o diário no seu bairro - alvorada

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VISÃO SOLIDÁRIA DE UM POVO MORADORES SE ORGULHAM DA CAPACIDADE DE REALIZAR OBRAS COMUNITÁRIAS, DE ESTABELECER EMPRESAS DURADOURAS E DAS ATIVIDADES VOLTADAS À CIDADANIA MARINGÁ, PR www.odiario.com JULHO DE 2016 ALVORADA FOTO: JC FRAGOSO

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Page 1: O Diário no seu bairro - Alvorada

VISÃO SOLIDÁRIA DE UM POVO MORADORES SE ORGULHAM DA CAPACIDADE DE REALIZAR OBRAS COMUNITÁRIAS, DE ESTABELECER EMPRESAS DURADOURAS E DAS ATIVIDADES VOLTADAS À CIDADANIA

MARINGÁ, PR www.odiario.comJULHO DE 2016

ALVORADAFOTO: JC FRAGOSO

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EMPRESA JORNALÍSTICA EDITORA CENTRAL LTDAFundada em 29 de junho de 1974 por Joaquim Dutra

FILIADO AO INSTITUTO VERIFICADOR DE CIRCULAÇÃO

EDITOR-CHEFE Walter Téle Menechino

EDITOR DE SUPLEMENTOSClaudio Galleti

REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PARQUE GRÁFICOAv. Mauá, 1.988 Caixa Postal nº 1551CEP 87050-020 Maringá - PRPABX (44) 3221-6055www.odiario.com

REDAÇÃO (44) 3221-6020 - Fax (44) 3223-4696 [email protected]

ASSINATURAS (44) 3221-6075

COMERCIALFax (44) 3221-2546 (anúncios)Classifone (44) 3221-6000

PRESIDENTE Franklin Vieira da Silva

VICE-PRESIDENTE Rosey Rachel Vieira da Silva

DIRETOR-GERAL Josué Tadashi Endo

DIRETOR COMERCIAL César Luis de Carvalho

DIRETOR DE CONTEÚDO Michael Vieira da Silva

DIRETORA DE MERCADOLucienne Vieira da Silva

2 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

HISTÓRIA

Luiz de Carvalho [email protected] y

Meio século de memórias 111 Em quase meio século residindo na Alameda Ney Aminthas de Barros Braga, paralela à Avenida Pedro Taques, Maria Stin Knippleg, 79 anos, acompanhou, de perto, a construção das primeiras casas do Jardim Alvorada e, principalmente, a obra de edificação do Colégio Estadual Duque de Caxias, que ocupa uma quadra inteira bem em frente, onde ela mora. Ela estava também entre as pessoas que participaram da inauguração do prédio, que contou com as presenças do governador Paulo Pimentel e do prefeito Luiz Moreira de Carvalho. Foi no dia 10 de maio de 1968, durante as comemorações do aniversário de 21 anos de Maringá. Depois, Maria trabalhou, durante 23 anos, na escola. Nessas mais de duas décadas, viu o Grupo Escolar Jardim

Alvorada se transformar em Duque de Caixas, crescer e passar a ser denominado colégio estadual que, hoje, reúne cerca de 850 alunos matriculados. Maria conta que uma imagem que “não sai da lembrança” dela é a do in-cêndio que destruiu o prédio, em 1975. A construção era de madeira e o fogo a consumiu “em instantes”. “O Corpo de Bombeiros chegou rápido, mas não conseguiu deter as chamas”, recorda a antiga zeladora, agora, aposentada. Alunos, professores e funcionários ti-veram que sair às pressas, enquanto o fogo, iniciado por um curto-circui-to, destruía tudo. No ano seguinte, não houve aula no estabelecimento, que foi reconstruído em alvenaria.© ///Luiz de Carvalho

Colégio acompanha evolução Duque de Caxias oferece outras atividades aos alunos, além das disciplinas da grade curricular oficial

O Colégio Estadual Duque de Caxias é o estabelecimento de ensino mais antigo do Jardim

Alvorada e a construção do prédio, em 1968, foi tardia, pois, desde seis anos antes, centenas de crianças precisavam se deslocar a longas distâncias para estudar em escolas de outros bairros.

De acordo com a diretora Tânia Marly Silvestrini Dias, a escola passa por um processo de adaptação às necessidades atuais dos alunos e do bairro, para acompanhar a nova realidade do Alvorada. Ela destaca que vários projetos estão em andamento para oferecer aos estudantes outras atividades, além das disciplinas da grade curricular oficial.

Tânia cita o EcoDuque, desenvolvido em parceria com professores da Universidade Estadual de Maringá

Professora de Educação Artística, Janete Ferreira, mostra trabalho dos alunos; cartão de visita para quem chega à escola. — FOTO: J. C. FRAGOSO

Oferecemos ocupação para os alunos e, ao mesmo tempo, repassamos noções de alimentação saudável.” LEILA CARLA MACHADO DA SILVA Vice-diretora do Colégio Duque de Caxias

noções sobre alimentação saudável, responsabilidade com o ambiente e até sobre a economia que se faz ao produzir alimentos em casa.

