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O ensino de eletricidade no ensino médio por meio de um conjunto
experimental com suporte audiovisual.
Produzido por: Prof. Ma. Niuara Heck Orientador: Prof. Dr. Elvis Lira da Silva
UFMT - 2017
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Sumário
1 – Considerações Iniciais ................................................................................................... 4
2 – Componentes e conceitos físicos .................................................................................. 6
3 – Produto educacional .................................................................................................... 11
4 – Considerações finais ................................................................................................... 13
5 – Referências bibliográficas ............................................................................................ 14
APÊNDICES ...................................................................................................................... 16
Apêndice A: Questionário prévio ....................................................................................... 17
Apêndice B: Questionário pós aplicação do produto ......................................................... 20
Apêndice C: Roteiro para aluno da pratica de circuitos em série ...................................... 23
Apêndice D: Roteiro para aluno da pratica de circuitos em paralelo ................................. 24
Apêndice E: Roteiro para professores da pratica de circuitos em série ............................ 25
Apêndice F: Roteiro para professores da pratica de circuitos em paralelo ........................ 26
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APRESENTAÇÃO Caro Professor de Física, A presente orientação tem como objetivo fundamental apresentar o produto “O
ensino de eletricidade no ensino médio por meio de um conjunto experimental com suporte
audiovisual”. Sabemos que é necessário buscar alternativas para que o ensino de Física
torne-se mais atrativo e interessante para os alunos, o que contribui para motivação e
aquisição dos conhecimentos científicos. Para tanto, é necessário inserir recursos
didáticos que favoreçam aos alunos visualizar os fenômenos físicos e correlaciona-los aos
conhecimentos já existentes em sua estrutura cognitiva.
Partindo dessa situação problema, disponibilizamos essa proposta direcionada
especificamente aos estudantes do 3º ano do Ensino Médio. Essa proposta é constituída por
um conjunto experimental para o ensino de circuitos elétricos em série e em paralelo. Este
conjunto possui como base videoaulas produzidas sobre associação de resistores em série
e em paralelo, com conceitos básicos e experimentos sobre o assunto.
Devemos destacar que os experimentos foram realizados anteriormente aos
debates, que precisam ter o professor como mediador. A metodologia adotada foi desta
forma pois o produto foi desenvolvido tendo um dos referenciais teóricos Bruner [Bruner,
1973], que prioriza a descoberta para o ser humano. Em função disso, ao manusearem os
experimentos, os alunos vão perceber na prática o que é visto em suas residências, em
alguns equipamentos. Portanto, acreditamos, que essa descoberta, por meio do
experimento, leva a uma aprendizagem mais expressiva e significativa [Moreira, 1999].
A análise dos dados seguiu metodologia de caráter qualitativo e participante. A
análise qualitativa foi realizada através das respostas dadas pelos estudantes, e
participante, pois a autora possuía um envolvimento e identificação com os alunos
participantes e expressou, de forma explicita, sua opinião sobre o processo ensino-
aprendizagem, sendo um dos sujeitos do processo.
Para tanto, esperamos que o produto educacional seja favorável nas práticas
pedagógicas dos professores de ensino de Física e é de suma importância deixar claro que
está proposta é ajustável. O professor pode, e na maioria das vezes deve, de forma concreta,
adaptar a proposta à realidade de sua escola, considerando a diversidade cultural em que
vivemos.
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1 – Considerações Iniciais
O objetivo central deste trabalho foi criar um produto educacional experimental
sobre circuitos elétricos, mais especificamente, sobre associação de resistores em série
e paralelo, produzindo vídeos educativos sobre tais temas. O intuito do produto foi tornar
as aulas de física, sobre tal tópico, mais interessantes, rompendo com a estrutura
clássica e fazendo com que os alunos se tornassem agentes de sua aprendizagem.
Assim sendo, optamos por trabalhar métodos de ensino que fossem ao encontro
da teoria de Jerome Seymour Bruner, de Marco Antonio Moreira e David Paul Ausubel.
