos.pt,

forneceram também elementos informativos de interesse.

Reunido um significativo volume de informação, procedeu-se à descrição multinível da

documentação fotográfica a partir da metodologia proposta.

A última etapa do estágio consistiu no acondicionamento e reinstalação da

documentação fotográfica em condições apropriadas à sua preservação.

I.4 – Plano de Actividades

O estágio decorreu num total de 120 horas, distribuídas por 20 dias, durante os quais se

realizaram seis horas diárias. Com início a 19 de Março de 2012, o estágio findou a 27

de Abril de 2012. As actividades foram desenvolvidas ao longo de cinco semanas,

conforme é possível constatar através da visualização do cronograma abaixo

apresentado.

Page 21: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

12

Actividades

1ª Semana 2ª Semana 3ª Semana 4ª Semana 5ª Semana

19 a 22 de

Março

26 a 30 de

Março

11 a 13 de

Abril

16 a 20 de

Abril

24, 26 e 27

de Abril

1. Leituras

exploratórias e

específicas

X X X X X

2. Estudo das normas

e orientações para a

descrição arquivística

X X

3. Estudo do perfil

dos utilizadores

X

4. Higienização

X

5. Recolha de dados

X

6. Descrição da

documentação

fotográfica

X X

7. Acondicionamento

X

Page 22: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

13

Capítulo II – A documentação fotográfica no âmbito das instituições de arquivo

II.1 – A fotografia nas instituições de arquivo: panorâmica geral

Não nos cabe aqui desenhar com minúcia o percurso da fotografia nas instituições de

arquivo em Portugal, mas sim apresentar, em largos traços, os principais marcos e as

instituições de maior vulto no que respeita à custódia e tratamento da documentação

fotográfica. Importa ainda reflectir sobre o lugar do documento fotográfico nas

instituições de arquivo na era pós-moderna, indagando o papel do arquivista face a

documentação desta natureza.

A fotografia é transversal a diversos campos da sociedade e é uma realidade patente nas

mais variadas instituições públicas e privadas de pendor cultural, sejam elas museus,

bibliotecas, arquivos ou, numa vertente mais lata, centros de informação. Em cada um

destes domínios institucionais, ela assume particularidades ao nível da sua forma de

abordagem, podendo ser alvo de tratamentos distintos.

Foquemo-nos então nas instituições de arquivo portuguesas. Diversos arquivos de

âmbito público e privado, situados ao longo do território nacional, são detentores de

documentação fotográfica, sendo que alguns possuem importantes acervos fotográficos,

com especial interesse para a compreensão da história contemporânea do país, bem

como da história da fotografia. Esta documentação é, não raras vezes, fruto da própria

actividade das instituições, podendo ser também proveniente de doação, custódia,

depósito, aquisição, incorporação ou legado15

.

No panorama português destaca-se o Centro Português de Fotografia (CPF), cujas raízes

remontam a meados da década de 1990. O CPF é essencialmente composto pelo

Arquivo Fotográfico de Lisboa – que integra documentação fotográfica de periódicos

como a Revista Flama, a Ilustração Portuguesa e O Século – e pelo Arquivo

Fotográfico do Porto – composto pelos espólios de fotógrafos como Aurélio Paz dos

Reis e António Pedro Vicente.16

Criado pelo Decreto-Lei n.º 160/97, publicado no

Diário da República de 25 de junho de 1997, foi extinto em 2006 e agregado ao Instituto

dos Arquivos Nacionais/ Torre do Tombo, resultando dessa fusão a Direcção-Geral de

Arquivos (Decreto-Lei 93/2007 de 29 de março), a qual passou a exercer tutela sobre os

15

CASQUIÇO, Sónia – A Fotografia nos Centros de Informação em Portugal (Páginas a&b N.º 4 2009

Série 2). Lisboa: Gabinete de Estudos a&b, 2009, p. 168. 16

CASQUIÇO, Sónia …, p. 160.

Page 23: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

14

dois organismos17

. Fruto das reestruturações do PREMARC (Plano de Redução e

Melhoria da Administração Central), no ano de 2012 foi criado um novo organismo,

designado por Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, o qual, de

acordo com a Portaria nº 192/2012, passou a assumir a tutela do CPF.

O CPF, actualmente sediado no Porto, é detentor de um total de 67 fundos e colecções.

À luz do estipulado pela Portaria n.º 372/2007, apresenta como principais competências

o fomento, salvaguarda e valorização do património fotográfico que se encontra à sua

guarda, desenvolvendo para tal um conjunto de acções que, de um modo geral, passam

pela protecção legal, o tratamento arquivístico, a disponibilização ao público e o

levantamento e diagnóstico das condições físicas da documentação, aplicando as

políticas de preservação e conservação emanadas pelo órgão superior pelo qual é

tutelado.

Um outro organismo português de especial relevo, no que respeita ao património

fotográfico das instituições da administração local, é o Arquivo Fotográfico da Câmara

Municipal de Lisboa. Fundado em 1942, surgiu com o propósito de agrupar toda a

documentação fotográfica então dispersa nos vários serviços da Câmara Municipal de

Lisboa, promovendo assim acções de preservação e conservação18

. As imagens mais

antigas remontam ao período entre 1898 e 1908 e são alusivas a diversos bairros de

Lisboa19

. Actualmente, o arquivo tem à sua guarda cerca de 600 000 fotografias, sendo

que parte significativa foi alvo de digitalização, encontrando-se assim acessível ao

utilizador externo. O seu acervo fotográfico apresenta-se como um recurso vital para a

compreensão não só da história da cidade de Lisboa, mas também da história da própria

fotografia, na medida em que conta com um leque variado de processos fotográficos que

remontam aos primórdios das técnicas da fotografia.

Ainda no âmbito das instituições da administração local há que dar enfoque ao Arquivo

Fotográfico da Câmara Municipal de Évora. Criado em meados da década de 1980, é

hoje detentor de um vasto acervo fotográfico, constituído por aproximadamente 300 000

fotografias de diferentes proveniências, alberga colecções de fotógrafos locais e

17

Para mais detalhes relativos à história e colecções do Centro Português de Fotografia, consultar o

website da instituição: http://www.cpf.pt/index.htm [consult. a: 02-06-2012]. 18

Para mais detalhes relativos à história do Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Lisboa,

consultar o website da instituição: http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/default.asp?s=12079&ctd=3853

[consult. a: 04-06-2012]. 19

CASQUIÇO, Sónia – A Fotografia nos Centros de Informação em Portugal (Páginas a&b N.º 4 2009

Série 2). Lisboa: Gabinete de Estudos a&b, 2009, p. 165.

Page 24: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

15

importantes fotógrafos contemporâneos20

. As espécies fotográficas são alusivas a

aspectos da vida local, testemunhando essencialmente aspectos arquitectónicos e

etnográficos da região alentejana.

Não obstante os exemplos pontuais de instituições de arquivo portuguesas que

desenvolvem trabalhos de vulto no domínio da documentação fotográfica, muitos são os

profissionais de informação que parecem olhar ainda de soslaio a fotografia. Tal como

foi mencionado anteriormente, a fotografia é uma realidade presente em grande parte

das instituições de arquivo, as quais vão acumulando ao longo do tempo consideráveis

volumes de documentação fotográfica. Esta documentação – resultado das próprias

actividades exercidas pela instituição, ou fruto de incorporação, depósito ou outra forma

de aquisição – abarca todo um conjunto de potencialidades.

Félix Gastaminza realça, num dos manuais pioneiros sobre a documentação fotográfica,

que “a imagem fotográfica joga um importante papel na transmissão, conservação e

visualização das actividades políticas, sociais, científicas ou culturais da humanidade,

de tal maneira que se torna, num verdadeiro documento social.”21

. Apesar da

(presumível) clarividência das potencialidades da fotografia, estas nem sempre são

devidamente reconhecidas e valorizadas pelos profissionais da informação.

A fotografia, de um modo geral, é ainda encarada por muitos como um objecto de arte

ou uma peça museológica, transportando consigo, frequentemente, uma conotação

estética que leva a que muitos a distanciem do seu eminente valor documental. A

fotografia, tal como salienta Joan Schwartz, é mais facilmente reconhecida como

histórica do que é compreendida como arquivística, uma vez que o seu valor

informativo acolhe uma maior aceitação face ao seu valor probatório, que nem sempre

lhe-é reconhecido. A autora alude à resistência da maioria dos arquivistas no que

respeita ao encarar dos materiais visuais, inclusive a fotografia, enquanto documentos

com origens funcionais, efeitos materiais e capacidades arquivísticas, apontando uma

lentidão por parte destes profissionais na compreensão e aceitação destes materiais

20

Para mais detalhes relativos às colecções do Arquivo Fotográfico da Câmara Municipal de Évora,

consultar o Website da instituição: http://www2.cm-evora.pt/arquivofotografico/apresentacao.asp

[consult. a: 04-06-2012]. 21

VALLE GASTAMINZA, Félix del – Manual de Documentación Fotográfica. Madrid: Editorial

Síntesis, 1999, p. 13.

Page 25: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

16

como documentos de arquivo22

. A mesma autora defende ainda que a marginalização da

fotografia no contexto dos arquivos está patente até na própria terminologia que lhe é

atribuída pelos profissionais de informação, sendo comum apelidar-se a fotografia de

“material não-textual”, “material-gráfico”, “material especial”, o que denota desde logo

uma certa negligência na forma de abordar a fotografia no seio da própria arquivística.

Note-se ainda, no seguimento da anterior afirmação, que os termos adoptados pelos

profissionais da informação no que respeita aos materiais visuais são, eles mesmos,

inegáveis reflexos dos fundamentos teóricos que suportam as abordagens arquivísticas

tradicionais e a própria abordagem actualmente em curso23

.

Quando não empurrada para os meandros da arquivística, a fotografia é, não raras

vezes, alvo de um tratamento arquivístico deficitário, quer ao nível das acções de

preservação e conservação e da descrição arquivística, quer em termos de um correcto

acondicionamento e posterior difusão das distintas espécies fotográficas.

O que leva então a que os arquivistas revelem ainda alguma resistência em encarar a

fotografia como um documento de arquivo, relegando o seu tratamento arquivístico para

segundo plano na ordem das suas actividades? Podemos elencar um conjunto de causas

para esta desatenção relativamente aos materiais fotográficos, nomeadamente as

apontadas por Joan Schwartz, como a escassez de recursos – sejam eles humanos ou

financeiros – aliados, por vezes, à falta de interesse sentida por uma parte dos

profissionais de arquivo24

. A carência de uma formação especializada no domínio da

fotografia, o desconhecimento das técnicas e suportes que lhe são inerentes, contribuem

igualmente para que muitos profissionais de arquivo manifestem uma certa relutância

no momento de intervirem sobre as necessidades destes materiais. A estes factores é

possível acrescentar um outro que se prende com a iliteracia visual dentro da profissão

arquivística.

Por literacia visual entende-se, de acordo com a definição delineada em 1969 por John

Debes,

“a capacidade de decifrar os sistemas culturais e tecnológicos que expressam significado,

usando imagens gráficas, ícones ou símbolos. A literacia visual é a capacidade de "ler" uma

imagem e implica a capacidade de compreender uma imagem para além da aparência das

22

SCHWARTZ, Joan – Coming to Terms with Photographs: Descriptive Standards, Linguistic

“Othering,” and the Margins of Archivy. North America: Archivaria, 2002, p. 146. 23

SCHWARTZ, Joan… p. 146. 24

SCHWARTZ, Joan… p. 154.

Page 26: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

17

coisas. A literacia visual compreende as imagens como construções criativas que

comunicam um assunto e existem num contexto que contribui para a compreensão desse

assunto.”25

Joan Schwartz constata que, se os arquivistas quiserem de facto resgatar os materiais

visuais, nomeadamente a fotografia, das margens da arquivística, se torna essencial

adquirirem, por um lado, uma maior alfabetização visual – tomando contacto com as

novas teorias e metodologias inerentes aos materiais visuais e à problemática da

comunicação visual – e, por outro, uma utilização mais sábia e consciente das

tecnologias vocacionadas para a gestão dos materiais desta natureza26

.

A sociedade contemporânea, como é do conhecimento comum, apresenta-se, agora mais

que nunca, como uma sociedade profundamente timbrada pelo peso e relevância da

imagem, enquanto importante meio de expressão e comunicação. Com o surgimento das

novas tecnologias, nomeadamente as que possibilitaram a digitalização, e com o

fomento da Internet, despontou uma nova realidade, a das imagens virtuais – sejam elas

nados digitais ou nados digitalizados – e com ela novos desafios colocados aos

profissionais da informação. Num contexto de profunda mudança torna-se assim um

imperativo que o profissional da informação reconheça e valorize as potencialidades da

fotografia no seio das instituições de arquivo, nomeadamente os seus valores

patrimonial e informativo27

, inserindo-a no todo arquivístico, a par da documentação

textual. É também esperado que o profissional da informação saiba enfrentar os novos

desafios trazidos pelas especificidades da era digital, sob pena de se tornar, nas palavras

de Joan Schwartz, irrelevante e impotente num mundo cada vez mais conectado, no qual

predomina a forma de comunicação visual28

.

Há muito que ficou para trás a ideia antiquada de que ao arquivista cabia o papel de

mero guardião da torre de marfim, na qual era depositada a documentação. Terry Cook,

no seu trabalho intitulado Arquivos Pessoais e Arquivos Institucionais29

, relembra-nos a

visão de Jenkinson, plasmada no manual holandês, relativamente ao papel do arquivista

25

THE SOCIETY OF AMERICAN ARCHIVISTS - Visual literacy. In A glossary of archival and

records terminology. [Em linha]. [Consult. 09 Jun. de 2012]. Disponível na Internet em:

<URL: http://www.archivists.org/glossary/term_details.asp?DefinitionKey=1694>. 26

SCHWARTZ, Joan – Coming to Terms with Photographs: Descriptive Standards, Linguistic

“Othering,” and the Margins of Archivy. North America: Archivaria, 2002, p. 159. 27

CASQUIÇO, Sónia – A Fotografia nos Centros de Informação em Portugal (Páginas a&b N.º 4 2009

Série 2). Lisboa: Gabinete de Estudos a&b, 2009, p. 157. 28

SCHWARTZ, Joan… p. 170. 29

COOK, Terry – Arquivos Pessoais e Institucionais: para um Entendimento Arquivístico Comum da

Formação da Memória em um Mundo Pós-Moderno. Revista de Estudos Históricos, América do Norte,

1998, Vol. 11, N.º 21.

Page 27: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

18

numa época pautada pelo custodialismo. Segundo Jenkinson, o arquivista não deveria

intervir sobre a documentação após a sua produção, na medida em que “os documentos

eram subprodutos naturais da administração30

”, pelo que quaisquer intervenções poriam

em causa as suas presumíveis características de evidência e transparência. Era então

esperada, por parte dos arquivistas, uma posição imparcial e, de certo modo, passiva,

sendo altamente reprovadas quaisquer marcas do seu julgamento pessoal. Esta ideia

tradicional do arquivista enquanto custodiador passivo e isento, é hoje rejeitada e

encarada como uma atitude de irresponsabilidade face às novas exigências colocadas

pelo mundo pós-moderno. Os arquivos, longe de serem hoje torres de marfim, “são

templos modernos – templos da memória31

” e ao profissional da informação cabe agora

o papel de construtor activo da memória social. Deste modo, é hoje expectável que o

profissional da informação (re)aja perante os desafios levantados no decurso da sua

actividade profissional, exercendo assim o seu poder deliberativo, nomeadamente no

que respeita aos múltiplos contornos e especificidades apresentadas pelos materiais

fotográficos.

II.2 – A fotografia enquanto documento de arquivo

Antes de mais importa relembrar o conceito basilar de documento de arquivo, no intuito

de verificar se a fotografia apresenta, de facto, os requisitos necessários para caber nos

moldes deste conceito arquivístico.

O conceito de documento tem as suas raízes etimológicas na palavra latina

documentum, a qual resulta da derivação do verbo docere, que significa instruir, ensinar,

informar. À luz da concepção apresentada por Mundet, no seu Manual de Archivística,

o documento é caracterizado como sendo um conjunto composto por um suporte e pela

informação nele embebida, o que possibilita a sua consulta e a sua utilização enquanto

prova. É caracterizado por três aspectos essenciais: o suporte que lhe dá corpo; a

informação contida nele e a forma de registar a informação no suporte32

.

30

COOK, Terry – Arquivos Pessoais e Institucionais: para um Entendimento Arquivístico Comum da

Formação da Memória em um Mundo Pós-Moderno. Revista de Estudos Históricos, América do Norte,

1998, Vol. 11, N.º 21, p. 137. 31

COOK, Terry… p. 143. 32

MUNDET, José Ramon Cruz – Manual de Archivística. Madrid: Fundación Germán Sanchez Rui

Pérez, 2001, p. 96-97.

Page 28: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

19

De acordo com Mundet, aquilo que lhe confere legitimidade enquanto documento de

arquivo é o seu carácter de seriado, uma vez que os documentos produzidos

individualmente formam séries ao longo do tempo. Outro dos seus atributos é a génese,

na medida em que o documento de arquivo é fruto de um processo natural de actividade

e como tal apresenta-se como reflexo das tarefas do seu produtor. A exclusividade é

igualmente uma característica do documento de arquivo, a par do seu caracter de inter-

relação, que se prende com a necessidade dos documentos estabelecerem ligações de

sentido entre si, verificando-se uma propensão para serem agrupados num mesmo

conjunto ou unidade arquivística. Aquando da sua definição de documento de arquivo,

Mundet alude aos documentos iconográficos, como documentos que utilizam a imagem,

os símbolos não textuais e a cor como formas de comunicar a informação,

mencionando, dentro desta classe, a fotografia33

.

A fotografia, tal como foi possível constatar anteriormente, nem sempre foi plenamente

entendida e aceite pelos profissionais da informação. A frequente ausência de

informação textual, nomeadamente legendas ou inscrições, associada à fotografia tem

sido um dos principais obstáculos apontados na demanda pela sua legitimidade

enquanto documento de arquivo. A legenda assume um papel preponderante, uma vez

que possibilita a conexão da imagem ao seu objecto ou referente. A articulação da

imagem fotográfica com a palavra escrita poderá promover a descodificação e

interpretação do seu significado34

. Por fim, a palavra escrita associada à imagem poderá

alicerçar o valor informativo e o valor probatório de uma determinada fotografia.

Não obstante a relutância sentida ainda por parte de muitos profissionais de arquivo no

que respeita ao tratamento arquivístico da documentação fotográfica, é hoje

globalmente consensual a aceitação do valor documental da fotografia no seio da teoria

e prática arquivística. A sua legitimidade enquanto documento de arquivo é

relativamente recente, uma vez que os arquivistas nem sempre reconheceram a

fotografia como uma matéria-prima principal, sendo comum considerar-se apenas os

documentos escritos enquanto material arquivístico e portanto merecedores de

33

MUNDET, José Ramon Cruz – Manual de Archivística. Madrid: Fundación Germán Sanchez Rui

Pérez, 2001, p. 98. 34

LOPEZ, André Porto Ancona – O contexto arquivístico como diretriz para a gestão documental de

materiais fotográficos de arquivo. In: VII Congresso de Archivología del Mercosur. P. 2.[Em linha].

Santiago, 2007. [Consult. a 29 Jun. 2012]. Disponível na Internet em:

<URL:http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/303/1/ARTIGO_contexto_%20arquiv%C3%ADstico

_diretriz.pdf>.

Page 29: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

20

preservação35

. Apesar de a fotografia ser uma realidade patente nas instituições

portuguesas desde meados do século XIX, somente a partir da segunda metade do

século XX – nomeadamente na década de 1980 com o surgimento de um número

significativo de centros de informação em Portugal – é reconhecido e aceite o seu valor

documental e informativo36

.

A fotografia, “escrita da luz”, assume contornos polimórficos, podendo ser encarada

como peça museológica, recurso biblioteconómico ou documento de arquivo, em função

do ambiente institucional em que se encontra inserida. Em cada um destes ambientes, a

fotografia, na acepção de Joan Schwartz, não deve ser encarada como objectos distintos,

mas o mesmo objecto que parece caber facilmente em diferentes instituições, uma vez

que em cada uma delas é capaz de apresentar narrativas alternativas37

.

No âmbito da arquivística, a fotografia é entendida como um “documento que transmite

informação registada num suporte de papel (fotografia analógica) ou electrónico

(fotografia digital), [através do qual] regista um momento, um instante do passado, do

presente das nossas vidas, constituindo a construção da história, da cultura, da educação

de uma sociedade.”38

De acordo com Juan Vigil qualquer fotografia adquire valor de

documento a partir do momento em que ilustra um determinado facto, ou seja informa,

comunica ou sugere conhecimentos. A fotografia é, na acepção do mesmo autor, um

documento na medida em que contém uma mensagem, ou seja um conteúdo embebido

num suporte fotográfico, analógico ou digital, e dirigido a um receptor39

.

Este carácter ilustrativo e representativo de uma determinada realidade plasmada num

suporte tem conferido à fotografia valor probatório e informativo, conduzindo por vezes

à falaciosa acepção da fotografia enquanto cópia fiel da realidade, sustentada na crença

35

LONG, Margery; RITZENTHALER, Mary Lynn – Photographs in archival collections. In

RITZENTHALER, Mary Lynn; O’Connor, Diane – Photographs: archival care and management.

Chicago: The Society of American Archivists, 2006, p. 2. 36

CASQUIÇO, Sónia – A Fotografia nos Centros de Informação em Portugal (Páginas a&b N.º 4 2009

Série 2). Lisboa: Gabinete de Estudos a&b, 2009, p. 169. 37

SCHWARTZ, Joan – “The Archival Garden: Photographic Plantings, Interpretive Choices, and

Alternative Narratives,” in Terry Cook (ed.), Controlling the Past: Documenting Society and Institutions:

Essays in Honor of Helen Willa Samuels. Chicago: Society of American Archivists, 2011, p.102. 38

BOCCATO, Vera Regina Casari; FUJITA, Mariângela Spotti Lopes – Discutindo a análise documental

de fotografias: uma síntese bibliográfica. In Cadernos de Biblioteconomia, Arquivística e Documentação

– Cadernos BAD. nº 002. Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas.

Lisboa, Portugal (p. 84-100), 2006. [Em linha]. [Consult. 18 Jun. de 2012]. Disponível na Internet em:

<URL:http://www.apbad.pt/CadernosBAD/Caderno22006/VRCBoccatoMSLFujitaCBAD206.pdf>. 39

VIGIL, Juan Miguel – El documento fotográfico: historia, usos e aplicaciones. Gijón: Edicciones Trea

SL, 2006, p. 14-18.

Page 30: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

21

de que as fotografias são representações autênticas e objectivas, captadas por uma

câmara40

. Félix del Valle Gastaminza desconstrói esta teoria, advertindo para a falsa

pretensão de se considerar a fotografia enquanto réplica fidedigna da realidade, pelo

contrário, o autor defende que cada imagem é uma réplica icónica que vem

acompanhada de um código, cabendo ao observador/receptor decifrá-lo41

. Segundo Juan

Vigil “a imagem apresenta os seus códigos linguísticos, diferentes dos textuais, o que

confere ao documento fotográfico os seus próprios valores”42

.

Aparentemente pouco codificado em relação à linguagem escrita embutida no

documento textual, o documento fotográfico apresenta um conteúdo visual polissémico.

Gastaminza, sustentado na teoria de Susan Sontag, aponta como uma das principais

especificidades da fotografia o carácter volátil do seu significado, que tendencialmente é

modificado com o passar do tempo e por força do contexto em que está inserido. O

autor destaca três momentos-chave durante os quais a fotografia é susceptível de

adquirir diferentes significados: o momento da criação; o momento do seu tratamento

documental e o momento da sua reutilização. Assim, a fotografia admite distintas

leituras e interpretações, em função do contexto em que se encontra ou daquele que a

interpreta43

.

Falar do documento fotográfico e não abordar a problemática inerente ao seu contexto

de produção seria uma lacuna. São vários os autores que apontam o contexto de

produção como um elemento fundamental para a reconstrução e compreensão do

significado plasmado nas imagens. André Ancona Lopez defende que “a identificação

da génesis dos documentos é o único recurso disponível para evitar as armadilhas

colocadas pelo carácter polissémico da imagem.”44

O autor adverte que a identificação

do significado de uma imagem baseada apenas nos elementos fornecidos pelo seu

40

LONG, Margery; RITZENTHALER, Mary Lynn – Photographs in archival collections. In

RITZENTHALER, Mary Lynn; O’Connor, Diane – Photographs: archival care and management.

Chicago: The Society of American Archivists, 2006, p. 6. 41

VALLE GASTAMINZA, Félix del – Manual de Documentación Fotográfica. Madrid: Editorial

Síntesis, 1999, p. 13. 42

VIGIL, Juan Miguel – El documento fotográfico: historia, usos e aplicaciones. Gijón: Edicciones Trea

SL, 2006, p. 13-14. 43

VALLE, GASTAMINZA, Félix del… p. 118-119. 44

LOPEZ, André Porto Ancona – "Photographic document as image archival document". In 8.th

Conference on Technical and Filed Related Problems of Traditional and Electronic Archiving. 25 - 27

March 2009. [Em linha.] Radenci, Slovenia: Pokrajinski Arhiv Maribor, 2009. Pp. 262-272. [Consult. a

25 Jun. 2012.] Disponível na Internet:

<URL:http://eprints.rclis.org/bitstream/10760/12846/3/Photographic_document_as_image_archival_docu

ment-text-2.pdf>.

Page 31: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

22

conteúdo visual pode revelar-se dúbia ou ambígua o que, num contexto de arquivo e

inclusive para efeitos de prova, se traduz como algo nefasto. Assim, na acepção de

Ancona Lopez, a compreensão do contexto de produção – no fundo, as razões que

estiveram por detrás da sua criação – e os motivos pelos quais determinado documento

fotográfico é mantido, como prova administrativa, são os elementos-chave para decifrar

o seu significado, principalmente nos casos em que o arquivista está perante um

documento fotográfico isolado, aparentemente sem relação com quaisquer outros.

Joan Schwartz destaca a importância do conteúdo informativo do documento e da sua

forma de apresentação, ou seja a própria estrutura, através dos quais é possível

depreender a sua função e o seu produtor – elementos fundamentais de construção de

significado que, no caso dos documentos visuais, nem sempre são reconhecidos e

valorizados. A par do conteúdo informativo plasmado na imagem e estrutura do próprio

documento, a autora realça a importância de compreender o contexto de produção,

finalidade e utilização do documento fotográfico. Assim, na perspectiva de Joan

Schwartz é crucial que o arquivista empreenda esforços no sentido de pesquisar e

compreender o contexto funcional da criação do documento fotográfico, bem como o

universo documental da sua circulação, no intuito de preparar terreno para um

desenvolvimento consciente e informado de posteriores acções arquivísticas45

.

Muito se poderia teorizar em torno do conceito da fotografia, porém no âmbito do

presente trabalho importa estreitarmos a nossa reflexão sobre a fotografia no contexto

das instituições de arquivo, nomeadamente nas diferentes dimensões do seu tratamento

arquivístico: a descrição e as acções de preservação e conservação.

II.3 – A descrição de fotografia em arquivo

A descrição arquivística da documentação fotográfica consistiu na actividade central do

estágio, tendo sido desenvolvida para tal uma metodologia adequada às especificidades

levantadas pela natureza desta documentação. Assim, importa pois reflectir sobre a

descrição da fotografia no âmbito das instituições de arquivo, bem como sobre as

problemáticas que lhe são inerentes.

45

SCHWARTZ, Joan – “The Archival Garden: Photographic Plantings, Interpretive Choices, and

Alternative Narratives,” in Terry Cook (ed.), Controlling the Past: Documenting Society and Institutions:

Essays in Honor of Helen Willa Samuels. Chicago: Society of American Archivists, 2011, p. 71-73.

Page 32: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

23

II.3.1 – Conceptualização e princípios teóricos

À luz da definição apresentada pelo Conselho Internacional de Arquivos, através da

norma ISAD (G), a descrição arquivística é designada como “a elaboração de uma

representação exacta de uma unidade de descrição e das partes que a compõem, caso

existam, através da recolha, análise, organização e registo de informação que sirva para

identificar, gerir, localizar e explicar a documentação de arquivo, assim como o

contexto e o sistema de arquivo que a produziu.”46

A descrição apresenta-se assim como

uma das etapas principais do trabalho arquivístico e está longe de ser uma actividade de

cariz estático.

Segundo Allen Benson, a actividade da descrição é iniciada nas primeiras fases do

trabalho arquivístico, nomeadamente aquando da aquisição e organização da

documentação, durante as quais o profissional da informação regista um conjunto de

elementos relacionados com o título, as datas, a história administrativa, a história

biográfica e o âmbito e conteúdo47

. A descrição, de acordo com o mesmo autor, não é

um processo estanque, pelo contrário ele pode ter continuidade no decurso da vida do

documento, acompanhando e suportando várias fases do ciclo de gestão documental.

Na esfera particular da fotografia, Joan Boadas apresenta uma definição de descrição, a

partir da qual se depreende que descrever é o exercício de enumerar as características

principais de uma pessoa ou objecto, promovendo a identificação daquilo que é descrito.

Segundo Boadas o objectivo da descrição é o de reconhecer e sistematizar a informação

sobre uma imagem, através de estruturas descritivas, de forma a seleccionar e fornecer

aos utilizadores a documentação fotográfica, dentro de um ou vários conjuntos

documentais, que vá ao encontro das suas necessidades específicas de consulta48

.

Mundet afirma que “o objectivo do trabalho descritivo é o de tornar acessíveis os

fundos documentais de forma eficaz.”49

Assim, descrição e acesso são dois conceitos

indissociáveis, sendo que um promove o outro. Os produtos resultantes da descrição

46

ISAD (G). 2002, Descrição arquivística – Norma geral internacional de descrição arquivística, 2ª

edição. Lisboa: Torre do Tombo, p. 13. 47

BENSON, Allen C. – The Archival Photograph and Its Meaning Formalisms for Modeling Images.

Journal of Archival Organization. [Em linha] Vol. 7, nº 4 (2009). Pp. 150. [Consult. 29 Jul. de 2012].

Disponível na Internet em: <URL: http://www.ontophoto.org/Articles/BensonJAO.pdf>. 48

BOADAS, Joan; CASELLAS, Lluís-Esteve; Suquet; M. Àngeles – Manual para la gestión de fondos y

colecciones fotográficas. Girona: CCG Ediciones, 2001, p. 173. 49

MUNDET, José Ramon Cruz – Manual de Archivística. Madrid: Fundación Germán Sanchez Rui

Pérez, 2001, p. 255.

Page 33: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

24

arquivística são instrumentos de descrição documental (guia, inventário e catálogo) que

possibilitam não só o controlo administrativo da documentação, mas que promovem

igualmente o acesso à informação por parte do utilizador interno e externo.

A descrição arquivística é norteada por um conjunto de princípios teóricos que o

profissional da informação deve respeitar no decurso desta actividade. Estes princípios

estão plasmados no documento produzido pelo Comité Canadiano para a Descrição

Arquivística, intitulado Rules for Archival Description (RAD)50

. Silvestre Lacerda,

aquando de um workshop realizado no Porto sobre descrição arquivística e documentos

fotográficos, faz também alusão aos princípios que sustentam esta função arquivística51

.

Passemos então a explanar o teor desses princípios.