Dentro do EcoDuque são realizadas também ações nas áreas de jardinagem, Arquitetura, para a manutenção da limpeza do pátio do colégio e do entorno do estabelecimento. Leila afirma que

houve uma época em que vizinhos acumulavam sofás velhos, colchões e outros objetos próximos à escola.

Com o trabalho de conscientização, desenvolvido pelos próprios alunos, o problema foi sanado e, até, foi possível por fim às pichações nos muros. “Hoje, os muros estampam pinturas feitas pelos estudantes com temas bem brasileiros”, frisa Leila.©

(UEM), que resultou em uma horta comunitária, cultivada no pátio do colégio, que é cuidada pelos próprios alunos.

A vice-diretora Leila Carla Machado da Silva ressalta que o objetivo da iniciativa é oferecer ocupação aos jovens, ao mesmo tempo em que, por meio de palestras e convivência com os agrônomos, são repassadas

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4 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

HISTÓRIA

Luiz de Carvalho [email protected] y

q TESTEMUNHA OCULAR

p Moradora do bairro, desde que o Jardim Alvorada foi loteado, Dulce Helena Canieli, participou da cerimônia de inauguração e foi aluna no primeiro ano de funcionamento do Colégio Estadual Duque de Caxias. Na escola, estudou durante oito anos e voltou, quando concluiu o Curso de História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), como professora.

Projeto vai resgatar história do ‘Alvoradão’ Professora de História, que nasceu e cresceu na região, e, hoje, ensina no Colégio Duque de Caxias, quer implantar museu sobre a trajetória do bairro

Desde que decidiu ser professora de História, Dulce Helena Canieli, alimentava o sonho de

elaborar um levantamento histórico sobre o Jardim Alvorada. Ela nasceu, cresceu, estudou e passou a ensinar na região. Desde 1962, quando os pais compraram um chácara, onde seria implantado o novo bairro, a historiadora testemunhou, praticamente, tudo o que a aconteceu no Alvorada.

Agora, com o projeto “Centro de Memória”, implantado no Colégio Estadual Duque de Caxias, do qual

“Centro de Memória” vai copiar fotografias antigas e ouvir pioneiros. — FOTO: REPRODUÇÃO é coordenadora, Dulce começa a dar o primeiros passos para ver o sonho dela concretizado. De acordo com a professora, a iniciativa é uma proposta ambiciosa. “Temos muito trabalho pela frente”, destaca.

Para fazer o resgate histórico, serão ouvidos os primeiros moradores do bairro, copiadas fotografias antigas, recuperados documentos e objetos relacionados à trajetória do Alvorada. “Pretendemos desenhar um cenário mais amplo, dos primeiros tempos do bairro até os dias atuais”, declara.

Na opinião da professora, o momento é ideal para se contar a história do Alvorada. Muitos dos primeiros moradores ainda estão vivos e as casas construídas na fase de implantação

estão conservadas. “A projeção é de que a região passe por um processo de verticalização e muitas dos imóveis pioneiros poderão ser demolidos para dar lugar a grandes edifícios”, afirma.

Dulce diz que a expectativa é que o material reunido sirva de subsídio para a produção de vídeos, possivelmente, para a elaboração de um livro, e resultar na implantação de um museu na escola. “Por ser o primeiro estabelecimento de ensino do bairro, o Duque de Caxias pode dar esta contribuição histórica. Para mim, mais do que um desejo é uma obrigação”, frisa.©

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6 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

HISTÓRIA

Luiz de Carvalho [email protected] y

q AVENTUREIRO

p Paulista de Ribeirão Preto, Lucílio de Held deixou a casa dos pais ainda menino. Depois de trabalhar em cidades do interior do Estado de São Paulo, com 17 anos, desembarcou em Londrina, que na década de quarenta do século passado ainda estava em formação. Em Londrina, atuou em diversas áreas, até descobrir o ramo imobiliário. Em sociedade com o sócio Adelino Boralli, que morava em São Paulo, fundou a Imobiliária Ypiranga. Embora tenha uma trajetória empreendedora em Maringá e até constituído família na cidade, Lucílio sempre teve a base em Londrina. Ele morreu no dia 12 de agosto de 1979, quando o avião em que viajava com o piloto e um amigo caiu em Guaíra (PR). Tinha 61 anos e vivia o período de maior produção dele.

Lucílio de Held foi um visionário Criador do loteamento, que originou o Jardim Alvorada, também urbanizou outras regiões da cidade

Aárea urbana de Maringá ainda se resumia aos poucos quarteirões de onde hoje é o

Maringá Velho, quando Lucílio de Held, na época um garoto de pouco mais de 20 anos, mostrou a visão de futuro dele e criou os primeiros loteamentos da cidade, todos na zona rural e distantes do núcleo urbano. Com a expansão da área urbana, pelo o advento do Maringá Novo, os loteamentos ficaram bem localizados

Empreendedor é considerado pioneiro do mercado imobiliário. — FOTO: REPRODUÇÃO

e, hoje, estão próximos da área central. Pode-se dizer que ele foi o pioneiro

do setor imobiliário, em Maringá, em uma época onde as vendas de terrenos urbanos só começariam dois anos depois, quando a Companhia Melhoramentos lançou o Maringá Novo. Os dois primeiros loteamentos de Held, a Vila Cleópatra, uma pequena fila de datas projetada na frente do portão do Cemitério Municipal, e a Vila Progresso, alguns quarteirões espremidos entre os terrenos onde, hoje, está localizado o Colégio Estadual Presidente Kennedy e o da 9ª Subdivisão Policial, margeando

a Avenida Mandacaru, já estavam ocupados e valorizados.