Bruner foi um teórico do ensino que não é enquadrado nem como
comportamentalista, nem como cognitivista. A teoria de Bruner (1969) pode ser
enquadrada entre estas duas, pois defende o estímulo, mas respeita o tempo de cada
sujeito.
Evidenciamos as contribuições de Bruner para a psicologia do desenvolvimento e
a psicologia educacional, sobretudo, por ter um fascínio em como as crianças aprendem.
Alegando que o “objetivo de ensinar não é transmitir conhecimentos, mas sim ensinar
aos alunos a pensar e resolver problemas por si mesmos” (Sargiani, 2016).
Para Bruner, a aprendizagem deve ser um processo de descoberta, para que seja
expressiva para o sujeito. Essa aprendizagem deve proporcionar alternativas para que o
aluno faça experiências, obtendo assim uma sensação de responsabilidade por sua
aprendizagem. A descoberta para o ser humano é muito importante, especialmente para
os jovens, que quando são instigados a resolverem um problema para obterem uma dada
recompensa, buscam o êxito com muito entusiasmo e obstinação. Em se tratando da atual
juventude, que possui estímulos de muitas fontes, o mais difícil é despertá-la o interesse,
pois o que é atrativo hoje, pode não ser mais amanhã. O Interesse por um dado
conhecimento parece estar numa gangorra, na qual, se hoje dado conteúdo é interessante
e importante, amanhã, poderá não ser mais de interesse.
Desse modo, o método de ensino deve proporcionar alternativas para que os
estudantes façam experiências, obtendo assim uma sensação de responsabilidade por sua
aprendizagem. “Segundo Oliveira (1973, p.134), o fato de o aluno descobrir por si mesmo
é, para Bruner, o núcleo do processo instrucional e o evento mais importante” (MOREIRA,
1999, p. 91). Trabalhar com experimentos proporciona que os alunos sejam, de fato, o
núcleo do processo, pois todo o desenrolar da aula ocorrerá levando-se em conta o que
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os estudantes observaram e apontaram.
David Paul Ausubel e Marco Antonio Moreira tratam de forma similar a
aprendizagem. Partindo de pressupostos teóricos que tem como base o conhecimento prévio
do sujeito para alcançar uma aprendizagem significativa. Assim, pode-se observar que o
mais importante para construção do conhecimento, de acordo com esses teóricos, são as
ideias pré-existentes no sujeito aprendiz. Essas ideias pré-existentes devem ser
aprimoradas, reconstruídas e relacionadas com novas ideias.
Para David Ausubel, quanto mais sabemos, mais aprendemos.
Para Bulgraen, (2010, p. 31):
O professor deve se colocar como ponte entre o estudante e o conhecimento para que, dessa forma, o aluno aprenda a “pensar” e a questionar por si mesmo e não mais receba passivamente as informações como se fosse um depósito do educador.
Assim, o professor como mediador propõe situações favoráveis ao aprendizado,
tendo como ponto de partida os conhecimentos prévios do aluno. O professor pode fazer uso
de materiais introdutórios, que não são necessariamente o material a ser aprendido, para
organizar os conhecimentos prévios dos alunos de maneira a facilitar a aprendizagem a partir
de tais conhecimentos. Em contrapartida ao professor, destacamos o papel do aluno, que
deve ter disponibilidade para a aquisição do conhecimento e para conseguir fazer relações
do que está aprendendo com o conhecimento adquirido anteriormente. Ausubel utiliza o
termo "subsunçor" para designar esse o conhecimento, que determina o ponto cognitivo do
aluno. O subsunçor tem o papel de dar sentido ao novo conhecimento.
Assim como para Bruner, para Moreira (2005, p.13) o aluno não deve ser um receptor
passivo, e sim o ator principal de sua aprendizagem, sendo primordial relacionarmos o
conteúdo a ser aprendido com seu dia-a-dia, para que, assim, o conteúdo tenha significado
para o mesmo. Por exemplo, o conhecimento prévio dos alunos quanto ao funcionamento
de diversos aparelhos elétricos como lâmpadas, televisões, geladeira entre outros, deve ser
o fator inicial para entenderem porque todos funcionam ao mesmo tempo sem que ocorra
diminuição na capacidade dos aparelhos.