O processo de descrição deve ser desenvolvido tendo em conta o respeito pelo fundo

que abarca o princípio da proveniência e da ordem original. De acordo com este

princípio a documentação produzida por uma determinada entidade deve ser mantida de

forma autónoma e separada relativamente à documentação produzida por outras

entidades (princípio da proveniência). A estrutura interna de um determinado fundo

deve ser mantida conforme os moldes em que foi organizada pela entidade que a

produziu (ordem original), no intuito de “preservar as relações entre os documentos

como testemunho do funcionamento daquela entidade”52

.

A descrição deve ser reflexo da organização da documentação. Allen Benson

distingue organização de descrição, definindo a organização como o processo

intelectual de identificar e agrupar conjuntos de documentos provenientes do mesmo

produtor e com características e estruturas comuns. A organização permite identificar

relações entre os documentos e os documentos e os seus produtores. O mesmo autor

define descrição como o processo que gera uma representação dos documentos de

arquivo, reflectindo o seu contexto de produção. A organização e a descrição são duas

50

PLANNIG COMMITTEE ON DESCRIPTIVE STANDARDS – Rules for Archival Description,

edição revista. Ottawa: Bureau of Canadian Archivists, 2008. 51

LACERDA, Silvestre – Workshop Descrição Arquivística e Arquivos de Fotografia. [Em linha.] Porto:

DGARQ / CPF, Junho de 2007. Pp. 16-17. [Consulta 06 Agosto 2012.] Disponível na Internet: <URL:

http://www.cpf.pt/PDFs/DescArqFotografia.pdf>. 52

ALVES, Ivone [et. al] – Dicionário de terminologia arquivística. Lisboa: Instituto da Biblioteca

Nacional e do Livro, 1993, p. 77.

Page 34: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

25

actividades intrínsecas, sendo que a forma como a descrição é feita depende da própria

organização da documentação53

.

Os níveis de organização da documentação determinam os níveis de descrição.

Assim, a descrição deve ser desenvolvida com base numa estruturação em níveis

hierárquicos, estes níveis hierárquicos são correspondentes à estruturação intelectual e

física da própria documentação.

De acordo com o estabelecido pelo Conselho Internacional de Arquivos na norma ISAD

(G)54

a descrição multinível deve ser feita do geral para o particular consoante os níveis

hierárquicos em causa. Os diferentes níveis devem ligar-se entre si e cada nível de

descrição deve apresentar informação relevante para o nível em causa, evitando assim a

repetição de informação nos diferentes níveis.

A descrição aplica-se a toda a documentação de arquivo, independentemente da

sua forma e suporte. À luz do princípio da proveniência todos os documentos de

arquivo, seja qual for a sua natureza ou suporte, fazem parte do fundo de arquivo55

,

portanto deverão ser alvo de descrição. Porém, há que ter em conta que as

especificidades dos suportes carecem de regras de descrição adequadas às suas

características particulares, como é o caso da documentação fotográfica.

Aplica-se a todas as fases da vida da documentação de arquivo, ou seja na fase

activa, semi-activa e durante toda a sua conservação permanente.

Em última instância, a descrição aplica-se a toda a documentação de arquivo

independentemente do tipo de produtor, quer sejam pessoas singulares, famílias ou

instituições. A documentação fruto do exercício das funções e actividades de uma

instituição poderá assumir contornos diferentes ao nível da sua extensão, organização ou

assunto, relativamente à documentação produzida por uma pessoa singular ou família.

Contudo, os princípios que regem a organização e descrição da documentação deverão

ser aplicados de forma igualitária, independentemente da entidade produtora que lhes

deu origem.

53

BENSON, Allen C. – The Archival Photograph and Its Meaning Formalisms for Modeling Images.

Journal of Archival Organization. [Em linha] Vol. 7, nº 4 (2009). Pp. 152. [Consult. 29 Jul. de 2012].

Disponível na Internet em: <URL: http://www.ontophoto.org/Articles/BensonJAO.pdf>. 54

ISAD (G). 2002, Descrição arquivística – Norma geral internacional de descrição arquivística, 2ª

edição. Lisboa: Torre do Tombo, p. 16-17. 55

COUTURE, Carol; ROUSSEAU, Jean-Yves - Os fundamentos da disciplina arquivística. 1ª Edição.

Lisboa: Dom Quixote, 1998, p. 79.

Page 35: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

26

II. 3.2 – As especificidades da fotografia

A descrição arquivística de documentação fotográfica revela algumas particularidades,

implicando uma série de procedimentos especializados e normalizados para os quais o

profissional de arquivo deverá estar sensibilizado. Estas particularidades prendem-se

essencialmente com um conjunto de aspectos relacionados com as características da

imagem, o modo de produção, o contexto de produção e a própria constituição do

suporte do documento.

Descrever uma imagem, ou conjuntos de imagens, levanta uma panóplia de

problemáticas a diversos níveis. As imagens, tal como foi possível constatar no

subcapítulo dedicado ao documento fotográfico, apresentam por norma um conteúdo

polissémico, a partir do qual é possível desenvolver variadas interpretações. O conteúdo

da imagem de cariz polissémico, aliado por vezes à ausência de legendas ou inscrições

nas próprias espécies fotográficas e à perda de informação relativamente ao seu

contexto de produção apelam à necessidade do uso de metodologias apropriadas para a

interpretação e análise da imagem, bem como às competências ao nível da literacia

visual por parte do profissional de arquivo.

Normand Charbonneau e Mario Robert sublinham a importância da aposta na análise do

conteúdo da documentação fotográfica, na medida em que esta poderá revelar-se um

portal de acesso para os utilizadores aos conteúdos informativos plasmados nas

imagens. De acordo com os autores “uma análise do conteúdo pobre ou errónea

naturalmente bloqueia qualquer possibilidade de uma pesquisa eficaz”56

.

Segundo Félix del Valle Gastaminza, a análise do documento fotográfico pressupõe um

conhecimento aprofundado do mesmo, sendo necessário para tal uma leitura inteligente

do seu conteúdo57

. O autor desenvolve uma metodologia para a análise documental do

conteúdo das fotografias a partir de três eixos fundamentais: a denotação; a conotação e

o contexto em que a imagem foi produzida58

.

A análise denotativa consiste essencialmente em identificar aquilo que se vê na imagem

de forma evidente e unívoca, ou seja os elementos concretos e objectivos. Esta análise

56

CHARBONNEAU, Normand; ROBERT, Mario – La Gestion des Archives Photographiques.Canadá:

Presses de L’Université du Québec, 2003, p. 150. 57 VALLE GASTAMINZA, Félix del – Manual de Documentación Fotográfica. Madrid: Editorial

Síntesis, 1999, p. 120. 58

VALLE GASTAMINZA, Félix del… p. 122-123.

Page 36: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

27

pode ser feita através da hierarquização da imagem, identificando três componentes

temáticas: componentes estáveis (montanhas, edifícios, monumentos); componentes

móveis (meios de transporte, fenómenos naturais) e componentes vivos (pessoas,

animais). A análise denotativa pode ser igualmente realizada a partir da interrogação da

fotografia, aplicando para tal um conjunto de cinco questões59

: “quem” (identificação

das pessoas retratadas); “o quê” (identificação da situação, objectos ou animais

retratados); “onde” (local de captura da imagem); “quando” (data de captura da

imagem) e “como” (identificação do contexto de produção, descrição das acções e

pormenores do objecto retratado). A análise conotativa, de natureza essencialmente

abstracta e subjectiva, baseia-se na captação do segundo sentido implícito na imagem,

daquilo que é sugerido pelo seu conteúdo, nomeadamente aspectos de ordem religiosa e

moral ou aspectos ideológicos. Por fim, a análise do contexto de produção, fundamental

para a fotografia de pendor histórico ou documental, permite identificar o âmbito em

que foi produzida uma determinada imagem, ou seja a natureza do evento que lhe deu

origem, seja ele público ou privado, de cariz social, político ou cultural, bem como o

tempo e o espaço onde decorreu.

O modo de produção da documentação fotográfica é um outro aspecto que deverá ser

contemplado aquando da descrição. A captura de imagens é, não raras vezes, realizada

de forma mecânica e sequencial, sendo comum o fotógrafo capturar diversas imagens

alusivas a um mesmo acontecimento, o que resulta em conjuntos de imagens –

designadas por reportagens fotográficas – iguais ou com características semelhantes60

.

Esta natureza tendencialmente mecânica e sequencial da forma de produção contribui

muitas vezes para a acumulação de consideráveis volumes de documentação

fotográfica. O modo de produção poderá ditar a forma de organização e as escolhas no

que respeita à descrição, nomeadamente o seu nível e profundidade. Assim, perante

volumes de documentação fotográfica que apresentem imagens iguais ou semelhantes

poderá revelar-se proveitosa a descrição por conjuntos, não se justificando por vezes

descer ao nível da peça.

59

Os cinco W’s (“Who?” “When?” “What?” “Why?” “How?”) baseados no modelo comunicativo de

Lasswell que correspondem a cinco categorias informativas comummente utilizadas no domínio das

Ciências da Comunicação. 60

CASQUIÇO, Sónia – "A descrição de fotografia e a normalização". In 3.ª semana da fotografia da

Golegã. Golegã: s.n., 26 de Novembro de 2011, p. 9.

Page 37: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

28

O contexto de produção é um elemento central a ter em conta aquando do processo da

descrição. De acordo com André Ancona Lopez “a contextualização arquivística surge,

muitas vezes, como a única alternativa para a compreensão de imagens dúbias, imagens

com efeitos de ilusão ou [acompanhadas de] informação extremamente genérica”61

.

Assim, descortinar o contexto de produção pode fornecer pistas fundamentais para a

descrição arquivística.

É comum a fotografia ser utilizada como um instrumento ao serviço de outras

actividades, como são os casos do jornalismo, marketing, moda, arqueologia,

astronomia, etc., o que resulta por vezes na acumulação de consideráveis volumes de

imagens fotográficas. Estas imagens fotográficas, isoladas ou reunidas numa colecção

sem aparente relação orgânica entre si e com o seu produtor, são muitas vezes relegadas

para último plano e negligenciadas pelas instituições – opções que, mais tarde, se irão

repercutir aquando do seu tratamento arquivístico, particularmente no que respeita à

perda de informação contextual62

.

A perda de vínculo ao contexto de produção pode revelar-se duplamente nefasta:

durante o processo de descrição arquivística e, numa fase posterior, aquando da sua

consulta por parte do utilizador, podendo resultar numa incorrecta interpretação e

inadequada utilização das imagens fotográficas.

Reflectir sobre a problemática inerente ao contexto de produção da documentação

fotográfica e não abordar as questões que se prendem com o princípio da proveniência e

o respeito pela(s) ordem(s) original(ais)63

revelar-se-ia uma lacuna. Há que salientar as

especificidades sentidas também ao nível da aplicação e cumprimento destes princípios

arquivísticos no que respeita aos documentos fotográficos. Nem sempre é possível

recuperar a organização original e respeitar o princípio da proveniência, uma vez que se

verifica com frequência uma desvinculação e perda (parcial ou total) do contexto de

61

LOPEZ, André Porto Ancona – "Photographic document as image archival document". In 8.th

Conference on Technical and Filed Related Problems of Traditional and Electronic Archiving. 25 - 27

March 2009. [Em linha.] Radenci, Slovenia: Pokrajinski Arhiv Maribor, 2009. Pp. 262-272. [Consult. a

25 Jun. 2012.] Disponível na Internet:

<URL:http://eprints.rclis.org/bitstream/10760/12846/3/Photographic_document_as_image_archival_docu

ment-text-2.pdf>. 62 CASQUIÇO, Sónia – "A descrição de fotografia e a normalização". In 3.ª semana da fotografia da

Golegã. Golegã: s.n., 26 de Novembro de 2011, p. 10. 63

A este propósito note-se que um mesmo documento fotográfico, assim como pode desempenhar

diferentes funções ao longo do tempo, poderá igualmente ser alvo da aplicação de diferentes ordens

originais.

Page 38: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

29

produção administrativo da documentação. Esta ausência de informações contextuais

intrínsecas à documentação fotográfica conduz, muitas vezes, a uma descrição

arquivística baseada apenas na evidência da imagem, o que poderá resultar num produto

final dúbio, longe de atingir o rigor e objectividade expectáveis de serem alcançados

aquando da actividade de descrição.

Em última instância, o documento fotográfico apresenta também especificidades ao

nível da sua constituição física que não devem ser descuradas64

. O suporte da fotografia,

por natureza frágil e efémero, é constituído por materiais físico-quimicamente instáveis,

nomeadamente materiais orgânicos65

– como são exemplos o papel, a gelatina, a

albumina, o colódio e os pigmentos ou grãos de corante – e materiais de natureza

plástica – como o nitrato de celulose (bastante instável e inflamável), o acetato de

celulose e o poliéster.

Desde o surgimento do primeiro processo fotográfico (o daguerreótipo) com Louis

Daguerre em 1839 até aos dias de hoje, verifica-se a existência de um significativo

número de técnicas e processos fotográficos66

. Estas características físicas do

documento fotográfico, bem como a diversidade de processos fotográficos carecem de

especial atenção no momento da descrição. É essencial que o profissional de arquivo

possua um conhecimento genérico acerca da história da fotografia, desde os seus

primórdios à actualidade, a par de uma formação base no que respeita às características

dos diferentes processos e das técnicas através das quais se obtêm as fotografias67

.

II. 3.3 – A normalização da descrição de documentação fotográfica

A descrição é uma das funções primordiais do trabalho arquivístico e assume um papel

crucial na comunicação da informação. Uma descrição adequada torna a fotografia de

qualquer instituição visível, potenciando o seu acesso ao utilizador interno e externo. A

aposta na descrição normalizada apresenta-se hoje, mais que nunca, como uma

necessidade premente, ditada, em parte, pelas exigências da sociedade da informação e

pelos crescentes desafios colocados pela era digital. A adopção de determinadas normas

para a descrição de fotografia contribui para descrições com maior nível de qualidade,

64

Este aspecto será explanado com maior detalhe no subcapítulo II. 5, intitulado Um aspecto

fundamental: a preservação e conservação das espécies fotográficas. 65

PAVÃO, Luís – Conservação de colecções de fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997, p. 2. 66

PAVÃO, Luís… p. 25-26. 67

CASQUIÇO, Sónia – "A descrição de fotografia e a normalização". In 3.ª semana da fotografia da

Golegã. Golegã: s.n., 26 de Novembro de 2011, p. 11.

Page 39: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

30

maior rigor e consistência e promove igualmente a partilha e pesquisa de dados em

ambiente electrónico68

.

A literatura relacionada com a temática dos arquivos fotográficos revela-nos

actualmente a existência de um significativo leque de hipóteses no que respeita aos

normativos e orientações vocacionados e/ou adaptáveis à descrição arquivística de

materiais gráficos, família à qual pertence a fotografia.

Foi essencialmente a partir da década de 1990 que começaram a ser criados grupos de

trabalho com vista à criação de documentos normativos para a descrição de fotografia,

fazendo-se sentir até então uma ausência de normalização neste campo específico.

No ano de 1990 foi criada no Canadá uma norma intitulada Regras para a Descrição

Arquivística (RDA), desenvolvida pelo Comité Canadiano para a Descrição

Arquivística a partir do modelo bibliográfico designado por Código de Classificação

Anglo-Americano, 2ª edição (AACR2) e das normas de catalogação, elaboradas por

Elisabeth Betz Parker para a catalogação dos materiais gráficos da Divisão de Gravuras

e Fotografias da Biblioteca do Congresso69

. A norma canadiana RDA apresenta um

capítulo exclusivamente dedicado à descrição de materiais gráficos, dentro do qual se

encontra inserida a fotografia, juntamente com as obras de arte.

Em 1999 surgiu o projecto intitulado SEPIA (Safeguard European Photographic

Collections), desenvolvido pela European Commission on Preservation and Access

(ECPA), sediada em Amesterdão, e financiado pela União Europeia. Este projecto,

vocacionado para a preservação e digitalização de colecções fotográficas, surgiu com o

objectivo principal de normalizar a descrição de fotografia no seio das instituições. A

ECPA realizou um inquérito a diversas instituições europeias de pendor cultural,

detentoras de colecções fotográficas – como arquivos, bibliotecas e museus – e pôde

averiguar a disparidade no que respeita à utilização de modelos descritivos. Verificou-se

então o uso de modelos não específicos para materiais fotográficos, como a ISAD (G), a

Norma Internacional de Descrição Bibliográfica (ISBD) e a AACR2 por parte de um

significativo número de instituições, bem como o uso de modelos descritivos

personalizados, desenhados pelas próprias instituições e, por fim, a utilização por parte

68

KLIJN, Edwin; LUSENET, Yola de – SEPIADES Cataloguing photographic collections. Amesterdão:

European Commission on Preservation and Access, 2004, p. 9, 13. 69

SCHWARTZ, Joan – Coming to Terms with Photographs: Descriptive Standards, Linguistic

“Othering,” and the Margins of Archivy. North America: Archivaria, 2002, p. 151.

Page 40: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

31

de uma minoria de modelos descritivos normalizados, desenvolvidos especificamente

para a fotografia a partir de normas nacionais ou internacionais70

.

Allen Benson, no seu artigo intitulado A Fotografia Arquivística e os seus Significados:

Formalismos para Modelação de Imagens, explora e analisa os principais sistemas

utilizados actualmente pelos arquivistas no processo de descrição de fotografias, bem

como as ferramentas utilizadas para a representação dessas mesmas descrições,

evidenciando a sua importância na atribuição de significado às fotografias.

O autor destaca um conjunto de regras e normas que, não sendo especificamente

desenhadas para materiais fotográficos, podem ser utilizadas na descrição de fotografias

ao nível da peça e ao nível da colecção: normas de estruturas de dados e normas de

conteúdo de dados71

. Dentro da família das normas de estruturas de dados faz referência

aos esquemas de metadados como um modelo para descrição de fotografias em

ambiente electrónico, nomeadamente: o Dublin Core vocacionado para a descrição de

objectos digitais (vídeo, imagem, texto); a norma VRA Core, uma iniciativa da

Associação de Recursos Visuais para a descrição de obras culturais visuais (pinturas,

esculturas, fotografias, etc.); a norma Categorias para a Descrição de Obras de Arte

(CDWA) que consiste num conjunto de categorias para a descrição de obras de arte e

imagens; a norma arquivística ISAD (G) e a norma ISBD, sendo que esta última é

geralmente utilizada no domínio da biblioteconomia e destina-se à descrição de recursos

bibliográficos, possibilitando a troca de registos ao nível internacional. No que respeita

às normas de conteúdo de dados, responsáveis pela sintaxe e pela forma como a

informação é apresentada, Benson destaca as seguintes normas: a AACR2, uma norma

para descrição de conteúdo desenvolvida em 1978 e a mais recente Descrição de

Acessos e Recursos (RDA), que tendo sido criada em 2009, vem substituir a anterior,

permitindo a descrição tanto de recursos analógicos como digitais; a Descrição de

Arquivos: Uma Norma de Conteúdo (DACS), oficialmente aprovada pela Sociedade de

Arquivistas Americanos (SAA), trata-se de um conjunto de regras para descrever

arquivos, documentos pessoais e colecções de manuscritos e pode ser aplicada a

70

KLIJN, Edwin; LUSENET, Yola de – SEPIADES Cataloguing photographic collections. Amesterdão:

European Commission on Preservation and Access, 2004, p. 13. 71

BENSON, Allen C. – The Archival Photograph and Its Meaning Formalisms for Modeling Images.

Journal of Archival Organization. [Em linha] Vol. 7, nº 4 (2009). Pp. 160-168. [Consult. 29 Jul. de 2012].

Disponível na Internet em: <URL: http://www.ontophoto.org/Articles/BensonJAO.pdf>.

Page 41: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

32

diversos tipos de materiais72

. O autor refere ainda a Catalogação de Objectos Culturais

(CCO), um conjunto de directrizes para descrever, catalogar e documentar obras de

natureza cultural, bem como as suas representações visuais, esta solução pode também

ser utilizada pelas instituições de arquivo para a descrição de fotografia.

Perante um vasto leque de possibilidades, cada instituição escolhe assim a sua matriz

para a descrição arquivística consoante o tipo de instituição em causa, a sua política de

arquivo e à luz das necessidades dos seus utilizadores.

Por fim, no caso específico de Portugal há que referir que é ainda parca a informação

relativa à normalização da descrição de fotografia nas instituições de arquivo, bem

como aos modelos descritivos adoptados pelas mesmas instituições. Porém, é possível

averiguar que somente em meados dos anos 2000 surgiram grupos de trabalho para

normalizar as descrições de documentação fotográfica, verificando-se até então uma

ausência de normalização. A Direcção-Geral de Arquivos e o Arquivo Fotográfico da

Câmara Municipal de Lisboa foram as instituições pioneiras na adaptação das normas

ISAD (G) à descrição de documentação fotográfica. Estas instituições empreenderam

também esforços no sentido de integrar a documentação fotográfica com a restante

documentação textual à sua guarda73

. O ano de 2007 ficou marcado pela publicação do

Guia de Fundos e Colecções Fotográficas 0774

, documento que reúne os principais

fundos e colecções de fotografia de Portugal.

II.4 – A questão da descrição normalizada da fotografia: das ODA ao SEPIADES

Não obstante o vasto número de regras e normativos disponíveis hoje, centremo-nos nas

Orientações para a Descrição Arquivística (ODA) e no SEPIADES, documentos a

partir dos quais foi desenvolvida a metodologia para a descrição arquivística da

documentação fotográfica, aplicada aquando do estágio e alvo de abordagem e reflexão

no presente relatório.

72

THE AMERICAN SOCIETY OF ARCHIVISTS – Describing Archives: A Content Standard (DACS).

[Em linha]. [Consult. a 7 Agost. 2012]. Disponível na Internet em:

<URL:http://www.archivists.org/governance/standards/dacs.asp>. 73

CASQUIÇO, Sónia – "A descrição de fotografia e a normalização". In 3.ª semana da fotografia da

Golegã. Golegã: s.n., 26 de Novembro de 2011, 26. 74

DIRECÇÃO-GERAL DE ARQUIVOS – Guia de fundos e colecções fotográficas 07. Lisboa: Centro

Português de Fotografia, 2007.

Page 42: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

33

Antes de mais importa referir que o alvo de análise do presente subcapítulo é a segunda

versão das ODA75

, uma vez que era a versão utilizada pela instituição de acolhimento

aquando da realização do estágio e a partir da qual foi desenvolvido o modelo de

descrição para a documentação fotográfica.

A segunda versão das ODA, completada em Agosto de 2007, apresenta-se como um

conjunto de orientações criadas a partir das normas internacionais ISAD (G) e ISAAR

(CPF)76

, desenvolvidas pelo Conselho Internacional de Arquivos (ICA). Esta ferramenta

de trabalho para a descrição arquivística assumiu como propósito central cooperar na

criação de descrições coerentes, consistentes e auto-explicativas da documentação, bem

como dos seus produtores e coleccionadores, promovendo a recuperação e partilha de

informação à escala nacional e internacional77

.

As ODA são orientações gerais, não normas. Cada serviço de arquivo estabelece a sua

própria política de descrição e assume a responsabilidade pelo teor e qualidade das

descrições que posteriormente disponibiliza ao utilizador, assim como a própria

consistência e coerência dessa mesma política adoptada por si de antemão.

Estas orientações são norteadas pelos mesmos princípios orientadores contemplados na

ISAD (G). Como tal, a descrição deverá ser feita à luz do respeito pelo princípio da

proveniência e da ordem original e deverá ser reflexo da própria organização

documental, a qual por sua vez é estruturada em diversos níveis hierárquicos. Cada

nível de descrição corresponde a um nível de organização. A descrição arquivística

pode ser realizada em qualquer fase da vida da documentação e aplica-se a toda a

documentação, independentemente do seu tipo de suporte e do seu produtor. À

semelhança das regras contempladas na ISAD (G), a descrição arquivística deve

obedecer à descrição multinível, devendo ser realizada do geral para o particular,

75

Faz-se aqui a ressalva para a terceira versão das ODA que à data da realização do estágio se encontrava

em fase de finalização. 76

Norma Internacional de Registo de Autoridade Arquivística para Entidades Colectivas, Pessoas e

Famílias, desenvolvida com o objectivo de facultar um conjunto de directrizes para a criação de registos

de autoridade arquivística. 77 Direcção-Geral de Arquivos. Programa de normalização da descrição em arquivo; grupo de trabalho de

normalização da descrição em arquivo – Orientações para a Descrição Arquivística. 2ªVersão. Lisboa:

DGQAR, 2007, p. 16.

Page 43: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

34

evitando a repetição de informação nos diversos níveis e estabelecendo relações de

sentido entre cada nível78

.

Este instrumento de trabalho, apesar de poder ser aplicado a documentos com diversos

suportes, não contém orientações próprias para documentos com formatos ou suportes

específicos, nomeadamente documentos fotográficos, no entanto, permite a sua

conjugação com normas específicas, desenhadas por organismos nacionais ou

internacionais79

. Assim, mediante a incompletude das ODA no que respeita à descrição

de materiais fotográficos, torna-se essencial o seu cruzamento com normativos

especificamente desenvolvidos para este propósito, como é o caso do SEPIADES.

O SEPIADES é um conjunto de recomendações especificamente desenvolvido para a

descrição de colecções fotográficas, baseado na experiência de um conjunto de

instituições europeias de cariz cultural. Tem como matriz conceptual a norma

internacional ISAD (G), pelo que segue os seus princípios teóricos.

Este modelo descritivo, à semelhança das ODA, permite realizar descrições multinível,

do geral para o particular. A sua estrutura hierárquica não apresenta um número fixo de

níveis, o que possibilita a inserção de níveis e subníveis consoante a necessidade da

instituição em causa80

. O SEPIADES contempla cinco níveis: instituição; aquisição;

colecção; grupo e peça (imagem visual e espécie física). Cada um destes níveis

encontra-se dividido em três subníveis: administração; proveniência e material. A

administração comporta campos onde é possível inserir informação básica referente à

organização e gestão da documentação fotográfica: dados de registo do documento;

código de referência; data de aquisição; localização; restrições de acesso; direitos de

autor, etc. A proveniência contempla informação sobre a origem e aquisição das

unidades de descrição, o seu produtor e história. O material inclui informação relativa às

características visuais e físicas da unidade de descrição em causa, o seu conteúdo e

quantidade, bem como os tipos de materiais.

78

Direcção-Geral de Arquivos. Programa de normalização da descrição em arquivo; grupo de trabalho de

normalização da descrição em arquivo – Orientações para a Descrição Arquivística. 2ªVersão. Lisboa:

DGQAR, 2007, p. 20. 79

Direcção-Geral de Arquivos… p.21. 80

SEPIADES: Advisory Report on Cataloguing Photographic Collections. Draft version 3.0, SEPIA

Working Group Descreptive Models for Photographic Collections. Amesterdam: European Commission

on Preservation and Access, 2003, p. 8.

Page 44: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

35

Não obstante o elevado grau de complexidade e pormenor do modelo de descrição

facultado pelo SEPIADES, o vasto número de elementos descritivos fornecidos não se

reveste de um carácter de obrigatoriedade, pelo que não deve ser entendido como rígido

e inflexível. Somente um conjunto de 21 elementos são apontados como centrais para a

descrição das colecções fotográficas81

. Cada instituição determina a quantidade de

elementos a adoptar, consoante o nível de detalhe pensado para a descrição de uma

determinada colecção fotográfica.

O SEPIADES fornece uma ferramenta de software desenhada pelo Instituto Holandês

para os Serviços de Informação Científica (NIWI), para implementar o seu modelo

descritivo. Este software desenvolvido em código de fonte aberta permite realizar

descrições multinível, conferindo assim às instituições que dele fizerem uso alguma

liberdade na escolha dos níveis hierárquicos das suas colecções, possibilita igualmente o

armazenamento e a troca de registos em formato XML – uma linguagem de marcação

que permite descrever dados de natureza diversa. Programado em Java e XML, a sua

integração com outras soluções de software para a descrição é relativamente simples e

flexível. Está capacitado para exportar elementos descritivos desenvolvidos de acordo

com o modelo SEPIADES para registos do Dublin Core, um conjunto de 15 elementos

de metadados que permite descrever diferentes tipos de materiais (inclusive fotografia),

promovendo assim a troca de registos em formato Dublin Core e, em última instância, a

interoperabilidade entre colecções de diferentes instituições. Esta ferramenta de

software possibilita ainda a pesquisa e recuperação da informação82

.

Em última análise, o SEPIADES revela-se um potencial instrumento de trabalho

aquando da descrição da documentação fotográfica, dada a especificidade do teor das

recomendações fornecidas. Um significativo número de elementos, desenvolvidos à luz

das necessidades particulares levantadas pela natureza da documentação fotográfica,

vem suprir as evidentes lacunas que normativos de pendor mais genérico, como a ISAD

(G) e as ODA, deixam a descoberto. O SEPIADES foi pensado de antemão como um

modelo para a descrição de fotografia, um documento com características bastante

específicas, porém este modelo prevê a sua integração com outros modelos descritivos.

81

KLIJN, Edwin; LUSENET, Yola de – SEPIADES Cataloguing photographic collections. Amesterdão:

European Commission on Preservation and Access, 2004, p. 36-37. 82

KLIJN, Edwin; LUSENET, Yola de… p. 28, 43.

Page 45: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

36

II.5 – Um aspecto fundamental: a preservação e conservação das espécies

fotográficas

Para que o carácter testemunhal e histórico da fotografia possa perdurar no tempo é

necessário que as instituições estejam consciencializadas no sentido de promoverem um

conjunto de acções, mais ou menos sofisticadas, ao nível da preservação e conservação

das espécies fotográficas – cujos suportes, como vimos anteriormente, são por natureza

frágeis e instáveis e, como tal, carecem de cuidados apropriados.

Antes de enveredarmos pela abordagem das diversas marcas de deterioração das

espécies fotográficas e dos factores que as desencadeiam e potenciam, bem como as

recomendações de âmbito genérico a aplicar ao material fotográfico, aconselhadas pelos

especialistas de preservação e conservação, importa esclarecer sobre alguns conceitos

basilares relativamente a esta área de actuação não menos importante do profissional de

arquivo.

II.5.1 – Definindo conceitos

A conservação é definida pela IFLA (Federação Internacional das Associações e

Instituições Bibliotecárias) como o conjunto de “práticas específicas tomadas para

retardar a deterioração e prolongar a vida de um objecto através da intervenção directa

na sua composição física e química.”83

Assim, as acções de conservação têm um cariz

essencialmente interventivo e são aplicadas sobre um determinado objecto, neste caso

sobre o material fotográfico, no intuito de promover a sua estabilidade a longo prazo,

assegurar a sua integridade e autenticidade e, lato sensu, assegurar a sua salvaguarda.

Segundo Luís Pavão, a conservação de fotografias abrange um “conjunto de acções que

visam assegurar a preservação e a boa utilização de uma colecção de fotografias. Estas

acções englobam a observação e identificação, a organização, a numeração, a instalação

em embalagens [adequadas às necessidades das espécies fotográficas], o controlo do

ambiente e o restauro.”84

Há que ter em conta que determinadas acções ao nível da

conservação das espécies fotográficas carecem de conhecimentos aprofundados e

83

ADCOCK, Edward P. (ed.); et al. – IFLA. Principles for the Care and Handling of Library Material.

[Em linha.] Paris / Washington DR: IFLA PAC / CLIR, 1998. P. 4. [Consult. a 30 Set. de 2012.]

Disponível na Internet em: <URL: http://archive.ifla.org/VI/4/news/pchlm.pdf>. 84

PAVÃO, Luís – Conservação de colecções de fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997, p. 343.

