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ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO CALVIN TOSTA MAZZONI CAMPOS O EMPREGO DO CAVALO NO EXÉRCITO COMO MEIO DE PROJEÇÃO DO EXÉRCITO ATRAVÉS DO DESPORTO EQUESTRE Rio de Janeiro 2017

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ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO

CALVIN TOSTA MAZZONI CAMPOS

O EMPREGO DO CAVALO NO EXÉRCITO COMO MEIO DE PROJEÇÃO DO EXÉRCITO ATRAVÉS DO DESPORTO

EQUESTRE

Rio de Janeiro 2017

CALVIN TOSTA MAZZONI CAMPOS

O EMPREGO DO CAVALO NO EXÉRCITO COMO MEIO DE PROJEÇÃO DO EXÉRCITO ATRAVÉS DO DESPORTO EQUESTRE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Equitação do Exército como requisito parcial para a obtenção do Grau Especialização em Instrutor de Equitação.

Orientador: Major de Cavalaria Claudio Adão de Jesus

Rio de Janeiro 2017

CALVIN TOSTA MAZZONI CAMPOS

O EMPREGO DO CAVALO NO EXÉRCITO COMO MEIO DE PROJEÇÃO DO

EXÉRCITO ATRAVÉS DO DESPORTO EQUESTRE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Equitação do Exército requisito parcial para a obtenção do Grau de Especialização em Instrutor de Equitação.

Aprovado em: _____/_____/_______

COMISSÃO DE AVALIAÇÃO

____________________________________ Maj Cav Meira

Presidente

________________________________ Cap Cav Ribeiro

1º Membro

_____________________________________ Ten Cav Contieri

2º Membro

À minha namorada por me dar apoio em todas as horas, a minha família meu pai e minha mãe em especial aos meus avos, uma homenagem pelo confiança em mim depositada nos momentos de maior incerteza.

AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador meus sinceros agradecimentos pela orientação firme e

objetiva na realização deste trabalho.

Aos meus pais Clever Mazzoni Campos e Tania Mara Tosta Campos, pelo

amor com que me conceberam e educaram, minha eterna gratidão.

A minha Namorada Carolina Andrade pela compreensão, apoio e

companheirismo nos momentos em que este trabalho foi priorizado, e pelas palavras

de incentivo a cada tropeço de minha jornada.

A todos aqueles que direta ou indiretamente colaboraram para este projeto

fosse concluído.

“Não deem dinheiro aos seus filhos.

Se puderem, deem-lhes cavalos" (Sir Winston Churchill)

O EMPREGO DO CAVALO NO EXÉRCITO COMO MEIO DE PROJEÇÃO DO EXÉRCITO ATRAVÉS DO DESPORTO EQUESTRE

Resumo: Estudos apontam que os botai (povo que ocupava a região do

Cazaquistão) foram os primeiros a domesticar os cavalos. Foram encontrados uma

série de objetos entre mandíbulas dos animais que foram danificadas pelo uso de

freios ou bridões, e potes de cerâmica, onde era acondicionado o leite de éguas

levando a crer que já eram domados, uma vez que o animal selvagem não se deixa

ordenhar. Trabalhado inicialmente para locomoção, seu uso foi transformado

conforme se transformavam também as necessidades humanas, sendo primordial

para o trabalho do homem, exploração de novos territórios e ações militares. Já

presente nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, nesse mesmo período, o historiador,

filósofo e militar grego Xenofonte escreveu seu tratado sobre equitação, no qual

ensinava que o cavalo devia ser tratado com carinho e respeito. O imperador grego

Teodósio, em 393 d.C., proibiu os jogos, sob o argumento que estes eram

manifestações de rituais pagãos.

Nos séculos XV e XVI, as atividades foram revistas com intenções militares,

logo após sendo retomado o hipismo como esporte, por meio da criação de escolas

especializadas como Cadre Noir, na França, e a Escola Espanhola de Equitação, na

Áustria e a nossa Escola de Equitação do Exército no Brasil posteriormente.

O presente trabalho terá como objetivo apresentar ao leitor o emprego do

cavalo no exército como meio de projeção do exército através do desporto equestre.

Mencionar no trabalho quando se iniciou o emprego do cavalo no exército,

citar as primeiras competições hípicas feitas no brasil e as primeiras realizadas pelo

exército.

Abordar sobre a participação do brasil com cavaleiros nos jogos mundiais

militares ocorridos no brasil e dos jogos do Pan e as Olimpíadas ocorridas no Rio, e

como isso está diretamente ligado a propagação do desporto equestre e o emprego

do cavalo no EB.

O cavalo também desenvolve nos militares conceitos e atributos atitudinais

que são de muita relevância nas escolas onde se forma os militares e em colégios

militares onde existem uma grande quantidade de alunos que por meio do desporto

equestre se identificam com a área, sendo assim será apresentado no trabalho toda

a importância do desporto equestre na justificativa de manter e fomentar o cavalo

dentro da instituição.

ABSTRACT

Studies indicate that the Botai (people who occupied the region of

Kazakhstan) were the first to tame the horses. A series of objects were found

between the jaws of the animals that were damaged by the use of brakes or bridles,

and pots of pottery, where the milk of mares was conditioned to believe that they

were already tamed, since the wild animal is not allowed to milk. Initially used for

locomotion, its use was transformed as human needs became transformed, being

primordial for the work of the man, exploration of new territories and military actions.

Already present at the Olympic Games of Antiquity, in this same period, the Greek

historian, philosopher and military Xenophon wrote his treatise on riding, in which he

taught that the horse should be treated with affection and respect. The Greek

emperor Theodosius, in 393 AD prohibited games, on the grounds that these were

manifestations of pagan rituals.

In the fifteenth and sixteenth centuries, activities were reviewed with military

intentions, soon after resuming equestrianism as a sport, through the creation of

specialized schools such as Cadre Noir in France and the Spanish Riding School in

Austria and our School of Army Riding in Brazil later.