Ele também criou e vendeu a Vila Esperança, em pleno cafezal, e a Vila Christino, ao lado da rodoviária.

Held contabilizou uma das mais brilhantes trajetórias como loteador, sendo o “inventor” do Jardim Alvorada. Além da atuação, em Maringá, criou cidades como Alto Paraná, Terra Roxa, Cidade Gaúcha, Altamira do Paraná, abriu loteamentos em Osasco (SP) e o primeiro bairro classe A de Londrina, o Jardim Shangri-lá.

De acordo com a filha de Lucílio, Denise de Held Salinet, proprietária de um cartório, em Londrina, o pai era um “homem além do tempo” dele. Percebia um bom negócio, antes das outras pessoas. Para outra filha, Lucília Moema de Held Costa Curta, que nasceu e reside em Maringá, o empreendedor se “antecipou ao êxodo rural”.

Na criação do Jardim Alvorada, Lucílio contou com o apoio do engenheiro russo Alexandre Rasgulaeff, que projetou a área urbana de Londrina. Ele havia deixado a Companhia Melhoramentos e passou a prestar assessoria à Companhia de

Colonização e Desenvolvimento Rural (Codal), de Held.

Foi o russo que vendeu para a Codal a Fazenda Santa Lina, de propriedade dele, uma área de 182 alqueires, onde nasceria o maior loteamento da história de Maringá.©

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8 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

SERVIÇOS

Luiz de Carvalho [email protected] y

q SURFANDO NAS ONDAS MÉDIAS

p Eco Fundada pelo publicitário Hélio Barroso, um paulista empreendedor, a Rádio Atalaia foi inaugurada em 1963. No início, não teve condições de brigar com as duas gigantes, Cultura e Difusora, por falta de conseguir montar uma equipe de comunicadores de primeira. Nos anos setenta do século passado, com a morte de Barroso, a emissora foi adquirida por um grupo maringaense, que já controlava a Difusora e passou por uma profunda remodelação, sob o comando de Ademar Schiavone. Desde 1989, sob o controle da família do comunicador José Alves, a Atalaia manteve a essência musical, apesar de contar com programas de esporte, sobre saúde, direito e religião.

Drama policial para a cidade 111 Um dos programas de maior audiência do rádio maringaense foi levado ao ar na primeira semana de dezembro de 1967. Ao narrar o caso do menino Clodimar Pedrosa Lô, de 15 anos, torturado até a morte por dois policiais, duas semanas antes, a Rádio Atalaia parou a cidade. Naquele dia, a história do crime que chocou a população de Maringá consumiu a maior parte do horário do programa “Aconteceu”. Nas residências, praças, comércios e construções rádios de mesa ou

portáteis ecoavam o roteiro do rádio-teatro, que dramatizava os momentos finais da vida do garoto, membro de uma conhecida e numerosa família, residente na Vila 7. Programa policial, gravado em Londri-na, o Aconteceu dramatizava alguns dos crimes de maior repercussão no Brasil. Na época, era campeão do ho-rário e foi um dos responsáveis por firmar a Atalaia como uma das prefe-ridas dos ouvintes, na guerra pela au-diência com a Cultura e a Difusora.© ///Luiz de Carvalho

‘Vitrolão Brega’ migra para FM Rádio Atalaia se prepara para voltar a brigar pela audiência; na era de ouro, era preferida dos ouvintes

Enquanto a maioria das emissoras de rádio de Maringá está localizada no Centro, há 25 anos, o

Jardim Alvorada se orgulha de abrigar “um prefixo”, que, inclusive, é um ponto de referência na Avenida Pedro Taques.

Uma das campeãs de audiência, no período áureo do rádio, a Atalaia está no ar há 53 anos. Os estúdios foram transferidos para o endereço atual, em 1989, quando o animador sertanejo, José Alves, comprou a emissora.

“Todas as rádios de Maringá estavam localizadas no Centro e ele achava que a cidade havia crescido e era hora de descentralizar”, conta Marquinhos Alves, filho de José. O atual dirigente da emissora destaca que empresas, distribuídas pela cidade inteira, anunciam na Atalaia. Mas, as do Jardim Alvorada têm um carinho especial pelo prefixo. “Afinal, somos a rádio do bairro”, ressalta.

Em fase de transição, a Atalaia passa pela alteração de documentos e pela aquisição de equipamentos para começar a transmitir em Frequência Modulada (FM). A migração das Ondas

Moradores do Alvorada cultivam um carinho especial pela emissora, com estúdio na Avenida Pedro Taques. — FOTO: JC FRAGOSO

Médias ou Amplitude Modulada (AM), além do investimento, está sendo encarada como a principal aposta da direção para que a emissora volte a brigar pela liderança da audiência, na cidade.©

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SERVIÇOS10 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

Juliana Fontanella [email protected] y

q VOCÊ TAMBÉM PODE AJUDAR

p Informações Sobre doações individuais, carnês ou convites do jantar, na secretaria da paróquia (Praça Vicente Simino) ou com os líderes das comunidades de base. Contatos pelo telefone (44) 3028-3545 ou via internet pelo e-mail: [email protected].