Page 46: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

37

altamente especializados que o profissional de arquivo por norma não possui, pelo que é

necessário delegar essas mesmas actividades aos profissionais da área da conservação85

.

A preservação é genericamente entendida como um conceito mais amplo, de acordo

com a IFLA “inclui todas as considerações administrativas e financeiras, incluindo

disposições de armazenamento e instalações, recursos humanos, políticas, técnicas e

métodos envolvidos na preservação de material de biblioteca e arquivo e a informação

nele contida.”86

De um modo geral, as acções de preservação são aplicadas de forma

indirecta e a longo prazo com o objectivo de inibir ou retardar os factores que estão por

trás da deterioração das espécies fotográficas. Assim, as acções de preservação passam

essencialmente pela permanente monotorização e controlo das condições ambientais

(temperatura e humidade relativa adequadas), o controlo do surgimento de pragas, os

cuidados ao nível no manuseamento das espécies e a utilização de embalagens de

acondicionamento com formatos e materiais apropriados às especificidades da

documentação fotográfica. Quando implementadas continuamente, as medidas de

preservação podem aumentar consideravelmente o tempo de vida das espécies

fotográficas. As acções de preservação e conservação devem ser planeadas e

implementadas de acordo com as capacidades de cada instituição ao nível dos recursos

financeiros e humanos.

II.5.2 – A heterogeneidade das colecções fotográficas: marcas de deterioração

Numa colecção fotográfica é bastante comum surgirem diversas espécies fotográficas

(negativos, provas ou diapositivos) em diferentes suportes, em variados formatos e

cores, produzidas em épocas diferentes87

. Esta heterogeneidade de materiais e processos

químicos e físico-químicos associados à produção da fotografia vai implicar a aplicação

de cuidados diferentes, adequados às particularidades de cada espécie, tentando assim

contornar ou colmatar as formas de deterioração que são próprias de cada uma delas.

A fotografia apresenta uma estrutura complexa, com bastantes especificidades. A sua

estrutura é composta por diversos elementos dispostos em camadas, cada um deles com

características particularidades que devem ser alvo de especial atenção aquando da

85

WALKER, Alison – Basic preservation. [Em linha.] [Londres]: British Library, Outubro de 2003; rev.

Dezembro de 2010. P. 8. [Consult. a 30 Agost. 2012]. Disponível na Internet em: <URL:

http://www.bl.uk/blpac/pdf/basic.pdf>. 86

ADCOCK, Edward P… P. 5. 87

PAVÃO, Luís – Conservação de colecções de fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997, p. 69.

Page 47: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

38

implementação das acções de preservação e conservação. A fotografia é constituída

pelos seguintes elementos: o suporte, como o papel, o vidro, o plástico e o metal; o

material formador da imagem, que pode ser prata, corante, pigmento, platina; o meio

ligante, composto por gelatina ou colódio, responsável por envolver o material que liga

a imagem ao suporte; as camadas protectoras, como a camada de barita, a camada de

polietileno e a gelatina, cujas funções são o aperfeiçoamento e protecção da espécie

fotográfica; o suporte secundário, como o cartão e o papel, que confere maior

estabilidade às espécies fotográficas88

.

Cada processo fotográfico exibe as suas próprias marcas de deterioração, na medida em

que cada um apresenta uma estrutura com características bastante peculiares e é

constituído por materiais diferentes. A esta panóplia de materiais, com maior ou menor

grau de robustez e estabilidade, é possível aplicar cuidados de conservação

desenvolvidos especificamente para cobrir necessidades. Dada a extensão de processos

fotográficos existentes desde o surgimento público da fotografia com o daguerreótipo

em 1839 até aos dias de hoje, bem como a multiplicidade de materiais utilizados para a

obtenção da fotografia, não terá aqui lugar aqui uma análise detalhada de cada um dos

processos e dos seus elementos constituintes. São apresentadas, de um modo geral, as

formas de deterioração e as causas que as desencadeiam, bem como os principais

cuidados a serem adoptados por parte das instituições detentoras de documentação

fotográfica. Porém, há que ter em conta que, para uma instituição elaborar um plano de

preservação eficaz, é fundamental que os responsáveis pelos materiais fotográficos

saibam identificar devidamente todos os processos fotográficos presentes num

determinado acervo, com os objectivos de antecipar e prevenir as suas formas de

deterioração.

As principais formas de deterioração que afectam no geral as espécies fotográficas,

segundo Luís Pavão, são o desvanecimento e a perda de pormenor da imagem, a

formação de espelho de prata, o amarelecimento da imagem, o amarelecimento geral,

(inclusive do próprio suporte), a alteração do equilíbrio da cor, bem como a fragilidade

dos suportes plásticos como o acetato de celulose e o nitrato de celulose89

. Passemos

então a explicar algumas destas formas de deterioração.

88

PAVÃO, Luís – Conservação de colecções de fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997, p. 70-71. 89

PAVÃO, Luís… p. 74-76.

Page 48: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

39

O desvanecimento é caracterizado pela diminuição de espessura da imagem e resulta

na perda de contraste e pormenor, ocorre tanto em provas a preto e branco como em

provas a cores (desvanecimento dos corantes), pode afectar a imagem parcialmente ou

na sua totalidade. A perda de pormenor ocorre com o aceleramento do processo de

desvanecimento da imagem, por norma surge inicialmente nas tonalidades mais claras.

O avançar deste processo de deterioração resulta no desaparecimento de detalhes da

imagem como rendas do vestuário ou contornos faceais. O espelho de prata ocorre nos

negativos ou provas a preto e branco devido à separação da prata dos filamentos,

formando uma camada de chumbo sobre a superfície da imagem. O amarelecimento

pode ocorrer apenas na imagem das provas a preto e branco e das provas a cor, sendo

que as suas margens podem não sofrer qualquer alteração. Por norma surge nas zonas

mais claras da imagem, onde esta apresenta maior vulnerabilidade, mas com o

aceleramento da deterioração tem tendência a afectar também as zonas escuras, o que

dificulta a percepção da cor original da imagem. O amarelecimento geral afecta o

meio ligante (albumina e gelatina) e os suportes de papel e plástico (nitrato e acetado de

celulose), sendo uma forma de deterioração bastante comum nas provas de albumina e

nas provas cromogéneas. A alteração do equilíbrio da cor ocorre nas provas a cor e

nos diapositivos a cor, neste processo de deterioração o equilíbrio cromático da imagem

é posto em causa devido à deterioração de um dos três corantes (ciano, magenta e

amarelo), forma-se então uma cor predominante na imagem que, com o aceleramento da

deterioração, adquire tonalidades cada vez mais desfasadas do original.

II.5.3 – Os factores de deterioração

Na acepção de Joan Boadas, as formas de deterioração podem ser classificadas em dois

grupos: deterioração mecânica e deterioração química90

, podendo acrescentar-se ainda a

deterioração biológica. A deterioração mecânica ou física está relacionada com a

inadequada ou excessiva manipulação das espécies fotográficas, a forma de transporte

incorrecta – tanto da sala de depósito para a sala de leitura, como para o exterior da

instituição – e o acondicionamento em embalagens cujos materiais e formatos não são

apropriados. É comum esta forma de deterioração manifestar-se, por exemplo, em

processos fotográficos com suporte em vidro, que se apresentam quebrados ou

rachados. A deterioração química pode ter origem no próprio processamento de

90

BOADAS, Joan; CASELLAS, Lluís-Esteve; Suquet; M. Àngeles – Manual para la gestión de fondos y

colecciones fotográficas. Girona: CCG Ediciones, 2001, p. 317-318.

Page 49: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

40

obtenção da imagem (o que põe em causa a estabilidade dos materiais devido a

deficiências ao nível da lavagem e fixação), pode igualmente resultar de condições de

conservação insuficientes e valores de temperatura e humidade relativa desadequados.

A deterioração biológica pode ser causada pelo surgimento de pragas, fungos ou

animais roedores, está relacionada, por exemplo, com a formação de bolores ou suportes

como o cartão e o papel roídos.

Bertrand Lavédrine91

sublinha que a deterioração física e a deterioração biológica

ocorrem com frequência de forma repentina e, como tal, os danos provocados são, por

norma, imediatamente visíveis, já a deterioração química é caracterizada como sendo

um processo lento, com uma progressão irreversível, a sua manifestação não é de

imediato visível a olho nu. O autor alerta que quando a deterioração é visível, significa

que os danos adquiriram contornos gravosos, aos quais é difícil dar resposta e aponta

como exemplos o desvanecimento dos corantes nas provas a cor e a deterioração dos

suportes em película, como os negativos em nitrato de celulose e acetato, nos quais é

comum o surgimento de bolhas e o encurvamento do suporte. Assim, é aconselhado o

permanente controlo e acompanhamento do estado do material fotográfico, colmatando

a deterioração em curso e apontando na prevenção dos problemas que irão causar a

deterioração no futuro.

Normand Charbonneau e Mario Robert92

apontam duas categorias de factores

responsáveis pelo desencadear das formas de deterioração enunciadas anteriormente: os

factores internos e os factores externos. Os factores internos estão relacionados com a

natureza dos próprios materiais constituintes das espécies fotográficas, sendo comum o

surgimento de resíduos provenientes de procedimentos químicos do desenvolvimento,

fixação ou lavagem da imagem. Estes factores geralmente potenciam o efeito dos

factores externos. Os factores externos estão relacionados com as condições

ambientais, nomeadamente a temperatura, a taxa de humidade relativa (HR), a

exposição à luz e a qualidade do ar, que poderá ser afectada pela presença de gazes

poluentes, responsáveis pelo despoletar de reacções químicas.

91

LÁVEDRINE, Bertrand – A Guide to the Preventive Conservation of Photograph Collections. Los

Angeles: Getty Conservation Institute, 2003, p. 3, 6. 92

CHARBONNEAU, Normand; ROBERT, Mario – La Gestion des Archives Photographiques.Canadá:

Presses de L’Université du Québec, 2003, p. 177-181.

Page 50: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

41

II.5.4 – Directrizes para traçar um plano de preservação

É dever das instituições detentoras de materiais fotográficos zelar pelo seu bom estado

físico, promovendo um conjunto de cuidados ao nível da preservação e conservação.

Somente através da implementação destes cuidados de forma permanente, é possível

alcançar o fim último que é a salvaguarda da documentação fotográfica e com ela a

protecção da dimensão informativa e cultural que acumula consigo. Passemos então a

expor algumas medidas preventivas que deverão constar de um plano de preservação a

adoptar por parte das instituições. Estas medidas, podendo não erradicar na totalidade os

factores de deterioração, poderão certamente minimizá-los.

No que respeita às soluções de armazenamento das espécies fotográficas há que

considerar um conjunto de cuidados básicos. A sala de depósito, que deve ser usada

exclusivamente para depósito das espécies fotográficas, deve manter uma condição

ambiental estável e adequada às necessidades da documentação que alberga.

A temperatura e a taxa de humidade relativa são factores de extrema importância no

que respeita ao tempo de vida das fotografias, podendo ser responsáveis pelo seu

prolongamento quando os valores são adequados. Há que ter em conta que os valores

aconselhados poderão variar consoante os processos fotográficos em causa. Porém, as

boas práticas recomendam que, no geral, estes valores devem manter-se o mais baixos

possível, evitando flutuações. De acordo com a IFLA93

os valores recomendados são os

seguintes:

Provas e negativos a preto e branco: o valor de temperatura deve manter-se abaixo dos

18ºC e a humidade relativa deve rondar os 30 – 40%.

Os processos fotográficos a cor: devem ser armazenados num ambiente frio,

idealmente abaixo dos 2ºC e a humidade relativa deve rondar os 30 – 40 %.

Diferentes processos fotográficos constituídos por diversos materiais: a humidade

relativa deve rondar os 35 – 40 %.

93

ADCOCK, Edward P. (ed.); et al. – IFLA. Principles for the Care and Handling of Library Material.

[Em linha.] Paris / Washington DR: IFLA PAC / CLIR, 1998. P. 67-68. [Consult. a 30 Set. de 2012.]

Disponível na Internet em: <URL: http://archive.ifla.org/VI/4/news/pchlm.pdf>.

Page 51: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

42

Estes valores devem ser entendidos como razoáveis. Os valores ideais de temperatura e

humidade relativa deverão ser mais baixos, podendo oscilar consoante os autores94

.

Há que considerar ainda um outro aspecto que se prende com a importância das salas de

depósito possuírem aparelhos que registem os valores de temperatura e humidade

relativa. Existe uma variada gama deste tipo de instrumentos de medição, entre os quais

o termohigrómetro, o termohigrófago, o psicómetro e os higrómetros. Estes

instrumentos auxiliam na monotorização dos valores de temperatura e humidade

relativa, prevenindo quanto a eventuais flutuações destes valores.

A qualidade do ar é um factor fundamental a ter em conta. A poluição do ar e as

poeiras provenientes do exterior incidem de forma directa nas espécies fotográficas

causando abrasão e potenciando os processos de deterioração em curso. Assim, a

purificação de gases oxidantes (peróxidos, dióxido de azoto, ozono, etc.) e a filtração

das partículas poluentes presentes no ar são essenciais. São aconselhados sistemas de

ventilação e aparelhos de ar condicionado com filtros anti-poeiras. Os filtros

aconselhados são os filtros de carvão activado e os vaporizadores de água. As janelas e

portas devem estar devidamente isoladas para proteger a entrada de poeiras e os

armários a utilizar devem ser metálicos e ter portas95

.

Um outro cuidado fundamental a ter em conta está relacionado com a exposição à luz.

A luz pode ser nefasta para as espécies fotográficas e os danos causados podem ser

cumulativos e irreversíveis. O material fotográfico deve ser protegido das radiações

ultravioletas, presentes em elevada quantidade na luz solar e nas lâmpadas

fluorescentes. Assim, é aconselhável que as salas de depósito e leitura não tenham

janelas, se as tiverem deverão manter-se fechadas ou deverão ser usados filtros

ultravioletas. As lâmpadas fluorescentes presentes em ambas as salas devem ser de

baixa radiação ultravioleta ou possuírem filtros que absorvam esta radiação96

.

A prevenção do surgimento de parasitas é uma medida crucial. O surgimento destes

agentes biológicos está relacionado com os valores de temperatura e humidade relativa

elevados, especialmente propícios ao surgimento de fungos e insectos. Os parasitas –

94

Em anexo são apresentados os valores de temperatura e humidade relativa aconselhados por Bertrand

Lavédrine para cada processo fotográfico. Estes valores parecem-nos os mais indicados a adoptar pelas

instituições detentoras de documentação fotográfica (Cf. Anexo I). 95

PAVÃO, Luís – Conservação de colecções de fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997, p 214-218. 96

VALLE GASTAMINZA, Félix del – Manual de Documentación Fotográfica. Madrid: Editorial

Síntesis, 1999, p. 76.

Page 52: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

43

como os peixes de prata, baratas, térmitas, piolhos do livro, traças e roedores – são

causadores de danos muitas vezes irreversíveis, chegando a provocar o desaparecimento

total das espécies fotográficas, uma vez que se alimentam dos materiais que as

constituem. Alguns cuidados básicos devem ser tomados no sentido de inibir ou travar a

sua acção, como a constante manutenção da sala de depósito, o controlo da temperatura

e humidade relativa através do uso de aparelhos como o desumidificador e o ar

condicionado. As espécies fotográficas afectadas pelos agentes biológicos deverão ser

afastadas das restantes espécies em bom estado, evitando assim o alastramento de

qualquer tipo de infestação.

No que respeita ao manuseamento das espécies fotográficas, este deve ser feito apenas

pelos funcionários conhecedores das suas fragilidades e a consulta pública deverá ser

realizada sob vigilância dos elementos da instituição. A utilização de luvas de algodão

aquando do tratamento ou consulta das espécies fotográficas é uma medida essencial. A

sua utilização evita as marcas de impressões digitais ou outros danos na superfície da

imagem. As espécies deverão ser manuseadas com as duas mãos e pelas suas margens,

evitando tocar na imagem. É também de evitar a utilização de clipes, agrafos ou outros

materiais metálicos, bem como as fitas adesivas.

O acondicionamento é um outro aspecto que deve ser alvo de especial atenção. A

correcta escolha de embalagens de acondicionamento é fundamental para a preservação

das espécies fotográficas. Note-se que as embalagens estarão em contacto directo com

as espécies, podendo ter o efeito de potenciar ou retardar a sua deterioração, consoante

as características que apresentam. Assim, a escolha do seu material e formato são

determinantes, devendo adaptar-se às especificidades da espécie que nele será

acondicionada. Cada um dos materiais por norma utilizados (papel, cartão ou plástico)

apresenta vantagens e inconvenientes. O papel e o cartão a utilizar deverão ser de alta

qualidade, de trapo ou pasta de madeira purificada, deverão apresentar um pH neutro ou

ligeiramente alcalino, não devendo conter lenhina ou corantes, nem qualquer tipo de

colas ácidas. O plástico, uma solução por norma mais dispendiosa, apresenta a grande

vantagem face às mencionadas soluções de permitir a consulta das espécies sem que

seja necessário removê-las das embalagens. Os plásticos mais aconselhados são o

polietileno, o polipropileno e o poliéster, uma vez que não contêm aditivos prejudiciais

Page 53: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

44

às espécies fotográficas e são quimicamente estáveis, ao contrário do PVC (cloreto de

polivinil), que deverá ser evitado97

.

Em última instância, há que considerar um aspecto de grande peso que se prende com o

desenvolvimento de um plano de emergência e resgate, no intuito de salvaguardar o

material fotográfico, por exemplo em situações de catástrofe como incêndios e

inundações. A intenção destes planos é a de actuar sem margens de dúvida ou hesitação

perante um incidente de pequena ou grande escala, estabelecendo conjuntos de

prioridades e medidas para a protecção do material em causa. A este propósito, há que

ter em conta que existe todo um conjunto de materiais que deverão ser colocados nas

salas de depósito, a fim de travar a origem dos danos e minimizar o seu impacto, como

alarmes contra incêndio, extintores, mangas de incêndio, etc.98

As medidas apresentadas estão longe de esgotar a extensa lista de medidas preventivas

possíveis de adoptar, que poderão exigir um investimento mais ou menos avultado ao

nível de recursos financeiros e humanos das instituições.

Em suma, a preservação do material fotográfico é um dever das instituições. O plano de

preservação deverá ser pensado à luz das necessidades globais de toda a documentação

fotográfica, uma vez que se torna difícil traçar especificamente um plano para cada uma

das espécies fotográficas presentes num acervo. As medidas de preservação estão,

grosso modo, ao alcance de todas as pessoas que possam estar em contacto com a

documentação fotográfica, tantos os profissionais de conservação, como os profissionais

de arquivo e até mesmo os próprios utilizadores, cabendo a cada um o dever de

contribuir para a sua salvaguarda.

97

PAVÃO, Luís - "Conservação de fotografia - o essencial". In LEÃO, Eridan; BAROKI, Sandra (ed.) –

Cadernos técnicos de conservação fotográfica. [Em linha.] 3 (2004). Pp. 9-10. [Consult. a 02 Set. 2012.]

Disponível na Internet em:

<URL:http://api.ning.com/files/IDn9pWmXcpu3fjkjtrJtLL5Df8f9cl6eRMkMuom5MQFCqxVBINOnvgj

29GQd55YMFA13KPcDjVZu--R03RvI0Uc6wvtOoFgz/cad3_funarte.pdf>. 98

MUSTARDO, Peter; KENNEDY, Nora – Preservação de fotografias: métodos básicos para

salvaguardar suas colecções. [Em linha.] Rio de Janeiro: Projecto de Conservação Preventiva em

Bibliotecas e Arquivos, 2001. P. 17. [Consult. a 02 Set. 2012]. Disponível na Internet em:

<URL:http://www.abracor.com.br/novosite/txt_tecnicos/CPBA/CPBA%2039%20Fotografias.pdf>.

Page 54: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

45

Capítulo III – O objecto de estudo: a documentação fotográfica do Fundo Dom

António Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa – Tratamento arquivístico

Antes de mergulharmos nas várias dimensões que envolveram o tratamento do objecto

de estudo em análise, importa empreender um esforço no sentido de compreender a

génese da documentação fotográfica, os contextos da criação e os produtores que

estiveram por detrás do processo.

III.1 – História Biográfica de Dom António Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de

Lisboa

António Ribeiro, filho de José Ribeiro e Ana Gonçalves, nasceu a 21 de Maio de 1928

em São Clemente, freguesia de Celorico de Basto.

Estudou no seminário de Braga e a 5 de Julho de 1953, com 25 anos de idade, foi

ordenado presbítero na arquidiocese da mesma cidade. Nesse mesmo ano rumou até

Roma onde permaneceu até ao ano de 1959. Na cidade italiana, ingressou na Faculdade

de Teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana.

A sua estadia em Roma proporcionou-lhe a oportunidade de conviver com diferentes

membros do Colégio Português de Roma, fomentando assim laços de amizade com

clérigos como Manuel Lourenço, António Marcelino, Serafim da Silva e Maurílio

Gouveia, figuras que, mais tarde, iriam acompanhar o seu percurso no seio da Igreja

Católica Portuguesa.

Durante o período em que cursou Teologia, expandiu os seus horizontes culturais

através das viagens realizadas pela Europa, da aprendizagem de novas línguas e das

variadas leituras, sendo de destacar o seu interesse pelas correntes de pensamento

tomista e neotomista, bem como pela sermonística do Padre António Vieira99

.

No ano de 1958 foi-lhe atribuído o cargo de assistente nacional da Liga Universitária

Católica (LUC).

A 9 de Março de 1959 concluiu os estudos em Roma com a defesa da tese de

doutoramento intitulada A Doutrina do Evo em São Tomás de Aquino: ensaio sobre a

duração da alma separada. Regressa então a Portugal e assume, em simultâneo, o

99

FERREIRA, António Matos - D. António Ribeiro. In AZEVEDO, Carlos A. Moreira; SALDANHA,

Sandra; OLIVEIRA, António; coord. - Os Patriarcas de Lisboa. Lisboa: Alethêia Editores e Centro

Cultural do Patriarcado de Lisboa, 2009, p. 164.

Page 55: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

46

exercício dos cargos de assistente diocesano da Acção Católica em Braga e de vigário

geral da arquidiocese da mesma cidade, mantendo também um contacto frequente com

o ambiente eclesiástico da diocese de Lisboa.

A década de 60 foi essencialmente marcada pela sua presença nos meios de

Comunicação Social, através dos programas de pendor religioso na RTP, intitulados

Encruzilhadas da Vida (1961-1964) e Dia do Senhor (1964-1967)100

. Também nesta

década inicia o seu percurso enquanto docente no meio académico. No ano-lectivo de

1965-1966 leccionou as cadeiras de Filosofia Social, Filosofia Moral e Psicologia

Social no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de

Lisboa, instituição onde permaneceu até 1967. Paralelamente a esta actividade,

desempenhou o cargo de director do Instituto de Cultura Superior Católica entre

Setembro de 1965 e Julho de 1967, no qual leccionou ainda as cadeiras de Introdução à

Teologia, Metodologia das Ciências Sociais e Doutrina Social da Igreja.

A 3 de Julho de 1967 António Ribeiro foi eleito bispo titular de Tigilava e auxiliar do

arcebispo de Braga e dois meses mais tarde, a 17 de Setembro do mesmo ano, realizou-

se então a cerimónia de ordenação episcopal na Sé de Braga, sob presidência do

cardeal-patriarca Dom Manuel Gonçalves Cerejeira. No ano de 1968, acumulou duas

outras funções: a de presidente da Comissão Episcopal dos Meios de Comunicação

Social e a de secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, funções que

desempenhou até 1971.

No ano de 1969, por decreto da Sagrada Congregação dos Bispos (datado de 6 de Junho

do mesmo ano), o papa Paulo VI determinou a transferência de Dom António Ribeiro –

até então bispo auxiliar do arcebispado de Braga – para o cargo de bispo auxiliar do

Patriarcado de Lisboa, cabendo-lhe também a responsabilidade pelo Apostolado dos

Leigos em Portugal. No mesmo ano assumiu ainda a missão de assistente geral da Junta

Central da Acção Católica Portuguesa.

O ano de 1971 ficou marcado pela sucessão do título de patriarca101

da pessoa de Dom

Manuel Gonçalves Cerejeira para Dom António Ribeiro. Assim, a 13 de Maio do

100

FERREIRA, António Matos - D. António Ribeiro. In AZEVEDO, Carlos A. Moreira; SALDANHA,

Sandra; OLIVEIRA, António; coord. - Os Patriarcas de Lisboa. Lisboa: Alethêia Editores e Centro

Cultural do Patriarcado de Lisboa, 2009, p. 165.

Page 56: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

47

mesmo ano, a diocese de Lisboa acolhia o seu 15º patriarca. Cerca de dois anos mais

tarde, no Consistório de 5 de Março de 1973, é proclamado cardeal102

com o título de

Santo António in Urbe pelo papa Paulo VI.

Recebe o título honorífico de patriarca num período durante o qual a diocese de Lisboa

vivia sob uma atmosfera de alguma conturbação, fazendo-se sentir um desagrado geral

por parte do clero diocesano e da sociedade civil, bem como um clima de tensão entre a

Igreja Católica e o regime político ditatorial em vigor.

Dom António Ribeiro é considerado o cardeal de transição do regime político ditatorial

do Estado Novo para o regime político democrático. Os primeiros anos do seu

pontificado foram marcados por algum mal-estar no seio da própria diocese e o 25 de

Abril veio trazer uma série de novos desafios. Apesar das resistências e obstáculos

encontrados, o novo patriarca de Lisboa soube conduzir a Igreja diocesana e portuguesa

num contexto social, político e cultural pautado pela mudança. Perante os dissídios do

pós-25 de Abril, adoptou uma postura de uma certa neutralidade e isenção política e

ideológica103

.

Ao exercício do significativo leque de funções e cargos desempenhados até então,

acresce ainda o exercício do cargo de presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

por duas vezes, entre os períodos de 1975 a 1981 e 1987 a 1993. Também no ano de

1981 foi agregado à Comissão Pontifícia de revisão do Código de Direito Canónico. A

12 de Fevereiro de 1983 tornou-se membro da Sagrada Congregação da Educação

Católica, tendo sido reconduzido por mais cinco anos. No ano de 1984 integra ainda a

101

“Patriarcas do Ocidente: São títulos que não conferem nenhum poder de jurisdição (a menos que

conste de privilégio apostólico ou costume aprovado), mas conferem precedência sobre os primazes,

arcebispos e bispos, logo a seguir aos cardeais. Actualmente têm os títulos de Patriarca os arcebispos de

Veneza (desde 1451), de Lisboa (desde 1716) e de Goa (desde 1886).” In BEJA, Bispo Emérito (Manuel

Franco Falcão) – Enciclopédia Católica Popular. Lisboa: Paulinas, 2004. P. 377. 102

“Cardeais: Com uma história ligada ao clero de Roma que já vem de longe (séc. V), hoje os Cardeais

da Santa Igreja Romana, reunidos em conclave, elegem o Papa e o assistem no governo da Igreja, quer

reunidos em consistório quer individualmente à frente dos dicastérios romanos. O Sacro Colégio ou

Colégio Cardinalício tem-se internacionalizado progressivamente e o número dos seus membros tem

aumentado. (…) Ao Papa pertence exclusivamente a sua escolha. Distribuem-se por três ordens

(episcopal, presbiteral e diaconal), embora, desde João XXIII, todos recebam o episcopado. Os que

desempenham ofícios na Cúria Romana são convidados a pedir resignação aos 75 anos, e todos deixam de

ter voz activa no conclave aos 80.” In BEJA, Bispo Emérito (Manuel Franco Falcão) – Enciclopédia

Católica Popular. Lisboa: Paulinas, 2004. P. 69. 103

PATRIARCADO DE LISBOA – Os Cardeais Portugueses. [Em linha.] [Lisboa]: Patriarcado de

Lisboa, 2011. [Consul. a 20 Jun. 2012.] Disponível na Internet: <URL: http://www.patriarcado-

lisboa.pt/site/index.php?cont_=40&tem=161>.

Page 57: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

48

Comissão Pontifícia das Comunicações Sociais e a Sagrada Congregação do Clero. Em

Novembro de 1989 é eleito sócio da Academia de Ciências de Lisboa pela classe de

Letras.

O seu pontificado, lato sensu, ficou marcado pelos seguintes aspectos: a aposta numa

reunificação e fortalecimento da classe presbíteral; a reforma dos seminários; a

consciencialização dos leigos para o seu contributo na acção pastoral da Igreja Católica

portuguesa; o fomento do sector da pastoral juvenil e o apoio à acção social, através da

caridade104

.

O 15.º cardeal-patriarca português faleceu em Lisboa a 24 de Março de 1998, na clínica

de Santo António, na Reboleira, vítima de uma doença prolongada. Os seus restos

mortais encontram-se no panteão dos patriarcas, localizado no Mosteiro de São Vicente

de Fora.

III. 2 – História custodial e arquivística

A documentação fotográfica, juntamente com a restante documentação do fundo Dom

António Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa, encontrou-se à guarda de Dom

António Ribeiro até 1998 no Gabinete do Patriarca, na antiga casa patriarcal, localizada

no Campo dos Mártires da Pátria, em Lisboa.

Com a morte do produtor, a 24 de Março de 1998, e com a posterior mudança de

instalações do Gabinete do Patriarca, a 23 de Novembro de 1998, a documentação foi

transferida para o Mosteiro de São Vicente de Fora, onde passaram a funcionar também

os departamentos e serviços da Cúria Patriarcal de Lisboa, na qual se insere o serviço de

arquivo.

Actualmente, a documentação fotográfica é custodiada pelo serviço de Arquivo

Histórico e Biblioteca do Centro Cultural do Patriarcado de Lisboa. A restante

documentação do fundo está à guarda do vice-chanceler da cúria diocesana de Lisboa.

III. 3 – Contexto de produção da documentação fotográfica

O contexto de produção, alvo de abordagem por diversas vezes ao longo do capítulo II,

assume uma importância vital. Descortinar as razões que estiveram por detrás da

104

FERREIRA, António Matos - D. António Ribeiro. In AZEVEDO, Carlos A. Moreira; SALDANHA,

Sandra; OLIVEIRA, António; coord. - Os Patriarcas de Lisboa. Lisboa: Alethêia Editores e Centro

Cultural do Patriarcado de Lisboa, 2009, p. 177.

Page 58: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

49

criação da documentação fotográfica, revelou-se um importante veículo para

compreender a natureza da sua origem e o significado plasmado nas imagens. A

compreensão do contexto de produção apresentou-se como uma ferramenta de grande

utilidade aquando da descrição arquivística, uma vez que forneceu elementos essenciais

relativos ao âmbito em que a documentação foi produzida, à natureza do evento que terá

desencadeado a sua produção, as coordenadas espácio-temporais e os seus produtores.

Note-se que, no que respeita ao universo particular da documentação fotográfica, é

bastante comum a perda de informação inerente ao seu contexto de produção, o que se

deve essencialmente à marginalização por longos períodos de tempo desta

documentação por parte das instituições, contribuindo inevitavelmente para a perda de

vínculos com a entidade produtora ou, neste caso, com os seus produtores.

O contexto de produção que aqui é referido diz apenas respeito à documentação

fotográfica do fundo Dom António Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa105

, alvo de

tratamento arquivístico e objecto de estudo do presente relatório. À data da realização

do estágio, a documentação textual encontrava-se à guarda do vice-chanceler da cúria

diocesana de Lisboa, pelo que não terá sido alvo de intervenção, nem foi possibilitada a

sua consulta. É de realçar também que no momento do ingresso da documentação

fotográfica no AHPL não foi elaborado qualquer relatório sobre o seu conteúdo e forma

de organização original. Esta ausência da restante documentação textual do fundo

constituiu num entrave à compreensão do contexto de produção da documentação

fotográfica, sendo necessário enveredar por caminhos alternativos.