The present work will aim to present to the reader the use of the horse in the

army as a means of projecting the army through equestrian sport.

Mention at work when the horse was first used in the army, to mention the first

equestrian competitions made in Brazil and the first ones carried out by the army.

To discuss the participation of Brazil in the world military games held in Brazil and in

the Pan and Olympic games held in Rio, and how this is directly related to the spread

of equestrian sport and the use of the horse in EB.

The horse also develops in the military concepts and attitudinal attributes

that are of great relevance in the schools where the military is formed and in military

colleges where there are a large number of students that through equestrian sport

identify with the area and will be presented in the work all the importance of

equestrian sport in the justification of maintaining and fostering the horse inside the

institution.

LISTA DE ABREVIATURAS

AMAN Academia Militar das Agulhas Negras EB Exército Brasileiro OM Organização Militar PLADIS CM

Plano de Disciplina Colégio Militar

FEI Federação Equestre Internacional

CBH Confederação Brasileira de Hipismo

CCE Concurso Completo de Equitação

PSI Puro Sangue Inglês

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 12

1.1 Problema..................................................................................................... 12

1.2 Objetivo....................................................................................................... 13

1.3 Questões de estudo.................................................................................... 13

1.4 Justificativa.................................................................................................. 14

2 METODOLOGIA......................................................................................... 15

2.1 Objeto Formal de Estudo............................................................................ 15

2.2 Delineamento de Pesquisa......................................................................... 15

2.3 Revisão de Literatura.................................................................................. 15

2.3.1 Procedimento para a revisão de literatura.................................................. 16

2.3.2 Instrumentos............................................................................................... 16

3 O EMPREGO DO CAVALO....................................................................... 16

3.1 Como o cavalo é empregado...................................................................... 17

3.2 Quais as formas que é

empregado.............................................................. 17

3.3 Unidades em que o cavalo é

empregado.................................................... 17

3.4 Emprego do Cavalo em Colégios Militares................................................. 18

4 DESPORTOS EQUESTRES.......................................................................

18

4.1 Breve históricos sobre desportos

equestres................................................ 18

4.2 Surgimento das competições hipicas no Brasil........................................... 20

4.3 Competições hipicas em dias

atuais............................................................ 20

4.4 Competições hipicas dentro do Exército..................................................... 21

4.5 Participação do exército em desportos equestres

Olímpicos...................... 23

4.6 Jogos Pan

Americanos................................................................................ 23

4.7 Jogos Mundiais Militares............................................................................. 25

4.8 Jogos Olímpicos.......................................................................................... 26

5 BENEFICIOS DO DESPORTO EQUESTRE PARA OS MILITARES.........

27

5.1 Desenvolvimento dos atributos da área afetiva dos

Militares...................... 27

5.2 Desenvolvimento da capacidade fisica dos

Militares................................... 30

6 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

................................................... 31

7 CONCLUSÕES........................................................................................... 31

REFERÊNCIAS..........................................................................................

13

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Tabela de medalhas dos 5°Jogos Mundiais Militares......................... 25

Figura 2 - Arena de hipismo do Complexo de Deodoro........................................ 26

14

1 INTRODUÇÃO

Nos estudos biológicos, o cavalo existe há cerca de 55 milhões de anos e tem no

Eohippus um de seus mais antigos ancestrais. A cerca de três milhões de anos, a espécie

Equus já apresentava cascos e teve a capacidade de se espalhar por diferentes partes do

mundo. Sendo assim alguns milhares de anos, homem e cavalo se encontrariam para a

realização de várias tarefas que envolveriam a agricultura, o transporte, a guerra e até

mesmo o esporte.

O presente trabalho terá como objetivo apresentar ao leitor o emprego do cavalo no

exército como meio de projeção do exército através do desporto equestre.

Mencionar no trabalho quando se iniciou o emprego do cavalo no exército, citar as

primeiras competições hípicas feitas no brasil e as primeiras realizadas pelo exército.

Refutar assim o cerne do trabalho que é a importância do cavalo juntamente com a

propagação da parte de desporto dentro da força.

O cavalo também desenvolve conceitos e atributos atitudinais que são de muita

relevância nas escolas onde se forma os militares e em colégios militares onde existem

uma grande quantidade de alunos que por meio do desporto equestre se identificam com

a área, sendo assim será apresentado no trabalho toda a importância do desporto

equestre na justificativa de manter e fomentar o cavalo dentro da instituição e formar

novos e jovens cavaleiros.

Pincelar sobre a participação do brasil com cavaleiros nos jogos mundiais

militares ocorridos no brasil e dos jogos do Pan e as Olimpíadas ocorridas no Rio, e como

isso está diretamente ligado a propagação do desporto equestre e o emprego do cavalo

no EB.

Vamos abordar que o cavalo também desenvolve nos militares conceitos e

atributos da área afetiva e a capacidade física, algo de extrema importância para o militar,

sendo assim será apresentado no trabalho toda a importância do desporto equestre na

justificativa de manter e fomentar o cavalo dentro da instituição.

1.1 Problema

Para a realização de um estudo coerente e capaz de trazer contribuições úteis ao

exército, calcado na metodologia científica, faz-se necessária a definição do problema

15

para o qual serão apresentadas soluções de viável aplicação pelas organizações

militares.

Especificamente, problematizado como incrementar e expandir o uso do cavalo como

meio de projetar o exército por meio das diversas modalidades desportivas equestres.

Explanar realmente qual é a grande importância do Cavalo para o Exército,

colocando todos os benefícios que o animal trás para a força, e relevando ainda mais que

uma das vertentes da propagação é por meio do desporto equestre.

1.2 Objetivo

Neste trabalho serão abordados meios de projeção do Exército na sociedade como

instrumento de difusão de sua credibilidade e aproximação com o corpo social através do

desporto equestre.

O presente estudo pretende integrar os conceitos básicos e a informação científica

relevante e atualizada, a fim de fornecer dados para a monografia que vão embasar a

tese identificando o emprego do cavalo no exército através do desporto equestre.

