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O ESTADO

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Page 1: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

O ESTADO

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Teoria de criação do Estado

NaturalistaAristóteles

O Homem é naturalmente

um animal político

ContratualistaMais aceita

HobbesLocke

RosseauSec. XVIII

MarxistaLuta de classes-

Estado como justificação de domínio

de uma classesobre outra

Page 3: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

Teoria contratualistaCriação de forma artificial

Hobbes – estado de natureza

Homem mauEstado mau

LockeEstado de natureza

Homem livreEstado que garanta

esta liberdade

RosseauEstado de natureza

Homem bomEstado democrático

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Teoria contratualistaDe Hobbes

Estado de naturezaHomem mau e

Perverso – “O homem é

lobo do próprio Homem”

Guerra de todos Contra todos

Obra – O LeviatãJustificava o Absolutismo

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Teoria contratualistaDe Locke

Estado de naturezaHomem livre

Estado - que garantaesta liberdade

Contrario de hobbes,Dizia que o

estado de naturezaNão era violento,

mas que necessitavade alguém para

Dirimir conflitos

Motivo: divisão do Trabalho e da terra

DEFENSOR DO LIBERALISMO

E do estado Liberal

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Teoria contratualistaRosseau

Estado de natureza“O Homem bom, mas a sociedade

o corrompe”

Obra do Contrato Social

Motivo: A propriedade Privada era a raiz

Dos problemas e de toda a miséria

RosseauEstado democrático

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ESTADOESTADO A linha de pensamento mais A linha de pensamento mais

aceita para explicar a aceita para explicar a existência desse tipo de existência desse tipo de organização humana que organização humana que chamamos de Estado foi chamamos de Estado foi iniciada no século XVIII com os iniciada no século XVIII com os teóricos contratualistas teóricos contratualistas (Locke, Rousseau e Hobbes).(Locke, Rousseau e Hobbes).

Page 8: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

Partindo de uma mesma Partindo de uma mesma perspectiva filosófica, mas com perspectiva filosófica, mas com algumas diferenças, esses algumas diferenças, esses pensadores argumentam que o pensadores argumentam que o homem a princípio se homem a princípio se encontraria em um "encontraria em um "estado de estado de natureza"natureza", no qual ele seria , no qual ele seria completamente livre e com o completamente livre e com o dever único de sobreviver. dever único de sobreviver.

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As relações entre as pessoas As relações entre as pessoas seriam regidas então pela "lei seriam regidas então pela "lei do mais forte". Mas como do mais forte". Mas como nenhum homem tem força nenhum homem tem força suficiente para garantir sempre suficiente para garantir sempre o seu bem-estar, ele procura o seu bem-estar, ele procura então estabelecer acordos com então estabelecer acordos com outros homens, que permitam outros homens, que permitam a sua coexistência pacífica. a sua coexistência pacífica.

Page 10: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

Dito de outra forma, a partir Dito de outra forma, a partir de um determinado momento, de um determinado momento, os obstáculos à sobrevivência os obstáculos à sobrevivência no estado de natureza no estado de natureza ultrapassam as possibilidades ultrapassam as possibilidades de cada pessoa, de cada pessoa, obrigando-obrigando-asas a unir-se e agir em a unir-se e agir em conjunto.conjunto.

Page 11: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

Da competição natural passa-se Da competição natural passa-se então para a cooperação, criada então para a cooperação, criada a partir do pacto entre os a partir do pacto entre os homens, ou "Do contrato social", homens, ou "Do contrato social", como apresenta Rousseau no como apresenta Rousseau no título de sua principal obra. título de sua principal obra. Neste contrato, cada homem Neste contrato, cada homem abdicaria de sua autonomia abdicaria de sua autonomia individual em benefício da individual em benefício da estabilidade da vida em comum. estabilidade da vida em comum.

Page 12: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

Sua Sua segurança e suas segurança e suas liberdadesliberdades, que agora , que agora recebem o nome de recebem o nome de direitosdireitos, passam a ser , passam a ser garantidas por uma entidade garantidas por uma entidade única, única, que monopolizará o que monopolizará o uso da força: o Estado. uso da força: o Estado.

