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COLÉGIO ESTADUAL SÃO CRISTÓVÃO- EFM PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR O ENSINO DE HISTÓRIA APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Em decorrência das várias modificações realizadas com a disciplina de História, desde as aulas expositivas que visavam tão somente à repetição e memorização até a implantação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, muito se têm discutido à cerca da problemática da qual a disciplina esta inserida. Respaldadas pela Diretriz Curricular que apresenta um novo paradigma através da busca à reflexão sobre os aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico. Por isso, a mesma apresentou uma análise do ensino de História da década de 70 até os dias atuais, tendo como enfoque as permanências, mudanças e rupturas ocorridas no ensino desta ciência. Com o intuito, de que seja superado o positivismo tão presente no ensino da História por longos anos, propõe-se uma revalorização do que antes não era utilizado,que era descartado por não servir adequadamente ao modelo da época. Exemplo disso, são a racionalidade histórica sempre orientada numa única linearidade dos fatos, assim como o uso restrito de documentos como única fonte e verdade histórica, bem como o predomínio da ideologia do branqueamento. Todavia, para que de fato ocorram estas mudanças, deve-se sobretudo, utilizar os mais diferentes métodos, correntes e concepções históricas, além de utilizar uma metodologia histórico crítica onde se busca e se valoriza o conhecimento, tendo como ponto de partida o que o educando sabe, o que vivenciou e o que vivencia. De modo que, esta disciplina, a partir das Diretrizes Curriculares, deve procurar identificar relações sociais de seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região e no país, ou seja, fazendo uma interligação entre micro e macro História, possibilitando o questionamento da realidade na qual o estudante está inserido, promovendo o exercício da participação e da cidadania. Com relevante articulação entre a teoria e a prática, possibilitando o desenvolvimento do pensamento crítico, acerca dos acontecimentos

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Page 1: O ENSINO DE HISTÓRIA - cscsaocristovao.seed.pr.gov.br · - As Primeiras civilizações na América. (Olmecas, Mochicas, ... Maias, Incas e Astecas, Ameríndios da América do norte)

COLÉGIO ESTADUAL SÃO CRISTÓVÃO- EFM

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

O ENSINO DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Em decorrência das várias modificações realizadas com a disciplina de História,

desde as aulas expositivas que visavam tão somente à repetição e memorização até a

implantação dos Parâmetros Curriculares Nacionais, muito se têm discutido à cerca da

problemática da qual a disciplina esta inserida.

Respaldadas pela Diretriz Curricular que apresenta um novo paradigma através da

busca à reflexão sobre os aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais e das

relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico. Por isso, a

mesma apresentou uma análise do ensino de História da década de 70 até os dias

atuais, tendo como enfoque as permanências, mudanças e rupturas ocorridas no ensino

desta ciência. Com o intuito, de que seja superado o positivismo tão presente no ensino

da História por longos anos, propõe-se uma revalorização do que antes não era

utilizado,que era descartado por não servir adequadamente ao modelo da época.

Exemplo disso, são a racionalidade histórica sempre orientada numa única linearidade

dos fatos, assim como o uso restrito de documentos como única fonte e verdade histórica,

bem como o predomínio da ideologia do branqueamento.

Todavia, para que de fato ocorram estas mudanças, deve-se sobretudo, utilizar os

mais diferentes métodos, correntes e concepções históricas, além de utilizar uma

metodologia histórico crítica onde se busca e se valoriza o conhecimento, tendo como

ponto de partida o que o educando sabe, o que vivenciou e o que vivencia.

De modo que, esta disciplina, a partir das Diretrizes Curriculares, deve procurar

identificar relações sociais de seu próprio grupo de convívio, na localidade, na região e no

país, ou seja, fazendo uma interligação entre micro e macro História, possibilitando o

questionamento da realidade na qual o estudante está inserido, promovendo o exercício

da participação e da cidadania. Com relevante articulação entre a teoria e a prática,

possibilitando o desenvolvimento do pensamento crítico, acerca dos acontecimentos

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históricos, criando situações que promovam um trabalho reflexivo, aos estudantes para

que estes percebam que a História é o resultado das ações dos povos, classes e grupos

no decorrer dos tempos.

