o fantÁstico na escola

64

Click here to load reader

Upload: pedro-fonseca

Post on 13-Mar-2016

233 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

Publicação que descreve o processo de implementação e desenvolvimento em contexto escolar de um projecto pedagógico que cruza os conteúdos curriculares com o fazer artístico, nas áreas da dança e das artes visuais. Desenvolvido pelo CENTA [Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas] em Vila Velha de Ródão, durante o ano lectivo de 2005/2006. Design gráfico e paginação de pedro fonseca/colectivo, a.c.

TRANSCRIPT

Page 1: O FANTÁSTICO NA ESCOLA
Page 2: O FANTÁSTICO NA ESCOLA
Page 3: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

O FANTÁSTICO NA ESCOLATHE FANTASTIC AT SCHOOLCENTA [Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas] [Center of Studies of New Artistic Tendencies]

Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão Schools Grouping of Vila Velha de Ródão

programa de formação artística contínua para escolas do 1º ciclocontinuous artistic formation program for primary schools

2005[06]

Page 4: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

SOBRE ESTA PUBLICAÇÃOABOUT THIS PUBLICATION

Graça PassosSOBRE O PROJECTO

ABOUT THE PROJECTGraça Passos

SOBRE O PROJECTO [1]ABOUT THE PROJECT[1]

Madalena VictorinoSOBRE AS ARTES PLÁSTICAS

ABOUT FINE ARTSVera Alvelos

SOBRE A DANÇAABOUT DANCE

Leonor BarataSOBRE A EXPERIÊNCIA

ABOUT THE EXPERIENCENuno Carrusca

SOBRE A EXPERIÊNCIA [1]ABOUT THE EXPERIENCE [1]

Maria Belo CostaAS SESSÕES NAS ESCOLAS

SESSIONS AT SCHOOLSSOBRE O DIA A DIA [ARTES PLÁSTICAS]

ABOUT EVERYDAY [FINE ARTS]

Vera AlvelosSOBRE O DIA A DIA [DANÇA]

ABOUT EVERYDAY [DANCE]

Leonor BarataSOBRE AS CRIANÇAS

ABOUT THE CHILDRENTatiana Homem

SOBRE AS ESCOLASABOUT SCHOOLS

A EQUIPA THE TEAM

6

7

11

13

15

17

18

19

50

56

58

60

61

Coordenação Editorial Editorial CoordinationGraça PassosCoordenação Gráfica Graphic CoordinationPedro FonsecaRevisão de Textos Scripts ReviewNuno Carrusca e/and Pedro FonsecaDesign Gráfico Graphic Design Pedro Fonseca Tradução Translation Milene Pio, Nuno Carrusca, Pedro Fonseca e/and Vera AlvelosImpressão Printed at Gráfica do Tortosendo, Lda.

Esta publicação é propriedade do CENTA [Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas] This publications is property of CENTA [Center of Studies of New Artistic Tendencies]Tapada da Tojeira6030 - 006 Vila Velha de RódãoPortugalTelf. +351 272 541 080Fax +351 272 545 [email protected]

Mecenas para a publicaçãoMecenatic support for the publicationGRÁFICA DO TORTOSENDO, LDA.JUNTA DE FREGUESIA DE VILA VELHA DE RÓDÃO

O CENTA é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura / Instituto das Artes CENTA is a structure financed byMinistry of Culture / Institute of Arts

Outubro October 2006Depósito Legal

Page 5: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

The amazing reality of thingsIt is my everyday discovery,Each thing is what it is,And that is difficult to explain someone how it cheers me,And how that is enough.

One just has to exist to be complete.

A espantosa realidade das coisas É a minha descoberta de todos os dias,Cada coisa é o que é, E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,E quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.

In O Guardador de Rebanhos, Fernando Pessoa

Page 6: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

SOBRE ESTA PUBLICAÇÃOGraça PassosCoordenadora Geral General CoordinatorAgosto August 2006

Aqui se registam o processo, as actividades, os intervenientes e alguns dos trabalhos executados pelos alunos no âmbito do Projecto de Formação Artística Contínua para o 1º Ciclo, que envolveu todas as escolas do Concelho de Vila Velha de Ródão nos anos lectivos de 2004/05 e 2005/06. Dar visi-bilidade ao trabalho feito pelas crianças, oferecer-lhes uma prenda que o expanda no tempo, que os acompanhe e lhes permita reflectir sobre, fruí-lo e também partilhá-lo com os outros, são os principais objectivos deste pequeno caderno.Contribuir para que a Educação Artística ocupe o papel fun-damental no percurso escolar, que continua a ser-lhe continu-amente sonegado, através da divulgação das experiências existentes junto da comunidade educativa e do público em geral é um objectivo acessório mas não menos importante. A edição bilingue alarga as possibilidades de divulgação e acreditamos que será um estímulo para o estudo da língua inglesa que todas estas crianças já conhecem. O Fantástico na Escola foi o título escolhido pelos alunos e eles têm razão, não deixa de ser fantástico levar a cabo um projecto contínuo num país onde a descontinuidade teima em ser a matriz fundadora.

ABOUT THIS PUBLICATION

Here we document the process, the activities, the participants and some of the works made by the children under the Con-tinuous Project of Artistic Formation for the primary school of education, which involved all the schools in the county of Vila Velha de Ródão since 2004. Give visibility to the children’s work, offering them a gift that could expand it through time, that accompanies and allows the children to reflect about, enjoy it but also charring it with others, are the main goals of this little booklet.Contribute for the fundamental role that Artistic Education should have in the scholarship, which still to be continuously taken, by divulgating the existent experiences among the educational community and public in general, is other, but not less important.This bilingual edition improves the divulgation possibilities and we believe that could consist in a strong stimulus for the study of English language by these students. O Fantástico na Escola was the chosen title by the children and they are right, its fantastic to make an continuous project on a country were the discontinuity still being the foundation model.

Page 7: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

ABOUT THE PROJECT

In the year that Portugal hosted the UNESCO international conference on Artistic Education, where all around the world specialists proved the importance of the arts in the forma-tion of future citizens and where the Portuguese Minister of Education recognized publicly the focal importance of the arts as an educational tool, its rewarding to observe that it seems unnecessary to make its defence towards the political class. But can its importance be taken as an achievement? The answer to this question depends on the capacity of the Ministry of Edu-cation to structure artistic education in terms of supporting the projects that have been implemented all around the country.

SOBRE O PROJECTO Graça PassosCoordenadora Geral General CoordinatorAgosto August 2006

No ano da realização, em Portugal, da conferência interna-cional da UNESCO sobre Educação Artística, em que espe-cialistas de renome internacional evidenciaram e demostraram a importância das artes na formação dos futuros cidadãos e em que a ministra da Educação reconheceu publicamente a importância fulcral das artes, é gratificante constatar que parece desnecessário fazer a sua apologia junto da classe política. Mas será a sua importância um dado adquirido? A resposta a essa pergunta vai depender da capacidade do Ministério da Educação estruturar a Educação Artística a curto, médio e longo prazo, apoiando os projectos que se têm implementado um pouco por todo o país e, sobretudo, poten-ciando a sua experiência.

6[7]

Page 8: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

O CENTA é uma estrutura peculiar pelo facto de constituir um recurso à disposição da comunidade artística e das popula-ções para o desenvolvimento da arte contemporânea com toda a complexidade que esse processo encerra. Neste sen-tido, o Projecto de Formação Artística Contínua para o 1º Ci-clo (P.F.A.C.) é exemplar. Propõe a utilização dos processos da arte contemporânea nas áreas da Dança e das Artes Visuais como estímulo à criatividade e como facilitador do processo de aquisição de conteúdos programáticos, no caso de Língua Portuguesa e Estudo do Meio, escolhidos pelos professores. Os formadores envolvidos são profissionais das artes, o que significa que dominam a linguagem e os processos que uti-lizam, estando no seu quotidiano envolvidos em projectos de natureza criativa, garantindo desta forma o contacto directo com referências artísticas pertinentes. Em cada ano lectivo o projecto inicia-se com um ateliê de formação para os profes-sores envolvidos e é avaliado, ao longo do ano, pelos seus intervenientes com o apoio de um psicólogo, terminando com a exposição dos trabalhos realizados pelos alunos e edição de uma publicação.O motor deste projecto foi a constatação de que só um trab-alho contínuo pode desenvolver em pleno as competências dos alunos, sendo que as condições propícias à sua implementação em 2003/04 surgiram na sequência da formação artística pontual iniciada pelo CENTA em 1999, nomeadamente a partir do fortalecimento das relações com a comunidade educativa. Esta fase inicial foi registada na publicação Eu e os Outros.

CENTA is a special structure by the fact that constitutes a resource available for the artistic community and general pop-ulation for the enhancement of contemporary art with all the complexity that this process embrace. In this matter the Project of Continuous Artistic Education for the primary school is exem-plar. It proposes the use of contemporary art processes in Fine Arts and Dance fields as a stimulus for creativeness and as facilitator of the process of program contents achievement, in this case the Portuguese language and the social studies, these chosen by the teachers. The educators involved in this project are arts professionals, what means that they have domain over the processes and languages that are used; being in their daily life involved in creative projects, guarantying this way a contact with pertinent artistic references.In each scholar year the project starts with a workshop for the teachers involved, during the year the project is evaluated by its intervenients with the help of a psychologist, and it is closed with an exhibition and publication of a booklet with the cor-respondent documentation and the children’s work.The motor for this project as been the fact that only a continu-ous work is able to fully develop the pupils competencies, thus the conditions to its implementation in 2003/2004 came on the sequence of the punctual artistic formation started by CENTA in 1999, mainly by the strength ness of the institutional relations with the educational community.The publication Eu e os Outros, (Me and the Others), was a register of this first faze of the project.

Page 9: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

In 2004/05, by the conditioning of the State financial sup-port, was not possible to assure the project, as it was primary designed, although was made a strategic work towards the scholar community and local population as a preparation for the scholar year of 2005/2006.Vila Velha de Ródão is a county in the district of Castelo Branco, with around 4000 inhabitants, half of these living in the town of Vila Velha de Ródão, the rest is distributed by the peripheral towns around: Sarnadas, Fratel and Perais.In parallel with a strong human desertification, an elderly population is denoted, being rate one of the highest of the country: 200 deaths for 4 births per year.Being a agricultural economically based county, where most of the families have a low scholar and social-economic level, only a small percentage of the 80 children that study in the 1st cycle have access to cultural contexts. An unsuccessful scholar life leads to abandonment before students finish the 9th grade. In this context, defining the project, among other needs, to “develop creative and critical capacities in the pupils, initiative and interdisciplinary practice”.