Nessa perspectiva, entendemos que o manuseio de experimentos por parte dos
alunos, fazendo com que estes descubram o que está ocorrendo em um dado sistema,
à partir de uma videoaula, oportunizará aos alunos relacionar a teoria com os
resultados obtidos no experimento, bem como, fazer a relação do que ocorre no
experimento com os conhecimentos prévios, tornando a aprendizagem mais prazerosa
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e interessante.
As videoaulas foram produzidas no Instituto de Física da Universidade Federal de
Mato Grosso (UFMT). O que demandou cuidado em vários aspectos, como na
elaboração de roteiros para as filmagens, cenário apropriado, vestimentas,
posicionamentos de câmeras, entre outros.
A partir das videoaulas, construiu-se o planejamento das aulas e os roteiros para
realização dos experimentos. Após essa etapa o produto foi aplicado em sala com os
alunos.
2 – Componentes e conceitos físicos
Ao caminho percorrido pelo elétron em um percurso é dado o nome de circuito
elétrico. Como em uma prova de corrida (por exemplo, em uma prova automobilística como
a da Fórmula 1) o circuito elétrico possui uma trajetória onde o ponto de partida e o ponto
de chegada coincidem. A este tipo de circuito é dado o nome de circuitos elétricos
fechados, onde a corrente é transmitida aos diversos pontos do circuito através de um fio
condutor.
Os circuitos elétricos são formados por componentes que assumem funções
especificas no circuito: resistir a corrente elétrica, acumular carga elétrica, interromper a
passagem de corrente, etc. Sendo estes fundamentais para o funcionamento de um
aparelho elétrico como, por exemplo, geladeiras, liquidificadores, carros, computadores,
tablet, celulares.
Como dispositivos de um circuito temos o gerador, como uma bateria ou pilha; o
condutor de energia, que conecte o gerador aos outros componentes do circuito, como um
fio de cobre revestido; um interruptor, como uma chave para ligar e desligar o circuito
elétrico; e o resistor, elemento que utiliza a energia do gerador para produzir algo, como
por exemplo uma lâmpada, um Diodo Emissor de Luz (LED), um liquidificador, etc.
Portanto, um circuito elétrico é formado, de uma maneira geral, por resistores,
capacitores, interruptores, condutores e geradores.
Previamente, abordaremos a tensão elétrica, conceito muito importante para
entendermos o que ocorre em um circuito elétrico. Tensão elétrica é a denominação da
quantidade de energia implicada no movimento de uma carga elétrica entre dois pontos
no espaço. Sendo tensão elétrica e campo elétrico duas maneiras diferentes de retratar
um fenômeno físico equivalente.
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O gerador elétrico é um dispositivo que mantém uma tensão elétrica entre dois
pontos de um circuito. O objetivo do gerador é fornecer energia elétrica para um dado
circuito. Em geral, as cargas elétricas fluem no circuito do polo que chamamos de positivo
para o polo negativo (sentido convencional da corrente) (SILVA et al. (2010)). O gerador
pode ser uma bateria ou pilha comum. Esses mecanismos funcionam como um separador
de cargas. Tanto a pilha como a bateria possuem terminais metálicos. Através desses
polos, onde as cargas se acumulam, é produzida uma tensão, que varia de gerador para
gerador. Em geral, comercialmente, o valor da tensão de cada gerador vem impresso no
corpo do mecanismo, o que permite identificar facilmente o valor da tensão e utilizá-los de
forma segura e adequada, sem riscos para os outros componentes do circuito (GREF,
2007).
A tensão pode ser chamada, também, de diferença de potencial (ddp) ou voltagem,
e, como dito acima, é responsável pelo movimento das cargas elétricas. De acordo com
Bonjorno et al (1993), a diferença de potencial entre os pontos A e B é indicada por VA –
VB e representada pela letra U.
𝑈 = 𝑉𝐴 − 𝑉𝐵.