A formação do pensamento histórico do estudante se concretizará quando os

agentes do processo pedagógico agirem como investigadores, apropriando-se dos

conteúdos históricos mas buscando outras ideias, como intencionalidade, motivos,

sociedade, cultura, entre outros que propiciaram determinado acontecimento. Isso poderá

ocorrer através da relação com os múltiplos sujeitos e suas respectivas visões de mundo

e temporalidades em diversos contextos espaços temporais por meio de narrativas

históricas. Estas, por sua vez, são o ponto de partida dentro da disciplina.

A consciência histórica, é construída a partir das relações sociais, em qualquer

período e local do processo histórico. Por isso deve-se associar as experiências históricas

dos sujeitos com a própria consciência histórica, para que estes possam interpretar sua

experiência da mudança temporal. Por isso, aprender História a partir desta nova

perspectiva é articular o passado, com o que se vive e se interpreta do presente para

chegar à construir projetos para o futuro.

Assim, as narrativas históricas propiciam um meio de apresentação do

conhecimento e se refere à comunicação entre os mais variados sujeitos. Já que narrar

consiste em compreender o papel do outro no tempo. O educando precisa aprender a

dialogar com as ideias das narrativas, interpretando-as.

Ainda, deve buscar se analisar as implicações das opções teórico-metodológicas

para o ensino da História na formação dos sujeitos. Isso pode ser observado nas

diferentes abordagens curriculares que historicamente marcam o ensino desta disciplina,

além de apontar indicativos para o tipo de consciência histórica que se pretende

diagnosticar nos sujeitos.

Os objetivos propostos por esta disciplina são: entender que a produção da História

não resulta do desenvolvimento de um método que esgote o que há para saber sobre os

objetos do passado, mas assim de sucessivas perguntas que as diferentes gerações

fazem. Com novos métodos de pesquisa e novas concepções teóricas, tornando o saber

passível de novas interpretações entre as cidades; formar cidadãos dotados da visão

crítica da realidade e de espírito participativo; diferenciar as linguagens presentes em

fontes documentais variadas; diferenciar interpretações variadas sobre um mesmo

assunto/ tema de estudo; entender os princípios conceituais e/ ou organizadores da

disciplina, associando-os e aplicando-os a problemas que se propõe a resolver; relacionar

informações, conhecimentos e conceitos para elaborar conclusões; valorizar as

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diversidades culturais, étnicas, sociais etc, assumindo uma postura de oposição a todas e

quaisquer práticas sociais que incitem preconceitos e/ ou discriminações (religiosa, étnica,

política, ideológica, de gênero etc).

Portanto, a importância desta disciplina vai além de despertar reflexões no

estudante a cerca de aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais. A História é o elo

que liga o individuo a sua sociedade. É a disciplina que promove e forma a consciência de

cada um, e tem a possibilidade de fazer cada qual transformar e atuar dentro do meio em

que se vive.

Para compreender, analisar e refletir sobre os acontecimentos do processo

histórico, será considerado as contribuições específicas das diferentes correntes

historiográficas e a prática da metodologia histórico- crítica.

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e

às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída

pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas

por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio- históricas, ou seja, são as

formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar e de se relacionar social, cultural e

politicamente.

A produção ou desenvolvimento do conhecimento historiográfico objetiva a

formação do pensamento histórico, possibilitando o aprimoramento da consciência

histórica para a produção de narrativas históricas.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Relações de trabalho

- Relações de poder

- Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS - ENSINO FUNDAMENTAL

5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série

- A experiência

humana no tempo.

- Os sujeitos e suas

relações com o outro

no tempo.

- As culturas locais e a

cultura comum.

- As relações de

propriedade.

- A constituição

histórica do mundo do

campo e da cidade.

-As relações entre

campo e cidade.

- Conflitos e

resistências e

produção cultural

campo/cidade.

- História da relações

da humanidade com o

trabalho.

- O trabalho e a vida

em sociedade e as

contradições da

modernidade.

- Os trabalhadores e

as conquistas de

direito.

- A Constituição das

Instituições Sociais.

- A Formação do Estado.

-Sujeitos, Guerras e

Revoluções.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - ENSINO FUNDAMENTAL

5ª Série 6ª Série 7ª Série 8ª Série

Os diferentes sujeitos,

suas culturas, suas

histórias

- O historiador e a

produção do

conhecimento histórico;

- Tempo,

temporalidade;

- Fontes, documentos;

- Patrimônio material e

A formação da

Europa Feudal;

Germânicos; Francos;

Feudalismo.

- O mundo Além da

Europa: Arábia;

Nascimento do

Islamismo. África:

Reinos de Gana,

Mali, Aksum.

