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O direito à vida

O Artigo 3 da Declaração dos Direitos Humanos estabelece que “todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. Como foi dito anteriormente, a imagem do século XX foi denegrida pelo holocausto, um dos maiores assassinatos em massa da história da humanidade. A Organização das Nações Unidas o definiu como um genocídio.

Infelizmente, o holocausto não foi o único evento dessa natureza verificado re-centemente. O ato de matar subtrai do indivíduo o mais básico e elementar do ser humano – o direito à vida – e, consequentemente, o assassinato em massa viola o di-reito à vida de um grande número de pessoas, uma população quase toda. Líderes e governantes devem ter como obrigação proteger e defender seus povos. No entanto, nos últimos tempos, temos testemunhado vários líderes que negaram o direito à vida a muitos de seus cidadãos.

Prisioneiros em um campo de concentra-ção nazista durante o holocausto.

Prisioneiros em um campo de concentra-ção nazista durante o holocausto.

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Direitos humanos na sala de aula: ensino médio /Flávio Romero Guimarães. – 1.ed. – São Paulo: Eureka, 2018.

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Hitler e a Alemanha Nazista

No início dos anos 1930, Adolf Hitler e o Partido Nazista chegaram ao poder

defendendo que a Alemanha deveria se livrar de todas as pessoas que não fossem

alemães ‘puros’. Quando assumiram o poder, além de invadirem outros países da

Europa, desencadeando a Segunda Guerra Mundial, declararam guerra, dentro de

seu próprio país, contra minorias ou qualquer grupo que considerassem estrangeiros

ou desajustados: judeus, ciganos, homossexuais, pessoas com deficiências físicas ou

mentais, entre outros. A ira maior foi direcionada aos judeus, em especial.

No início, os nazistas violaram os direitos humanos desses inocentes quando pro-

mulgaram leis que limitavam como e onde essas pessoas podiam morar. Mais tarde,

tiraram essas pessoas de suas casas e as colocaram em campos de concentração,

prisões enormes onde eram torturadas e mortas. Esses atos atingiram o ápice quando

começaram os assassinatos em massa. Por volta de 1940, os nazistas construíram cam-

pos de extermínio, verdadeiras fábricas de matar. As pessoas eram levadas para esses

campos de concentração em trens e depois mortas em câmaras de gás. Muitos eram

abatidos a tiros nas ruas ou tirados de suas casas, levados para áreas distantes e exe-

cutados. Durante o governo de Hitler, de 1939 a 1945, os nazistas foram responsáveis

pelas mortes de 17 milhões de pessoas na Europa. Cerca de seis milhões eram judeus.

Na Alemanha Nazista, os governantes negaram todo e qualquer direito aos ju-deus e outras minorias. Ao mesmo tempo, os cidadãos alemães tiveram seus direitos protegidos. Os alemães tinham o direito à propriedade, podiam exercer qualquer profissão que escolhessem e tinham direito a um julgamento justo. Seus direitos es-tavam protegidos, porém seus vizinhos não podiam exercer esses mesmos direitos, chegando a ser assassinados.

Se você fizesse parte de uma sociedade na qual algumas pessoas pudessem exer-cer seus direitos e outras não, o que faria?

Atividade • Questionamentos


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Joseph Stalin

Antes que Hitler chegasse ao poder, a Europa já tinha sofrido com os desmandos

de outro líder que exerceu força bruta contra seu povo. Joseph Stalin liderou a União

Soviética desde a metade da década de 1920 até 1953. Sob o governo de Stalin, a

União Soviética tinha um regime comunista, no qual o papel do indivíduo era servir o

bem comum. Era um regime que negava vários direitos humanos essenciais; durante

seu governo, Stalin negou o direito à vida a milhões de pessoas.

Nos anos de 1932 e 1933, a parte da União Soviética foi assolada pela escassez

de comida e fome. Stalin suspeitava que o povo ucraniano fosse iniciar uma revolta

pela independência. Na tentativa de controlar essa revolução, ordenou que a Ucrânia

recebesse menos grãos e outros produtos agrícolas do que os cidadãos de outras

regiões da União Soviética, o que levou muitos ucranianos à morte. Muitas outras pes-

soas morreram durante o governo de Stalin. No período conhecido como o Grande

Expurgo (1936-1938), o governo soviético prendeu mais de 1,5 milhão de pessoas,

acusadas de fazer oposição ao governo de Stalin. Pelo menos 600 000 foram mortas

e muitas foram enviadas para os gulags (prisões em regiões isoladas).

