o foco - edição digital 87 - notícia com nitidez

O FOCO[billy paul]Revelamos os bastidores da negociação para trazer cantor a Muriqui

[CiNE ClubE MSb] aimée & Trintigant em “um homem, uma Mulher”: clássico de lelouch

j o r n a l o f o c o . c o m . b r

página 14 página 14 página 6

Turisrio diz que há projetos de nova sinalização e reforma do píer, porém não há datas para início de obras. Agências clandestinas e falta de divulgação completam o quadro. página 6

[itacuruçá]

Turismo precisa de atenção

Veleiro é motivo de disputa acirrada em Mangaratiba

Aarão desabafa: “não aguento mais”Evento reuniu personalidades da política no Iate Clube de Muriqui para receber Leonardo Picciani (PMDB), em campanha para reeleição. Multidão lotou dependências do clube e gritou apoio ao prefeito e aliados.

[aMEricaNOS X EStaLEirO]

Processos judiciais obrigam o histórico e valioso veleiro Lord Jim a uma permanência forçada em terra página 3

página 11

Holger e tracy fazem pesadas acusações ao estaleiro renaman

tHiagO MELO

[PrEfEitO cONcLaMa]

Prefeito se diz perseguido e pede ajuda à população

aarão: entrevista exclusiva

tHiagO MELO

[EvENtO dE caMPaNHa]

[OEStE EXPOrt] [difErENtE] [gaStrONOMia]

Andreia Busatto reúne eleitores em Muriqui

Os Busatto em evento político

JuPy JuNiOr

ESPECIAL

Voto consciente

páginas 10 e 11

Matéria especial traz informações importantes para quem quer refletir antes de decidir o futuro do país

Candidatos da região apresentam suas propostas

você sabe quais são os deveres dos representantes do povo?

Em entrevista exclusiva, prefeitoelogia a mulher

charlinho da andreia ou andreia do charlinho?

página 13

Evento em campo grande reúne empresas importantes. Promessa de muitos negócios

Bola oval, gol em formato “H”, muita correria, quedas e hematomas: assim é o rúgbi. Equipe de Itaguaí investe no Campeonato Brasileiro

Esta é a cotação do restaurante colonial: o melhor bacalhau da região

página 6 página 7 página 17

[tEatrO]

Deborah Secco se apresenta em Itaguaí com peça que discute relações amorosas atriz global concedeu entrevista exclusiva a O fOcO

rEPrOduçãO/iNtErNEt

ano 4 | Edição 87Sexta-feira, 24 de setembro de 2010

o p i n i ã o

2 O FOCO Sexta-feira, 24 de setembro de 2010

a campanha eleitoral enche as ruas de Mangaratiba, Seropé-dica e itaguaí de jingles. São

tantos carros de som que dá até para se surpreender cantarolando algumas das músicas dos candidatos. Poluição sonora braba. Outra poluição, a vi-sual, também enche as ruas. Mas to-do esse movimento será em vão se as pessoas não souberem exatamente o que es-tá em jogo. Nada mais nada menos que o futu-ro do país. Esse é o te-ma da reportagem es-pecial dessa edição, que traz ainda as propos-tas de três dos candida-tos a deputado estadual da região.

um drama que persiste depois de uma tragédia. Esse é o assunto na pá-gina 3: um casal estrangeiro (ele, ale-mão naturalizado americano; ela, nas-cida na colômbia mas imigrou ainda bebê para os Eua), depois de naufra-gar com um belo e histórico veleiro, entram em guerra contra um estalei-

ro em Mangaratiba. diversos proces-sos tramitam na justiça. O fOcO ou-viu os interessados na questão, que se enfrentam com muitas acusações.

Na parte cultural, teatro, show, cine-ma... deborah Secco respondeu per-guntas feitas por O fOcO, ela vai se apresentar em itaguaí. Na editoria “Poder”, dois eventos de campanha

são relatados, e duas entrevistas exclusivas dos prefeitos de Mangarati-ba e de itaguaí, aarão e charlinho. Em espor-te, uma matéria sobre o rúgbi, que é forte em itaguaí.

caminhada arco-íris, cozinha Brasil (apro-veitamento de alimen-

tos), a questão do turismo em itacuru-çá, Oeste Export, a negociação envol-vendo o Superporto Sudeste (que será PortX)...essa edição tem muitas maté-rias, assunto não falta...

contamos com sua participação, ca-ro leitor. Estamos abertos a sugestões, críticas, e (por que não?) elogios.

T.M. CoMuniCações LTDa. CNPJ: 07.600.975/0001-08 INsCrIção MuNICIPal: 6077

Diretor Geral/Editor-Chefe: Thiago Melo (MTB 25.806/RJ) [email protected] Administrativa: Marina [email protected]: Jupy Junior (MTB 28.085/RJ)Reportagens: Thiago Melo e Jupy JuniorDiagramação e Projeto Gráfico: T.M. ComunicaçõesImpressão: NewsTechCirculação:Seropédica, Itaguaí e Mangaratiba

Redação: Avenida Cândido Jorge, nº 167, Sobreloja, Muriqui - Mangaratiba, RJ, Cep.:23.870-000

Matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal O FOCO sendo as mesmas de inteira e exclusiva responsabilidade de seus respectivos autores.

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observatório[thiago melo] [email protected]

[EditOriaL] [fOcO NO LEitOr] Participe desta seção: [email protected]

aSSuNtO NãO faLta Parabéns ISolicitamos à prefeitu-

ra de Mangaratiba a insta-lação de uma passarela na estrada Rio-Santos ligan-do a Estrada São João Mar-ques ao fórum e à delegacia. Também pedimos providên-cias na rua José de Vascon-celos, pois existe uma va-la negra no local. O esgo-

to corre a céu aberto, e de-ságua na Praia do Saco. O mal cheiro é insuportável, e há uma infestação de mos-quitos. Aqui no trevo da Praia do Saco, beirando a Rio-Santos, há outra vala aberta. SOS para o bairro Nova Mangaratiba.

Carmem Costa G. Reis

[ Entrevistas exclusivas

com os prefeitos

Charlinho e Aarão

][fOtO dEStaquE]

as paisagens de Man-

garatiba são realmen-

te belas. Esta foto é um

bom exemplo disso.

O registro foi feito por

thiago Melo, durante o

por do sol, no trapiche.

Participe também man-

dando suas fotos, elas

podem aparecer aqui.

Faça como a Carmen, mande a sua solicita-ção para O FOCO. Ela pode inclusive dar origem a uma reporta-gem sobre o seu bair-ro. Mande cartas ou e--mail (endereços no ex-pediente, no final dessa página).

PEzãO FAz CAMPAnhA EM MAngArATIBAO vice-governador Luiz fernando Pezão (PMdB) fez caminhada anteontem pelas ruas do ranchito. ao lado do prefeito aarão e do vice-prefeito Marcelo tenório, cumprimentou eleitores e pediu votos para tentar a reeleição, junto Sérgio cabral, ainda no primeiro turno. Pezão conversou com a coluna e disse estar muito satisfeito com o trabalho de aarão e Marcelo. Segundo ele, pesquisas apontam uma folgada margem na região, com cerca de 68% das intenções de voto. Luiz afirmou também estar confiante na aliança Picciani x Lindberg: “vamos rumo à vitória”.

tHiagO MELO

ESTIMAS MELhOrASO vereador de Mangaratiba gustavo Busse está internado no Hospital São Lucas, em copacaba-na, devido a uma possível hérnia de disco. Segun-do fontes próximas ao vereador, ele foi transferido do Hospital victor de Souza Breves essa semana. desejamos pronto reestabelecimento.

nãO É SÓ O LULA...Os recentes comentários do presidente Lula contra a imprensa, encontram eco em alguns políticos do interior. Prova disso é que um determinado vereador de Mangaratiba, ao ser citado por esta coluna, após cometer uma baita gafe, descar-regou toda sua ira durante uma sessão na câ-mara. Lamentável o episódio.

rEPrESEnTAndO MAngArATIBAO grupo de lutadores formado pelo professor Emerson, Wesly, gustavo, carlos, Josemar, ramon e thiago, brilharam em competição recente que garantiu quatro vagas para a copa Brasil de Kick-boxing. Eles conquistaram três medalhas de prata e três de bronze. O diferencial dos lutadores da cidade é que todos são faixas brancas (iniciantes), enquanto seus adversários já possuíam gradu-ação superior.

EdUCATrânSITOa Semana Nacional do trânsito em Mangaratiba foi marcada pelo projeto Educatrânsito. Os temas deste ano são o uso do cinto de segurança e da cadeirinha para crianças no banco de trás. O objetivo do projeto é orientar alunos dos centros de Educação infantis (cEiMs) e do ensino fundamental sobre o respeito às leis de trânsito, e assim torná-los multiplicadores de informação com os pais motoristas e pedestres. O Educatrânsito, que está no seu segundo ano, é uma realização da Secretaria de Educação em parceira com a diretoria de transito. São feitas apresentações como teatro, músicas, danças. Os alunos ainda disputam o prêmio de melhor projeto. a competição é dividida em duas categorias: cEiMs e ensino fundamental.

Sexta-feira, 24 de setembro de 2010 3O FOCO

c o t i d i a n o

[HOLOfOtE]

BABOUfiscais do trE/rJ fechar-am três centros sociais – dois em Santa cruz e um em Sepetiba – vinculados ao deputado estadual Jorge Babu, que tenta a reeleição pelo PtN. Babu, cuja candidatura foi in-deferida pelo trE, contin-ua a campanha eleitoral porque um recurso ainda não foi julgado pelo tSE. Os fiscais apreender-am nos centros sociais, pasmem: réplicas de ar-mas de fogo, 600 óculos de grau, muitos preserv-ativos masculinos, uma cesta básica, formulários de exame de vista e uma cadeira de rodas com in-scrição do SuS.

gIrAFFAS COnTrATAMa rede de restaurantes giraffas está recrutando em diversas localidades. dentre elas, itaguaí. as vagas são para aten-dentes de balcão, auxil-iares de cozinha, opera-dores de caixa e chapei-ros. Os requisitos são en-sino fundamental comple-to e, de preferência, dis-ponibilidade de horário e dinamismo.Os interessados po-dem se cadastrar no site do giraffas, na seção “trabalhe conosco”. O processo seletivo envolv-erá testes de matemática, redação, informática, tes-tes situacionais, dinâmicas de grupo e entrevistas in-dividuais.

PArA ESTUdArO colégio Estadual Erich Walter Heine, fruto da parceria entre o governo do rio de Janeiro e a thyssenKrupp cSa Siderúrgica do atlântico, está com inscrições ab-ertas para o ano letivo de 2011. São 200 vagas para a 1ª série do Ensino Médio profissionalizante em administração, dis-poníveis a alunos que concluíram o 9º ano do Ensino fundamental ou a fase iX da Educação de Jovens e adultos, oriun-dos da rede pública feder-al, estadual ou municipal, com idade entre 13 e 16 anos. acesse o site da Secretaria de Estado de Educação (www.educacao.rj.gov.br) ou no portal conexão aluno (www.conexaoaluno.rj.gov.br) e saiba como fazer sua inscrição.