Os condutores são segmentos flexíveis, alongados, cilíndricos, formados por metal,
geralmente cobre ou alumínio, pois estes são metais com excelentes características
condutoras de eletricidade, e encapados com plástico ou borracha isolante para que a
corrente elétrica não seja conduzida para quem o manusear. Os fios condutores são
utilizados para conduzir a energia elétrica fornecida pelo gerador até o aparelho que
utilizará essa energia. A espessura do fio varia de acordo com a corrente elétrica que este
terá que suportar.
Outro componente de um circuito são os resistores, esses são dispositivos que
podem ser utilizados para transformar energia elétrica em energia térmica, como por
exemplo no aquecimento da água nos chuveiros elétricos, ou dissipar a eletricidade.
Os resistores são caracterizados por uma grandeza física, que chamamos de
resistência elétrica, que mede o grau de oposição, oferecida pelas partículas que os
constituem, à passagem da corrente elétrica. (BONJORNO et al, 1993, p. 407).
De acordo com Gaspar (2000, p. 116):
Pode-se supor que o condutor percorrido por corrente elétrica de menor intensidade oferece maior dificuldade ou resistência ao movimento dos portadores de carga elétrica, enquanto aqueles percorridos por correntes elétricas de maior intensidade oferecem menor resistência.
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A unidade de medida de resistência elétrica no Sistema Internacional de Medidas é
Ohm (Ω), em homenagem a Georg Simon Ohm, que definiu conceitualmente a resistência
elétrica e formulou o que chamamos de primeira Lei de Ohm. A primeira lei de Ohm diz
que a razão entre a diferença de potencial e a corrente elétrica em um condutor é igual a
resistência elétrica desse condutor
Assim, temos:
𝑅 =𝑈
𝑖
Os capacitores são constituídos por duas placas ou dois eletrodos, separados por
material isolante, e tem o objetivo de armazenar cargas elétricas.
Os LED (do inglês, Light Emissor Diode), são elementos eletrônicos
semicondutores. De acordo com o dicionário Aurélio: um semicondutor (eletricidade) é um
corpo não metálico que conduz imperfeitamente a eletricidade. O LED é constituído por
um ânodo (terminal maior) e um cátodo (terminal menor), sendo, assim, considerado um
componente bipolar. A corrente elétrica entra no LED pelo ânodo, na sua passagem entre
os componentes que constituem o LED, a energia elétrica é transformada em energia
luminosa (luz), e sai do LED pelo catodo. A transformação de energia elétrica em luz é
chamada de eletroluminescência.
Os circuitos podem ser simples, onde há apenas um equipamento inserido no
circuito elétrico, ou compostos, onde há mais de um equipamento no circuito. Em circuitos
compostos os equipamentos podem estar ligados ao circuito de duas formas: em série e
em paralelo. Nos circuitos elétricos em série (Figura 1), a corrente elétrica percorrerá um
único caminho no circuito, ou seja, a mesma corrente passa por todos os componentes do
circuito.
Figura 1: Circuito elétrico em série com uma bateria e três LEDs, a corrente que passa
pelos três LEDs é a mesma.
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Fonte:Dreaminc, (2012)
A corrente elétrica está submetida, portanto, a uma resistência elétrica resultante
determinada pela resistência de cada componente, de modo que a resistência total do
circuito é a soma de todas as resistências do circuito. A corrente que percorre o circuito
pode ser escrita como:
𝑖 = 𝑖1 = 𝑖2 = 𝑖3 = ⋯ = 𝑖𝑛
Numericamente, e de acordo com a lei de Ohm, temos que a corrente elétrica é
igual a voltagem fornecida pela fonte, dividida pela resistência total do circuito. A mesma
lei se aplica individualmente a cada dispositivo do circuito. De acordo com Hewitt (2007,
p. 401), a diferença de potencial que cada componente está submetido é proporcional à
resistência. Isso segue do fato de que mais energia é necessária para movimentar uma
unidade de carga através de uma grande resistência do que através de uma pequena
resistência.
Quanto a voltagem total divide-se entre os dispositivos elétricos individuais, de modo
que a soma das voltagens individuais de cada um deles é igual a voltagem total. Hewitt
(2007, p. 401) diz, que a quantidade total de energia usada para mover cada unidade de
carga pelo circuito inteiro é igual à soma das energias usadas para mover aquela unidade
de carga através de cada dispositivo do circuito.