Casa nova para celebrar 40 anos Comunidade católica está mobilizada para reunir recursos para concluir a Igreja São Francisco de Assis

Desde a primeira edificação católica do bairro, uma história de determinação e mobilização

comunitária é contada. Por volta de 1976, voluntários ergueram, com as mãos, a primeira igreja do Alvorada. Era feita em pedra como as construções do tempo do santo de devoção, Francisco de Assis.

O segundo tempo foi construído em 1981, com apoio dos fiéis e de doações de pessoas da comunidade, como José Carlos Santos, que conta a história em detalhes. Ele havia se mudado para o

Templo terá capacidade para abrigar mil fiéis, por celebração. — FOTO: J. C. FRAGOSO

Alvorada, em 1977, e recorda que o prédio, em alvenaria, tornou-se motivo de orgulho. “No Alvorada, temos essa marca do pioneirismo e da motivação. Quando queremos fazer algo acontecer, a gente se organiza e faz”, comemora o consultor ambiental.

Hoje, é no prédio que enche José de orgulho que o pároco Luiz Carlos de Azevedo e o vigário Paulo Felipe dos Santos realizam as celebrações da comunidade. Já são mais de 17 mil famílias organizadas pela paróquia e pelos líderes das comunidades eclesiais de base.

Padre Azevedo é considerado pelos moradores um “lutador incansável” e, como árduo defensor da preservação ambiental, pretende transmitir essa mensagem para as próximas gerações. “Seremos a primeira igreja ecossustentável da arquidiocese e, apesar de moderna, ela terá duas belas torres na fachada e um estilo de revestimento que confere um ar nostálgico ao visual do complexo”, afirma.

O engenheiro que assina o projeto, Antônio Bortoletto, destaca que a parte estrutural será entregue até o fim deste ano, exatas quatro décadas depois da construção da primeira igreja no bairro. “É uma obra, praticamente,

autossustentável. Nós projetamos um sistema de aproveitamento de água da chuva de 350 mil litros e os painéis fotovoltaicos instalados sobre o salão paroquial vão gerar boa parte da energia necessária. A edificação também recebeu as inclinações necessárias para garantir ventilação constante e reduzir o uso do ar-condicionado”, explica.

Doações Orçada em R$ 2,9 milhões, a obra está no ritmo previsto. O dinheiro vem do caixa da paróquia, de doações e dos carnês com prestações mensais

distribuídos à comunidade. Campanhas e ações específicas também ajudam. Só o Facebook arrecadou R$3 mil de uma vez. Dia 20 de agosto, acontece outra ação para arrecadar fundos, o Jantar Dançante da Família. O evento será no salão paroquial, onde será servida costela fogo de chão e acompanhamentos para até 400 pessoas. Depois, é só aproveitar o baile. O empenho dos paroquianos já garantiu metade do custo da obra, falta a outra metade.

A previsão é que o prédio, completamente pronto e decorado, seja entregue até 2018.©

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SERVIÇOS12 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

Raíssa Vaz Especial para O Diário y

87.32914.766Foi o número de pessoas atendidas na Biblioteca Municipal Pioneiro Nilo Gravena ao longo do ano passado.

Foi a quantidade de livros emprestados de janeiro a dezembro de 2015.

Encontros de gerações 111 Mais do que atividades de prazer individual, os projetos da Biblioteca Municipal Pioneiro Nilo Gravena estimulam a participação da família. É comum mães, filhos, tias, sobrinhos, avós e netos dividirem o espaço do Centro Comunitário. Crianças e adultos participam das oficinas ou, se preferirem, escolhem um livro ou revista para ler.

A estudante, Nathaly Eduarda Alves Monteiro, 11 anos, conta que, há dois anos, começou a participar dos proje-tos de leitura, com a escola do bairro. Hoje, é frequentadora assídua. Gosta de tudo e se sente realizada com os trabalhos manuais, de crochê, tricô, e miçangas; e com as competições e jogos.© ///Colaborou João Cláudio Fragoso

Diversão cria hábito da leitura Biblioteca realiza diversas atividades para estimular as crianças a ingressarem no incrível universo dos livros

O hábito de ler é vital para a evolução humana. Além de alfabetizar e de facilitar o

processo de comunicação, a leitura possibilita um despertar para um novo mundo. Na Biblioteca Municipal Pioneiro Nilo Gravena, uma série de atividades torna a atividade mais divertida.

A unidade foi inaugurada em 19 de dezembro de 1984. Em 29 de agosto de 1986, foi transferida para o prédio do Centro Comunitário do Jardim Alvorada, onde está localizada até hoje.

Na programação, a biblioteca oferece, além do acervo constituído por 15 mil livros, dos mais variados estilos, oficinas, clube de leitura, hora da história, entre outras ações direcionadas para todos os gostos e idades. Em julho, o tema das atividades é a Olimpíada, que este ano será realizada no Rio de Janeiro, entre cinco e 21 de agosto.

A bibliotecária Gilda Lopes Carreira, 54 anos, responsável pela administração da biblioteca comunitária conta que as oficinas possibilitam um incentivo e despertar para a leitura. “Nosso objetivo é fazer chegar o livro certo para o leitor certo”, destaca.

