o estado verde - edição 22453 - 24 de fevereiro de 2015

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O ESTADO Ano VI l Edição N o 377 l Fortaleza, Ceará, Brasil l Terça-feira, 24 de fevereiro de 2015 Empresária cearense participa do Winning Women Brasil O empreendedorismo feminino desponta e mulheres são destaques na condição de líderes de sucesso, tanto local como globalmente. PÁGINA 8 Novo prognóstico confirma quadro da estiagem no Estado As chuvas dos últimos três dias foram animadoras, mas as condições permanecem desfavoráveis. PÁGINA 3 RESPONSABILIDADE SOCIAL Quando organizações vão além do lucro Cada vez mais, empresas incorporam considerações socioambientais em seus processos decisórios e empreendem ações e práticas sustentáveis em escala. Chegam a investir milhões. Páginas 6 e 7 FOTO COELCE/DIVULGAÇÃO 90 dias para regulamentar a prática esportiva por parte dos municípios O kitesurf é um dos esportes da natureza mais praticado no momento. Denúncias de ocorrências de acidentes indicam falta de fiscalização. PÁGINA 10 FOTO DIVULGAÇÃO

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Jornal O Estado (Ceará)

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Page 1: O Estado Verde - Edição 22453 - 24 de fevereiro de 2015

O ESTADO Ano VI l Edição No 377 l Fortaleza, Ceará, Brasil l Terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Empresária cearense participa do Winning Women BrasilO empreendedorismo feminino desponta e mulheres são destaques na condição de líderes de sucesso, tanto local como globalmente. PÁGINA 8

Novo prognóstico confi rma quadro da estiagem no EstadoAs chuvas dos últimos três dias foram animadoras, mas as condições permanecem desfavoráveis. PÁGINA 3

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Quando organizações vão além do lucroCada vez mais, empresas incorporam considerações socioambientais em seus processos decisórios e empreendem ações e práticas sustentáveis em escala. Chegam a investir milhões. Páginas 6 e 7

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90 dias para regulamentar a prática esportivapor parte dos municípiosO kitesurf é um dos esportes da natureza mais praticado no momento. Denúncias de ocorrências de acidentes indicam falta de fi scalização. PÁGINA 10

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Bacana, a iniciativa! A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Cultura (Secultfor) e a As-

sociação Cultural das Entidades Carnavalescas do Estado do Ceará (Acecce) divul-garam o resultado da apuração do voto popular aos brincantes que participaram do desfile de Sujos do Carnaval de Rua 2015. Os “Sujos” são aquelas pessoas que desfilam, de modo espontâneo, na Avenida Domingos Olímpio. A premiação é uma forma de incentivar a manifestação dos brincantes.

Mas, já que estamos falando de “Sujos”, aproveito para destacar que um “verdadeiro” Bloco dos Sujos, ou seja, de “Segismundo” passou pelo Carnaval da Praia de Iracema. Este, sim, descartava, a cada noitada momina, uma quantidade significativa de resíduos que, diariamente, era retirada pelo pessoal da limpeza pública. Muito lixo foi deixado pelos brincantes, mas muito material, também, foi deixado pelos ambulantes.

A Prefeitura de Fortaleza precisa pensar uma forma de controlar resíduos gerados pelos ambulantes. A cada evento, em Iracema, e em outros pontos da cidade, além, de impactar o comércio local, eles estão deixando muita sujeira para trás, por exemplo, a Praia de Iracema e o entorno do Mercado dos Pinhões ficam apinhados de plásticos dos packs de cerveja Skol. É um festival de plástico amarelo voando pelas ruas de Iracema.

Tem outro aspecto: o da saúde pública. Não basta a Prefeitura expedir licença para o ambulante comercializar é preciso saber que tipo de produto, a qualidade e a origem. Se não fizer assim, a administração municipal estará contribuindo para o surgimento de uma população doente e obesa. O fortalezense, como o brasileiro, na sua maioria, tem o péssimo hábito de comer no “meio da rua”.

Falando em saúde pública... A Vigilância Sanitária ganhou um

dia especial de comemorações: 5 de agosto. A data foi definida pela Lei 13.098, de 27/01/2015. A norma prevê que o dia seja marcado por atividades que promovam a conscientização da população, proporcionando esclarecimentos sobre temas relacionados à vigilância sanitária para estudantes, profissionais de saúde e demais cidadãos. O Dia Nacional da Vigilância Sanitária coincide com a data do nascimento de Oswaldo Cruz.

Obra do Aquário “parou porque não tem dinheiro, é o que se fala nos bastidores. Mas o que foi divulgado, foi que a obra parou por solicitação da empresa.” Quem afirma é o deputado estadual Audic Mota (PMDB).

Não jogue pilhas no lixo comum, o produto é potencialmente poluidor, pode contaminar o solo e a água, além de causar danos à saúde humana. Agora, o fortalezense tem a opção de descartar o perigoso resíduo nos coletores de pilhas, disponibilizados nos pisos L1 e S2, do Shopping Del Paseo. O material coletado é encaminhado para o Projeto Recebe Pilhas da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abnee) que entrega os itens descartados aos seus respectivos fabricantes. Isto é Logística Reversa.

Reflexão. “O segredo da ciência, ou a ciência do segredo, é agir em acordo com a natureza. Fora disso, é encrenca na certa.” Sérgio Bersmam, economista brasileiro.

O “Verde” é uma iniciativa para fomentar o desenvolvimento sustentável do Instituto Venelouis Xavier Pereira com o apoio do jornal O Estado EDITORA Tarcília Rego CONTEÚDO Equipe “Verde”. DIAGRAMAÇÃO E DESIGN Rafael F. Gomes MARKETING Pedro Paulo Rego JORNALISTA Elisangela Alves TELEFONES (85) 3033.7500 E (85) 8844.6873 ENDEREÇO Rua Barão de Aracati, 1320 — Aldeota, Fortaleza, CE — CEP 60.115-081

Dias 24 e 25 de fevereiro120ª Reunião Ordinária do Conselho de Gestão do Patrimônio GenéticoDias 24 e 25 de fevereiro aconte-ce na sede do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a 120ª Reunião Ordinária do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético. Endereço: Av. W3 Norte, SEPN 505, Bloco B, Ed. Marie Prendi Cruz, Térreo, Sala T13, em Brasília no Distrito Federal-DF.

26 de fevereiroDia do ComedianteHoje é o dia do come-diante, aquele que nunca perde a piada, sempre foi o engraçado da turma, sempre contou piadas e, melhor do que ninguém, sabe fazer uso de humor nas artes cênicas, sabe fazer comédia. A comédia é o que é engraçado, é o que faz rir, pelo tratamento cômico das situações, dos costumes e dos personagens.

1º de marçoDia do Turismo Ecológico“Da natureza nada se tira a não ser foto; Nada se deixa a não ser pegadas; Nada se leva a não ser recordações”. Estes são os três mandamentos do tu-rismo ecológico, o ramo de atividade turística que mais cresce no mundo. O segmento está intrinsicamente ligado à natureza, foi introduzido oficialmente no Brasil em 1988, e se-gundo a Embratur é a área da ativida-de que utiliza de forma mais susten-tável o patrimônio natural e cultural, além de incentivar a sua conservação

e a expansão da consciência ambiental.“Em compara-ção aos roteiros tradicionais, a grande vanta-gem do turis-

mo ecológico é colocar a pessoa da cidade frente a um mundo ainda pouco explorado por ela, o mundo da biodiversidade: florestas, lagos, cavernas, cachoeiras, montanhas, rios e praias desertas. Paisagens que se combinam, em diversos ecossis-temas, das mais diversas formas.” A palavra turismo deriva do Francês tour, “volta, circuito, volta ao redor”.