Assim temos:
𝑈 = 𝑈1 + 𝑈2 + 𝑈3 +⋯+ 𝑈𝑛
Aplicando a Lei de Ohm, podemos mostrar que a resistência do resistor equivalente é a soma
de todas as resistências do circuito, da seguinte forma:
𝑅𝑒𝑞 = 𝑅1 + 𝑅2 + 𝑅3 +⋯+ 𝑅𝑛
Já os circuitos elétricos em paralelo possuem vários caminhos e a corrente elétrica
se divide entre esses caminhos.
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Figura 2: Circuito elétrico em paralelo com uma bateria e três LEDs, a corrente se divide
entre os três LEDs.
Fonte:Dreaminc, (2012)
De acordo com a lei de Ohm, a corrente elétrica é inversamente proporcional à
resistência do sistema, sendo esta lei aplicada a cada um dos caminhos. Nesse sistema a
corrente total do sistema é a soma das correntes que percorrem todos os caminhos. No
circuito em paralelo vale, portanto, a seguinte expressão:
𝑖 = 𝑖1 + 𝑖2 + 𝑖3 +⋯+ 𝑖𝑛
A diferença de potencial elétrico é constante em todos os ramos do circuito paralelo.
𝑈 = 𝑈1 = 𝑈2 = 𝑈3 = ⋯ = 𝑈𝑛
Já a resistência equivalente do circuito diminui à medida que se aumenta os
caminhos possíveis para a corrente, e aumenta quando se diminui o número de caminhos.
A expressão que nos permite calcular a resistência equivalente é dada por:
𝑅𝑒𝑞 =1
𝑅1+
1
𝑅2+
1
𝑅3+⋯+
1
𝑅𝑛
No caso em que não há uma resistência para dissipar a energia proveniente de uma
corrente elétrica, podemos ter um curto circuito no sistema, pois ocorre um grande
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aquecimento instantâneo que pode danificar a fonte de tensão.
Além dos circuitos descritos acima podemos ainda ter circuitos com ligações em
paralelo e em série, estes circuitos são chamados de circuitos elétricos mistos. A corrente
elétrica se comportará dependendo da ligação em cada ponto, pois poderá em alguns
momentos ser dividida e em outras seguirá sem divisão.
Na construção civil, em casas residenciais, os circuitos elétricos utilizados são
geralmente em paralelo, para garantir uma tensão igual em cada caminho do circuito;
exemplo tomadas e lâmpadas.
De uma maneira mais geral, os circuitos elétricos são caminhos em que circulam
uma corrente elétrica e que permitem o uso da energia em equipamentos elétricos tipo
lâmpada, eletrodomésticos e vários outros dispositivos.
3 – Produto educacional
O produto educacional desenvolvido neste trabalho é constituído por um
conjunto experimental para o ensino de circuitos elétricos em série e em paralelo. Este
conjunto possui como apoio videoaulas que foram produzidas sobre associação de
resistores em série e em paralelo, com conceitos básicos e com os experimentos sobre
o assunto.
Além de materiais para realização dos experimentos como placa de madeira,
pregos, martelo, régua, lápis, fios, pilhas e LEDs (Figura 3), o produto disponibiliza roteiros,
que servem para auxiliar o trabalho experimental.
Os roteiros apresentam a relação de materiais, como utilizá-los e sugestões de
melhor aplicação deste experimento. Foram desenvolvidos dois tipos de roteiros, sendo
um para alunos (apêndice C e D), no qual se encontra o passo a passo de como realizar
os experimentos, e outro para professores (apêndice E e F), contendo sugestões de como
explorar cada experimento durante as aulas,, auxiliando no planejamento da aula. Os
roteiros foram elaborados individualmente para cada um dos experimentos.
Na prática, durante as aulas, os alunos deverão receber um conjunto experimental
contendo os materiais que usarão durante a aula, tais como: placa de madeira, pregos e
martelo (uso coletivo - para construção da placa de montagem, a qual será utilizada nos
experimentos), 50 cm de fio cabo bicolor paralelo de 1,5 mm, 4 pilhas grandes de 1,5V e
3 LEDs de cores diversas.
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Figura 3: Conjunto experimental composto de placa de montagem, 4 pilhas, 50 cm de fio de
1,5 mm e 3 LEDs
Fonte: (Heck, 2016).