Além das atividades específicas, desenvolvidas ao longo desse mês, outros projetos de incentivo à leitura são colocados em prática, no decorrer do ano. Há o semeando história, a contação de histórias, história da história e o “Era uma vez uma história para vocês”, específico para os alunos das escolas do bairro, que vão à biblioteca, em horário

Nathaly é frequentadora assídua; participa e gosta de tudo que aprende. — FOTO: J. C. FRAGOSO

agendado, e se reúnem para ouvirem uma história.

No “Poesia e adolescente”, são trabalhados textos de escritores renomados como Mário Quintana, Vinícius de Moraes, Cora Coralina, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, entre outros. Gilda explica que, ao longo de três dias de atividades, os adolescentes produzem poesias inspirados nas obras dos autores.

A bibliotecária comenta que o projeto, realizado em todas as bibliotecas públicas da cidade, existe há sete anos. Um estímulo para os participantes é que as melhores poesias são selecionadas, premiadas e apresentadas em um recital ao fim de cada ano.

Gilda ressalta que ações diversificadas são fundamentais para a que a comunidade se envolva com a biblioteca, sensibilize-se e promova o interesse pela leitura. “É emocionante ver as pessoas que não tinham conhecimento algum, chegarem aqui, adquirirem conhecimento e repassarem o que aprenderam”, afirma.

Outro fator “mágico”, de acordo com a bibliotecária, é acompanhar a mudança de comportamento de jovens e crianças, promovida pelo hábito de ler. “É surpreendente, a transformação”, resume.

Para o público adulto, a unidade oferece cursos de artesanato, bordado, tricô e crochê, com troca de experiências. O projeto, realizado desde 2011, é desenvolvido por meio de uma parceria entre as secretarias de Cultura, de Educação, a biblioteca comunitária, e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf).©

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EMPREENDEDORISMO14 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

Luiz de Carvalho [email protected] y

Sabores, cores e odores do Nordeste Casa do Norte oferece cerca de 280 produtos da culinária brasileira; a maioria é de origem nordestina, mas também tem mineira e amazônica

Farinha d’água, torrada, branquinha, rapadura, cocada, requeijão, carne de sol, peixe

seco, camarão, feijão de corda, mangalô, azeite de dendê e outros produtos que dão os sabores, odores e cores à culinária nordestina podem ser encontrados no Jardim Alvorada, em uma lojinha de apenas uma porta, mas muito movimentada.

“Estamos no Jardim Alvorada, mas a Casa do Norte é da cidade, pois nossos clientes residem em quase todos os bairros. Tem até aqueles que moram em cidades vizinhas e em outros

Família de Valdecir Dias é tradicional no comércio de itens do gênero. — FOTO: JC FRAGOSO

Estamos no Alvorada, mas a Casa do Norte é da cidade, pois nossos clientes residem em quase todos os bairros.” VALDECIR DIAS Comerciante

Estados”, destaca o comerciante Valdecir Dias. Ele ressalta que as pessoas da região, quando passam por Maringá, aproveitam para levar carne de sol,

requeijão e outros artigos que não são encontrados nas cidades onde vivem.

De acordo com Dias, a Casa do Norte poderia estar no Centro da cidade, mas ele preferiu se instalar na Avenida Pedro Taques, porque “além de ter grande movimento, é mais fácil para conseguir um imóvel bem localizado e com mais facilidade para estacionamento”.

O comerciante deve saber o que diz, porque toda a vida empresarial dele é no ramo de artigos do Norte e Nordeste. No Estado de São Paulo, a família dele soma outras 24 lojas do gênero.

Ele revela que a carne de sol e o requeijão são os produtos mais procurados, mas “os doces também vendem muito”. Ao todo, são cerca de 280 itens. Nem todos, porém, são verdadeiramente nordestinos. Há os

de Minas Gerais, principalmente as cachaças e as pimentas. Também tem os produzidos em São Paulo e na Região Amazônica.

Sobre os clientes, Dias afirma que o perfil deles é eclético. Tem os nordestinos e os de outras regiões do País. “Nossos produtos têm sabor e agradam a qualquer paladar. Nem só os nordestinos gostam de carne de sol ou requeijão”, declara.

A dona de casa Juscelina Guimarães é paranaense de Santa Fé. Ela mora no Jardim Alvorada há quase 40 anos e nunca esteve no Nordeste e nem tem descendência nordestina, mas é freguesa da Casa do Norte desde a abertura do estabelecimento. “Onde mais a gente vai encontrar uma carne de sol como esta ou camarão seco?”, questiona.©

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EMPREENDEDORISMO16 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

Fernanda Bertola [email protected] y

Distração vira fonte de renda para família Silva Vassouras ecológicas são produzidas a partir de garrafas PET; durante a semana, ponto de venda de Jeci Coelho da Silva é a Praça São Vicente

Há dois meses, o aposentado Jeci Coelho da Silva, 51 anos, morador de Paiçandu, bate ponto na Praça

São Vicente durante a semana. É naquele local que ele puxa uma cadeira e, enquanto bate papo com quem passa pelo lugar, passa o dia oferecendo as vassouras ecológicas que fabrica, com a ajuda da mulher e de dois auxiliares. O produto, vendido para incrementar a renda da família, é feito com garrafas PET, e a técnica de produção, garante ele, é mais elaborada que a da concorrência.