Inicialmente foi feita uma observação geral de toda a documentação fotográfica. Esta

observação permitiu recolher alguma informação básica contida no exterior dos

envelopes, onde inicialmente se encontravam as fotografias avulsas, nas inscrições e

diversos recortes colados nas páginas dos álbuns e através das legendas no verso de

algumas fotografias avulsas. Os documentos textuais inseridos nos álbuns (programas

de festas, cartões de agradecimento, dedicatórias e discursos) e junto às fotografias

avulsas forneceram também importantes pistas para a compreensão do contexto de

produção da documentação fotográfica. Foram igualmente utilizadas algumas das

105

Por uma questão meramente prática, daqui em diante passaremos a designar o fundo em causa como:

fundo PAT15 (Patriarca 15.º), acrónimo adoptado no código de referência.

Page 59: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

50

fontes106

que serviram de sustentáculo à descrição arquivística da documentação

fotográfica, nomeadamente a informação recolhida a partir dos periódicos, a informação

proveniente de fonte oral e a evidência das próprias imagens.

Com base na informação recolhida foi possível concluir que a documentação fotográfica

do fundo PAT15 foi produzida por vários produtores no decorrer de diversos eventos de

pendor essencialmente religioso, em torno da figura do cardeal-patriarca Dom António

Ribeiro. De um modo geral, esses eventos consistiram em visitas pastorais, cerimónias

de ordenação e sagração episcopais, cerimónias de inauguração e bênção de

monumentos religiosos, celebrações eucarísticas e festas religiosas, como romarias.

Há que ressalvar um aspecto importante, as diversas entidades produtoras identificadas

nem sempre correspondem ao tipo de produtor mais comum no que respeita à

documentação fotográfica: fotógrafo ou casa/estúdio fotográfico. Identificam-se

também pessoas colectivas (paróquias, institutos e associações religiosas, grupos de

escuteiros, etc.) e pessoas singulares (bispos, párocos, presidentes de juntas de

freguesia, associações, etc.) responsáveis pela produção, organização e doação da

documentação fotográfica, nomeadamente dos álbuns.

III. 4 – Identificação e organização da documentação fotográfica

Um primeiro olhar sobre o objecto de estudo proposto para tratamento arquivístico

permitiu identificar a seguinte documentação: 23 álbuns de fotografias; 1 porta-retratos;

1 pasta; 1 dossier; 1 caixa com 712 fotografias avulsas (grande parte inseridas em

envelopes) e 12 documentos textuais, sendo que 9 deles se encontravam inseridos nos

álbuns, no dossier e na pasta e 3 deles junto às fotografias avulsas (Cf. Apêndice I).

Verificaram-se os seguintes processos fotográficos: provas a preto e branco

(constituídas por gelatina e sais de prata) em papel de revelação baritado e em papel de

revelação plastificado; provas cromogéneas (constituídas por corantes) em papel de

revelação baritado e em papel de revelação plastificado (Cf. Apêndice II). Não foram

encontrados negativos.

No que respeita à organização da documentação fotográfica, há que ter em conta que os

álbuns, a pasta, o dossier e o porta-retratos – que se encontravam inicialmente num

106

As fontes usadas para a descrição serão alvo de uma abordagem mais detalhada no subcapítulo

intitulado Fontes de informação para a descrição arquivística.

Page 60: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

51

armário no gabinete do Dr. Ricardo Aniceto – não seguiam qualquer critério de

ordenação cronológica, temática ou alfabética. As fotografias avulsas estavam inseridas

numa caixa de acondicionamento de cartão acid-free, sendo que uma parte significativa

delas se encontrava em envelopes e a restante estava amontoada na caixa.

No caso dos álbuns, da pasta, do dossier e do porta-retratos com as respectivas provas

fotográficas, não apresentavam um critério de ordenação cronológica, numérica,

temática ou alfabética, encontravam-se sim reunidos em função de uma característica

comum: o seu suporte – o que é bastante usual nas colecções. Após uma análise

detalhada do âmbito e conteúdo das provas fotográficas foi atribuída uma ordenação

cronológica aos álbuns, à pasta, ao dossier e ao porta-retratos.

Quanto à documentação fotográfica avulsa que se encontrava na caixa de

acondicionamento, verificaram-se duas situações distintas. Uma parte considerável das

provas fotográficas encontrava-se dispersa e não seguia nenhum critério de ordenação

cronológica, numérica, temática ou alfabética, à semelhança da ordenação inicial dos

álbuns. Por outro lado, verificou-se a existência de conjuntos de provas fotográficas,

inicialmente agrupadas em envelopes, alusivas ao mesmo evento e com a mesma data

de captura.

No caso da documentação fotográfica dispersa, após a realização de um estudo do seu

âmbito e conteúdo e da análise da informação inscrita no verso das provas, adoptou-se

um sistema de organização cronológico e, na ausência de informação sobre a data de

captura, a opção recaiu no critério temático. Quanto à documentação fotográfica reunida

por conjuntos em envelopes, após uma análise do seu âmbito e conteúdo verificou-se

que os conjuntos retratavam o mesmo evento e terão sido capturados no mesmo período

temporal. Estes conjuntos, aos quais foi atribuída a designação de reportagens

fotográficas, obedeciam a um critério cronológico e temático que foi mantido.

III. 5 – Descrição arquivística

Foram várias as etapas percorridas para chegar a um produto final: o catálogo. Este

Instrumento de Descrição Documental foi criado com os propósitos de possibilitar um

maior controlo intelectual sobre a documentação fotográfica do fundo PAT15, conferir

um maior grau de visibilidade, potenciando o seu acesso aos utilizadores do AHPL e,

simultaneamente contribuir para a diminuição do manuseamento da documentação.

Page 61: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

52

III. 5.1 – Fontes de informação para a descrição arquivística

A recolha de dados apresentou-se como uma etapa fundamental no processo de

tratamento arquivístico. A informação recolhida a partir de diversas fontes contribuiu

decisivamente para a compreensão do contexto de produção da documentação, servindo

também como um importante sustentáculo para a descrição arquivística, nomeadamente

no preenchimento de campos descritivos como a história biográfica, o âmbito e

conteúdo e a localização geográfica.

As fontes bibliográficas utilizadas passaram pelas seguintes publicações periódicas de

pendor religioso: Novidades, Voz da Verdade e Vida Católica. A leitura de biografias

sobre o cardeal-patriarca Dom António Ribeiro foi uma fonte bastante útil, assim como

o material bibliográfico relacionado com a história da instituição de acolhimento.

Uma outra fonte de informação de substancial relevo foi a fonte oral que, apesar do seu

carácter eminentemente subjectivo, forneceu pistas essenciais para a identificação de

elementos de uma parte significativa da documentação fotográfica. O cónego João

Rocha – fâmulo de Dom António Ribeiro entre 1971 e 1973 – facultou importantes

elementos informativos através de uma entrevista informal, permitindo identificar

eventos, pessoas, locais e datas. As informações prestadas pelo Dr. Ricardo Aniceto e

por voluntários do AHPL – alguns deles membros ou com ligações a movimentos

católicos – revelaram-se um significativo contributo.

O recurso à web revestiu-se também de alguma importância. A consulta de websites de

instituições religiosas nacionais e internacionais, assim como o website do Instituto de

Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU)107

, permitiram recolher informação relevante,

nomeadamente para a identificação de locais e monumentos religiosos, por exemplo.

Por fim, a própria documentação fotográfica consistiu numa fonte informativa

imprescindível. Segundo Félix Gastaminza a espécie fotográfica em si mesma é a

principal fonte de informação para a descrição arquivística, a par das etiquetas ou

legendas que acompanham as espécies e as suas unidades de acondicionamento, como

107

Para mais detalhes relativos a esta fonte de informação, consultar o website da instituição:

http://www.monumentos.pt/ [consult. a: 05-09-2012].

Page 62: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

53

os contentores ou pastas, as quais poderão transportar consigo elementos

informativos108

.

A evidência das próprias imagens, nomeadamente a presença de detalhes como a cor

dos paramentos dos bispos ou párocos, o vestuário das pessoas retratadas, os

automóveis, os edifícios e os monumentos forneceram pistas importantes que

permitiram não só datar a documentação fotográfica, mas também identificar e

compreender o seu conteúdo. As inscrições manuscritas e os carimbos no verso das

provas fotográficas permitiram identificar essencialmente os produtores e as datas. As

inscrições manuscritas no exterior dos envelopes foram igualmente relevantes.

Os álbuns revelaram-se importantes repositórios de informação para a descrição

arquivística. As legendas escritas e coladas nas suas páginas e os documentos textuais

associados, como os cartões de agradecimento, dedicatórias, programas de festas,

discursos e recortes de jornal, facultaram elementos informativos fundamentais. Na

acepção de Félix Gastaminza, a legenda assume um papel vital, uma vez que “nomeia o

que a imagem não pode mostrar: os lugares, o tempo e as pessoas”109

, porém o teor da

sua informação deve ser analisado criticamente, sob pena de estarmos perante

informação dúbia.

III. 5.2 – Estruturação das unidades arquivísticas para uma descrição multinível

A estruturação dos níveis de descrição assume contornos bastante particulares. Esta foi

desenvolvida à luz da estrutura adoptada de antemão pelo AHPL aquando da descrição

do fundo Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, 14.º cardeal-patriarca de Lisboa, com

excepções que passaremos a explicar.

O fundo de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira possui também documentação

fotográfica, pelo que as opções tomadas durante o tratamento arquivístico deste fundo

serviram como exemplo paradigmático e fio condutor em diferentes etapas do

tratamento da documentação fotográfica do fundo PAT15.

Não deixamos de reconhecer que a ausência da documentação textual do fundo PAT15

resultou num acentuado handicap no momento da estruturação das unidades

108 VALLE GASTAMINZA, Félix del – Manual de Documentación Fotográfica. Madrid: Editorial

Síntesis, 1999, p. 96. 109

VALLE GASTAMINZA, Félix del… p. 116.

Page 63: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

54

arquivísticas e no próprio processo de descrição multinível. Neste sentido, há que

ressalvar um aspecto importante que se prende com a eventual necessidade de uma

posterior reestruturação das unidades arquivísticas, quando o restante volume

documental do fundo PAT15 for alvo de tratamento.

A estruturação das unidades arquivísticas do fundo PAT15 destoou da estruturação do

fundo de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira num aspecto, que se prende com a não

aplicação de um nível de descrição: o nível do subfundo.110

Note-se que, no caso do

fundo PAT15, a ausência da restante documentação impossibilitou o exercício de

classificação do fundo. Deste modo, foi atribuída a seguinte estrutura hierárquica (ainda

que provisória) ao fundo PAT15:

Fundo: Contém informação registada de forma genérica sobre o fundo PAT15, sendo

que o enfoque é dado apenas à documentação fotográfica, resultando numa descrição

incompleta ao nível do fundo. O produtor do fundo (Dom António Ribeiro) não é o

produtor da documentação descrita nos níveis abaixo. Assim, a história biográfica

apresentada ao nível do fundo não corresponde à história biográfica dos produtores da

documentação fotográfica.

Secção Z: A nomenclatura foi adoptada no fundo de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira

para a secção que abarca a documentação fotográfica do fundo. Foi atribuída

intencionalmente a última letra do alfabeto, uma vez que com o posterior tratamento da

restante documentação do fundo está prevista a criação de novas secções. Inclui

informação registada de forma sumária sobre as duas colecções de fotografia do fundo,

nomeadamente o seu âmbito e conteúdo e o seu sistema de organização.

Colecção 01 - Álbuns: A nomenclatura foi adoptada anteriormente no fundo de Dom

Manuel Gonçalves Cerejeira. Estamos perante uma colecção ao nível da série. Esta

colecção inclui não apenas álbuns, mas também uma pasta, um dossier e um porta-

retratos. Contendo um total de 873 provas fotográficas capturadas entre 1936 e 1996,

alusivas a diversos momentos da vida pastoral e da vida privada de Dom António

Ribeiro, decorridos, na sua maioria, em Portugal. Apresenta diversos produtores, cujas

histórias biográficas são desconhecidas.

110

O fundo do 14.º cardeal-patriarca de Lisboa foi dividido em quatro subfundos, cada um relativo a

quatro áreas funcionais distintas do prelado: Universidade de Coimbra; Arcebispado de Mitilene e

Vigário Capitular do Patriarcado de Lisboa; Secretaria Particular (subfundo que abarca a maior parte da

documentação, inclusive a documentação fotográfica) e o período enquanto Patriarca Resignatário.

Page 64: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

55

Colecção 02 - Fotografias avulsas: Esta nomenclatura foi também adoptada no fundo

de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira. À semelhança da colecção anterior, esta é uma

colecção ao nível da série. Tal como a designação atribuída indica, inclui provas

fotográficas avulsas, perfazendo um total de 712 provas, alusivas ao período entre 1960

e 1998. Os eventos retratados dizem respeito a temáticas idênticas aos da colecção 01. A

história biográfica dos produtores da documentação fotográfica é também desconhecida.

Documentos compostos: Presentes em ambas as colecções, sendo que a colecção 01

contém 26 documentos compostos e a colecção 02 29 documentos compostos. Tratam-

se essencialmente de reportagens fotográficas, ou seja conjuntos de provas fotográficas

fruto do mesmo contexto de produção, alusivas ao mesmo evento, capturadas no mesmo

período temporal e, geralmente, no mesmo local.

Documentos simples: Encontram-se ao mesmo nível dos documentos compostos, uma

vez que não dependem hierarquicamente destes. Estão presentes na colecção 02 que

contém um total de 7 documentos simples. Consistem essencialmente em retratos

individuais de Dom António Ribeiro ou fotografias de grupo.

As colecções apresentam particularidades que devem ser abordadas. Tratam-se de

colecções ao nível da série, concepção que surge contemplada nas ODA111

. Estamos

perante documentação reunida artificialmente, em função de uma característica comum

(neste caso a tipologia documental), independentemente da sua proveniência112

. No caso

das colecções do fundo PAT15 é evidente a heterogeneidade no que respeita à

proveniência, verificando-se vários produtores e diferentes contextos de produção.

A definição do nível da unidade de descrição, segundo Joan Boadas, reveste-se de

grande importância, só assim é possível definir, planificar e realizar a descrição

arquivística com sucesso113

. A estruturação intelectual da documentação permitiu

identificar os níveis hierárquicos existentes e, por conseguinte, o tipo de Instrumento de

Descrição Documental a desenvolver: o catálogo. Mediante a estrutura apresentada, foi

111

Direcção-Geral de Arquivos. Programa de normalização da descrição em arquivo; grupo de trabalho

de normalização da descrição em arquivo – Orientações para a Descrição Arquivística. 2ªVersão. Lisboa:

DGQAR, 2007, p.56. 112

ALVES, Ivone [et al.] – Dicionário de terminologia arquivística. Lisboa: Instituto da Biblioteca

Nacional e do Livro, 1993, p. 22. 113

BOADAS, Joan; CASELLAS, Lluís-Esteve; Suquet; M. Àngeles – Manual para la gestión de fondos

y colecciones fotográficas. Girona: CCG Ediciones, 2001, p. 174.

Page 65: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

56

adoptada uma descrição multinível que abrange as diversas unidades arquivísticas:

fundo, secção, colecção (ao nível da série), documento composto e documento simples.

Figura 2 – Estrutura do fundo Dom António Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa.

III. 5.3 – Definição de campos descritivos por nível de descrição

Antes de avançarmos importa frisar alguns aspectos essenciais relativos à política de

descrição da instituição de acolhimento, a partir dos quais as opções tomadas e adiante

explanadas se sustentaram. A actividade de descrição documental do AHPL é

desenvolvida a partir das ODA, um conjunto de orientações baseadas na norma

arquivística ISAD (G), que apresentam um carácter flexível, podendo ser ajustadas às

necessidades de cada realidade institucional. A estrutura arquivística adoptada pelo

AHPL não é estanque, o número de campos utilizados varia consoante as necessidades

da documentação a tratar ou da natureza do seu suporte informativo, que poderá exigir

um maior ou menor grau de exaustividade.

Por cada nível de descrição foram adoptados conjuntos de elementos descritivos com

base nas ODA. No nível hierárquico superior, o nível do fundo, foram utilizados todos

os campos de preenchimento obrigatório, excepto o campo “instrumentos de descrição”,

uma vez que à data da realização do estágio não existiam quaisquer ferramentas desta

natureza. Foram ainda usados campos não obrigatórios, de forma facultar mais

Fundo Dom António Ribeiro,

15º cardeal patriarca de

Lisboa

Secção Z - Fotografia

Colecção 01 - Álbuns Colecção 02 – Fotografias avulsas

Documento composto Documento composto Documento simples

Page 66: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

57

informação para uma melhor compreensão e contextualização da unidade arquivística,

como a história biográfica, as condições de acesso, as condições de reprodução, o

idioma/escrita, as características físicas e requisitos técnicos, as notas etc. (Cf. Apêndice

III).

No que respeita à secção de fotografia, este nível herdou informação registada em

alguns campos descritivos do nível superior, respeitando assim o princípio da não

repetição da informação, preconizado pela ISAD (G). Foram utilizados todos os campos

obrigatórios ao nível da secção patentes nas ODA, tendo sido acrescentados os

seguintes campos não obrigatórios: nome do produtor (uma vez que difere do produtor

do nível superior); âmbito e conteúdo; sistema de organização (apresenta maior detalhe

relativamente ao nível do fundo); idioma/escrita; nota de publicação; nota do arquivista;

regras ou convenções e data da descrição (Cf. Apêndice IV).

O nível da colecção herdou elementos informativos do nível hierárquico superior.

Foram utilizados os campos obrigatórios das ODA para o nível da série (uma vez que

estamos perante colecções ao nível da série). Ao conjunto de campos obrigatórios

acrescentaram-se ainda os seguintes campos descritivos em ambas as colecções: nome

do produtor; âmbito e conteúdo (apresenta informação específica sobre o âmbito e

conteúdo de cada colecção); idioma/escrita e data da descrição (Cf. Apêndice V).

III. 5.4 – Proposta do modelo de descrição para a documentação fotográfica

No que respeita aos níveis hierárquicos mais baixos, o nível do documento composto e

do documento simples, surgiu a necessidade de desenvolver um conjunto de campos

descritivos específicos, baseado nas ODA e inspirados no modelo SEPIADES, o que se

deveu às características particulares da documentação fotográfica.

A estrutura descritiva adoptada pelo AHPL aquando da descrição da documentação

fotográfica do fundo de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira revelou-se insuficiente para

colmatar as necessidades levantadas pela natureza desta documentação, nomeadamente

no que respeita às suas características físicas e ao contexto de produção. Perante a

exiguidade deste cenário descritivo, surgiu a necessidade de traçar um modelo de

descrição cujos contornos se adaptassem às especificidades da fotografia, contribuindo

assim no sentido de fornecer uma ferramenta eficaz, capaz de suprir as lacunas

evidenciadas pela mencionada estrutura descritiva (Cf. Apêndice VI).

Page 67: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

58

A instituição de acolhimento mostrou-se receptiva à sugestão de novos campos

descritivos para a documentação fotográfica do fundo PAT15, o que proporcionou

alguma flexibilidade no processo de criação de um modelo de descrição cujos elementos

descritivos passamos a enunciar114

.

Título: Formal, quando diz respeito ao nome oficial que se encontra expresso nas

provas fotográfica. Surge entre aspas. Atribuído, na ausência de título ou quando o

título atribuído não se adequa ou está incompleto. Surge entre parênteses rectos.

Justificação: Ao nível do documento simples e composto o título é um dos elementos

de pesquisa primordiais para o utilizador, pois facultando a informação de forma

concisa permite identificar e distinguir uma determinada imagem, ou conjunto de

imagens, no catálogo115

. Aquando da atribuição do título foi feito um esforço de

normalização, através da adopção de estruturas sintáticas padronizadas.

Data: Diz respeito às datas extremas de captura da documentação fotográfica.

Justificação: No que respeita à fotografia o elemento da data apresenta algumas

particularidades. Este elemento, de acordo com o SEPIADES, pode ser alusivo à data de

captura da imagem, à data da sua revelação ou à data da sua exposição, pelo que se

torna necessário especificar.

Processo fotográfico: Contém informações sobre o tipo de suporte (metal, papel,

plástico); cor da imagem (monocromático ou preto e branco, policromático ou cor);

polaridade (negativo, positivo).

Justificação: Desenvolvido a partir do SEPIADES, o preenchimento deste campo é

vital no caso da documentação fotográfica. A identificação do processo fotográfico pode

fornecer pistas para datar a imagem. É através da sua identificação que se determinam

quais os materiais a adoptar aquando do acondicionamento das espécies fotográficas.

Formato: Determina o formato das provas fotográficas de acordo com o sistema

métrico centesimal (cm), contemplando a altura x a largura. Este elemento descritivo é

fundamental, pois determina o formato a adoptar para as embalagens de

acondicionamento.

114

Para além dos campos descritivos sugeridos, são apresentados os campos cuja informação registada

diverge dos níveis superiores, como são exemplos o “título” e o “âmbito e conteúdo”. 115

ZINKHAM, Helena – Description and Cataloguing. In RITZENTHALER, Mary Lynn; O’Connor,

Diane – Photographs: archival care and management. Chicago: The Society of American Archivists,

2006, p. 172.

Page 68: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

59

Tipo de unidade de instalação: Especifica a unidade de instalação em causa (álbum,

pasta, etc.) e informa sobre a constituição do seu suporte (plástico, metal, veludo, etc.).

Dimensão da unidade de instalação: Determina o formato da unidade de instalação

em causa de acordo com o sistema métrico centesimal (cm), contemplando a altura x a

largura x a espessura da lombada.

Nome do produtor: Indica o nome da pessoa singular ou colectiva responsável pela

produção, acumulação ou organização da documentação fotográfica.

Função do produtor: Contém informação sobre o tipo de função da pessoa singular ou

colectiva responsável pela criação do documento fotográfico.

Justificação: O produtor a documentação fotográfica apresenta particularidades, pelo

que a criação de um campo específico para registar informação sobre a sua função se

revela essencial. No caso da documentação fotográfica do fundo PAT15 o produtor

desempenha diferentes funções em relação à documentação em causa, entre estas: o

autor da fotografia (fotógrafo ou casa/estúdio fotográfico), quem oferece e organiza os

álbuns (presidentes de juntas de freguesia e associações; bispos; párocos). Este campo

foi criado a partir do SEPIADES.

Âmbito e conteúdo: Trata-se de uma narrativa sumária do conteúdo visual da imagem.

Neste campo procurou-se responder às seguintes questões: o quê? (evento retratado);

quem? (pessoas ou objectos presentes na imagem); como? (acções e pormenores do

objecto retratado).

Justificação: À semelhança do “título”, optou-se pela utilização de estruturas sintáticas

padronizadas com o objectivo de normalizar as descrições deste campo, promovendo

assim a recuperação da informação com um maior grau de eficácia.

Localização geográfica: Informa sobre a freguesia, o concelho, o distrito e o país onde

a fotografia foi capturada.

Justificação: No caso da documentação fotográfica o local onde o evento retratado

decorreu é um elemento importante. É um ponto de acesso normalizado com potencial

interesse para o utilizador do AHPL. As informações registadas neste campo poderão

vir a ser utilizadas posteriormente na construção de um tesauro. Este campo foi

Page 69: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

60

desenvolvido a partir das orientações para a construção de pontos de acesso

normalizados de entidades geográficas, presentes nas ODA116

.

Características físicas e requisitos técnicos da unidade de instalação e das provas

fotográficas: São campos distintos que contêm informação relativa ao estado de

conservação da unidade de instalação e das provas fotográficas, registada

separadamente. São identificadas as diversas marcas de deterioração dos suportes. A

informação foi registada em ambos os campos de acordo com uma estrutura sintática

padronizada.

Notas: Informa sobre os carimbos e inscrições existentes no verso das provas

fotográficas, sobre as inscrições nas páginas dos álbuns, bem como os documentos

textuais associados. Podemos ainda encontrar a data de oferta dos álbuns que difere da

data de captura.

A descrição multinível realizada a partir do modelo descritivo anteriormente explanado

resultou num produto final: o catálogo da documentação fotográfica do fundo Dom

António Ribeiro, 15º cardeal-patriarca de Lisboa, presente no Apêndice VII para

consulta manual.

III. 6– Higienização da documentação fotográfica

A documentação fotográfica não tinha sido alvo de higienização até ao momento da

realização do estágio, pelo que se revelou imprescindível desenvolver um conjunto de

acções neste sentido. Há que ressalvar que, de um modo geral, as espécies fotográficas e

as unidades de instalação (álbuns, dossier, pasta e porta-retratos) se encontravam num

estado de conservação razoável.

Foi levada a cabo uma limpeza mecânica das espécies fotográficas bem como das

unidades de instalação, tendo sempre em vista o respeito pela integridade física dos

materiais em causa. A higienização foi feita com recurso aos seguintes materiais: bata

de algodão, papel mata-borrão, cartão de conservação, pêra de soprar, luvas de algodão,

espátula metálica, pincel Soie de porc n.º 10, algodão, cotonetes, lápis, smoke sponge,

borracha Staedtler branca e borracha Rub Gum (Cf. Apêndice VIII).

116 Direcção-Geral de Arquivos. Programa de normalização da descrição em arquivo; grupo de trabalho

de normalização da descrição em arquivo – Orientações para a Descrição Arquivística. 2ªVersão. Lisboa:

DGQAR, 2007, p.241,247.

Page 70: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

61

Note-se que estamos perante dois universos – provas fotográficas e unidades de

instalação – com características físicas específicas e, como tal, com necessidades ao

nível dos cuidados de preservação e conservação também elas bastante particulares.

Os conhecimentos elementares ao nível da conservação de fotografia permitiram

identificar as seguintes marcas de deterioração nas provas fotográficas e nas unidades de

instalação do fundo PAT15:

Principais marcas de

deterioração nas

unidades de

instalação

Possíveis causas

Principais marcas de

deterioração nas

provas fotográficas

Possíveis causas

Manchas de sujidade

e amarelecimento na

encadernação e nas

páginas dos álbuns.

Exposição ao pó;

manuseamento

incorrecto;

humidade relativa

elevada.

Manchas de sujidade

e amarelecimento no

verso das provas.

Exposição ao pó;

manuseamento

incorrecto; uso

de cola no verso;

humidade

relativa elevada.

Presença de foxing

(pequenas manchas

castanhas dispersas no

papel de suporte) nas

páginas de cartão e

páginas de papel

glassine.

Humidade relativa

elevada; materiais

constituintes do

papel.

Presença de foxing. Humidade

relativa elevada;

materiais

constituintes do

papel.

Desmembramento das

páginas dos álbuns e

deterioração das

argolas da

encadernação.

Manuseamento

incorrecto ou

excessivo.

Cantos deteriorados,

vincos e rasgões no

verso do papel de

suporte.

Manuseamento

incorrecto ou

excessivo.

Resíduos de cartão

colado na

encadernação.

Ausência de

embalagens de

acondicionamento;

temperatura e

humidade relativa

elevadas.

Amarelecimento da

imagem.

Humidade

relativa elevada;

deficiências no

processamento

(lavagem

insuficiente).

Aderência das

capilhas de um álbum

às provas fotográficas.

Temperatura e

humidade relativa

elevada.

Desvanecimento da

imagem.

Temperatura e

humidade

relativa elevadas;

excessiva

exposição à luz.

Manchas incolores. Deficiências no

processo de

aplicação do

esmalte.

Ondulação do papel

de suporte.

Flutuações de

humidade

relativa.

Page 71: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

62

Tabela 1 – Principais marcas de deterioração e as suas possíveis causas117

O conjunto de acções de higienização levadas a cabo passou essencialmente pela

remoção de poeiras e sujidades incrustadas na encadernação dos álbuns, com recurso ao

pincel Soie de porc, ao algodão, aos cotonetes e à smoke sponge – um material de

limpeza neutro, que não emite resíduos nem liberta compostos. As páginas dos álbuns

foram higienizadas com recurso ao referido pincel. As poeiras presentes na imagem

foram removidas através da pêra de sopro, uma vez que a utilização do pincel poder-se-

ia revelar abrasiva, provocando riscos na emulsão118

. A remoção de cola ressequida do

verso das provas fotográficas foi feita com a borracha Staedtler, uma borracha que não é

abrasiva nem liberta resíduos quimicamente nefastos para as provas. Os restos de cartão

que se encontravam colados na encadernação de alguns dos álbuns foram parcialmente

removidos através da utilização de uma espátula de metal.

No caso de um dos álbuns foi necessário remover as provas fotográficas das capilhas de

plástico onde se encontravam, uma vez que estas exalavam um odor ácido e

manifestavam ondulação, apresentando assim risco de total aderência das provas ao

plástico. As provas foram transferidas para um novo álbum que se encontrava livre,

montadas sobre as páginas de cartão e fixadas com cantos transparentes autocolantes.

Aquando do processo de transferência das provas para o novo álbum foi respeitado o

princípio da ordem original, colocando-se as provas pela sua sequência inicial119

.

Esta higienização mecânica, realizada de forma elementar e superficial, visou contribuir

para a estabilização e prolongamento da vida das espécies fotográficas. Porém, está

longe de ser o procedimento ideal a adoptar por parte do AHPL. Uma intervenção ideal

das espécies fotográficas e respectivas unidades de instalação exigia todo um conjunto

de procedimentos, realizados atempadamente e com recurso a tratamentos específicos

para as necessidades de cada tipo de material presente na colecção 01 (papel, plástico,

veludo, metal).

Por fim, há que ter ainda em conta que as boas práticas ao nível da conservação

recomendam a realização prévia de uma avaliação/diagnóstico do estado da documentação

117

PAVÃO, Luís – Conservação de colecções de fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997, p. 155, 158. 118

Termo técnico utilizado para designar o meio ligante juntamente com o material formador da imagem. 119

O álbum original não continha legendas nem assinaturas inscritas nas páginas, o que facilitou o

processo de transferência. Continha apenas uma inscrição na capa que foi cortada com recurso a x-ato e

fixada na primeira página do novo álbum com cantos transparentes autocolantes.

Page 72: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

63

fotográfica, antes de realizar qualquer intervenção. Para tal deveria proceder-se à

identificação de aspectos como processos de degradação em activo, registando estas

informações em fichas com campos criados especificamente para este propósito120. Com

base nos problemas encontrados, definir-se-ia uma metodologia própria para intervir sobre

as necessidades de preservação e conservação ou restauro que cada espécie fotográfica ou

unidade de instalação apresenta.

III.7 – Acondicionamento da documentação fotográfica

As condições de acondicionamento adequadas podem contribuir de forma decisiva para

a estabilidade dos materiais fotográficos, bem como para o prolongamento do seu tempo

de vida. Perante um cenário de escassez de recursos financeiros com que o AHPL se

depara as soluções de acondicionamento adoptadas foram intermédias.

As embalagens de acondicionamento são uma importante barreira de protecção contra

as agressões exteriores. É essencial que reúnam os requisitos de conservação básicos

(quimicamente estáveis, não devendo libertar gazes oxidantes, por exemplo), pois

estarão em contacto directo com as espécies fotográficas por longos períodos de tempo.

