o dialeto - dezembro

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CAPUXO, UMA VOZ NA FAVELA Antônio Marcos da Silva. Comerciante na Vila Natal, em Cubatão. Capuxo, como é conhecido, chegou à Baixada Santista há 29 anos, veio como a maioria dos retirantes nordestinos em busca de uma vida melhor. Capuxo é líder comunitário da favela do Caic. Ele, ao lado da comunidade, lutou para conseguir que a água chegasse às moradias do bairro. PÁGINAS 8 E 9 Frase do mês Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. Mande sua frase para [email protected] Segunda-feira 10/12/12 Edição 19 Ano 2 Chico Xavier Um jornal direcionado ao pUblico nordestino da Baixada Santista Anuncie 13. 3385.9777 PÁGINA 3 PÁGINA 4 PÁGINA 5 Saboreie as receitas do Festival Gastronômico Danado de Bom Frente de trabalho vai beneficiar 232 pessoas em Praia Grande MUSEU LUIZ GONZAGA. Um Passado Sempre Presente O DIALETO LUIZ GONZAGA A VOZ QUE REDESCOBRIU O NORDESTE Nos 100 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, o Brasil rende homenagens ao homem que apresentou, em melodia, a dor e a beleza do nordeste do país e deixou um verdadeiro legado para a música popular brasileira. PÁGINAS 6 E 7

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Page 1: O DIALETO - DEZEMBRO

capuxo, uma voz na favelaAntônio Marcos da Silva. Comerciante na Vila Natal, em Cubatão. Capuxo, como é conhecido, chegou à Baixada Santista há 29 anos, veio como a maioria dos retirantes nordestinos em busca de uma vida melhor. Capuxo é líder comunitário da favela do Caic. Ele, ao lado da comunidade, lutou para conseguir que a água chegasse às moradias do bairro. PÁGINAS 8 E 9

fras

e do

mês

Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.

Mande sua frase para [email protected]

Segunda-feira10/12/12Edição 19Ano 2

chico xavier

Um jornal direcionado ao pUblico nordestino da Baixada Santista

Anuncie 13. 3385.9777

PáginA 3 PáginA 4 PáginA 5

Saboreie as receitas do festival Gastronômico Danado de Bom

Frente de trabalho vai beneficiar 232 pessoas em praia Grande

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Nos 100 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, o Brasil rende homenagens ao homem que apresentou, em melodia, a dor e a beleza do nordeste do país e deixou um verdadeiro legado para a música popular brasileira. PÁGINAS 6 E 7

Page 2: O DIALETO - DEZEMBRO

Segunda-feira, 10 de dezembro 2012 • Página 2

deste artista é que mes-mo depois de 23 anos de sua morte (2 de agosto de 1989) ele ainda é reveren-ciado. neste ano de 2012, por conta do centenário, produções cinematográ-ficas, shows, documentá-

rios e releituras de suas canções enchem o país com o tesouro deixado pelo Rei do Baião.

Gonzaga era um exí-mio instrumentista e sofis-ticado inventor de melodia e harmonias ganhou noto-

riedade com as antológi-cas canções Baião (1946), Asa Branca (1947), Siridó (1948), Juazeiro (1948), Qui nem Jiló (1949) e Baião de Dois (1950). Cantava vestido com rou-pas típicas do nordeste e,

por isso, teve papel funda-mental por disseminar a cultura de seu povo pelo país.

Luiz gon-zaga morreu em 2 de agos-to de 1989, aos 76 anos, vítima de parada car-diorrespirató-ria, no Hospital Santa Joana, na capital per-nambucana.

Seu corpo foi velado em Juazeiro do norte e, pos-teriormente, sepultado em seu município natal, Exu.

no entanto, sua obra é eterna. Renovada a cada ano que passa e mais atu-al do que nunca.

Opiniao~

celebrando um legado

ODIALETOVocê leitor pode falar mande um e-mail para [email protected]

“Tá complicado deixar o carro estacionado próximo a av. Mallet em Praia grande. É a se-gunda vez que tenho o carro assaltado. Tantos bares ali e não havia uma viatura da PM no sábado, 1º. Cade a segurança gente?”.

Afonso Pereira Guedes - Canto do Forte

“Como tem lixo na maioria das ruas de Vicente Carvalho. Parece que a bairro está abandonado. Já basta convivermos com medo da violência, agora a sujeira também. Tá dificíl pra gente”.

Mariana de Castro Souza - Guarujá

“Aproveitando o espírito de Natal queria pedir para o Papai noel que eu consiga em 2013 visitar meus familiares em Juazeiro do norte, terra do meu Padim Padi Ciço! Deus vai dar certo”.

Fátima Aparecida das Dores - Cubatão

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E x p E d i E n t E • Fone: 13. 3385-9777 e-mail: [email protected] - www.cassiobueno.com.br/odialeto

O Jornal O Dialeto é uma publicação da Cassio & Bueno Editora Ltda - CnpJ: 13. 342.109/0001-59 Avenida Conselheiro Nébias, 707 - sala 01 - CEP: 11.045- 003 - Boqueirão - Santos - SP

Jornalista responsável: mtb: 46737/SP - Projeto Gráfico: Cassio & Bueno Design GráficoCirculação: Cubatão, Praia Grande, São Vicente e Vicente de Carvalho

As matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Foi Gonzagão que lançou luz às problemáticas do povo nordestino

com tom de orgulho e força

Dia nacional Do foRRó - Desde 2005 comemoramos oficialmente em 13 de Dezembro o Dia Nacional do Forró. Uma data que para muitos não passa da simples celebra-ção de um ritmo, mas que para uma legião de forrozeiros apaixonados representa uma ode ao seu mestre criador, Luiz gonzaga.