O aposentado começou a fabricar o utensílio doméstico em setembro do

Vendedor conta que os produtos, que fabrica, duram dois anos ou mais. — FOTO: J. C. FRAGOSO ano passado. O objetivo dele, na época, era só um: distrair-se. Em 2014, depois de ser atropelado na Avenida Colombo, precisou parar de trabalhar, por causa das complicações que apareceram em uma das pernas, e a rotina em casa se tornara tediosa. “Fui visitar meu irmão em Alto Paraíso, Rondônia, e vi lá uma pessoa que fazia. Achei muito legal. Falei com a mulher, que fazia. Ela me ensinou e, depois, que voltei comecei a fazer em casa”, diz.

No início, como a atividade funcionava como uma terapia, Silva passava os dias cortando garrafas, matéria-prima para as vassouras, e, enquanto se divertia, aprimorava o produto aos poucos. No fim, acabava dando os utensílios para vizinhos, conhecidos e parentes, que

eram só elogios. A resposta positiva sobre as vassouras,

boas para varrer e esfregar, segundo Silva, fizeram amadurecer a ideia de fazer da “brincadeira” uma fonte de renda. Depois de perceber a oportunidade, partiu para a montagem de uma estrutura capaz de fabricar vassouras em maior quantidade. Se não desse certo, relembra ele, no mínimo, a distração estava garantida.

Para ampliar as possibilidades de venda, o aposentado apostou em ceder produtos em consignação a ambulantes. Entretanto, um calote pôs fim à estratégia. “Vendedores foram para Paranavaí, Cianorte e outras cidades vender as vassouras. Mas alguns acabaram não me pagando. Foram R$ 1,3 mil de prejuízo. Agora, eu vendo direto para o consumidor e quem quiser vender também, tem que comprar no atacado para revender”, destaca.

Depois do episódio, Silva resolveu, ele mesmo, fixar um ponto na Avenida Mandacaru. Mas com o tempo, dois dos revendedores também se instalaram na via. Silva passou, então, a considerar a região bem abastecida, e decidiu levar as vassouras para vender em outro bairro: o Alvorada. “Aqui, perto da Praça São Vicente, tem muita dona de casa e, ao mesmo tempo, muitas empresas”, completa.

Sempre sentado, por causa das dores que sente em uma das pernas, sequela do atropelamento, e que o obrigam a

tomar dois comprimidos por dia, Silva não reclama. Vendendo o produto a R$ 15 - quem revende chega a repassar a R$ 30, dependendo da região -, no fim do mês a receita bruta, segundo ele, é de cerca de R$ 2 mil. “Essa é a nossa ajuda em casa”, reforça.

Tecnologia A principal diferença entre o produto que Silva fabrica e o da concorrência está no arremate. Enquanto nas vassouras dele a amarração é feita, totalmente, em PET, nas outras, usa-se arame. O único componente que não é plástico na vassoura de Silva é o cabo, que é de madeira. “Quando comecei a fabricar soube que aqui em Paiçandu tinha gente que fazia, mas não com o meu padrão. Eu aperfeiçoei a forma de fazer. Mandei fazer máquina para cortar e tudo”, frisa.

Por dia, são utilizadas entre 350 e 400 garrafas PET, sendo que para cada vassoura são necessárias 28 garrafas. Ele garante de dois a três anos de duração, mas assegura que há relatos de que o utensílio aguente de quatro a cinco anos. A matéria-prima, que Silva compra, confere ao utensílio doméstico carac-terísticas sustentáveis e resistência. Aliás, ligado nos movimentos do mer-cado, típico de um empreendedor, usou esses argumentos para elaborar a propaganda que consta no cartão de vi-sitas, que diz: “Vassouras ecológicas - alta durabilidade”.© /// Colaborou João Cláudio Fragoso

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EMPREENDEDORISMO18 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

FernandaBertola [email protected] y

Comércio de motos é com elas Mãe e filhas administram revenda desde o ano passado; Mulher Motos afastou preconceito e atraiu clientes

Arevenda de motos, localizada no cruzamento das avenidas Lucílio de Held e Sophia Rasgulaeff,

chama a atenção das pessoas que trafegam pelo local. O motivo é a fachada, que leva o nome da empresa: Mulher Motos.

A loja inaugurada no ano passado é administrada por mãe e filhas, que também se dividem no atendimento aos clientes. O negócio nasceu da união entre

Elizângela, Yandra e Taiane começaram a empresa com uma única moto. — FOTO: J. C. FRAGOSO

Quem foca na moto para trabalho, o bairro é melhor. Quem passa por aqui tem o perfil de cliente que procuramos.” TAIANE OLIVEIRA FLORIANO SILVEIRA Administradora da Mulher Motos

experiência e hobby. Elizângela Aparecida de Oliveira, 42

anos, a mãe, tinha certa bagagem no mercado de compra e venda, por causa de uma revenda de carros, do marido, onde chegou a ajudar. Ela também é apaixonada pelo universo das duas rodas e se encanta ao viajar de moto, mesmo que sempre na garupa, com um grupo de amigos.