No que respeita às soluções de acondicionamento adoptadas relativamente aos álbuns,

ao dossier, à pasta e ao porta-retratos optou-se por revestir o exterior de cada uma das

referidas unidades de instalação com papel permanente Canson de 120 g – um papel

com barreira alcalina e sem ácido, com tratamento anti-fúngico – o qual foi envolvido

com uma fita de nastro (Cf. Apêndice IX). No canto superior direito da embalagem

foram aplicadas etiquetas em papel autocolante com os seguintes campos: código de

referência; título; datas extremas; dimensão e suporte; âmbito e conteúdo. A cota (que

corresponde ao código de referência) foi aplicada na lombada das embalagens. As

embalagens foram colocadas verticalmente num armário metálico (Cf. Apêndice X).

A solução adoptada não é a mais aconselhável para os álbuns. As boas práticas

recomendam o seu acondicionamento individual em caixas de conservação, com um

posicionamento horizontal, uma vez que a posição vertical vai exercer pressão sobre a

estrutura da encadernação, contribuindo para a sua deformação a longo prazo121

. Há que

frisar ainda um aspecto que se prende com a acessibilidade, a solução de

120

PAVÃO, Luís – Conservação de colecções de fotografia. Lisboa: Dinalivro, 1997, p. 308-309. 121

RITZENTHALER, Mary Lynn – Preservation. In RITZENTHALER, Mary Lynn; O’Connor, Diane –

Photographs: archival care and management. Chicago: The Society of American Archivists, 2006, p.

247-248.

Page 73: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

64

acondicionamento adoptada não é a mais adequada em termos de acesso à

documentação fotográfica, sendo que as caixas de conservação se revelam uma opção

mais viável e ajustada às necessidades de consulta.

No que respeita às provas fotográficas avulsas estas foram removidas dos envelopes

onde inicialmente se encontravam, uma vez que a sua composição em contacto com as

provas poder-se-ia revelar nefasto a longo-prazo. Foram acondicionadas em envelopes

de cartão acid-free de 330g, com quatro abas em cruz, sem qualquer tipo de cola,

adaptados ao formato e espessura das provas122

(Cf. Apêndice IX). Foram usadas folhas

de papel barreira Canson de 80g, 100% algodão, sem ácido, com reserva alcalina, para

intercalar as provas fotográficas, uma vez que em contacto directo os elementos que as

compõem podem desencadear reacções químicas prejudiciais à sua estabilidade. À

semelhança da solução adoptada com os álbuns, foram aplicadas etiquetas em papel

autocolante no exterior dos envelopes para facilitar a sua identificação. Os envelopes

foram colocados num armário metálico, dentro de separadores de cartão na posição

vertical, excepto o envelope de maior formato que foi colocado horizontalmente, no

intuito de lhe conferir maior estabilidade física (Cf. Apêndice X).

No que respeita ao espaço destinado ao depósito – à semelhança do que sucedeu com a

fotografia do fundo de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira – a documentação fotográfica

foi colocada na sala onde está alojado o serviço de biblioteca, servindo simultaneamente

como sala de consulta. Trata-se de uma sala desprovida de sistema de ventilação e de

sistema de ar condicionado, possuindo apenas um aparelho de controlo da humidade: o

desumidificador por refrigeração, o qual funcionando isoladamente aumenta a

temperatura, uma vez que liberta calor. A mesma sala não possui qualquer mecanismo

de detecção ou combate a incêndios, como sistemas de alarme ou extintores. Uma vez

mais, a ausência destes instrumentos de monotorização e controlo ambiental, essenciais

à preservação do material fotográfico, prende-se com as restrições ao nível dos recursos

financeiros sentidas por parte do AHPL.

Quanto aos valores de temperatura e humidade relativa (HR) da sala de depósito,

medidos através do termohigrómetro, registaram os 24ºC de temperatura e os 50% de

HR123

. Números que ficam muito aquém dos valores ideais recomendados para a

122 Trata-se de um cartão de celulose branqueada, desenvolvido especificamente para materiais gráficos,

não tem cloro nem lignina na sua composição. O valor do seu pH é de 7.5 – 9.5. 123

Os valores apresentados foram registados em Agosto de 2012.

Page 74: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

65

documentação fotográfica. De acordo com Bertrand Lavédrine os valores aconselhados

para as provas a preto e branco de gelatina e prata, em suporte de papel seriam os

seguintes: 18ºC de temperatura máxima e uma taxa de HR entre os 30 a 50%. Para as

provas cromogéneas em suporte de papel, o mesmo autor recomenda um máximo de

2ºC e uma taxa de HR entre os 30 a 40% (Cf. Anexo I). Há que ter em conta que este

desajuste relativamente aos valores de temperatura e HR terão inevitavelmente um

impacto negativo sobre o material fotográfico custodiado, contribuindo para o

aceleramento dos processos de deterioração em curso.

III. 8 – Comunicação e difusão da documentação fotográfica

III. 8.1 – Definição do perfil dos utilizadores do AHPL

Desenvolver um conjunto de estratégias para a comunicação e difusão da documentação

fotográfica sem no entanto conhecer o perfil dos utilizadores do AHPL revelar-se-ia

uma lacuna.

O estudo do utilizador assume grande importância, na medida em que permite adequar

com maior grau de eficácia e eficiência os serviços e produtos às suas reais

necessidades. De acordo com André Lucas, este estudo é “uma investigação feita para

identificar e caracterizar os interesses, as necessidades e os hábitos de uso de

informação dos usuários reais ou potenciais de um sistema de informação.”124

Não

obstante o reconhecimento da sua importância no seio da comunidade arquivística, os

estudos que incidem sobre os utilizadores dos serviços de arquivos são parcos, sendo

ainda mais escassos quando entramos no domínio dos arquivos fotográficos125

.

O estudo do perfil dos utilizadores do AHPL foi uma das primeiras actividades levadas

a cabo aquando do tratamento da documentação fotográfica do fundo PAT15, no intuito

de aproximar o modelo proposto para a descrição da documentação fotográfica a

eventuais necessidades de pesquisa dos diversos utilizadores. Na realidade, o estudo

desenvolvido revelou-se pouco frutuoso, uma vez que não foi possível apurar

necessidades de informação de natureza iconográfica, verificando-se a inexistência de

registos de utilizadores cujo objecto de pesquisa recaísse sobre a fotografia. 124

LUCAS, André – Estudo de usuário como estratégia para gestão da informação e do conhecimento:

um estudo de caso. [Em linha.] [Consult. a 15 de Set. de 2012] Disponível na Internet em:

<URL: http://revista.acbsc.org.br/index.php/racb/article/view/521/658>. 125

CHARBONNEAU, Normand; ROBERT, Mario – La Gestion des Archives Photographiques.Canadá:

Presses de L’Université du Québec, 2003, p. 221-222.

Page 75: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

66

A metodologia adoptada para a realização do estudo dos utilizadores do AHPL consistiu

na consulta das fichas de identificação dos utilizadores e num ficheiro em Excel, onde

se encontram registadas algumas das requisições efectuadas pelos utilizadores através

de correio electrónico ou por contacto telefónico126

. As fichas de identificação,

facultadas aos utilizadores aquando da primeira visita ao AHPL, contêm os seguintes

campos: nome, profissão, telefone e morada. À informação de natureza pessoal

registada nestes campos são ainda acrescentadas as áreas de interesse dos utilizadores.

No sentido de aprofundar os conhecimentos sobre o perfil dos utilizadores foi feita uma

entrevista informal à responsável pelo serviço de referência, a qual permitiu apurar a

existência de dois tipos de utilizadores: o utilizador interno e externo. No que respeita

ao utilizador interno, trata-se de funcionários de vários serviços do Patriarcado de

Lisboa, cujas necessidades de consulta passam essencialmente pelos processos de

casamento. O perfil do utilizador externo é bastante heterogéneo, verificando-se a

existência de diferentes tipos de utilizadores. Existe um grupo de utilizadores que

procura o serviço de arquivo em tempos de lazer, como genealogistas ou historiadores

amadores, no intuito de realizar estudos sobre história local, por exemplo. De acordo

com a categorização apresentada por Mundet, é ainda possível verificar dois grupos de

utilizadores do AHPL: os estudantes e os investigadores científicos127

. Passemos então a

enunciar as profissões mais comuns e os temas de pesquisa mais frequentes,

relativamente aos utilizadores externos ao longo do tempo.

Utilizadores externos - profissões

mais comuns

Lista de temas de pesquisa mais

frequentes

Estudante do ensino superior

(licenciatura, mestrado, doutoramento)

Professor do ensino secundário e

superior

Historiador

Historiador de Arte

Arquivista

Jornalista

Biografias de padres e bispos de Portugal

Ordens religiosas e congregações

Estudo de igrejas, capelas e ermidas ao

nível da arquitectura e iconografia

Festas religiosas

Visitas de João Paulo II a Portugal

Estudo da população numa perspectiva

sociológica e demográfica

126

Note-se que numa fase inicial as requisições eram feitas formalmente, mediante o preenchimento de

fichas de requisição. Porém, devido à escassez de tempo por parte da Dra. Teresa Ponces, responsável

pelo serviço de referência, os pedidos realizados por e-mail e por contacto telefónico passaram a ser

registados de forma informal numa agenda, sendo posteriormente transferidos para um ficheiro em Excel. 127

MUNDET, José Ramon Cruz – Manual de Archivística. Madrid: Fundación Germán Sanchez Rui

Pérez, 2001, p. 367-368.

Page 76: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

67

Arquitecto

Pintor

Técnico de conservação e restauro

Conservação e reabilitação de interiores

de igrejas

Tabela 2 – Utilizadores externos do AHPL.

Há que ter em conta que os dados apresentados na tabela 2 não são de natureza

estanque, têm tendência a sofrer alterações ao longo do tempo, na medida em que as

necessidades informacionais dos utilizadores são igualmente mutáveis, à luz da sua

profissão, da época e do contexto em que inserem, resultando daí a necessidade de se

realizarem estudos sobre o utilizador com alguma periodicidade128

.

Por fim, importa indagar o porquê de a documentação fotográfica não ser alvo de

requisição e objecto de pesquisa por parte dos utilizadores do AHPL. Será a fotografia

ainda encarada com relutância enquanto fonte de informação? A ausência de estratégias

de comunicação e difusão da documentação fotográfica por parte do AHPL impor-se-á

como barreira à sua consulta e utilização? Na verdade, a ausência de instrumentos de

descrição documental nos quais a documentação fotográfica dos diversos fundos seja

contemplada, bem como a inexistência de uma base de dados a partir da qual seja

possível efectuar a consulta da documentação em muito contribuem para o

desconhecimento e consequente não utilização da documentação fotográfica. O que

fazer então para contrariar esta tendência? Que estratégias e mecanismos adoptar no

sentido de divulgar a documentação fotográfica, estimulando a sua consulta e o seu uso?

III. 8.2 – Estratégias de comunicação e difusão cultural

O arquivista, enquanto profissional da informação, não deve cingir o seu papel ao de

mero gestor documental, ele deverá empreender esforços no sentido de tornar a

informação presente nos documentos disponível ao público. “Hoje os arquivos já não

podem ser vistos apenas como instituições com funções tradicionais de salvaguarda do

património histórico e preservação da memória cultural, presente e futura”129

, os

arquivos são, acima de tudo, repositórios vivos de informação, a qual carece de ser

128

LUCAS, André – Estudo de usuário como estratégia para gestão da informação e do conhecimento:

um estudo de caso. [Em linha.] [Consult. a 15 de Set. 2012] Disponível na Internet em:

<URL: http://revista.acbsc.org.br/index.php/racb/article/view/521/658>. 129

SOUSA, António; RAMALHO, José Carlos; FERROS, Luís Miguel; LIMA, Maria João Pires de –

Consulta Real em Ambiente Virtual: implementação de uma sala de referência e leitura virtual num

arquivo. [Em linha.] [Consult. a 17 de Set. 2012] Disponível da Internet em:

<URL: http://www.apbad.pt/Downloads/congresso9/COM60.pdf>.

Page 77: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

68

tratada e divulgada de variadas formas a um número alargado de utilizadores. Para tal,

os profissionais da informação devem contemplar diversas soluções e estratégias,

inclusive as proporcionadas pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC),

para promoverem o acesso à informação, bem como aos próprios serviços de arquivo.

No caso concreto do AHPL, as restrições ao nível dos recursos financeiros e humanos,

como temos vindo a frisar, limitam o desempenho das funções arquivísticas,

nomeadamente a descrição documental, resultando daí um forte obstáculo ao

desenvolvimento e aplicação de acções ao nível da comunicação e difusão da

informação – por norma, as últimas operações da cadeia documental.

Não obstante as restrições que se impõem, é possível delinear um conjunto de

estratégias de difusão com os objectivos concisos de valorizar e evidenciar as

potencialidades da documentação fotográfica alvo de tratamento, estimulando assim o

interesse por parte dos utilizadores do AHPL e captando, simultaneamente, a atenção de

outros sectores da população, desconhecedores da existência desta documentação.

A aposta num plano de digitalização e a posterior divulgação da documentação

fotográfica online, através do futuro website do AHPL130

, são estratégias de

comunicação da informação que comportam custos significativos, nomeadamente ao

nível dos dispositivos de hardware e soluções de software, inerentes ao processo de

digitalização. Porém, esta estratégia apresenta potenciais vantagens quer ao nível da

preservação, quer ao nível da difusão da documentação. A aplicação de um plano de

digitalização vai possibilitar a disponibilização da documentação em rede, potenciando

a sua consulta remota com um maior grau de rapidez, através da Web131

, ao mesmo

tempo que contribui para a preservação dos documentos originais a longo prazo, uma

vez que reduz substancialmente a sua manipulação132

.

130

Note-se que até à data da realização do estágio o AHPL não possuía um website, sendo um projecto

desde há muito equacionado por parte dos responsáveis pelo serviço. 131

ALBERCH I FUGUERAS, Ramón - “Ampliación del uso social de los archivos. Estrategias y

perspectivas”. In Seminário Internacional de Arquivos de Tradição Ibérica. [Em linha.] Rio de Janeiro,

2000. P. 6. [Consult. a 19 Set. 2012]. Disponível na Internet em:

<URL: http://www.arquivonacional.gov.br/download/ramonfugueras.rtf>. 132

IFLA; ICA - Directrices para proyectos de digitalización de colecciones y fondos de dominio publico,

en particular para aquellos custodiados en bibliotecas y archivos. [Em linha.] S.l.: s.n., Março de 2002,

actual. 10.Maio.2011. P. 9. [Consult. a 19 Set. 2012.] Disponível na Internet em:

<URL:http://travesia.mcu.es/portalnb/jspui/bitstream/10421/3342/1/PAUTASDIGIT010052011.pdf>.

Page 78: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

69

A criação de uma exposição é, na acepção de Mundet, “uma boa janela exterior para

qualquer entidade”133

, na medida em que pode ser um meio de difusão cultural com

ampla abrangência, através do qual é possível chegar a diferentes públicos, para além

dos típicos utilizadores do serviço de arquivo. A exposição de carácter temporário, em

torno da figura de Dom António Ribeiro, conjugaria um conjunto de materiais diversos,

nomeadamente documentação fotográfica e textual, objectos relacionados com a vida

religiosa de Dom António Ribeiro (paramentos, báculo, etc.), bem como recursos

audiovisuais (depoimentos recolhidos sobre a pessoa do cardeal-patriarca e excertos dos

programas televisivos Encruzilhadas da Vida e O dia do Senhor, nos quais participou).

Esta pluralidade de materiais – inclusive materiais de natureza eminentemente visual,

como é o caso da fotografia – traduzir-se-á num equilíbrio entre o intelectual e o visual,

conferindo dinamismo à exposição e captando o interesse do visitante134

.

Uma outra forma de comunicação da documentação fotográfica passa ainda pela

realização de uma sessão pública de apresentação, por ocasião da comemoração do

nascimento de Dom António Ribeiro (21 de Maio). Quando bem organizados e

divulgados, os eventos desta natureza podem acolher grande aceitação por parte de

públicos bastante heterogéneos, revelando-se uma porta aberta para atrair novos

sectores da população para o serviço de arquivo em causa135

. Os objectivos desta sessão

pública de apresentação passariam essencialmente por dar a conhecer as etapas do

tratamento arquivístico da documentação fotográfica do fundo PAT15 e os resultados

obtidos, bem como a evocação da figura do 15.º cardeal-patriarca de Lisboa,

apresentando uma contextualização política, social e religiosa. A sessão incluiria ainda

uma mesa redonda, na qual a fotografia seria alvo de discussão, reflectindo sobre o seu

lugar no campo dos arquivos eclesiásticos, sensibilizando o público para a sua

importância enquanto património cultural da Igreja e para a necessidade do seu

tratamento arquivístico, a par da restante documentação eclesiástica.

Por fim, a aposta num conjunto acções de marketing com vista a uma ampla divulgação

da exposição e da sessão de apresentação pública é algo que não deverá ser descurado.

Assim, deverão ser publicados cartazes para a disseminação de ambos os eventos, com

133

MUNDET, José Ramon Cruz – Manual de Archivística. Madrid: Fundación Germán Sanchez Rui

Pérez, 2001, p. 369. 134

ALBERCH [I FUGUERAS], Ramón; BOADAS, Joan – La funcion cultural de los archivos. Bergara:

IRARGI, 1991, p. 58. 135

ALBERCH [I FUGUERAS], Ramón; BOADAS, Joan… p. 70.

Page 79: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

70

o título, o local e os organizadores, devendo ser distribuídos no meio académico, nos

seminários, colégios e externatos religiosos, bem como nas paróquias da diocese de

Lisboa. A difusão através dos órgãos de comunicação social da Igreja – nomeadamente

com recurso ao jornal Voz da Verdade, ao programa de televisão Ecclesia e à emissora

católica portuguesa Rádio Renascença – permite chegar a públicos mais abrangentes. A

web social, caracterizada por Fernández Cuesta como a “web das pessoas, da colaboração,

intercâmbio, interacção: um verdadeiro espaço social”136, é uma ferramenta com elevadas

potencialidades no que respeita à difusão e partilha da informação, que poderá revelar-

se útil na divulgação online de ambos os eventos. Assim, o recurso a blogs católicos e a

redes sociais como o Facebook contribuiriam para a projecção e divulgação dos eventos

de uma forma criativa e dinâmica, permitindo atrair diversos públicos, inclusive

públicos mais jovens e, simultaneamente, possibilitando uma sinergia

instituição/público, através da troca de conhecimentos e ideias.

Ao leque de propostas de comunicação e difusão apresentadas poder-se-iam acrescentar

diversas outras formas de divulgação, mais ou menos arrojadas, da documentação

fotográfica do fundo de Dom António Ribeiro, nomeadamente a publicação do catálogo

presente no Apêndice VII. Uma outra estratégia passaria também pela criação de

prémios de investigação, cujo objecto de estudo incidisse sobre a documentação

fotográfica do mesmo fundo, uma vez que o seu conteúdo visual se revela

potencialmente fértil ao desenvolvimento de estudos de cariz religioso, sociológico ou

arquitectónico.

Por fim, há que ter em conta que a aposta numa estratégia coesa ao nível da

comunicação por parte do AHPL poderá ter retornos duplamente vantajosos. A adopção

de mecanismos de difusão não só possibilita a divulgação do seu património

documental, como contribui igualmente para projectar para o exterior uma imagem

positiva do serviço de arquivo.

136

FERNÁNDEZ CUESTA, Francisco – Marketing y difusión cultural en los archivos. Viejas y nuevas

vias de visibilidad de los archivos (webs, blogs, foros, etc). Curso FC 2009/02. S.l.: 2009. P. 24 [Consult.

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Page 80: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

71

Conclusão

O confronto entre as teorias e metodologias preconizadas por diversos autores em torno

da documentação fotográfica com a realidade empiricamente observada no terreno põe a

nu uma série de lacunas e desajustes no que respeita ao seu tratamento arquivístico.

A primeira grande conclusão a que se chegou prende-se com o facto de a fotografia ser

hoje – numa sociedade contemporânea profundamente marcada pelo peso de uma

cultura visual – globalmente aceite pelo profissional de arquivo enquanto importante

fonte informacional, sendo-lhe reconhecido o seu valor patrimonial e histórico, que lhe

confere a legitimidade necessária à sua salvaguarda. Porém, constata-se ainda uma certa

relutância em assumir plenamente as suas capacidades arquivísticas, encarando a

fotografia enquanto documento fruto do desempenho de uma determinada actividade ou

função, por parte de uma pessoa singular ou colectiva.

Conclui-se que são vários os factores que contribuem para descentrar a documentação

fotográfica da mira do profissional de arquivo, levando a que este muitas vezes a

considere isoladamente e não a insira no todo arquivístico, a par da restante

documentação textual. Esses factores passam essencialmente por um défice de

conhecimentos e formação ao nível da história da fotografia e das técnicas que estão por

trás da sua produção, bem como um handicap no que respeita às competências ao nível

da literacia visual.

O facto de as instituições de arquivo relegarem a documentação fotográfica para último

plano na ordem das suas prioridades, contribui muitas vezes para uma incontornável

perda de informação relativamente ao seu contexto de produção, bem como a perda de

vínculos com a entidade produtora – responsável pela atribuição da ordem original da

documentação no momento da sua produção ou reunião – o que resulta num impacto

negativo no momento da organização e descrição arquivística. Esta frequente perda de

informação inerente ao contexto de produção da documentação fotográfica põe em

causa o respeito por um dos princípios fundamentais da disciplina Arquivística, o

princípio do respeito pela ordem original.

No que respeita à descrição da documentação fotográfica, os estudos realizados no

âmbito do estágio revelam a existência de um significativo leque de normas e

orientações provenientes de áreas como a biblioteconomia e a museologia que

Page 81: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

72

actualmente possibilitam a descrição de materiais visuais, família à qual pertence a

fotografia. No caso concreto do AHPL, acções desenvolvidas anteriormente no domínio

da documentação fotográfica, como foi o caso da descrição da fotografia do fundo de

Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, revelam algumas lacunas quanto ao processo de

descrição. Verificou-se a não utilização de estruturas descritivas adequadas às diversas

especificidades apresentadas pela documentação fotográfica, sendo o processo de

descrição desenvolvido apenas a partir da segunda versão das ODA – um conjunto de

orientações que não contempla as características peculiares de suportes como a

fotografia.

O modelo de descrição proposto com base nas ODA e no SEPIADES, longe de ser um

produto com contornos perfeitos, pretende ser um contributo para a realização da

descrição de materiais fotográficos de forma mais completa e adequada às

especificidades levantadas pela sua natureza.

Não obstante o esforço feito no sentido de normalizar a linguagem nos campos de

descrição, nomeadamente através da adopção de estruturas sintáticas padronizadas,

reconhece-se a necessidade de desenvolver um trabalho ao nível do vocabulário

controlado para a posterior indexação das imagens fotográficas, de forma a responder

com maior eficácia às eventuais necessidades de recuperação da informação por parte

dos utilizadores do AHPL.

No que respeita às questões inerentes à preservação e conservação da documentação

fotográfica conclui-se que, apesar das restrições orçamentais com que o AHPL se

depara, é feito um esforço contínuo no intuito de proporcionar adequadas condições

quer ao nível ambiental, quer ao nível das soluções de acondicionamento, essenciais à

estabilidade da documentação e ao prolongamento do seu tempo de vida. As soluções

adoptadas aquando dos processos de higienização e acondicionamento das unidades de

instalação e das provas fotográficas ficaram longe de alcançar o patamar das boas

práticas, recomendadas por autores como Bertrand Lavédrine e Luís Pavão, no que

respeita à preservação e conservação dos materiais fotográficos. Reconhece-se a

importância de levar a cabo uma avaliação do estado de conservação da documentação,

bem como das unidades de instalação e, posteriormente, desenvolver e aplicar um plano

de preservação que cubra as diversas necessidades levantadas por suportes tão

Page 82: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

73

específicos como aqueles que dão corpo à documentação fotográfica do fundo de Dom

António Ribeiro.

Reconhece-se que ao breve estudo realizado sobre o perfil dos utilizadores do AHPL no

decurso do estágio, faltou averiguar qual a documentação mais requisitada por parte dos

utilizadores externos ao longo do tempo. Considera-se então que a realização de um

estudo mais aprofundado sobre os diversos utilizadores do AHPL revelar-se-ia

vantajoso para a instituição, permitindo ajustar com maior rigor os serviços prestados,

bem como os Instrumentos de Descrição Documental a desenvolver posteriormente, às

suas reais necessidades de informação.

No presente relatório foi desenvolvida uma reflexão sobre a documentação fotográfica

no seio das instituições de arquivo, sendo colocada a tónica em algumas das instituições

de arquivo portuguesas com maior vulto no panorama nacional. Uma vez que este

relatório é fruto de um conjunto de actividades desenvolvidas num terreno de actuação

específico, um arquivo religioso, reconhece-se o potencial interesse de descortinar o

lugar da fotografia no seio dos arquivos religiosos portugueses, indagando se esta

documentação é contemplada pela política de arquivo dos mesmos, juntamente com o

restante património documental da Igreja. Fica então lançado um conjunto de pistas para

futuros trabalhos em torno desta documentação.

Em última instância, conclui-se que as carências ao nível dos recursos financeiros e

humanos sentidas por parte do AHPL, comuns a muitos outros serviços de arquivo do

país, afectam a realização de diversas actividades próprias da cadeia documental e

restringem o florescimento de ideias e projectos, que em muito contribuem para a

difusão e salvaguarda do património documental, do qual faz parte a fotografia. Apesar

das mencionadas restrições, há que frisar que o AHPL é um organismo dinâmico e um

exemplo paradigmático no que respeita ao tratamento e divulgação do património

arquivístico da Igreja Católica.

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THE AMERICAN SOCIETY OF ARCHIVISTS – Describing Archives: A Content

Standard (DACS). [Em linha]. [Consult. a 07 Agost. 2012]. Disponível na Internet em:

<URL:http://www.archivists.org/governance/standards/dacs.asp>.

__________________________________________ – Visual literacy. In A glossary of

archival and records terminology. [Em linha]. [Consult. a 09 Jun. 2012]. Disponível na

Internet em:

<URL: http://www.archivists.org/glossary/term_details.asp?DefinitionKey=1694>.

The Diocese of Fall River. [Em linha.] S.l.: [The Diocese of Fall River], s.d. [Consult.

a 06 Set. 2012.] Disponível na Internet em: <URL: http://www.fallriverdiocese.org/>.

WALKER, Alison – Basic preservation. [Em linha.] [Londres]: British Library,

Outubro de 2003; rev. Dezembro de 2010. [Consult. a 30 Agost. 2012]. Disponível na

Internet em: <URL: http://www.bl.uk/blpac/pdf/basic.pdf>.

Page 93: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

84

Anexo I – Tabela de valores de temperatura e humidade relativa para a

documentação fotográfica, concebida por Bertrand Lavédrine137

Imagem Suporte Processo Temperatura

Máxima

Taxa de

Humidade

Relativa

Preto e

branco

Vidro Negativo de vidro em

gelatina e prata,

colódio, albumina, etc.

18ºC 30-40%

Papel Gelatina e prata,

carbono

18ºC 30-50%

Película de

nitrato

Gelatina e prata 2ºC 20-30%

Película de

triacetato

Gelatina e prata 7ºC

5ºC

2ºC

20-30%

20-40%

20-50%

Película de

poliéster

Gelatina prata, prata

térmica, vesicular

21ºC 20-50%

Cor Papel Prata, branqueamento

de corante

(Cibachrome),

Embebimento

(Transferência de

corante),

Transferência de

difusão (Polaroid),

Pigmento (Fresson,

etc.), diazo.

18ºC 30-50%

Papel Cromogéneo 2ºC

-3ºC

30-40%

30-50%

Película de

triacetato ou

poliéster

Cromogéneo, diazo 2ºC

-3ºC

-10ºC

20-30%

20-40%

20-50%

137

LÁVEDRINE, Bertrand – A Guide to the Preventive Conservation of Photograph Collections. Los

Angeles: Getty Conservation Institute, 2003, p. 89.

Page 94: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

85

Apêndice I – Documentação fotográfica

Apêndice II – Prova cromogénea e prova a preto e branco

Page 95: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

86

Apêndice III – Tabela relativa aos campos de informação utilizados ao nível do

fundo

Elementos de descrição Informação registada ao nível do fundo

Código de referência É o elemento que identifica de forma única a

unidade de descrição, representando o seu nível

hierárquico. É composto pelas seguintes partes:

PT: Diz respeito ao código do país (Portugal).

AHPL: É o código da entidade detentora, sob forma

de sigla.

PAT15: É o código alusivo ao fundo Dom António

Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa,

representado sob forma de acrónimo.

Título Tem como função a identificação nominal da

unidade de descrição em causa. Neste caso foi

adoptado o título formal que corresponde ao nome

oficial da unidade de descrição: “fundo Dom

António Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa”.

Data de produção inicial Corresponde ao elemento cronológico mais recuado.

Note-se que esta data é apenas referente à

documentação fotográfica.

Data de produção final

Corresponde ao elemento cronológico mais recente.

Note-se que esta data é apenas referente à

documentação fotográfica.

Nível de descrição Diz respeito ao nível de organização intelectual da

unidade de descrição na hierarquia, neste caso o

fundo.

Dimensão e suporte Indica a dimensão física e lógica, bem como o

suporte da unidade arquivística. Contém apenas

informação relativa à dimensão e suporte da

documentação fotográfica do fundo.

Nome do produtor Indica a pessoa singular, neste caso Dom António

Ribeiro, responsável pela produção e acumulação da

documentação no decurso da sua actividade.

Note-se que o produtor do fundo não corresponde

ao produtor da documentação fotográfica.

História biográfica Contém elementos biográficos do produtor do

fundo, Dom António Ribeiro. Apesar de não ser o

produtor da documentação fotográfica, estes

elementos permitem obter uma contextualização da

mesma, uma vez que as fotografias são alusivas à

figura do cardeal-patriarca.

Page 96: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

87

História custodial e

arquivística

Indica o percurso da documentação fotográfica ao

longo do tempo no que respeita à sua guarda física,

bem como os locais e as datas mais significativas.

Fonte imediata de aquisição

ou transferência

Identifica a fonte imediata de transferência da

documentação fotográfica, bem como a data em que

foi realizada.

Âmbito e conteúdo Informa sobre o conteúdo do fundo, nomeadamente

as tipologias documentais e os assuntos. Inclui

informação sobre as funções do produtor do fundo

que se reflectem na documentação fotográfica.

Sistema de organização Informa apenas sobre a forma como a

documentação fotográfica do fundo se encontra

organizada internamente, sendo que a forma de

organização da restante documentação nos é

desconhecida. Este campo descritivo está

relacionado com o princípio da proveniência e da

ordem original.

Condições de acesso Informa sobre o acesso à documentação fotográfica

do fundo, sendo que neste caso o acesso é livre.

Condições de reprodução Fornece informação sobre as restrições ao nível da

reprodução da documentação fotográfica do fundo.

Idioma/escrita Indica os idiomas utilizados nas legendas inscritas

no verso das provas fotográficas, bem como nas

páginas dos álbuns e nos documentos textuais que

acompanham a documentação fotográfica.

Características físicas e

requisitos técnicos

Informa sobre o estado de conservação da

documentação fotográfica do fundo. Inclui ainda

informação relativamente às restrições ao nível do

manuseamento da documentação.

Notas Contém informação acerca da documentação textual

do fundo.

Nota do arquivista Informa sobre o autor da descrição, bem como sobre

as diversas fontes e a bibliografia utilizadas na

descrição do fundo.

Regras ou convenções Indica as regras e as convenções a partir das quais a

descrição foi elaborada, neste caso as ODA e o

modelo SEPIADES.