Mais do que exaltar o reinado de Luiz e a beleza de seu baião, o Dia nacio-nal do Forró está carregado de significados essenciais para este ritmo tão sujeito a preconceitos e com espaço exíguo na indústria musical mains-tream. O 13 de dezembro vem conferir crédito e respeito aos músicos e forrozeiros que, não obstante as intempéries no caminho, carregam com

orgulho a bandeira do forró pé-de-serra.

No centenário do nas-cimento de Luiz gonzaga não se comemora apenas um artista querido. É, sim, a celebração de um lega-do musical e cultural. Foi gonzagão que lançou luz às problemáticas do povo nordestino com tom de or-gulho e força. Além disso, conseguiu o feito de driblar o sucesso limitado ao eixo Rio-São Paulo e abriu de vez as portas para a mú-sica do nordeste do país, deixando registrado na his-tória um ritmo que até hoje influencia a música popular brasileira.

A prova da importância

O centenário de nascimento de Luiz Gonzaga é mais do que festa por conta de uma data. É a celebração de um verdadeiro legado cultural

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Página 3 • Segunda-feira, 10 de dezembro 2012 NOSSO CANTO

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Saboreie as receitas do festival Gastronômico Danado de Bom

Já começou a busca pelo prato que é a cara da cidade de Cubatão: a 2ª edição do Festival gastronômico Danado de Bom promete agitar os restaurantes participan-tes. As receitas originais, criadas especialmente para o Concurso, já fa-zem parte dos cardápios dos estabelecimentos comerciais que disputam o Festival, podendo ser apreciadas por morado-res e turistas.

Quem vai decidir qual delas será a "Receita Da-nada de Boa" é a comis-são julgadora, composta por representantes das indústrias, jornalistas e especialistas em gas-tronomia. E, pelo jeito, a escolha não será nada fácil: os chefs elaboraram receitas diferentes, mas apenas a mais "arreta-da" será eleita. Entre os destaques há o "Guisado de carne de cabrito", da Cantina Tia Jô (Rua goi-ás, 253). A receita, entre outros ingredientes, tem manteiga de garrafa, co-minho e creme de cebola. Será servida de segunda a sábado, no almoço e no jantar.

Já o Restaurante Tra-dição - vencedor do ano passado - traz a novida-de "Beiju Nordestino com arroz ao pequi", com o

Estabelecimentos servem os pratos inspirados na culinária nordestina nas próximas semanas

sabor forte e inigualável do pequi, fruto bastante apreciado em terras nor-destinas, além da tapioca ou beiju. A receita contém, ainda, carne seca e legu-mes sautê. O Tradição fica na Rua São Paulo, 260, e o prato será servido às terças e quintas-feiras durante o almoço.

O que dizer do "Feijão Tropeiro Nordestino", do Restaurante Kid? Essa deliciosa mistura das culi-nárias mineira e nordesti-na, traz o feijão-de-corda como elemento principal, tudo bem temperado com bacon, torresmo e couve. O Kid está na Rua São

José, 98, instalado dentro da galeria Vagner Tenó-rio. O delicioso prato pode ser apreciado todas as quintas-feiras, durante o almoço.

O "Arroz Danado de Bom II" vai abrir o apetite de qualquer um, trazendo carne seca, queijo coa-lho gratinado, pimentão, tudo bem temperado ao gosto nordestino. A recei-ta poderá ser conferida de segunda a sexta-feira, em horário do almoço, no Restaurante Primor, que fica na Av. Joaquim Miguel Couto, 600.

Já o Restaurante "Aqui no Bistrô" (Av. Brasil,

447, Jardim Casqueiro) preparou uma "releitura" de sanduíche, recheado dos sabores típicos como carne seca, queijo coalho e manteiga de garrafa. O diferencial vem por conta de ingredientes nada tradi-cionais: tamarindo, açúcar mascavo e gengibre. O san-duíche de carne seca com molho de tamarindo poderá ser saboreado todos os dias, no almoço e jantar.

Outro estabelecimen-to, a Cantina Sabor Soli-dário, instalada dentro do Paço Municipal, também decidiu aderir ao Festival, mas não à competição. O projeto, voltado à econo-

mia solidária e geração de renda da comunidade, vai oferecer a receita de carne seca na manteiga com ar-roz branco e pirão de mo-cotó, toda sexta-feira, na hora do almoço. A Cantina Sabor Solidário fica dentro do prédio da Prefeitura no Paço Municipal (Praça dos Emancipadores, s/nº).

Julgamento A escolha da receita

vencedora será feita por uma comissão formada por cinco pessoas. Os três primeiros colocados receberão certificado e troféu. O resultado será di-vulgado a partir de 18/12.

Muito mais do que a com-petição, o Festival Gastro-nômico tem por objetivo movimentar restaurantes e lanchonetes da cidade, incrementando o acesso de moradores e turistas. "Festivais ligados à culiná-ria sempre agitam o mu-nicípio, ainda mais com o apelo da gastronomia nordestina, tão presente em Cubatão. Acreditamos que os estabelecimentos participantes recebam realmente maior número de visitantes por conta do Festival, a exemplo do ano passado", afirmou o secretário de Turismo, Luiz Carlos Costa.

FOTOS: DIVULGAÇÃO/PMC

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Segunda-feira, 10 de dezembro 2012 • Página 4

CUCO-CUCOcampina GRanDe - A revista americana Newsweek escolheu, na edição de abril de 2001, 9 cidades de destaque no mundo que representam um novo modelo de Centro Tecnológico e que Campina Grande (Paraíba) está presente na lista? A única cidade escolhida da América Latina. Em 2003, mais uma menção foi feita à cidade: desta vez referenciada como o “Vale do Silício brasileiro”, graças,

além da high tech, às pesquisas envolvendo o algodão colorido ecologicamente correto. As 9 cidades escolhidas pela Newsweek foram: Akron (Ohio - EUA); Huntsville (Alabama - EUA); Oakland (Califórnia - EUA); Omaha (Nebraska - EUA); Tulsa (Oklahoma - EUA); Campina Grande (Paraíba - Brasil); Barcelona (Espanha); Suzhou (China); Côte d’Azur (França).