Inicialmente, planejar a aula utilizando o roteiro, de forma a levantar conteúdos e
conceitos prévios como corrente elétrica, tensão, circuitos, carga elétrica, entre outros, a
serem trabalhados.
Para iniciar o propósito da aula, que é estudar circuitos em série e em paralelo,
cada aluno receberá uma placa de madeira que, com o auxílio de régua, lápis, pregos e
martelo, construirão uma placa de montagem. Para isso, utilizarão régua e lápis para
quadricular a placa de madeira, e, após isso, fixarão os pregos nos vértices dos
quadrados formados, com o auxílio do martelo.
Em seguida, deverá ser entregue aos alunos o roteiro experimental e, caso o professor da
disciplina opte, apresentar o vídeo do experimento (disponibilizado nos endereços: Circuito
em série: https://drive.google.com/file/d/1XYktxCyOI8Gk5y-
jAquLLQb5x2ZkkwEc/view?usp=sharing Circuito em paralelo:
https://drive.google.com/file/d/1UKEp4mDqe_sWyd8B4CCV1kSxULGq0OOv/view?usp=sha
ring). Em seguida, deve-se estipular um tempo para que os alunos possam realizar os
experimentos. Após executarem os experimentos, iniciar um debate, tendo como ênfase o
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que virão no vídeo e na execução do experimento, instigando os alunos a relacionarem a
aula aos elementos do dia a dia (com as tecnologias que utilizam no dia a dia). Do mesmo
modo, as dúvidas devem ser esclarecidas, estando o professor como mediador do debate e
para desenvolver, junto aos alunos, a modelagem matemática dos experimentos.
Como forma de avaliação dos alunos pode-se aplicar questionários avaliativos
anteriormente (apêndice A) à apresentação da videoaula, dos experimentos e do debate,
e outro após todas as aulas (apêndice B).
4 – Considerações finais
O professor além de planejar suas aulas, precisa estar atento ao desempenho do
seu aluno, bem como, o por quê este, muitas vezes, não apresentam um bom rendimento.
De acordo com Souza (2013), aulas com práticas em experimentos despertam em
geral um grande interesse nos alunos, além de propiciar uma situação de investigação,
representa uma excelente ferramenta para que o aluno concretize o conteúdo e possa
estabelecer relação entre a teoria e a prática. Assim, de acordo com Cassaro (2012), o uso
de experimentos em sala de aula auxilia no desenvolvimento da compreensão de
conceitos. Segundo Cassaro (2012, apud Carvalho (1999)) o experimento "é uma forma
de levar o aluno a ser participante de seu processo de aprendizagem, passar da postura
passiva para uma postura ativa onde este começa a perceber e a agir sobre o seu objeto
de estudo".
O produto proposto revelou uma necessidade de se planejar mais aulas utilizando-
se ferramentas experimentais, pois foi nítida a interação professor e aluno e o êxito da
proposta. Os alunos participaram com suas observações e dúvidas sem receio de expor
seus pontos de vista, e o professor serviu de esclarecedor nas dúvidas e mediador do
processo de aprendizagem.
O professor da área de ciências da natureza (química, física e biologia),
constantemente é questionado por parte dos alunos “por que devo aprender isso ou
aquilo”, isso ocorre, na maioria das vezes, porque o aluno não consegue entender onde
certos fenômenos estão presente em sua vida e muito menos se visualizar como parte do
seu próprio aprendizado.
Assim, este trabalho contribui com a posição defendida que o processo de
descoberta realmente corrobora para uma aprendizagem significativa para o educando. E
com experimentos simples podemos conseguir um desempenho mais favorável do
educando, bem como despertar o interesse pela disciplina de física e fazer parte do próprio
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aprendizado. Produto como este, permitem, também, uma educação mais inclusiva.