De um lado, um ca-sal de americanos: o ale-mão naturalizado Hol-ger Kreuzhage, 71 anos, e Tracy Brow, idade não revelada. Do outro, Luiz Prado, 59 anos, um dos sócios do estaleiro Rena-man, em Mangaratiba. Estas pessoas vivem um inferno: troca de acusa-ções sérias, xingamen-tos, processos na justi-ça e prejuízos alegados. Tudo por causa da per-manência no estaleiro do Lord Jim, embarca-ção construída na déca-da de 1930 e avaliada em US$ 900 mil. Depois de um naufrágio em Para-ti, ele foi rebocado para o estaleiro e desde então a confusão se instalou.

LOrd JIM: TrISTE dESTInOO estaleiro cobrou

R$ 150 mil pelo conser-to. Em 2007, a Remanan ajustou o orçamento pa-ra R$ 260 mil. Os do-nos aceitaram. Mas de-pois, insatisfeitos com o andamento do serviço, conseguiram autoriza-ção judicial para contra-tar outra empresa. Foi o início de uma guerra. O estaleiro ajuizou ação de perdas e danos, ale-gando que eles conti-nuaram ocupando uma vaga que renderia aos cofres da empresa R$ 10 mil mensais. A jus-tiça deu razão ao casal, que passou a dever ape-nas 8 reais a Luiz Prado. Ele insiste que os ame-ricanos devem pagar pelo conserto do trilho que devolveria o barco ao mar, algo em torno de R$ 70 mil. O casal diz que já pagou tudo o que devia, e que a responsa-bilidade pela manuten-ção dos trilhos é do es-taleiro. Criou-se o im-passe.

hOLgEr E TrACYTracy Brown fica com

os olhos marejados ao relatar a situação. Diz que se sente ameaça-da pela família de Pra-do, com medo de an-dar sozinha. Diz que já foi seguida pela rua, as-sim como marido, Hol-

[cONfLitO]

Batalha naval a secoveleiro causa clima de guerra entre empresário e casal de estrangeiros

[Jupy Junior][email protected]

ger. Usam palavras for-tes para se referir ao só-cio do estaleiro: ladrão, personificação do mal, doente mental. O capi-tão diz que foi agredido no pé com uma pá pe-lo filho do inimigo. “Há pessoas más em todo lugar, mas nunca vivi nada parecido, e eu já viajei o mundo todo” – desabafa Tracy.

“Ele [Prado] é lou-co, movido pela ambi-ção, quer tomar o nosso

barco” – dispara Tracy, que mistura palavras em português e inglês quando fica transtorna-da. O casal pediu ajuda – sem sucesso – ao con-sulado americano, e es-teve na 165ª DP (Man-garatiba) quatro vezes para registrar queixa de ameaça e apropria-ção indébita. Agora pe-dem divulgação do ca-so à imprensa nacio-nal e internacional. Sa-bem que o desfecho po-

de demorar. Vivem há três anos a 100 metros do barco, em uma casa simpática, com alguns móveis que foram res-gatados do naufrágio. Voltaram à delegacia no dia 8 para denunciar uma sabotagem do es-taleiro nos trilhos que descem o barco ao mar. A polícia esteve na Re-naman na sexta (10) pa-ra inspecionar e foto-grafar a condição dos trilhos. O casal não es-tá conformado, e dizem que vão lutar até o fim.

LUIz PrAdOO sócio Luiz Prado re-

cebeu O FOCO de ma-neira pouco amistosa, a princípio. Depois, fez um discurso sem muito espaço para perguntas, com muitas idas e vin-das e citações de pesso-as notórias que já aten-deu no estaleiro. Assim ele se referiu aos do-nos do Lord Jim: “São pilantras, chamam to-do mundo de ladrão”. Ele continua: “A pior é a mulher [Tracy], não é possível negociar com eles” – e acrescenta: “não preciso do dinhei-ro deles, sou conhecido em Mangaratiba, mi-nha família é de bem, e eles não vão conseguir sujar meu nome”.

nEgOCIAÇãOPrado deu a enten-

der que não abre mão de um novo pagamen-to, com valores a se-rem negociados so-mente por intermedi-ários. Disse que esteve recentemente em Apa-recida do Norte, e que lá pediu à santa para “desarmar o seu espí-rito”. Sobre a agressão [

depois de um naufrágio, o veleiro foi

rebocado para o estaleiro

remanan e desde então a confusão se

instalou

][

“Ele é louco, movido pela

ambição” – diz Tracy. “Eles

chamam todo mundo de

ladrão” – diz o empresário

]do filho a Holger, não negou, e disse ainda que o americano teve “sorte”, porque a famí-lia dele [Prado] é “gen-te de bem”. Quanto à possibilidade de bri-gar na justiça por mui-tos anos, declarou iro-nicamente que está dis-posto a ir até a segunda instância: “tenho von-tade de conhecer Brasí-lia”. A raiva é um sen-timento bem visível em Prado. Ele diz que não vai arcar sozinho com as despesas necessárias para devolver o barco ao mar. Se não houver acordo, diz ele, “o bar-co vai apodrecer aí”.

fOtOS tHiagO MELO

Holger e tracy caminham em direção ao barco Lord Jim: ida ao estaleiro é motivo de consternação

tracy, exaltada, acusa Prado de perseguição

4 cotidiano O FOCO Sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A pessoa distímica passa a vida sendo prejulgada como alguém de baixo astral, melancólica, que só enxerga o mundo pelo lado negativo. Muitas vezes são pessoas

que na infância e na adolescência eram melancólicas, “profun-das”, isoladas, “pavio curto”, “céticas”. Costumam ter uma autocrítica exacerbada e também tendem a ser perfeccionistas. Sofrem muito quando erram ou se comparam a terceiros.

Sempre que pensamos em alguém mal-humorado, lembramos de uma pessoa que está sempre no negativo, destacando apenas os aspectos ruins da vida. Ela nunca está satisfeita e a vida torna-se um constante reclamar. Os apelidos como “rabugento”, “resmungão”, “chato”, são atribuídos a pessoas com tal perfil.

A distimia é um subtipo depressivo crônico que costuma aparecer já na adolescência ou mesmo na infância. Podendo muitas vezes apresentar sintomas como: alteração no apetite, alteração na qualidade e quantidade de sono, baixa energia ou fadiga, isolamento social e sentimentos de desesperança e insegurança. As pessoas relatam estar “empurrando a vida com a barriga”, desmotivadas e muito mal humoradas.

A doença não deve ser subestimada, pois o portador corre um risco 30% maior de desenvolver quadros depressivos graves.

“A distimia atinge entre 3% a 5% da população. Muitas pessoas portadoras da doença não sabem que têm tal proble-ma. Eles acreditam que os sintomas de pessimismo, negati-vismo, tristeza e baixo nível de energia são normais”

Causas da distimia: Relações familiares complicadas na infân-cia, genética familiar para distimia ou para depressão, separação traumática dos pais ou pais agressivos ou distantes, pais pouco afetivos, situações cotidianas que levem ao estresse crônico.

Nesse sentido, o tratamento da distimia deve ser considera-do, e deve permear sessões de psicoterapia e o uso medicamentos (antidepressivos) ministrados por um médico psiquiatra.

A psicoterapia é importante, não tem a mesma potência dos antidepressivos, porém, ajuda muito a melhorar os relacionamentos e a maneira da pessoa reagir aos acontecimentos vitais. Por isso, a combinação de psicoterapia mais medicação é muito positiva.

falando de saúde[ruy quintanilha] [email protected]

distimia: a doença do mau humor

Zeli dos Santos, uma das alunas do curso de três dias patrocinado pelo SESI e pela Secreta-ria de Assistência Social da prefeitura de Itaguaí (cuja idealizadora foi Karina Ouchi, nutricio-nista), aprendeu que suco de abóbora é ótimo para a saúde. “Vou fazer em casa” – promete ela, que é apenas uma das dezenas de pessoas que se reuniram na última semana de agosto para aprender sobre nutrição e aproveitamento de ali-mentos. Adriana Vicen-te, que trabalha em um abrigo infanto-juvenil mantido pela prefeitu-ra, disse que vai adotar o suco de casca de ma-mão como reforço na merenda. “Aproveitar os alimentos com certeza é uma maneira de melho-rar a nutrição” – comen-tou a cozinheira.

dEgUSTAÇãOA julgar pelos depoi-

mentos, o evento Cozi-nha Brasil - que desde 2002 roda por diversas cidades no Brasil – con-segue deixar claro que, quando o assunto é evi-tar o desperdício, a co-zinha de cada um tem o papel determinante. As lições ensinadas por Natália Barreto, a nu-tricionista designada pelo SESI para minis-trar o curso em Itaguaí, são de fato aprendidas pelos alunos. Até por-que eles experimenta-ram as sugestões logo depois que as receitas foram dadas: bolo de casca de abóbora e cou-ve, quiche de casca de abóbora, brigadeiro de

[NutriçãO]

O resto é tudocurso ensina que cascas e talos evitam desperdícios na alimentação e ajudam na saúde[Jupy Junior][email protected]

mandioca, dentre ou-tras, foram os quitutes preparados na cozinha do Centro de Convívio da Terceira Idade, em Itaguaí, onde acontece-ram as palestras.

POTEnCIAL nUTrITIVONatália explica que

o curso de três dias é dividido da seguinte

forma: no primeiro, re-flexões sobre a relação saúde-alimentação e informações sobre os grupos de alimentos. No segundo, explica-ções sobre a dinâmica da digestão e proble-mas de saúde que po-dem ser minimizados por uma alimentação adequada. No terceiro, os alunos aprendem

sobre modos eficazes de higienizar e con-servar os alimentos e sobre os teores dos alimentos em geral. “Sugerimos a adoção de algumas práticas na cozinha, como por exemplo colocar talos de couve no arroz, o que aumenta o poten-cial nutritivo de uma refeição” – explica.

Maria Ângela, meren-deira que atua no PET do bairro do Engenho, também disse que vai adotar algumas medi-das para “dar mais sus-tância [sic]” à comida que oferecem às crian-ças. “Achei três dias muito pouco, queria mais curso” – lamentou.

Para saber mais so-bre o Cozinha Brasil e copiar as receitas, é só acessar o site www.sesi.org.br, no link “Co-zinha Brasil”.

rEcEita: tOrta vEgEtariaNaMaSSa: 1 tablete de caldo de galinha / ¼ xíc. (chá) de água quente/ ¾ xíc. (chá) de óleo / 2 ovos / ½ xíc. (chá) de leite / 1 xíc. (chá) de água fria / 2 ½ xíc. (chá) de farinha de trigo / 1 ½ col. (sopa) de fermento em pó

rEcHEiO: 1 xícara (chá) de casca de beterraba / 2 xícaras (chá) de folha de couve-flor / 1 xícara (chá) de talos vegetais picados / ½ xícara (chá) de cebola ralada / 1 dente de alho amassado / 2 colheres (sopa) de óleo / 1 xícara (chá) de cenoura ralada com casca / 1 xícara (chá) de tomate picado.