Em 2009, na cidade de Lviv, Ucrânia, foi realiza-da uma cerimônia em homenagem aos mortos por inanição nos anos de 1932 e 1933.

Em 2009, na cidade de Lviv, Ucrânia, foi realiza-da uma cerimônia em homenagem aos mortos por inanição nos anos de 1932 e 1933.


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Mao Tsé TungA China era outro país comunista, de enormes dimensões geográficas, sob o co-

mando de um líder, Mao Tsé Tung, que controlava tudo e todos. Mao assumiu o go-verno da China em 1943 e liderou o país na guerra civil chinesa, que culminou com o estabelecimento da República Popular da China. Durante seu reinado, dissidentes políticos chineses, que faziam oposição ao governo, eram duramente reprimidos. A Revolução Cultural da China, que ocorreu no período de 1966 a 1976, não passou de um expurgo em massa de pessoas que desafiaram a autoridade de Mao. Nessa época, quem discordasse do comunismo e do governo chinês era preso, torturado e morto.

Pol PotPerto dali, no Camboja, Pol Pot governou desde de 1963 a 1981, liderando uma

desastrosa tentativa de forçar milhões de cidadãos a mudarem da cidade para o cam-po e se tornarem sitiantes. Os trabalhadores mudavam sob a mira de armas, da cidade para campos de ‘reeducação’, onde eram treinados para se tornarem cidadãos comu-nistas e sitiantes. No decorrer desse processo, muitos foram torturados e assassinados.

No governo de Pol Pot, muçulmanos e outros grupos religiosos foram reprimidos com violência. Foram muitas as vítimas cambojanas que perderam suas vidas tragica-mente nos ‘campos de extermínio’, áreas enormes localizadas fora das cidades, onde as pessoas eram as-sassinadas. Acredita-se que cerca de dois milhões de pessoas tenham sido mortas durante o governo de Pol Pot.

Na foto, o ditador Pol Pot.


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Em 2006, o governo do Camboja deu início ao julgamento dos oficiais pela morte de cidadãos cambojanos durante o regime de Pol Pot. O ditador que lidera assassinatos em massa pode não ter sido o executor direto de nenhuma morte. Esse é um trabalho que acaba sendo realizado por oficiais de patentes inferiores, por membros da milícia (civis armados) ou até mesmo por cidadãos comuns. No caso de um genocídio, por exemplo, milhões de pessoas podem vir a se tornar assassinas. Quem deveria ser punido por violar o direito à vida de uma população? Devemos julgar apenas os líderes, ou toda e qualquer pessoa que participou de um assassinato deveria ser punida?

Nicholae CeausescuNicolau Ceausescu, da Romênia, foi outro ditador que assumiu o poder na última

metade do século XX. De 1969 a 1989, Ceausescu suprimiu os direitos do povo ro-meno e, gradativamente, construiu um “culto à personalidade”, no qual era adorado como um herói por seus seguidores. Não cometeu tantos assassinatos quanto Hitler, Stalin ou Mao, mas controlou a vida dos romenos com mão forte. Quando os romenos passaram por dificuldades econômicas no começo dos anos 1980, Ceaucescu ne-gou apoio, alimentação, eletricidade e assistência médica, todos considerados como

Na foto, o ditador romeno Nicolau Ceaucescu faz um discurso, dias antes de ser deposto.

Na foto, o ditador romeno Nicolau Ceaucescu faz um discurso, dias antes de ser deposto.



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Estudo de CasoDireitos à livre procriação

Na segunda metade do século XX, nos anos 1960, Nicolau Ceaucescu queria aumentar a população da Romênia. Então, proibiu o aborto e o controle de nata-lidade. Na prática, ele forçou as mulheres a terem mais filhos. Costumava afirmar que “aquele que evita filhos é um desertor, tentando escapar das leis da conti-nuidade nacional”. Na China, a preocupação era inversa e acabou por gerar uma lei diferente. Em 1979, o governo chinês, temendo a superpopulação, promulgou uma lei que proibia as famílias de terem mais de um filho.