5 – Referências bibliográficas
BONJORNO, Regina Azenha Física fundamental: 2º Grau: volume único – São Paulo: FTD, 1993. BRUNER, Jerome Seymour. Uma nova teoria da aprendizagem. 2. ed. Rio de Janeiro: Bloch, 1969. BULGRAEN, V. C. O PAPEL DO PROFESSOR E SUA MEDIAÇÃO NOS PROCESSOS DE ELABORAÇÃO DO CONHECIMENTO, Revista Conteudo, v. 01, n. 4 ago./dez, p.30-38, 2010. Disponivel em: <http://www.moodle.cpscetec.com.br/capacitacaopos/mstech/pdf/d3/aula04/FOP_d03_a04_t07b.pdf> Acesso em: jan. 2018.
CASSARO, R. Atividades experimentais no Ensino de física. – Ji-Paraná/RO: UNIR, 2012
FELTRINI, M. G; GAUCHE, R. Ensino de ciências a estudantes surdos: pressupostos e desafios. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 6, 2007, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro 2007. p. 1 - 11. Disponível em: <http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/vienpec/CR2/p386.pdf>. Acesso em: mai. 2017.
GASPAR, Alberto. Física: Eletromagnetismo, Física Moderna. São Paulo: Ática, 2000. Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. Física 3: Eletromagnetismo / GREF – 5. Ed. 4. reimpr. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2007. HEWITT, P. G. Física Conceitual. – 9. ed. reimpr. – Porto Alegre: Editora Bookman, 2007. http://www.dreaminc.com.br/sala_de_aula/entendendo-conexoes-em-serie-paralela-ou- mista/> Acesso em Agosto de 2017. http://www.museulight.com.br/Popup/Imprimir.aspx?id=41&tp=Biblioteca>. Acesso em Agosto de 2017. LOPES, R. R. S. Conceitos de eletricidade e suas aplicações tecnológicas: Uma unidade de ensino potencialmente significativa. Vitoria: UFES, 2014.
LÜDKE, M. e ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: Abordagens qualitativas – São Paulo: EPU, 2001.
MARQUES, R. Pedagogia de Jerome Bruner – Campo Grande/MS: UFMS, 2006
MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem significativa crítica. Porto Alegre: Instituto de Física da UFRGS, 2005 MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
[Silva 2010] J. Silva e J. Souza, O ensino de Física em Botucatu, Revista Botucatuense de Ensino de Física, v. 97, n. 4, p. 1103-1125, 20100.
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SOUZA, A. C. A experimentação no ensino de ciências: importância das aulas práticas no processo de ensino aprendizagem. – Medianeira: UTFPR, 2013.
SARGIANI, R. Jerome Bruner <http://www.psicologiaexplica.com.br/jerome-bruner/ >. Acesso em Agosto de 2017.
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Apêndice C: Roteiro para aluno da pratica de circuitos em série
Nº de aulas: 1 Tempo de uma aula: 60 minutos Tema: Circuitos elétricos Subtema: Circuito em série Justificativa do tema: Os circuitos elétricos simples constituem-se em associação de resistores, fonte, fios de conexão e chaves. As associações de resistores podem estar em série, paralelo ou misto. Objetivos Gerais:
• Identificar os tipos de circuitos. • Calcular resistência, tensão e corrente. • Montar circuitos em série.
Materiais utilizados: • 50 cm de Fio flexível de 1,5 mm; • 2 Led de 5 mm/3V/20mA/15000MCD; • Fita isolante; • 4 Pilha A; • Placa de montagem
Como fazer: • Corte o fio em quatro partes; • Remova o revestimento nas duas extremidades dos pedaços de fio; • Conecte uma extremidade do fio em um led e a outra em outros, até que
todos estejam conectados como em um colar; (ver figura) • As duas pontas de fio que sobraram deverão ser conectadas uma em
cada extremidade da pilha e uma delas deve ser fixada com fita isolante. • Seu circuito em serie está pronto.