Dia 2 de marçoAniversário do Serviço Florestal Brasileiro (SFB)As florestas são ecos-sistemas essenciais para a vida e equilíbrio em nosso planeta, para a mitigação e adaptação às alterações climáticas, garantindo suprimento adequado de água doce, o reforço da biodiversidade e proporcionar rendimentos e meios de subsistência sustentáveis, incluindo, a segurança alimentar. No entanto, são as áreas do planeta, que, talvez, enfrentam pressões sem precedentes decorren-tes da ação do homem. No Brasil, cabe ao Serviço Florestal Brasileiro a missão de promover o uso econômi-co e sustentável das florestas. Mais informações: www.florestal.gov.br.

Dia 5 de marçoLançamento da 2ª Feira da Cadeia Produtiva da Indústria de Base Florestal Sustentável O coquetel de Lançamento da 2ª Feira da Cadeia Produtiva da Indús-tria de Base Florestal Sustentável da Região de Três Lagoas acontece dia 05 de março às 19h30, na Casa do Criador no Parque de Exposições. Na ocasião a prefeita do município, Marcia Moura, fará apresentação das grandes oportunidades de negócios e das razões que vão levar mais de 150 expositores para o maior even-to florestal das américas de 2015.

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BIODIVERSIDADE

Estimativas indicam que 73 milhões de tubarões são mortos anualmente em todo o planeta

Organização das Nações Unidas (ONU) para a Alimentação e a Agricultura (FAO) anunciou dia 20, o lançamento de uma nova

tecnologia para facilitar a identificação de tubarões e, ao mesmo tempo, ajudar na proteção de espécies ameaçadas e comba-ter o comércio ilegal de suas barbatanas.

O software, chamado iSharkFin, permite que qualquer pessoa, sem trei-namento em taxinomia, identifique as diferentes espécies de tubarão ao subir no sistema fotografias. O usuário deve escolher vários pontos em volta da bar-batana e identifica outras características para que o algorítimo do programa pos-sa comprar a informação com sua base de dados e identificar a espécie.

O programa vem sendo desenvolvido desde 2013, quando cinco espécies de tubarão foram adicionadas à Convenção sobre Comércio Internacional de Espé-cies Ameaçadas da Fauna e Flora Silves-tre que pode identificar até 35 espécies pelas barbatanas dorsais e sete pelas bar-batanas peitorais.

InsustentávelO uso desse programa ajudará as au-

toridades a obter a verdadeira dimensão dessa caça ilegal. As estimativas atuais indicam que 73 milhões de tubarões são mortos todos os anos, ou seja, mais de 6% do volume atual. Segundo os espe-cialistas, esse número é insustentável já

que os tubarões demoram muito tempo para amadurecer sexualmente e geram poucas crias.

Por causa do seu uso em produtos farmacêuticos, na tradicional medicina chinesa e como sopa, a barbatana do tu-barão é um bem apreciado por muitos. A prática de cortar a barbatana e jogar o animal de volta ao mar é comum, ape-sar de muitas nações já terem declarado

ilegal à comercialização de barbatanas separadas da carcaça do animal.

Cites A Convenção sobre o Comércio In-

ternacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites) é um dos acordos ambientais mais im-portantes para preservação das espécies, tendo a maioria dos países do mundo sig-

natários. O Brasil aderiu à Convenção em 1975. O Decreto no. 76.623/1975 promul-gou seu texto, que foi aprovado pelo De-creto Legislativo no. 54, do mesmo ano.

A CITES regulamenta a exportação, importação e reexportação de animais e plantas, suas partes e derivados, através de um sistema de emissão de licenças e certificados que são expedidos quando se cumprem determinados requisitos.

FOTO TANGUY THOMAS

O tubarão-limão, em Bora-Bora, na Polinésia Francesa

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CRIME CONTRA AVES SILVESTRESA cada vez que vejo uma apreensão de aves silvestres em razão da burla da lei

que alguns marginais teimam em continuar a cometer, pergunto-me a mim se não há uma leniência dos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização e, so-bretudo, pela educação ambiental, especialmente nos meios rurais. É claro que até aos menos informados sobre o assunto já é dada a resposta. Há quase total desleixo em relação à educação para uma prática sadia de cuidado e guarda com a fauna silvestre, especialmente no que diz respeito às aves. Eu, particularmente, sou contra a prisão de pássaros ainda que seja em ambientes os mais aprazíveis, porque eles simplesmente nasceram para a liberdade. Todavia, em razão da ani-malidade do próprio homem em sua convivência com os bichos, o Estado é obri-gado a fazer concessões e estipular os limites na lei. E, neste pé, o ordenamento jurídico brasileiro é rico em normas.

Documentação A lei nº 9.605, de 1998, protege as aves e trata de diversos tipos de infração que podem ser cometidas contra esses animais. Nesta norma legal, está claramente determinada a punição que destinada aos infratores. Todavia, a aquisição de aves exóticas e silvestres é possível desde que sejam obtidas em criadouros regularmente autorizados pelo Ibama. Deve haver, portanto, toda a documentação exigida por lei, tal como o registro do animal, da loja onde fora obtida e do criadouro de origem, bem como documentação que comprove a origem da ave. Caso contrário, aquele que comete a infração receberá a devida punição. Crime De acordo com o artigo 29 da lei 9.605/98, a retirada de animais diretamente da natureza é considerada crime contra a fauna. De igual modo está prevista punição para o ato infrator no artigo 11 do decreto 3.179/ 1999. Citamos o dispositivo da lei in verbis: Artigo 29 da lei 9.605/ 1998: “Aquele que violar este artigo será detido entre seis meses e um ano de prisão e terá que pagar uma multa. Entre os termos dessa lei estão, capturar, matar, perseguir e utilizar-se desses animais sem a permissão de uma autoridade competente.” Multa No Decreto 3.179/1999 está definida uma multa de R$ 5.000 até R$ 10.000, para aqueles que violam a lei acima referida. “A regulamentação repete o conteúdo que caracteriza a infração, qual seja: capturar, matar, perseguir e utilizar-se desses animais sem a permissão de uma autoridade

competente.” Todavia, a multa é aplicada levando-se em conta a quantidade de animais atingidos e seu nível de risco de extinção, ou seja, para cada ave afetada serão acrescidos 5 mil ou 10 mil reais a mais. As aves e outros animais que abrangem esse decreto estão presentes nas listas e anexos do Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção. Instrução Além das leis existentes, o Ibama tem elaborado várias normas com o objetivo de coibir cada vez mais o comércio ilegal de aves. A Instrução Normativa Ibama nº 16/ 2011 é uma delas. Trata de temas ambientais e do mantimento de animais em cativeiro. Há também vários decretos de licenciamentos para criadouros, com normatizações que permitem fazer a reprodução e venda das aves e outros animais, tanto internamente no Brasil, como para o exterior. Lembre-se ainda que no arcabouço jurídico brasileiro existem leis específicas que tratam da importação e exportação de aves e animais silvestres. O responsável por tudo é o Ibama, órgão que deve ser consultado permanentemente para essas negociações. Prioridade Em maio de 2013, o Conselho Nacional de Meio Ambiente-Conama aprovou uma Resolução que regula a guarda provisória de espécies da fauna silvestre por pessoas físicas em todo o País. A prioridade de guarda continua a cargo dos Centros de Triagem de Animais Silvestres, (CETAS), autorizados pelo Ibama.