Page 13: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

Outro pensador, Outro pensador, Montesquieu, percebeu que Montesquieu, percebeu que para realizar com eficiência para realizar com eficiência as tarefas que lhe cabem as tarefas que lhe cabem segundo o "pacto", o Estado segundo o "pacto", o Estado deve concentrar o poder da deve concentrar o poder da sociedade em que se sociedade em que se encontra. encontra.

Page 14: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

Para tanto ele tem de ser o Para tanto ele tem de ser o único responsável naquele único responsável naquele território por três atividades território por três atividades essenciais: a administração essenciais: a administração dos negócios de interesse dos negócios de interesse coletivo, com os indivíduos coletivo, com os indivíduos e com outros Estados; e com outros Estados;

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Esta classificação feita por Esta classificação feita por Montesquieu dará origem a Montesquieu dará origem a divisão do Estado em três divisão do Estado em três poderes, respectivamente poderes, respectivamente Executivo, Legislativo e Executivo, Legislativo e Judiciário, que hoje é Judiciário, que hoje é adotada em quase todos os adotada em quase todos os países do mundo. países do mundo.

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Mas a forma como o Mas a forma como o Estado e a sociedade se Estado e a sociedade se relacionam variou muito relacionam variou muito ao longo do tempo, o que ao longo do tempo, o que possibilita identificarmos possibilita identificarmos quatro modelos distintos. quatro modelos distintos.

Page 17: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

O primeiro deles é o Estado O primeiro deles é o Estado Moderno Absolutista, Moderno Absolutista, existente na Europa dos existente na Europa dos séculos XV a XVIII. Este é séculos XV a XVIII. Este é caracterizado pelo regime caracterizado pelo regime monárquico, onde o monárquico, onde o imperador concentrava os imperador concentrava os três poderes acima descritos. três poderes acima descritos.

Page 18: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

Assim não havia limites para a Assim não havia limites para a ação do Estado, que chegava ação do Estado, que chegava até onde o imperador desejasse, até onde o imperador desejasse, pois era ele o responsável tanto pois era ele o responsável tanto pela formulação quanto pela pela formulação quanto pela aplicação das leis. É exatamente aplicação das leis. É exatamente pela ausência de limites para pela ausência de limites para sua atuação que é classificado sua atuação que é classificado como absolutista. como absolutista.

Page 19: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

A partir do século XVIII, esta A partir do século XVIII, esta forma de Estado entrou em forma de Estado entrou em choque com homens que viam choque com homens que viam nele uma tendência muito nele uma tendência muito forte a desprezar as liberdades forte a desprezar as liberdades individuais (de ir e vir, de individuais (de ir e vir, de expressão, de pensamento, de expressão, de pensamento, de propriedade), contrariando as propriedade), contrariando as suas finalidades originais. suas finalidades originais.

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Com isso, tentaram Com isso, tentaram colocar limites legais colocar limites legais para a sua intervenção, para a sua intervenção, conferindo seus três conferindo seus três poderes a diferentes poderes a diferentes grupos de pessoas, e grupos de pessoas, e fixando-os sob a forma fixando-os sob a forma de uma Constituição. de uma Constituição.

Page 21: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

A Constituição é o A Constituição é o conjunto de leis que conjunto de leis que rege tanto a conduta rege tanto a conduta dos indivíduos para o dos indivíduos para o Estado quanto do Estado Estado quanto do Estado para os indivíduos.para os indivíduos.

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Esta forma de Estado tinha a Esta forma de Estado tinha a característica de permitir a característica de permitir a participação de pelo menos participação de pelo menos parte da população na escolha parte da população na escolha dos integrantes de dois poderes dos integrantes de dois poderes (Executivo e Legislativo), além (Executivo e Legislativo), além do objetivo expresso de do objetivo expresso de garantir as liberdades garantir as liberdades individuais. Por esses motivos individuais. Por esses motivos pode ser chamado de Estado pode ser chamado de Estado Democrático Liberal.Democrático Liberal.