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frente de trabalho vai beneficiar 232 pessoas

pessoas em situação de rua são acolhidas

Evento de assinatura contou com a presença do secretário estadual do Emprego e Trabalho

Dando continuidade ao atendimento de pes-soas em situação de rua, entre eles alguns dependentes químicos, a Força Tarefa de Gua-rujá acolheu 21 pessoas em dois pontos do Muni-cípio: em Pitangueiras, região central da cidade e na ponte da Avenida Santos Dumont, próximo UPA Rodoviária.

Uma pessoa foi pre-sa em flagrante por por-te de drogas. Outra que apresentou problemas mentais foi encaminhada para tratamento e acom-panhamento na rede de Saúde Mental. Foi ve-rificado que outras três pessoas eram de outras cidades e, no mesmo dia, foi providenciada a volta para seus mu-nicípios de origem. Os outros acolhidos foram encaminhado para o Al-bergue Municipal, onde tem a possibilidade de tomar banho, trocar de roupa e se alimentar.

Esse tipo operação é realizada a cada quin-ze dias. Para a Diretora da Proteção Social Es-pecial, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania, Eliane Ake-mi, estas pessoas preci-sam de tratamento.

“A maioria dos aten-didos são dependentes químicos. É necessário uma articulação inter-setorial, visando fluxos de encaminhamentos necessários para a pro-moção de acesso aos di-reitos dos indivíduos, às demais políticas públi-cas de saúde, trabalho e emprego, educação, cultura, etc. geralmente eles tem família, mas os vínculos foram rompidos em decorrência do álco-ol e das drogas”.

O diretor da guarda Civil Municipal, pontua que um dos objetivos desta ação é detectar as pessoas que vem de fora da Cidade. “Queremos garantir o uso dos es-paços públicos por toda população, evitando que muitos que estão na rua fiquem causando trans-tornos ou pequenos deli-tos entre os munícipes”, explica.

A Força Tarefa para esse tipo de ação é com-posta por as Polícias Mi-litar e Civil; Guarda Civil Municipal (gCM), Divi-são de Controle de Zoo-noses, Desenvolvimento Social e Cidadania, Saú-de, Departamento de Fiscalização de Comér-cio e Posturas.

Mais uma Frente de Trabalho foi implantada em Praia Grande, benefi-ciando 232 pessoas que estavam desempregadas há mais de um ano.

O programa tem caráter emergencial e visa propor-cionar qualificação profis-sional e geração de renda às pessoas que estejam em situação de alta vulne-rabilidade social. Durante nove meses, os partici-pantes prestarão serviços à Prefeitura e, em contra-partida, receberão 150 ho-ras de qualificação profis-sional, uma bolsa-auxílio de R$ 210,00, crédito para a compra de alimentos no valor de R$ 86,00 e seguro de acidentes pessoais.

Criado em 1999, o pro-grama já beneficiou mais de 450 mil pessoas em todo o Estado. Em Praia Grande, 150 pessoas já ha-viam sido contempladas em junho deste ano.

Ao parabenizar os bol-sistas que estavam prestes a assinar seus contratos, o secretário estadual lembrou

AMAURI PINILHA/PG

que o serviço representa não só uma fonte de renda, mas uma oportunidade de vida. “A frente de trabalho é a porta de entrada para as pessoas que estão fora do mercado de trabalho. Mas temos que dar tam-bém uma porta de saída e isso é feito por meio dos cursos de qualificação. É com a qualificação que irão progredir”.

O secretário observou ainda que o programa re-flete diretamente na econo-mia do Município, uma vez que cada uma dessas pes-soas passa a ter uma ren-da que circula no comércio local. “Praia grande reali-zou um trabalho forte para a implantação das frentes

de trabalho, principalmente mantendo contatos com a Comissão Municipal de Em-prego e mostrando quais as necessidades da população em termos de empregabili-dade”.

Emocionado, o secre-tário municipal de Rela-ções de Emprego e Tra-balho, Getúlio de Matos, contou como foi o pro-cesso para conseguir as 232 vagas. “inicialmente, eram 120. Após a divul-gação da abertura das inscrições, recebemos 90 inscritos em um único dia e percebi que seria ne-cessário aumentar esse número. De fato, no últi-mo dia, tínhamos 232 ins-critos e corri para o diretor

regional, Márcio Miorim, que imediatamente in-termediou a negociação com a SERT, que cedeu as vagas. isso foi feito porque não queríamos que ninguém ficasse de fora. Queremos chegar a um momento em que nin-guém precisará da frente de trabalho, pois terá sua profissão”.

igualmente emociona-da estava Estella Ferrei-ra Siqueira, de 37 anos, que assinou o contrato e afirmou que está ansiosa para começar a trabalhar. “Voltar ao mercado de trabalho é muito bom. A chance de fazer um curso e aprender é uma oportu-nidade que poucos têm”.

Page 5: O DIALETO - DEZEMBRO

Página 5 • Segunda-feira, 10 de dezembro 2012 100 anosCUCO-CUCO

naTal ou Dia De naTal é um feriado e festival religioso cristão comemorado anualmente em 25 de Dezembro (nos países eslavos e ortodoxos cujos calendários eram baseados no calendário juliano, o natal é comemorado no dia 7 de janeiro), originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno

(natalis invicti Solis), e adaptado pela igreja Católica no terceiro século d.C., para permitir a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano, passando a comemorar o nascimento de Jesus de nazaré. O natal é o centro dos feriados de fim de ano e da temporada de férias, sendo, no cristia-nismo, o marco inicial do Ciclo do natal que dura doze dias.