Invest Hong Kong e o Hong Kong Trade Development Council (HKTDC) realizam, no próximo dia 26 de fevereiro, de 10h às

12h30min, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), o Seminário Brasil X Hong Kong. O evento, que conta com o apoio do Centro Internacional de Negócios (CIN/CE), apresentará as oportunidades de negócios para os empresários cearenses na China. A entrada é gratuita e as vagas são limitadas. A China já é o maior parceiro comercial do Brasil e a escolha do Ceará para sediar o evento aconteceu devido ao seu crescimento no Nordeste e também pelo fato de o Estado ser uma das principais alavancas da região. O seminário contará com palestra do executivo de contas do Invest Hong Kong, Luiz Felipe Pessoa; do executivo do HKTD, Dominique Bais; e da diretora das duas agências no Brasil ( Invest Hong Kong e HKTD), Marina Barros. No seminário, serão apresentadas, além das oportunidades para se investir na China, as principais soluções e serviço de apoio ao investidor, tanto público quanto privado. O Hong Kong Trade Development Council é uma parceria

público-privada que auxilia empresas do mundo todo a entrar em contato com fornecedores de Hong Kong, com mais de 40 escritórios em diversos países. Divulgam feiras que ocorrem o ano todo e abrangem setores como moda, joalheria, acessórios de informática, entre outros. O HKTDC também organiza diversas missões para empresas interessadas em participar das feiras e organiza reuniões com alguns fornecedores escolhidos.Já o Invest Hong Kong é uma agência pública cujo objetivo é auxiliar empresas a se expandirem para a Ásia utilizando Hong Kong como base. Possuem 30 escritórios em todo o mundo e atuam fornecendo informações importantes sobre o ambiente de negócios bem como acompanhando todo o processo de abertura de empresas.

SERVIÇO Data: 26/02/2015 (quinta-feira)Horário: 10h às 12h30minLocal: Auditório José Flávio, da Fiec- Av. Barão de Studart,1980, Fortaleza-CEInformações: (85)3421.5420 ou pelo e-mail [email protected] gratuita e vagas limitadas

SERVIÇO 15º Congresso Nacional de VendasData: 28 de fevereiro de 2015Local: Centro de Convenções Rebouças - Avenida Rebouças, 600 - São Paulo/SP - das 08h30 às 20h30Informações e inscrições em: http://www.klatreinamentos.com.br/15congresso/

Congresso reunirá os maiores especialistas do País no assuntoO 15º Congresso Nacional de Vendas, maior encontro sobre o tema no País, ocorrerá no dia 28 de fevereiro, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. O evento reunirá os maiores especialis-tas no assunto em oito conferências, com uma duração total de 10 horas, proporcio-nando ao público uma verdadeira imer-são em vendas. Erik Penna, especialista em vendas, coautor dos livros “Gigantes das Vendas” e “Gigantes da Motivação” e autor dos livros “A Divertida Arte de Ven-der” e “Motivação Nota 10”, fará a palestra de abertura, que terá como tema “Atendi-mento Mágico”. O consultor mostrará em sua apresentação como a Disney e outras grandes corporações aplicam suas téc-nicas para atender, encantar e fidelizar seus clientes. Entre os principais tópicos abordados por Penna em sua palestra es-tão as 10 lições de ouro no atendimento, como motivar e surpreender clientes nos 365 dias do ano, a atenção aos detalhes

no atendimento, os pilares da gestão de excelência, entre outros. Direcionadas a empresários, diretores, gerentes, supervi-sores, líderes de venda e vendedores em geral, a palestra tem por objetivo moti-var a força de vendas com lições práticas, como por exemplo, vender mais em me-nos tempo, estimular o desejo dos clien-tes, ter uma gestão de vendas efetiva e principalmente, obter um diferencial no mercado. Mais informações e einscrições em: http://www.klatreinamentos.com.br/15congresso/ .

[email protected]

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Eduardo Sávio Martins pres. da Funceme

FOTO FUNCEME/DIVULGAÇÃO

CEARÁ

As condições atuais permanecem desfavoráveis.A probabilidade maior é de chover abaixo da média

o último final de semana e ontem, o tempo “ficou boni-to” e choveu, tanto na Capital como em outras regiões do

Estado. Mas, o quadro da estiagem no Estado permanece. Após analisar modelos atmosféricos, a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), mais uma vez, prevê maior probabilidade de chuvas abaixo da média histórica no próxi-mo trimestre.

O prognóstico elaborado pela Fun-ceme e divulgado sexta-feira (20), mostra que as condições termodinâ-micas dos oceanos Pacífico e Atlântico não sofreram relevantes alterações em fevereiro e, dessa forma, permanecem desfavoráveis para precipitações re-gulares no Estado entre os meses de março, abril e maio. De acordo com os dados analisados, as chances que cho-va abaixo da média, nos três últimos meses da quadra chuvosa, são de 50%, enquanto as probabilidades para as categorias em torno da média e acima da média são 35% e 15%, respectiva-mente.

Preocupante Segundo o presidente da Funceme,

Eduardo Sávio Martins, é importante ressaltar que trata-se de um período diferente do que se referia a previsão climática anterior. “De toda forma, permanece sendo um quadro preo-cupante e o Governo do Estado já foi informado do novo prognóstico e con-tinuará investindo nas ações de convi-vência com a estiagem”, explica.

O secretário de Recursos Hídri-cos, Francisco Teixeira, já divulgou a imprensa local, que existem três eixos centrais de atuação para mini-mizar efeitos da estiagem: ampliação de carro-pipa, perfuração de poços e instalação de adutoras de montagem rápida. O governador Camilo Santa-na vem se reunindo com seu secreta-riado para pontuar ações de um pla-no para a seca, e, cuja divulgação está sendo aguardada.

IrregularidadeO prognóstico da Funceme mostra,

também, que as precipitações no Cen-tro Sul do Ceará tendem a ficar mais próximas da média histórica, enquanto na metade norte do Estado a tendên-cia são índices mais baixos de chuva no acumulado do trimestre. “Ainda há fortes indícios de que a Zona de Con-vergência Intertropical, principal siste-ma indutor de chuvas no Ceará, atue pouco por aqui, e isso tem impacto negativo na qualidade da nossa quadra chuvosa”, afirma Martins.

A média histórica de precipitações acumuladas no Estado entre os meses

de março, abril e maio é de 480,3mm. As médias de cada um dos próximos três meses são 206,2mm, 184,3mm e 89,9m, respectivamente.

Por se tratar do quarto ano consecuti-vo de seca, as chuvas registradas em 2015 pela Funceme mostram índices preocu-pantes e que podem agravar o quadro. Em janeiro, quando a média é 98,7mm choveu somente 28,6mm. Em fevereiro, a média é de 127,1mm e choveu, até hoje, 52,4mm, ressaltando que ainda faltam oito dias para terminar o mês.

Chuvas Entre às 7h do sábado (21) e às 7h do

último domingo (22), em pelo menos 71 municípios cearenses houve registro de chuvas, conforme inforção da Funceme. A maior precipitação aconteceu em São Gon-çalo do Amarante (103,0 mm). De 7h da manhã de domingo (22), às 7h da manhã de ontem, em Fortaleza, choveu (42 mm).

Mesmo as áreas mais afetadas pela seca, como o Sertão Central, também tiveram precipitações. Os outros muni-

cípios com maior incidência de chuvas foram Pindoretama (76 mm), Ipueiras (61.2 mm), Santa Quitéria (57.4 mm) e Aquiraz (50 mm). Ao todo, 71 cidades do Estado registraram precipitações, de acordo com o boletim das 13h55.