Na Declaração dos Direitos Humanos da ONU, o Artigo 16 protege as famílias contra atos do governo e assim a define:

“a família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado”. Esse artigo, no entanto, não protege ne-cessariamente as pessoas contra regras como as impostas pela Romênia, China e outros países. Em 1968, a Organização das Nações Unidas realizou a Conferência Internacional dos Direitos Humanos em Teerã, no Irã, que teve como objetivo re-fletir sobre a Declaração dos Direitos Humanos. Na conferência de Teerã, alguns ideais e princípios contidos na declaração original foram ampliados. Um deles foi o que se refere ao planejamento familiar. A conferência decidiu que “os pais têm o direito humano fundamental de determinar livremente o número de filhos e seus intervalos de nascimento”. Isso significa que o governo deve permitir que as famílias tenham quantos filhos quiserem.

exemplos de direitos humanos. Enquanto os cidadãos tinham dificuldades para so-breviver, Ceaucescu e sua família levavam uma vida de luxo de riqueza. Segundo um relatório, ele tinha 22 000 ternos.

Em dezembro de 1989, Ceaucescu foi, finalmente, deposto. Sob seu comando, o exército abriu fogo para reprimir uma manifestação, matando 4 000 pessoas. Uma semana mais tarde, 100 000 pessoas se reuniram em praça pública e os gritos de pro-testo foram tão altos que Ceaucescu foi impedido de terminar o discurso que fazia na tentativa de explicar seus atos. Ele ainda tentou fugir para outro país com a família, mas foi capturado, levado a julgamento e morto por um pelotão de fuzilamento.


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Saddam Hussein O século passado testemunhou a ascensão de ditadores em vários países árabes.

Saddam Hussein tornou-se presidente do Iraque em 1979, mantendo-se no controle por mais de duas décadas. Entre as muitas agressões aos direitos humanos cometidas por Saddam, destaca-se o tratamento dispensado ao povo curdo no final dos anos 1980. Os curdos, que habitavam principalmente o norte do Iraque, iniciaram a luta pela independência. Em 1988, Saddam os derrotou, atacando-os com o exército e com ga-ses venenosos, matando cerca de 5 000 pessoas. Esse foi apenas um dos ataques exe-cutados por Saddam na tentativa de exterminar o povo curdo do Iraque. Ao todo, mais de 180 000 curdos perderam suas vidas.

Saddam Hussein durante julga-mento.

Mural em homenagem a Saddam Hussein, criado por ele mesmo, durante sua ditadura.


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Aiatolá KhomeiniEm 1979, após uma revolução, o líder religioso Aiatolá Khomeini assumiu o con-

trole no Irã, um país vizinho ao Iraque. Em um curto espaço de tempo, o país passou a ser regido pela lei islâmica, segundo a qual as regras de comportamento são bastante rígidas. Os muçulmanos acreditam, por exemplo, que homens e mulheres devem ser tratados de maneiras diferentes pela sociedade. Inspirado na lei islâmica, Khomeini promulgou leis que determinavam o que as mulheres deveriam vestir, qual profissão poderiam exercer (ele demitiu todas as juízas), chegando até a impedir que participas-sem de algumas atividades com homens, a exemplo de nadar.

“Antes do amanhecer, quando as pessoas estavam se vestindo e se preparando para ir trabalhar, os soldados invadiram a vila… Eles levaram quem foi para a mesquita para rezar. Arrombaram todas as portas e entraram em nossas casas, procurando por nossos homens.”

Uma sobrevivente curda descrevendo um ataque das forças iraquianas no vilarejo onde morava.

Aiotolá Khomeini.


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A caça às ADMPor ter usado armas químicas contra seu próprio povo, Saddam Hussein le-

vantou a suspeita de que o Iraque estava fabricando “armas de destruição em massa”, armas químicas ou nucleares que podem matar milhares de pessoas. Em 2003, um grupo de países do ocidente, entre eles o Reino Unido e os Estados Unidos, invadiram o Iraque e derrubaram Saddam e seu governo. Em 2005, Sad-dam foi julgado por um tribunal iraquiano e executado.

Porém, como não foram encontradas provas da existência das armas de des-truição em massa, o Reino Unido e os Estados Unidos foram criticados por terem inventado uma desculpa para invadir o Iraque. Essas ações foram defendidas por Tony Blair, que era primeiro-ministro do Reino Unido, e por George W. Bush, ex-presidente dos Estados Unidos, alegando que haviam conseguido libertar o Iraque de um ditador cruel.

O primeiro-ministro Blair e o presidente Bush erraram ao usar as armas de destruição em massa como desculpa para justificar a invasão?

Em 2003, após a derrubada do governo de Saddam Hussein, sua estátua é destruída.