Diante da necessidade de obter fonte de renda e do desejo de ser dona do próprio negócio, Elizângela uniu o útil ao agradável. “Foi uma boa opção”, resume.

Desde o início, as filhas, Taiane Oliveira Floriano Silveira, 21, Kauana Oliveira Floriano, 18, e Yandra Oliveira Floriano, 11, que hoje ajuda nas horas vagas, participaram, integralmente, do projeto da família. O quarteto, especialmente Elizângela e as duas meninas mais velhas, não mediram esforços para segurar o primeiro ano de empresa.

A empresária recorda que a empresa foi aberta com apenas uma moto para ser comercializada. O dinheiro dessa venda foi investido na compra de outra, e, assim, o negócio engrenou. “Pegamos mais uma, em consignação, vendemos e compramos outras”, ressalta Taiane, desenvolta e inteirada de todos os assuntos da empresa.

Mãe e filhas optaram pela venda de produtos usados e seminovos. Definiram, consequentemente, o público-alvo. Por essa razão, escolheram minuciosamente o ponto, que foi alugado, depois reformado. O local, garante Taiane, conta com bom fluxo de pessoas que vão do bairro para o Centro da cidade, e que também fazem o movimento contrário, a maioria a trabalho.

“Penso que uma loja com motos importadas teria mais sucesso no Centro. Mas, para a gente, que foca na moto para trabalho, apesar de também vendermos modelos para passeio, o bairro é melhor. Quanto mais antiguinha a moto, mais fácil de vender. Quem passa por aqui tem o perfil de cliente que procuramos”, ressalta.

Os principais clientes atendidos pelo time feminino são casais e mulheres, mas homens são, igualmente, bem-vindos. “Com o nome da loja, conseguimos chamar mais a atenção dasmulheres, e afastar qualquer tipo de preconceito. Nunca tivemos aqui alguémque ficou com o pé atrás por sermos mulheres à frente de um negócio de motos, porque a pessoa já entra ciente do que se trata”, declara Taiane.

Atentas à qualidade das motocicletas e à publicidade dos produtos em um site de vendas na internet, as meninas da Mulher Motos, hoje, colhem os frutos da dedicação. “De moto em moto, fomos crescendo. E, agora, já conseguimos preencher o espaço com diversos modelos”, completa Taiane.©

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EMPREENDEDORISMO20 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

Durante cerca de 28 anos, acordava às seis horas da manhã e trabalhava até à uma hora do dia seguinte.” INÊS ESSER DE SOUZA Costureira

Raíssa Vaz Especial para O Diário y

Sonho de criança; lucro de adulto Desde os 15 anos, Inês de Souza se aventura entre linhas, agulhas, tesouras, arremates e acessórios

A senhora de pele clara e olhar terno conta que, desde os 15 anos, vaidosa e de família humilde,

inspirava-se em mulheres da cidade para confeccionar os próprios vestidos. Inês Esser de Souza, 71 anos, recorda que a primeira peça, produzida sob encomenda por ela, foi para uma noiva. “Era um vestido de manga longa e gola de padre, feito de tafetá, com saia godê”, detalha.

Nascida em Querência do Norte (a 200 quilômetros de Maringá), aos 18 anos, Inês se mudou para Santa Cruz de Monte Castelo para fazer um curso de costureira. Concluída a aprendizagem,

Por causa de um problema na vista e de uma cirurgia de catarata, a costureira reduziu o ritmo de trabalho, mas espera retomá-lo até o fim do ano. — FOTO: J. C. FRAGOSO

ela foi obrigada a retornar à cidade natal, porque não tinha máquina própria para trabalhar.

Em Querência, retomou o trabalho na roça, ao lado dos familiares. Pouco

tempo depois, casou-se, morou em diversas cidades até chegar a Maringá, onde reside, desde 1981, no Jardim Alvorada.

Na Cidade Canção, já proprietária de uma máquina de costura, Inês passou a confeccionar roupas para uso dela e dos familiares e sob encomenda, para ajudar no sustento da família. Ela destaca ter costurado, à mão, todo o enxoval dos filhos.

Para conseguir entregar todas as encomendas, a costureira ressalta ter ficado cerca de 20 horas sentada à frente da máquina “Durante cerca de 28 anos, acordava às seis horas da manhã e trabalhava até à uma hora do dia seguinte”, revela.

Apesar da rotina pesada, Inês afirma que a realização do trabalho dela era ver

a satisfação dos clientes. “O gratificante é ver gente feliz e contente com o meu trabalho”, acrescenta.

Entre tantas roupas que produziu, ela cita uma peça confeccionada para uma debutante. Inês comenta que, para conseguir atender, exatamente, o pedido da cliente, usou da criatividade. “Eram 30 metros de tecido. Para conseguir armar e estruturar o vestido, amarrei um cano de mangueira”, declara.