MOdO dE PrEParO: Para a massa, dissolva o caldo de galinha na água quente. Bata todos os ingredientes no

liquidificador, com exceção dos dois últimos. coloque a farinha e o fermento em uma tigela e acrescente a mistura do liqui-dificador aos poucos, mexendo para homogeneizar. Em uma assadeira untada, coloque a metade da massa, acrescente o recheio e despeje por cima o restante da massa. Leve para assar em forno pré-aquecido até que, ao espetar um palito, este saia limpo. Para o recheio, lave bem a casca de beterraba, as folhas de couve-flor e os ta-los de vegetais. Pique e reserve. Em uma panela, refogue a ce-bola o alho no óleo. acrescente os outros ingredientes, misture bem e deixe refogar até ficarem macios. dica: Podem ser usados talos de salsa, agrião, espina-fre, beterraba e outros.

divuLgaçãO SMaS/itaguaí

alunas do curso com Natália e Karina

EsTaDo Do rIo DE JaNEIro | MuNICÍPIo DE MaNGaraTIBarEGIsTro CIVIl Das PEssoas NaTuraIs Do 1º DIsTrITo

rua DoMINGos JaNNuZZI, N.º 58, CENTrorEsP. PElo EXPEDIENTE: FÁBIo HENrIQuE V. DE alMEIDa rEGo

PuBLiCaçÃo

Processo n° 1626/2010 – Casamento: alEX saNDro Dos saNTos MarQuEs & aNDrÉa CrIsTINa BasTosProcesso n° 1628/2010 – Casamento: alEXsaNDro Da sIlVEIra saNTos rIBEIro & FaTIMa NaDIa GuIMarãEsProcesso nº 1629/2010 – Casamento: aNDErsoN GalDINo VIllEla & INGrID MEllo Da sIlVaProcesso n° 1630/2010 – Casamento: MarCElo auGusTo souZa PINTo & JulIaNa DE MIraNDa CHaGas.Processo nº 1631/2010 – Casamento: HENrIQuE GEroMEl DE GoEs & DaNIElE alVEs TorrEsProcesso nº 1632/2010 – Casamento: ClauDIo JosÉ lEMos DE aGuIar & aNDrEa loPEs aVIla. Processo nº 1633/2010 – Casamento: FEllIPE DE CasTIlHo NoGuEIra & suEllEN Dos saNTos CaBralProcesso nº 1634/2010 – Casamento: luIZ GuIlHErME Da CoNCEIção sIlVa & alINE PIMENTa HENrIQuEs Processo nº 1635/2010 – Casamento: EDValDo MarQuEs Dos saNTos & BIaNCa DE souZa NEIVa.Processo nº 1636/2010 – Casamento: THIaGo HIPolITo DE olIVEIra & raQuEl sIlVa DE olIVEIra.Processo n° 1637/2010 – Casamento: sErGIo Paulo Do rosarIo sIlVa & MarIaNE alVEs BarBosaProcesso nº 1638/2010 – Casamento: MaNoEl FaBrICIo Da sIlVa BraGa & MEIrE FErNaNDEs DE olIVEIra.Processo n° 1639/2010 – Casamento: HaNDErsoN GaMBoa Dos saNTos & aNa Paula olIVEIra Da CosTaProcesso n° 1640/2010 – Casamento: IVaN Da sIlVa & aNa luCIa Dos saNTos NuNEs sIlVaProcesso nº 1641/2010 – Casamento: JulIo CEsar CarDoso loPEs & ValDICEIa DE olIVEIraProcesso n° 1642/2010 – Casamento: YEDsoN alVEs CaMElo Do NasCI-MENTo & MarIa DE FÁTIMa CoNCEIção DE MoraEs.Processo nº 1643/2010 – Casamento: EVaNDro MurIlo DE saNTaNa & KElIaNa Da sIlVa olIVEIraProcesso nº 1644/2010 – Casamento: EDIGar CoNsTaNTINo NEVEs & THaIs GoMEs DE souZa. Processo nº 1645/2010 – Casamento: WENDEl Barroso DE olIVEIra roDrIGuEs & suElEN GoMEs GoNçalVEsProcesso nº 1646/2010 – Casamento: sIlas PIMENTEl FErrEIra & CoN-CEIção MarIa GuIMarãEs Dos saNTos Processo nº 1647/2010 – Casamento: roBINsoN PErEIra MoarEs JuN-Ior & KEIla JENIlDEs MEDEIros Da sIlVaProcesso nº 1648/2010 – Casamento: EDsoN MEllo & HIlDa Dos saN-Tos roDrIGuEs Da sIlVa.Processo nº 1649/2010 – Casamento: Mauro BorGEs FErrEIra & FEr-NaNDa rEGINa lEITãoProcesso n° 1650/2010 – Casamento: HENrIQuE Da sIlVa & MarCIa DIasProcesso nº 1651/2010 – Casamento: MElQuIaDEs FErrEIra Da sIlVa & MarIa DE lourDEs QuIrINo Da sIlVaProcesso n° 1652/2010 – Casamento: roNalDo JosÉ BErNarDo & FEr-NaNDa Da sIlVa MaCEDo.Processo nº 1653/2010 – Casamento: luIZ sErGIo raMalHo & ClauDIa MarIa DE olIVEIraProcesso nº 1654/2010 – Casamento: rolF ErICH KuNZEl & aNToINETTE rIZKallaH KaNaaN. Processo nº 1655/2010 – Casamento: roBEsoN Do EsPIrITo saNTo JENoEl & JoaNa DarK sEBasTIão Dos saNTosProcesso nº 1656/2010 – Casamento: aDIlsoN MIraNDa NETo & JosI-lENE Do EsPIrITo saNTos CruZ Processo nº 1657/2010 – Casamento: FaBIo MarCos Dos aNJos & lIlIaM NuNEs CorrEaProcesso nº 1658/2010 – Casamento: luIs Carlos MaIa & CaMIla CoElHo Da sIlVa.Processo nº 1659/2010 – Casamento: MarCIo CorrEa Da sIlVa & sHIrlEY raMos DE aNDraDE.

se alguém souber de algum impedimento, acuse-o, na forma da lei.Mangaratiba em 24 de setembro de 2010.

Sexta-feira, 24 de setembro de 2010 cotidiano 5O FOCO

A SK Networks, quarto maior conglo-merado da Coréia do Sul (80 empresas), com atuação nos setores de siderurgia, petróleo e telecomunicações em 22 países, associou-se ao empresário Eike Ba-tista, da MMX. Em uma operação de US$ 700 milhões, os coreanos e o brasileiro viraram sócios e compraram o Superporto Sudeste, da LLX Logística, por R$ 2,3 bilhões. O por-to, cujas obras foram recém-iniciadas, passa-rá a se chamar PortX. Com isso, a LLX foi re-partida e ficará apenas

com o Porto Açu.Com o aumento do ca-

pital em até US$ 2,2 bi-lhões de dólares, a MMX (mineradora do grupo EBX, de Eike) será uma empresa forte no mer-cado, porque além de produzir o minério terá como escoar a produção para terceiros. Ou seja, será uma empresa mine-radora que também tem um porto.

rECEITA PErPÉTUA“Estamos satisfeitos

e orgulhosos de iniciar o que provará ser uma parceria longa e dura-doura com o Grupo SK. A Coréia do Sul está,

[NEgÓciOS]

Fatia para os coreanosEm transação de uS$ 700 milhões, asiáticos se associam a Eike Batista

juntamente com a Chi-na e outras potências emergentes, construin-do a Ásia do futuro, e eu prevejo o Grupo SK desempenhando um papel semelhante ao da EBX no Brasil” – come-morou Eike Batista, que acrescentou: “os acio-nistas da LLX passarão a ter uma receita perpé-tua com o transporte do minério”.

A negociação tam-bém prevê que a MMX garanta o fornecimen-to de minério de ferro produzido no Sistema Sudeste (no montan-te equivalente, no mí-nimo, à participação da SK Networks na MMX), além de 50% da produção da Mine-ra MMX de Chile. Eike pretende duplicar a ca-pacidade de produção de 50 milhões de tone-ladas para 100 milhões de toneladas anuais de minério de ferro.

ESPECULAÇÕESA operação, anuncia-

da somente ontem (15) deu fim aos boatos de que a LLX seria ven-

dida para a Usiminas. Porém, novos boatos já começaram a sur-gir. Um deles é o de que Eike quis tornar a MMX mais forte para poder vendê-la mais tarde a um preço me-lhor. Outro dá conta de que o empresário está atento ao aceno de mudanças na po-lítica de concessão de ferrovias pelo governo federal. Dilma Roussef (PT), candidata a pre-sidência que lidera as pesquisas de opinião, já teria conversado com o presidente Lula sobre a intenção de iniciar um plano de alteração do setor ferroviário. Hoje, o minério produzido pela MMX é transpor-tado pela MRS, ferro-via cujos acionistas são a Vale, a Usiminas e a CSN. Com as mudan-ças, o consórcio não será o único a receber pelo trânsito dos va-gões. Eike pretenderia, então, unir o único ele-mento que está faltan-do: ser o responsável também pelo transpor-te da produção.

A merenda escolar de Mangaratiba será feita, em parte, com produtos da própria região, plan-tado por agricultores locais. É o que celebra o contrato assinado no último dia 14 entre a prefeitura de Mangara-

[agricuLtura]

agricultores de Mangaratiba vão fornecer produtos para merenda escolar

tiba e cinco agricultores beneficiados, que fazem parte do programa de agricultura familiar: Be-nedito de Barros, Pedro Soares, Helena Lopes, Ana Maria Aguiar e Ma-ria Carminda Ribeiro.

Os gêneros alimen-

tícios a serem compra-dos pela prefeitura são: banana prata, banana passa, aipim, inhame chinês e rosa, salsinha e limão. Os cinco pro-dutores também assi-naram o termo que ga-rante a compra de seus

produtos por um ano.A iniciativa é pioneira

na região e atende aos princípios da lei 11.947, de 16 de junho de 2009. Esta lei permite a com-pra de produtos de até nove mil reais sem ne-cessidade de licitação. O

benefício é significativo, pois a maioria dos pe-quenos agricultores da região não possui firma, CGC ou nota fiscal.

O prefeito Aarão de Moura Brito comemo-rou a assinatura do contrato: “Meu desejo era de poder comprar muito mais, mas o que a lei nos permite por enquanto é isso. Espero que outros agricultores

de Mangaratiba se in-teressem e nos procu-rem.” – disse Brito.

A agricultora Helena Lopes também come-morou: “O governo está nos incentivando a voltar para a lavoura. Antiga-mente eu plantava e não sabia se conseguiria ven-der meus produtos. Ago-ra, com a assinatura desse contrato, tenho a garantia da venda” - comentou.

O secretário de gover-no de Mangaratiba, José Joaquim Madeira, e fun-cionários da secretaria de saúde participam até o dia 30 de um curso do Sebrae e da Associação Estadual dos Municípios (Aemerj) voltado para a gestão pública. O curso é realizado em Angra dos Reis, no auditório da Ele-tronuclear, e conta ainda com integrantes de Rio Claro e Paraty.

[gEStãO PÚBLica]

Madeira acredita que o curso vai trazer benefícios para Mangaratiba. “Va-mos nos condicionar na busca de projetos para o município. O importante é atender soluções sobre as-pectos sociais” - declarou.

Em cinco aulas, os alu-nos vão aprender a me-lhorar o conhecimento em gestão pública, prin-cipalmente em métodos para atrair mais recursos.

Na aula inaugural, na

segunda-feira (13), o coor-denador do curso, Ricardo Platino, apresentou dados relevantes aos quatro mu-nicípios. Em Mangaratiba, por exemplo, há 930 micro e pequenas empresas ins-taladas, segundo dados de 2008 disponibilizados pelo Ministério do Traba-lho e Emprego.

Para Platino, os municí-pios que apresentam proje-tos mais coesos conseguem recursos mais facilmente.