Minha Sanfona minha voz o meu baiãoEste meu chapéu de couro e também o meu gibãoVou juntar tudo de presente ao museuÉ hora do AdeusDe Luiz rei do baião

Hora do Adeus - Luiz Gonzaga

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muSeu luiz GonzaGaum passado Sempre presente na mitologia grega, as

Musas, divindades que ins-piravam as artes, possuiam um templo próprio chamado museum, palavra do latim, de onde derivaria o termo museu. Esses espaços se justificam como depositários da memória de um povo. E é pelas memórias do pro-fessor José nobre de Me-deiros, ou simplismente Zé Nobre, que mergulhamos numa extraordinária histó-ria de admiração, que se transformou em amizade, e que, tendo como cenário Campina grande, consoli-dou-se num compromisso de preservação memorial, materializado na criação do Museu Luiz gonzaga.

Sendo hoje um dos es-paços mais visitados por turistas e pesquisadores, o museu paraibano guarda, ainda, uma das mais impor-tantes coleções de discos de Luiz gonzaga de todo País, compreendendo to-das as fases da discografia dele, desde o disco de 78 rotações por minuto (os rpm com duas musicas), os acetatos (disco: propa-ganda de produto, jingles políticos), discos de 10 e 12 polegadas, de 33 rotações (os LPs de 8, 12 músicas), e compactos simples e du-plos (2 a 4 músicas), de 33

e 45 rpm.Além da importante dis-

cografia, iconografia e fo-nografia do Rei do Baião, o Museu Luiz gonzaga de Campina grande (PB) guarda, ainda, preciosas coleções completas e in-completas de discos de di-versos artistas brasileiros, especialmente os de origem nordestina expoentes da MPB: Jackson do Pandei-ro, Marinês; Dominguinhos; Trio Nordestino; Zé Calix-to; Genival Lacerda; Ary Lobo; Os Três do Nordeste e diversos outros cantores, compositores e músicos.

Localizado no bairro do Cruzeiro, na Rua Presiden-te Costa e Silva, quem che-ga ao Museu Luiz gonzaga, se depara com três estátuas de aproximadamente 1,90 cm de altura pesando 800 kg cada uma, representando a tríade da cultura e fé nordes-tina, Luiz gonzaga, Padre Cícero e Frei Damião.

Ao entrar no Museu o visitante encontrará, à dis-posição, um acervo de 200 quadros que mostram a his-tória da música nordestina, com discos originais e fotos em alta resolução que con-tam a história de Gonzaga em momentos especiais , inclusive em comerciais. Objetos pessoais do gon-

zagão, desde o inconfundí-vel gibão à inseparável san-fona, podem ser apreciados em perfeito estado para ale-gria dos visitantes.

Todo um acervo de àu-dio e vídeo nos ajudam a entender quem era a pes-soa por traz do mito do Rei do Baião; são arquivos ra-ros da década de 50 até a atualidade, que contam a história da música popular nordestina e como o rádio acabou sendo um importan-te meio para consolidação da nossa musicalidade.

O sanfoneiro e cantor Dominguinhos é um dos grandes colaboradores do Museu Luiz gonzaga pa-raibano, hoje reconhecida-mente uma das principais entidades brasileiras de preservação, fomento e di-fusão da vida e obra de Luiz gonzaga, ao lado do Museu Aza Branca, em Exu(PE) e do Memorial Luiz gonzaga do Recife (PE).

FOTOS: JOSÉ MÁRIO

TexTo exTRaÍDo Da ReviSTa conviveR, eD. 16 / campina GRanDe/pB

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Segunda-feira, 10 de dezembro 2012 • Página 6rei do baiao

O nordeste e o Brasil unem os seus segmen-tos culturais para a co-memoração do centená-rio de nascimento de um dos seu mais precisosos talentos dentre tantos ou-tros que também deixaram marcas importantes na luta pelo reconhecimento dos nossos valores, tantas vezes renegados e até ri-dicularizados. isto por falta de quem mostrasse que o nordeste não era apenas povoado por cangaceiros pavorosos, coronéis radi-cais reprimindo uma gen-te sofrida e sem qualquer importância no cenário político , ecônomico so-cial e cultural nos anos 30 do século passado.

Refiro-me ao extraor-dinário menino prodígio Luis gonzaga do nas-cimento - Rei do Baião - gonzagão. nascido no amanhecer de uma sexta-feira, 13 de dezembro de 1912, num casebre humil-de na Fazenda Caiçara, no pé da serra do Araripe, próximo ao riacho da Bri-gida, atual município de Exú - Pernambuco. Muito cedo Luiz gonzaga come-çou a freqüentar tudo que era festa na região locali-zada nas divisas do oeste de Pernambuco com o Ceará. De novenas aos famosos "sambas", como eram conhecidas as im-provisadas festas de for-ró. Ali, os trabalhadores faziam promessas e pe-diam ajuda aos santos ju-ninos (Santo Antônio, São Jõao e São Pedro) para que lhes protegessem com boa colheita de fei-

luiz GonzaGaa voz Que ReDeScoBRiu o noRDeSTe

no Batalhão de Guardas. Deveria ficar ali esperan-do embarque no Loyd Brasileiro para o Recife até chegar de trem ao Crato, menos de 70 quilô-metros de Exú. Não tinha planos de ficar no Rio de Janeiro, e nem tão pouco

tentar a vida artística, em-bora fosse proprietário de uma linda sanfonada de 8 baixos.

Um amigo o viu lim-pando a sanfona e falou de um ambiente no Man-gue, onde o futuro artista poderia ganhar dinheiro,

na então Capital Federal.Descoberto pelo gui-

tarrista Xavier Pinheiro, dono do ponto que ele ocupou, passou a acom-panhá-lo. Xavier o levou para morar em sua casa no Morro de São Carlos. Este instrumentista, tam-

Sem a existência de Luiz Gonzaga não se contaria com o milionário acervo da música popular nordestina e brasileira. E , muito menos, a legião de músicos que surgiram e se revelaram grandes talentos artísticos a partir do que propagou, produziu e defendeu por mais de 50 anos Luiz- Lua- Gonzaga- O Gonzagão.

jão de corda, milho verde, mandioca e algodão. Aí as coisas " melhoravam" para o "Mestre Januário", pois, contando com boa safra, os festejos eram multiplicados com bailes todos os finais de sema-na. Luiz com seis ou sete anos foi flagrado pelo pai bolindo com as sanfonas guardadas em um quarti-nho anexo ao casebre.