Em 2004/05, por condicionantes do apoio financeiro estatal, foi impossível assegurar o trabalho na sala de aula mas fez-se um trabalho intenso junto do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão (A.E.V.V.R.) e da comunidade local para preparar o ano lectivo de 2005/06.Vila Velha de Ródão é um concelho do Distrito de Castelo Branco com cerca de 4000 habitantes, metade dos quais vivem na freguesia de Vila Velha de Ródão, distribuindo- se os restantes pelas inúmeras povoações e lugares das outras três freguesias: Sarnadas, Fratel e Perais. A par da quebra populacional, verifica-se uma tendência para o envelheci-mento, cujo índice é um dos mais elevados do país: ocorrem 200 óbitos e 4 nascimentos, em média, por ano. Tratando-se de um concelho com uma matriz fortemente rural onde a maioria das famílias tem um nível de escolaridade reduzido e um baixo nível sócio-económico, apenas uma ínfima parte das 80 crianças que, em todo o concelho, frequentam o 1º Ciclo tem acesso a contextos culturais enriquecedores. O insucesso vai aumentando ao longo da vida escolar e há alunos que abandonam a escola sem terminar o 9ºano. Neste contexto e tendo o Projecto Educativo do A.E.V.V.R. identificado para o 1º ciclo, entre outras necessidades, as de “desenvolver nos alunos a capacidade criadora, a capacidade crítica e a autonomia; rentabilizar o domínio da aprendizagem, favorecendo a componente lúdica, estimulando em cada aluno a curiosidade, a criatividade, o espírito crítico e de iniciativa e estimular a prática de interdisciplinaridade”, o P.F.A.C. revela-se uma importante ferramenta de trabalho ao serviço dos professores e da comunidade.

8[9]

Page 10: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

No final deste ano constatou-se um aumento significativo do sucesso educativo ao nível da Língua Portuguesa e, apesar de não existirem dados objectivos que nos permitam afirmar a correlação com o projecto, é um sinal muito positivo que legiti-ma as expectativas que serviram de base à sua concepção. Tendo merecido o estatuto de projecto de interesse cultural, por parte do Ministério da Cultura, continuamos à procura de mecenas para o próximo ano lectivo. Até aqui o projecto tem sido totalmente financiado pelo CENTA graças ao apoio estatal de que usufrui, no entanto não seria possível viabilizá-lo sem o empenho dos professores, entre os quais destacamos Paulo Candeias e Deolinda Sebastião, dos tradutores, da equipa de trabalho e da generosidade da consultora artística e pedagógica, Madalena Victorino, que ofereceu o seu trabalho. Trabalhamos, de forma contínua, ao longo de três anos e estão reunidas as condições para continuar; o que poderia ser melhor?

At the end of this past scholar year was proven a higher suc-cess in the Portuguese language subject, although there is no data that relates this improvement directly with the project, never less it shows a positive sign that legitimates the expecta-tions that are in the base of the conception of this project.CENTA finances this project due to state financial support. Also what contributes to make possible this project is the dedication of the artists/monitors, the teachers, specially Paulo Candeias and Deolinda Sebastião, the translators, and the generosity of the artistic observer and pedagogical adviser, Madalena Vitorino, which gently offered her contribution.Being deserver of cultural interest status by the Culture Minis-try, we keep looking for sponsors for next year project. It was achieved the continuity during 3 years and it seems gathered all conditions to continue; what would we want more?

Page 11: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

ABOUT THE PROJECT [1]

In childhood, school is the place where, for the first time, society is experienced throughout the curious eyes of a child. It is there, among rules, subjects and an absolutely brand new world, that a child learns the immutable value of living collec-tively. Know how to communicate, be in a group, share objects, ideas and emotions are strongly and dynamically connected with the “I” that is built slowly, carefully and mysteriously.Between the children’s development as an individual and unique human being and their integration in a school group (which later will become the social environment in their adult life) exists learning territories which overflow the curricular contents.There are spaces where intuition, sensitivity, the symbolic, abstraction, the error, the imagination, the observation, the conception fertilize the children’s interior.

SOBRE O PROJECTO [1]

Madalena VictorinoConsultoria Artística e Pedagógica Artistc and Pedagogical AdvisorJulho July 2006

A escola é, na infância, o lugar onde, pela primeira vez, a sociedade se ensaia perante os olhos curiosos da criança. É aí, entre regras, matérias e um mundo totalmente novo, que ela aprende o valor imutável da vivência em colectivo.Saber comunicar, estar em grupo, partilhar objectos, ideias, emoções, são aspectos que convivem dinamicamente com a fortificação do eu que se constrói lenta, cuidadosa e misterio-samente.Entre o desenvolvimento da criança enquanto pessoa indi-vidual e única e a sua integração no grupo escolar, que mais tarde será o tecido social em que se afirmará como adulto, existem territórios de aprendizagem que extravasam os con-teúdos curriculares. São espaços onde a intuição, a sensibilidade, o simbólico, a abstracção, o erro, a imaginação, a observação, a conceptu-alização se fertilizam no interior da criança.

10[11]

Page 12: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

As artes, sejam elas a dança, o teatro, a música, as artes visuais, a literatura são incondicionais ajudantes desta tarefa que propõe um crescimento profundo e que tem como objecti-vos: rasgar horizontes, ginasticar a inteligência de tipo diver-gente, fazer nascer um discurso próprio, livre e crítico sobre as coisas, uma vontade de realizar e criar pelo seu próprio pé, uma alegria na descoberta e na aquisição do saber, um protagonismo na invenção de soluções e universos.Se soubermos, professores, artistas e agentes de produção, cozinhar sensível e inteligentemente a ligação entre a maté-ria escolar, a matéria artística e a prática organizada desta empresa, chegamos a uma dinâmica muito estimulante para o “lugar – escola”, trampolim e tubo de ensaio para sociedade futura.…E não há que ter receio de ser exigente. As crianças, sem saberem muito bem como, pedem-nos isso mesmo, que lhes ofereçamos o lugar de pessoas a sério, que as conduzamos, para connosco e muito seriamente possam descobrir as mara-vilhas que há no mundo em que vivemos. Maravilhas visíveis e invisíveis… Foi isto que tentámos este ano com este projecto pôr em marcha. Parece que correu bem. Há que continuar.

Arts, whether is dance, theatre, music, visual arts, literature are unconditional helpers of this project, which consists of a deep knowledge with the following goals: break horizons, stimulate their divergent intelligence, having their own, free and critical discourse about things, having their own will to create, having pleasure in the discovery and acquisition of knowledge, a leading role in the invention of solutions and universes.If we, teachers, artists, production agents, learn to interact scholar subjects and artistic and practical subjects with sensitivity and intelligence, we will have a very stimulating dynamic for the “school-place”, an important step into future society....And we can’t be afraid of being demanding. Children themselves, without knowing exactly how, ask us orientation so that they can, seriously, discover the wonderful things which exist in the world we live in. Wonderful things visible and invis-ible…This was what we tried to do last year. It seems that good work was done. We have to continue.

Page 13: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

ABOUT FINE ARTS

In the beginning it was important for me to understand who these children from the villages were. So, the first term was like a continuous work of presentation where each child looked after a box. Normal card board boxes, that came in various sizes, some of them big enough for them to crawl into. It was possible to create a dialogue between me and the children and between them and their boxes, in an interactional rela-tionship with that object, wich they could see growing day by day, due to a wide range of different exercises such as ob-servation and drawing, tactile drawing (with the eyes closed), painting, cutting and collage, construction and composition of different visual elements. Attention, listening and posture in the classroom were the aspects of the school curriculum that were focused on.In the second and third terms, the work was thought in terms of individual lessons and the aim was to give information about artists and artistic language and movements, to propose diversified plastic activities and to relate them with the school curriculum.

SOBRE AS ARTES PLÁSTICASVera AlvelosFormadora TeacherAgosto August 2006

No início foi importante para mim perceber quem eram estes meninos de terras do Rei Vamba. Por isso, todo o primeiro trimestre foi como que um exercício contínuo de apresentação que incidiu, sobretudo, no trabalho individual, em que cada menino cuidava e fazia crescer uma caixa. As caixas, de cartão normal, tinham vários tamanhos e al-gumas até davam para que eles desaparecessem lá dentro. Possibilitaram um trabalho de diálogo entre mim e eles e entre eles e as suas caixas, numa grande interacção com esse objecto que viam aumentar de aula para aula a partir de um leque de propostas variado e que passou pela observação e desenho, desenho táctil (com os olhos fechados), recorte, pintura, colagem, e também pela construção e composição de elementos visuais. Ao nível dos objectivos curriculares foi focada a atenção, a escuta e a postura na sala de aula.No segundo e terceiro períodos, o trabalho foi idealizado de aula para aula no sentido de dar a conhecer artistas, lingua-gens e movimentos artísticos, propor actividades plásticas di-versificadas e relacioná-las com as competências curriculares.

12[13]

Page 14: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

O objectivo foi o de proporcionar um clima de experimenta-ção e expressão pessoal, mas também incentivar a escuta e a cooperação nos trabalhos de grupo. Articulando conteúdos curriculares e artísticos foi possível aprender e concretizar matérias mas também extrapolá-las e abstraí-las na relação entre as várias linguagens e propostas. Ao nível da escrita fizemos exercícios relacionando os sinais de pontuação, a escrita em verso e rima, o uso de vários tem-pos verbais, os nomes próprios, comuns e colectivos, a construção de frases e histórias com exercícios visuais vários. Ao nível do estudo do meio abordámos o tema do sistema solar e das actividades económicas, criando neste último caso um painel que pudesse ir sendo consultado. Ao nível artístico falámos e vimos obras de Matisse, Picasso, Arcimboldo, Frida Kahlo, Marcel Duchamp e do movimento Dada. Pintámos com tintas a partir das cores primárias e das formas geométricas, fizemos esculturas com elementos da na-tureza e com embalagens numa lógica de reaproveitamento de materiais, composições visuais com recortes de jornais, com colagens de massas e feijões, com desenhos e figuras várias, poesias visuais ou escrita desenhada, esculturas ready made e intervenções artísticas em fotografias. No final deu vontade de recomeçar, pegar no fim do caminho percorrido ao longo do ano, um percurso de expansão de dis-ponibilidade criativa, para a levar a viajar por um novo rumo.