Data da descrição Indica as datas em que a descrição foi efectuada e

revista.

Page 97: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

88

Apêndice IV – Tabela relativa aos campos de informação utilizados ao nível da

secção

Elementos de descrição Informação registada ao nível da secção

Código de referência É o elemento que identifica de forma única a

unidade de descrição, representando o seu nível

hierárquico. É composto pelas seguintes partes:

PT: Diz respeito ao código do país (Portugal).

AHPL: É o código da entidade detentora, sob forma

de sigla.

PAT15: É o código alusivo ao fundo Dom António

Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa,

representado sob forma de acrónimo.

Z: É um código alfabético. Indica o nível da secção.

Título Tem como objectivo designar a unidade

arquivística. Na ausência de um título formal foi

adoptado o nome consagrado pelo uso “fotografia”,

este nome reflecte a natureza da documentação

abrangida pela unidade de descrição em causa.

Data de produção inicial Corresponde ao elemento cronológico mais recuado.

Data de produção final Corresponde ao elemento cronológico mais recente.

Nível de descrição Diz respeito ao nível de organização intelectual da

unidade de descrição na hierarquia, neste caso a

secção.

Dimensão e suporte Indica a dimensão física e lógica, bem como o

suporte da unidade arquivística.

Herda a informação registada no nível superior.

Nome do produtor Indica as diversas pessoas singulares e colectivas

responsáveis pela produção da totalidade da

documentação fotográfica.

Âmbito e conteúdo Informa sobre o conteúdo da secção, nomeadamente

sobre os assuntos plasmados na documentação

fotográfica, bem como o seu âmbito geográfico.

Sistema de organização Explica detalhadamente a forma como a

documentação fotográfica se encontra organizada

internamente.

Idioma/escrita Indica os idiomas utilizados nas legendas inscritas

no verso das provas fotográficas, bem como nas

páginas dos álbuns e nos documentos textuais que

acompanham a documentação fotográfica.

Nota de publicação Informa sobre as publicações que trataram ou se

basearam na utilização da documentação fotográfica

Page 98: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

89

da secção.

Nota do arquivista Informa sobre o autor da descrição, bem como sobre

as diversas fontes e a bibliografia utilizadas na

descrição da secção.

Data da descrição Indica as datas em que a descrição foi efectuada e

revista.

Page 99: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

90

Apêndice V – Tabela relativa aos campos de informação utilizados ao nível da

colecção 138

Elementos de descrição Informação registada ao nível da colecção

Código de referência É o elemento que identifica de forma única a

unidade de descrição, representando o seu nível

hierárquico. É composto pelas seguintes partes:

PT: Diz respeito ao código do país (Portugal).

AHPL: É o código da entidade detentora, sob forma

de sigla.

PAT15: É o código alusivo ao fundo Dom António

Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa,

representado sob forma de acrónimo.

Z: É um código alfabético. Indica o nível da secção.

001: É um código numérico e sequencial com três

dígitos. Indica o nível da colecção.

002: É um código numérico e sequencial com três

dígitos. Indica o nível da colecção.

Título Tem como objectivo designar a unidade

arquivística. Na ausência de títulos formais foram

adoptados os nomes consagrados pelo uso, estes

nomes reflectem respectivamente a natureza da

documentação abrangida pela unidade de descrição

em causa: “colecção de álbuns” e “colecção de

fotografias avulsas”.

Data de produção inicial Corresponde ao elemento cronológico mais recuado

de cada colecção.

Data de produção final

Corresponde ao elemento cronológico mais recente

de cada colecção.

Nível de descrição Diz respeito ao nível de organização intelectual da

unidade de descrição na hierarquia, neste caso a

colecção ao nível da série.

Dimensão e suporte Indica a dimensão física e lógica, bem como o

suporte de cada colecção. A informação registada

genericamente no nível superior é detalhada em

cada colecção.

Nome do produtor Indica as diversas pessoas singulares e colectivas

responsáveis pela produção da documentação

fotográfica de cada colecção.

Âmbito e conteúdo Informa com maior grau de detalhe, relativamente

138

A tabela apresentada diz respeito aos campos utilizados nas duas colecções da secção de fotografia.

Page 100: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

91

ao nível superior, sobre o âmbito e conteúdo de cada

colecção.

Idioma/escrita Indica os idiomas utilizados nas legendas inscritas

no verso das provas fotográficas da colecção 02,

bem como nas páginas dos álbuns e nos documentos

textuais que acompanham a documentação

fotográfica da colecção 01.

Data da descrição Indica as datas em que a descrição foi efectuada e

revista.

Page 101: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

92

Apêndice VI – Tabela relativa aos campos de informação utilizados ao nível do

documento composto e do documento simples 139

Zona de informação

arquivística

Elementos de descrição

adoptados pelo AHPL

para fotografia

Elementos de descrição

sugeridos

1. Zona de

Identificação

1.1 Código de referência

1.2 Título

1.3 Datas extremas

1.4 Nível de descrição

1.5 Dimensão e suporte

1.5.1 Quantidade

1.5.2 Preto e branco

1.5.3 Cor

1.5.4 Descrição técnica

1.5.5 Número da

caixa/envelope

Data inicial de captura

Data final de captura

Processo fotográfico

(polaridade, cor, suporte)

Formato

Tipo de unidade de

instalação

Dimensão da unidade de instalação

2. Zona do Contexto 2.1 Nome do produtor Função do produtor

3. Zona do Conteúdo e

Estrutura 3.1 Âmbito e conteúdo Localização geográfica

4. Zona das Condições

de Acesso e Utilização

4.1 Características físicas e

requisitos técnicos Características físicas e

requisitos técnicos da unidade

de instalação

Características físicas e requisitos técnicos das provas

fotográficas

6. Zona das Notas 6.1 Notas

139

A coluna da esquerda diz respeito às zonas de descrição plasmadas nas ODA, a coluna do meio aos

elementos de descrição utilizados pelo AHPL aquando da descrição da documentação fotográfica do

fundo de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira e a coluna da direita é alusiva aos elementos de descrição

sugeridos.

Page 102: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

93

Apêndice VII – Catálogo da documentação fotográfica do fundo Dom António

Ribeiro, 15.º cardeal-patriarca de Lisboa

Catálogo da documentação fotográfica do Fundo Dom António Ribeiro, 15.º

cardeal-patriarca de Lisboa

Código de referência PT/AHPL/PAT15

Título Dom António Ribeiro, 15º cardeal-patriarca de Lisboa

Data de produção

inicial

1936-08-23

Data de produção final

1998-01-[--]

Nível de descrição

Fundo

Dimensão e suporte

Dimensão: 23 álbuns; 1 porta-retratos; 1 pasta; 1 dossier; 28

caixas e 12 documentos gráficos.

Suporte: plástico; papel glassine; cartão; metal; alumínio;

pele de crocodilo; veludo. Papel de revelação baritado e

papel de revelação plastificado.

Nome do produtor

Dom António Ribeiro

História Biográfica António Ribeiro, filho de José Ribeiro e Ana Gonçalves,

nasceu a 21 de Maio de 1928 em São Clemente, freguesia de

Celorico de Basto.

Estudou no seminário de Braga e a 5 de Julho de 1953, com

25 anos de idade, foi ordenado presbítero na arquidiocese da

mesma cidade. Nesse mesmo ano rumou até Roma onde

permaneceu até ao ano de 1959. Na cidade italiana, núcleo

duro da vida católica, ingressou na Faculdade de Teologia

da Pontifícia Universidade Gregoriana.

A sua estadia em Roma proporcionou-lhe a oportunidade de

conviver com diferentes membros do Colégio Português de

Roma, fomentando assim laços de amizade com clérigos

como Manuel Lourenço, António Marcelino, Serafim da

Silva e Maurílio Gouveia, figuras que, mais tarde, iriam

acompanhar o seu percurso no seio da Igreja Católica

Portuguesa.

Durante o período em que cursou Teologia, expandiu os

seus horizontes culturais através das viagens realizadas pela

Europa, da aprendizagem de novas línguas e das variadas

Page 103: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

94

leituras sobre diversas temáticas, sendo de destacar o seu

interesse pelas correntes de pensamento tomista e

neotomista, bem como pela sermonística do Padre António

Vieira.

No ano de 1958 foi-lhe atribuído o cargo de assistente

nacional da Liga Universitária Católica (LUC), actividade

que desempenhou até 1967.

A 9 de Março de 1959 concluiu os estudos em Roma com a

defesa da tese de doutoramento intitulada A Doutrina do

Evo em São Tomás de Aquino: ensaio sobre a duração da

alma separada. Regressa então a Portugal e assume, em

simultâneo, o exercício dos cargos de assistente diocesano

da Acção Católica em Braga e de vigário geral da

arquidiocese da mesma cidade, mantendo também um

contacto frequente com o ambiente eclesiástico da diocese

de Lisboa.

A década de 60 foi essencialmente marcada pela sua

presença nos meios de Comunicação Social, através dos

programas de pendor religioso na RTP, intitulados

Encruzilhadas da Vida (1961-1964) e Dia do Senhor (1964-

1967). Também nesta década inicia o seu percurso enquanto

docente no meio académico. No ano-lectivo de 1965-1966

leccionou as cadeiras de Filosofia Social, Filosofia Moral e

Psicologia Social no Instituto Superior de Ciências Sociais e

Políticas da Universidade Técnica de Lisboa, instituição

onde permaneceu até 1967. Paralelamente a esta actividade,

desempenhou o cargo de director do Instituto de Cultura

Superior Católica entre Setembro de 1965 e Julho de 1967,

no qual leccionou ainda as cadeiras de Introdução à

Teologia, Metodologia das Ciências Sociais e Doutrina

Social da Igreja.

A 3 de Julho de 1967 António Ribeiro foi eleito bispo titular

de Tigilava e auxiliar do arcebispo de Braga e dois meses

mais tarde, a 17 de Setembro do mesmo ano, realizou-se

então a cerimónia de ordenação episcopal na Sé de Braga,

sob presidência do cardeal-patriarca Dom Manuel

Gonçalves Cerejeira. No ano de 1968, acumulou duas outras

funções: a de presidente da Comissão Episcopal dos Meios

de Comunicação Social e a de secretário da Conferência Episcopal Portuguesa, funções que desempenhou até 1971.

No ano de 1969, por decreto da Sagrada Congregação dos

Bispos (datado de 6 de Junho do mesmo ano), o papa Paulo

VI determinou a transferência de Dom António Ribeiro –

até então bispo auxiliar do arcebispado de Braga – para o

cargo de bispo auxiliar do Patriarcado de Lisboa, cabendo-

Page 104: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

95

lhe também a responsabilidade pelo Apostolado dos Leigos

em Portugal. No mesmo ano assumiu ainda a missão de

assistente geral da Junta Central da Acção Católica

Portuguesa.

O ano de 1971 ficou marcado pela sucessão do título de

patriarca da pessoa de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira

para Dom António Ribeiro. Assim, a 13 de Maio do mesmo

ano, a diocese de Lisboa acolhia o seu 15º patriarca. Cerca

de dois anos mais tarde, no Consistório de 5 de Março de

1973, é proclamado cardeal com o título de Santo António

in Urbe pelo papa Paulo VI.

Recebe o título honorífico de patriarca num período durante

o qual a diocese de Lisboa vivia sob uma atmosfera de

alguma conturbação, fazendo-se sentir um desagrado geral

por parte do clero diocesano e da sociedade civil, bem como

um clima de tensão entre a Igreja Católica e o regime

político ditatorial em vigor.

Dom António Ribeiro é considerado o cardeal de transição

do regime político ditatorial do Estado Novo para o regime

político democrático. Os primeiros anos do seu pontificado

foram marcados por algum mal-estar no seio da própria

diocese e o advento do 25 de Abril veio trazer uma série de

novos desafios. Apesar das resistências e obstáculos

encontrados, o novo patriarca de Lisboa soube conduzir a

Igreja diocesana e portuguesa num contexto social, político

e cultural pautado pela mudança. Perante os dissídios do

pós-25 de Abril, adoptou uma postura de uma certa

neutralidade e isenção política e ideológica.

Ao exercício do significativo leque de funções e cargos

desempenhados até então, acresce ainda o exercício do

cargo de presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

por duas vezes, entre os períodos de 1975 a 1981 e 1987 a

1993.

Também no ano de 1981 foi agregado à Comissão Pontifícia

de revisão do Código de Direito Canónico. A 12 de

Fevereiro de 1983 tornou-se membro da Sagrada

Congregação da Educação Católica, tendo sido reconduzido

por mais cinco anos. No ano de 1984 integra ainda a Comissão Pontifícia das Comunicações Sociais e a Sagrada

Congregação do Clero. Em Novembro de 1989 é eleito

sócio da Academia de Ciências de Lisboa pela classe de

Letras.

O seu pontificado, lato sensu, ficou marcado pelos seguintes

aspectos: a aposta numa reunificação e fortalecimento da

Page 105: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

96

classe presbíteral; a reforma dos seminários; a

consciencialização dos leigos para o seu contributo na acção

pastoral da Igreja Católica portuguesa; o fomento do sector

da pastoral juvenil e o apoio à acção social, através da

caridade.

O 15.º cardeal-patriarca português faleceu em Lisboa a 24

de Março de 1998, na clínica de Santo António, na

Reboleira, vítima de uma doença prolongada. Os seus restos

mortais encontram-se no panteão dos patriarcas, localizado

no Mosteiro de São Vicente de Fora.

História custodial e

arquivística

Inicialmente, a documentação encontrava-se à guarda de

Dom António Ribeiro, no Gabinete do Patriarca, na antiga

casa patriarcal, localizada no Campo dos Mártires da Pátria,

em Lisboa.

Com a morte do produtor, a 24 de Março de 1998, e com a

posterior mudança de instalações do Gabinete do Patriarca,

a 23 de Novembro de 1998, a documentação foi transferida

para o Mosteiro de São Vicente de Fora, onde passaram a

funcionar também os departamentos e serviços da Cúria

Patriarcal de Lisboa, na qual se insere o serviço de arquivo.

Actualmente, a documentação fotográfica é custodiada pelo

serviço de Arquivo Histórico e Biblioteca do Centro

Cultural do Patriarcado de Lisboa.

Em Março de 2012 iniciou-se o processo de tratamento

arquivístico da documentação fotográfica do fundo.

Fonte imediata de

aquisição ou

transferência

A documentação fotográfica foi transferida para o serviço de

Arquivo Histórico e Biblioteca do Centro Cultural do

Patriarcado de Lisboa no ano de 2007.

Âmbito e conteúdo O fundo é essencialmente composto por álbuns fotográficos

e documentação fotográfica avulsa.

Em alguns casos, as provas fotográficas surgem

acompanhadas de documentos gráficos, como cartões de

agradecimento, dedicatórias e discursos.

As provas fotográficas são alusivas a diversos momentos da

vida pastoral de Dom António Ribeiro enquanto bispo

auxiliar do arcebispado de Braga e, numa fase posterior,

enquanto cardeal-patriarca de Lisboa.

Sistema de organização A documentação fotográfica do fundo apresenta uma organização cronológica.

Condições de acesso Disponibilização para consulta sem restrições.

Condições de

reprodução

É possível fazer digitalização das provas fotográficas,

excepto das provas que apresentem desvanecimento da

imagem.

Page 106: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

97

Idioma Português, Italiano, Inglês e Latim.

Características físicas e

requisitos técnicos

Cerca de 50% dos álbuns apresenta marcas de deterioração

na encadernação, nomeadamente resíduos de cartão colado e

manchas de sujidade na capa e contra-capa.

Algumas provas fotográficas apresentam vincos e

desvanecimento da imagem, cantos deteriorados e rasgões

no seu verso.

O manuseamento das provas fotográficas implica a

utilização de luvas de algodão.

Notas A documentação gráfica do fundo encontra-se à guarda do

vice-chanceler da cúria diocesana de Lisboa.

Nota do arquivista A descrição foi elaborada por Teresa Palma e revista por

Ricardo Aniceto, com base nas seguintes fontes e

bibliografia:

ANICETO, Ricardo - De Cenóbio a Cúria Patriarcal.

Dialéctica de um lugar durante os séculos XIX e XX. In

SALDANHA, Sandra; coord. - Mosteiro de São Vicente de

Fora. Arte e História. Lisboa: Centro Cultural do

Patriarcado de Lisboa, 2010. P. 55-73.

CASTRO, Maria Ernestina de; OLIVEIRA, M. Leonor

Bacharel; RUIVO, António – Cenáculo da Família do Pai

25 anos 1974-1999. Lisboa: Família de Schoenstatt do

Patriarcado de Lisboa, 1999.

FERREIRA, António Matos - D. António Ribeiro. In

AZEVEDO, Carlos A. Moreira; SALDANHA, Sandra;

OLIVEIRA, António; coord. - Os Patriarcas de Lisboa.

Lisboa: Alethêia Editores e Centro Cultural do Patriarcado

de Lisboa, 2009. P. 161-177.

IGREJA CATÓLICA. Cardeal Patriarca de Lisboa, 1971-

1998 (António Ribeiro) - Obras Escolhidas: A Passagem da

morte à vida. Homilias do Tríduo Pascal. Lisboa:

Universidade Católica Editora, 2008, vol. 1.

________________________________________________

________________ - Obras Escolhidas: Imagens vivas de Cristo Pastor. O ministério ordenado na Igreja. Lisboa:

Universidade Católica Editora, 2008, vol. 2.

PEREIRA, Teresa Sancha - Dom António Ribeiro: Cardeal

Patriarca de Lisboa, 1928-1998. Lisboa: Comissão

Municipal de Toponímia; Câmara Municipal de Lisboa,

2001.

Page 107: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

98

Regras ou convenções

utilizadas

DIRECÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGAMA DE

NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO;

GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA

DESCRIÇÃO EM ARQUIVO - Orientações para a

descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007.

SEPIADES: Advisory Report on Cataloguing Photographic

Collections. Draft version 3.0, SEPIA Working Group

Descreptive Models for Photographic Collections.

Amsterdam: European Comission on Preservation and

Access, 2003.

Data da descrição Elaboração: 2012 -04-27; 1.ª revisão: 2012-05-17

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z

Título Fotografia

Data de produção

inicial

1936-08-23

Data de produção final 1998-01-[--]

Nível de descrição Secção

Dimensão e suporte Dimensão: 23 álbuns; 1 porta-retratos; 1 pasta; 1 dossier e

28 caixas, 12 documentos textuais.

Suporte: plástico; papel glassine; cartão; metal; alumínio;

pele de crocodilo; veludo. Papel de revelação baritado e

papel de revelação plastificado.

Nome do produtor Francisco José Cristino; Fernando Martins; J. Almeida;

Dom Maurílio de Gouveia; Paulino Magalhães; António

Nunes Brito; Manuel Morais; Paróquia de Algés; Couto;

Andrade Rocha; Comissão de melhoramentos de Santa

Eufémia da Serra, junta de freguesia de São Pedro; Foto

Sintra; Clube Darca; Monsenhor Luiz Gonzaga Mendonca;

Carlos Veloso; João Caetano Flores; Francisco de Almeida-Garrett; Grupo de jovens crismados em São Tomé de

Lamas; Membros dos institutos religiosos, das sociedades

de vida apostólica e institutos seculares da diocese de

Lisboa; Valverde, agência geral de reportagem fotográfica,

Lisboa; Foto-Chic, Braga; Fotomarinho, Fátima; Stúdios

Page 108: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

99

Maribel, Oeiras; Novidades; Luís Soares, reportagens

fotográficas, Lisboa; Fotografia Madaminha; A. Félix

Marques, LDA., Lisboa; Foto Fernando Ribeiro, Óbidos;

Irene Martins, Foto Paris, Caldas da Rainha; Foto Felici,

Roma; Papa João Paulo II; M. Cabral; Escuteiros do

agrupamento 46 do Corpo Nacional de Escutas; Celestino.

Âmbito e conteúdo Este conjunto de documentação contém provas

fotográficas, maioritariamente organizadas em reportagens.

Contém também retratos individuais e retratos de grupo.

As provas fotográficas são alusivas a diversos eventos de

natureza religiosa decorridos em Portugal e em países como

Espanha, Itália, Brasil, Venezuela e Estados Unidos da

América. Estes eventos consistem, essencialmente, em

visitas pastorais, cerimónias de bênção de monumentos

religiosos e participação em festividades religiosas, como

procissões e romarias.

Sistema de organização Actualmente a documentação fotográfica encontra-se

organizada de acordo com o critério cronológico dentro das

colecções.

À data da sua transferência para o serviço de Arquivo

Histórico e Biblioteca do Patriarcado de Lisboa, os álbuns,

a pasta, o dossier e o porta-retratos que contêm as provas

fotográficas, com as respectivas reportagens e retratos, não

seguiam qualquer critério de ordenação cronológica,

temática ou alfabética.

Após uma análise do âmbito e conteúdo das provas

fotográficas foi atribuída uma ordenação cronológica à

colecção de álbuns.

No que respeita à colecção de fotografias avulsas, parte

significativa da documentação não seguia qualquer critério

de ordenação cronológica, temática ou alfabética. Perante

estes casos, após um estudo do âmbito e conteúdo das

provas fotográficas, adoptou-se um sistema de organização

cronológico e, na ausência de elementos informativos sobre

a data, optou-se pelo critério temático.

Noutros casos, verificou-se a existência de conjuntos de

provas, inicialmente organizados em envelopes, alusivas ao

mesmo evento e capturadas na mesma data. Estes

conjuntos, aos quais foi atribuída a designação de

reportagens fotográficas, obedecem a um critério

cronológico e temático que foi mantido.

Idioma Português, Italiano, Inglês e Latim.

Nota de publicação GRANDE Festa do Mar, consagração a Deus das

actividades piscatórias. Novidades. Lisboa (11 Abr. 1969)

3.

Page 109: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

100

A BÊNÇÃO dos Bacalhoeiros. Novidades. Lisboa (14 Abr.

1969) 1.

SENHOR Cardeal-Patriarca visita a Lourinhã. Voz da

Verdade. Lisboa (19 Jun. 1977) 3.

INAUGURAÇÃO da Nova Igreja de Algés. Voz da

Verdade. Lisboa (4 Dez. 1977) 3.

SACERDOTES de Cristo para o serviço do Evangelho –

Homilia do Cardeal-Patriarca, na eucaristia das ordenações:

Sé Patriarcal, 18/11/1979. Voz da Verdade. Lisboa (2 Dez.

1979) 1.

SAUDAÇÃO do Cardeal-Patriarca de Lisboa a sua

santidade o Papa. Voz da Verdade. Lisboa (16 Maio 1982)

2.

BRASÃO de Armas de Dom António Ribeiro. Vida

Católica. II série, n.º 37. Ano XIII (Janeiro - Abril 1998) 3.

Nota do arquivista A descrição foi elaborada por Teresa Palma e revista por

Ricardo Aniceto, com base nas seguintes fontes e

bibliografia:

IGREJA CATÓLICA. Cardeal Patriarca de Lisboa, 1971-

1998 (António Ribeiro) - Arautos e construtores de um

mundo novo. Homilias aos universitários finalistas. Lisboa:

Editora Rei dos Livros, 1997.

GRANDE Festa do Mar, consagração a Deus das

actividades piscatórias. Novidades. Lisboa (11 Abr. 1969)

3.

A BÊNÇÃO dos Bacalhoeiros. Novidades. Lisboa (14 Abr.

1969) 1.

SEMANA Santa na Sé Patriarcal. Que os padres deem o

exemplo de uma autêntica socialização de bens em partilha

fraterna. Voz da Verdade. Lisboa (30 Abr. 1977) 3.

FRATERNIDADE diocesana de previdência e assistência

ao clero do Patriarcado de Lisboa. Voz da Verdade. Lisboa

(17 Abr. 1977) 3.

SENHOR Cardeal-Patriarca visita a Lourinhã. Voz da

Verdade. Lisboa (19 Jun. 1977) 3.

CARDEAL-Patriarca é presidente-delegado do próximo

Sínodo dos Bispos. Voz da Verdade. Lisboa (25 Set. 1977).

Page 110: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

101

1-3.

INAUGURAÇÃO da Nova Igreja de Algés. Voz da

Verdade. Lisboa (4 Dez. 1977) 3.

NÃO à violência, sim à paz – Homilia do Cardeal-Patriarca

nas Caldas da Rainha. Voz da Verdade. Lisboa (15 Jan.

1978) 1.

ORDENAÇÃO episcopal de D. José Policarpo, bispo-

auxiliar do patriarcado de Lisboa. Voz da Verdade. Lisboa

(25 Jun. 1978) 3.

SACERDOTES de Cristo para o serviço do Evangelho –

Homilia do Cardeal-Patriarca, na eucaristia das ordenações:

Sé Patriarcal, 18/11/1979. Voz da Verdade. Lisboa (2 Dez.

1979) 1.

A verdade, força da paz – Homilia do Cardeal-Patriarca, na

Celebração do dia Mundial da Paz 1980: Basílica da

Estrela, às 19 horas do dia 31/12/1979. Voz da Verdade.

Lisboa. (13 Jan. 1980) 1.

CELEBRAÇÃO do Dia da Igreja Diocesana. Carta aos fiéis

do Patriarcado de Lisboa, do Domingo de Pentecostes de

1980. Voz da Verdade. Lisboa (1 Jun. 1980) 1.

BASÍLICA E CONVENTO de Mafra, um vigoroso hino de

louvor à vida humana – Homilia do Cardeal-Patriarca na

celebração do 250.º aniversário da Sagração da Basílica de

Mafra, 08/12/1980. Voz da Verdade. Lisboa (21 Dez. 1980)

1.

AS ATITUDES humanas perante Cristo ressuscitado –

Homilia do Cardeal-Patriarca em Domingo de Páscoa: Sé

Patriarcal, 19/04/1981. Voz da Verdade. Lisboa (3 Maio

1981) 1.

O EXEMPLO de uma vida de santidade – Homilia do

Cardeal-Patriarca nas comemorações do 750.º aniversário

da morte de Santo António. Igreja de São Vicente de Fora,

13 de Junho de 1981. Voz da Verdade. Lisboa (28 Jun.

1981) 1.

SAUDAÇÃO do Cardeal-Patriarca de Lisboa a sua

santidade o Papa. Voz da Verdade. Lisboa (16 Maio 1982).

2.

A VISITA do Papa não terminou, a nós compete terminá-

la. Voz da Verdade. Lisboa (23 Maio 1982) 1.

Page 111: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

102

CELEBRAÇÕES natalícias na Sé. Voz da Verdade. Lisboa

(19 Dez. 1982) 4.

ENCONTRO dos jovens com o Senhor Cardeal-Patriarca.

Voz da Verdade. Lisboa. (20 Fev. 1983) 3.

CARDEAL-patriarca de Lisboa – Enviados a proclamar um

ano de graça do Senhor: Na Homilia da Missa Crismal de

quinta-feira santa. Voz da Verdade. Lisboa. (10 Abr. 1983)

1.

CARDEAL-patriarca de Lisboa – D. António desloca-se à

Alemanha Federal para no doía 15 de Maio presidir em

Werl à peregrinação que os emigrantes portugueses realizar

em honra de Nossa Senhora de Fátima. Voz da Verdade.

Lisboa (8 Maio 1983) 1.

Data da descrição Elaboração: 2012-04-24; 1.ª revisão: 2012-05-17

Código de Referência PT/AHPL/PAT15/Z/01

Título Álbuns

Data de produção

inicial

1936-08-23

Data de produção final

1996-04-24

Nível de descrição

Colecção

Dimensão e suporte

Dimensão:

23 álbuns (818 provas fotográficas); 1 porta-retratos (4 provas

fotográficas); 1 pasta (16 provas fotográficas); 1 dossier (35

provas fotográficas); 9 documentos textuais.

Suporte: plástico; papel glassine; cartão; metal; alumínio; pele

de crocodilo; veludo. Papel de revelação baritado e papel de

revelação plastificado.

Nome do(s)

produtor(es)

Francisco José Cristino; Fernando Martins; J. Almeida; Dom

Maurílio de Gouveia; Paulino Magalhães; António Nunes

Brito; Manuel Morais; Paróquia de Algés; Couto; Andrade

Rocha; Comissão de melhoramentos de Santa Eufémia da

Serra, junta de freguesia de São Pedro; Foto Sintra; Clube

Page 112: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

103

Darca; Monsenhor Luiz Gonzaga Mendonca; Carlos Veloso;

João Caetano Flores; Francisco de Almeida-Garrett; Grupo de

jovens crismados em São Tomé de Lamas; Membros dos

institutos religiosos, das sociedades de vida apostólica e

institutos seculares da diocese de Lisboa.

Âmbito e conteúdo

As provas fotográficas, organizadas em álbuns, ilustram

variados acontecimentos, estruturados em reportagens. Dom

António Ribeiro figura acompanhado por eclesiásticos de

diversas dioceses portuguesas e estrangeiras, nomeadamente

da diocese de Salamanca, Fall River e Caracas. Estes

acontecimentos consistem em visitas de Dom António Ribeiro

ao estrangeiro, visitas pastorais a diversas paróquias de

Portugal continental e insular, cerimónias de bênção de

igrejas, associações de diferentes naturezas e finalistas

universitários, bem como cerimónias de dedicação e

reabertura de igrejas.

Contém ainda provas fotográficas relativas aos monumentos

religiosos das freguesias de Ventosa e de Lamas.

Idioma Português, Italiano e Inglês

Data da descrição Elaboração: 2012-04-18; 1ª revisão: 2012-05-17

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/001

Título [Visita à Califórnia]

Data inicial de captura 1936-08-23

Data final de captura [1982?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 49

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 21 x 25 cm; 20 x 25 cm; 8 x 10 cm; 13 x 13 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico e metal. Constituído por

páginas de cartão plastificadas.

Page 113: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

104

Dimensão da unidade

de instalação

34 x 32 x 3 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro à Califórnia.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística

presidida por Dom António Ribeiro e ao convívio com os

elementos da União Portuguesa Protectora do Estado da

Califórnia.

Contém duas provas fotográficas a p & b, capturadas durante

a anterior visita de Dom Manuel Gonçalves Cerejeira à igreja

de Saint Elizabeth.

Localização geográfica Califórnia (Estados Unidos da América)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

Algumas páginas encontram-se desmembradas e apresentam

manchas de amarelecimento.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ligeiro amarelecimento

geral e alteração de cor.

Notas Apesar de se verificar a existência de diferentes formatos, as

provas fotográficas retratam o mesmo evento.

Faltam provas fotográficas.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/002

Título "Visita pastoral à freguesia de Ferreiró"

Data inicial de captura 1968-01-15

Data final de captura 1968-01-15

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 23

Page 114: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

105

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 18 x 23 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em veludo, plástico e taxas de metal.

Constituído por páginas de cartão e papel glassine.

Dimensão da unidade

de instalação

34 x 24 x 3 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Francisco José Cristino

Função do(s)

produtor(es)

Doador

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro, então bispo auxiliar de Braga, à freguesia de

Ferreiró.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística

presidida por Dom António Ribeiro na igreja paroquial de

Santa Marinha, à cerimónia de crisma de um grupo de jovens,

à procissão e ao convívio com os fiéis.

Localização geográfica Ferreiró (freguesia, Vila do Conde, Porto, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A camada de plástico que reveste a encadernação do álbum

apresenta pequenas manchas de sujidade.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas Caixa de música integrada na lombada do álbum.

O álbum contém a seguinte inscrição na terceira página: "Se

recordar é viver, guardai neste álbum imagens das horas

felizes da nossa vida. Mais tarde, vivereis recordando horas

passadas que o tempo queimou.".