O mundo do trabalho e

os movimentos de

resistência.

- A Inglaterra

absolutista e as treze

colônias (O

absolutismo e as

revoluções inglesas. A

colonização da

América do Norte).

- A Era do Imperialismo:

(Segunda revolução

Industrial, As novas

tecnologias, a era dos

impérios, o surgimento da

sociedade de massas, da

cultura erudita à cultura de

massa).

- A República chega ao

Brasil: (a questão escravista

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imaterial;

- Pesquisa;

- Arqueologia no Brasil;

- Povos indígenas no

Brasil e no Paraná;

- Humanidade e a

História (De onde

viemos, quem somos,

como sabemos?)

- Surgimento,

desenvolvimento da

humanidade e grandes

migrações (Teorias do

surgimento do homem

na América, mitos e

lendas da origem do

homem, desconstrução

do conceito de Pré-

história, povos agrafos,

memórias e história

oral).

- As Primeiras

civilizações na América.

(Olmecas, Mochicas,

Tiwanacus, Maias,

Incas e Astecas,

Ameríndios da América

do norte).

- As primeiras

civilizações na África,

Europa e Ásia. (Egito,

Núbia, gana e Mali;

Hebreus, gregos e

romanos).

- A chegada dos

europeus na América.

- Formação da

sociedade brasileira e

americana.

- Sociedades Ibéricas e

Africanas (Songai,

Benin, Ifé, Monomotapa

- Mudanças na

Europa:

transformação no

Feudalismo;

Cruzadas; A

formação dos

Estados Europeus

Modernos; Peste

Negra.

- Mudanças na Arte e

Religião:

Renascimento,

Reforma Protestante

e Contra Reforma.

- O encontro de dois

mundos: Nascimento

das Monarquias

Nacionais; A

expansão marítima

portuguesa e

espanhola. América :

Terra de Grandes

Civilizações (Astecas,

Incas e Maia).

- Espanhóis e

Ingleses na América:

Conquista Espanhola;

Atividades

econômicas na

Colônia; Colonização

Inglesa na América;

Franceses e

Holandeses na

América do Norte.

- Império Ultramarino

Português:

Conquistas

portuguesas;

colonização e

administração da

América Portuguesa.

- Nordeste colonial: a

- A construção da

Nação Brasileira (a

descoberta de ouro,

Portugal e o ouro

brasileiro, o

crescimento do

mercado interno, a

vida cotidiana nas

cidades mineiras.

- Revolução Industrial

e relações de trabalho

(XIX e XX); (Ludismo,

Socialismo,

Anarquismo).

- Emancipação política

do Paraná (1853);

(Economia,

Organização social,

manifestações

culturais; organização

política-administrativo;

migrações: internas

(escravizados, libertos

e homens livres

pobres) e externas

(europeus, os povos

indígenas e a política

de terras).a de

Napoleão e a

independência.

- Revoluções na

América e na Europa. (

Independência dos

EUA, Revolução

Francesa, a Reação

Termidoriana).

- A Era de Napoleão e

a independência da

América espanhola

(Império Napoleônico,

As guerras pela

independência do

no Brasil imperial, a

proclamação da República:

dos militares às oligarquias,

a guerra de canudos, a

industrialização e o

crescimento das cidades, o

movimento operário na

primeira República, reformas

e revoltas na capital).

- A primeira Guerra Mundial

e a Revolução Russa:

( Antes da guerra, a guerra e

os seus resultados, a Rússia

dos czares, a revolução

socialista na Rússia, a arte e

a cultura na Europa dos

anos 1920.

- A crise do capitalismo e a

Segunda Guerra Mundial: (A

crise de 1929 e o New Deal,

regimes autoritários tomam

conta da Europa, o nazismo

alemão, antecedentes da

Segunda Guerra Mundial, a

eclosão da guerra, o avanço

do eixo e dos aliados.

- A era Vargas: (Revolução

de 30 e o governo

provisório, governo

constitucional, Estado Novo,

Educação e propaganda,

era do rádio.)

- O Mundo Bipolar : (A

guerra fria, industria cultural

e esportes, o Estado de

bem- estar social, a

descolonização da África,

Revoluções na Ásia, a

questão judaico-palestina,

revolução e ditadura na

América Latina.)

-Democracia e Ditadura: (O

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e Congo)

- Contexto da diáspora

Africana.

- Povos Indígenas no

Brasil e no Paraná

(Kaingang, Guarani,

Xetá e Kokleng).