The purpose was to create an environment of experimentation and self expression but also to develop cooperation within a work group. Relating artistic and school curriculum compe-tences enabled learning and concretization of ideas and also their abstraction through the relationship between the different languages and domains proposed.On the writing level we had exercises with punctual marks, verse and rime, different verbal times, personal, common and collective names, construction of phrases and stories relating them with several visual exercises. On environmental studies we talked about the solar system and the economical activi-ties, of which we made a panel to be consulted throughout the rest of the year.At the artistic level we spoke about and saw images from artistic works of Matisse, Picasso, Arcimboldo, Frida Kahlo, Marcel Duchamp and the Dada movement. We painted, con-structed with elements of nature and with recyclable materials, did collages and visual compositions, visual poetry or drawing with writing, ready made sculptures and artistic interventions on photographs.In the end I wanted to restart and begin at the end of the road, profiting from the path of creative disponibility that took place throughout this year.

Page 15: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

ABOUT DANCE

To create the Fantástico na Escola, discover with the children that take part on this new worlds and ways of speak about our world, this was the main goal of the dance sessions that I had the pleasure to develop.We tried essentially to establish the contact with this artistic discipline in a very pleasant way, using games and building choreographies that allow us, little by little, travel a little bit for ourselves, breaking our own limits, at the same time that we promote the contact with methods and practices specific of dance. To relax, to breathe, to run, to play, to scream, to roll, to stretch: these and other verbs took part of our meetings and helped us to find our dance, as we crossed it with some of the curriculum contents of portuguese languageIn a first moment, we had focused more our attention in the difficulties felt in the classroom: concentration, attention, re-spect for the other, comprehension and analysis of rules, etc. Later, we introduced some of the curriculum contents of portu-guese language: how can I dance the punctuation marks?

SOBRE A DANÇALeonor BarataFormadora TeacherAgosto August 2006

Criar o Fantástico na Escola, descobrir com os meninos e meninas que dele fazem parte novos mundos e novas manei-ras de falar do nosso mundo, foi este o grande objectivo das sessões de dança que tive o prazer de desenvolver.Procurámos essencialmente estabelecer o contacto com esta disciplina de forma lúdica, utilizando jogos e construindo dan-ças que nos permitissem, pouco e pouco, viajar um bocadinho por nós mesmos e ir quebrando os nossos próprios limites, ao mesmo tempo que se proporcionava o contacto com metodolo-gias e práticas específicas da dança.Relaxar, respirar, correr, brincar, gritar, rebolar, esticar: estes e outros verbos fizeram parte dos nossos encontros e ajuda-ram–nos a descobrir a nossa dança, ao mesmo tempo que nos cruzávamos com alguns dos conteúdos curriculares da língua portuguesa.Num primeiro momento focámos mais a nossa atenção nas dificuldades sentidas na sala de aula: concentração, atenção, respeito pelo outro, compreensão e análise das regras, etc.Posteriormente, introduzimos alguns dos conteúdos curricula-res de língua portuguesa: como é que eu danço os sinais de pontuação?

14[15]

Page 16: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

O desafio era grande, mas conseguimos transformar sinais de pontuação, adjectivos e nomes próprios, comuns e colectivos em danças de cada classe, de cada um, à maneira de cada um.Procurou–se esta valorização individual por se acreditar que cada um é único no seu corpo, na sua maneira de dançar e também, evidentemente, na sua maneira de pensar. Daí o ter-se inserido estas especificidades nos objectivos propostos e na dinâmica do trabalho de grupo.E, para terminar a nossa viagem, inventámos aquilo que ficou conhecido pela Dança das Cadeiras, uma dança em que pro-curámos as piores maneiras de nos sentarmos numa sala de aula, acabando por brincarmos com o interdito.Parece–nos que o contacto com uma prática artística continu-ada desde os primeiros anos de escolaridade pode contribuir para um crescimento mais saudável e harmonioso, podendo assim facultar novos instrumentos de análise da realidade e proporcionar experiências importantes ao nível do conheci-mento de si, do desenvolvimento das suas potencialidades, bem como da exploração do lado lúdico das coisas, tão importante para crescer e ser feliz.Não há receitas mágicas e um projecto desta natureza leva tempo. Leva tempo a instalar–se, leva tempo a dar frutos.Para mim foi uma experiência inesquecível, que levo para onde for. O Fantástico na Escola é um projecto raro, uma pedra pre-ciosa no interior português. A preservar…

The challenge was tremendous, but we have been able to transform punctuation marks, adjectives and names, proper, commons and collectives, in dances of each class, of each one, in is own way. This kind of individual valorization have been seeked because of the belief that anyone is unique on it’s own body, in his way of dancing and even, of course, in his way of thinking. There-fore we had put these specific aspects in the proposed targets and in the dynamic of the group work.And, to end our journey, we had invent what have been knowned as Chhair’s Dance, a dance where we looked for the worst manners to seat in a classroom, but all the time playing with the forbidden. It seems to us that the continuous contact with an artistic expression since the early school could contribute to a more healthy and harmonious growth, in a way to give new tools for the analysis of reality and also providing important experi-ences in terms of the knowledge of himself, developing his own potentialities, as well as exploiting the pleasant side of things, so important to grow up an be happy. There are no magic receipts and a project of this kind takes time. Takes time to set, takes time to give flowers.For me it was an unforgettable experience that I will carry all along with meThe Fantástico na Escola is also a rare project, a precious stone in the portuguese countryside, that I proudly take part.To be well preserved…

Page 17: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

ABOUT THE EXPERIENCE

Contemporanity in art is on its way to define a range of possibili-ties, inside social processes, as well in the reinvention of society and modern life. We can assume that contemporary visual arts are tend-ing to work with life experience and culture itself and to look life as arena or object for an aesthetic project (the idea of aestheticize thru engaging a community a region, a country).The artist as cultural agent, with social responsibilities, distant from the alienated artist closed in his atelier far from a real world with real problems, that does not use anymore the paint and canvas as a medium but the social tissue as artistic object.This is how I perspective the role of the creative as educator, provider of tools and developer of new possibilities in the approach of cur-ricular contents.The creative, who in a constant exchange system gathers the community in artistic processes, reinventing the world that surrounds us.This way, the work developed during the scholar year provides the children with new possibilities that enrich their inner world, helping them improving aptitudes in day by day life, as well in learning and assimilating contents, reinforcing their abstract thought, guarantor of psychomotor growth and personal enrichment.This program is thought to be a continuous process; thereby, we expect to help individuals to be able to make informed choices thru their life, with the power to question and to reinvent their sur-roundings. This way the artist leaves the museum, the gallery, the atelier, and transposes him to the school, where surely has a structuring role and leaves marks in the territory.

SOBRE A EXPERIÊNCIA Nuno CarruscaFormador Assistente [Artes Plásticas] Assistant Teacher [Fine Arts]Agosto August 2006

A contemporaneidade na arte já se encontra a caminho para definir um conjunto de possibilidades, dentro de processos sociais, bem como no fabricar e reinventar a sociedade e a vida moderna. Podemos, portanto, assumir que as artes visuais contemporâneas estão mais inclinadas em trabalhar com a experiência de vida e a cultura em si mesma e olhar a vida como arena ou objecto para um projecto estético (a ideia de esteticizar através do envolvimento de uma co-munidade, de uma região de um país). O artista surge, então, como agente cultural e com responsabilidades sociais, distante do artista de ateliê alienado de um mundo real com problemas reais, que não usa mais a tela e o pincel como meio de expressão, mas sim a malha social entendida como matéria de criação.È assim que perspectivo o trabalho do criador enquanto formador, fornecedor de ferramentas e potenciador de novas possibilidades na abordagem de conteúdos. Deste modo, o trabalho desenvolvido ao longo do ano escolar apresenta às crianças novas possibilidades, que enriquecem o seu mundo interior na aprendizagem e assimilação de matérias, reforçando o seu raciocínio abstracto e garantindo um processo de crescimento psicomotor harmonioso e de valorização pessoal. Esta formação é pensada para ser um trabalho contínuo e sempre em construção. Assim, espero contribuir para a formação de indivíduos capazes de fazer escolhas informadas, ao longo da vida, e com o poder de questionar e reinventar o mundo que nos rodeia. Deste modo, o trabalho do criador deixa o museu, a galeria ou o ateliê e é transposto para a escola, onde seguramente exerce uma função estruturante que deixa marcas no território.

16[17]

Page 18: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

SOBRE A EXPERIÊNCIA[1]

Maria Belo CostaFormadora Assistente [Dança] Assistant Teacher [Dance]Agosto August 2006

A criação artística implica um olhar atento e actuante sobre o ser humano em toda a sua complexidade. É importante que essa acção não se cinja ao laboratório. É importante trabalhar com as pessoas, numa atitude constante de diálogo, de troca de perspectivas, conduzindo a um redimensionamento da realidade. Contaminar e deixar-se contaminar. Tocar e deixar-se tocar.Estar aqui, em Vila Velha de Ródão, no CENTA, envolvida neste projecto, significa dar lugar à possibilidade em favor da aber-tura. É possível não ficar circunscrita aos espaços e aos meios tradicionais de criação, desenvolver um trabalho em continui-dade e em profundidade, simultaneamente objectivo e sensível.As crianças. Os professores. A escola. Os pais. Trabalhar neste projecto supõe trabalhar indirectamente com o tecido social que envolve as crianças. Procurar que este projecto seja acolhido de uma forma positiva é tentar dar a perceber outros modos de fazer, de pensar. Implica afirmar que existem sempre várias escolhas que podem ser feitas e que é preciso fazê-las. A presença das artes na escola não é somente um espaço para o lúdico. É um espaço de aprendizagem, de crescimento, de descoberta, de experiências e de conquistas, de invenção. E sim, também é um espaço onde se brinca muito, mas onde o brincar é muito importante e é a sério.

ABOUT THE EXPERIENCE

Artistic creation implies a focal and intervening look upon the human, in all its complexity. It’s important that this action does not get restrained to the lab.Its important, to work with people, in a constant dialogue, of perspectives exchange,that conducts to a new reality dimension. To contaminate, and let be contaminated, to touch and let to be touched.To be in Vila Velha de Ródão, here in CENTA, evolved in this project, means to give place to possibilities in favour to aperture. It is possible not to be circumscribed to the traditional spaces and mediums of creation.To develop a work of continuity and in depth, at the same time objective and sensitive.The children. The teachers. The school. The parents.To work on this project is to work indirectly with the social tis-sue that surrounds these children. Look for to this project, to be embraced in a positive way is to try to give the possibility to understand other ways of doing, of thinking. It implies to firm the existence of multiple choices and these choices have to be done.The presence of the arts in school does not make space only for amusement. It opens the space to learn, to grow, to discover, to experiment, and of conquests, and interventions.And yes, like this it becomes a space to play a lot, but where to play is very important and serious.