Um namoro as escon-didas com a jovem na-zarena, Milfont (Nazinha) provocou sério constran-gimento culminando sua fuga de casa aos 18 anos incompletos para For-taleza. Lá após aumen-tar a idade para 21 anos alistou-se no 23 Batalhão de Caçadores, onde após

percorrer vários esta-dos ganhou o apelido de "Bico de Aço". No estado de Minas Gerais conhe-ceu vários artistas que o ensinavam e o incenti-varam a aprimorar-se na arte de tocar acordeom, já que como seu pai, do-minava foles de oito bai-xos, muito mais difícil de ser dominado.

O apoio moral do coronel Manoel Aires de Alencar, advogado e po-lítico, dono da Fazenda gameleira, no Araripe que ordenou suas filhas a en-sinar o adolescente Luiz gonzaga a ler e escrever. Somando-se a este gesto, outros estudos na escola de Escoteiros do sargento Aprígio da PM do Rio de Janeiro, que residiu pou-co tempo ali.

Servindo ao exército em plena revolução de 30, Luiz gonzaga, muito admirado pela sua espi-rituosidade e fino humor, também tinha uma ver-dadeira paixão por Virgo-lino Ferreira da Silva, o famoso capitão Lampião (1898-1938), rei do can-gaço, verdadeiro herói dos meninos do sertão. Daí, anos depois a razão dele ter caracterizado as suas vestimentas como os cangaceiros nordesti-nos.

Foi esta transforma-ção que mudou a vida de Luiz gonzaga para o mundo artístico, até en-tão nunca inventada.

Ao desembarcar no Rio de Janeiro em 1939, Luiz Gonzaga, já fora do exército, recebeu abrigo

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Página 7 • Segunda-feira, 10 de dezembro 2012

luiz GonzaGaa voz Que ReDeScoBRiu o noRDeSTe

rei do baiao

despontou como instru-mentista, apenas tocando sanfona. Ele só veio ser admitido como cantor em 1946\47.

Dias depois ele en-saiou o que memorizou do pai e surpreendeu o estu-dante cearense Armando Falcão e outros cearenses e pernambucanos com uma mistura de chame-go na sanfona que quase botam no chão o frequen-tado cabaré naquela mar-cante noite. Um "olheiro" da gravadora Americana RCA Victor vinha seguin-do as suas apresentações e o apontam como grande revelação naquele mo-mento em que a música internacional perdia espa-ço. Contratado, Luiz gon-zaga começou a se bater com os diretores de rá-dios e produtores que não admitiam vê-lo cantando, mas só tocando. Pruden-te, aceitou e venceu seus algozes.

Seu sonho era encon-trar um letrista ( composi-tor) para o gênero musical que pretendia propagar a partir do Rio de Janeiro chegando aos ouvidos dos nordestinos que naquela época povoavam a então Capital Federal e São Pau-lo. Lauro Maia o levou ao advogado cearense Hum-berto Teixeira e logo os dois firmaram uma exitosa parceria de sucesso com a fenomenal Asa Branca. Meu Pé de Serra , Juazei-ro, entre outras músicas inesquecíveis .

A parceria explodiu e se firmou com a chegada do seu conterrâneo Zê Dantas,

que produziu. A volta da Aza Branca letra I, Riacho do na-vio, Xote das Meninas e mú-sica com motivações para os festejos juninos do Sul do nordeste.

Com o ascendente su-cesso, Luiz gonzaga atraiu outros compositores nor-destinos como Miguel Lima, Jõao Silva, Zé Mar-colino, Onildo Almeida, Severino Ramos, Antonio Barros, Zé Clementino, Jadui Filizola, Raimundo grangeiro, João do Vale, Luiz Bandeira, Domingui-nhos e o seu filho Luiz Gonzaga junior, o " Gon-zaguinha" grande orgulho e herdeiro , porém faleceu dois anos depois de sua morte.

Desta legião de com-positores foram gravadas 675 músicas em 52 anos de vida artística, além de compor 30 músicas sozi-nho, gravadas por ele e outros intérpretes. Tam-bém participou de mais de 50 discos de outros cantores nordestinos in-fluenciados e lançados di-retamente por ele ao lon-go da vida encerrada em 2 de agosto de 1989, aos 76 anos de idade.

Como grande reconhe-cimento do seu valor, em 2000, o povo de Pernam-buco escolheu Luiz Gonza-ga como o "Pernambucano do Século". Também, o ex-presidente Lula, sancionou uma Lei Federal de autoria da paraibana Luiza Erun-dina, declarando no dia 13 de dezembro data do nas-cimento do famoso Rei do Baião-Luiz gonzaga, como o dia nacional do forró.

bém conhecido por Baia-no, logo se tornou novo mestre e protetor de Luiz Gonzaga. Foi ele quem ensinou os truques de ganhar dinheiro na vida noturna nos cabarés do mangue carioca.

Os programas de ca-

louros nas rádios, a partir de 1940, eram sucessos e verdadeiros celeiros de re-velações artísticas em to-dos os rítimos e gêneros.