No intuito de viabilizar a consecução do objetivo geral de estudo, foram formulados

os objetivos específicos, abaixo relacionados, que permitirão o encadeamento lógico do

raciocínio descritivo apresentado nesta pesquisa:

a. Descrever as principais ideias e conceitos sobre o emprego do cavalo no

Exército

b. Apresentar quais foram as últimas formas de propagação de grande vulto do

desporto equestre envolvendo o Exército Brasileiro.

c. Apresentar quais foram as primeiras competições hípicas na força

d. Apresentar alguns exemplos dos benefícios que o cavalo trás para os militares

1.3 Questões de Estudo

Algumas questões de estudo podem ser formuladas no entorno deste

questionamento:

a. Quais são os atributos da área afetiva que o cavalo fornece aos militares?

b. O Exército Brasileiro está empregando o Cavalo em quais OM?

16

c. Quais colégios militares empregam o cavalo como atividade extra curricular?

As respostas a tais questões nortearão o desenvolvimento do trabalho, tornando-se

facilitadoras na solução do problema levantado.

1.4 Justificativa

O Exército brasileiro possui diversas Organizações Militares que emprega o cavalo,

na parte de desportos equestres como por exemplo os colégios militares e nos regimentos

de guarda que possuem o cavalo como meio de administração de conflitos em missões

GLO, os quais visam orientar e determinar as atividades da força, bem como de seus

integrantes.

Dessa forma, o presente estudo justifica-se por em questão principalmente a

contribuição do desporto equestre nos atributos atitudinais dos militares e alunos de

escolas de formação bem como a justificativa de se continuar fomentando o cavalo cada

dia mais dentro da força.

Pretende-se ainda, mostrar que os Jogos Pan Americanos e Jogos mundiais

Militares bem como também os Jogos Olímpicos servem como parâmetros máximos para

a gente comprovar que a equitação está sendo fomentada na base do exército que são os

colégios militares e as unidades de cavalaria mostrando que o emprego do cavalo é

essencial para a propagação do desporto equestre dentro do exército e fora dele para

galgar boas posições para o Brasil.

Pretende-se, também mostrar com o cavalo está sendo empregado no exército e

em quais unidades e onde ele é utilizado, quais são as formas de emprego dele e abordar

também onde é empregado nos colégios militares e como o emprego do cavalo está

diretamente ligado a propagação do desporto equestre dentro do exercito

METODOLOGIA

2.1 Objeto formal de estudo

O presente trabalho busca verificar como o cavalo está sendo empregado no

exército e como vem sendo a propagação do desporto equestre dentro do EB.

17

Entretanto, dentro do universo dos militares que integram o EB, a pesquisa

privilegia para um ambiente mais voltado para as unidades de cavalaria porém nada

impede que se cultivando uma mentalidade boa em relação ao cavalo não abra espaço

para outros de outros segmentos dentro do Exército.

Desta feita, para responder os questionamentos concomitantemente, foi feita uma

pesquisa bibliográfica na área que explicitarão o momento vivido pelo EB antigamente

com o Emprego do Cavalo e como estão hoje em dia com a propagação do desporto

equestre com relação as nossas unidades e ao pessoal que são cavaleiros jovens e

novos e o grau de importância atribuído ao tema abordado.

Quanto à natureza da investigação, das regras de explicação dos fatos e da

validade de suas generalizações.

2.2 Delineamento da pesquisa

O delineamento de pesquisa contemplou a leitura analítica e fichamento das fontes,

argumentação e discussão dos resultados

Com relação às dimensões da variável independente sobre o emprego do cavalo e

a sua influência na propagação do desporto equestre dentro do EB

Dentre as várias dimensões da variável dependente

2.3 Revisão de literatura

Foram pesquisados em diversos arquivos e bancos de dados sobre obras feitas

com o mesmo enfoque do nosso trabalho porém não foi encontrado nenhum trabalho de

conclusão de curso com esse tema muito menos abrangendo parte dele, portanto o

trabalho em sua maioria se torna um trabalho inédito dentro dos aspectos que serão

abordados pela monografia.

2.3.1 Procedimentos para a Revisão de Literatura

A fim de se definir alguns conceitos, possibilitar a escrituração do trabalho e, ainda,

a fundamentação de um texto argumentativo capaz de viabilizar a solução do problema de

18

pesquisa foi realizada uma revisão de literatura nos seguintes moldes:

a. Fontes de busca

- Artigos científicos do site Hipismo Brasil

- Livros da Biblioteca da Escola de Equitação do Exército (EsEqEx)

- Monografias da Escola de Equitação do Exército (EsEqEx)

- Manuais do Exército Brasileiro e Manuais de Equitação CBH

b. Estratégia de busca para as bases de dados eletrônicas Foram utilizados os seguintes termos descritores: "Hipismo no Brasil, Equitação

Brasileira, Emprego do Cavalo no EB, Competições Hípicas no EB, Jogos Mundiais

Militares no Brasil, Jogos Pan Americanos no Brasil, Jogos Olímpicos Rio 2016",

respeitando as peculiaridades de cada base de dados.

Após a pesquisa eletrônica, as referências bibliográficas dos estudos considerados

relevantes foram revisadas, no intuito de encontrar artigos não localizados na referida

pesquisa.

c. Critérios de inclusão: - Artigos publicados em português ou inglês relacionados aos Jogos Mundiais

Militares e Jogos Olímpicos.

- Estudos qualitativos sobre os atributos da área afetiva que o desporto equestre

fornece aos militares.

2.3.2 Instrumentos

No intuito de respaldar a presente pesquisa, foi realizada diversas pesquisas na

internet, umas minuciosas análises dos estudos sobre o tema foram usadas outros

trabalhos como base para refutar a tese do trabalho proposto que é o emprego do cavalo

no como forma de propagação do desporto equestre no Exército.