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Uma Uma terceiraterceira forma de Estado, forma de Estado, que surge no século XIX, o que surge no século XIX, o Estado Social DemocráticoEstado Social Democrático, , regulador e protetor do grupo regulador e protetor do grupo social. Este teve como principal social. Este teve como principal missão regular a relação capital missão regular a relação capital X Trabalho. E a quarta forma de X Trabalho. E a quarta forma de Estado Democrático do Direito. Estado Democrático do Direito.

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Este último, incumbido de Este último, incumbido de realizar as promessas da realizar as promessas da Modernidade, ou seja, a Modernidade, ou seja, a efetivação do Estado do efetivação do Estado do Bem-Estar Social. Bem-Estar Social.

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Sua peculiaridade reside em que Sua peculiaridade reside em que além de garantir as liberdades além de garantir as liberdades individuais e políticas, ele se individuais e políticas, ele se preocupa também em fornecer preocupa também em fornecer as condições básicas para a as condições básicas para a sobrevivência de seus membros, sobrevivência de seus membros, como o atendimento à saúde, a como o atendimento à saúde, a educação e a moradia. educação e a moradia.

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Esta forma de Estado foi Esta forma de Estado foi proporcionada pela proporcionada pela ampliação da cidadania aos ampliação da cidadania aos segmentos mais pobres da segmentos mais pobres da população, que passaram a população, que passaram a cobrar dos governantes cobrar dos governantes medidas para atenuar sua medidas para atenuar sua situação de miseráveis e de situação de miseráveis e de excluídos da vida social.excluídos da vida social.

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ESTADO ABSOLUTISTA(XV XVIII)ESTADO ABSOLUTISTA(XV XVIII)ESTADO LIBERAL ESTADO LIBERAL OU CONSTITUCIONAL (SEC. XVIII)OU CONSTITUCIONAL (SEC. XVIII)ESTADO SOCIAL ESTADO SOCIAL DEMOCRÁTICODEMOCRÁTICOESTADO DE DIREITO (SEC. XX) ESTADO DE DIREITO (SEC. XX)

ESTADO ABSOLUTISTA (XV XVIII)ESTADO ABSOLUTISTA (XV XVIII) Todo poder nas mãos de uma pessoa, não havia Todo poder nas mãos de uma pessoa, não havia

Liberdades e direitos individuaisLiberdades e direitos individuais

ESTADO LIBERAL OU CONSTITUCIONAL (SEC. ESTADO LIBERAL OU CONSTITUCIONAL (SEC. XVIII)XVIII) Direitos de 1a geração - Civis “Liberdade”Direitos de 1a geração - Civis “Liberdade”

ESTADO SOCIAL DEMOCRÁTICO (SEC. XIX) Direitos ESTADO SOCIAL DEMOCRÁTICO (SEC. XIX) Direitos

de 2a Geração Sociais e econômicos - Igualdadede 2a Geração Sociais e econômicos - Igualdade

ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO (SEC. XX) ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO (SEC. XX) Direitos de 3a, 4a e 5a Geração “Fraternidade” –Direitos de 3a, 4a e 5a Geração “Fraternidade” –

ESTADO DO BEM ESTAR.ESTADO DO BEM ESTAR.

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ORGANIZAÇÃO DO ORGANIZAÇÃO DO ESTADOESTADO

A Constituição Federal trata da A Constituição Federal trata da organização do Estado brasileiro a organização do Estado brasileiro a partir do seu artigo 18, onde dispõe partir do seu artigo 18, onde dispõe que “que “a organização político-a organização político-administrativa da República administrativa da República Federativa do Brasil compreende a Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituiçãonos termos desta Constituição.”.”

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Nos quatro parágrafos do artigo Nos quatro parágrafos do artigo supracitado, a Constituição vai supracitado, a Constituição vai dispor sobre os territórios federais, dispor sobre os territórios federais, dizendo que estes integram a dizendo que estes integram a União, e irá tratar também da União, e irá tratar também da incorporação, subdivisão, fusão e incorporação, subdivisão, fusão e desmembramento de Estados e desmembramento de Estados e Municípios.Municípios.

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Essas poucas, mas importantes Essas poucas, mas importantes disposições constitucionais tratam da disposições constitucionais tratam da base da organização do Estado base da organização do Estado brasileiro e o brasileiro e o caputcaput do artigo 18 da CF do artigo 18 da CF revela o tipo de estrutura que os revela o tipo de estrutura que os legisladores constituintes elegeram legisladores constituintes elegeram para o nosso Estado: a Federação.para o nosso Estado: a Federação.