O apresentador mais importante era Ary Bar-roso. Foi no seu progra-ma, que Luiz gonzaga

FOTOS: REPRODUÇÃO

TexTo e imaGenS exTRaÍDoS Da ReviSTa conviveR,

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Segunda-feira, 10 de dezembro 2012 • Página 8NOSSA CULTURA

Da ReDação

Do plantio do feijão, no sertão baiano, à liderança comunitária na Baixada Santista. O caminho de Capuxo

Personagem

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“As pessoas me chamavam

de favelado por eu gostar

de morar na favela"

"faço poR amoR De veR alGuém SenDo aJuDaDo”

Antônio Marcos da Silva. Comerciante na Vila natal, em Cubatão, há mais de uma década. nascido em Irecê, Bahia, 55 anos. Comerciante na Vila Natal, Cubatão, há

mais de uma década. Ca-puxo, como é conhecido, chegou à Baixada Santis-ta há 29 anos, veio como a maioria dos retirantes nordestinos em busca de uma vida melhor.

E o que difere Antônio de tantos outros antô-nios?

Capuxo é líder comu-nitário da favela do Caic. Ele, ao lado da comuni-dade, lutou para conse-guir que a água chegas-se às moradias do bairro. no meio de tantos, é um ouvido que está sempre atento às reclamações. Figura conhecida pelas suas reivindicações. Por trás da cortina do dia a dia, é um protagonista na história da cidade.

A vida na roça, plantando feijão desde os oito anos de idade em irecê, cidade situ-ada no eixo norte da

Chapada Diaman-tina e com pouco mais de 61.000 habitantes, não

era o suficiente para ele.

Capuxo não se aventurou por acaso.

Seu irmão mais velho já vivia em Cubatão, e

por isso ele decidiu que havia chegado a sua hora também. Fez as malas e veio embora. Chegou aqui e gostou do que viu. “Me senti muito bem aqui, gostei, me senti muito bem”, relembra.

altos e baixosUma coisa que o sur-

preendeu foi a rapidez com que conseguiu um emprego “fichado” como pedreiro. Esse foi o pri-meiro de muitos ofícios desenvolvido por ele. Trabalhou em postos de gasolina, como frentista, lubrificador, foi tratorista e há mais de dez anos é dono de seu próprio co-

mércio. Nesse período, Capuxo

começou a ajudar algumas pessoas, e já sentia na pele o preconceito de ser “favela-do”. “As pessoas me chama-vam de favelado por eu gos-tar de morar na favela, foi o único preconceito que sofri”, afirma.

Mas isso na verdade deu mais força para esse “cabra da peste” seguir em frente e fazer o bem. Atento a todas as necessidades da popu-

lação, ele começou a aju-dar com recursos próprios, quando podia, e a fazer reivindicações à prefeitura. Desta forma, ele passou a ser referência no complexo habitacional que compreen-de a Vila natal e o Caic.

Pai de quatro filhos, Ca-puxo relembra que apesar de muitos momentos bons, a vida nem sempre foi fácil. Segundo ele no período do Governo FHC ele vivia pra-ticamente como “mendigo”,

pois não existiam empregos fixos, apenas temporários. Ele agradece com toda a sua força ao governo Lula, que considera ter trazido dignida-de novamente à sua vida.

irecê x cubatãoSem meias palavras,

quando questionado, a res-posta está sempre pronta e de supetão. Sobre um possí-vel retorno às suas origens, ele rechaça automaticamen-te. Diz gostar muito de irecê,

mas em Cubatão seus filhos nasceram e crescem, seus amigos vivem, e ele acredita que a cidade precisa muito mais dele aqui, do que ire-cê.

“gosto muito de ajudar as pessoas, faço por amor de ver alguém que tem menos que eu sendo ajudado”, rela-ta com extrema humildade.

Antônio Marcos da Silva, nascido em irecê, 55 anos, um ilustre desconhecido. Mas quando vira Capuxo,

transforma-se em líder co-munitário, altivo na busca de melhorias para sua gente. Dois nomes, uma só histó-ria e a vontade de ter mais. Segundo Capuxo, ele apren-deu a ter prazer em ajudar o próximo. Aprendeu também a ter orgulho de ser da 'fave-la' e lutar por ela. Ele explica que deixou sua terra natal para brilhar no anonimato da periferia. O que importa mes-mo, diz, é tornar a vida de al-gumas pessoas mais alegre.

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Página 9 • Segunda-feira, 10 de dezembro 2012

"faço poR amoR De veR alGuém SenDo aJuDaDo”

NOSSA CULTURA

anuncie13.3385-9777

[email protected]

Operador de telemarketing, motoboy e conferente de numerário são os destaques da semana

mércio. Nesse período, Capuxo

começou a ajudar algumas pessoas, e já sentia na pele o preconceito de ser “favela-do”. “As pessoas me chama-vam de favelado por eu gos-tar de morar na favela, foi o único preconceito que sofri”, afirma.

Mas isso na verdade deu mais força para esse “cabra da peste” seguir em frente e fazer o bem. Atento a todas as necessidades da popu-

lação, ele começou a aju-dar com recursos próprios, quando podia, e a fazer reivindicações à prefeitura. Desta forma, ele passou a ser referência no complexo habitacional que compreen-de a Vila natal e o Caic.

Pai de quatro filhos, Ca-puxo relembra que apesar de muitos momentos bons, a vida nem sempre foi fácil. Segundo ele no período do Governo FHC ele vivia pra-ticamente como “mendigo”,

pois não existiam empregos fixos, apenas temporários. Ele agradece com toda a sua força ao governo Lula, que considera ter trazido dignida-de novamente à sua vida.

irecê x cubatãoSem meias palavras,

quando questionado, a res-posta está sempre pronta e de supetão. Sobre um possí-vel retorno às suas origens, ele rechaça automaticamen-te. Diz gostar muito de irecê,

mas em Cubatão seus filhos nasceram e crescem, seus amigos vivem, e ele acredita que a cidade precisa muito mais dele aqui, do que ire-cê.

“gosto muito de ajudar as pessoas, faço por amor de ver alguém que tem menos que eu sendo ajudado”, rela-ta com extrema humildade.