3 O EMPREGO DO CAVALO

No intuito de se obter um entendimento completo e definitivo sobre o emprego do

cavalo no exército, é necessária a compreensão de certos conceitos como ele é

empregado nas OM, quais são as formas de emprego, como o ambiente do desporto

19

equestre se funde tão intrinsicamente ao emprego do animal nas diversas unidades do

EB, sendo as origens formadoras deste complexo cenário.

3.1 Como o cavalo é empregado

A convivência entre o homem e o cavalo é uma realidade muito antiga no tempo e

nos remete aos primórdios da civilização como tal conhecemos (JOSÉ CALMO, 2015).

O cavalo atualmente no exército se concentra a grande parte nos regimentos de

guarda, onde seu emprego é voltado tanto para a parte GLO, constituindo geralmente um

esquadrão completo, em cada um dos três regimentos de guarda que o EB possui, mas

também a parte do desporto equestre é muito relevante tendo grande projeção para as

unidades como para a força, pois além de desenvolver bons atributos nos militares faz

com que haja a interação dos militares com a sociedade civil.

3.2 Quais as formas que é empregado

Analisado o aspecto da forma como o cavalo é empregado, é feito de instrumento

pelos regimentos de cavalaria de guarda como forma de se preciso for, ferramenta para o

restabelecimento da ordem pública, na parte de cerimonial militar para formaturas, e

também na parte do desporto equestre que é o foco principal do trabalho ele é empregado

em competições de salto, CCE e adestramento.

3.3 Unidades em que é o cavalo é empregado

Atualmente, o cavalo é empregado em quais unidades do Exército : Nos

Regimentos de Cavalaria de Guarda, na Academia Militar das Agulhas Negras onde

baseia suas instruções para o corpo de cadetes, na Escola de Equitação onde é

ministrado os cursos de instrutor e monitor de equitação, nos Regimentos de Cavalaria

Mecanizados que possuem centro hípico, sendo que a grande maioria possuem mesmo

que pequeno porte em infraestrutura e alguns Regimentos de Cavalaria Blindados que

possuem centro hípico também empregam o cavalo como difusor de atividades de

desportos equestres, que é o foco do nosso trabalho, propagando assim o emprego do

20

cavalo mediante a competições por exemplo como a liga da fronteira oeste, que envolve

tanto civis como militares da região.

3.4 Emprego do cavalo em Colégios Militares

O emprego do cavalo nos colégios militares é no sentido do incentivo do desporto

equestre para os alunos da cavalaria, para desenvolver tanto o atributo da área afetiva

como o desporto equestre como também fomentar a prática de uma atividade física.

Alguns colégios militares possuem centro hípico para a execução das atividades

equestres os colégios militares que o exército possui com independência equestre são:

- Colégio Militar do Rio de Janeiro

- Colégio Militar de Belo Horizonte

- Colégio Militar de Curitiba

- Colégio Militar de Santa Maria

Para a iniciação do ambiente do desporto equestre nas áreas como o CM é

imprescindível que se inicie de forma gradual e básica, para desenvolver a vontade dos

alunos em praticar a equitação e cabe ao instrutor ou monitor de equitação dos colégios

em promover por exemplos viagens a provas externas para instigar o desejo dos alunos

em desenvolver o esporte equestre, mesmo quando saírem do colégio militar, de forma

que realmente o CM seja o berço da propagação do desporto equestre no exército.

4 DESPORTOS EQUESTRES

4.1 Breve histórico sobre os desportos equestres

“Os cavalos da cavalaria é que formam a cavalaria.

Sem as montadas, os cavaleiros seriam peões.”

FernandoPessoa

Abordaremos nesse tópico do trabalho um sucinto histórico sobre o início dos

desportos equestres para depois fazermos uma imersão maior no assunto principal do

nosso trabalho que é o emprego do cavalo como meio de propagação do desporto

21

equestre no EB, nesse capítulo será exposto o sobre o desporto equestre atualmente nos

Jogos Mundiais Militares e Jogos Olímpicos e como estão de certa forma ligados ao

Exército e a propagação do desporto.

Hipismo, Equitação, ou qualquer esporte onde ideia fosse ter ou conviver com um

cavalo era imediatamente vinculado a uma vida extravagante, cara e fora da realidade

social (DO CALMO, 2015).

Desta forma, descobri que se conta a história dos equinos a partir de um animal de

pequeno porte com dorso arqueado a maneira de coelhos e que em nada lembra o cavalo

atual sua proporção em relação ao ser humano não permitiria tornar-se montada, sendo

provavelmente, utilizado como alimento pelos hominídeos (CARTELLE, 1991, RINK,

2008).

Com o passar do tempo, o cavalo deixou de ser caçado em função da grande

desvantagem do homem em relação ao animal em termos de velocidade. Supõe-se que o

cavalo possa ter sido domesticado há mais de cinco mil anos baseado em registros

encontrados em gravuras rupestres. O homem aprendeu a acompanhar os bandos e a

conviver com os cavalos; começou a pastoreá-los e dele passou a obter leite, queijo, e

utensílios fabricados com fios de crina, gerando grandes vantagens econômicas a partir

desse novo modo de vida. Os antigos pastores nômades desenvolveram uma técnica de

aproximação do cavalo da qual nasce um código de relacionamento social, originando,

talvez a partir desse momento, uma afetividade ancestral em relação ao animal que

persiste até nossos dias, quando o homem passa a cuidar do animal, “sendo responsável

por sua alimentação, tratando de suas feridas, jamais abatendo um elemento à vista da

manada e protegendo-os contra predadores” (RINK, 2008 p.12).