Page 19: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

AS SESSÕES NAS ESCOLASLeonor Barata

Formadora das sessões de Dança Teacher for Dance sessions

Vera AlvelosFormadora das Sessões de Artes Plásticas

Teacher for Fine Arts sessions

Maria Belo CostaNuno Carrusca

Formadores AssistentesAssistant Teachers

Tatiana HomemPsicóloga

Psychologist

SESSIONS AT SCHOOLS

18[19]

Page 20: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Afinal estas cores são o quê?E de adjectivo em adjectivo construímos uma grande escultura humana.Todos juntos numa grande confusão.

Page 21: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Anyway what are this colors?And from one adjective to another we build up a large

human sculpture.All together in a great confusion.

20[21]

Page 22: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

As nossas caixas têm dois lados, o interior e o exterior. Para nós são a noite e o dia. Fizemos mui-tos exercícios e fizemos crescer, durante o primeiro período, um objecto cada vez mais nosso, que tinha a nossa cara de muitas formas, os nossos gostos, os nossos sorrisos, bichos, fadas e estrelas e olhos-janelas por onde podíamos espreitar!

Our boxes have two sides, the inside and the outside; for us it means night and day. We have made plenty of exercises and all through the first term we grew an object that became ours, with our faces made in many ways, with our tastes, our smiles, animals, fairies and stars and eyes like windows where we can take a peak to the inside.

Page 23: O FANTÁSTICO NA ESCOLA
Page 24: O FANTÁSTICO NA ESCOLA
Page 25: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

24[25]

In the night side we have made: a self portrait with our eyes closed, a drawing of a colleague sleeping, an insect cut in a symmetrical manner, insects in plasticine with leafs and sticks, the mould of a star and a little fairy.

Na lado da noite fizemos: um auto-retrato de olhos fechados, um desenho de um colega a dormir, um insecto recortado em simetria, insectos em plasticina e com folhas e pauzinhos, o molde de uma estrela e uma fada.

In the day side we have made: big eyes and mouth to give an expression to our box, we painted an insect viewed on day light, an exercise of form intersection with the mould of the star, we drawed the outside line of our body and filled it with words and images of who we are and what we like – Me and the in the exterior of the line we did the same about the World.

No lado do dia fizemos: grandes olhos e boca para dar expressão à nossa caixa, pintámos um insecto visto de dia aproveitando a moldura do recorte em simetria, um exercício de intersecção de formas a partir do molde da estrela, a linha do nosso contorno preenchida com recortes de palavras e imagens sobre quem somos e do que gostamos – o Eu e no exterior o mesmo sobre o Mundo.

Page 26: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Quando dormimos acontece o quê?Sonhos, pesadelos, insónias, às vezes, precisamos que nos embalem.“Dormir também é bom porque olhamos para dentro”Foi assim que nasceu a nossa DANÇA DO SONO, com muitos bocejos e espreguiçadelas.

Page 27: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

When we sleep what happens?Dreams, nightmares, insomnias, sometimes we need to be lulled

“Sleep is also good because we look inside us”It was this way that our SLEEPING DANCE appeared, among many gapes

and arms’ stretchs.

Page 28: O FANTÁSTICO NA ESCOLA
Page 29: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

The punctuation marks became the protagonists of stories in verse and rime and, like Matisse, we did collages to illustrate them.

Fizemos dos sinais de pontuação os protagonistas de histórias em verso e em rima e, a partir de Matisse, fizemos colagens sobre essas histórias.

28[29]

Page 30: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Os sinais de pontuação inspiraram–nos para a dança dos pontos.O espaço à nossa volta transformou–se numa enorme folha de papel e construímos frases e histórias com muitos pontos e vírgulas.

The punctuation marks inspired us for the dot’s dance.The space around us transformed itself in a enormous paper sheet and we built sentences and stories with many dots and commas.

Page 31: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

30[31]

Page 32: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Falámos das cores primárias e das formas e figuras geométri-cas, tornámo-nos pintores como Picasso, transformámos formas em seres e pintámos uma estrada de cores.

We talked about primary colours and about geometrical forms and figures, we became painters like Picasso, transformed forms in beings and painted a road of colours.

Page 33: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

32[33]

Page 34: O FANTÁSTICO NA ESCOLA
Page 35: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

To find through the forbiddenYou can’t put your feet on a table, neither the head on a chair, but in dance…We seek things we shall not do, the incorrect positions…What is the possible dance in this game?It’s the CHAIRS’ DANCE

Descobrir com o interdito.Não se pode pôr os pés na mesa, nem a cabeça na cadeira, mas na dança...Procuramos aquilo que não se deve fazer, as posições incor-rectas...Qual é a dança possível neste jogo?É a DANÇA das CADEIRAS

34[35]

Page 36: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Aula de colagem de receitas visuais a partir do exemplo de Arcimboldo e de construção de histórias utilizando os nomes próprios, comuns e colectivos.

From the example of Arcimboldo we did collages to create visual recipes and invented stories with personal, common and collective names.

Page 37: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

With images and a few objects we have done a story, we can call it creative writing but the result of the writing and drawing is visual poetry!

Com imagens e alguns objectos fizemos uma história: podemos chamá-la escrita criativa, mas o resultado da escrita e do desenho é poesia visual!

36[37]

Page 38: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

O amarelo é esquisito - mão no amareloO azul é bonito - cabeça no azulO vermelho é quente - cotovelo no vermelho

The yellow is weary – hand on the yellowThe blue is beautiful – head on the blueThe red is warm – elbow on the red

Page 39: O FANTÁSTICO NA ESCOLA
Page 40: O FANTÁSTICO NA ESCOLA
Page 41: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

And if inhabitants from other planets were to land in Vila Velha de Ródão? Class about the solar system and construction of aliens with recyclable materials.

E se habitantes de outros planetas aterrassem em Vila Velha de Ródão? Aula sobre o sistema solar e construção de extraterrestres com materiais recicláveis.

40[41]

Page 42: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Podemos voar com o pensamento? Com andorinhas nas sobrancelhas desenhámos pensamentos que se definem por um verbo. Com pauzinhos fizemos colares com andorinhas e voámos como fazia a pintora mexicana Frida Kahlo.

Can we fly with our thought? With swallows in our eyebrows we drawed thoughts that can be told in just one verb. With sticks we made necklaces with swallows and flew the same way as the mexican painter Frida Kahlo.

Page 43: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

42[43]

Acabámos esta aventura com a apresentação da nossa dança. Entre uns e outros, descobrimos algumas semelhanças e muitas diferenças. Dan-ças construídas com aquilo que vivemos durante o ano.Afinal, estas coisas só servem se se partilharem!

We finished this adventure with the presentation of our dance. Among everyone, we found some resemblances and many differences. Dances build up with the things that we lived during the year. Anyway, these things only fit if they are shared!

Page 44: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Caça, pesca, agricultura, pecuária, indústria e comércio – são as actividades que relacionam natureza e sociedade e que construímos em miniatura com recortes e colagens.

Hunting, fishing, cattle breeding, industry and commerce are the activities that relate nature and society and that we built in miniature with cutting and collage.

Page 45: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

44[45]

Page 46: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Já no final do ano decidimos mostrar a nossa dança preferida.Ensaiámos bastante, escolhemos a música e mostrámos aos pais, aos irmãos, aos amigos.E eles gostaram muito.

By the end of the year we decide to show our favorite dance.We had rehearsal a lot, chose the music and present it to fathers, brothers and sisters, to the friends.And they enjoyed it very much.

Page 47: O FANTÁSTICO NA ESCOLA
Page 48: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Marcel Duchamp fazia esculturas com objectos que já existiam – o ready made. Também nós fizemos esculturas improváveis com a mesa, ca-deira e o nosso corpo, que só duraram o tempo de tirar uma fotografia.

Marcel Duchamp did sculptures with objects that already existed – the ready made. We also did sculptures, improbable ones, with our chairs, tables and our own body and they just lasted the moment of a snap shot.

Page 49: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

48[49]

The improbable sculptures of each one of the students suffer an artistic intervention. Colouring the photograph we can transform it in something completely different. And the initials of our names are the start point to phrases with different verb times.

As esculturas improváveis de cada um sofrem uma intervenção artística, colorindo a fotografia conseguimos transformá-la em algo completamente diferente. E com as iniciais do nosso nome construímos frases com vários tempos de verbos.

Page 50: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

SOBRE O DIA A DIAABOUT EVERYDAYARTES PLÁSTICAS FINE ARTSVera Alvelos Formadora TeacherNuno CarruscaFormador Assistente Assistant Teacher

1º PERIODO1ª AULAEXERCÍCIO Apresentação; caixas, olhos e boca:- Apresentação e conversa sobre o que vamos fazer ao longo do ano; atribuição de caixas; exploração das caixas, dentro/fora, tamanho, posição.- Dar expressão à caixa – desenhar uma boca e pintá-la, recortá-la e colá-la na caixa. Desenhar e pintar os olhos na caixa – buracos nos olhos – são janelas para ver para dentro.OBJECTIVO DO EXERCÍCIO Receber o objecto – a caixa – como algo seu que vai ser trabalhado ao longo do trimestre; noção de continuidade. Ex-plorar as potencialidades da caixa em termos de tamanho e forma, como é que pode esse objecto ser habitado. Através dos olhos e da boca, cada um vai dar uma expressão à caixa – exercício de desenho e colagem introdutório para identificar e personalizar a sua caixa.