Page 115: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

106

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/003

Título [Visita à embarcação Amerigo Vespucci]

Data inicial de captura [1971?]-[--]-[--]

Data final de captura [1971?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 12

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 18 x 24 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em pele de crocodilo com aplique de

metal na pasta superior, ao centro, com o brasão de armas

episcopais de Dom António Ribeiro.

Dimensão da unidade

de instalação

25 x 31 x 6 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro à embarcação da Nave Scuola Amerigo

Vespucci (Marinha Militar Italiana).

Contém provas fotográficas alusivas à entrada na embarcação,

à celebração eucarística presidida por Dom António Ribeiro e

ao convívio com os tripulantes da embarcação e membros da

Marinha Militar Italiana.

Localização geográfica Alcântara (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

de instalação

A verificação de aderência das capilhas às provas fotográficas

obrigou à transferência das provas para uma nova unidade de instalação, utilizando-se, para esse efeito, uma unidade de

instalação que não continha quaisquer provas.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ligeiro amarelecimento nos

bordos e manchas de sujidade no verso.

Page 116: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

107

Notas No processo de transferência das provas fotográficas para uma

nova unidade de instalação, respeitou-se o princípio da ordem

original.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/004

Título "Visita a São Paulo"

Data inicial de captura 1972-[--]-[--]

Data final de captura 1972-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 52

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 17 x 23 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Argolas de plástico.

Constituído por páginas de plástico.

Dimensão da unidade

de instalação

23 x 17 x 2 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro a São Paulo, por ocasião do sesquicentenário

da independência do Brasil.

Contém provas fotográficas alusivas a uma celebração

eucarística e ao convívio com os fiéis.

Localização geográfica São Paulo (estado, Brasil)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A unidade de instalação apresenta um estado de conservação

bom.

Page 117: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

108

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

Os bordos das provas fotográficas apresentam um ligeiro

desgaste.

Notas As provas fotográficas foram coladas sobre folhas de cartão.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/005

Título "Visita a Salamanca"

Data inicial de captura 1973-08-28

Data final de captura 1973-08-28

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 49

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 12 x 18 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico.

Constituído por páginas de cartão e papel glassine.

Dimensão da unidade

de instalação

19 x 25 x 5 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro a Salamanca.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística

na catedral, à visita ao estádio Helmántico do clube de futebol

Unión Deportiva Salamanca, a uma reunião com figuras da

Igreja Católica de Salamanca e à visita a uma exposição de

fotografia sobre a construção de uma barragem.

Localização geográfica Salamanca (município, Espanha)

Page 118: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

109

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

As letras inscritas na pasta superior da encadernação

encontram-se descoladas.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

A imagem apresenta um brilho esmalte.

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/006

Título [Cerimónia de reabertura da igreja de Santo António]

Data inicial de captura 1973-09-02

Data final de captura 1973-09-02

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 25

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 14 x 20 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico com inscrição em letras

douradas. Constituído por páginas de cartão e papel glassine.

Dimensão da unidade

de instalação

31 x 25 x 3 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Fernando Martins; J. Almeida

Função do produtor Doador; estúdio fotográfico

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a cerimónia de

reabertura da igreja de Santo António presidida por Dom António Ribeiro.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística,

ao baptizado de uma criança, à fachada da igreja e ao convívio

com os fiéis.

Page 119: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

110

Localização geográfica Labrujeira (freguesia, Alenquer, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

Contém resíduos de cartão colados na encadernação do álbum.

As páginas de papel glassine apresentam ligeira deterioração

no bordo.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

A imagem apresenta um brilho esmalte.

Notas Carimbo no verso das provas fotográficas: J. Almeida,

Reportagens Fotográficas, Lisboa.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/007

Título [Visita pastoral à igreja de Nossa Senhora da Vitória]

Data inicial de captura 1973-12-05

Data final de captura 1973-12-05

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 12

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 18 x 18 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Argolas de metal.

Constituído por páginas de cartão plastificadas.

Dimensão da unidade

de instalação

24 x 31 x 2 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro à igreja de Nossa Senhora da Vitória,

paróquia de São Nicolau.

Page 120: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

111

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística e

ao convívio com um grupo de fiéis. De entre as figuras

presentes destacam-se o capelão, padre Inácio, o juiz da

irmandade de Nossa Senhora da Vitória, Pedro Salema

Garção, e elementos da irmandade de Nossa Senhora da

Vitória.

Localização geográfica São Nicolau (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

As páginas de cartão apresentam manchas de amarelecimento

e sujidade.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam acentuado amarelecimento,

ligeiro desvanecimento da imagem e ligeira alteração de cor.

Notas As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 05; 09; 015; 017; 028; 034; 2/2; 2 /3; 2/4;

2/6; R/22; 2/ 20.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/008

Título [Visita pastoral à Ilha da Madeira]

Data inicial de captura 1974-01-13

Data final de captura 1974-01-13

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 20

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 18 x 24 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Constituído por páginas de cartão plastificadas.

Dimensão da unidade

de instalação

24 x 30 x 3 cm

Page 121: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

112

Nome do(s)

produtor(es)

Dom Maurílio de Gouveia

Função do(s)

produtor(es)

Bispo titular de Sabiona; doador.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro à Ilha da Madeira.

Contém provas fotográficas alusivas à chegada e partida de

Dom António Ribeiro, capturadas no aeroporto do Funchal, à

celebração eucarística e ordenação episcopal de Dom Maurílio

de Gouveia na sé do Funchal, a dois grupos de fiéis e a um

banquete.

Localização geográfica Funchal (município, Madeira, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A camada de plástico que reveste a encadernação do álbum

foi parcialmente arrancada.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ligeira alteração de cor.

Notas Apesar de se verificar a existência de diferentes processos

fotográficos, ambos retratam o mesmo evento.

O álbum contém uma dedicatória de Dom Maurílio de

Gouveia a Dom António Ribeiro na segunda página.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/009

Título "XVIII Romaria de Santiago"

Data inicial de captura 1975-07-27

Data final de captura 1975-07-27

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 12

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Page 122: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

113

Formato 11 x 18 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Constituído por páginas de

cartão e papel glassine.

Dimensão da unidade

de instalação

25 x 21 x 2 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Paulino Magalhães

Função do(s)

produtor(es)

Director da Casa do Minho, Lisboa; doador.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a participação de

Dom António Ribeiro na XVIII Romaria de Santiago.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística

campal presidida por Dom António Ribeiro e ao convívio com

os fiéis.

Localização geográfica Minho (província, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

Contém resíduos de cola na encadernação do álbum.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas O álbum contém um documento textual (11 x 15 cm) com

uma dedicatória de Paulino Magalhães.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/010

Título [Bênção da Associação de Socorros Mútuos Vasco da Gama]

Data inicial de captura 1976-10-26

Data final de captura 1976-10-26

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 10

Page 123: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

114

Processo fotográfico

[processo, cor, suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 18 x 24 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico e argolas de plástico.

Constituído por páginas de plástico.

Dimensão da unidade

de instalação

24 x 18 x 1 cm

Nome do(s)

produtor(es)

António Nunes Brito

Função do(s)

produtor(es)

Presidente da Associação de Socorros Mútuos Vasco da

Gama; doador.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a bênção concedida

por Dom António Ribeiro, por ocasião da inauguração da sede

social da Associação de Socorros Mútuos Vasco da Gama.

Contém provas fotográficas alusivas ao corte da fita simbólica

por Dom António Ribeiro e Júlio de Vasconcelos, cônsul de

Portugal, ao descerramento da placa comemorativa por Dom

Alberto Gaudêncio Ramos, arcebispo do Pará, à cerimónia de

saudação de Dom António Ribeiro, presidida por António

Nunes Brito, presidente da associação, ao momento da oferta

de uma plaqueta de prata a Dom António Ribeiro, ao

respectivo agradecimento e ao cocktail de encerramento do

evento.

Localização geográfica Belém (município, Pará, Brasil)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

As argolas em plástico encontram-se deterioradas.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ligeiro amarelecimento nos

bordos e manchas de sujidade no verso.

Notas As provas fotográficas foram coladas sobre folhas de cartão.

O álbum contém legendas a partir das quais se preencheu o

campo "âmbito e conteúdo".

Page 124: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

115

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/011

Título [Bênção e inauguração da igreja de Nossa Senhora da Guia]

Data inicial de captura 1977-06-18

Data final de captura 1977-06-19

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 35

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 9 x 13 cm

Tipo de unidade de

instalação

Dossier. Encadernação em plástico e argolas de metal.

Constituído por capilhas de plástico.

Dimensão da unidade

de instalação

17 x 29 x 3 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Manuel Morais

Função do(s)

produtor(es)

Doador

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António à freguesia de Atalaia.

Contém provas fotográficas alusivas à bênção concedida por

ocasião da inauguração da igreja de Nossa Senhora da Guia e

ao convívio com os fiéis.

Localização geográfica Atalaia (freguesia, Lourinhã, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

Contém resíduos de tinta azul ressequida no plástico que

reveste a pasta.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ligeiro desvanecimento da

imagem e alteração de cor.

Notas Contém um documento textual associado (4 páginas

manuscritas: 15 x 28 cm). Discurso redigido e proferido por

Manuel Morais por ocasião do evento.

Page 125: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

116

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/012

Título [Inauguração da igreja paroquial de Cristo-Rei de Algés]

Data inicial de captura 1977-11-20

Data final de captura 1977-11-20

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 27

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 8 x 11 cm; 11 x 17 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Constituído por páginas de

cartão e papel glassine.

Dimensão da unidade

de instalação

18 x 23 x 3 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Paróquia de Algés; Couto; Andrade Rocha

Função do(s)

produtor(es)

Doador; fotógrafo; fotógrafo

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a inauguração da

igreja paroquial de Cristo-Rei de Algés.

Contém provas fotográficas da celebração eucarística, da

bênção e dedicação do altar presidida por Dom António

Ribeiro.

Inclui uma prova fotográfica em que Dom António Ribeiro

surge com o báculo.

Localização geográfica Algés (freguesia, Oeiras, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A encadernação do álbum apresenta fungos e a parte da

camada de plástico arrancada na pasta inferior.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Page 126: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

117

Notas Data da oferta: 1978-05-21.

Apesar de surgirem diferentes processos fotográficos, ambos

retratam o mesmo evento.

As páginas do álbum contêm legendas de carácter religioso

escritas a caneta.

Carimbos no verso das provas fotográficas: Couto, fotógrafo -

Lisboa; Andrade da Rocha - Lisboa.

As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 3082-23; 3082-24; 6191-1; 6191-10;

6191-17; 14-11/1; 6191-40; 14-21/77; 6191-41; 14-19/77;

6191-45; 6191-19; 6194-5; 6194-44; 6194-2; 6194-11; 6194-

26; 6194-15; 6194-21; 6194-23; 6194-22; 14-63/77; 6191-3;

6191-4; 6191-5; 14-61/77; 14-67/77.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/013

Título [Visita pastoral à freguesia de São Pedro de Penaferrim]

Data inicial de captura 1978-06-02

Data final de captura 1978-06-02

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 16

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 11 x 17 cm; 10 x 15 cm

Tipo de unidade de

instalação

Pasta. Encadernação em veludo. Constituído por páginas de

cartolina soltas.

Dimensão da unidade

de instalação

22 x 30 x 1 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Comissão de melhoramentos de Santa Eufémia da Serra, junta

de freguesia de São Pedro; Foto Sintra

Função do(s)

produtor(es)

Doador; estúdio fotográfico

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita oficial de

Dom António Ribeiro à freguesia de São Pedro de Penaferrim.

Page 127: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

118

Contém provas fotográficas alusivas ao passeio de Dom

António Ribeiro, acompanhado por um grupo de fiéis à igreja

de Santa Eufémia da Serra.

Contém uma prova fotográfica a p & b de um painel de

azulejos com iconografia da aparição de Santa Eufémia da

Serra na serra de Sintra no ano de 1787.

Localização geográfica São Pedro de Penaferrim (freguesia, Sintra, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A encadernação apresenta uma acentuada ondulação e ligeiras

sujidades.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas apresentam-se deterioradas com uma acentuada

alteração de cor para magenta.

Notas Data da oferta: 1979-06-[--].

O álbum contém cópia de uma gravura de Santa Eufémia da

Serra em cartão (8 x 12 cm).

As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 2188-401; 2188-402; 2188-405; 2188-

406; 2188-407; 2188-408; 2188-818; 2188-820; 2188-404;

2188-82; 2188-409; 2188-410; 2188816; 2188-403; 2188-817.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/014

Título "Cerimónia de Coroação da Rainha Vitoriosa do Cenáculo da

Família do Pai"

Data inicial de captura 1979-05-31

Data final de captura 1979-05-31

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 53

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 9 x 13 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Constituído por folhas de

cartão e papel glassine.

Page 128: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

119

Dimensão da unidade

de instalação

25 x 25 x 6 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a cerimónia de

Coroação da Rainha Vitoriosa do Cenáculo da Família do Pai,

presidida por Dom António Ribeiro, no santuário do

Movimento Católico de Schönstatt.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística e

ao convívio com os fiéis.

Surgem retratados o padre Jaime, os representantes do

Instituto Nossa Senhora de Schönstatt e do Instituto das Irmãs

de Maria.

Localização geográfica Santa Maria de Belém (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A encadernação do álbum apresenta resíduos de cartão colado.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ligeiro amarelecimento

geral e ligeira alteração de cor.

Notas As páginas do álbum contêm, escritos a caneta, excertos do

discurso proferido por Dom António Ribeiro durante a

celebração eucarística.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/015

Título [Visita ao Clube Darca]

Data inicial de captura 1980-05-03

Data final de captura 1980-05-03

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 4

Page 129: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

120

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 9 x 13 cm

Tipo de unidade de

instalação

Porta-retratos. Plástico e alumínio.

Dimensão da unidade

de instalação

15 x 32 x 1 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Clube Darca

Função do(s)

produtor(es)

Associação juvenil católica; doador.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro ao Clube Darca.

Contém provas fotográficas alusivas à recepção de Dom

António Ribeiro por parte das crianças do clube.

Localização geográfica Campo Grande (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

O porta-retratos encontra-se quebrado em duas partes.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/016

Título [Visita a Porto Alegre]

Data inicial de captura [1980?]-[--]-[--]

Data final de captura [1980?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 16

Page 130: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

121

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico e cartão. Constituído por

páginas de cartão plastificado.

Dimensão da unidade

de instalação

23 x 22 x 2 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro ao hospital da Beneficência Portuguesa de

Porto Alegre.

Contém provas fotográficas alusivas à bênção das instalações.

Localização geográfica Porto Alegre (município, Rio Grande do Sul, Brasil)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

As páginas de cartão apresentam manchas de amarelecimento.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas Apesar de se verificar a existência de diferentes processos

fotográficos, ambos retratam o mesmo evento.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/017

Título "Bênção de finalistas universitários"

Data inicial de captura 1983-06-[--]

Data final de captura 1996-05-[--]

Nível de descrição Documento composto

Page 131: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

122

Quantidade total 84

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado

Formato 10 x 15 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico.

Constituído por páginas de cartão e papel glassine.

Dimensão da unidade

de instalação

28 x 36 x 5 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Contém provas fotográficas alusivas a diversas cerimónias da

bênção das fitas dos finalistas universitários, presididas por

Dom António Ribeiro.

Localização geográfica Sé (freguesia, Lisboa, Portugal);

Santa Maria de Belém (freguesia, Lisboa, Portugal);

São Sebastião da Pedreira (freguesia, Lisboa, Portugal);

Campo Grande (freguesia, Lisboa, Portugal);

Fátima (freguesia, Ourém, Santarém, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A unidade de instalação apresenta um estado de conservação

bom.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas As páginas do álbum contêm legendas escritas a caneta com

as informações da data e do local do evento.

Page 132: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

123

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/018

Título [Festividade religiosa no Santuário de Nossa Senhora da

Graça]

Data inicial de captura [1971?]-[09]-[--]

Data final de captura [1971?]-[09]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 22

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 18 x 23 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico e tachas de metal.

Constituído por páginas de cartão.

Dimensão da unidade

de instalação

24 x 31 x 4 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro a Vilar de Ferreiros, por ocasião de uma

festividade religiosa no santuário de Nossa Senhora da Graça.

Contém provas fotográficas alusivas à recepção de Dom

António Ribeiro, à procissão com a imagem de Nossa Senhora

da Graça, à celebração eucarística no exterior do santuário e

ao convívio com os fiéis.

Localização geográfica Vilar de Ferreiros (freguesia, Mondim de Basto, Vila Real,

Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A encadernação apresenta manchas de sujidade no exterior e rasgões no interior.

As páginas de papel glassine apresentam manchas de

amarelecimento.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ligeira alteração de cor.

Page 133: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

124

Notas Apesar de se verificar a existência de diferentes processos

fotográficos, ambos retratam o mesmo evento.

Faltam provas fotográficas.

O álbum contém a seguinte inscrição na terceira página:

"Sirva este álbum de arca da Aliança, onde possais guardar

imagens do passado. Ao abri-lo, mais tarde, vivereis

recordando horas distantes que o tempo esfumou.".

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/019

Título [Celebração do vigésimo aniversário da paróquia de Algés]

Data inicial de captura 1986-[--]-[--]

Data final de captura 1986-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 77

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado

Formato 10 x 15 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Constituído por páginas de

cartão.

Dimensão da unidade

de instalação

19 x 23 cm x 3 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a participação de

Dom António Ribeiro na comemoração do vigésimo

aniversário da paróquia de Cristo-Rei de Algés.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística,

à visita ao centro de dia da paróquia e à sede dos escuteiros.

Localização geográfica Algés (freguesia, Oeiras, Lisboa, Portugal)

Page 134: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

125

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A unidade apresenta um estado de conservação bom.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/020

Título [Visita à diocese de Fall River]

Data inicial de captura [1989?]-[--]-[--]

Data final de captura [1989?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 51

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado

Formato 10 x 15 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico e argolas em plástico.

Constituído por páginas de cartão plastificado.

Dimensão da unidade

de instalação

23 x 28 x 3 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Monsenhor Luiz Gonzaga Mendonca.

Função do(s)

produtor(es)

Vigário-geral da diocese de Fall River (1971-1989), doador.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro à diocese de Fall River.

Contém provas fotográficas alusivas à visita de Dom António

Ribeiro, acompanhado por Monsenhor Luiz Mendonca e

outros membros da diocese, ao Fall River Heritage State Park

Page 135: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

126

e ao parque temático da Disneyland.

Localização geográfica Fall River (município, Massachusetts, Estados Unidos da

América)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

As páginas de cartão apresentam manchas de amarelecimento.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam manchas de

amarelecimento e ligeira alteração de cor.

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/021

Título [Monumentos religiosos da freguesia de Ventosa]

Data inicial de captura 1993-03-06

Data final de captura 1993-03-07

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 53

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado

Formato 10 x 15 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Constituído por páginas de

cartão e papel glassine.

Dimensão da unidade

de instalação

24 x 31 x 4 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Carlos Veloso

Função do(s)

produtor(es)

Presidente da junta de freguesia de Ventosa; doador.

Page 136: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

127

Âmbito e conteúdo Contém provas fotográficas alusivas ao interior e fachada dos

seguintes monumentos religiosos da freguesia de Ventosa:

igreja Matriz de São Mamede; salão paroquial; capela de São

Martinho Bonabal; capela do Cadoiço Nossa Senhora da

Piedade; capela de Fernandinho; igreja dos Arneiros,

padroeiro São José; capela da Bordinheira; capela da

Carregueira, padroeiro São Paulo; igreja de Bonabal,

padroeiro Sagrado Coração de Jesus; igreja de Montengrão;

igreja da Pedra, padroeiro São Sebastião.

Localização geográfica Ventosa (freguesia, Torres Vedras, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A encadernação apresenta manchas de sujidade.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas Álbum oferecido a Dom António Ribeiro por ocasião da visita

pastoral à paróquia de São Mamede da Ventosa.

As páginas do álbum contêm legendas escritas a caneta com

as seguintes informações: nome da igreja e santo padroeiro.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/022

Título "Abertura do primeiro centenário das Irmãs Missionárias de

São Pedro Claver"

Data inicial de captura 1993-05-01

Data final de captura 1993-05-01

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 20

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado

Formato 15 x 20 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Constituído por páginas de

cartão e papel glassine.

Page 137: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

128

Dimensão da unidade

de instalação

24 x 31 x 3 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a participação de

Dom António Ribeiro na cerimónia de abertura das

comemorações do primeiro centenário das Irmãs Missionárias

de São Pedro Claver, na igreja de São João de Brito.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística e

ao convívio com os fiéis.

Localização geográfica São João de Brito (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

As páginas de cartão apresentam manchas castanhas.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/023

Título [Visita pastoral à freguesia de Ribeira Chã]

Data inicial de captura 1993-05-17

Data final de captura 1993-05-17

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 80

Processo fotográfico Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado

Formato 15 x 20 cm

Page 138: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

129

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico com padrão estampado a

dourado e verde na pasta superior. Constituído por páginas

de cartão e papel glassine.

Dimensão da unidade

de instalação

24 x 31 x 5 cm

Nome do(s)

produtor(es)

João Caetano Flores

Função do(s)

produtor(es)

Pároco de Ribeira Chã; doador.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita pastoral de

Dom António Ribeiro à freguesia de Ribeira Chã.

Contém provas fotográficas alusivas à passagem de Dom

António Ribeiro por diversos locais da paróquia.

Localização geográfica Ribeira Chã (freguesia, Ponta Delgada, Açores, Portugal)

Características físicas

e requisitos técnicos da

unidade de instalação

A encadernação apresenta vincos.

As páginas de cartão apresentam indícios de foxing.

Características físicas

e requisitos técnicos

das provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de

conservação bom.

Notas Data da oferta: 1993-05-27.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/024

Título [Visita a Caracas]

Data inicial de captura 1995-02-06

Data final de captura 1995-02-06

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 22

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado

Page 139: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

130

Formato 8 x 9 cm; 14 x 17 cm; 13 x 18 cm; 13 x 16 cm; 14 x 15 cm; 13

x 17 cm; 12 x 20 cm; 11 x 17 cm; 13 x 18 cm; 13 x 20 cm; 12

x 16 cm; 9 x 20 cm; 12 x 15 cm; 8 x 12 cm; 8 x 10 cm; 9 x 18

cm; 8 x 20 cm; 9 x 19 cm; 1 x 19 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Constituído por páginas de

cartão e papel glassine.

Dimensão da unidade

de instalação

25 x 25 x 5 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Francisco de Almeida-Garrett

Função do(s)

produtor(es)

Fotógrafo

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro ao Centro Português de Caracas.

Contém provas fotográficas de Dom António Ribeiro na

capela de Nossa Senhora de Fátima, no jardim, na biblioteca e

em diferentes salas do centro, acompanhado por Alexandre

Mendonça, padre da Missão Católica Portuguesa, pelo

presidente do centro, Cândido de Andrade, e diversos

membros da instituição.

Localização geográfica Caracas (Venezuela)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

As páginas de cartão e páginas de papel glassine apresentam

indícios de foxing.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas Apesar de se verificar a existência de diferentes formatos,

todas as provas fotográficas retratam o mesmo evento.

A segunda e terceira páginas do álbum contêm legendas

escritas a caneta com as informações do local e do nome das

pessoas retratadas.

Page 140: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

131

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/025

Título [Monumentos religiosos da freguesia de Lamas]

Data inicial de captura 1995-06-25

Data final de captura 1995-06-25

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 24

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado

Formato 15 x 20 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Constituído por páginas de

cartão e papel glassine.

Dimensão da unidade

de instalação

24 x 31 x 4 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Grupo de jovens crismados em São Tomé de Lamas

Função do(s)

produtor(es)

Doador

Âmbito e conteúdo Contém provas fotográficas alusivas ao interior e fachada dos

seguintes monumentos religiosos da freguesia de Lamas:

igreja paroquial de São Tomé, Lamas; igreja de Nossa

Senhora da Fortaleza, Dom Durão; igreja do Senhor Jesus dos

Aflitos, Murteira; igreja de São Sebastião, Chão do Sapo;

igreja de Santa Ana, Póvoa; igreja de Santo António,

Pragança; igreja de São Vicente, Rocha Forte; igreja de Nossa

Senhora das Neves, Serra de Montejunto.

Contém ainda uma prova fotográfica de um grupo de jovens

crismandos.

Localização geográfica Lamas (freguesia, Cadaval, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

O adesivo utilizado para colar as legendas às páginas do

álbum apresenta-se acidificado.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Page 141: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

132

Notas Todas as provas fotográficas apresentam legendas impressas

com as seguintes informações: nome da igreja e santo

padroeiro.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/01/026

Título [Jubileu dos vinte e cinco anos da nomeação de Dom António

Ribeiro para cardeal-patriarca de Lisboa]

Data inicial de captura 1996-04-24

Data final de captura 1996-04-24

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 25

Processo fotográfico Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado

Formato 10 x 15 cm

Tipo de unidade de

instalação

Álbum. Encadernação em plástico. Constituído por páginas de

cartão.

Dimensão da unidade

de instalação

28 x 36 x 4 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Membros dos institutos religiosos, das sociedades de vida

apostólica e institutos seculares da diocese de Lisboa

Função do(s)

produtor(es)

Doador

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a celebração do

vigésimo quinto jubileu do cardeal-patriarca Dom António

Ribeiro (1971-06-29 - 1996-04-24).

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística

na capela da clínica psiquiátrica de São José, à actuação de

um grupo coral, à admonição inicial e saudações realizadas

pela irmã Maria Isabel Morgado (Irmãs Hospitaleiras do

Sagrado Coração de Jesus), às preces, ao ofertório e ao

convívio com os fiéis.

Localização geográfica Telheiras (freguesia, Lisboa, Portugal)

Page 142: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

133

Características físicas e

requisitos técnicos da

unidade de instalação

A encadernação apresenta resíduos de cola.

As páginas de cartão apresentam indícios de foxing.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas Contém os seguintes documentos textuais associados:

programa das actividades relativas ao evento; cartas remetidas

às comunidades religiosas e aos órgãos da comunicação social

(TVI e Rádio Renascença); letras de músicas; poema; carta do

padre Joaquim Macedo de Lima remetida a Dom António

Ribeiro; resumo noticioso do dia relativo ao evento; recortes

do jornal Voz da Verdade (12-05-1996).

Todas as provas fotográficas apresentam legendas impressas

com informações sobre os diversos momentos retratados.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02

Título Fotografias avulsas

Data de produção

inicial

1960-11-20

Data de produção final 1998-01-[--]

Nível de descrição Colecção

Dimensão e suporte Dimensão: 28 caixas (712 provas fotográficas), 3 documentos

textuais.

Suporte: papel de revelação baritado e papel de revelação

plastificado.

Nome do produtor Valverde, agência geral de reportagem fotográfica, Lisboa;

Foto-Chic, Braga; Fotomarinho, Fátima; Stúdios Maribel,

Oeiras; Novidades; Luís Soares, reportagens fotográficas,

Lisboa; Fotografia Madaminha; A. Félix Marques, LDA.,

Lisboa; Foto Fernando Ribeiro, Óbidos; Irene Martins, Foto

Paris, Caldas da Rainha; Foto Felici, Roma; Papa João Paulo II; M. Cabral; Escuteiros do agrupamento 46 do Corpo

Nacional de Escutas; Celestino.

Âmbito e conteúdo As provas registam variados aspectos da vida religiosa de

Dom António Ribeiro. Registam a cerimónia da sua

Page 143: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

134

ordenação episcopal, a participação em congressos e festas de

pendor religioso, como a festa do Senhor Santo Cristo dos

Milagres e a festa de São Jorge. Inclui provas relativas à

realização de visitas pastorais a diversas paróquias de Portugal

continental e insular.

Contém ainda provas que retratam paisagens e habitantes dos

Açores e visitas a Itália, aos Estados Unidos da América e ao

Brasil.

Idioma

Português, Italiano e Latim.

Data da descrição

Data de elaboração: 2012-04-20; 1.ª revisão: 2012-05-17

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/001

Título "Grupo de engenheiros católicos"

Data inicial de captura 1960-11-20

Data final de captura 1960-11-20

Nível de descrição Documento simples

Quantidade total 1

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 17 x 23 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Valverde, agência geral de reportagem fotográfica, Lisboa

Função do(s)

produtor(es)

Estúdio de fotografia

Âmbito e conteúdo Contém uma fotografia de grupo, na qual surge retratado um

grupo de engenheiros católicos, juntamente com Dom

António Ribeiro, à data com 32 anos, na casa patriarcal, ao

Campo de Santana.

Localização geográfica Pena (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

A prova fotográfica apresenta um estado de conservação bom.

Page 144: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

135

provas fotográficas

Notas Carimbo no verso das provas fotográficas: Valverde, Agência

geral de reportagem fotográfica, Lisboa.

A prova fotográfica apresenta no verso a seguinte numeração

a caneta: 11791/1.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/002

Título [Cerimónia de ordenação episcopal de Dom António Ribeiro]

Data inicial de captura 1967-09-17

Data final de captura 1967-09-17

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 24

Processo fotográfico

[dimensão, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação

baritado.

Formato 12 x 18 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Foto-Chic, Braga

Função do(s)

produtor(es)

Estúdio de fotografia

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a cerimónia de

ordenação episcopal de Dom António Ribeiro, bispo titular de

Tigilava e auxiliar do arcebispado de Braga, presidida pelo

cardeal-patriarca Dom Manuel Gonçalves Cerejeira na sé de

Braga.

Contém provas fotográficas alusivas à atribuição do báculo e à

saudação dos fiéis no exterior da sé.

Dom António Ribeiro surge acompanhado pelas seguintes

figuras: Dom António de Castro Monteiro, arcebispo de

Mitilene e co-ordenante; Dom Francisco Maria da Silva,

arcebispo de Primaz e co-ordenante, entre outros.

Localização geográfica Sé (freguesia, Braga, Portugal)

Page 145: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

136

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam manchas de

amarelecimento e sujidade no verso.

Notas Carimbo no verso das provas fotográficas: Foto-Chic, Braga.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/003

Título [Retiro do episcopado português em Fátima]

Data inicial de captura 1968-07-[--]

Data final de captura 1968-07-[--]

Nível de descrição Documento simples

Quantidade total 1

Processo fotográfico

[dimensão, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 12 x 17 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Fotomarinho, Fátima

Função do(s)

produtor(es)

Estúdio de fotografia

Âmbito e conteúdo Contém uma fotografia de grupo, capturada durante um retiro

espiritual.

Surge retratado um grupo de bispos, no qual estão presentes:

Dom Manuel Gonçalves Cerejeira, cardeal-patriarca de

Lisboa; Dom António Ribeiro, então bispo titular de Tigilava

e auxiliar do arcebispado de Braga; Dom Francisco Maria da

Silva, arcebispo de Braga; Dom Ernesto Sena de Oliveira,

bispo de Coimbra; Dom Manuel dos Santos Rocha, bispo de

Beja; Dom João de Campos Neves, bispo de Lamego; Dom

Domingos Maria Frutuoso, bispo de Portalegre; Dom José Pedro da Silva, bispo de Viseu; Dom Júlio Tavares Rebimbas,

bispo do Algarve; Dom Manuel de Jesus Pereira, bispo de

Bragança; Dom Manuel Maria Ferreira da Silva, arcebispo de

Cízico e Dom Florentino de Andrade Silva, administrador

apostólico da diocese do Porto.

Page 146: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

137

Localização geográfica Fátima (freguesia, Ourém, Santarém, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

A prova fotográfica apresenta ondulação e uma mancha de

amarelecimento no verso.