A evolução histórica das práticas equestres conta com inúmeras hipóteses sobre o

surgimento, entre as quais uma das teorias mais plausíveis é a seguinte: somente o

homem montado a cavalo poderia atingir a velocidade de um cavalo – portanto, o

surgimento da equitação possivelmente se deve ao fato de que se os cavalos

resolvessem fugir ninguém os alcançaria a pé, mesmo correndo. Dai a necessidade de o

homem aprender a montar para poder controlar seu rebanho equino. A partir de então, o

homem no dorso de um cavalo, passou a ser o diferencial em relação as demais: “a

equitação teria sido desenvolvida para controlar a manada” (RINK, 2008 P.13)

Montar a cavalo passou a ser comum por necessidades bélicas, de trabalho e de

transporte variando pouco na história da humanidade. No entanto, a terminologia “práticas

22

equestres” tem a ver com o processo onde as práticas corporais tradicionais provenientes

da cultura popular passam a ser subjetivadas como atividade esportiva. Profissionais

acadêmicos de Educação Física e das Ciências do Esporte costumam definir esse

processo como “esportivização” (SILVA e DAMIANI, 2005).

É possível, portanto, afirmar que as práticas esportivas baseadas no uso do cavalo

em interação com o ser humano institucionalizaram – se através do processo

esportivização das atividades exercidas pelo homem sobre o lombo do cavalo. As práticas

equestre são tantas quantas tenham sido as formas esportivas derivadas das utilizações

bélicas ou laborais do cavalo (DO CALMO, 2015)

4.2 Surgimento das Competições Hípicas no Brasil

Os primeiros registros das primeiras competições hípicas no Brasil nos retomam a

abordar um assunto histórico sucintamente. Com a vinda dos colonizadores portugueses,

o cavalo foi trazido para transporte e também para auxiliar na agropecuária, mas apenas

em 1641, com o Torneio de Cavalaria organizado pelo holandês Maurício de Nassau, com

a participação de holandeses, alemães, ingleses e franceses em um time, e no outro,

portugueses e brasileiros, que se sagraram campeões. Em 1922 a Missão Francesa no

Brasil, que ocorreu com a vinda de uma comitiva francesa para o território brasileiro com

vários intuitos um deles a divulgação e a propagação da arte equestre francesa e doutrina

da equitação francesa.

Em 1847, o Duque de Caxias fundou o Clube de Corridas, o que levou o governo a

importar da Europa garanhões Puro Sangue Inglês (PSI), que por sua vez levou à

fundação do Jockey Club Fluminense em 1854. Em São Paulo, a Marquesa de Santos

estimulava as corridas no campo da Luz, onde foi fundado o Club de Corridas Paulistano

em 1875, atual Jockey Club de São Paulo. Em 1941, após a fundação das Federações

Paulista de Hipismo, Hípica Metropolitana e Hípica Fluminense, nasceu a Confederação

Brasileira de Hipismo, instituição responsável pelo esporte no Brasil.

4.3 Competições hípicas em dias atuais

Atualmente no Brasil existem inúmeras modalidades esportivas praticadas com o

uso do cavalo, mas nem todas são regulares; os esportes equestres são regulamentados

23

no mundo pela Federação Equestre Internacional (FEI) e no Brasil, pela Confederação

Brasileira de Hipismo (CBH)

A CBH é responsável pela regulamentação, coordenação, promoção e fomento das

oito modalidades de esportes hípicos praticadas no Brasil; Adestramento, Atrelagem,

Concurso Completo de Equitação, Enduro, Equitação Especial (Paraequestre), Rédeas,

Volteio e Salto. Embora desenvolvam sociabilidade própria e tenham no cavalo o

elemento agregador; o turfe, os rodeios, as apresentações de raças equinas e outras

corridas não são abordadas como práticas equestres pela imposição do recorte. A CBH

fica incumbida pela formação das delegações que representam o país nas competições

internacionais, realização de campeonatos, seletivas e cursos, pela chancela de eventos

promovidos por federações estaduais, pela captação e administração de verbas junto a

órgãos governamentais e COB – Comitê Olímpico Brasileiro.

Nesta parte do trabalho restringirei a definição de prática equestre que também

pode ser chamado de desporto equestre, a duas modalidades especificas no mundo

hípico: equitação e hipismo;

Equitação – é a arte de andar a cavalo. Trata – se da prática equestre diretamente

ligada e derivada da “invenção” humana de montar a cavalo para controlar a manada.

Essa prática pode ser aprendida tanto quanto ensinada e, geralmente aparece vinculado

às escolas. A equitação tem relação direta com a paixão de montar, com a afetividade

inata que algumas pessoas demonstram pelos cavalos.

Hipismo – refere - se à esportivização da equitação. Diz respeito à competição, ao

esporte equestre independente da modalidade. O hipismo é o lado elitizado da equitação,

propicia a competição e grandes disputas de vaidades vinculadas ao universo do cavalo.

Permite, no âmbito deste trabalho, relacionar diretamente à propagação do

desporto equestre dentro e fora do Exército, devido ao acréscimo relevante de praticantes

do hipismo dentro do país, e que em grande parte se inicia Exército, onde existe colégios

militares com centro hípicos e organizações militares que possuem centro hípicos que

oferecem aula de equitação e hipismo para a sociedade civil.

4.4 Competições hípicas dentro do Exército Embora o hipismo envolva outras vertentes como já foi dito, a discussão ficará mais

próxima nesse tópico da modalidade Salto. O salto é a modalidade do hipismo que

24

apresenta o maior grau de competitividade e consiste basicamente de uma prova em pista

(figura1) de grama ou saibro onde o conjunto (cavalo/cavaleiro ou amazona) percorre um

percurso entre 8 a 12 obstáculos com diferentes graus de dificuldade, variando de 0,60

metros (em provas de Escolinhas de Equitação no Brasil) até 1,60 metros (em Grandes

Prêmios, Jogos Olímpicos e Mundiais). Nestas provas ficam demonstradas algumas

qualidades do cavalo; força, potência, obediência, velocidade, respeito pelo obstáculo. O

cavaleiro é avaliado pela sua equitação, incluindo postura e controle sobre o cavalo,

atitude frente aos obstáculos e ao tipo de prova proposta. O vencedor da prova é o

conjunto que tiver menos penalizações (pontos perdidos) e fizer o percurso no menor

tempo. Cada obstáculo derrubado representa quatro pontos perdidos que somados

indicam a colocação do conjunto na prova. O objetivo final de todo concorrente é terminar

a prova sem nenhuma penalização, ou seja, sem ter derrubado nenhum obstáculo, zero

pontos como é chamado.