2ª AULAEXERCÍCIO Auto-retrato de olhos fechados: - O que é um auto-retrato? Podemos sentir de olhos fechados? Cada um desenha o seu rosto a partir do tacto, ou seja, de olhos fechados fazem o desenho conforme a linha que sentem com a outra mão. Pintá-lo conforme a temperatura – o mais quente mais vermelho, o mais frio mais azul, conforme sentem as partes da cara mais frias ou mais quentes. Escrever uma frase a descrever o que fizeram. Colam o desenho no interior da caixa para se poder ver espreitando.OBJECTIVO DO EXERCÍCIO Noção de auto-retrato. Desenho a partir do tacto, estimulação sensorial (pois conhecemos o nosso rosto através do espelho e não, normalmente, através do toque). Momento de concentração necessária. Ultrapassar a barreira da dificuldade do exercício, conseguin-do fazer o desenho da forma proposta – é isso o mais importante e não o resultado. Tocar mais uma vez dando atenção à temperatura. Relacionar as cores quentes e as frias, especialmente o ver-melho/laranja/rosa para o quente e o azul para o frio. Construir uma frase que, à sua maneira, traduza a experiência que acabaram de fazer, relação palavra/descrição/imagem/exercício.

3ª AULAEXERCÍCIO Eu e o Mundo – Poema Visual:- A partir de uma conversa em que as palavras surgem numa roda, cada um vai procurando palavras que digam o que são e do que gostam, assim se encontra o material para pôr no Eu. O Eu é a silhueta dum pedaço da criança desenhado na caixa de cartão – uma mão, perna ou cabeça. Esse espaço dado pela sua silhueta desenhada será completo com recortes de jornais encontrados

por cada um - imagens e palavras que tenham a ver consigo. Depois completam, pintam ou desenham com os lápis de cera. O Mundo é o que está à volta.OBJECTIVO DO EXERCÍCIO Reflexão sobre quem/o que são e que formas vão encontrar para se definir. Noção de composição através da escolha e da colagem de imagens e pala-vras do jornal, e de como estas se relacionam. Composição, colagem e desenho sobre ou à volta das imagens e palavras é o que se pretende formalmente enquanto exercício prático.

4ª AULAEXERCÍCIO Insectos da noite e do dia:- Conversa sobre a noite: dormimos, há sons, há animais que passam, está escuro, há estrelas, etc. A partir do recorte em simetria inventamos insectos estranhos ou animais que às vezes nos fazem uma visita à noite. O recorte em si, o insecto feito em papel fluorescente, é colado no interior da caixa, a parte escura – da noite. A moldura do insecto é colada na parte de fora onde eles irão, no interior do recorte, inventar como é esse insecto visto à luz do dia – às cores, riscas, bolas, etc.OBJECTIVO DO EXERCÍCIO Noção de claro e escuro - qual é a parte da caixa que corresponde à noite e qual ao dia. Concretizar o recorte em simetria explorando as formas a partir da ideia de insecto. Noção de moldura do recorte onde vão pintar o insecto – estimular a sua imaginação e noção de padrão e cor.

Page 51: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

5ª AULAEXERCÍCIO 1 Desenho do colega a dormir:- Desenhar o colega a dormir. Vamos olhar para o nosso colega deitado na posição em que costuma dormir em casa e desenhá-lo. Utilizar toda a folha A3, desenhar apenas o que vêem e depois pintar com os lápis de cera. Escrevem quem está a dormir e quem desenhou, depois trocam os desenhos, oferecem-nos ao colega: assim sabemos como somos quando dormimos. Colar no interior da caixa. OBJECTIVO DO EXERCÍCIO Este exercício parte da observação do outro a dormir. Ter a noção de desenho à vista e noção de tamanho, utilizando toda a superfície da folha. (Alguns irão acres-centar objectos que associam à ideia de dormir como camas e almofadas – desenho ideográfico – desenham o que sabem que deve existir. Não há problema, pois corresponde à fase em que cada um se encontra). Exercício de cooperação entre pares, oferta do desenho ao outro – colaboração para a caixa do outro.EXERCÍCIO 2 Estrela – Molde e intersecção de formas:- Fazer um molde de uma estrela num pedaço de cartolina. Esse molde é colocado numa das faces livres da parte de fora da caixa e é desenhado o seu contorno várias vezes e em sobreposição. Criam-se zonas de intersecção que serão pintadas a preto ou outra cor. O resto das estrelas pode ser pintado em várias cores, criando um padrão dinâmico e colorido.- Pintar o molde que se fez anteriormente da estrela com várias cores e atá-lo com um cordel ao interior da caixa.

OBJECTIVO DO EXERCÍCIO Ter a percepção de forma - criar uma forma com a qual se vai fazer um jogo – uma forma pode ser utilizada e combinada de diversas maneiras (nota-se nos exercícios dos alunos que cada um faz uma com-binação de forma diferente) e perceber a noção de intersecção. Escolher e ligar cores diferentes à sua escolha.

6ª AULAAula aberta aos Pais e Encarregados de Educação EXERCÍCIO Fadas – desenho e colagem:- Pensar noutros seres mágicos da noite – as fadas e falar um pouco sobre elas, se são boas ou más, o que fazem, como são. Também existem bruxas. Numa folha desenham a fada ou a bruxa, recor-tando e colando as asas e pondo cabelo de lã.- Colar os pós mágicos das fadas em todo o exte-rior da caixa, finalizá-la colando os desenhos que faltam ou pintando o que falta pintar. OBJECTIVO DO EXERCÍCIO Estimular o seu ima-ginário indo no sentido do fantástico que lhes está próximo. Juntar de forma mais ou menos livre o desenho e a colagem com materiais diferentes – o papel e a lã. Promover a expressão no sentido de criarem uma identidade para o desenho/colagem que estão a fazer. Terminar a caixa dando-lhe um acabamento estético colorido – os pós mágicos – olhar a caixa como um objecto, um todo que vai ser acabado, noção de fim do processo.

2º PERIODO7ª AULAEXERCÍCIO Matisse, pontuação e rima – história e colagem:- Conversa sobre pontuação e rima. Leitura da história infantil “A Casa da Mosca Fosca” e jogo de grupos em que cada grupo vai verbalizando a pontuação da história à medida que ela é contada. Identificação das rimas do texto. A partir deste exemplo cada grupo vai inventar uma história em verso e com rima, sendo que a perso-nagem principal é o próprio sinal de pontuação: o ponto, a vírgula, as reticências, a exclamação ou a interrogação. Para ilustrar a história é mostrado o trabalho de Henry Matisse, as suas colagens de cor e arabescos do livro “Jazz”. A partir desta forma de criar imagem, os alunos escrevem a sua história numa folha colorida e recortam em cores fortes e contrastantes várias formas que colam, formando uma composição que ilustra a sua história. Lê-se alto e mostram-se os trabalhos à turma.OBJECTIVOS DO EXERCÍCIOCURRICULARES Identificar e familiarizar-se com os sinais de pontuação através da escuta, da verbal-ização de uma história. Identificar e experimentar a rima através da escuta mas também da criação e escrita de uma história com frases em verso. Pensar na especificidade de um determinado sinal de pontuação para a construção da história. Cooperação em grupo. ARTÍSTICOS Entrar em contacto com a obra de colagem de Henry Matisse. Perceber a noção de cores fortes e contrastantes. Recortar e colar – tra-balhar a motricidade fina e desenvolver a noção de composição.

Page 52: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

8ª AULAEXERCÍCIO Picasso, pintura, cores, formas geo-métricas:Aulas dedicada às tintas, à pintura, às cores. Falar das cores primárias e de como se podem juntar e formar outras. Exercício Rorscharch (mancha em simetria) – salpicam-se gotas de vermelho, azul e amarelo para uma folha de papel e dobra-se a folha ao meio, o que vai dar uma mancha/forma colorida e simétrica e já com alguns tons derivantes da mistura. Referir o pintor Pollock, que pintava salpicando a tela. Falar das formas geo-métricas e de como Picasso as utilizava como base na sua fase cubista. Ver como podemos juntar formas geométricas e fazer desenhos variados. Em papel de cenário os alunos vão desenhar e pintar, experimentando e brincando com as formas geo-métricas. São também convidados a experimentar o salpicado de Pollock e o pontilismo – fazer pintas muito juntas utilizando a ponta dos dedos. OBJECTIVOS DO EXERCÍCIOARTÍSTICOS Experimentar o prazer das tintas, das cores e de pintar. Reforçar a sua noção das cores, através da referência às cores primárias e derivadas. Reforçar a sua noção das formas geométricas. Conhecer Picasso e a sua obra “Les Demoiselles d’Avignon”, com a qual iniciou o perío-do cubista. Conhecer e experimentar o salpicado de Pollock, bem como o pontilismo. Proporcionar um momento mais livre de pintura como momento lúdico e propiciador da sua expressão livre.CURRICULARES Noção das formas e figuras geométricas.

9ª AULAEXERCÍCIO Arcimboldo, receita visual, nomes próprios, comuns e colectivosMostrar a obra particular de Arcimboldo - pintura feita a partir de frutos, legumes, flores e outras coisas da natureza. Identificar os elementos e a sua relação com os títulos dos quadros; por exem-plo, na Primavera, o retrato de uma senhora era feito a partir de uma combinação de flores. Falar das receitas da Beira Baixa, do que eles gostam de comer, ler as receitas. Na parte prática, os alunos criam uma receita visual feita para comer só com os olhos: num prato de papel vão colar ali-mentos secos como massas e feijões de diferentes formas e cores criando uma composição visual com formas ou um desenho de uma cara ou do que queiram. Depois escrevem uma história – receita onde terá de existir pelo menos um nome próprio, um comum e um colectivo. OBJECTIVOS DO EXERCÍCIOARTÍSTICOS Conhecer a obra de Arcimboldo, trabalho de colagem, noção de composição visual, manuseamento de formas e cores diferentes, tra-balho minucioso e de alguma concentração. CURRICULARES Trabalhar a escrita e a noção de história com uma acção que tem princípio, meio e fim. Pensar e incluir no trabalho um nome próprio, comum e colectivo. Verbalização da história no final, exercício individual. Começar a falar de coi-sas características desta zona, tal como as receitas típicas da Beira Baixa.

10ª/11ª AULASEXERCÍCIO Escrita criativa e poesia visualEscrita e dramatização de uma história. A turma divide-se em grupos (em equilíbrio para que em cada grupo haja alunos que escrevam bem). A cada grupo é dada uma imagem de um quadro do naturalismo português. Vão identificar as linhas de força desse quadro (linhas que definem o quadro, que lhe dão movimento) e um a um vão desenhar a lápis as linhas numa folha A3, ficando a essência do quadro captada. A cada grupo são dados dois objectos, por exemplo, uma pena, uma rã, uma concha etc. bem como uma folha de jornal onde vão encontrar duas palavras. A partir destes elementos – as palavras do jornal, os objectos e a imagem do quadro, cada grupo vai inventar uma história, conjugando os elementos de forma criativa. Terão de utilizar as formas e tipos de frase que já aprenderam. A história será escrita a caneta sobre as linhas previamente desenhadas, apagando-as de seguida, de modo a que fique uma imagem desenhada com palavras – uma poe-sia visual. Os alunos preparam a dramatização da história e apresentam-na a toda a turma. OBJECTIVOS DO EXERCÍCIOARTÍSTICOS Observar um quadro e encontrar as linhas de força dessa imagem, reproduzindo-as numa folha. Trabalhar a criatividade através da junção de elementos diversos na criação de uma história. Dramatização da história – trabalhar a verbalização e postura corporal, criação de uma situação. Criação de uma imagem com palavras fazendo uma poesia visual.