As chances que chova abaixo da média nos três últimos meses da quadra chuvosa são de 50%, enquanto as probabilidades para as categorias em torno da média e acima da média são 35% e 15%, respectivamente.

FONTE FUNCEME

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Quando as diretrizes das organizações vão além do lucro

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Cada vez mais, empresas adotam a RS. Empreendem ações para amenizar e solucionar problemas sociais e ambientes das partes interessadas

TARCILIA REGO Da Redação do OeV

Em 2006, o norte americano, le-trista e produtor musical, Tim Jahnigen, estava assistindo um noticiário e viu uma reporta-

gem sobre crianças em Darfur, no Su-dão (África), que encontravam alegria jogando futebol com bolas feitas de lixo e amarradas com barbantes de pe-daços de plástico. A imagem o tocou tanto que o fez decidir criar uma bola de futebol “de verdade” para aquelas crianças. Ele foi além, criou a One World Ball: bola indestrutível, não fura e nem murcha e adapta-se a qual-quer tipo de terreno.

Cada vez mais, empresas assim como a de Tim, empreendem ações para amenizar e até mesmo, solucio-nar problemas sociais e ambientes da sociedade como um todo. São organi-zações que existem não apenas em fun-ção do lucro, buscam realizar práticas sustentáveis em escala, promovendo e estimulando, através das mesmas, a Responsabilidade Social (RS) no cen-tro de suas decisões e planejamentos.

De acordo com a Norma Interna-cional ISO 26.000, ser socialmente responsável significa “incorporar con-siderações socioambientais em seus processos decisórios e responsabilizar--se pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio am-biente”. Isso implica um comportamen-to ético e transparente e que contribua para o desenvolvimento sustentável, em conformidade com as leis aplicáveis

e consistentes com as normas interna-cionais de comportamento e, aporte de recursos.

R$ 34 milhões A empresa cearense Coelce procura

alinhar as suas ações de responsabili-dade social corporativa em programas educacionais, culturais, de eficiência energética, geração de renda, volun-tariado e doações. Só em 2014, a hol-ding, da qual a Coelce faz parte, apor-tou recursos na ordem de cerca de R$ 34 milhões. Segundo a especialista em sustentabilidade, Débora Pinho, tem recurso incentivado e o que saiu do caixa. “E isso é fruto de decisão da em-presa”, destaca.

A filantropia de antes foi substi-tuído pela RS, entendida como um compromisso ético que algumas or-

ganizações têm com seus stakeholders ou partes interessadas. “Assistencialis-mo, não gera impacto social em longo prazo e não cria valores para as par-tes interessadas. Esse compromisso é introduzido no modelo de estratégias da companhia e passa a fazer parte do negócio. É um modelo ético e transpa-rente, que promove diálogos conside-rando a visão dos públicos de interes-se, a fim de que todas as partes sejam impactadas. Gera confiança, pereni-dade e resultados positivos”, esclarece a especialista da Coelce.

Pelo 9º ano consecutivo, a Coelce foi selecionada para compor a car-teira de ações do Índice de Susten-tabilidade Empresarial em 2015 da BM&FBovespa. O ISE foi criado há 10 anos (em dezembro de 2005), e as empresas que compõem a carteira ISE/BM&FBovespa são consideradas refe-rências nacionais em termos de susten-tabilidade empresarial, de acordo com a metodologia Triple Bottom Line, que considera os resultados de forma inte-grada, englobando os aspectos sociais, ambientais e econômico-financeiros.

Fazendo a diferença O recém-inaugurado Shopping

RioMar chegou a Fortaleza mostran-do, na prática, atuação socioambien-tal, por meio de iniciativas como o Instituto JCPM, o plantio de árvores 2.500 árvores nas áreas internas e no entorno do empreendimento e a aplicação de tecnologias limpas que garantem a economia de até 86% de água e uma economia de energia de

até 31% em comparação aos sistemas convencionais.

De acordo a diretora de Desenvolvi-mento Social, Lúcia Pontes, a RS tem um lugar próprio, dentro do Grupo JCPM e é pautada juntamente com os projetos da empresa. “A nossa atuação tem como princípio o Compromisso Social, com iniciativas que acredita-mos fazer a diferença para a socieda-de a partir do momento em que são capazes de envolver a comunidade do entorno no negócio. Isso é feito atra-vés de programas de capacitação e inserção nas vagas de emprego e em equipamentos construídos prevendo a existência de espaços votados para ca-pacitação gratuita, reciclagem, geração de renda para cooperativas, e com ma-terial e arquitetura cujo ponto impor-tante é a redução do impacto sobre o meio ambiente.”

O grupo conta com uma diretoria ou departamento de Desenvolvimento Social, onde as ações de RS são coor-denadas. “É uma área com capacidade de interagir com as demais da empresa. Está sob a responsabilidade o Institu-to JCPM de Compromisso Social, por exemplo, cujo trabalho é prioritaria-mente com jovens entre 16 e 24 anos.”

Diretrizes de sustentabilidade

As empresas estão sempre preocu-padas em desenvolver produtos que facilitem a vida dos clientes e que aten-dam demandas da sociedade. Porém, cada vez mais os recursos naturais es-tão escassos. Para o sociólogo e educa-dor ambiental, José de Ávila Coimbra,

O valor e a longevidade de

uma empresa estão ligados à sua capacidade de contribuir para a evolução da sociedade, e sua sustentabilidade. Alessandro Carlucci, diretor-presidente da Natura

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ISO 26000 A norma internacional tem a proposta de servir como um im-portante norte para as corporações e não como uma cer-tificadora. Os sete princípios da ISO 26000 são:• Responsabilidade; • Transparência,• Comportamento Ético;• Consideração pelas partes interessadas;• Legalidade;• Normas Internacionais;• Direitos Humanos.

Saiba mais CoelceA Rede do Bem é o programa de vol-untariado da Endesa Brasil, empresa do Grupo Enel do qual a Coelce faz parte. A iniciativa realiza campanhas de solidariedade, ações educativas, reformas de escolas, abrigos e creches por meio de mutirões voluntários realizados por colaboradores das

empresas do grupo localizadas nos es-tados do Rio de Janeiro, Ceará, Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

NaturaA Natura vem ficando cada vez mais em evidência em função da sustentabilidade ambiental. A marca apresenta uma série de características que a tornam susten-tável ambientalmente Empresa líder no

setor de venda direta no Brasil e regis-trou R$ 7 bilhões de receita líquida em 2013. Possui 30 linhas de produtos, sete mil colaboradores, 1,6 milhão de consul-toras e operações na Argentina, Bolívia, Chile, México, Peru, Colômbia e França.

Instituto JCPMCriado há quase oito anos, o IJCPM atua, prioritariamente, com jovens de

16 a 24 anos, moradores do entorno dos empreendimentos comerciais do Grupo JCPM. Hoje, tem uni-dades no Recife (sede), em Salvador e em Fortaleza. Trabalha com eleva-ção de escolaridade, programas de qualificação profissional, oficinas e palestras educativas para a comu-nidade. É o elo entre o empreendi-mento e a comunidade do entorno.

Criado há quase oito anos, o IJCPM atua, prioritariamente, com jovens de 16 a 24 anos, moradores do entorno dos empreendimentos comerciais do Grupo JCPM

FOTO DIVULGAÇÃO/IJCPM

“os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies, além de destruir comunidades e saber popu-lar”. Ávila é o autor de “O outro lado do meio ambiente”, um clássico da lite-ratura ambiental. Mas, a multinacional brasileira, Natura, de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, percebeu que desafios ambientais, econômicos, polí-ticos e sociais, estão interligados e que é possível produzir um bem de consu-mo, através de soluções includentes. O modelo de negócio Natura de lon-go prazo com ambições para o ano de 2020, apresenta diretrizes de sustenta-bilidade que concentra iniciativas em três pilares: “Marcas e Produtos”, “Rede de Relações” e “Gestão e Organização”.