[ Em uma operação de

US$ 700 milhões, os

coreanos e o brasileiro

viraram sócios]

Continua misteriosa a ausência de cobrança de DDD (Discagem Direta à Distância) para ligações feitas de Itaguaí para Mangaratiba. O Procon/RJ, por meio da sua as-sessoria, avisou que no-tificaria a empresa Oi Telefonica para que esta explicasse, no prazo de dez dias, o motivo da si-tuação irregular. Por oca-sião da matéria “Mistério telefônico”, publicada em O FOCO na edição 86, o subsecretário José Fer-nandes havia declarado que uma notificação seria enviada à empresa para que esta prestasse escla-recimentos, dentro de 10

dias, sobre o motivo pelo qual não era necessário usar DDD para Manga-ratiba, município vizinho. No sentido inverso, de Mangaratiba para Itaguaí, é preciso usar sempre o código. Caso contrário, a ligação não acontece.

SOLICITAÇãOO FOCO solicitou à as-

sessoria do Procon o texto da notificação para que a situação possa ser acom-panhada de perto pelos leitores mangaratibenses, os maiores interessados na cobrança de ligações de DDD para Itaguaí. A última solicitação foi feita no dia 9 de setembro, e até o fechamento desta edi-ção O FOCO obteve ape-

[MiStériO tELfôNicO]

Polêmica das ligações de Itaguaí para Mangaratiba sem DDD continua[Jupy Junior][email protected]

nas como resposta um e--mail com a afirmação de que “a OI foi notificada pelo Procon/RJ, estamos aguardando a resposta, que ainda está no prazo.” A reportagem solicitou o texto da notificação mas não foi atendida.

dESInFOrMAÇãOA Anatel, a Oi e o pró-

prio Procon/RJ desconhe-ciam a situação irregular entre os dois municípios, e poucos avanços foram feitos até então.

Em um último conta-to antes do fechamento desta edição, O FOCO enviou novo e-mail para o Procon/RJ solicitando informações, porém não obteve resposta.

Secretário e funcionários de Mangaratiba fazem curso do Sebrae sobre gestão pública

HEidEr raNgEL/PMM

Madeira (à direita, de óculos) durante a aula inaugural em angra dos reis

com transação, Superporto Sudeste será PortX

divuLgaçãO

6 cotidiano O FOCO Sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Existem varias modalidades, tanto nacionais quanto in-ternacionais, para esta família de golpes. Na versão na-cional, os golpistas se apresentam normalmente como

intermediários (pessoas físicas ou supostas entidades/empre-sas), ou funcionários de alguma faculdade ou até do próprio MEC. Eles oferecem diplomas universitários ou de ensino mé-dio sem necessidade de freqüentar os relativos cursos ou passar exames, sendo necessário somente pagar pelo “serviço” deles.

Para conseguir isso alegam ter “esquema” nas escolas, nas faculdade e até no MEC (Ministério da Educação e Cultura). Dizem que o diploma fornecido é regularmente registrado tan-to na faculdade/escola quanto no MEC, que é criado também o histórico escolar e que é tudo original, seguro e garantido.

Os meios mais comuns de divulgação da oferta são sites das tais “entidades”, e-mails de propaganda (spam), anúncios na in-ternet ou em jornais. Toda a transação (desde o envio dos dados pessoais do comprador, até o pagamento dos “honorários” com-binados) é conduzida com sigilo, normalmente sem contatos pessoais. Os valores cobrados variam muito, mas normalmente estão entre R$ 200 e R$ 800 para ensino médio e entre R$ 1 mil e R$ 2,5 mil para o nível universitário. Os meios de divulgação da oferta são, normalmente, sites internet das tais “entidades”, e-mails de propaganda, anúncios na internet ou em jornais.

Na realidade existem duas possibilidades neste tipo de pro-posta. Em boa parte dos casos os golpistas recebem o dinheiro da entrada combinada (sempre ha valores a serem pagos adian-tados, normalmente 50% do total) e simplesmente desapare-cem sem entregar nada. Em outros casos, mais refinados, os golpistas produzem diplomas falsos, com vários graus de qua-lidade da falsificação, e os entregam como verdadeiros. Não ha possibilidade deste tipo de proposta ser “autentica”.

Na versão internacional, além das variantes já descritas pa-ra o caso nacional, há ainda uma modalidade insidiosa. Exis-tem “universidades” ou “faculdades” em determinados países (sobretudo nos EUA, mas não só), que não tem reconhecimen-to algum em nível internacional e muitas vezes nem nos seus próprios países de origem, que oferecem títulos universitários baseados, em tudo ou em boa parte, na “experiência profissio-nal ou de vida” adquirida pela pessoa e demonstrada (ou su-postamente demonstrada) de varias formas.

dicas de segurança[edison ramos] [email protected]

diploma falso

[ENcONtrO EMPrESariaL]

Mais de 10 mil pes-soas, seis trios elétri-cos, nenhum incidente desagradável. Este foi o resumo apresentado por Frederico Goulart, presidente da LIADH (Liga Internacional de Apoio aos Direitos Humanos), que orga-nizou a “Caminhada Arco-íris” em Itaguaí, no último domingo (12). Esta é a quinta edição do evento que reúne militantes, ho-mossexuais, simpati-zantes e famílias em torno de uma mobi-lização que pretende ver erradicada a dis-criminação contras as minorias em geral, e em especial, o precon-ceito contra os gays.

Os seis trios elétricos tocaram música eletrô-nica e a multidão fez uma caminhada que percorreu alguns qui-lômetros com o apoio logístico da prefeitura e da Rádio Costa Ver-de. Goulart enalteceu o

[MOviMENtO gLBt]

Passos contra a discriminaçãoPara organizadores, “caminhada arco-íris”, foi um sucesso


apoio que ele conside-rou o mais importante, o da população da Ci-dade do Porto: “o povo em peso compareceu, ninguém fez qualquer manifestação contrária aos gays, e cada vez aumenta o número de adeptos à caminhada” – comemorou.

COnTrAdIÇÕESA caminhada não

guarda nenhuma re-lação com as paradas gays que agitam bair-ros cariocas, exceto os

mesmos público e te-mática. Por esse moti-vo, a palavra “parada” não é usada para defi-nir o evento. O alegado objetivo de promover a conscientização contra a discriminação não encontra nenhuma ma-nifestação mais clara no evento. O FOCO perguntou a Frederi-co Goulart se houve algum momento em que discursos davam conta da importância em abordar o tema di-retamente à população

heterossexual. Goulart respondeu: “uma mi-litante de Madureira, chamada Lauren, disse alguma coisa, porém nos trios elétricos a predominância era de música eletrônica”.

dESInFOrMAÇãO E BALAdAEm eventos do tipo, a

maioria dos participan-tes é gay, e as motiva-ções podem ser várias. Porém o que se observa é que o clima de festa dá o tom, a exemplo da balada organizada pelo Boteco Cadena (na Avenida Piranema, também em Itaguaí), para parte do público que compareceu à cami-nhada, como um “pós--evento”. Ocasiões de mobilização como essa poderiam ser mais bem aproveitadas para que a conscientização de fato alcançasse as camadas menos informadas da população a respeito do grave problema do preconceito contra os homossexuais.

O FOCO pautou: a quantas anda o movi-mento no píer de Itacu-ruçá? A ideia era saber dos turistas estrangei-ros o que eles achavam das belezas naturais de uma das regiões mais belas do Brasil. O pro-blema foi achar turis-tas: anda cada vez mais escasso o acesso de tu-ristas estrangeiros a Ita-curuçá, e a estrutura disponível precisa de organização, divulga-ção e incentivo.

CrISES E VAzIOPrimeira surpresa:

não há movimento to-dos os dias. Não há uma política de atra-ção de turistas para a região. A queda no mo-vimento intensificou--se com a crise da avia-ção, no ano retrasado, e com a crise econômica, em 2009. No quiosque de informações turís-ticas O FOCO apurou que em vários dias de maio, junho e julho de 2010 não houve qual-

[turiSMO]

Para inglês não ver[Jupy Junior][email protected]

quer movimento de tu-ristas.

ArrECAdAÇãOPArA A CAPITALA informalidade im-

pera: agentes descre-denciados captam clien-tes pela internet, ou oferecem passeios a quem aparece por aca-so no píer. Apenas du-as agências contribuem com impostos a favor de Mangaratiba. As de-mais atuam clandesti-namente ou contribuem somente para a capital.

TUrISrIO E TUrISMAnA Turisrio, órgão res-

ponsável pelo turismo no estado, informou que nada há de errado no recolhimento de im-postos para a capital, e acrescentou que há pla-nos para Itacuruçá: um projeto de marketing, nova sinalização turís-tica e reforma do píer. Contudo, não divulgou previsão para as ações. A Turisman (Secretaria de Turismo de Manga-ratiba) não atendeu à reportagem.

A décima edição da Oeste Export - Encontro Internacional de Comér-cio Exterior e Desenvol-vimento do Estado do Rio de Janeiro – come-çou no dia 22 e vai até o dia 25 de setembro, em Campo Grande, no gi-násio Algodão, no com-plexo esportivo Miéci-mo da Silva (rua Olinda Ellis, 470). Os horários são os seguintes: de 13h às 22h e no dia 25 - das 10h às 18h.

O objetivo do evento é apoiar o desenvolvi-mento econômico da

negócios à vistaOeste Export, encontro internacional de comércio exterior, começou dia 22 de setembro em campo grande

região a partir da inte-gração de projetos, ins-tituições e empresas, e inserir o micro, pequeno e médio empresário no mercado internacional.

Os organizadores es-peram um público de 12 mil visitantes. Dentre eles, empreendedores e instituições de diversas áreas de atuação que vão em busca de incre-mento nos negócios, tais como Gerdau/Co-sigua, ThyssenKrupp CSA, SEBRAE/RJ, FIR-JAN, SESI-RJ, SENAI--RJ etc. São mais de cem

expositores, projetos e programas para micro, pequenos e médios em-preendedores, além de missões e representa-ções internacionais.

No primeiro dia de evento, rodadas de ne-gócios, organizadas pelo SEBRAE/RJ e pela Secretaria de Desen-volvimento do estado movimentaram clientes e fornecedores, e uma palestra do diretor vice--presidente de comércio internacional da Casa da Moeda, Sergio Farias, movimentaram a feira.

O estande da FACERJ (Federação das Asso-ciações Comerciais do RJ) também chamou a atenção com prateleiras nas quais eram reve-lados os impostos que impactavam os preços dos produtos expostos. Para a água, por exem-plo, 45,11% do preço é por causa do imposto, assim como refrige-rante (47%), margarina (37,18%), sabão em pó (42,27%), dentre outros. A instituição divulgava a campanha “Feirão do imposto”.

Nesta edição acontece também a 2° faOEX - fórum acadêmico do Oeste Export - que trará a feira para estágios e trainees. Enti-dades de ensino como uEZO, urrfJ, faEtEc, uniMSB, ciEZO e faMa, junto com as empre-sas e indústrias, vão disponibilizar vagas para os interessados.

O evento também ii Encontro das Prefeituras do Entorno do Porto de itaguaí. trinta e três prefeituras localizadas na Baixada i, Baixada ii e Sul fluminense se reunirão para dis-cutir temas como capacitação profissional, governança regional, expansão imobiliária, importação/exportação, dentre outros.