Page 53: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

CURRICULARES Trabalhar a escrita criativa – junção de elementos improváveis, que terão de entrar e fazer sentido dentro da sua história. Trabalhar a forma positiva e negativa das frases, bem como o tipo exclamativo, interrogativo, declarativo e imperativo na escrita da história. Trabalho de cooperação de grupo.

12ª AULAEXERCÍCIO Construção de ET’S a partir de em-balagensConversa sobre o universo e o sistema solar e identificação dos planetas. Imaginando que extraterrestres aterrariam numa nave espacial no jardim da escola, os alunos vão em grupo imagi-nar, construir e pintar seres a partir de embala-gens e objectos que terão previamente guardado para o efeito.OBJECTIVOS DO EXERCÍCIOARTÍSTICOS Construção de um objecto, noção de escultura, manuseamento de diferentes materiais, lógica de reaproveitamento de embalagens e de coisas velhas, pintura, trabalho de grupo.CURRICULARES Abordagem lúdica e criativa à temática de estudo do meio do sistema solar, predisposição para essa aprendizagem.

3º PERIODO13ª AULAEXERCÍCIO Frida Kahlo, andorinhas e pensamen-tos, breve abordagem aos verbos.Nesta aula, os alunos podem ver imagens da obra da pintora mexicana Frida Kahlo (que tem na mesma altura uma exposição a decorrer no CCB) e ouvem a história da sua vida, as suas preocu-pações, a sua força e alegria de viver, as cores e os costumes do México e de como Frida, mesmo com problemas físicos, conseguia voar... com o pensamento. A cada imagem que veêm, os alunos devem atribuir um verbo que melhor descreva ou que tenha a ver com o que estão a ver. Na parte prática, os alunos constróem colares de paus e de andorinhas (recortadas em cartolina preta). Vão também desenhar pensamentos redondos para colocar no meio da testa, sendo que do outro lado escrevem um verbo que sintetize esse pensamento.OBJECTIVOS DO EXERCÍCIOARTÍSTICOS Conhecer a obra artística e a vida de Frida Kahlo. Mostrar que a atitude criativa e activa está acima das adversidades. Construir um objecto delicado – um colar – com materiais naturais rudes, pauzinhos encontrados no chão ou seja aproveitamento e valorização dos materiais naturais. Desenho e recorte de uma andorinha e desenho do pensamento num pequeno círculo – es-timulação da motricidade fina. Pensamentos: rela-cionar um verbo, uma ideia a uma imagem; forma de introspecção (qual é o meu pensamento?).

CURRICULARES Trabalhar a escuta, a atenção e o olhar. Falar de um país, de um outro continente, o México e dos seus costumes. Relacionar os verbos com imagens, utilizá-los, atribuí-los, ou seja, perce-ber que podem definir uma acção ou uma atitude – breve introdução aos verbos.

14ª AULAEXERCÍCIO As actividades económicas: relações entre sociedade e natureza.Recuamos até ao tempo em que Vila Velha é só natureza... os primeiros habitantes chegam e têm fome – surge então a caça e pesca. Depois percebem que seria bom acompanhar esses bens com legumes e fruta e então começam a cultivar a terra, etc. Desta forma, falando e avaliando as várias necessidades, os alunos estabelecem as bases de cada actividade: caça e pesca, agri-cultura, pecuária, indústria e comércio. Em grupos vão recortar elementos das várias actividades de forma a criar um painel elucidativo do tema, organizando a informação mas também criando uma composição visual através do recorte e da colagem. No fim, há um jogo em que os produtos conseguidos por cada actividade são comer-cializados, tentando-se de uma forma lúdica compreender algumas relações que se estabe-lecem entre as várias actividades na vida real.

52[53]

Page 54: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

OBJECTIVOS DO EXERCÍCIOARTÍSTICOS Fazer a representação de elementos que conhecem (mas não como elementos artísticos) – animais, legumes, frutas, bens transformados, fábricas, estabelecimentos comerciais, novas uni-dades monetárias, notas e moedas etc. através do desenho e do recorte. Composição visual através da colagem. Dinâmica de grupo através do jogo colectivo, cumprir tarefas e role play de acordo com a sua função.CURRICULARES Pensar, compreender a aprender as actividades económicas que resultam da inter-acção do homem com a natureza, o que motiva essas actividades, como se processam e para que servem. Jogo que só funciona com a participação de todo o grupo, o que promove a colaboração em grupo e entre grupos. Painel visual que pode ser consultado quando a matéria voltar a ser abordada.

15ª AULAEXERCÍCIO Marcel Duchamp e as esculturas im-prováveis, poluição sonora e registos de som.Nesta aula os alunos observam o trabalho de Marcel Duchamp e de como ele começou a fazer esculturas com objectos que já existiam – o ready made, e de como a arte é o que nós queremos que seja e que às vezes não precisa de ser tão séria, tal como se vê no quadro da Mona Lisa, desta vez de bigode e mosca. Os alunos, munidos da sua mesa e da sua cadeira e do seu próprio corpo, vão também construir esculturas improváveis. Cada uma dessas criações efémeras é fotografa-da para poder ser trabalhada numa aula futura.A partir da noção de poluição sonora os alunos falam todos ao mesmo tempo, podendo exagerar no ruído. Isto é gravado e depois reproduzido gerando-se uma pequena discussão acerca da poluição sonora e também da dificuldade de comunicação. Continuando na captação de sons, cada turma é apresentada e cada um diz o seu nome para o gravador, bem como se faz um jogo de palavras com o objectivo de captar impressões acerca das aulas do CENTA, em que cada um fala acerca do que se fez e do que mais gostaram nas aulas.

OBJECTIVOS DO EXERCÍCIOARTÍSTICOS Conhecer a obra de M. Duchamp e o ready made. Fazer uma escultura com os materiais que têm à mão – mesas e cadeiras – trabal-hando a manipulação e composição com objectos. Inclusão do próprio corpo – noção de performance (ou melhor, impressão, experiência), aproveitamen-to das “posições incorrectas” que foram trabalha-das nas aulas de dança (articulação com a dança) e noção (ou melhor, experiência) do efémero. - Experiência sonora: gravação, momento, som, criação com algo que não se toca – diz-se. Con-fusão, barulho, silêncio, nomes, o meu nome, eu, impressões, memórias, registo.CURRICULARES Breve introdução à noção de po-luição ambiental e poluição sonora, discussão com os alunos, experiência sonora na sala de aula em que falam todos ao mesmo tempo e se estabelece uma momento de exagero e impossibilidade de comunicação.

Page 55: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

16ª AULAEXERCÍCIO Intervenção em fotografias das escul-turas improváveis, conclusão do trabalho iniciado na aula anterior, palavras, frases e verbos. Voltando a Marcel Duchamp e à sua intervenção no retrato de Mona Lisa (pintando-lhe um bigode e uma pequena barba), os alunos pensam numa maneira de intervir na sua própria fotografia, tirada na aula anterior à escultura improvável, que tinham feito e da qual também fazem parte. Colorindo, criando uma personagem, modificando partes ou o todo, transformam a imagem inicial em algo completamente diferente. Cada fotografia é colada num cartão. Na parte de trás vão colar na vertical as letras do seu nome encontradas num jornal, essas letras são o ponto de partida para escrever novas palavras (no caso dos mais peque-nos) ou são a 1ª letra de uma frase onde os mais velhos têm de incluir verbos no presente, futuro e passado (pretérito perfeito e imperfeito). No final constrói-se uma escultura colectiva encaixando os cartões de todos os alunos uns nos outros. OBJECTIVOS DO EXERCÍCIOARTÍSTICOS Ver o resultado das fotografias tiradas na aula anterior, reconhecerem-se a si e à escultura realizada previamente. Partir do exemplo de M. Duchamp e imaginar, inventar e pintar (aproveitando as linhas, criando contrastes, utilizando diversas cores e o contorno) de forma a brincar com a sua imagem e criar uma outra dife-rente – ideia de transformação e sentido lúdico de uma imagem. Construção de uma escultura colectiva – objecto/criação realizado por todos.

CURRICULARES Manusear e escolher letras, dis-pô-las na vertical (versatilidade em ler em diferentes direcções) e pensar nelas como ponto de partida para palavras ou frases. Trabalhar os diferentes tempos dos verbos e incluí-los em frases que façam sentido (construção de frases).

17ª AULAEXERCÍCIO História de Narciso e da ninfa Eco, copos origami e desejos; poemas dada.Os alunos ouvem a história de Narciso e da ninfa Eco. Constroêm copos com a técnica japonesa de dobrar papel, Origami. Esses copos têm lá dentro um eco silencioso..., por isso, os meninos dizem um desejo para o seu interior, fecham-no e lá fora podem abri-lo para que o eco leve esse desejo até ao universo, sendo provável que o desejo se realize, já que o universo nos devolve aquilo que para ele mandamos. A segunda parte da aula tem a ver com o movimento artístico Dada. A partir da receita para um poema aleatório, de Tristan Tzara, recortam-se palavras de um jornal, misturam-se dentro de um saco e vão-se tirando uma a uma, o que vai determinar a ordem das palavras do poema - aleatória, ao acaso. Os alunos desenham um campo de futebol numa cartolina preta, tamanho A4, e dentro do campo colam o seu poema Dada.

OBJECTIVOS DO EXERCÍCIOARTÍSTICOS Ouvir e conhecer a história de Narciso e da Eco e relacionar essa história e imaginário consigo próprios. Construir um copo em origami (motricidade fina) e dar ao copo propriedades que não relacionamos habitualmente a tal objecto – estimulação de imaginários. Falar do movi-mento artístico Dada, dar às palavras um sentido mais lúdico, visual e sonoro, saindo da habitual construção de frases, fazer uma composição visual a partir do motivo do momento – o Mundial de Futebol e as próprias palavras. CURRICULARES Escuta de uma história e contacto com nomes e imaginários que fazem parte da cultura clássica. Leitura, escolha e manuseamento de palavras do jornal. Trabalhar as palavras pelo seu aspecto visual (colagem) e sonoro (leitura do poema à turma, apresentação/exposição).