Segundo o diretor-presidente, Ales-sandro Carlucci , a Natura entende que empresas existem para fazer com que a sociedade e o planeta sejam melho-res. Por isso, apresenta uma nova visão de sustentabilidade, para definir aonde quer chegar e o impacto que busca ge-rar. “Está expresso em nossas crenças que o valor e a longevidade de uma em-presa estão ligados à sua capacidade de contribuir para a evolução da socieda-de e seu desenvolvimento sustentável”, afirma. O número de pessoas que estão optando por produtos socialmente jus-tos e que respeitam o meio ambiente está crescendo, e o comprometimen-to empresarial com a sustentabilida-de, depende, além da vontade política dos decisores empresariais, também, do esforço do lado de quem compra. Ao consumidor, quando se encontrar diante das prateleiras, cabe fazer as es-colhas certas, é dele que deve vir altos níveis de conscientização e de parti-cipação no processo de construção de uma sociedade mais sustentável.

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8 VERDE

Lançado em 2012, no Brasil, o Programa reúne uma elite de mulheres com o objetivo de:• Criar uma poderosa e infl uente rede de mulheres notáveis e partil-har suas histórias inspiradoras, divulgando-as no Brasil e no mundo.• Conectar mulheres empreendedoras com outras organizações e in-divíduos relevantes que possam apoiar suas empresas, organiza-ções ou comunidades em sua jornada para o crescimento.• Desenvolver relacionamentos fortes, profundos e duradouros.• Fortalecer suas habilidades de liderança e identifi car opor-tunidades de crescimento por meio de encontros com con-selheiros seniores e demais empreendedores.Contribuir ativamente para o desenvolvimento e crescimen-to das 15 empreendedoras selecionadas para o programa.

Winning Women Brasil

EMPREENDEDORISMO

Sasha Reeves administra a AYO Fitness Club.Ela vai aprofundar conhecimento e relações

Até bem recente, difi cilmen-te, encontraríamos mulheres no comando de grandes organizações, mas, atual-mente, o cenário parece mudar. O empreendedo-rismo feminino desponta e mulheres são destaques na condição de líderes de sucesso, tanto localmente como globalmente. É o caso da cearense Sasha Alexandra Re-eves de Castro, selecionada para partici-par do Programa Winning Women Brasil, Empreendedoras de Sucesso.

A jovem empresária administra a AYO Fitness Club, academia de ginástica fundada em 2011, em Fortaleza. O rápi-do sucesso do empreendimento chamou atenção da organização global, Ernst & Young Terco – líder em serviços de audi-toria, impostos, transações corporativas e assessoria – , idealizadora do Winning Women e, que a convidou para integrar o seleto grupo de mulheres. A Ernst & Young Terco acredita que as mulheres têm um papel vital a desempenhar no crescimento e transformação dos merca-dos mundiais. “E por isso visa reconhe-cer, celebrar, apoiar e inspirar as mulhe-res empreendedoras que contribuíram para o crescimento e transformação de suas organizações.” O Programa reúne mulheres que lideram empresas de rápi-do crescimento e as integra em um pro-grama de liderança executiva com um ano de duração.

A cearense estará conectada a empre-

sárias de destaque nacional, como Fernanda de Lima,

fundadora do InfoMoney (primeiro portal inde-pendente de informações fi nanceiras do País); Lui-za Helena Trajano, presi-dente do Magazine Luiza;

Andrea Mota Baril, direto-ra executiva de O Boticário;

e Sônia Regina Hess, presi-dente da Dudalina.

Seleção RigorosaDurante um ano, Sasha Reeves vai

interagir e aprofundar conhecimento com outras empreendedoras a partir de eventos e reuniões formais. Ela confessa que o rigoroso processo seletivo já foi um grande desafi o. “Quando soube que o programa estaria disponível, contatei com a Ernst & Young que solicitou o en-vio de algumas informações. Em seguida recebi um questionário mais aprofun-dado, no qual foram solicitados dados como tamanho, volume e perspectiva de crescimento da minha empresa”, conta a jovem empresária. Posteriormente, ela foi sabatinada via Skype.

ExpectativaPara aproveitar a grande oportunida-

de de interagir com grandes executivas do mercado nacional, Sasha garante de-dicação e atenção às lições que receberá durante os seis módulos. “A cada encon-tro ganho uma perspectiva mais ampla de como posso atuar e desenvolver mi-

nhas aptidões mercadológicas”, ga-rante a empresária. Nas economias industrializadas, apenas 11,1% dos conselheiros são mulheres, e em mercados de rápido crescimento, esse número cai para 7,2%.

AYO Fitness A AYO Fitness Club, adminis-

trada por Sasha, em Fortaleza, tem como objetivo oferecer saú-de, bem-estar e qualidade de vida aos clientes, por meio de uma va-riedade de serviços que atendam ao público A e B familiar. Anual-mente a academia promove o Dia de Recruta Ayo. Evento, através do qual, os participantes da ma-ratona podem suar a camisa.

Mulheres: cada vez mais, no centro econômicoMulheres podem fazer toda a dife-

rença no mundo. Uma pesquisa do Th e Boston Consulting Group (BCG) mos-tra que a renda das mulheres (a nível mundial), entre 2002 e 2007, aumen-tou de 4 trilhões de dólares para US $ 9,8 trilhões e, em 2017, vai saltar para 15,6 trilhões de dólares.

Mas no mundo dos negócios, a

imagem ainda é desequilibrada. De acordo com a Revista Fortune, o nú-mero de CEOs do sexo feminino, dobrou, na última década. Mas, em 2012, entre as 500 maiores empresas do mundo, as mulheres, ainda, diri-gem, apenas, 4% do total. Nas econo-mias industrializadas, apenas 11,1% dos conselheiros são mulheres, e em

mercados de rápido crescimento, esse número cai para 7,2%.

De acordo com o Fórum Econô-mico Mundial, as mulheres são o maior mercado emergente do mundo. Durante a próxima década, eles vão exercer uma infl uência enorme sobre a política, esporte, negócios e socie-dade. Nos próximos cinco anos, os

rendimentos globais de mulheres vão crescer de 13 trilhões de dólares para US$ 18 trilhões.

Um incremento de US $ 5 trilhões na economia global. As mulheres pos-suem cerca de um terço de todas as empresas do mundo, e quase a meta-de dessas empresas estão em mercados em desenvolvimento.

nhas aptidões mercadológicas”, ga-rante a empresária. Nas economias industrializadas, apenas 11,1% dos conselheiros são mulheres, e em mercados de rápido crescimento, esse número cai para 7,2%.

AYO Fitness A AYO Fitness Club, adminis-

trada por Sasha, em Fortaleza, tem como objetivo oferecer saú-de, bem-estar e qualidade de vida aos clientes, por meio de uma va-riedade de serviços que atendam ao público A e B familiar. Anual-mente a academia promove o Dia de Recruta Ayo. Evento, através do qual, os participantes da ma-ratona podem suar a camisa.

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9VERDE

SANEAMENTO

Método retira a maior parte das impurezas e evita a contaminação da água

o caminho para a universali-zação dos serviços de sanea-mento básico, o Brasil ainda está longe do ideal, especial-

mente quando se trata de tratamento de esgoto nas áreas rurais do país. O resultado é o despejo de dejetos, sem tratamento, em áreas de mananciais. Mas o engenheiro ambiental, Jonas Rodrigo dos Santos, desenvolveu um sistema natural, que pode mudar esse quadro.