ENcONtrOS iMPOrtaNtES dENtrO dO EvENtO

caminhada reúne militantes e público simpatizantes

vErôNica LEaL


Depois de vencerem invictos a série B do ca-rioca, a equipe de rúgbi de Itaguaí obteve o sexto lugar na série A. O feito confirma o potencial lo-cal para a prática desse esporte pouco conhecido. O treinador da equipe, Sidines Andrade da Silva, revelou que em 2011 os planos do time incluem a disputa da Copa do Bra-sil, que qualifica para o Campeonato Brasileiro.

O rúgbi é um esporte esquisito para os não-ini-ciados. É meio violento,

e s p o r t e

[ESPOrtE difErENtE]

Pega, derruba, corre e golO rúgbi, esporte pouco conhecido, tem na equipe de itaguaí uma promessa


uma vez que derrubar e cair faz parte do jogo. O mais esquisito de tudo: não pode passar a bola

adversária que vem jogar em casa” – explica.

hEMATOMASOs treinos acontecem

em um campo no bair-ro Jardim América, às quartas, de 19h às 21h. Aos domingos, às 14h, no canteiro central, em Santa Cruz.

Para quem quiser se aventurar no mundo do rúgbi é só aparecer no horário de treino. Precisa ter disposição para aprender e estar preparado para algumas lesões. Nada grave, se-gundo o treinador.

A I Copa Mangara-tiba de Futebol Sub-11 chegou ao fim no sábado (18), e teve o Vasco como vencedor do torneio. A final foi contra o arqui-rival Flamengo. O prefeito Aarão de Moura Bri-to Neto prestigiou o evento, em companhia do vice Marcelo Te-nório. O secretário de governo José Joaquim Madeira, vereadores e torcedores também prestigiaram a decisão. O evento é realizado pela Secretaria de Tu-rismo, Esporte e Lazer (Turisman).

A final foi disputada no estádio do Itacuru-çá. Mesmo debaixo de chuva, Vasco e Flamen-go fizeram uma partida de alto nível técnico. Com divididas duras e poucas chances de gol, uma falha da zaga ru-

[futEBOL]

Vasco leva o título da I Copa Mangaratiba de Futebol Sub-11

bro-negra deu o título aos cruzmaltinos. Pau-lo Vitor recebeu na en-trada da área e bateu na saída do goleiro. O gol saiu no primeiro tempo da prorrogação, após empate em 0 a 0 no tem-po normal. O Flamengo ainda acertou o traves-são no último minuto. Aos campeões, além de balas e pirulitos dados pela torcida, troféus e medalhas foram entre-gues. O goleiro Lucas Passos ainda conquis-tou a premiação de goleiro menos vazado, com apenas um gol so-frido. Na preliminar o Fluminense conquistou o terceiro lugar ao gole-ar o União por 4 a 1.

Participaram ainda da competição os ti-mes Mangaratiba, Jaca-reí, Muriqui, Itacuruçá, Olaria, Profute, Fribur-guense e Cabofriense.

com a mão para frente, só para trás. Para frente, o jogador só pode correr feito um doido fugindo

de todo mundo que quer derrubá-lo. Uma espécie de pique-pega com uma bola oval e um gol dife-

rente, em formato de “H”.

BrUTAMOnTES CAVALhEIrOSO rúgbi se parece com

o futebol americano, mas é outro esporte. Sidines conta que existe uma máxima: “o rúgbi é um esporte de brutamontes jogado por cavalheiros, e o futebol é um jogo de cavalheiros jogado por brutamontes”.

Sidines revela também que há uma cultura do rúgbi: disciplina, respei-to, hierarquia e confrater-nização: “é tradição ofe-recer uma festa à equipe

ELiZEu SaNtOS/PMM

time cruzmaltino faturou título na prorrogação

No rúgbi é assim: a maior confusão, os atletas derrubam uns aos outros

divuLgaçãO


[PONtO cONvErgENtE – EMiL dE caStrO]

Funcionamos 24h!

O poeta está diante de nós. Sereno como mar de Mangaratiba. Dá para sentir, vendo Emil recitar sua história – e dos outros também – uma placidez re-confortante. Emil cercado de quadros no seu escri-tório. Assim o encontramos, por trás da mesa firme na sala pequena: palavras pronun-ciadas com uma voz tão baixa que o gravador da reportagem mal captou. O impacto não vem da voz, mas sim do que é dito. Ele menciona uma ci-dade que submergiu – São João Mar-cos - por causa da represa de Ribei-rão das Lages, tema de um dos seus livros. Comenta também os anos políticos, em que ele foi prefeito de Mangaratiba. O início precoce nas le-tras. Esse homem nascido na cidade onde vive, Mangaratiba mesmo, tem 69 anos, é ad-vogado, colaborou com dezenas de jornais, foi pre-miado, perdeu a eleição que o recolocaria na prefei-tura por 200 votos. Tem história para contar.

Emil atiça a curiosidade. Como pode um homem das letras ser político? Foi o mais jovem vereador de Man-garatiba, com 24 anos. Mas talvez essa faceta esteja para sempre adormecida, porque ele hoje emite as seguintes opiniões: “a política separa as pessoas”, “não sinto falta

de ser prefeito”. Ele se ocupa em encon-trar vida nos livros que escreve (é autor de dezenas deles, um dos mais conheci-dos é a biografia de Mario Peixoto, dire-tor do hiper clássico “No limite”). Teve a ideia de organizar uma academia de le-tras mangaratibense, há oito anos. Ele é o presidente. Mas anda devagar. Segun-do ele, as pessoas adoram a ideia de se-rem reconhecidas, mas não participam de nada depois. Há três meses os acadê-micos não se reúnem.

Emil é também um nostálgico. Lamenta a perda de identidade de Mangaratiba, acha que as praças estão descaracterizadas, há falta de identidade em tudo, os valores históricos que ele reconhece como fundamen-

tais perdem-se na poeira do progresso. Ele trans-mite a sensação de que a vida anda menos inspi-radora. Mas não é exatamente pessimismo, pare-ce mais um obscurecimento. Ele cita algumas ou-tras personalidades importantes da região, e nes-se ponto me parece que Emil ainda acredita que existe algo que nunca morrerá na cidade. Atrás de nós, logo ali, depois daquela porta, ainda exis-te o tempo que houve em Mangaratiba como uma tatuagem abstrata que jamais será removida. As marinhas de Pancetti, que ele e a esposa exibem na parede do escritório, é uma maneira, me pa-rece, de manter esse tempo bem vivo também do lado de dentro. É uma respiração que exala uma vida pregressa mas também infinita. Sim, é isso: Emil parece um prolongamento do que ele ainda tenta ver na cidade onde nasceu. As pedras como testemunhas, quem sabe.

A poesia de Emil é, na definição dele, “moder-na”. A mulher, Esmeralda Castro, discorda. Acha romântica. Não seria surpresa se alguém definis-se Emil como um romântico moderno. Ele pare-ce aceitar sem muitos protestos essa perturbado-ra sensação de que as coisas estão ruindo à me-dida que o tempo passa. Exatamente como a ci-dade de São João Marcos, que, segundo ele, su-miu. Me vem na cabeça a pergunta: a que mun-dos submersos Emil está destinado? O poeta sor-ri somente quando confrontado com uma esco-lha: qual poema representa bem a sua obra? Ele disse a nós que todas as suas obras “são primas”. Rimos todos, em torno daquele homem que tem um olhar só seu para as coisas, e um homem que é capaz de usar esse olhar para conduzir o olhar dos outros, por meio de palavras. Versos brancos no seu poema: “Há sempre claridade no homem / mesmo encerrado em fundo chão”. Talvez para nós ali reunidos, com a sensação de que o tempo fez uma pausa importante no som da voz de Emil, pudéssemos recuperar um poema nosso perdido em algum canto: “Há sempre claridade em Emil / quando ele nos traz um tempo que se foi”.

[A poesia de Emil é na definição

dele “moderna”. A mulher, Es-

meralda Castro, discorda.

Acha romântica]

O claro EmilO poeta de uma cidade promove tempos vivos e mortosJupy [email protected]

dIVULgUE AqUI SUA MArCA

PArA MILhArES dE PESSOAS. O FOCO

LiguE(21) 2780-2520

[email protected]

Emil também se aventura no mundo das artes plásticas: essa peça de sua autoria integra a coleção “Bagulharte”

e s p e c i a l* Os candidatos andreia do charlinho (Pdt), andré Banana (Pt), anabal (PHS) e Luís Machado (PrB) foram procurados pela reportagem de O fOcO, mas não enviaram as respostas da entrevista.


dOugLaS dE PÓvaO JOrdãONome de candidato: JordãozinhoIdade: 29 anosNatural de: Rio de JaneiroPartido: PTBTempo de política: Primeira vez como candidatoÍdolo na política: deputado estadual Walney RochaNúmero de candidato: 14604Para presidente: Serra

Como vai a campanha?Ótima. Está tendo uma aceitação muito boa.Quais são as suas prin-cipais propostas para a região?Hoje a nossa região se encontra em um crescimento como nenhu-ma cidade nesse país, por isso pretendo qualificar e preparar nossos filhos para o mercado de trabalho, investindo em curso téc-nico. Não devemos deixar nossa

cidade se tornar uma cidade-dor-mitório. Vou investir em turismo e eventos.

Porque você acha que deve ser deputado?Sendo morador de Mangaratiba e sabendo da necessidade da

nossa região e as demais que a abrangem, me sinto na obrigação de me can-didatar como deputado estadual a fim de lutar por melhorias. Quero

fazer uma Mangaratiba mais bonita.

Espera ser eleito?Sim, estou trabalhando para isso.

Aconteceu algo engraçado (ou curioso) durante a campanha?Não me recordo de nenhum episó-dio do tipo.

As eleições costumam ser anunciadas como o momento mais demo-crático na “vida” de um país. Embora o regime

democrático sempre leve em conta a igualdade de oportunidades entre os cidadãos, cabe lembrar que as origens desse termo remontam à antiga Gré-cia. Foi lá que surgiu a ideia de “de-mocracia”, e de uma forma bem con-traditória. Era na ágora (uma espécie de pátio) que o povo podia se expres-sar, colocar sua opinião, debater com os outros cidadãos. Porém mulheres e escravos não eram considerados “pes-soas” na Grécia antiga. Simplesmente não existiam socialmente, e não parti-cipavam da ágora.

De lá para cá muita coisa mudou, evidentemente. Porém os excluídos ainda existem, e as eleições nos países ditos “democráticos” servem, em tese, para diminuir essa distância entre os representantes e os eleitores. O FOCO acredita que ainda existe muita gente que vota sem saber o que está fazen-do. A obrigatoriedade do voto permite esse tipo de atitude inconsciente.

O especial dessa semana procura corrigir isso, e ajudar aqueles que

querem usar seu voto para melho-rar o país. Nesta mesma matéria, um resumo do que têm sido dito pelos principais candidatos da região: in-formações úteis para aqueles que querem fazer parte da parcela cons-ciente da população em tempos de eleições. Confirmar com convicção, eis o melhor a ser feito.

O qUE É ELEIÇãO PrOPOrCIOnAL?No Brasil, adota-se o sistema pro-

porcional para eleger deputados fe-derais, deputados estaduais e distri-tais (eleitos em Brasília) e vereadores. Cada Estado tem uma bancada com um número determinado de depu-tados. Os candidatos concorrem em todo o estado. Apuram-se quantos votos cada partido obteve, e são atri-buídas cadeiras a esses partidos, pro-porcionalmente ao número de votos. São eleitos os mais votados de cada legenda partidária até que se preen-cha o número de cadeiras atribuídas ao seu partido. A isso, chama-se “sis-tema de voto proporcional”.