O conceito de EstadoO conceito de EstadoSegundo Celso Ribeiro Bastos, “Segundo Celso Ribeiro Bastos, “Estado Estado

é a organização juridicamente é a organização juridicamente soberana de um povo em um dado soberana de um povo em um dado territórioterritório”.”.

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Tendo à frente essa conceituação Tendo à frente essa conceituação de Estado, verifica-se que existem de Estado, verifica-se que existem diversas formas pelas quais este se diversas formas pelas quais este se organiza e se estrutura. Há três organiza e se estrutura. Há três regimes jurídicos distintos em que o regimes jurídicos distintos em que o Estado pode se configurar e se Estado pode se configurar e se manifestar, resultando em manifestar, resultando em diferentes formas de Estado, formas diferentes formas de Estado, formas de governo e sistemas de governo.de governo e sistemas de governo.

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Formas de EstadoFormas de Estado As As formas de Estadoformas de Estado, que são as , que são as

maneiras pelas quais este se maneiras pelas quais este se estrutura dentro de seu território, estrutura dentro de seu território, com relação a sua descentralização com relação a sua descentralização político-administrativa, ensejariam a político-administrativa, ensejariam a ocorrência de um ocorrência de um Estado UnitárioEstado Unitário ou ou de um de um Estado Composto, Estado Composto, sendo que sendo que neste último gêneroneste último gênero se insere a se insere a espécie denominada de espécie denominada de Estado Estado FederalFederal. .

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Formas de GovernoFormas de Governo Dentro do Estado temos as Dentro do Estado temos as formas de formas de

governogoverno, que dizem respeito ao modo , que dizem respeito ao modo de organização política do Estado, de organização política do Estado, caracterizando, conforme o caso, a caracterizando, conforme o caso, a RepúblicaRepública ou a ou a MonarquiaMonarquia. A . A MonarquiaMonarquia, oriunda do vocábulo , oriunda do vocábulo grego grego monarchiamonarchia, governo de um só, , governo de um só, apresenta como elementos apresenta como elementos caracterizadores a vitaliciedade, a caracterizadores a vitaliciedade, a hereditariedade e a irresponsabilidade hereditariedade e a irresponsabilidade do Chefe de Estado, podendo ser do Chefe de Estado, podendo ser absoluta ou relativa. absoluta ou relativa.

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Na primeira o poder está totalmente Na primeira o poder está totalmente em mãos de um único governante, em mãos de um único governante, enquanto que na segunda há uma enquanto que na segunda há uma limitação do governante em face da limitação do governante em face da existência de um texto existência de um texto constitucional que deve ser por ele constitucional que deve ser por ele obedecido. Esta última é também obedecido. Esta última é também denominada de Monarquia denominada de Monarquia Constitucional e encontra existência, Constitucional e encontra existência, por exemplo, no Japão, na Espanha, por exemplo, no Japão, na Espanha, na Grã-Bretanha, e, ainda, existiu na Grã-Bretanha, e, ainda, existiu em nosso país na época do Brasil-em nosso país na época do Brasil-Império.Império.

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A A RepúblicaRepública, da expressão em latim , da expressão em latim res publicares publica (coisa pública), por usa vez, (coisa pública), por usa vez, representa forma de governo bastante representa forma de governo bastante diferente da Monarquia, uma vez que é diferente da Monarquia, uma vez que é a verdadeira expressão do governo do a verdadeira expressão do governo do povo, pelo povo e para o povo, povo, pelo povo e para o povo, caracterizando-se pela eletividade dos caracterizando-se pela eletividade dos seus governantes, pela temporariedade seus governantes, pela temporariedade de mandatos e responsabilidade do de mandatos e responsabilidade do Chefe de Estado. Temos inúmeros Chefe de Estado. Temos inúmeros exemplos de governos republicanos, exemplos de governos republicanos, tais como o Brasil, os Estados Unidos, a tais como o Brasil, os Estados Unidos, a Alemanha etc.Alemanha etc.