O cavaleiro ou amazona que não estiver adequadamente uniformizado não pode

participar da prova. Em prova é obrigatório uso de capacete, para os cavaleiros e

amazonas civis é necessário o uso de culote branco ou bege, bota preta, camisa com

gola branca, e casaca ou colete com logotipo da entidade. No caso de competidores

militares o uniforme geralmente vai estar especificado no programa da prova.

Antecedendo cada competição, a entidade responsável faz publicar o programa

das provas onde consta o regulamento, o tipo de prova e especificações e também sobre

uniforme a ser usado na ocasião como tinha dito anteriormente.

Provas de salto, e geral são eventos concorridos e com muitas emoções

propiciadas pelo desempenho dos animais e dos cavaleiros. Por tratar-se de esporte que

envolve velocidade, transposição de obstáculos e tempo para conclusão do percurso

pode acontecer quedas e os atletas homem e cavalo estão constantemente sujeitos a

lesão.

Toda prova tem um veterinário de plantão para atendimento dos concorrentes

equinos. É obrigatória ainda a presença de ambulância com serviço médico disponível

para atendimento imediato em caso de queda e o deslocamento da ambulância para levar

o competidor ao hospital, a prova tem que ser interrompida até o retorno da mesma, caso

não haja outra de plantão.

Dentro do Exército as competições hípicas acontecem geralmente dentro das

Organizações Militares, a grande parte delas são competições de salto nos moldes que

25

descrevemos acima, a parcela um pouco menor delas são competições de CCE

(Concurso Completo de Equitação), geralmente ocorridas nos eixos Rio – São Paulo,

Brasília e Porto Alegre. Podemos citar na modalidade salto o exemplo na Liga hípica da

Fronteira Oeste onde na região do interior do Rio Grande do Sul ocorre uma competição

em cada unidade de cavalaria, sediada na fronteira oeste, essas competições de hipismo

abrangem os diversos níveis da modalidade salto sendo aberto para a participação do

público civil, gerando uma interação muito grande e profícua entre militares e a sociedade

civil, mostrando que o emprego do cavalo no exército gera uma propagação e uma

interação inerente ao desporto equestre dentro e fora do Exército Brasileiro.

4.5 Participação do exército em desportos equestres olímpicos

A participação do exército nos grandes eventos dentro do nosso território se torna

mais impulsivo a partir de 2007 quando no Rio de Janeiro vira sede dos jogos Pan

Americanos, onde se teve grande parte da força envolvida tanto com alguns cavaleiros

como na parte de segurança do evento. Porém não podemos esquecer que em 1963 a

cidade de São Paulo também se consagrou como sede dos primeiros jogos sediados no

brasil.

Em 2011 tivemos o grande evento dos Jogos Mundiais Militares, onde realmente

ficou mais clara e evidente a participação das três forças armadas com um belo

desempenho em diversas modalidades, dentre elas que é o foco do nosso trabalho, o

desporto equestre.

No ano de 2016 tivemos o ápice que foram os Jogos Olímpicos, onde tivemos toda

a estrutura da escola de equitação modernizada onde iremos abordar mais a frente,

estrutura para presidir o evento deixando o legado olímpico em cuidados da Escola e do

Exército. Nos itens abaixo será detalhado e abordado melhor os eventos e os resultados

com o enfoque do desporto equestre cerne do nosso trabalho, demostrando que o

emprego do cavalo no exército é um meio de propagação dos desportos equestres tanto

dentro do exército como do próprio país.

4.6 Jogos Pan Americanos

26

Para iniciarmos esse tópico vamos mostrar qual foi o primeiro Pan, que ocorreu no

Brasil teve como sede a cidade de São Paulo no ano de 1963, onde podemos destacar a

participação dos seguintes Militares:

1) Jogos Pan-americanos São Paulo – 1963 Adestramento: Ten. Cel. Raul Carnaúba/Lord Byron – 7º lugar individual 2) Jogos Pan-americanos São Paulo – 1963 Salto: Cap. Francisco Rabelo/Castigo – 5º lugar equipe Ten. Cel. Renyldo/Sultão – 5º lugar equipe 3) Jogos Pan-americanos São Paulo – 1963 CCE: Cap. Nide Fico/Torpedo Cap. Flávio De Marco/Pecado – 7º lugar individual

Contudo antes já haviam tido representantes militares em outros Pan americanos,

por exemplo:

4) Jogos Pan-americanos de Buenos Aires - 1951

Salto: Ten. Cel Franco Pontes/Cairo – 4º - lugar equipe

Cap. Eloy Menezes/Anhanguá – 4º lugar equipe

Cap. Aécio Morrot/Irajá – 4º - lugar equipe

Ten. Cel. Renyldo/Bibelot – 4º lugar equipe

Esse tópico do trabalho nos faz refletir como a influência positiva de antigos

cavaleiros vem sendo algo positivo e incentivando mesmo que por antigas histórias e

resultados os cavaleiros novos.

Pois de certa forma a pratica do desporto equestre tem que ser incentivada para

que se pratique, mesmo por que as dificuldades são inúmeras porém muita das vezes a

satisfação em praticar o esporte é muito maior.

Mas o nosso enfoque do trabalho é mostrar que o Emprego do cavalo juntamente

com a propagação do desporto dentro da força já acontecia já a muito tempo, sendo

quebrado paradigmas na década de 60 onde os recursos e a tecnologia eram bem

27

menores mas a vontade dos cavaleiros superava quaisquer obstáculos e sendo de motivo

e de orgulho para o Brasil e para o Exército Brasileiro.