Ele desenvolveu um sistema que retira a maior parte das impurezas e evita a contaminação da água e que foi aplicado em Capanema, na área rural do Paraná. A iniciativa foi tão bem sucedida que recebeu destaque em um dos concursos realizados pela Agência Nacional de Águas (ANA). A situação do local é semelhante à de muitas regiões brasileiras que não es-tão conectadas às redes de distribui-ção de água e não possuem qualquer estrutura para o saneamento básico.

Todos os esgotos e dejetos pro-duzidos na propriedade do criador, Denilson José dos Santos, eram des-pejados em uma fossa negra sem qualquer tratamento. O reservatório não possuía isolamento ou conten-ção. Em consequência, os resíduos contaminavam o solo, os recursos hídricos e ainda colaboravam para o desenvolvimento de vetores.

Com a instalação da pequena cen-tral de tratamento, os dejetos humanos e de 12 suínos pertencentes à proprie-dade passaram a ser tratados. O siste-ma conta com cinco fases de limpeza: fossa séptica e tanque de zona de raí-zes, que é dividido em � ltro de pedras grossas, � ltro de pedra brita, � ltro de pedrisco e carvão ativado. Para poten-cializar ainda mais o processo, foram utilizadas plantas para a puri� cação, como bananeiras e taiobas.

Os resultados obtidos foram satis-fatórios. Após passar pelo processo de limpeza, a água residual alcançou um nível alto de qualidade. Ao chegar no sistema, o efluente possuía 8.381

miligramas de material sólido por litro e ao final do tratamento, eram apenas 170 miligramas, por litro. A quantidade de fósforo, amônia e co-liformes termotolerantes também fo-ram mínimas.

Conforme apresentado pelo enge-nheiro, a capacidade de purificação obtida pelo sistema foi altamente eficiente. Após passar pelo processo, o engenheiro garante que o efluente final pode ser liberado em rios, cór-regos ou lagos, sem causar contami-nação, pois as suas qualidades são muito semelhantes a das águas dos mananciais. Outro diferencial do sis-tema é a sua aparência. Semelhante a um jardim, ele pode facilmente ser integrado à paisagem local.

Ainda, só no ParanáNossa reportagem conversou atra-

vés de e-mail com o engenheiro De-nilson. Segundo ele, o sistema , até o momento, só foi replicado em sua região, no entanto, ele acredita que é possível instalar o modelo em qual-quer região do Brasil, sem maiores problemas. “Ademais, o custo pode varia de R$ 2.000,00 a R$ 2.500,00 para uma residência de cinco pesso-as. Porém garanto que não terá pro-blemas com o sistema pelo menos nos próximos 15 anos”, disse. O engenhei-ro ambiental, Denilson José dos San-tos, responsável pelo projeto, está dis-ponível para através do e-mail: [email protected].

2,6 bilhões de pessoas sem coleta e tratamento de esgoto A distribuição do esgotamento sanitário no Brasil é bastante ir-regular. São Paulo tem os maiores índices em coleta e tratamento, mas, na grande maioria dos estados, a

coleta está em 40% dos municípios, e dos 40% coletados, 50% são lan-çados in natura no meio ambiente.De acordo com o Instituto Trata Brasil, “o acesso à água potável e ao sa-neamento básico é um direito humano essencial”. Aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em As-sembleia Geral de julho de 2010, essa de� nição se contrapõe ao dramático

panorama mundial, no qual 2,6 bil-hões de pessoas não dispõem de coleta e tratamento de esgoto e 900 milhões de pessoas ainda vivem sem acesso a fontes con� áveis de água potável. Associada à pobreza, em conjunto com outros riscos, como subnutrição e problemas de higiene, a falta de saneamento básico afeta, principal-mente, a população de baixa renda.

ARQUIVO PESSOAL/JONAS RODRIGO DOS SANTOS

A capacidade de purifi cação obtida pelo sistema foi altamente efi ciente

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10 VERDE

MUNICÍPIOS TERÃO 90 DIAS PARA REGULAMENTAR O ESPORTE

KITESURF

Após reunião, procurador Alexandre Meireles orienta a criação de Lei que garanta segurança

kitesurf é um dos esportes da natu-reza, mais prati-cado no momen-

to. No Ceará, são muitos os adeptos, no entanto, denúncias de ocorrên-cias de acidentes indicam falta de regulamentação e fiscalização. O fato le-vou o Ministério Público Federal no Ceará (MPF) a estabelecer prazo de 90 dias para que as prefei-turas de 17 municípios adotem medidas legais, visando disciplinar a prá-tica esportiva no litoral e em lagoas do Estado.

Ao tomar conheci-mento, em setembro do ano passado, de acidentes envolvendo a prática do kitesurf nos municípios de Paraipaba, Aquiraz e Fortaleza, o procurador da República, Alexan-dre Meireles Marques, instaurou três procedi-mentos administrativos. No início deste mês, ele reuniu-se com as prefei-

turas, membros de asso-ciações, representante da capitania dos portos no Ceará e demais interes-sados na regulamentação do esporte.

Competência

Na ocasião, Meireles constatou que a capitania dos portos, desde 2012, buscava alternativas para garantir a segurança dos banhistas e kitesurfistas, mas sem sucesso, já, que compete a cada municí-pio, criar a lei, levando em consideração a reali-dade local.

O tenente da Capita-nia dos Portos no Ceará, Francisco do Horizon-te, explica que a prática do Esqui Aquático e o reboque de dispositivo flutuante tipo boia ci-líndrica (banana-boat), plana sub, kitesurf, pa-raquedas, painéis de publicidade e similares são atividades cujo con-trole, está na esfera dos

órgãos competentes do município e do Estado.

“Embora não tenhamos responsabilidade direta com o esporte aquático, incentivamos todos os municípios a cumprirem a regulamentação. Quan-do não ordenada à práti-ca é bastante perigosa”, ressalta Horizonte.

FortalezaDados do Instituto

Doutor José Frota (IJF), apontam que acidentes com a prática de esportes são frequentes. Em 2010 foram registrados 618. Em 2011, 732; e em 2012 foram 617. Até o final do fechamento, não rece-bemos os números refe-rentes aos anos de 2013 e 2014. Também, não há registros específicos para acidentes envolvendo praticantes de kitesurf.

De acordo com o assistente jurídico da Secretaria do Esporte do Município de For-taleza, Jussieu Júnior, o novo decreto está quase

concluído, e será enca-minhado ao legislativo para votação. Os prin-cipais itens tratam da atualização da sinaliza-ção, com a correção dos pontos em que a prática é permitida; indicação das áreas de pouso e de-colagem; os dias em que se pode praticar kite, assim como, as praias propícias à prática do esporte. “Durante a reu-nião, ficou decidido que o documento deve re-gulamentar todos os es-portes aquáticos, garan-tindo assim, segurança para os praticantes e também para a popula-ção”, destaca Jussieu.

Miguel Saboia é pra-ticante membro da Associação de Kite do Ceará (AKC), ele con-sidera a atitude de MPF necessária e diz que pre-tende prestar todo su-porte técnico. De acor-do com Sabóia, a prática vem se popularizando a

cada ano, embora, o equipamento não seja tão acessível, custando entre R$ 6.000,00 e R$ 8.000,00. “Outro fator que garante segurança é fazer o curso prepa-ratório, com duração de 10 a 15horas”, expli-ca Saboia.