O sistema de eleição proporcio-nal faz com que o voto do eleitor vá primeiro para a legenda (partido) e depois para o candidato. Isso explica porque, por exemplo, alguns candi-datos se elegem com menos votos do que outros que receberam maior vo-tação mas são de outros partidos. Al-guns candidatos recebem tantos votos que acabam “puxando” não apenas a sua própria eleição, mas também a de outros candidatos do mesmo partido.

Aperte o botão e faça um paísEleições se aproximam, mas você sabe o que está em disputa? O eleitor bem informado é um agente da democracia


[ O FOCO acredita que ainda existe

muita gente que vota sem saber o que está fazendo

]

cLEdSON BarBOZa dutraNome de candidato: CledsonIdade: 46 anosNatural de: Rio de JaneiroPartido: PRBTempo de política: 25 anosÍdolo na política: Barack ObamaNúmero de candidato:10003Para presidente: Dilma Roussef

Como vai a campanha?Está sendo ótima, com o cari-nho que estamos recebendo do povo.

Quais são as suas principais propostas para a região?Aprovar projetos para atrair in-vestimentos na área do turismo e meio ambiente, gerando emprego e renda. A região precisa de um representante que conheça e more na localidade, que escute os mora-dores e se torne os seus ouvidos e bocas na Assembleia Legislativa;

e s p e c i a l


Aperte o botão e faça um paísEleições se aproximam, mas você sabe o que está em disputa? O eleitor bem informado é um agente da democracia

cLEdSON BarBOZa dutraNome de candidato: CledsonIdade: 46 anosNatural de: Rio de JaneiroPartido: PRBTempo de política: 25 anosÍdolo na política: Barack ObamaNúmero de candidato:10003Para presidente: Dilma Roussef

Como vai a campanha?Está sendo ótima, com o cari-nho que estamos recebendo do povo.

Quais são as suas principais propostas para a região?Aprovar projetos para atrair in-vestimentos na área do turismo e meio ambiente, gerando emprego e renda. A região precisa de um representante que conheça e more na localidade, que escute os mora-dores e se torne os seus ouvidos e bocas na Assembleia Legislativa;

Porque você acha que deve ser deputado?Porque tenho experiência e trabalhos realizados o suficiente para represen-tar bem nossa região.

Espera ser eleito?Pelo meu partido (PRB), a chance de

eleger um candidato com 25 mil votos é muito grande. Ao con-trário dos partidos grandes, que a necessidade é o dobro de votos, no mínimo.

Aconteceu algo engraçado (ou curioso) durante a campanha?

Quando as pessoas perguntam porque não vêem tanta placa nos-sa. E eu respondo que é melhor fa-lar com o candidato pessoalmente do que os “candidatos de plástico”, que estão pendurados nos postes, mas não falam e nem ouvem o que os eleitores têm a dizer.

rENatO MONtEBELLO BONdiMNome de candidato: Renato Monte-bello BondimIdade: 24 anosNatural de: Rio de JaneiroPartido: PSB Tempo de política: Primeira eleição como candidatoÍdolo na política: Luiz Inácio Lula da SilvaNúmero de candidato: 40555Para presidente: Dilma

Como vai a campanha?Melhor que minhas me-lhores expectativas. É uma campanha humilde, mas no fundo eu sinto um orgulho por isso.

Quais são as suas principais pro-postas para a região?Crescimento sustentável da nossa região. Progresso sem poluir o meio ambiente.

Porque você acha que deve ser deputado?Vou lutar pelos mais carentes, por uma melhor qualificação e remuneração profissional para todos. Quero ajudar a construir ciclovias para diminuir a polui-ção e lutar criação do passe livre

estudantil.

Espera ser eleito?Eu acredito em minha eleição. Muita gente simples e boa está comi-

go e trabalha por minha candidatura.

Aconteceu algo engraçado (ou curioso) durante a campanha?Amigos que eu conhecia há pouco tempo se cotizaram para bancar uma feijoada de lança-mento da minha candidatura. Isso foi muito legal.


p o d e r

[EvENtO dE caMPaNHa]

Promessas, união e lágrimasLeonardo Picciani reúne aliados no iate clube, e prefeito faz desabafo emocionado

O Iate Clube de Muri-qui foi pequeno para a multidão que se acoto-velou para ver o depu-tado federal candida-to à reeleição Leonardo Picciani, na quinta (16). O evento também foi uma demonstração de apoio da população ao prefeito de Mangara-tiba, Aarão de Moura Brito Neto. No seu dis-curso, o prefeito fez um desabafo emocionado contra a perseguição política que diz sofrer.

Picciani foi indicado como o candidato ide-al pelas personalida-des políticas presentes, dentre elas o vice-pre-feito Marcelo Tenório e o coordenador da cam-

panha ao senado de Jor-ge Picciani e prefeito de Paulo de Frontin, Edu-ardo Paixão, que confir-mou uma articulação de “voto casado” com Lin-dberg e Picciani.

dISCUrSOS EM PrOL dA UnIãOOs discursos dos po-

líticos que subiram ao palco com Picciani ti-veram um ponto de comum: a necessida-de de garantir a força de Mangaratiba com a continuidade políti-ca. Os pedidos de votos em Picciani (assim nos demais Picciani, Rafael e Jorge), segundo eles, garantiria o apoio às políticas públicas dos

governos estadual e municipal.

dESABAFO COnTUndEnTENa sua fala, o prefei-

to Aarão, antes de pedir votos para os Picciani, declarou-se “cansado de sofrer” com a perse-guição política que, se-gundo ele, é feita por “um grupo que não quer o bem de vocês”. Na plateia, muita emo-ção. Pessoas choravam. A secretária e primei-ra-dama, Monica, tam-bém enxugou lágrimas. A multidão gritava pa-lavras de apoio ao pre-feito, que foi bastante incisivo: “Me ajudem nessa luta” – pediu.

ENtrEviSta: LEONardO PicciaNi ENtrEviSta: aarãOLeonardo Picciani atendeu a

O FOCO na saída do evento, na porta do Iate Clube de Muriqui. Ele destacou o seu trabalho como parlamentar e afirmou que pretende priorizar a habitação e a educação em um novo mandato.

Como está a campanha?Está boa, venho percorrendo o

estado, conversando com as pes-soas, falando do nosso trabalho, apresentando as propostas... Agora está nas mãos da população.

É terceira vez que você disputa uma eleição. Qual é a diferença dessa para as outras?

Essa é uma eleição diferente. O meu pai é candidato a senador, meu irmão a deputado estadual. Além disso, é uma eleição que acontece após eu ter ficado um ano e quatro meses atuando como secretário de estado, no executivo. Então é uma oportunidade nova.

O que você destacaria de mais relevante na sua atuação?

A passagem pela secretaria de habitação, onde nós fizemos o Rio de Janeiro voltar a construir casas populares. Destaco também as

O prefeito de Mangaratiba con-cedeu esta entrevista a O FOCO após o evento político, ainda no salão social do Iate Clube de Muriqui. Ele pede apoio da popu-lação para lutar contra aqueles que, segundo ele, querem destruir todas as conquistas alcançadas pela prefeitura.

Prefeito, seu desabafo foi bastante intenso. Em que momen-to ocorreu a decisão de conclamar a população dessa maneira?

Desde o momento em que a gente não consegue suportar mais tanta pressão, tanta perseguição. Eu queria entender o motivo. Por que? Os quatro prefeitos me an-tecederam não foram perseguidos assim. Então tem uma hora que a gente não agüenta. Eu tenho que saber o que a população real-mente quer.

O senhor pediu ajuda à população. Exatamente como a população pode ajudar? É votando nos candidatos aliados?

Votar nos candidatos aliados, sim. E na hora em que eu me sentir pressionado ela [a população] precisa estar ao meu lado para

ações bem sucedidas do programa “Minha casa, minha vida”: recu-peramos 60 mil imóveis. Também destaco a minha passagem pela Comissão de Constituição e Justiça, a maior comissão do congresso nacional. Fui o deputado mais jovem que presidiu essa comissão. Votamos matérias muito impor-tantes para a segurança pública, para a geração de empregos. Foi um mandato muito produtivo.

Para Mangaratiba, especifica-mente, você tem algum projeto?

Eu acho que Mangaratiba, as-sim como o Rio, cresce. Com isso vamos gerar oportunidades. Mas essas oportunidades devem ser para todos. Quero ajudar a trazer escolas técnicas e cursos profis-sionalizantes em Mangaratiba, e ajudar também na infraestrutura. Quero dedicar meu mandato à habitação e à educação, não só aqui, mas no Rio como um todo.

Qual foi a principal lição que seu pai, Jorge Picciani, transmitiu a você sobre política?

Cumprir os compromissos, ser franco com as pessoas, honesto. Fazer bem aquilo que você se comprometeu a fazer.

brigarmos contra aqueles que que-rem destruir tudo aquilo que está sendo feito pelo município.

O senhor sabe dizer exata-mente quem são essas pes-soas?

As pessoas que ficam jogando contra.

O senhor mencionou deixar o cargo. Passou isso pela sua cabeça realmente?

Sim, se eu não tiver a população ao meu lado, é muito difícil ficar suportando tudo isso sozinho. En-tão, se a população me ama, ela tem que ir para a briga comigo. Desabafei para que ela brigue ao meu lado, porque uma minoria não pode vencer uma maioria. Se a população está realmente disposta a brigar ao meu lado, nós vamos ter que vencer o mal.

Essa manifestação de carinho e apoio, vista aqui neste evento, costuma acontecer onde quer que o senhor vá. Isso o deixa mais confiante?

Sim, e faz com que o adversário fique cada vez mais nervoso porque eles não conseguem fazer isso. Eles ficam intimidados.

Multidão lotou o iate clube: gritos de aprovação ao prefeito e entusiasmo

Eleitora se emociona, assim como...

“Mulheres de coragem” recebem PiccianiLeonardo discursa: críticas a césar Maia (dEM) e agradecimentos a aarão e Marcelo Leonardo (de vermelho), aarão e Edinho

...Mônica, que enxugou lágrimas


Uma casa espaçosa em Muriqui, vários militantes, figuras de primeiro escalão da prefeitura de Itaguaí, holofotes e sistema de som: esse foi o esquema monta-do na última semana de agosto para promover um encontro de Andreia Bu-satto, primeira-dama da Cidade do Porto, com os eleitores em mais um even-to da sua campanha para deputada estadual pelo PDT. Toda a produção, entretanto, não se compara a um elemento humano e político que sustenta toda a campanha da candidata: seu marido, o prefeito de Itaguaí, Carlos Busatto Ju-nior (o Charlinho).

“AndrEIA PrEFEITA”O evento reuniu Charli-

nho, Andreia e Fernando Jordão, ex-prefeito de An-

[ELEiçÕES 2010]

Campanha turbinadaPrimeira-dama de itaguaí tem cabo eleitoral de peso: o próprio prefeito


gra dos Reis (candidato a deputado federal, tam-bém pelo PDT). O prefei-to foi quem falou mais: destacou a importância da escolha de um candidato que irá lutar pelos interes-ses da região, o momento de união entre os gover-nos municipal, estadual e federal, e, sobretudo, assinou embaixo da can-didatura da mulher. “Vo-cês me conhecem” – disse Charlinho aos presentes – “tenho certeza de que Andreia fará por nós com muito empenho e dedica-ção” – garantiu. Charlinho rebateu críticas e acenou uma possível candidatu-ra de Andreia para a pre-feitura de Mangaratiba: “Andreia será uma ótima deputada, e, depois, será prefeita de Mangaratiba. Por que não?” – disse, sob aplausos dos eleitores.