4.7 Jogos Mundiais Militares

Os Jogos Mundiais Militares de 2011, oficialmente denominados V Jogos Mundiais

Militares do CISM, foi evento multi - esportivo militar realizado entre 16 e 24 de julho,

no Rio de Janeiro, Brasil. A edição dos Jogos Mundiais Militares onde grande parte das

estruturas esportivas começaram a receber grandes investimentos tanto para o jogos

como pra Olimpíada que o Rio viria a presidir. Na parte hípica tivemos como local o

Centro Nacional de Hipismo General Eloi Menezes. Na parte de desportos equestres

tivemos como militares que levaram bons resultados os seguintes indivíduos:

FIGURA 1– Tabela de medalhas dos 5°Jogos Mundiais Militares

Como podemos inferir a capacidade que nossos militares tiveram pra apresentar

belíssimos resultados de acordo com a tabela de medalhas acima nos revela uma grande

conexão entre o emprego do cavalo com a nítida propagação do cavalo na forma dos

desportos equestres dentro do Exército representado pelo nosso Coronel Jefferson

Sgnaollin e até mesmo nas Forças auxiliares como é o caso do Major Claudio Goggia.

E esse grande crescimento da propagação dos desportos equestres se inicia lá na

base com aulas de equitação nos Colégios Militares seguindo para a AMAN dando

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prosseguimentos na grande parte das nossa OM de Cavalaria que possuem centro hípico

e que constantemente vem promovendo provas hípicas e assim chegando nas

competições de alto nível que são os Jogos Mundiais Militares.

Para ilustramos como o emprego do cavalo vem sendo de fundamental importância

para a propagação do desporto equestre no exército, dentro de em breve a equipe

brasileira de salto constituída pelos seguintes militares:

1) Cel Franco – chefe da equipe

2) Major Marcelo – Cavaleiro Titular

3) Cap Barros – Cavaleiro Titular

4) Cap Grossi – Cavaleiro Titular

5) Cel Ruy Couto – Cavaleiro Reserva

Esses militares iram representar o Brasil e o exército na próxima edição dos jogos

mundiais militares que será sediado em Paris na França. Portanto todo o incentivo desde

o tempo da formação até suas respectivas especializações entorno do cavalo deixa bem

nítido a grande importância da prática e da propagação do desporto dentro do exército

para que se estimule e forme novos militares cavaleiros para futuras representações.

4.8 Jogos Olímpicos

Jogos Olímpicos de 2016 conhecidos oficialmente como os Jogos da XXXI

Olimpíada, mais comumente Rio 2016, foi um evento multi - esportivo realizado no

segundo semestre de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, capital do estado homônimo,

no Brasil.

Centro Nacional de Hipismo, também conhecido como Centro Olímpico de

Hipismo durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2016, é um centro equestre localizado

no Parque Olímpico de Deodoro, no Rio de Janeiro, Brasil, onde podemos ver na figura

abaixo:

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Figura 2- Arena de hipismo do Complexo de Deodoro

No complexo foi construido uma clinica veterinaria de alta tecnologia para abrigar e oferecer cuidados aos mais de 200 cavalos de 43 países que foram transportados ao Centro Olímpico, foram criadas diversas instalações, entre elas, uma clínica veterinária com 1.000 m². O local ofereceu cuidados de rotina e contou com tecnologias de última ponta em patologia, endoscopia, radiografia e ultrassonografia, assim como dispensário, equipamentos para realização de cirurgia de emergência e estábulos de tratamento especializados, no período em que estavam ocorrendo os jogos. A instalação passou para a responsabilidade Escola de Equitação do Exército.

O complexo Olímpico de Hipismo foi onde aconteceu as provas de Salto, CCE e

adestramento. A área total hoje está sob os cuidados da Escola de Equitação do Exército

e fica de legado Olímpico para o Exército e para a nação brasileira. Seguindo uma linha

simples de raciocínio veremos que os acontecimentos vão de encontro com o tema do

nosso trabalho que é o emprego do cavalo como meio de propagação do desporto

equestre, pois com boas instalações é possível incentivar a equitação e propagar o

desporto, fazendo com que se inicie uma nova gama de jovens cavaleiros que irão se

multiplicar naturalmente e quem sabe alguns possam ser grandes cavaleiros

competidores que substituirão aqueles antigos que participarão em 1963.

5 BENEFÍCIOS DO DESPORTO EQUESTRE PARA OS MILITARES

Nesse tópico do trabalho iremos abordar e discutir que a propagação do desporto

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equestre desenvolve para os militares benefícios tanto na parte física e na saúde como

também atributos da área afetiva.

5.1 Desenvolvimento dos atributos da área afetiva dos Militares

A atividade militar constantemente cobra dos militares atributos como coragem,

decisão e iniciativa. O contato com o cavalo desde os primórdios já vem trazendo para o

homem esses valores devido a aproximação natural com o animal, como já abordado

anteriormente no nosso trabalho. A prática do desporto equestre inevitavelmente vai

desenvolver nos militares bons atributos devido as situações que o cavalo e o cavaleiro

passam na rotina dos treinos que fazem com que o cavaleiro e o cavalo tomem certas

decisões e atitude, fazendo com que os atributos sejam trabalhados e desenvolvidos

naturalmente com a prática constante da equitação, de forma que o cavaleiro sempre

domine o cavalo e não o contrário.

Segundo Bernardo Lacerda Ramos os conceitos atitudinais do desenvolvimento do

aluno através da equitação e a prática da equitação é um instrumento valoroso para o

desenvolvimento de características desejáveis e necessárias para o oficial/sargento no

atual cenário, pois é nítida a correlação direta dos objetivos integradores possíveis em

uma sessão de equitação com os traços mais relevantes ao líder militar, definidos na

bibliografia que trata sobre a Liderança Militar.

A seguir, seguem exemplos de objetivos integradores que podem constar dos

Planos de Disciplinas (PLADIS) das Escolas Militares, quando é possível desenvolver ou

mesmo aferir os Conteúdos Atitudinais, necessários ao combatente no cenário atual de

emprego.