- Sujeitos da história

(aluno): identificação

civil, fontes históricas,

localidade, formas de

pensar, diversões,

vestuário, tecnologia,

monumentos, líderes,

organizações.

- HISTÓRIA LOCAL:

DENOMINAÇÃO,

ORIGEM,

LOCALIZAÇÃO

POVOAMENTO,

PIONEIROS,

EMANCIPAÇÃO

POLÍTICA,

INSTITUIÇÕES E

PODERES,

PRODUÇÃO

ECONÔMICA,

EDUCAÇÃO,

MEMÓRIA E

MANIFESTAÇÕES

CULTURAIS.

- TECNOLOGIA

/INTERNET

- VIOLÊNCIA

economia açucareira;

a ocupação

holandesa no

Nordeste; a vida nos

engenhos; escravidão

e resistência; trocas e

conflitos; nem só de

açúcar vivia a colônia.

-A expansão colonial :

união ibérica;

conquista do sertão;

missões jesuíticas;

crises e rebeliões.

- Visualização dos

sujeitos segregados

negros e indígenas.

- Sexualidade.

Brasil e o primeiro

reinado ( pacto

colonial, crise do

sistema colonial,

independência do

Brasil, primeiro

reinado).

- Revoluções na

Europa (unificação da

Itália e Alemanha,

Estados Unidos e a

guerra de secessão,

transformação e

mudanças sociais) .

- Brasil: da regência ao

segundo reinado

(período regencial, a

expansão cafeeira no

Brasil, abolição do

tráfico negreiro, os

imigrantes no Brasil).

- Questão da terra.

- Drogadição.

Brasil de 1945, os “anos

dourados”, o governo João

Goulart e o golpe de 1964, o

fim das liberdades

democráticas, repressão e

abertura, a

redemocratização e o

governo Sarney.)

- A nova ordem mundial: (o

fim da União Soviética, o fim

do socialismo no Leste

Europeu, a nova ordem

mundial, a globalização e

seus efeitos, o planeta pede

socorro, o Brasil na nova

ordem mundial, um balanço

no Brasil Contemporâneo.)

- Questões ambientais.

- Consumo e mídia.

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CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

1º Ano 2º Ano 3º Ano-Urbanização e Industrialização.

-Trabalho escravo, servil,

assalariado e o trabalho livre.

- O Estado e as relações de

poder.

-Cultura e religiosidade.

-Os sujeitos as Revoltas e as

Guerras.

-Movimentos sociais, políticos e

culturais, as guerras e as revoluções.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS - ENSINO MÉDIO

1º Ano 2º Ano 3º Ano

A produção do conhecimento

histórico. A força do

conhecimento e da criatividade.

- Urbanização no mundo antigo:

Mesopotâmia, China, Índia,

Fenícia, Pérsia.

- Direito e Democracia: O mundo

grego e o mundo Romano.

- Diversidade religiosa: O mundo

Árabe; Reinos Africanos; Império

Bizantino; Feudalismo.

- O renascimento comercial e

urbano. Reforma e contra

reforma. A inquisição;

- A transição do feudalismo para

o capitalismo. Expansão

mercantil européia;

- A crise de servidão. Cidade e

comércio. As monarquias

feudais. O estado moderno e

absolutismo. O estado e a

expansão mercantil;

- Diversidade cultural: conquista

e colonização da América.

- O sistema colonial. Relação de

trabalho;

Trabalho: Tráfico negreiro,

escravidão, engenhos,

invasões Holandesas,

bandeiras. A luta pela

construção de identidade no

Brasil.

- O iluminismo. O liberalismo

econômico. Revolução

Francesa, Império

Napoleônico. Independência

das colônias americanas.

- A Revolução Industrial. Os

trabalhadores do século XIX

na Europa. Transição do

trabalho escravo para

trabalho livre, na América, no

Brasil. Formas de resistência

no mundo do trabalho.

- O ouro das Minas Gerais.

Conflitos na Colônia

Portuguesa. Revoltas

Emancipacionistas.

Transferência da Corte

Portuguesa. Independência

do Brasil. Primeiro Reinado.

- Divisão social do trabalho.

A nova ordem mundial. Mundo em

transformação: I Guerra, Revolução

Russa, Brasil no início do século XX.

- A crise de 1929 – Mundial e

Brasileira.

- A emergência dos estados

totalitários e as democracias

ocidentais. A Segunda Guerra

Mundial e a Polarização.

- O governo de Getúlio Vargas.