Desde o início do ano, Inês, no entanto, foi obrigada a reduzir o ritmo de trabalho. Com problemas de visão, ela passou por uma cirurgia de catarata. Em breve, porém, ela espera estar plenamente recuperada para poder atender a clientela que cativou ao longo de três décadas e meia, residindo no Jardim Alvorada.©

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ESPORTES22 I ALVORADA O DIÁRIO DO NORTE DO PARANÁ JULHO de 2016

Juliana Fontanella [email protected] y

q INSCRIÇÕES ESTÃO ABERTAS

p Como fazer Acesse a página da Secretaria de Esportes www2.maringa.pr.gov.br/esportes e acesse o link “Corrida Rústica do Jardim Alvorada”. O prazo termina dia 22 de julho. Outras informações: 3220-5750.

Corrida rústica será em agosto Um dos principais eventos desportivos da cidade promete reunir centenas de atletas de sete a 70 anos

Uma tradição desportiva para os moradores do bairro completa dezoito anos, neste ano: a Corrida

Rústica do Jardim Alvorada - “Prova Professor Vicente Pimentel Dias - Pare de Fumar Correndo”. A edição de 2016 será realizada no dia sete de agosto, um domingo, com a participação de competidores de sete a 70 anos. A competição é promovida pela Prefeitura de Maringá, em parceria com o Projeto Tabagismo da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

No ano passado, a prova ocorreu em dezembro. De acordo com a gerente de Recreação e Lazer, Dirlene Cristina Peniani, coordenadora do evento, a nova Prova reúne atletas em favor da saúde e do esporte. — FOTO: SANDRO CABRAL/EUCORRO.COM

data tem o objetivo de possibilitar que um número maior de atletas participe da competição. “No fim do ano, há coincidência de datas, pois é um período de realização de outras provas na região, por causa disso, no ano passado, o número de participantes foi menor”, destaca.

Dirlene ressalta que a Corrida Rústica é uma competição onde a comunidade participa em família. Pais, avós, filhos e netos participam. Cada um na categoria dele. A prova também tem uma participação maciça dos grupos de corrida da cidade e da região, especialmente, da Associação dos Corredores de Rua de Maringá (Acorremar) e do Clube 12 km. “Por isso, procuramos facilitar a participação de todos”, afirma.

Combate ao tabagismo A competição tem como principais objetivos o incentivo ao esporte e cuidados com a saúde, sobretudo, no combate ao tabagismo. A ideia é falar, abertamente, sobre os riscos à saúde provocados pelo fumo, especialmente aos mais jovens. É nessa faixa etária que a maioria experimenta o cigarro e, muitas vezes, torna-se fumante para o resto da vida. “Mesmo que o competidor termine a prova, o desempenho fica comprometido, por causa do cigarro. Então, a própria corrida ajuda na conscientização, porque quem fuma não tem fôlego”, enfatiza Dirlene.

Homenageado O nome da prova é um reconhecimento em vida a um atleta maringaense, que fez história no atletismo, Vicente Pimentel Dias. Desde 1969, ele construiu uma trajetória de sucesso como competidor e treinador nas pistas. A carreira como desportista foi encerrada em 1976, mas Dias continua envolvido com o esporte, sobretudo na coordenação e promoção de novos talentos, por meio da Associação de Atletismo de Maringá (AAM).

Entre tantos títulos e medalhas, está

o recorde da prova dos 1.500 metros rasos da Competição Internacional de Atletismo de São Paulo, que foi mantido por 11 anos, de 1976 a 1987. Dias foi campeão brasileiro universitário, bicampeão da Prova Tiradentes (1975 e 1976) e tricampeão da extinta Prova Pedestre Sussumo Itami (1971, 1972 e 1973). Também motivo de orgulho para ele é ter sido o primeiro técnico do atleta Fernando Alex Fernandes, campeão brasileiro de Atletismo.

“O nome da prova me foi concedido pela Câmara Municipal e, desde então, estou presente em cada corrida

prestigiando o evento. É importante vincular a corrida ao combate ao tabagismo, porque, quando você vence o cigarro, ganha saúde. Este ano, com certeza, vou estar lá novamente”, afirma Dias.

Contagem regressiva Para e edição deste ano, as inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 22 de julho, sem taxa. Garantida a participação, cada competidor deve levar um quilo de alimento não-perecível no dia da entrega do chip de participação, geralmente, na véspera da corrida.

A expectativa dos organizadores, esse ano, é ter 1.600 pessoas na pista. Em relação ao percurso, a distância varia de 1.300 metros, para corredores pré-mirim, a 5 mil metros, a partir da categoria juvenil. No pódio sobem seis campeões, por categoria, três do sexo feminino e três do sexo masculino. Todas as provas acontecem no período da manhã e a concentração dos corredores será na Praça Professora Ester Gonçalves Josepetti, a partir das 7h45.©

PÓDIO

Pré-mirimMirimInfantilJuvenil

2008 e 20092005 e 20072002 e 20041999 e 2001

CATEGORIAS NASCIDOS ENTRE:

Medalhas para todos que completarem as provas

Troféus para os três primeiros colocados em cada categoria e um aparelho de DVD

PREMIAÇÃO

AdultoMasterVeterano AVeterano BVeterano CVeterano D

1987 e 19981997 e 19861967 e 19761957 e 19661947 e 1956antes de 1946

CATEGORIAS NASCIDOS ENTRE:

Medalhas para todos que terminarem a prova

Troféus para os três primeiros colocados de cada categoria

PREMIAÇÃO

INFOGRAFIA O DIÁRIO

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