Antônio Marcos da Silva, nascido em irecê, 55 anos, um ilustre desconhecido. Mas quando vira Capuxo,

transforma-se em líder co-munitário, altivo na busca de melhorias para sua gente. Dois nomes, uma só histó-ria e a vontade de ter mais. Segundo Capuxo, ele apren-deu a ter prazer em ajudar o próximo. Aprendeu também a ter orgulho de ser da 'fave-la' e lutar por ela. Ele explica que deixou sua terra natal para brilhar no anonimato da periferia. O que importa mes-mo, diz, é tornar a vida de al-gumas pessoas mais alegre.

O Posto de Atendimento ao Tra-balhador (PAT) de São Vicente divulga lista atualizada de oportunidades de emprego. Entre as principais, estão 10 vagas para operador de telemarketing, 06 para motoboy e 05 para conferente de numerário. Além dessas, existem outras 17 vagas disponíveis.

Para se cadastrar, basta compare-cer à sede do PAT (Rua Frei Gaspar, 2.577 – Beira-Mar) de segunda a sex-ta-feira, das 8 às 17 horas, portando RG, CPF, número do NIT, NIS, PIS/PA-

SEP ou Cartão do Cidadão, carteira de trabalho e comprovante de residência. A inscrição é gratuita.

O local oferece outros serviços, como emissão de carteiras profissio-nais, consulta às vagas disponíveis, área para empreendedores e inscri-ções para cursos profissionalizantes. Também estão disponíveis os ca-dastros para o Programa de Apoio à Pessoa com Deficiência (PADEF) e o Programa Estadual de Qualificação Profissional (PEQ).

posto de atendimento ao Trabalhador divulga 38 oportunidades de emprego

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Confira a seguir os cargos e o número de vagas:

10 Operador de telemarketing06 Motoboy (não precisa de moto)05 Conferente de numerário03 Atendente de farmácia02 Mecânico de motor a diesel02 Motorista carreteiro02 Empregada doméstica (arrumadeira)01 Motorista de caminhão01 Instrutor de informática01 Mecânico de caminhão01 Ajudante de cozinha01 Copeiro01 Pintor de autos01 Mecânico de refrigeração01 Motorista de caminhão (materiais para construção)

confiRa aS vaGaS DiSponÍveiS:

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Segunda-feira, 10 de dezembro 2012 • Página 10RANGO

Tapioca nordestina

inGReDienTeS1,5 kg de lombo de porco sem osso1 xícara (chá) de camarão seco des-salgado2 colheres (sopa) de óleo5 tomates sem pele e sem sementes2 dentes de alho picados1 cebola em fatias finas1 colher (sopa) de purê de tomateSalMolho de pimenta e pimenta-do-rei-no a gostoPara a marinada:2 dentes de alho1 folha de louro1 e 1/2 colher (sopa) de páprica (à venda nas feiras e supermercados)3 colheres (sopa) de azeite2 xícaras (chá) de vinho brancopimenta-do-reino a gosto

O Receitas com Amor vai te ensinar como fazer Carne de Porco nordes-tina. Se você procura algo diferente para surpreender sua familia e con-vidados experimente preparar uma deliciosa e suculenta receita que vai agradar a todos, então não perca tempo, junte todos os ingredientes siga as dicas e o passo a passo do

Receitas com Amor e surpreenda sua familia e convidados com essa deliciosa receita e é so se preparar para os elogios.

moDo De pRepaRo:Corte a carne em cubos e ponha em uma tigela. Prepare a marinada: misture o alho, o louro, a páprica, a pimenta, o azeite e o vinho. Junte a carne e misture. Cubra com filme plástico e leve à geladeira até o dia seguinte. Mexa de vez em quan-do durante esse período. Escorra a carne e reserve a marinada. Doure a carne no óleo. Transfira para uma tigela e reserve. na mesma panela refogue o tomate, o alho e a cebo-la. Tempere com o sal e a pimenta. Cozinhe por cerca de 20 minutos e junte o purê de tomate, o molho de pimenta, o camarão e a carne de porco. Mexa e regue com a marina-da reservada. Cozinhe no forno bem baixo por mais 1 hora ou até a carne ficar macia. Se necessário, adicione água quente aos poucos.

Dica:Se desejar, sirva polvilhado com coentro.

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Essa é pra você recortar e guardar, faça seu livro de receitas típica brasileiras

Faça suas anotações:

caRne De poRco noRDeSTina

CUCO-CUCO

ingrEdiEntEs1 kg de goma para tapioca;1 xícara de coco ralado, de preferência natural;Sal a gosto;Água para umedecer a massa;Recheio a gosto (queijo, presunto, carne, camarão, chocolate derretido, mel, calda de sorvete, doces, sorvete, etc).

Modo dE prEparoSepare 1 kg de goma em duas partes;Molhe uma delas com água, sem deixar ficar uma “papa”;Caso fique muito úmida, polvilhe com a outra parte até a massa escorrer entre os dedos;Também não pode ficar seca demais;Coloque sal a gosto e misture o coco ralado, de preferência natural (uma mão cheia);Depois, passe tudo numa peneira;Enquanto isso coloque a frigideira em fogo alto e dez segundos depois passe para o fogo médio;Coloque a goma na frigideira (não precisa de óleo) espalhando bem;Deixe aproxidamente entre 1 minuto e 1 minuto e 1/2;Vire, como se faz com uma panqueca;Está pronta;Coloque num prato e recheie;Dobre ao meio e saboreie.

o ano-novo ou Réveillon é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o começo do próximo. Todas as culturas que têm calendários anuais celebram o “Ano-Novo”. A celebração do evento é também chamada Réveillon, termo oriundo do verbo francês réveiller, que significa “despertar”. A comemoração ocidental tem origem num decreto do governador ro-

mano Júlio César, que fixou o 1 de janeiro como o Dia do Ano-Novo em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. celebração moderna - A passagem do ano-novo é, hoje, celebrada por todo o mundo e, normalmente, envolve queima de fogos de artifício em festas públicas, reuniões familiares ou com amigos, jantares ou ceias fes-

tivas e diferentes tipos de promessas e simpatias.