Fernando Jordão, o se-

Em meio a eleitores e correli-gionários, charlinho atendeu a O FOCO e concedeu a seguinte entrevista.

O senhor está confiante na eleição da Andreia?

Eleição é eleição, não é? a campanha cresceu muito, prin-cipalmente para fora da nossa região. Os resultados são muito positivos, mas vamos ver na hora da eleição.

O senhor acredita na transfer-ência de votos? Os seus eleitores vão votar na andreia por sua causa ou ela tem qualidades próprias?

Ela tem voo próprio. Eu só tenho medo de uma coisa: hoje ela é a andreia do charlinho, amanhã eu vou ser o charlinho da andreia (risos).

Porque a Andreia é a melhor opção para deputada es-tadual?

Ela não é a melhor, é a única da região.

quais são as qualidades da Andreia?

todas. Eu sou suspeito porque

eu sou marido. Mas a melhor qualidade dela é que ela con-hece bem a região, os outros só vêm pegar votos e ir embora.

O senhor mencionou no seu discurso: “Andreia para prefeita de Mangaratiba”. Esse é um projeto consistente, que já existe?

Não, eu disse que se for necessário pensaremos nisso.

O senhor não acha pre-cipitado falar em prefeitura, a eleição 2010 nem acabou...

Não estou falando em pre-feitura. Se houver necessidade a gente vai ajudar o município. O povo é que sabe. Hoje é deputa-da estadual [andreia] porque a gente quer ajudar aqui. Eu não posso ajudar porque o cara não deixa [menção ao atual prefeito de Mangaratiba].

qual é seu envolvimento na campanha da Andreia?

quando eu posso acom-panho. Mas ela tem voo próprio, andreia é muito comprometida e determinada. a gente não pode controlar uma pessoa assim.

gundo a falar, também ressaltou que Andreia é a melhor candidata, e que, uma vez eleitos Jordão e Busatto, o povo terá repre-sentantes preocupados com a realidade da Costa Verde e de Itaguaí.

JIngLE-ChICLETEAndreia Busatto foi a

última a se dirigir à pla-teia. Mostrou intimidade ao se dirigir aos eleitores, e energicamente, lembrou da sua atuação nas en-chentes do início do ano. Também rebateu críticas, fez promessas e cumpri-mentou quase todos os presentes. A candidata an-tecipou que uma pesqui-sa a colocava como uma das 10 mais votadas para uma vaga na Assembléia Legislativa em todo o es-tado, elogiou o marido e conclamou os presentes a influenciarem parentes, vizinhos e conhecidos para que estes votassem nela. Busatto parece sentir que a vitória está próxima, embora rejeite o “salto alto”. Prova disso é a pre-sença ainda constante de carros de som entoando o jingle-chiclete da sua cam-panha, que gruda na men-te de quem ouve. Cartazes com fotos de Andreia (al-guns deles divididos com Jordão) também estão por toda parte.

ENtrEviSta: cHarLiNHO

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andreia com charlinho e Jordão (ao fundo)

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c u l t u r a

Duas iniciativas da Fundação Mario Peixo-to (FMP) levam teatro para uma população que tem pouco aces-so a essa arte milenar: as peças “Torturas do coração” e “Pra fren-te, Marias” encantaram e divertiram vários es-pectadores em Concei-ção de Jacareí e no cen-tro de Mangaratiba. Leandra Carvalho, pre-sidente da Fundação, enfatiza a importância da criação de um públi-co espectador de teatro e a necessidade de le-var a magia dos palcos para distritos mais dis-tantes: “Conceição de Jacareí estava precisan-do de uma experiência com teatro. É um dis-trito que fica um pouco mais distante, mas de uma importância signi-

ficativa. Os moradores são carentes desse tipo de atividade cultural, e é por isso que a Funda-ção está presente” - co-mentou.

“AS MArIAS”Em Mangaratiba, o

sábado (4) foi de cul-tura, lazer e esporte numa visão bem-hu-morada para quem as-sistiu a peça “Pra Fren-te Marias”, na Praça Robert Simões, no cen-tro. A iniciativa é fru-to do Circuito Estadual das Artes, uma parceria entre a Fundação Mário Peixoto e a Secretaria Estadual de Cultura.

O espetáculo faz uma alusão à famosa músi-ca “Pra Frente Brasil, Salve a Seleção”, can-tada por milhões quan-do a seleção canarinho

conquistou o tricampe-onato mundial, no Mé-xico, em 1970. Durante a apresentação, as inte-grantes do grupo “As Marias da Graça” leva-ram à praça a dinâmica de uma partida de fu-tebol. Quem achou que a plateia se comportou como mera torcedora se engana. O público não só prestigiou como participou das brinca-deiras das “Marias”, fa-zendo o papel de golei-ros e até jogadores.

ArTE nA PrAÇAO projeto “Arte na Pra-

ça” apresentou em Con-ceição de Jacareí a peça teatral “Torturas do Cora-ção”, dirigida por Manoel Ribeiro, na Praça Moacyr Santa Rosa de Araujo, na sexta-feira (10).

Cerca de 80 pessoas,

entre crianças e adul-tos, se divertiram com o espetáculo da com-panhia teatral Poei-ra no Palco. Os peque-nos Leonardo Barros (8 anos) e Ramon da Cos-ta (de 7) ficaram encan-tados com o que viram. “Nunca tinha visto uma peça de pertinho assim, gostei muito”, disse o mais novo. “Eu me diverti bastante, eles são muito engraça-dos. Achei legal assistir a peça aqui pertinho da minha casa, tomara que tragam outras para cá” - comentou Ramon.

A próxima etapa do projeto “Arte na Praça” acontence em Manga-ratiba - dia 25, na Praça Robert Simões, às 20h. O evento será o Coreto Musical Pop Rock, com a banda Café com Rock.

[tEatrO]

Palco e magiaPeças divertem e encantam em Mangaratiba

O comodoro Cledson Barboza, do Iate Clube de Muriqui, está contente. Depois da interdição do clube em julho de 2009, por ordens de um juiz que implicou com a libe-ração do show do Roupa Nova para todas as ida-des, a coisa mudou de figura. É com certo alarde que o Iate Clube anuncia a primeira atração inter-nacional da região: a len-da do soul Billy Paul, co-nhecido pelo sucesso que atravessa décadas: “Me and Mrs. Jones”.

A contratação do can-tor de 76 anos, nascido na Filadélfia (EUA), deu--se, segundo Barboza, aos “bons relacionamen-tos”: “falamos com o empresário Ronaldo da Luz, que, dentre outros, agencia o Monobloco, para arrumar um show bom para a gente”. Em agosto Luz ofereceu Paul como atração. O cantor, que faz uma turnê por Recife e São Paulo, topou os anunciados 100 mil re-ais para se apresentar no clube, valor que costuma ser muito maior em sho-ws desse porte. Billy Paul vai trazer equipamento e equipe da turnê (25 pes-soas) e vai se apresentar na quadra do clube, com capacidade para 700 pes-soas, aproximadamente.

[BiLLy PauL EM Muriqui]

Muriqui na rota do soulcantor é a primeira atração internacional da costa verde[Jupy Junior][email protected]

Barboza conta que o cantor não fez nenhuma exigência extravagante, e que vai ficar hospe-dado em Muriqui, em hotel não revelado, para preservar a sua privaci-dade. O show terá uma hora de duração, e no repertório, os maiores sucessos do soul man número um dos EUA.

O comodoro ressaltou que a ideia é trazer uma grande atração por mês. “O povo de Mangaratiba merece” – afirmou. Há também uma tentativa de liberar a entrada para maiores de 14 anos (e não para maiores de 18, como está estabelecido). Desta vez o clube está tendo um cuidado maior depois da experiência frustra-da com a banda Roupa Nova. A resposta sobre essa liberação, espera Bar-boza, será até o dia 25 de setembro.

O show terá abertura da banda Good Times, comandada por Fernan-do Borges (ex-locutor do programa “Good times 98”). Os ingressos estão à venda no próprio clu-be (Rua Tiradentes, 313 – Muriqui – telefones 2780-1631 e 2780-1677), e nas Drogarias do Povo em Campo Grande, Sero-pédica e Itaguaí. Preços: mesa para 6 – R$ 80 por pessoa; camarote para 12 – R$ 120,00 por pessoa.

O Cineclube Mo-acyr Bastos, em Campo Grande, é uma excelen-te pedida para quem aprecia o cinema que não é pancadaria, ex-plosão ou motivo para comer baldes de pipo-ca. De graça, pode-se assistir a verdadeira obras-primas do cinema mundial, como o filme programado para o dia 24 de setembro: “Um homem, uma mulher”, do francês Claude Le-louch. A obra, de 1966, recebeu, dentre outros prêmio, a cobiçada Pal-

[ciNEcLuBE]

Obra-prima de Claude Lelouch é destaque no cineclube Moacyr Bastos

ma de Ouro no Festival de Cannes.

A história é simples, porém intensa: Jean--Louis Duroc (Jean-Lou-is Trintignant) e Anne Gauthier (a belíssima Anouk Aimée) encon-tram-se acidentalmente durante visita a seus res-pectivos filhos num co-légio interno a cada final de semana. Certa vez, Anne perde o trem e ele oferece a ela uma carona de volta a Paris.

Aos poucos o espec-tador descobre detalhes da vida de Anne e Jean-

-Louis: ele é um piloto de corridas e ela uma jovem contínua de cinema. O diretor faz uso das cores para localizar a plateia no tempo, alternando entre o preto-e-branco para retratar memórias e o colorido para retratar os diálogos do presente. O espectador participa dos questionamentos dos personagens sobre a validade de iniciar um novo relacionamento.

“Samba da Bênção”, de Vinícius de Moraes, faz parte da trilha sonora, e o filme fez com que a can-

ção se tornasse mundial-mente conhecida.

Vale a pena acompa-nhar a programação mensal do cineclube, que sempre reserva grandes filmes para es-pectadores exigentes.

CInECLUBE MOACYr BASTOSrua Engenheiro trin-dade, 229 – campo grande. telefone: 2413-5727Sempre às 19 horasEntrada franca *colaborou de Malu ravagnani

A banda Café com Rock se apresentou em Itacuruçá, na sexta-fei-ra (17), em mais uma edição do Coreto Mu-sical, no Projeto Arte na Praça, da Fundação Mario Peixoto, órgão vinculado à Prefeitura de Mangaratiba.

Até as 22h o público pode dançar ao som de vários sucessos. Marce-lo Tenório, vice-prefei-to, foi prestigiar: “Hoje, a Fundação resgata a cultura local e propor-ciona aos moradores uma série de eventos. O Coreto Musical é um desses projetos. O

prefeito Aarão acredita que a cultura aumenta a qualidade de vida dos moradores e incentiva o turismo” - declarou.

Para a presidente da Fundação, Leandra de Carvalho, Mangarati-ba vive um momento especial no setor: “Ofe-recermos a chance para artistas locais se apresen-tarem. Queremos que o Coreto Musical se eterni-ze na cidade” - afirmou.

Neste sábado (25), às 21h, a banda Café com Rock se apresenta de novo, desta vez na Pra-ça Robert Simões, no centro de Mangaratiba.