54[55]

Page 56: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

SOBRE O DIA A DIAABOUT EVERYDAYDANÇA DANCELeonor BarataFormadora TeacherMaria Belo CostaFormadora Assistente Assistant Teacher

1º PERÍODO1ª AULA ApresentaçãoOBJECTIVOS Promover a expressão corporal como forma de desenvolvimento individual; pro-mover a capacidade de analisar e produzir dife-rentes qualidades e velocidades de movimentoTRABALHO REALIZADO Apresentação. Reflexão sobre a Dança. Quase todos os meninos as-sociaram a dança à dança clássica. À procura de uma definição: dançar é mexer os pés e as mãos, dançar é fazer piruetas no ar. Aquecimento em círculo.Apresentámos depois vários tipos de música, a proposta era a de criar movimentos adequados a essa música.

2ª AULA OBJECTIVOS Encontrar motores de movimento internos; explorar outras formas de sensação e conhecimento que não a visual; promover o con-tacto com o outro e o prazer do jogo.TRABALHO REALIZADO Conversa sobre as actividades.Aquecimento em círculo.Com uma venda nos olhos, efectuar um percurso com e sem obstáculos, com e sem a ajuda dos colegas.Rebolar pelo chão de olhos fechados.No final da aula tentámos uma pesquisa de mate-rial a pares: um com venda nos olhos e o outro tinha que seguir o seu movimento. Ainda com a venda, tocávamos num dos colegas e tínhamos de o reconhecer através do tacto.

3ª AULA A dança do SonoOBJECTIVOS O tema proposto para esta sessão foi A NOITE e as acções que lhe estão associadasParalelamente a esta temática, pretendíamos trabalhar em grupo para criar sequências de movimento, apresentá-las e memorizá-las.TRABALHO REALIZADO Fez-se o aquecimento a partir de movimentos associados à noite: esp-reguiçar, cansaço, cabeça a cair com o peso do sono, etc.Desenvolveram-se jogos com vista a procurar no-vas dinâmicas de movimento: escutar os barulhos da noite, andar com pézinhos de lã, explorar várias posições de dormir, dormir aconchegado noutro, dormir com frio, com calor, sonambulismo, pesadelos.

Formaram-se grupos para a construção de uma dança sobre o tema que foi apresentada ao grupo. Essa dança foi construída a partir das propostas que os meninos fizeram.

4ª AULA Aula Aberta aos Pais e Encarregados de Educa-çãoOBJECTIVOS Continuar o trabalho da aula anterior, isto é, a construção de uma dança que englobe os movi-mentos criados na aula anterior e que designámos por DANÇA DO SONO.Promover o contacto entre adultos e crianças através da Dança. Aqui são as crianças que ensi-nam a sua dança aos adultos.TRABALHO REALIZADO Aquecimento em círculo.Refizemos os grupos de trabalho incluindo os adultos presentes.Ensinámos a dança aos adultos presentes.Introduzimos um novo verbo: embalar.Os meninos rebolaram a pares com um adulto e embalavam-no simultaneamente.

2º PERÍODO5ª AULA Os Sinais de Pontuação OBJECTIVOS Promover a assimilação e a identi-ficação gráfica dos diversos sinais de pontuação. Desenvolver o trabalho em grupo.TRABALHO REALIZADO Aquecimento em círculo. Identificação dos sinais de pontuação. Criação em grupos da Dança dos Pontos. A proposta baseou-se na ideia de desenhar com o corpo os diversos sinais de pontuação, quer em grupo, quer individualmente, não de uma forma mimética, mas implicando todo o corpo nessa tarefa.

Page 57: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

6ª AULA A Dança dos pontos (continuação)TRABALHO REALIZADO Continuação da aula anterior.Pedimos para inventarem uma frase; por ex: Ai, que já partimos a jarra? ou, Quantos anos tem? Cada uma destas frases tem sinais de pontuação específicos. Depois construíram uma pequena sequência que incluía os movimentos da frase bem como os sinais de pontuação, que já tínhamos visto na aula anterior.

7ª AULA Nomes Próprios, Comuns e ColectivosOBJECTIVOS Promover a assimilação dos conteú-dos relativos aos diferentes nomes (próprio, co-mum e colectivo). Desenvolver a iniciativa pessoal - cada menino propõe a sua dança. Enquadrar essa dança no movimento em grupo. Introdução das várias velocidades: ritmo lento e paragemTRABALHO REALIZADO Aquecimento em círculo. Criação de um gesto individual, Criação de uma dança com gestos de todos Adaptámos o nome colectivo multidão a um ob-jectivo especifico: movimentar uma multidão pelo espaço.

8ª AULA AdjectivosOBJECTIVOS Promover a compreensão do mecanismo da adjectivação através da dança e dos movimentos corporais. Desenvolver a iniciativa pessoal no contacto com o outro. Introdução à manipulação do corpo do outro.

TRABALHO REALIZADO Aquecimento em círculo. Adjectivar várias cores e com esse resultado encontrar o movimento adequado. Jogo das cores e dos adjectivos: espalhámos vários quadrados de cor pelo chão; cada menino ordena ao outro para colocar os pés ou as mãos ou as diferentes partes do corpo em determinada cor. O mesmo exercício a pares. Posteriormente refizemos os exercícios com os resultados da adjectivação. O amarelo é esquisito, põe a testa no amarelo de uma maneira esquisita.O azul é tranquilo, põe a perna no azul tranqui-lamente.

9ª AULA Adjectivos (continuação)OBJECTIVOS Promover a compreensão do me-canismo da adjectivação. Manipulação do corpo do outro. Desenvolver o trabalho em grupo.TRABALHO REALIZADO Aquecimento em círculo. Cada menino é apresentado pelos colegas utilizando um adjectivo. Jogo de manipulação de partes do corpo.

3º PERÍODO10ª AULA Nas cadeirasOBJECTIVOS Descobrir e assimilar as posturas mais correctas de permanência na sala de aula.Promover a iniciativa individual. Desenvolver a capacidade de memorização coreográfica, bem como a construção rítmica do movimento.

TRABALHO REALIZADO Construção de uma dança no ambiente da sala de aula. Uma dança que tem como parceiros as cadeiras e as carteiras. Jogo de descoberta entre a postura correcta e incorrecta. A proposta inicial foi a de procurar formas de sentar e estar que não sejam permiti-das dentro da sala de aula.

11ª AULA Nas cadeiras II (continuação da aula anterior)

12ª AULA EnsaioOBJECTIVOS Promoção do rigor, da concentração e da repetição como elementos fundamentais ao desenvolvimento do trabalho.Desenvolver a capacidade de trabalhar em grupo.TRABALHO REALIZADO Preparação da apre-sentação final.Escolha do material a apresentar.Revisão e remodelação da Dança do Sono.

13ª AULA (continuação da aula anterior) EnsaioTRABALHO REALIZADO Conversa final sobre como decorreram as actividades.

56[57]

Page 58: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

SOBRE AS CRIANÇASTatiana HomemPsicóloga PsychologistJulho July 2006

A intervenção da psicóloga teve como principal objectivo “ouvir” as vozes dos principais intervenientes deste projecto, as crianças, de forma a recolher as suas opiniões, comentários e sugestões acerca do trabalho realizado ao longo do ano, sobretudo nas sessões de artes plásticas e de dança.A estratégia utilizada para recolher os comentários das crian-ças passou pela realização de uma entrevista individual com cada uma delas.

ABOUT THE CHILDREN

The main goal of psychologist’s intervention was to hear the main figures of this project, children, in order to collect their opinions, comments and suggestions about the work made throughout the year, especially referring to plastic arts and dance sessions. The strategy used to collect children’s com-ments was through an individual intervention with each one of them.

Page 59: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

58[59]

CHILDREN’S EVALUATION SYNTHESIS Students refer to these activities as the ones they liked the most throughout the school year. When they are asked to give a mark (from 0 to 10 points) to the plastic expression and dance activities, the great majority gave them the highest mark.From children’s answers, we can conclude that these activities are considered enjoyable and funny.

PLASTIC EXPRESSION SESSIONSStudents refer that their favourite activities are: make boxes, the “sell and trade game”, the robot construction and observe Frida Kahlo’s photos.

DANCE SESSIONSAs favourite activities they choose: colour dance, the year end choreography, the chairs dance, the sleep dance, the dreams dance and the mark dance.

SÍNTESE DA AVALIAÇÃO JUNTO DOS ALUNOS

Os alunos referem-se a estas actividades como aquelas de que mais gostaram ao longo do ano lectivo. Quando lhes é pedido que atribuam uma pontuação (de 0 a 10 pontos) às actividades de expressão plástica e dança, a grande maioria atribui-lhes a pontuação máxima.Das respostas dadas pelas crianças, verifica-se que estas actividades lhes dão prazer e são consideradas divertidas.

SESSÕES DE ARTES PLÁSTICASOs alunos referem como favoritas as actividades de fazer caixas, o jogo das vendas e trocas, a construção de robot e o visionamento de fotografias da Frida Kahlo.

SESSÕES DE DANÇASão mencionadas como as suas actividades favoritas a dança das cores, a coreografia de final de ano, a dança das ca-deiras, a dança do dormir, a dança dos sonhos e a dança da pontuação.