- A reconstrução da Europa, a ONU e

a Guerra fria. Brasil, da

redemocratização as reformas de

base. O Brasil da ditadura militar. As

emergências do terceiro mundo;

- Violência: Lutas sociais nos países

desenvolvidos. Revolução: Chinesa,

Cubana e Nicaraguense. O Brasil

contemporâneo na ordem

internacional a ameaça nuclear e o

movimento antiarmamentista;

- Movimentos sociais nos campos e

nas cidades. As reformas de base. O

Brasil da ditadura militar. Movimentos

sociais no campo e nas cidades;

- Ética. O mundo atual. Contradições

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- Sistema Colonial: América

inglesa. América espanhola.

América portuguesa;

- Cultura afro brasileira: História

local; produção de narrativas.

A formação da classe

operária e o mundo do

trabalho. A divisão

internacional do trabalho.

- O triunfo do capitalismo

liberal. O imperialismo. O

capitalismo na América.

- A partilha da América –

África – Ásia e Oceania

pelas potencias europeias o

capitalismo. A ideia do

progresso e a superioridade

europeia. As transformações

do capitalismo nos Estados

Unidos. A intervenção norte-

americana na América. O

capitalismo brasileiro.

- Imperialismo e o

Neocolonialismo.

- Segundo Reinado: Fim da

Escravidão, Proclamação da

República.

do mundo contemporâneo.

Tecnologia. Conflitos;

- O Brasil emergente;

- História do Paraná. (Economia,

organização social, manifestações

culturais, migrações internas e

externas.)

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A ciência História tem por objetivo possibilitar o desenvolvimento do senso crítico,

rompendo-se com a valorização do saber enciclopédico, socializando a produção da

ciência histórica, através das formas de como este se produz, para a formação de um

homem político capaz de compreender a estrutura do mundo da produção onde ele se

insere e nela interferir. Sendo assim, será considerado diferentes correntes

historiográficas e suas contribuições especificas no desenvolvimento dos conteúdos, bem

como, será observado a metodologia histórico-crítica.

Todavia, para que esse processo possa ocorrer, será utilizado para os anos finais

do ensino fundamental uma inter relação dos conteúdos temáticos com a realidade local,

sendo do meio em que o educando está inserido, como a cidade, o estado, o país para

uma ligação comparativa com os acontecimentos da história mundial. Objetiva-se dessa

forma, capacitar o educando para uma reflexão à cerca do próprio tempo histórico ao qual

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o mesmo vive, possibilitando uma leitura contextualizada e apropriando-o deste

conhecimento adquirido.

No entanto, isso somente será alcançado quando se considera o estudante e

professor como sujeito e produto de seu próprio conhecimento. Isto é, o conhecimento

não é dado pronto e acabado, mas uma constante re-elaboração e construção, que se dá

a partir de necessidades e problemas colocados pelo cotidiano. Para isso, deverá ser

utilizado a pesquisa escolar, o estudo com as narrativas históricas dos mais diferentes

sujeitos, desde aqueles considerados oficiais como aqueles que podem estar

“escondidos” da história oficial, o estudo das mais variadas fontes, desde os livros até a

música. Essas fontes deverão ser exploradas para propiciar novas abordagens sobre o

conteúdo estudado.

Para interpretação, análise e compreensão do processo histórico poderá ser

observado no desenvolvimento dos conteúdos, as contribuições de diferentes correntes

historiográficas e prática da metodologia histórico- crítica.

Para operacionalização cotidiana das aulas de História considerar-se-à a

problematização dos conteúdos, consulta a diferentes fontes, contextualização dos

acontecimentos históricos, observando o significado das diferentes temporalidades e a

busca de conceitos através da prática interdisciplinar, quando este encaminhamento se

fizer necessário.

Para instrumentalizar os estudantes na compreensão do processo histórico serão

utilizados diferentes recursos didáticos-pedagógicos tais como: leitura e análise de textos,

interpretação e releitura de imagens, desenhos, ilustrações e fotografias, exibição de

documentários e fragmentos fílmicos, produção/elaboração de textos, resolução de

atividades e exercícios, confecção de cartazes, murais e painéis, realização de trabalhos

de pesquisa individuais e de grupo, realização de seminários, produção de charges,

paródias e versos rimados, encenação dos acontecimentos históricos, confecção e

interpretação de mapas históricos, análise de gráficos e dados estatísticos, desenho e

ilustração de fatos históricos, organização de histórias em quadrinhos, entre outros.