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Sistemas de governoSistemas de governo E, ainda, temos os E, ainda, temos os sistemas de sistemas de

governogoverno, que seriam os regimes , que seriam os regimes estabelecidos para os estabelecidos para os relacionamentos entre os poderes relacionamentos entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, Legislativo, Executivo e Judiciário, podendo ser o sistema podendo ser o sistema presidencialistapresidencialista (exemplo: Brasil) ou o (exemplo: Brasil) ou o parlamentaristaparlamentarista (exemplo: Portugal). (exemplo: Portugal).

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No No presidencialismopresidencialismo os poderes os poderes Executivo e Legislativo são Executivo e Legislativo são independentes. O Presidente da República independentes. O Presidente da República acumula as funções de chefe de Estado e acumula as funções de chefe de Estado e chefe de governo. Ele é eleito pelo povo, chefe de governo. Ele é eleito pelo povo, direta ou indiretamente, por tempo direta ou indiretamente, por tempo determinado, não havendo possibilidade determinado, não havendo possibilidade de destituição pelo Parlamento, a não ser de destituição pelo Parlamento, a não ser em raras situações que possam culminar em raras situações que possam culminar com um processo de impeachment. com um processo de impeachment.

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Já no Já no ParlamentarismoParlamentarismo há uma há uma interdependência entre os interdependência entre os poderes Legislativo e Executivo, poderes Legislativo e Executivo, onde a chefia de Estado é onde a chefia de Estado é exercida pelo Presidente (na exercida pelo Presidente (na República) ou pelo Monarca (na República) ou pelo Monarca (na Monarquia) e a chefia de governo Monarquia) e a chefia de governo é exercida pelo Primeiro Ministro. é exercida pelo Primeiro Ministro.

Page 39: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

Este último não possui mandato por Este último não possui mandato por prazo certo, podendo ser destituído a prazo certo, podendo ser destituído a qualquer tempo quando não mais qualquer tempo quando não mais gozar do apoio do Parlamento ou gozar do apoio do Parlamento ou pela aprovação de moção de pela aprovação de moção de desconfiança. Neste sistema, há desconfiança. Neste sistema, há ainda a possibilidade de dissolução ainda a possibilidade de dissolução do Parlamento pelo chefe de Estado, do Parlamento pelo chefe de Estado, com a convocação de novas eleições.com a convocação de novas eleições.

Page 40: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

O conceito de Estado UnitárioO conceito de Estado Unitário O O Estado UnitárioEstado Unitário é caracterizado é caracterizado

pela centralização do poder, pela pela centralização do poder, pela existência de uma única unidade de existência de uma única unidade de emanação de poder político interno. A emanação de poder político interno. A produção legislativa fica a cargo de produção legislativa fica a cargo de um único poder central, com aplicação um único poder central, com aplicação sobre todo o território nacional. sobre todo o território nacional.

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Não obstante esta concentração de Não obstante esta concentração de poder, em alguns casos ocorre uma poder, em alguns casos ocorre uma descentralização administrativa, sem que descentralização administrativa, sem que isto descaracterize o Estado Unitário, pois isto descaracterize o Estado Unitário, pois esta descentralização depende da esta descentralização depende da iniciativa e aprovação do poder central, iniciativa e aprovação do poder central, que pode modificá-la a qualquer tempo, que pode modificá-la a qualquer tempo, uma vez que as unidades uma vez que as unidades descentralizadas não gozam de descentralizadas não gozam de autonomia política. Este último exemplo autonomia política. Este último exemplo teve existência no Brasil-Império e ainda teve existência no Brasil-Império e ainda existe na Itália, França e Portugal, entre existe na Itália, França e Portugal, entre outros países, e é denominado de Estado outros países, e é denominado de Estado Unitário descentralizado ou regional.Unitário descentralizado ou regional.