Page 60: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Escola Alunos Turmas 1ºano 2ºano 3ºano 4ºanoSchool Students Classes 1st grade 2nd grade 3rd grade 4th grade

Fratel 12 1 2 5 4 1Nº1 Vila Velha de Ródão 18 1 5 5 5 3Porto do Tejo 34 2 7 6 15 6Sarnadas de Ródão 15 1 1 5 2 7TOTAL TOTAL 79 5 15 21 26 17

Maria Fernanda Barata e/and Sónia Maria Roque Martins

Deolinda da Conceição Sebastião e/and Cristina do Patrocínio Domingos

Ana Isabel Gonçalves e/and João Carvalho Peixoto

Maria Emília Cajado Pereira de JesusMaria Helena da Silva Martins Gonçalves

Maria Edite Toscano CunhaAida Maria BeloEmília Natália Lobo

Nº 1 Vila Velha de Ródão

Porto do Tejo

Porto do Tejo

FratelSarnadas de Ródão

Apoio Educativo Educational SupportApoio Educativo Educational SupportApoio Educativo Educational Support

SOBRE AS ESCOLASAgrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão Schools Grouping of Vila Velha de Ródão Setembro September 2005

ABOUT SCHOOLS

Page 61: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

A EQUIPA THE TEAM

Concepção e Coordenação Geral Conception and General Coordination Graça PassosConsultoria Artística e Pedagógica Artistic and Pedagogical AdvisorMadelena VictorinoCoordenação Coordination Elisabete Paiva, Maria Belo Costa e/and Nuno Carrusca Formadoras Teachers Leonor Barata e/and Vera AlvelosFormadores Assistentes Assistant TeachersMaria Belo Costa e/and Nuno Carrusca Psicóloga PsychologistTatiana HomemProdução Production CENTA

Graça Passos Licenciada em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade Clássica de Lisboa é professora efectiva do 11°grupo B actualmente na E.B.2/3 de Vila Velha de Ródão. Faz produção desde 1978, tendo tra-balhado com o Teatro Emar-ginato, Grupo Monumental/Galeria Monumental, Galeria Monumental/Bertrand, da qual foi directora. É co-fundadora do Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas - CENTA (1989) que dirige desde então e onde, para além da produção e da direcção artística, tem feito a concepção de projectos dos quais destaca: Variante à estrada nacio-nal n° 1, Lisboa fora de horas, Projecto Salgueiral, Núcleo de Arte Contemporânea - NAC e Leituras ao Domicílio. Representa o CENTA na REDE [associação de estruturas para a Dança Contemporânea], da qual foi directora.

Graça Passos Graduated in Biology by the Classic University of Lisbon, she is effective teacher of the 11th group B actually in E.B. 2/3 of Vila Velha de Ródão. Does produc-tion since 1978, and have worked with Teatro Emerginato, Grupo Monumental/Galeria Monumental, Galeria Monumental/Bertrand. Is co-founder of the Study Centre for New Artistic Tendencies – CENTA (1989) and direct it since then, where, besides production and artistic direction, have made the conception of several projects: Variante à estrada nacional n° 1, Lisboa fora de horas, Projecto Salgueiral, Núcleo de Arte Contemporânea - NAC and Leituras ao Domicílio. Have been director of REDE [association of structures for the Contemporary Dance], where still represents CENTA.

Madalena Victorino Nasceu em Lisboa em 1956. Estudou na Escola Alemã de Lisboa. Entre 1975 e 1977 estudou dança contemporânea na London School of Contemporary Dance e em 1980 obteve o grau de professora de Dança na Universidade de Londres, Goldsmith’s College/Laban Centre for Movement and Dance. Vive em Portugal e trabalha nas áreas da coreografia, da pedagogia da dança, das artes na comunidade e na educação assim como as relações entre o teatro e a dança. Entre 2002 e 2004, em conjunto com Giacomo Scalisi, é directora artística do Projecto Europeu de Artes do Espectáculo para um Público Jovem/PERCURSOS. Actualmente é Assessora para a área de pedagogia e animação na Fundação Centro Cultural de Belém, Lisboa.

Madalena Victorino Born in Lisbon in 1956. Studies at German School in Lisbon. Between 1975 and 1977 have study contemporary dance in London School of Contemporary Dance and in 1980 have obtain the degree of dance teacher at London University, Goldsmith’s College/Laban Centre for Movement and Dance. Live in Portugal and work in the area of choreography, dance pedagogy, arts in the community and education, as well a the relations between theatre and dance. During 2002 and 2004, with Giacomo Scalisi, was artistic director of the European Project of Performative Arts for the Youth/PERCURSOS. Actually she is Assessor for the animation and pedagogical area in Founda-tion Centro Cultural de Belém, Lisbon.

Elisabete Paiva Produtora e professora. Bacharel em Produção Teatral pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa (1999-2002). Trabalhou como produtora com Luís Castro, Luca Aprea/Invenciones Cosmicomicas, Pedro Sena Nunes, Teatro O Bando, Teatro do Vestido e CENTA, onde também coordenou a área da formação em 2005. Coordenou, com Filipa Francisco, o projecto ®existir, formação em Dança-Teatro no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco, e leccionou na ETEPA, no curso de Animação Sócio-cultural. Actualmente é a coordenadora do Serviço Educativo do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.

Elisabete Paiva Producer and teacher. Graduation in Theatre Production by Escola Su-perior de Teatro e Cinema, in Lisbon (1999-2002). As producer worked with Luís Castro, Luca Aprea/Invenciones Cosmicomicas, Pedro Sena Nunes, Teatro O Bando, Teatro do

Page 62: O FANTÁSTICO NA ESCOLA

Vestido and CENTA, where during the year of 2005 have also been the coordinator of the formation area. Coordinated, with Filipa Francisco, the project ®existir, Dance-The-atre formation at the Penitentiary of Castelo Branco, and gave classes, in the course of Sociocultural Animation, in ETEPA. Actually she is the coordinator of the Educative Service in Centro Cultural Vila Flor, in Guimarães.

Maria Belo Costa Curso de Teatro – Formação de Actores da Escola Superior de Teatro e Cinema, tendo anteriormente frequentado o 1º ano do Curso de Formação de Actores do Centro Dramático de Évora. Fez formação com regularidade, na área do movimento contemporâneo, no Centro em Movimento. Como performer participou em várias criações de Sofia Neuparth. Co-criadora e intérprete do espectáculo infantil O Trasteiro, com Laura Bañuelos, e De Duas Uma e Outra Vez a Mesma Estória com Catarina Câmara. As-sistente de encenação do espectáculo Parasita Acumulador de Carlos Zíngaro e Ludger Lamers.

Maria Belo Costa Graduation in Theatre – Actor’s Practice in Escola Superior de Teatro e Cinema. Have done formation regularly, in the contemporary movement, at Centro em Movimento. As performer have participated in several choreographies by Sofia Neuphart. Co-creator and performer in the performance for childhood O Trasteiro, with Laura Bañuelos, and De Duas Uma e Outra Vez a Mesma Estória with Catarina Câmara. Stage director assistant in the performance Parasita Acumulador by Carlos Zíngaro e Ludger Lamers.

Nuno Carrusca Licenciado em Artes Plásticas pela ESAD (Escola Superior de Arte e Design) de Caldas da Rainha e em Audiovisuais (variante vídeo arte) pela Gerrit Rietveld Akademie de Amsterdão. Actualmente é coordenador do NAC (Núcleo de Arte Contemporânea) do CENTA (Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas), em Vila Velha de Ródão. Expôs em Barcelona, Paris, Gent, Roterdão, Amsterdão, Berlim, Bucar-este, Bergen, entre outras cidades europeias. Colaborou com a revista Número. Foi um dos percursores do evento Caldas Late Night, Caldas da Rainha. Colaborou em projectos como: Os Olharapos, Expo 98; Pavilhão do Brasil, Expo Hanover 2000, e na cenografia de programas televisivos infantis.

Nuno Carrusca Graduations in Plastic Arts by ESAD (Escola Superior de Arte e Design) in Caldas da Rainha and in Audiovisuals (video art) by the Gerrit Rietveld Akademie in Am-sterdam. Actually he is the coordinator of NAC (Contemporary Art Nucleum) from CENTA. Have exhibit in Barcelona, Paris, Gent, Rotterdam, Amsterdam, Berlin, Bucharest, Bergen, among other europeans cities. Collaborated with Número magazine. Was one of the founders of Caldas Late Night, Caldas da Rainha. Collaborated with other projects as: Os Olharapos, Expo 98; Pavilion of Brazil, Expo Hanover 2000, and in the scenography of several television programs for childhood.

Leonor Barata nasceu em Coimbra em 1975. Da sua formação destaca a licenciatura em Filosofia e o Curso de Intérpretes de Dança Contemporânea pelo Forum Dança. Participou em vários projectos na área da dança e do teatro como intérprete. Como coreógrafa cria A Sangue e Lacre ( 1998), Inquietações ( 1999) e Lado B (2000). Desde 2000 que se dedica ao público infantil, criando espectáculos (A Menina do Mar, El Rei Tadinho) e promovendo oficinas de dança criativa. Colabora regularmente com o Centro de Pedagogia e Animação do Centro Cultural de Belém, Lisboa e com o Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas [CENTA], Vila Velha de Rodão. Faz parte da direcção da Ócios e Ofícios, associação cultural, na Lousã.

Leonor Barata was born in Coimbra in 1975. Graduated in Philosophy, she has made also the Course for Dance Performers by Fórum Dança. She had participated in several dance and theatre projects as performer. As choreographer she created A Sangue e Lacre (1998) ), Inquietações (1999) and Lado B (2000). Since 2000 work with children, creating performances (A Menina do Mar, El Rei Tadinho) and promoting workshops of creative dance. Cooperate regularly with Centro de Pedagogia e Animação do Centro Cultural de Belém, Lisbon and with Centro de Estudos de Novas Tendências Artísticas [CENTA], Vila Velha de Ródão. She’s also one of the directors of Ócios e Ofícios, cultural association, in Lousã.

Vera Alvelos nasceu em Lisboa em 1976. Trabalha com crianças desde 1999, desenvol-vendo e orientando actividades pedagógicas em torno das artes visuais e performativas, colaborando regularmente com instituições como o Centro de Pedagogia e Animação do Centro Cultural de Belém e o Sector Educativo do Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian, entre outras. Trabalhou como actriz em diversos projectos que interligam o teatro e as artes plásticas, e fez parte do grupo de teatro de marionetas “A Tarumba”. Estudou psicologia clínica no ISPA, Instituto Superior de Psicologia Aplicada e tem forma-ção artística diversificada por cursos e workshops.

Vera Alvelos was born in Lisbon in 1976 and has been working with children since 1999, creating and orientating pedagogical activities related with the visual and performing arts. Among other institutions, has regular work collaboration with CPA, Centro de Peda-gogia e Animação of CCB, Centro Cultural de Belém and the Sector Educativo of CAM, Centro de Arte Moderna of the Gulbenkian Foundation. Was part of a puppet theatre group “A Tarumba” and has participated as an actress in several projects that relate the-atre and visual arts. Studied clinical psychology at ISPA, Instituto Superior de Psicologia Aplicada and has artistic education by several courses and workshops.

Page 63: O FANTÁSTICO NA ESCOLA
Page 64: O FANTÁSTICO NA ESCOLA