Notas Carimbo no verso da prova fotográfica: Foto Marinho,

Fátima.

A prova fotográfica apresenta no verso a seguinte numeração

a lápis: 1 2448 1.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/004

Título [Visita ao Centro Paroquial de Oeiras]

Data inicial de captura [1968?]-10-[--]

Data final de captura [1968?]-10-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 29

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 12 x 18 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Stúdios Maribel, Oeiras

Função do(s)

produtor(es)

Estúdio de fotografia

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro ao Centro Social e Paroquial de Oeiras por

ocasião da abertura do jardim infantil e sala de estudo.

Contém provas fotográficas alusivas à

celebração eucarística presidida por Dom António Ribeiro na

igreja de Nossa Senhora da Purificação, à visita ao jardim

infantil e à sala de estudo do Centro Paroquial e Social de

Oeiras e ao convívio com os fiéis.

Dom António Ribeiro surge acompanhado pelo padre

Fernando da Silva Martins, à data pároco de Oeiras, e por

diversos membros do Coro de Catequistas da Comunidade

Page 147: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

138

Paroquial de Oeiras.

Localização geográfica Oeiras (município, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam manchas de sujidade e

resíduos de cola no verso.

Notas Carimbo no verso das provas fotográficas: Stúdios Maribel,

Oeiras.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/005

Título [Bênção dos navios bacalhoeiros]

Data inicial de captura 1970-04-05

Data final de captura 1970-04-05

Nível de descrição Documento simples

Quantidade total 1

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 17 x 24 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Novidades

Função do(s)

produtor(es)

Jornal diário católico oficioso; fotógrafo

Âmbito e conteúdo Contém uma fotografia alusiva à cerimónia da bênção dos

navios bacalhoeiros, presidida por Dom António Ribeiro,

então bispo titular de Tigilava e auxiliar do arcebispado de

Braga, junto à fachada principal do mosteiro dos Jerónimos.

Dom António Ribeiro surge acompanhado pelos párocos de

Ílhavo, Gafanha da Nazaré, Figueira da Foz e Anunciada

(Setúbal). Figuram ainda os capelães da Obra do Apostolado

do Mar «Stella Maris» de Lisboa, de Setúbal, de Peniche, da

Fragata de Dom Fernando, da Escola Profissional de Pesca de

Lisboa, do navio Gil Eannes e do Porto de Saint John's, Terra

Nova (Canadá).

Page 148: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

139

Localização geográfica Santa Maria de Belém (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

A prova fotográfica apresenta ondulação, vincos e manchas de

amarelecimento no verso.

Notas A prova fotográfica apresenta no verso as seguintes inscrições

a caneta: Novidades - 4 Cols; a lápis: BUJPII (Biblioteca

Universitária João Paulo II).

A prova fotográfica surge publicada no jornal diário

Novidades, ano 84, n.º 247099, página 1.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/006

Título [Cerimónia de crisma nos Estados Unidos da América]

Data inicial de captura [1970?]-[--]-[--]

Data final de captura [1970?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 24

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação baritado.

Formato 9 x 13 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro a uma comunidade de emigrantes

portugueses, numa diocese dos Estados Unidos da América.

Contém provas fotográficas alusivas a uma cerimónia de

confirmação, presidida por Dom António Ribeiro, à data bispo

titular de Tigilava e auxiliar do arcebispo de Braga.

Contém ainda provas fotográficas do convívio com os fiéis.

Localização geográfica Estados Unidos da América

Page 149: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

140

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam manchas de

amarelecimento no verso.

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/007

Título [Reunião de Dom António Ribeiro com eclesiásticos]

Data inicial de captura 1971-05-14

Data final de captura 1971-05-14

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 4

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Formato 13 x 18 cm; 12 x 17 cm; 13 x 22 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Novidades

Função do(s)

produtor(es)

Jornal diário católico oficioso; fotógrafo

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a reunião de Dom

António Ribeiro com membros do clero, na sua residência

anexa à basílica dos Mártires, no dia em que foi nomeado

décimo quinto cardeal-patriarca de Lisboa.

Dom António Ribeiro surge acompanhado pelas seguintes

figuras: João Beato, membro da Acção Católica Rural;

Monsenhor José Reis Ribeiro; padre António dos Reis;

Monsenhor Miguel de Oliveira; Monsenhor Lopes da Cruz,

fundador da Rádio Renascença; Monsenhor Avelino Gonçalves, director do jornal Novidades; padre Francisco

Moreira das Neves, subdirector do jornal Novidades.

Localização geográfica Mártires (freguesia, Lisboa, Portugal)

Page 150: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

141

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ondulação e manchas de

sujidade no verso. Uma das provas apresenta manchas de tinta

azul na imagem.

Notas Apesar de se verificar a existência de diferentes formatos,

todas as provas fotográficas retratam o mesmo evento.

As provas fotográficas apresentam no verso as seguintes

inscrições a caneta: Novidades 3 Cols; a lápis: BUJPII

(Biblioteca Universitária João Paulo II).

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/008

Título [Sagração episcopal de Dom Francisco Santana]

Data inicial de captura 1974-03-21

Data final de captura 1974-03-21

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 12

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 12 x 19 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Luís Soares, reportagens fotográficas, Lisboa

Função do(s)

produtor(es)

Estúdio de fotografia

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a sagração

episcopal de Dom Francisco Antunes Santana, presida por

Dom António Ribeiro na Sé Patriarcal.

Contém provas fotográficas de Dom Francisco Antunes

Santana a proferir um discurso, a receber a bênção de Dom António Ribeiro e no cortejo final exibindo as insígnias

episcopais.

Localização geográfica Sé (freguesia, Lisboa, Portugal)

Page 151: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

142

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam manchas de sujidade no

verso.

Notas Carimbo no verso das provas fotográficas: Luís Soares,

Reportagens Fotográficas, Lisboa.

As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 5284 10; 5284 15; 5284 25; 5284 27;

5284 33; 5284 52; 5284 59; 5824 65 5284 73; 5284 75; 5284

84; 5284 50.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/009

Título [Celebração eucarística na igreja do convento da Graça]

Data inicial de captura 1979-04-08

Data final de captura 1979-04-08

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 26

Processo fotográfico Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 13 x 18 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Fotografia Madaminha

Função do(s)

produtor(es)

Estúdio de fotografia.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante uma celebração

eucarística presidida por Dom António Ribeiro na igreja do

convento da Graça.

Dom António Ribeiro surge acompanhado pelas seguintes

figuras: Dom Manuel Clemente, à data diácono e actualmente

Bispo do Porto; padre José Manuel da Silva; padre Horácio da Silva Correia, à data pároco de Torres Vedras; cónego Álvaro

Bizarro, entre outros.

Localização geográfica Torres Vedras (município, Lisboa, Portugal)

Page 152: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

143

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

Uma prova fotográfica apresenta na imagem um risco de

marcador vermelho.

Notas Carimbo no verso das provas fotográficas: Fotografia

Madaminha.

As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 1002/ 1; 1002/2; 1002/4; 1002/5;

1002/06; 1002/7; 1002/8; 1002/10; 1002/13; 1002/14;

1002/15; 1002/16; 1002/17; 1002/18; 1002/19; 1002/20;

1002/22; 1002/24; 1002/27; 1002/31; 1002/32; 1002/33;

1002/34; 1002/36; 1002/39; 1002/40.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/010

Título [Cerimónia de encerramento das comemorações do oitavo

centenário do mosteiro cisterciense de Alcobaça]

Data inicial de captura 1979-05-27

Data final de captura 1979-05-27

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 31

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 9 x 13 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a cerimónia de

encerramento das comemorações do oitavo centenário do mosteiro cisterciense de Alcobaça.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística

presidida por Dom António Ribeiro, à conferência do

professor doutor Joaquim Veríssimo Serrão, sobre "O

mosteiro de Alcobaça na cultura portuguesa", à visualização

Page 153: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

144

de uma exposição na sala dos reis e à entrega de presentes.

A assistir à cerimónia surgem, entre outras, as seguintes

figuras: Ramalho Eanes, então presidente da república; Maria

Manuela Eanes, primeira-dama; Miguel Guerra, então

presidente da câmara municipal de Alcobaça; Carlos Mota

Pinto, então vice-primeiro ministro; David Mourão-Ferreira,

escritor e então secretário de estado da cultura; padre

Alexandre Siopa, prior de Alcobaça; professor doutor padre

Aires Nascimento; Dom José Policarpo, então bispo auxiliar

de Lisboa; Dom António Marcelino, então bispo auxiliar de

Lisboa; Dom Manuel Clemente, então diácono.

Localização geográfica Alcobaça (município, Leiria, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ligeiro amarelecimento nos

bordos. Uma das provas apresenta um rasgão no verso.

Notas As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: R12P32A; R12P33A; R5P12; R7P1;

R7P2; R7P7; R2P3; R3P6; R2 nº13; R1P11; R1P8; R1P12;

R1 nº17; R1P4; R12P5-A; R6P10; R2P6; 41 A; R6P7; R1P7;

R8P7; R4P11; R6P2; 23; R8P11; R12P12A; 14; 16; 42.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/011

Título "Bênção e lançamento da primeira pedra da igreja de Mira-

Sintra"

Data inicial de captura 1980-06-[--]

Data final de captura 1980-06-[--]

Nível de descrição Documento simples

Quantidade total 1

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 18 x 24 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Page 154: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

145

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Contém uma fotografia capturada durante a bênção e

lançamento da primeira pedra da igreja paroquial de São

Francisco de Assis, presidida por Dom António Ribeiro.

Dom António Ribeiro surge acompanhado por uma multidão

de fiéis.

Localização geográfica Mira-Sintra (freguesia, Sintra, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

A prova fotográfica apresenta manchas de amarelecimento.

Notas A igreja de Mira-Sintra foi inaugurada em 1982.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/012

Título [Visita pastoral à freguesia de Benfica]

Data inicial de captura [1980?]-[--]-[--]

Data final de captura [1980?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 29

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 13 x 28 cm; 20 x 25 cm

Nome do(s)

produtor(es)

A. Félix Marques, LDA., Lisboa

Função do(s)

produtor(es)

Estúdio de fotografia

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro a Benfica.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística

na igreja paroquial de Nossa Senhora do Amparo.

Page 155: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

146

Localização geográfica Benfica (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

Duas provas fotográficas apresentam um rasgão no verso.

Notas Carimbo no verso das provas fotográficas: A. Félix Marques,

Lda., Lisboa.

As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 162/1; 162/2; 162/4; 162/5; 162/7;

1652/8; 162/10; 162/22; 162/125; 162/27; 162/28; 162/121;

162/122; 162/148; 162/152; 162/155; 162/162; 162/163;

162/228; 162/267; 162/268; 162/365; 162/366; 162/369;

162/370; 162/371; 162/375; 162/2; 162/27.

Apesar de se verificar a existência de diferentes formatos,

todas as provas fotográficas retratam o mesmo evento.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/013

Título [Celebração eucarística na sé patriarcal de Lisboa]

Data inicial de captura [1980?]-[--]-[--]

Data final de captura [1980?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 12

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 9 x 13 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante uma celebração

eucarística, presidida por Dom António Ribeiro na sé

patriarcal de Lisboa.

Localização geográfica Sé (freguesia, Lisboa, Portugal)

Page 156: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

147

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

Algumas provas fotográficas apresentam manchas de sujidade

e uma das provas apresenta um rasgão no verso.

Notas As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: A53/6A; A53/7A; A53/13A; A53/15A;

A53/23A; A53/25A; A53/26A; A53/27A; A53/28A;

A53/30A; A53/31A; A53/34A.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/014

Título "Procissão dos Passos em Óbidos"

Data inicial de captura 1981-04-12

Data final de captura 1981-04-12

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 37

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 15 x 20 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Foto Fernando Ribeiro, Óbidos; Irene Martins, Foto Paris,

Caldas da Rainha

Função do(s)

produtor(es)

Estúdio de fotografia

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a Procissão dos

Passos em Óbidos, por ocasião da Páscoa.

Contém provas fotográficas alusivas a diversos momentos da

procissão com as imagens do Senhor dos Passos e de Nossa

Senhora das Dores e à celebração eucarística presidida por

Dom António Ribeiro, na igreja de Santa Maria.

Localização geográfica Óbidos (município, Leiria, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

Algumas provas fotográficas apresentam manchas de sujidade

no verso.

Page 157: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

148

Notas Carimbos no verso das provas fotográficas: Foto F. Ribeiro,

Óbidos; Irene Martins, Foto Paris, Caldas da Rainha.

As provas terão sido reveladas em estúdios de fotografia

diferentes. (Apresentam diferentes carimbos, mas retratam o

mesmo evento e as mesmas pessoas).

As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 3; 13; 15; 17; 22; 23; 24; 29; 31; 37; 2; 3;

4; 5; 9; 14; 15; 16; 18; 20; 21; 22; 23; 24; 26; 27; 28; 29; 34;

49; 99; 100; 101; 103; 104; 106; 108.

Contém um documento textual associado (12 x 22 cm)

correspondente ao programa relativo às festividades da

Páscoa.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/015

Título [Papa João Paulo II e Dom António Ribeiro]

Data inicial de captura 1982-05-[--]

Data final de captura 1982-05-[--]

Nível de descrição Documento simples

Quantidade total 1

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 20 x 25 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Foto Felici, Roma; Papa João Paulo II

Função do(s)

produtor(es)

Estúdio de fotografia; doador.

Âmbito e conteúdo Contém uma fotografia capturada durante a visita do papa

João Paulo II a Portugal. Retrata o papa João Paulo II e Dom

António Ribeiro na casa patriarcal, então situada no Campo

dos Mártires da Pátria.

Localização geográfica Pena (freguesia, Lisboa, Portugal)

Page 158: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

149

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

A prova fotográfica apresenta marcas de deterioração da

imagem.

Notas Carimbo no verso da prova fotográfica: Foto Felici, Roma.

A prova fotográfica apresenta no verso a seguinte numeração

a caneta: 233.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/016

Título [Visita a São Paulo]

Data inicial de captura 1984-[--]-[--]

Data final de captura 1984-[--]-[--]

Nível de descrição Documento

Quantidade total 110

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtores(s)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro a São Paulo, por ocasião no sexagésimo

quarto aniversário da Associação Portuguesa de Desportos.

Contém provas fotográficas alusivas ao exterior e interior do

estádio Oswaldo Teixeira Duarte, à celebração eucarística

presidida por Dom António Ribeiro, à concessão de

entrevistas e ao convívio com os fiéis.

Localização geográfica

São Paulo (estado, Brasil)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam manchas de

amarelecimento no verso, bordo superior e inferior.

Algumas provas apresentam ligeiro desvanecimento da

Page 159: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

150

imagem e ligeira alteração de cor.

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/017

Título [Visita ao distrito de Faro]

Data inicial de captura [1984?]-[--]-[--]

Data final de captura [1984?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 11

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 15 x 20 cm

Nome do(s)

produtor(es)

M. Cabral

Função do(s)

produtor(es)

Fotógrafo

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro ao distrito de Faro.

Contém provas fotográficas alusivas à visualização de uma

exposição, à celebração eucarística presidida por Dom

António Ribeiro e ao convívio com os fiéis.

Localização geográfica Faro (distrito, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ondulação.

Algumas provas apresentam rasgões no seu verso.

Notas Carimbo no verso da prova fotográfica: M. Cabral. As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 1; 3; 7; 9; 12; 18; 19; 20; 22; 25; 54.

Page 160: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

151

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/018

Título [Festa de São Jorge, Corpo Nacional de Escutas]

Data inicial de captura 1985-04-28

Data final de captura 1985-04-28

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 8

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a festa de São Jorge,

patrono do Corpo Nacional de Escutas, no Pavilhão dos

Desportos.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística

presidida por Dom António Ribeiro.

Localização geográfica São Sebastião da Pedreira (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 335; 419A; 422A.

Page 161: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

152

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/019

Título [Visita a uma comunidade rural]

Data inicial de captura 1985-04-[--]

Data final de captura 1985-04-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 3

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Funções do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante uma visita de Dom

António Ribeiro a uma comunidade rural, fazendo-se

acompanhar de Dom Manuel Falcão, à data bispo de Beja.

Localização geográfica Portugal

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: R325-24A; R329-16A; R329-21A.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/020

Título [Bênção da Sé de Angra do Heroísmo]

Data inicial de captura 1985-11-03

Data final de captura 1985-11-03

Nível de descrição Documento composto

Page 162: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

153

Quantidade total 27

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro a Angra do Heroísmo, por ocasião da

reabertura da sé, após as obras de restauro dos estragos

provocados pelo terramoto de 1980.

Contém provas fotográficas alusivas à procissão e à

celebração eucarística na sé.

Dom António surge acompanhado por Dom Aurélio Granada

Escudeiro, à data bispo de Angra do Heroísmo.

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Localização geográfica Sé (freguesia, Angra do Heroísmo, Açores, Portugal)

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/021

Título [Visita à casa do Movimento Católico de Schönstatt]

Data inicial de captura 1985-11-17

Data final de captura 1985-11-17

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 19

Page 163: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

154

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 9 x 13 cm; 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita de Dom

António Ribeiro à casa do Movimento Católico de Schönstatt,

por ocasião da celebração de encerramento do centenário do

padre José Kentenich, fundador do movimento.

Contém provas fotográficas alusivas à visita ao santuário

mariano de Schönstatt e ao convívio com os membros do

movimento.

Localização geográfica Santa Maria de Belém (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As proas fotográficas apresentam ondulação.

Algumas provas exibem um rasgão no verso e os cantos

deteriorados.

Notas As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 54/12; 54/13; 54/15; 54/16; 54/17; 54/

18; 54/19; 54/25; 54/26; 54/27; 54/31; 54/32; 54/34

Apesar de se verificar a existência de diferentes formatos,

todas as provas fotográficas retratam o mesmo evento.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/022

Título [Congresso do Corpo Nacional de Escutas 2000]

Data inicial de captura 1986-11-29

Data final de captura 1986-11-29

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 2

Page 164: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

155

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a participação de

Dom António Ribeiro no primeiro congresso do Escutismo

Católico Português, sobre o tema "Que Escutismo para o ano

2000?", decorrido na Aula Magna da reitoria da Universidade

de Lisboa.

Contém provas fotográficas alusivas ao momento do discurso

de uma patente militar portuguesa e ao convívio com figuras

do Corpo Nacional de Escutas.

Localização geográfica Campo Grande (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas Carimbo no verso da prova fotográfica: Kodac, Novembro

1986.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/023

Título "Bênção e lançamento da primeira pedra da igreja de Santa

Maria"

Data inicial de captura 1987-06-21

Data final de captura 1987-06-21

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 6

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação baritado.

Page 165: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

156

Formato 10 x 15 cm; 9 x 13 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Escuteiros do agrupamento 46 do Corpo Nacional de Escutas

Função do(s)

produtor(es)

Doador

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada por ocasião da cerimónia de

bênção e lançamento da primeira pedra da igreja paroquial de

Santa Maria, presidida por Dom António Ribeiro.

Contém provas fotográficas da celebração eucarística na qual

participaram os escuteiros do agrupamento 46 do Corpo

Nacional de Escutas.

Contém ainda uma fotografia de grupo dos mesmos

escuteiros.

Localização geográfica Agualva (freguesia, Sintra, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

Uma prova fotográfica apresenta resíduos de papel no verso.

Notas Contém dois documentos gráficos: um cartão de

agradecimento dos escuteiros do agrupamento 46 do Corpo

Nacional de Escutas (10 x 15 cm); cartão com informação

relativa à bênção (10 x 15 cm).

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/024

Título [Comemorações da Semana Santa em Óbidos]

Data inicial de captura 1990-04-15

Data final de captura 1990-04-15

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 11

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Page 166: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

157

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante as comemorações

da Semana Santa, presididas por Dom António Ribeiro.

Contém provas fotográficas alusivas à Procissão dos Passos e

à celebração eucarística no exterior da igreja de Santa Maria.

Localização geográfica Óbidos (município, Leiria, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/025

Título [Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres]

Data inicial de captura [1990?]-05-20

Data final de captura [1990?]-05-20

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 56

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 15 x 20 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Page 167: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

158

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante as festas de devoção

ao Senhor Santo Cristo dos Milagres, no quinto domingo após

a Páscoa.

Contém provas fotográficas da procissão e da celebração

eucarística, presidida por Dom António Ribeiro, no convento

de Nossa Senhora da Esperança.

Localização geográfica São José (freguesia, Ponta Delgada, Açores, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 10A/ 11061; 12A/11061; 15A/11087;

16A/11087; 37/11080; 7/11066; 15/11066; 17/11066;

20/11066; 23/11066; 24/11066; 30/11066; 34/11066; 13/66;

26/66; 1/11068/; 5/11068; 21/11068; 15A/11067; 28/11067;

31/11067; 33/11067; 12A/11069; 14A/11069; 11/11071;

10/11072; 12/11072; 16/11072; 3A/11073; 8A/11073;

14A/11073; 22A/11073; 31A/11073; 9/11074; 31/11074:

12A/11075; 19A/11075; 3/11078; 32/11078; A43/11080;

A44/11080; A47/11080; A50/11080; A55/11080;

AD46/11080; D53/11080; 5A/11065; A34A/11063;

C18A/11063; C26A/11063.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/026

Título [Paisagens e habitantes da Ilha de São Miguel]

Data inicial de captura [1990?]-05-[--]

Data final de captura [1990?]-05-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 13

Processo fotográfico Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 15 x 20 cm; 17 x 20 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s) Sem indicação.

Page 168: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

159

produtor(es)

Âmbito e conteúdo Contém provas fotográficas da Lagoa das Sete Cidades e da

Lagoa do Fogo. Inclui três provas fotográficas das caldeiras.

Inclui ainda duas provas fotográficas que retratam dois idosos,

habitantes da Ilha de São Miguel.

Localização geográfica Sete Cidades (freguesia, Ponta Delgada, Açores, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas As fotografias poderão ter sido capturadas aquando da visita

de Dom António Ribeiro a Ponta Delgada por ocasião das

Festas de Devoção ao Senhor Santo Cristo dos Milagres.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/027

Título [Visita pastoral ao município de Óbidos]

Data inicial de captura [1990?]-[--]-[--]

Data final de captura [1990?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 40

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 15 x 20 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita pastoral de

Dom António Ribeiro ao município de Óbidos.

Contém provas fotográficas alusivas à procissão em Óbidos e

à celebração eucarística na igreja de Santa Maria.

Contém ainda provas fotográficas alusivas à celebração

Page 169: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

160

eucarística na igreja paroquial de Santa Madalena de A-dos-

Negros e ao convívio com os fiéis.

Localização geográfica Óbidos (município, Leiria, Portugal)

A-dos-Negros (freguesia, Óbidos, Leiria, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração a caneta: 1; 4; 5; 9; 16; 24; 32; 33; 37; 38; 44; 46;

50; 54; 59; 60; 61; 64; 65; 67; 69; 70; 73; 77; 85; 91; 92; 95;

103; 106; 109; 116; 119; 127; 134; 138; 149; 150; 152.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/028

Título "Visita pastoral à freguesia de Salir do Porto"

Data inicial de captura [1990?]-[--]-[--]

Data final de captura [1990?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 21

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita pastoral de

Dom António Ribeiro à freguesia de Salir do Porto.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística

na igreja paroquial de Nossa Senhora da Conceição, à visita

ao Centro Recreativo e Cultural de Salir e ao convívio com os

fiéis.

Page 170: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

161

Localização geográfica Salir do Porto (freguesia, Caldas da Rainha, Leiria, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

Algumas provas fotográficas apresentam acentuada alteração

de cor.

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/029

Título "Bênção e lançamento da primeira pedra da igreja de Nossa

Senhora Rainha dos Apóstolos"

Data inicial de captura 1993-05-23

Data final de captura 1993-05-23

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 22

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a bênção e

lançamento da primeira pedra da igreja de Nossa Senhora

Rainha dos Apóstolos, presidida por Dom António Ribeiro.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística e

ao convívio com os fiéis na escola básica do segundo e

terceiro ciclos de Vasco Santana.

Localização geográfica Ramada (freguesia, Odivelas, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Page 171: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

162

Notas

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/030

Título "Visita pastoral à freguesia de Lamas"

Data inicial de captura 1994-[--]-[--]

Data final de captura 1994-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 30

Processo fotográfico Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Celestino

Função do(s)

produtor(es)

Fotógrafo

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a visita pastoral de

Dom António Ribeiro a Lamas.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística e

à cerimónia de dedicação do altar na igreja paroquial de São

Tomé.

Contém ainda provas fotográficas alusivas ao convívio com os

fiéis.

Localização geográfica Lamas (freguesia, Cadaval, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas

Page 172: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

163

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/031

Título [Comemorações Antonianas]

Data inicial de captura 1995-02-16

Data final de captura 1995-02-17

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 59

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 20 x 30 cm; 20 x 27cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a deslocação de

Dom António Ribeiro a Pádua por ocasião do oitavo

centenário do nascimento de Santo António.

Contém provas fotográficas alusivas à cerimónia no teatro

Antonianum e na basílica de Santo António de Pádua.

Surge representado Jorge Sampaio, à data presidente da

câmara municipal de Lisboa.

Contém ainda provas fotográficas alusivas à exposição em

Pádua intitulada "Ottavo Centenario della Nascita del Santo,

11995-1995. Lisbona Riscostruzione della Casa Natale di

Santo Antonio.".

Localização geográfica Pádua (município, Itália)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficos

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas Apesar de se verificar a existência de diferentes formatos,

todas as provas fotográficas retratam o mesmo evento.

Page 173: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

164

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/032

Título "Bênção dos sinos da igreja do Sagrado Coração de Jesus"

Data inicial de captura 1995-05-28

Data final de captura 1995-05-28

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 5

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 15 x 20 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante a bênção dos sinos

da igreja do Sagrado Coração de Jesus.

Contém provas fotográficas alusivas à celebração eucarística

presidida por Dom António Ribeiro, ao momento da bênção

dos sinos e ao exterior da igreja.

Localização geográfica Coração de Jesus (freguesia, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam ligeiro amarelecimento nos

bordos.

Notas As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração digital: 06 61+02 NNNNN 812; 02 61+03

NNNNN 813; 02 61+02 NNNNN 815; 01 61+02 NNNNN

812; 37 61+02 NNBNN 278.

Page 174: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

165

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/033

Título "Igreja de São Pedro e São João do Estoril"

Data inicial de captura 1996-06-23

Data final de captura 1996-06-23

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 32

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Contém provas fotográficas alusivas ao exterior e interior da

igreja paroquial de São Pedro e São João do Estoril,

capturadas no dia da sua dedicação e inauguração presidida

por Dom António Ribeiro.

Localização geográfica Estoril (freguesia, Cascais, Lisboa, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

As provas fotográficas apresentam um estado de conservação

bom.

Notas As provas fotográficas apresentam no verso a seguinte

numeração digital: <No.4A> 00-01 NNNNN +() 110-022;

<No.3> 00-01 NNNNN +() 110-010; <No.8> 00-01 NNNNN

+() 110-005; <No.9> 00-01 NNNNN +() 110-023; <No.10>

00 +00 NNNNN +() 110-020; <No.11> 00-02 NNNNN +()

110-005; <No.12> 00+00 NNNNN +() 110-000; <No.15> 00-

02 NNNNN +() 110-016; <No.3> 00-01 NNNNN +() 110-

010; <No.14> 00-01 NNNNN +() 110-021; <No.16> 00-02

NNNNN +() 110-016; <No.17> 00-02 NNNNN +() 110-002;

<No.18> 00-02 NNNNN +() 110-001; <No.20> 00-01

NNNNN +() 110-009; <No.21> 00-01 NNNNN +() 110-015;

<No.3> 00-01 NNNNN +() 110-010; <No.22> 00+00

NNNNN +() 110-000; <No.24> 00-02 NNNNN +() 110-004;

<No.25> 00-02 NNNNN +() 110-004; <No.26> 00+00

NNNNN +() 110-010; <No.23> 00+00 NNNNN +() 110+000;

Page 175: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

166

<No.7> 00-01 NNNNN +() 110-017; <No.27> 00+00

NNNNN +() 110-013; <No.34> 00+01 NNNNN +() 110-007;

<No.32> 00+00 NNNNN +() 110-024; <No.33> 00+00

NNNNN +() 110-011; <No.31> 00+00 NNNNN +() 110-013;

<No.34A> 00-01 NNNNN +() 110-007; <No.29A> 00-01

NNNNN +() 110-000; <No.28A>00-01 NNNNN +() 110-002;

<No.36>00+00 NNNNN +() 110-017; <No.28> 00+00

NNNNN +() 110-003; <No. E> 00+00 NNNNN +() 110-017;

<No.6a> 00-01 NNNNN +() 110-013.

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/034

Título [Retrato de Dom António Ribeiro]

Data inicial de captura [1996?]-[--]-[--]

Data final de captura [1996?]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento simples

Quantidade total 1

Processo fotográfico

[dimensão, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 10 x 15 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Contém uma fotografia do retrato de Dom António Ribeiro,

pintura a óleo sobre tela.

Localização geográfica Lisboa (município, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

A prova apresenta manchas de amarelecimento nos bordos.

Notas Pintura de Luís Braamcamp Freire Pinto-Coelho, datada de

1996, oferecida a Dom António em meados dos anos 90.

Page 176: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

167

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/035

Título [Brasão de Armas]

Data inicial de captura [1998]-[01]-[--]

Data final de captura [1998]-[01]-[--]

Nível de descrição Documento simples

Quantidade total 1

Processo fotográfico

[dimensão, cor,

suporte]

Positivo; cor [cromogéneo]; papel de revelação plastificado.

Formato 12 x 18 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Contém uma fotografia do brasão de armas episcopais de

Dom António Ribeiro, acompanhado do lema episcopal «Ex

fide in fidem».

Localização geográfica Lisboa (município, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

A prova fotográfica apresenta um vinco.

Notas Segundo a informação inscrita no envelope onde a fotografia

se encontrava, esta foi capturada com o propósito de ilustrar

um artigo de A Vida Católica, revista quadrimensal, órgão

oficial do Patriarcado de Lisboa.

Page 177: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

168

Código de referência PT/AHPL/PAT15/Z/02/036

Título [Romeiros da Ilha de São Miguel]

Data inicial de captura [19--]-[--]-[--]

Data final de captura [19--]-[--]-[--]

Nível de descrição Documento composto

Quantidade total 2

Processo fotográfico

[polaridade, cor,

suporte]

Positivo; p & b [gelatina e prata]; papel de revelação

plastificado.

Formato 15 x 20 cm; 18 x 20 cm

Nome do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Função do(s)

produtor(es)

Sem indicação.

Âmbito e conteúdo Reportagem fotográfica realizada durante uma Romaria de

São Miguel.

Contém provas fotográficas alusivas a um grupo de Romeiros

de São Miguel num momento de oração e na procissão em

torno da ilha.

Localização geográfica Ponta Delgada (município, Açores, Portugal)

Características físicas e

requisitos técnicos das

provas fotográficas

Uma prova fotográfica apresenta pequenas manchas de

amarelecimento no verso.

Notas Apesar de se verificar a existência de diferentes formatos,

ambas as provas fotográficas retratam o mesmo evento.

Page 178: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

169

Apêndice VIII – Material de higienização

Page 179: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

170

Apêndice IX – Unidades de acondicionamento

Page 180: O FUNDO DOM ANTÓNIO RIBEIRO, 15º CARDEAL-PATRIARCA

171

Apêndice X – Local de armazenamento