Page 42: O ESTADO. Teoria de criação do Estado Naturalista Aristóteles O Homem é naturalmente um animal político Contratualista Mais aceita Hobbes Locke Rosseau

O conceito de Estado FederalO conceito de Estado Federal A A FederaçãoFederação é subespécie do Estado é subespécie do Estado

composto ou complexo, do qual fazem composto ou complexo, do qual fazem parte também a União pessoal (união parte também a União pessoal (união de dois ou mais Estados sob o governo de dois ou mais Estados sob o governo de um único monarca), a União Real de um único monarca), a União Real (união de dois ou mais Estados sob a (união de dois ou mais Estados sob a regência do mesmo monarca, mas regência do mesmo monarca, mas cada reino mantendo a sua cada reino mantendo a sua organização interna) e a Confederação organização interna) e a Confederação (união de Estados soberanos, que (união de Estados soberanos, que conservam sua soberania, para conservam sua soberania, para consecução de fins comuns).consecução de fins comuns).

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Na Federação há a união de dois Na Federação há a união de dois ou mais Estados que formam um ou mais Estados que formam um novo ser estatal, onde este é novo ser estatal, onde este é soberano e aqueles possuem soberano e aqueles possuem somente autonomia política. somente autonomia política.

Soberania e autonomiaSoberania e autonomia Distinção entre soberania e Distinção entre soberania e

autonomia: Um Estado soberano é autonomia: Um Estado soberano é aquele cujo poder não está aquele cujo poder não está limitado pelo Direito. limitado pelo Direito.

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A soberania de um Estado A soberania de um Estado lhe coloca em posição de lhe coloca em posição de igualdade com outros igualdade com outros Estados no cenário Estados no cenário internacional, e, ao internacional, e, ao mesmo tempo, em mesmo tempo, em posição de superioridade posição de superioridade dentro do seu limite dentro do seu limite territorial com relação ao territorial com relação ao demais poderes internos. demais poderes internos.

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A autonomia, por seu turno, é aquele A autonomia, por seu turno, é aquele conjunto de competências atribuídas conjunto de competências atribuídas a uma pessoa, que pode exercê-las a uma pessoa, que pode exercê-las dentro de certos limites. Uma unidade dentro de certos limites. Uma unidade autônoma não é soberana, porque ela autônoma não é soberana, porque ela é limitada pelo Direito. Ela exerce os é limitada pelo Direito. Ela exerce os seus poderes dentro de uma moldura seus poderes dentro de uma moldura cujos limites são definidos pela cujos limites são definidos pela Constituição de um Estado.Constituição de um Estado.

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Traços comuns das Traços comuns das federaçõesfederações Embora cada Federação, atualmente, tenha Embora cada Federação, atualmente, tenha

as suas próprias características, todas elas, as suas próprias características, todas elas, para que assim sejam classificadas, possuem para que assim sejam classificadas, possuem alguns traços comuns, sem os quais o Estado alguns traços comuns, sem os quais o Estado se afastaria do conceito básico de se afastaria do conceito básico de Federação. Luiz Alberto David Araújo Federação. Luiz Alberto David Araújo organizou, em excelente trabalho doutrinárioorganizou, em excelente trabalho doutrinário[4], esses característicos do Estado federal, , esses característicos do Estado federal, procurando demonstrar todos os elementos procurando demonstrar todos os elementos que deve integrar o conceito genérico de que deve integrar o conceito genérico de Federação. Estas características comuns, Federação. Estas características comuns, portanto, podem assim ser elencadas: portanto, podem assim ser elencadas:

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(1) a existência de pelo menos duas ordens (1) a existência de pelo menos duas ordens jurídicas distintas, a central e a periférica; (2) jurídicas distintas, a central e a periférica; (2) autonomia das unidades federadas, revelada pela autonomia das unidades federadas, revelada pela repartição constitucional de competências; repartição constitucional de competências;

(3) rigidez da Constituição Federal; (3) rigidez da Constituição Federal; (4) indissolubilidade do pacto federativo;(4) indissolubilidade do pacto federativo; (5) possibilidade de manifestação de vontade das (5) possibilidade de manifestação de vontade das

unidades parciais, de maneira isonômica, por unidades parciais, de maneira isonômica, por meio de representantes no Senado Federal; meio de representantes no Senado Federal;

(6) a existência de um órgão guardião da (6) a existência de um órgão guardião da Constituição; Constituição;

(7) possibilidade de intervenção federal nos (7) possibilidade de intervenção federal nos Estados para a manutenção do pacto federativo.Estados para a manutenção do pacto federativo.