[SHOW]

Coreto do rock

“as Marias” entraram em campo para golear o marasmo cultural em mais uma iniciativa da fMP

arte na Praça: “torturas do coração” alegrou população de conceição de Jacareí

fOtOS divuLgaçãO

Sexta-feira, 24 de setembro de 2010 O FOCO cultura 15

Os caminhos e desca-minhos do amor de um casal nada convencional. Este é o tema da peça “Mais uma vez amor”, estrelada por Deborah Secco e Erom Cordeiro, que será apresentada no Teatro Municipal de Ita-guaí no dia 29 de setem-bro, às 20h e 21h. A mon-tagem, que só entrará em cartaz no Rio em janeiro, esgotou os ingressos da primeira apresentação. Por esse motivo, há lu-gares à venda para um segundo horário. Os in-gressos custam 25 reais (antecipado), e momen-tos antes, na bilheteria, 50 reais (meia entrada a 25).

PrOdUTOrA E ATrIzA comédia romântica

dirigida por Ernesto Pic-colo foi escrita por Rosa-ne Svartam, Lulu Silva Telles e Ricardo Perroni. Deborah, além de estre-lar a peça, estreia na co-

[tEatrO]

Estrela global no palco itaguaiensedeborah Secco se apresenta em peça no teatro Municipal


-produção em parceria com Leo Fuchs. Ela está longe dos palcos desde 2006, quando apresen-tou o monólogo “Ho-mens, melhor não tê-los, mas se não tê-los, como sabê-los?”. Com esta nova função, Deborah - que há pouco comemo-rou 20 anos de carreira - acredita que conduzirá suas escolhas de modo diferente: “acho impor-tante o artista fazer coi-sas que sejam as que ele queira dizer” – afirmou.

FOrA dOS PAdrÕESEm cena com Erom

Cordeiro (com quem contracenou em 2005 na novela “América”, da Rede Globo), Deborah é Lia. Ela e Rodrigo estão juntos há muitos anos e vivem os encontros e de-sencontros de um casal que tem uma nada tradi-cional vida a dois.

Os personagens se amam profundamente, porém se perguntam se

são amantes, amigos ou nenhuma das respostas anteriores.

Para quem acredita em destino, que lá fora existe uma alma gêmea, a peça traz a surpresa de sugerir que esta pes-soa tão especial pode não ser a ideal para ca-sar e ter oito filhos, ou para passar eternos dias no Caribe, como você sempre sonhou. Vale a pena conferir!

a atriz respondeu as seguintes perguntas para O FOCO, por e-mail:

A peça “Mais uma vez amor” ensinou algo a você sobre esse sentimento?Ensinar não seria a palavra certa, mas com certeza acrescentou muito na minha vida. falar de amor é sempre muito bom.

Ser produtora do espetáculo foi uma experiência positiva para você? Por que? quais foram as maiores dificuldades, e o que foi mais interes-sante nessa sua nova função em um espetáculo?Muito gostoso e diferente de tudo que já fiz. O Leo fuchs, produtor da peça, está me ajudando muito. como produtora você consegue escolher

com quem trabalhar, opina no figurino, na mon-tagem, ou seja, tem a possibilidade de participar mais da estrutura do espetáculo.

Por que você escolheu esse texto para voltar ao teatro? O que você considera importante e útil na peça para a reflexão dos espectadores?Minha vontade de voltar aos palcos é antiga, porém não estava arrumando tempo. assim que soube que o autor gilberto Braga tinha me reservado para a novela dele que estreia em janeiro de 2011 comecei a ler vários textos. quando o produtor Leo fuchs me deu esse me encantei: é um texto gostoso, leve, que mostra fatos do dia a dia. com certeza em algum mo-mento o espectador se identifica.

dEBOraH SEccO: “faLar dE aMOr é SEMPrE MuitO BOM”

deborah e Erom em cena: casal avalia relação


xão pelas músicas ro-mânticas de Rober-

meçou no videokê do Bar da Loura. A pai-

[PErSONagEM EM fOcO] Personagens interessantes? avise a O FOCO. Mande e-mail para [email protected]

Paulo Roberto Batis-ta Pereira tem 62 anos e nasceu em São João de Meriti. Roberto Carlos, o famosíssimo cantor, tem 69 anos e nasceu em Cachoeiro de Itape-mirim. O que há de co-mum entre eles? Pouca coisa, a não ser a paixão pela música. Paulo Ro-berto, dono de um bar em Muriqui, e anun-ciante de O FOCO há várias edições, faz en-tregas da água que ven-de (Disk Água do Ro-berto) em um carro que lança músicas de Ro-berto onde quer que vá. Meio que por acaso, a vida desses dois “Ro-bertos” se encontraram pelas emoções, que, a julgar pelo entrevista-do, são muitas.

VIdEOKÊ E ShOWSA história que o as-

socia ao Rei da música brasileira é antiga: co-

Com vocês, o rei: Paulo robertofigura conhecida em Muriqui encarna ídolo

to Carlos não deixava dúvidas: era sempre uma música do Rei que ele escolhia para cantar. O cabelo dei-xado propositalmente crescido para parecer com o ídolo num ins-tante fez a galera di-zer que ele se parecia com o ídolo. Na ver-dade nem parece tan-to, é o que acha o re-pórter. Mas o jeitão, o cabelo, a maneira de cantar, enfim, sugere um cover que ele nem se considera. Não im-porta: ele resolveu cantar as músicas do Roberto Carlos de for-ma semi-profissional, a convite de um can-tor chamado “Magia” (!). A primeira apre-sentação foi na Pavu-na, no Salão Cristal. De lá para cá, de vez em quando tem apre-sentação, com direito e figurino e microfo-

ne de pé, para imitar os trejeitos caracterís-ticos. Como ele com-bina a carreira com a vida de empresá-rio? “Ah, quando tem show fecho o bar às 20h, não tem proble-ma” – explica o “ar-tista”.

A última apresenta-ção de Paulo Rober-to foi no Baile dos Na-morados, em Muri-qui. Músicas adequa-das, portanto. A próxi-ma está marca da para daqui a duas semanas, novamente na Pavu-na. Ele diz já se apre-sentou para 600 pesso-as em Santa Cruz, no Ponte Bar. A mulher, Mariluce, não o acom-panha. “Ela tem ciú-mes” – diz Paulo, en-tre risos.

Cd grAVAdOEle conta também

que nunca foi a um show do seu ídolo, e, apesar de ter um CD gravado de modo in-dependente, nunca es-teve perto de Rober-to Carlos. Mas conta

que Valter, um bateris-ta que já acompanhou Ivan Lins, entregou um CD para o Rei e que ele teria dito: “esse cara se parece comigo”. Na ca-pa do CD Paulo apa-rece de óculos escuros com o cabelo realmen-te muito parecido. Pau-lo conta também, cheio de esperanças, que Ro-berto Carlos teria dito que queria conhecê-lo, caso passasse por Mu-riqui. A conferir. Para contratar Paulo, é só li-gar 2780-3968. Ou en-tão passar no bar, to-mar uma cerveja ou-vindo músicas do Rei e negociar cachê. Cer-tamente serão muitas emoções...

[ O cabelo ele deixou crescer para parecer com o ídolo. num instante disseram que

eles se pareciam]

até que eles se parecem: roberto exibe seu cd

tHiagO MELO


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A mística das cinco estrelas, aqui nessa página, parecia difícil de ser alcançada, ainda mais quando nos deparamos com roupas no varal logo na entrada da Pousada Colo-nial em Conceição de Jacareí. Então tivemos que lembrar das veementes recomendações de Margareth Dias. Segundo ela, o melhor bacalhau da sua vida era obra daquele português de 75 anos, cabelos desalinhados e bigodes vastos, ambos branquinhos, qualidade que não se repetia no seu jaleco. Ele vestia também bermuda azul meio desbotada (aquelas de surfista), e calçava chinelos. Roupa de andar em casa, claro, porque ele mora ali. Logo de cara a personali-dade carismática daquele persona-gem nos envolveu por completo.

Mas até parece que não fomos ali comer, conferir o que Margareth tão entusiasticamente comemorou. Só começamos a sentir que estávamos perto de concordar com ela quando o perfume do prato chamado “ba-calhau a Vinicius” alcançou nossos narizes. O Vinicius homenageado não é o poeta (de Moraes), mas o fi-lho do Joaquim, veja só, de apenas 13 anos, que adora comer a home-nagem. Não, o pequeno não estava, só aparece ali nas férias.

Ninguém nas mesas durante a visita de O FOCO. Joaquim é apo-sentado, e seu restaurante é um ho-bby. Pouca gente envolvida na pre-

paração dos (apenas) cinco pratos. Fica tudo esquematizado. Se chegar alguém, só montar e jogar no forno. É assim numa casa especializada, ninguém se mete a fazer o que não sabe. Aliás, para o simpático portu-guês, nada é muito misterioso: basta saber tirar o sal. E seus causos deli-ciosos abrem na gente outro apeti-te: a vontade de ouvir histórias de gente acostumada a comer bem. O tio dele (conta, divertido, voz muito baixa, com o sotaque característico) amarrava o bacalhau num tronco na beira do rio, em Portugal (claro!), dentro de um saco. A água corrente é a melhor técnica para tirar o sal do famoso peixe. Ouvimos coisas as-sim enquanto saboreávamos, com um vinho verde, o prato descrito no box dessa matéria.

Nessa seção o costume é conferir estrelas aos pratos, para oferecer ao leitor boas opções gastronômicas. Mas quebramos um pouco o pro-tocolo e dedicamos várias estrelas a esse “portuga” tão gente boa que nos recebeu animadamente numa tarde de terça-feira. Difícil esquecer suas histórias e seu restaurante.

O sabor daPErFEIÇãOBacalhau do Joaquim recebe cotação máxima de O FOCO

cOtaçãO: - Excelente - Muito bom - Bom - razoável - ruim


aLtO, crOcaNtE, LEgítiMO E SaBOrOSOE chegou a maravilha, que aten-

de, para os experts, pelo nome científi-co Cod Gadus Morhua: nada mais na-da menos que o legítimo norueguês, que desfaz-se em lascas claras e tenras. Já envolvidos pelo per-fume que vinha da cozinha, percebe-mos com prazer que o peixe era escalda-do antes, ligeiramen-te frito com alho de-pois, e gratinado em seguida, o que lhe dava uma crocân-cia irresistível. O pra-to (95 reais, para du-as pessoas, de acordo com o cardápio), se-gue a tradição portuguesa, sempre ge-nerosa: serve mais de dois, com folga. Acompanha arroz de brócolis, também perfeito. A gerente Janaína recomendou vinho verde. Aceitamos. Azeite à vonta-

de, claro. O que torna o bacalhau de Joaquim

tão especial? A altura das postas e o controle do sal, absolutamente indispen-sável. Surpresa para aqueles que não

gostam do tradicio-nal peixe: cuidado, corre-se o risco de rever os conceitos, porque tanto textura e sabor são muito, mas muito diferen-tes do que tem sido chamado por aí de “bacalhau”. Lem-bremos do nome oficial do bichi-nho: Cod Gadus

Morhua.A simplicidade do que é bom mostra

que combinar técnica com bons ingre-dientes é, sim, infalível. A prova está lá em Conceição de Jacareí. Obrigado, Margareth!

[ quebramos o protocolo e dedicamos

várias estrelas a esse “portuga” tão gente boa

]

fOtOS tHiagO MELO

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