Em 2003, após a derrubada do


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Assim como outros líderes políticos poderosos, Khomeini nunca tolerou dissiden-tes. Simpatizantes e participantes do governo anterior foram aprisionados e tortu-rados. Alguns foram até assassinados. Em 1988, Khomeini promulgou a fatwa, lei religiosa aplicada contra todos aqueles considerados inimigos. Em um ano, a fatwa foi responsável não só pela morte de 30 000 inimigos políticos, mas também de suas esposas e filhos.

O TalibãAs ações de Aiatolá Khomei-

ni e de outros ditadores demons-tram que as sociedades governa-das por crenças religiosas rígidas violam os direitos humanos com frequência. Em meados de 1990, o Talibã, um grupo da milícia que defende uma interpretação extremista dos ensinamentos do

Segundo o Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano tem direito à liberdade de religião. Em outras palavras, isso significa que países como o Irã, controlado por leis islâmicas severas, tendem a violar os direitos humanos de seus cidadãos. Em regimes democráticos também existem tensões entre a força das crenças religiosas e os direitos humanos. Nos Estados Unidos, por exemplo, não é de hoje que os homossexuais lutam por seus direitos; cristãos que fazem parte do governo defendem que ser homossexual é errado. Muitas pessoas também são contra o aborto devido a suas crenças religiosas.

Devemos permitir que nossas crenças religiosas exerçam influência sobre as leis que regem nossas vidas?


Explosão em cidade comanda-da por talibãs.


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Perguntas difíceisEm 2001, o líder talibã Mullah Mohammed Omar declarou que todos os cidadãos

afegãos que abandonassem o Islã e se convertessem a outras religiões seriam punidos com a pena de morte. Mesmo após a saída dos talibãs do poder, os muçulmanos afe-gãos ainda estão sujeitos a essa lei. Em países como os Estados Unidos, apenas aque-les criminosos responsáveis por atos de violência extrema são condenados à morte. Em outros países, a pena de morte é aplicada ao tráfico de drogas. Em 2008, os dez países que mais aplicaram a pena de morte foram: China, Irã, Arábia Saudita, Estados Unidos, Paquistão, Iraque, Vietnã, Afeganistão, Coreia do Norte e Japão.

Simpatizantes da luta pelos direitos humanos defendem a ideia de que a pena de morte não é a maneira mais adequada para punir até mesmo o mais violento dos criminosos. Os governantes da maioria dos países concordam com essa ideia. A pena de morte foi banida de vários lugares, entre os quais todos os países da Europa Oci-dental.

Você acha que está certo matar uma pessoa pelo crime que ela cometeu?

Islã, iniciou seu domínio sob o poder no Afeganistão. Em 1994, os talibãs chegaram ao poder por meio de atos terroristas e se consolidaram no governo em 1998. Nos cinco anos que se mantiveram no poder, a população afegã viveu com medo da vio-lência e da morte. Deram início a um longo ciclo de mortes e assassinatos na tentativa de eliminar grupos étnicos dissidentes. A milícia armada talibã invadiu vilas, matando centenas de pashtuns, hazaras e outros grupos afegãos. Homens, mulheres e crianças foram abatidos a tiros nas ruas.

Em um relatório publicado em 2001, a Organização das Nações Unidas descreveu relatos de testemunhas que presenciaram pessoas, com as mãos amarradas às costas, sendo enfileiradas e mortas a tiros por um pelotão de fuzilamento. Essas ações eram organizadas com perfeição e tinham ligações com o chefe do Talibã, Mohammed Omar.


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ATIVIDADES

A Primeira Guerra Mundial foi um marco na luta armada, já que foi a última em que membros da grande aristocracia participaram. Além disso, a guerra de trincheiras, como fi cou conhecido o modelo de batalha da Primeira Guerra, marcou seus soldados e muitos voltaram para casa com traumas pós-guerra. Mesmo com os avanços dos direitos humanos, muitos soldados ainda voltam para casa com traumas de guerra. Em grupos, pesquisem:

a) Há algo sendo feito para os soldados que retornam de guerras em pleno século XXI?b) Qual o tipo de tratamento feito à estes soldados?c) Você acredita que o que o Exército de países em guerra estão dando o auxí-lio necessário para seus veteranos? Justifi que sua resposta.

Com o fi m da Segunda Guerra Mundial, foi criada a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU. Durante a Segunda Guerra foram cometidas atro-cidades contra a humanidade. Em duplas, pesquisem:

a) O que foram os campos de concentração durante a Segunda Guerra?b) Quais eram as pessoas enviadas para esses campos?

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Soldado médico durante competi-ção na base aérea do Havaí, Estados Unidos, 30 de agosto de 2012.


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