Saiba maisMunicípios que deve-

rão disciplinar a prática do kitesurf: Caucaia, Paracuru, Aquiraz, Ca-mocim, Jijoca de Jeri-coacoara, Cruz, Acaraú, Itarema, Trairi, Itapi-poca, Amontada, Orós, Icapuí, Aracati, Fortim, Beberibe e Cascavel.

Dicas de segurança Associação Brasileira de Kitesurf (ABK) • Todos os principiantes devem fazer aulas com instrutores profissionais; • Os kitesurfers devem dar preferência a todos os outros usuários da praia; • Kitesurfers cedem a vez a todos os outros navegadores; • Pouso e decolagem com auxílio é recomendado; • Enquanto monta a pipa, preste atenção aos kitesurfers que es-tão chegando, e caso precisem, ajude-os a pousar.

A ABK é uma organização sem fins lucrativos que objetiva pro-mover e difundir a prática do kitesurf em todo território nacional.

Mais informações: www.abk.com.brwww.cearasurf.com.br/kite/federacao-cearense-de-kitesurf

O novo decreto

está quase concluído, e será encaminhado ao legislativo para votação. Os principais itens tratam da atualização da sinalização, com a correção dos pontos em que a prática é permitida. Jussieu Júnior, Secretaria de Esporte de Fortaleza

FOTO DIVULGAÇÃO

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10 VERDE

MUNICÍPIOS TERÃO 90 DIAS PARA REGULAMENTAR O ESPORTE

KITESURF

Após reunião, procurador Alexandre Meireles orienta a criação de Lei que garanta segurança

kitesurf é um dos esportes da natu-reza, mais prati-cado no momen-

to. No Ceará, são muitos os adeptos, no entanto, denúncias de ocorrên-cias de acidentes indicam falta de regulamentação e fiscalização. O fato le-vou o Ministério Público Federal no Ceará (MPF) a estabelecer prazo de 90 dias para que as prefei-turas de 17 municípios adotem medidas legais, visando disciplinar a prá-tica esportiva no litoral e em lagoas do Estado.

Ao tomar conheci-mento, em setembro do ano passado, de acidentes envolvendo a prática do kitesurf nos municípios de Paraipaba, Aquiraz e Fortaleza, o procurador da República, Alexan-dre Meireles Marques, instaurou três procedi-mentos administrativos. No início deste mês, ele reuniu-se com as prefei-

turas, membros de asso-ciações, representante da capitania dos portos no Ceará e demais interes-sados na regulamentação do esporte.

Competência

Na ocasião, Meireles constatou que a capitania dos portos, desde 2012, buscava alternativas para garantir a segurança dos banhistas e kitesurfistas, mas sem sucesso, já, que compete a cada municí-pio, criar a lei, levando em consideração a reali-dade local.

O tenente da Capita-nia dos Portos no Ceará, Francisco do Horizon-te, explica que a prática do Esqui Aquático e o reboque de dispositivo flutuante tipo boia ci-líndrica (banana-boat), plana sub, kitesurf, pa-raquedas, painéis de publicidade e similares são atividades cujo con-trole, está na esfera dos

órgãos competentes do município e do Estado.

“Embora não tenhamos responsabilidade direta com o esporte aquático, incentivamos todos os municípios a cumprirem a regulamentação. Quan-do não ordenada à práti-ca é bastante perigosa”, ressalta Horizonte.

FortalezaDados do Instituto

Doutor José Frota (IJF), apontam que acidentes com a prática de esportes são frequentes. Em 2010 foram registrados 618. Em 2011, 732; e em 2012 foram 617. Até o final do fechamento, não rece-bemos os números refe-rentes aos anos de 2013 e 2014. Também, não há registros específicos para acidentes envolvendo praticantes de kitesurf.

De acordo com o assistente jurídico da Secretaria do Esporte do Município de For-taleza, Jussieu Júnior, o novo decreto está quase

concluído, e será enca-minhado ao legislativo para votação. Os prin-cipais itens tratam da atualização da sinaliza-ção, com a correção dos pontos em que a prática é permitida; indicação das áreas de pouso e de-colagem; os dias em que se pode praticar kite, assim como, as praias propícias à prática do esporte. “Durante a reu-nião, ficou decidido que o documento deve re-gulamentar todos os es-portes aquáticos, garan-tindo assim, segurança para os praticantes e também para a popula-ção”, destaca Jussieu.

Miguel Saboia é pra-ticante membro da Associação de Kite do Ceará (AKC), ele con-sidera a atitude de MPF necessária e diz que pre-tende prestar todo su-porte técnico. De acor-do com Sabóia, a prática vem se popularizando a

cada ano, embora, o equipamento não seja tão acessível, custando entre R$ 6.000,00 e R$ 8.000,00. “Outro fator que garante segurança é fazer o curso prepa-ratório, com duração de 10 a 15horas”, expli-ca Saboia.

Saiba maisMunicípios que deve-

rão disciplinar a prática do kitesurf: Caucaia, Paracuru, Aquiraz, Ca-mocim, Jijoca de Jeri-coacoara, Cruz, Acaraú, Itarema, Trairi, Itapi-poca, Amontada, Orós, Icapuí, Aracati, Fortim, Beberibe e Cascavel.

Dicas de segurança Associação Brasileira de Kitesurf (ABK) • Todos os principiantes devem fazer aulas com instrutores profissionais; • Os kitesurfers devem dar preferência a todos os outros usuários da praia; • Kitesurfers cedem a vez a todos os outros navegadores; • Pouso e decolagem com auxílio é recomendado; • Enquanto monta a pipa, preste atenção aos kitesurfers que es-tão chegando, e caso precisem, ajude-os a pousar.

A ABK é uma organização sem fins lucrativos que objetiva pro-mover e difundir a prática do kitesurf em todo território nacional.

Mais informações: www.abk.com.brwww.cearasurf.com.br/kite/federacao-cearense-de-kitesurf

O novo decreto

está quase concluído, e será encaminhado ao legislativo para votação. Os principais itens tratam da atualização da sinalização, com a correção dos pontos em que a prática é permitida. Jussieu Júnior, Secretaria de Esporte de Fortaleza

FOTO DIVULGAÇÃO

11VERDE

A bateria da escola apresentou um show à parte de brilho das fitas à base de Led

Os snacks contém muito potassio

CARNAVAL

Foram no total 525 metros de fita iluminadas, 2,5 metros por integrante. O adereço tinha isolamento com grau de proteção. Os leds ficaram protegidos dos jatos de água

m parceria com a escola de samba paulistana, Rosas de Ouro, a Lâm-padas Golden foi uma das respon-sáveis pelo brilho da agremiação

carnavalesca. A empresa forneceu a fita Led (Light Emitting Diode) utilizada na bateria e na rainha da bateria da escola, que ficou em terceiro lugar este ano. A linha Led de lâmpadas substitui as tecnologias antigas e destaca-se pela elevada eficiência e está en-tre as mais competitivas no varejo.

No total, foram 525 metros de fita Led azul, 2,5 metros por integrante. A fita possui isolamento com grau de pro-teção IP 65, que garante a proteção dos Leds contra jatos de água, ideal para a imprevisibilidade da estação chuvosa. A alimentação foi feita através de bateria individual, com autonomia para uma hora e meia de luz intermitente.

A bateria da escola ofereceu um show à parte representando o brilho das estrelas, em fantasia preta e prata. Os 250 ritmistas foram à avenida com fita Led IP65 azul no costeiro e Ellen Rocche, a estrela maior à frente da ala, desfilou com o mesmo pro-duto na coroa e no costeiro.

“A fita Led é um produto versátil, que pode ser usado além da arquitetura e fi-cou em evidência pela fantasia ser em tons mais sóbrios: preto e prata”, afirma Renata Pilão, analista de marketing da Lâmpadas Golden.