No contexto do desenvolvimento dos conteúdos históricos serão oportunizados,

projetos, reflexões, sensibilização, convencimento, implementação e atividades para a

visualização dos sujeitos históricos africanos, negros, afro-brasileiros (Lei 10.639/03) e

comunidades tradicionais indígenas (Lei 11.645/08), como personalidades historicamente

discriminados no projeto de formação e organização da nação brasileira e suas

contribuições próprias para a história e cultura do país. Será oportunizado, também, o

conhecimento das especificidades políticas, econômicas, históricas e socioculturais do

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Estado do Paraná (Lei 13.381/01), bem como, sua importância no cenário regional e

nacional.

No desenvolvimento das aulas serão escolarizados os desafios contemporâneos

(Sexualidade, Violência, Questões Ambientais, Drogadição, Consumo, Mídia,

Tecnologia/Internet, Questões da Terra, entre outros) objetivando análise, reflexão,

orientação para superação dos mesmos na comunidade em que o estabelecimento está

inserido.

O livro didático continuará sendo utilizado, entretanto, o enfoque deverá priorizar

novas ações como a identificação e a relação das imagens e ilustração, mapas e gráficos,

a contextualização do período com a apropriação das relações de causalidade e

significação das palavras que aparecem no texto e suas ideias principais e secundárias.

Já em relação a tecnologia aliada aos recursos didáticos- pedagógicos, devemos

nos apropriar literalmente desta, pois há uma infinidade de possibilidades. A TV

multimídia, por exemplo, permite a contextualização de todos os conteúdos e está

acessível a todos os educadores, o equipamento está disponível em todas as salas de

aulas, facilitando o trabalho do próprio educador. E é ali, que os estudantes podem viajar

no espaço e na dimensão histórica da sua sociedade. Também será utilizado o laboratório

de informática como espaço de pesquisa e produção do conhecimento.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação deve estar articulados com os conteúdos estruturantes: as

relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais. A avaliação será

diagnóstica, contínua e cumulativa.

A avaliação será assumida como um instrumento de compreensão do estágio de

aprendizagem em que se encontra o estudante, por isso tanto o professor quanto os

estudantes podem rever as práticas desenvolvidas a fim de identificar as lacunas no

processo de ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem a recuperação das dificuldades constatadas.

A recuperação será ofertada paralelamente para os estudantes. Para avaliação

como para a recuperação de estudos/ contéudos utilizar-se-á dos seguintes instrumentos

e práticas pedagógicas:

Observação e participação dos estudantes nas atividades propostas.

Relatórios de viagens, filmes, aulas.

Elaboração de maquetes.

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Músicas e paródias.

Seminários.

Leitura, interpretação e produção de textos históricos.

Leitura e interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de

mapas históricos, pesquisas bibliográficas, entre outros.

Provas escritas.

Exposição oral e/ou escrita do conhecimento adquirido.

Trabalhos.

Pesquisas.

Envolvimento nos projetos específicos da disciplina.

Atividades no caderno.

Tarefas, entre outros.

Para desenvolver a consciência histórica do estudante espera-se que o mesmo

articule as seguintes capacidades:

• Compreenda a experiência humana no tempo.

• Identifique os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.

• Analise as culturas locais e a cultura comum.

• Reconheça as relações de propriedade.

• Caracteriza a Constituição histórica do mundo do campo e da cidade.

• Compare as relações entre campo e cidade.

• Identifique os conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.

• Entenda a história das relações da humanidade com o trabalho.

• Estabeleça a relação entre o trabalho e a vida em sociedade e as contradições da

modernidade.

• Evidencie as conquistas de direito dos trabalhadores.

• Compreenda a Constituição das Instituições Sociais.

• Analise a formação do Estado.

• Entenda as relações entre sujeitos, guerras e revoluções.

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BIBLIOGRAFIA

BARCA, I. O Pensamento Histórico Dos Jovens: Idéias dos adolescentes acerca da

provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000.

BITTENCOURT, M. C. Ensino De História: Fundamentos E Métodos. São Paulo: Cortez,

2004.

BURKE, P. (ORG.) A escrita da História: Novas Perspectivas. São Paulo: Unesp,1992.

FREYRE, G. Casa grande e senzala. 47 ed. Editora Global, 2003.

HISTÓRIA VIVA: Temas Brasileiros: Presença negra. São Paulo: Duetto, nº 9, 2006.

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