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Apêndice D: Roteiro para aluno da pratica de circuitos em paralelo
Nº de aulas: 1 Tempo de uma aula: 60 minutos Tema: Circuitos elétricos Subtema: Circuito em paralelo Justificativa do tema: Os circuitos elétricos simples constituem-se em associação de resistores, fonte, fios de conexão e chaves. As associações de resistores podem estar em série, paralelo ou misto. Objetivos Gerais:
• Identificar os tipos de circuitos. • Calcular resistência, tensão e corrente. • Montar circuitos em paralelo.
Materiais utilizados: • 50 cm de Fio flexível de 1,5 mm; • 3 Led de 5 mm/3V/20mA/15000MCD; • Fita isolante; • 4 Pilha A; • Placa de montagem
Como fazer: • Corte o fio em três partes iguais; • Pegue uma das partes e corte em quatro partes iguais; • Remova o revestimento nas duas extremidades dos pedaços de fio; • Conecte uma extremidade de cada fio menor em um led, • Remova o revestimento em dois locais diferentes dos pedaços de fio
maior; • Conecte a extremidade dos fios menos nos locais onde foram removidos
o revestimento e isole com fita isolante; • Conecte uma extremidade de cada fio maior no led que sobrou, • As duas pontas de fio que sobraram deverão ser conectadas uma em
cada extremidade da pilha e uma delas deve ser fixada com fita isolante. • Seu circuito em paralelo está pronto.
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Apêndice E: Roteiro para professores da pratica de circuitos em série
Nº de aulas: 1 Tempo de uma aula: 60 minutos Tema: Circuitos elétricos Subtema: Circuito em série Justificativa do tema: Os circuitos elétricos simples constituem-se em associação de resistores, fonte, fios de conexão e chaves. As associações de resistores podem estar em série, paralelo ou misto. Objetivos Gerais:
• Identificar os tipos de circuitos. • Calcular resistência, tensão e corrente. • Montar circuitos em série.
Materiais utilizados: • Data show • Vídeos • Caixa de som • Quadro negro e/ou quadro branco • Giz e/ou canetão • 50 cm de Fio flexível de 1,5mm; • 2 Led de 5mm/3V/20mA/15000MCD; • Fita isolante; • 4 Pilha A; • Placa de montagem
Metodologia
• Introduzir a aula com o tema • Passar o vídeo (disponibilizado nos endereços:
https://drive.google.com/file/d/1XYktxCyOI8Gk5y-jAquLLQb5x2ZkkwEc/view?usp=sharing)
• Estipular um tempo de 10 a 20 minutos para realização do experimento • Iniciar a explanação por meio de pergunta como: O que vocês observaram no
experimento? Onde vocês encontram no dia a dia esse tipo de ligação? Entre outras.
• Explicar a parte matemática do circuito em série.
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Apêndice F: Roteiro para professores da pratica de circuitos em paralelo
Nº de aulas: 1 Tempo de uma aula: 60 minutos Tema: Circuitos elétricos Subtema: Circuito em paralelo Justificativa do tema: Os circuitos elétricos simples constituem-se em associação de resistores, fonte, fios de conexão e chaves. As associações de resistores podem estar em série, paralelo ou misto. Objetivos Gerais:
• Identificar os tipos de circuitos. • Calcular resistência, tensão e corrente. • Montar circuitos em paralelo.
Materiais utilizados: • Data show • Vídeos • Caixa de som • Quadro negro e/ou quadro branco • Giz e/ou canetão • 50 cm de Fio flexível de 1,5mm; • 3 Led de 5mm/3V/20mA/15000MCD; • Fita isolante; • 4 Pilha A; • Placa de montagem
Metodologia
• Introduzir a aula com o tema, relembrando da aula anterior. • Passar o vídeo (disponibilizado nos endereços:
https://drive.google.com/file/d/1UKEp4mDqe_sWyd8B4CCV1kSxULGq0OOv/view?usp=sharing)
• Estipular um tempo de 10 a 20 minutos para realização do experimento • Iniciar a explanação por meio de pergunta como: O que vocês observaram no
experimento? Onde vocês encontram no dia a dia esse tipo de ligação? Qual as relações e diferenças com o circuito em serie visto anteriormente? Entre outras.
• Explicar a parte matemática do circuito em paralelo e fazer comparações com o circuito em série.