Salto

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Concurso Completo de equitação

32

33

Adestramento

Na modalidade salto que é a mais praticada pelos militares, é caracterizada por ser

uma prova a qual o conjunto cavalo cavaleiro deve completar um percurso de 8 a 12

obstáculos com níveis de dificuldade diversos, variando de 80 (oitenta) centímetros até

1,6 metros.

Com isso, verifica-se a necessidade de ter os atributos Coragem e Decisão

bastante desenvolvidos, uma vez que as alturas dos obstáculos são consideráveis e,

ainda, o cavaleiro tem que decidir qual será o percurso o qual ele fará em menor tempo.

5.2 Desenvolvimento da capacidade física dos militares

A prática constante da atividade dos desportos equestres independente qual for a

modalidade, desenvolve nos praticantes tanto a capacidade física como faz um bem para

a saúde corporal e mental dos cavaleiros. Como já comprovado em vários estudos a

atividade equestre é um dos principais esportes que trabalha tanto a toda a parte

muscular do corpo humano como a parte psicomotora, na parte muscular praticamente

grande parte do corpo está em constante atividade e sendo trabalhada, fazendo com que

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os exercícios se tornem naturais quando o cavaleiro está montado, de forma que o

cavaleiro nem perceba que está exercitando tantas partes do corpo.

Podemos inferir que para a área militar a pratica constante do desporto equestre

vai trazer tanto benefício para a saúde na parte psicomotora como a corporal dos

militares, sendo de grande importância o emprego do cavalo como meio de propagação

do desporto equestre no exército.

6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

A seguir, são apresentados e discutidos os resultados da pesquisa bibliográfica e

documental realizada, bem como dos questionários aplicados.

Este tópico visa levantar argumentos que comprovem, a tese do trabalho que é o

emprego do cavalo como meio de propagação do desporto equestre no exército. As

apresentações dos capítulos que constituíram o trabalho visaram tentar mostrar que o

emprego do cavalo é algo real e concreto e que está diretamente ligado a propagação do

desporto dentro do exército.

Para se atingirem os objetivos do trabalho, os dados obtidos foram através de

monografias sobre com base no desporto equestre e pesquisas da internet todas

referenciadas possibilitando dar informações para ilustrar como está efetivamente a o

exército com emprego do cavalo versus desporto equestre, que foi durante todo o

trabalho a interrogação da pesquisa.

7. CONCLUSÃO Nosso trabalho teve como fundamental importância abordar sumariamente como

o cavalo está sendo empregado no exército, exemplificando em quais OM é utilizado e

como e quais as formas de emprego.

Condizente com o atual contexto de desportos olímpicos que ocorreram no ano

passado na cidade do rio de janeiro, a presente investigação buscou verificar e abordar

desde os primórdios da equitação quais foram as primeiras competições hípicas no brasil

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e vindo para tempos da nossa realidade e dissertando também sobre as competições

dentro do exército que durante o trabalho fica mais evidente no capítulo sobre benefícios

do cavalo para os militares.

Além do objetivo exposto acima, a pesquisa teve por finalidade mostrar a

verdadeira importância do emprego do cavalo dentro do exército para a propagação do

desporto equestre tanto dentro das unidades de cavalaria como nos colégios militares que

são o berço da fomentação de novos cavaleiros.

Para se atingir ao objetivo geral do trabalho proposto e responder às questões de

estudo selecionadas, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e uma pesquisa virtual

visando embasar o trabalho em teses sobre o desporto equestre e informações que

mostram como acontece a propagação do desporto equestre naturalmente no país tanto

dentro da Força como por exemplo nos jogos mundiais militares que já ocorreu edições

no Brasil, e frequentemente cavaleiros militares vão representar o Exército e o Brasil no

continente estrangeiro. Por uma ascensão do Brasil na parte Olímpica sediou no de 2016

as Olimpíadas deixando para o Brasil e pro Exército um legado olímpico que hoje pode

ser usufruído por militares e para civis em época de competição, o que favorece ainda

mais a propagação do desporto no meio civil no nosso país.

A pesquisa bibliográfica do trabalho respondeu aos objetivos propostos e os

resultados obtidos foram de forma empírica, não interferindo na lisura e na relevância dos

dados apresentados.

A análise de tais dados deixou clara a existência de uma inerente propagação do

desporto equestre no exército devido ao emprego do cavalo, de forma que essa

propagação se inicia lá nas unidades de cavalaria que empregam o cavalo como meio de

interação entre militares e civis através das temporadas hípicas como foi ilustrado nos

capítulos do trabalho e também ocorre nos regimentos de cavalaria de guarda e nos

colégios militares com uma intensidade ainda maior.

Ademais, conforme explicitado no capitulo três para mostrar a importância do tema

abordado a parte física que o desporto equestre proporciona para os militares seguido

pelos atributos da área afetiva são os benefícios que o emprego do cavalo por meio da

propagação do desporto equestre fornece aos cavaleiros.

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Assim, pode-se concluir que existe que o emprego do cavalo como meio de

propagação do desporto equestre no exército passa por uma transformação desde o

início das primeiras competições no Brasil e no Exército até os dias atuais com uma

fomentação muito grande tanto nas unidades de cavalaria como nos colégios militares

que possuem a prática do desporto equestre. A propagação do desporto passa pelas

competições de alto nível que tem cavaleiros militares representando a instituição como

pelas olimpíadas e pan-americanos que são representados por cavaleiros civis mas de

certa forma tem uma ligação com o exército em alguma competição ou treinamento em

alguma unidade.

Dessa forma torna – se o emprego do cavalo como meio de propagação do

desporto algo imprescindível para que o esporte dentro da instituição continue

caminhando e crescendo e com o auxílio dos possuidores do curso de equitação do

exército essa propagação se torna viável e real.

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REFERÊNCIA

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arte, 2005.

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