Enredo A escola da Freguesia do Ó trouxe o

enredo “Depois da Tempestade, o En-canto”, que usou como inspiração a chu-va que a Rosas de Ouro enfrentou no ano passado. Assim como num espetáculo, a história que começa com uma tempesta-de transporta magicamente a Rosa para outra dimensão, onde acontecem encon-tros com personagens dos contos encan-tados, que lhes mostram como vencer os desafios e obter a consagração. Marcam presença nesta viagem, personagens de O Mágico de Oz, Alice no País das Ma-

FOTO DIVULGAÇÃO

FOTO INPA/DIVULGAÇÃO

Pesquisas elaboram cereal matinal e petiscos à base de pupunha e açaí

Cereal de pupunha e ‘snack’ de açaí? É isso mesmo. Os dois frutos amazô-nicos são muito conhecidos na região e podem ser consumidos de diversas formas: sucos, doces, sorvetes e ge-leias. Mas, agora, graças às pesquisas feitas no Instituto Nacional de Pesqui-sas da Amazônia (Inpa/MCTI) podem ser consumidos na forma de petiscos e cereal matinal.

Os estudos foram realizados pelos pesquisadores Francisca Souza e Jaime Paiva Lopes Aguiar em parceria com Ivone Lima Santos e José Carlos de Sa-les Ferreira, estudantes de mestrado em Ciências de Alimentos da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

De acordo com os pesquisadores, a ideia veio em aproveitar os frutos ama-zônicos e elaborar novos produtos ou enriquecer os já existentes. As pesqui-sas duraram, em média, dois anos e fo-ram realizadas no Laboratório de Físi-co-Química de Alimentos do Inpa e no Laboratório de Cereais da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universi-dade Estadual de Campinas (Unicamp).

“Os petiscos de açaí e o cereal matinal de pupunha foram produzidos com va-lor nutricional superior aos tradicionais feitos à base de milho”, explica a líder do Grupo de Pesquisas em Alimentos e Nutrição na Amazônia, Francisca Sou-za. Os novos produtos, segundo Souza, são ricos em fibras, minerais e vitami-nas, além de conter alto teor de potás-sio e baixo teor de sódio. “Poderiam ser adicionados aos lanches escolares.” No fim de 2014, o Inpa fez o depósito das patentes dos produtos no Instituto Nacional de Proteção Industrial (Inpi). Os pesquisadores esperam que alguma empresa se interesse em produzir o ce-real e os petiscos em escala comercial.

Saiba mais A Lâmpadas Golden é uma empresa que completa 25 anos de atividades no mercado de iluminação em 2015. Pioneira na preocupação com a eficiência energética, foi a primeira empresa brasileira a apostar na lâmpada eletrônica, colocando-se como uma das marcas líderes de mercado. A empresa é as-sociada da Abilumi (Associação Brasileira de Importadores de Produtos para Iluminação) e membro do Green Building Council Brasil. Saiba mais sobre a Lâmpadas Golden no sitewww.lampadasgolden.com.br e conheça as novi-dades e tendências do mercado de iluminação no blog www.golden.blog.br.

ravilhas, a Bela e a Fera e Peter Pan.

QuesitoA partir desse ano, a iluminação é

avaliada no quesito alegoria, no qual a

escola ganhou a nota máxima. A escola se apresentou no primeiro dia do Grupo Especial de São Paulo, dia 13 de feverei-ro e estará no Desfile das Campeãs, no dia 20 de fevereiro.

Page 12: O Estado Verde - Edição 22453 - 24 de fevereiro de 2015

12 VERDE

OPINIÃO

Marcos Chastinet Júnior*

criação de um parque ao longo do rio Cocó é uma antiga aspi-ração dos fortalezenses. O en-gajamento da sociedade por sua

criação data da década de 1980, época em que empreendedores esboçaram planos de ocupação da área através de projetos de loteamento urbano. Desde então, grupos ligados ao urbanismo e ao meio ambiente se mobilizaram e rea-lizaram diversos atos para sensibilizar a opinião pública para esta causa comum e pelo direito ao meio ambiente preser-vado para todos cidadãos. Em 1989, o governo do Estado do Ceará inicia, me-diante decreto, o processo de desapro-priação de terras para o “Parque Ecoló-gico do Cocó” que teve sua área inicial expandida, em 1993. Contudo, é bom frisar, estes decretos estaduais não eram normas de� nitivas de implantação do parque, pois apenas estabeleciam as áreas de futuras desapropriações tendo em vista a implantação de� nitiva desta unidade ecológica.

Na falta da criação legal do “Parque do Cocó” enquanto unidade de conser-vação, a área inicialmente destinada ao parque � cou sob a proteção do Ministé-rio Público que tem contado com o au-xílio de entidades e grupos ambientais no trabalho de � scalizar a proteção de áreas de preservação permanente e das terras da União que forma a maioria das terras do entorno. Em meados de 2013, no episódio conhecido como “Ocupe o Cocó”, a população fortalezense mais uma vez teve sua atenção chamada para a importância da conclusão do processo de criação de uma unidade de conser-vação ambiental ao longo do rio, o que garantirá a este ecossistema cuidados e a devida proteção legal. Ora, com a

A criação de uma unidade de conservação ambiental ao longo do rio Cocó, garantirá ao ecossistema cuidados e a devida proteção legal. Quem ganha e a sociedade

FOTO ANTÔNIO SÉRGIO CASTRO

recente mudança do titular do gover-no, no início deste ano, o estado do Ceará apresentou à sociedade cearense a sua intenção de � nalizar o processo de criação legal do “Parque do Cocó”. Desejando colaborar com este intento, o Ministério Público Federal tomou a iniciativa em criar o Fórum Permanente pela Implantação do Parque do Cocó. Para compor tal fórum foram chamados inúmeros órgãos estatais, organizações não governamentais e grupos que mili-tam na causa ambiental.

Após as primeiras reuniões sema-nais, já se percebe alguns frutos desta iniciativa. O primeiro refere-se ao es-

treitamento do diálogo entre as diversas partes envolvidas, muitos deles órgãos de diferentes esferas da administração pública. Outro ponto de destaque é que o Fórum tem servido para apontar so-luções para os problemas básicos que historicamente tem di� cultado o pro-cesso da criação do parque. Na primeira reunião discutiu-se sobre qual o melhor modelo de unidade de conservação a ser adotado. O consenso inicial entre os participantes foi no sentido de se criar uma Unidade de Conservação de Pro-teção Integral, que prevê apenas ativida-des educacionais, culturais e recreativas para seu uso. Explicando: o “Parque do

Cocó” seria algo como um nome fanta-sia da Unidade de Conservação.

Quanto tempo ainda levará para a criação legal e de� nitiva da Unidade de Conservação do Cocó, não se sabe. Contudo, em razão da expressa vontade política do governo estadual e da mobi-lização das entidades governamentais e não-governamentais, a avaliação de al-guns envolvidos nesta luta é de que se está próximo da reta � nal de um longo percurso. Após décadas de promessas não cumpridas, o ceticismo dominante na sociedade paulatinamente vai ceden-do lugar à esperança de que este seja o último capítulo de uma novela que se arrasta há uma geração.

Esta página é uma ação de responsabili-dade social do Instituto Invexp e do Jornal O Estado. Periodi-camente, o espaço é reservado a uma causa. Atualmente está disponibilizada ao coletivo multidisciplinar, Movimento Pró- Árvore (proarvore.blogspot.com/p/quem-somos.html).

*Bacharel em direito, historiador e membro do Movimento Pró-Árvore.