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Página 11 • Segunda-feira, 10 de dezembro 2012

ÁRiesNotícias e novidades do seu interesse devem

ser esperadas para o período da tarde. Favorável para as finanças, inventário ou herança. Bons lucros através de parentes ou propriedades.• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

TouRoDesde as primeiras horas do dia, procure

evitar atritos com pessoas de temperamento forte. Mais compreensão e inteligência em tudo para se aproveitar dos benefícios deste dia. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

GêmeosAproveite a fase para revelar suas fantasias

para a pessoa amada. Evite a falta de persistência e dê continuidade nos seus empreendimentos que conseguirá bons resultados. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

CânCeRCuidado com o amor à primeira vista.

Confie em si e fará associações que trarão bons resultados. Você atravessa boa fase nos negócios, o tempo é de muita sorte.• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

LeãoVocê atravessa um período de grande

atividade mental, e que deve ser dirigida adequadamente, porque do contrário, poderá lhe causar nervosismo.• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

ViRGemA sua vida está passando por uma fase de

muita comunicação, e lhe cabe o esforço de ultrapassar o seu limite, e expressar-se o máximo que puder. Dia muito bom para você. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

LibRAO dia é muito bom para quem precisa resolver

assuntos do coração. Tudo o que disser a respeito ao interesse pessoal e romântico, estará sob in-fluência benéfica.• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

esCoRPiãoAproveite o período para expressar melhor e

com mais dinamismo todos os seus sentimentos. Agindo assim, você só terá a ganhar e só será beneficiado. Inclinação para as pesquisas.• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

sAGiTÁRioNem tudo sairá conforme seus planos. Mas não

se aborreça, pois tudo, dentro em breve, mudará para melhor. Continue sendo cauteloso com seu dinheiro, com sua saúde e com a sua moral. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

CAPRiCóRnioAs pessoas do seu signo estão mais favorecidas

nesta fase. Aproveite as próximas horas para se dedicar à vida sentimental e cultural e conseguir bons resultados nas relações humanas em geral. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

AquÁRioO dia é excelente para os nativos que desejam

aventurar-se em um negócio próprio. Aproveite-o para colocar em dia seus assuntos pendentes e resolver uma situação com a pessoa amada. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

PeixesCom otimismo e entusiasmo conseguirá resulta-

dos surpreendentes. Boas chances se evidenciarão no trabalho favorecendo os planos que tem em mente. Confie nos seus familiares.• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

signos

ReceiTa De ano novo

RESENHA

Passe o tempoPoesiA

CUCO-CUCOo fim Do munDo SeRá em 2012? O que terminará é um dos

ciclos do Calendário Maia, que supostamente terminará em 21 de dezembro de 2012. O fenômeno cultural de 2012 inclui mitos, lendas ou fatos para explicar o que pode acontecer em 2012. Na história da humanidade várias datas já foram estabelecidas para determinar o final dos tempos e, provavelmente, outras datas para o fim do mundo

também serão estipuladas. O Calendário Maia é um sistema de calen-dários distintos. Os maia utilizavam um calendário de 260 dias para eventos religiosos e cerimoniais; um calendário solar de 365 dias; um calendário que combinava os dois primeiros e o calendário de longa contagem de aproximadamente 5.126 anos, que segundo alguns es-tudiosos termina em 21 de dezembro de 2012.

Para você ganhar belíssimo Ano Novocor do arco-íris, ou da cor da sua paz,Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido(mal vivido talvez ou sem sentido)para você ganhar um anonão apenas pintado de novo, remendado às carreiras,mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;novo até no coração das coisas menos percebidas(a começar pelo seu interior)novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,mas com ele se come, se passeia,se ama, se compreende, se trabalha,você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,não precisa expedir nem receber mensagens(planta recebe mensagens?passa telegramas?)

Não precisafazer lista de boas intençõespara arquivá-las na gaveta.

Não precisa chorar arrependidopelas besteiras consumadasnem parvamente acreditarque por decreto de esperançaa partir de janeiro as coisas mudeme seja tudo claridade, recompensa,justiça entre os homens e as nações,liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,direitos respeitados, começandopelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novoque mereça este nome,você, meu caro, tem de merecê-lo,tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,mas tente, experimente, consciente.É dentro de você que o Ano Novocochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

Solução

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BANCO 24

REACGARIMPEIRO

FINANCEIROSÃLEIGANTOMARALIDAMARTIRIZARENEMNASI

CUTIAPATACRADIOLOGIA

OPOSTRFORÇATAREFA

LEAFARSNIARAOASISTLGOODIA

ANCACALVINAEREOBOATO

Antenor Nascen-

tes, dicio-narista

Esfolar levemen-te peloatrito

Que nãose movi-menta

(?) Taylor,atriz

falecidaem 2011

Forçada;obrigada

Pequeno mamífero

roedor

Colocar(açúcar)

emA elitesocial

A "mão"do tigre

Coulomb(símbolo)

Funçãodo negritono texto

Letra daroupa do

Robin(HQ)

Iodo(símbolo)

AgênciaNacionalde Saúde

(sigla)

(?)Rabello,

violonista

"(?) Gar-cia", ro-

mance deMachado

Bom, eminglês

LuigiBaricelli,ator pau-listano

Não, eminglês

"(?) e Ha-roldo", HQ

de Bill Watterson

Distraído(fig.)

A sétimanota

musicalViolento

Ciênciaque

forneceimagens

paraauxiliardiagnós-

ticos

Trata com

Congênito;inerente

Afligir

Laica;secularTique

nervoso

Mineiroartesanal

Conjuntodos muni-cípios deuma me-galópole

Afeiçoar

1.101, emromanos

País da AméricaCentral cuja capital

é San JoséPatrulhas

Brado de cocheiros

Centros(?):WallStreet eAvenidaPaulista

Cançãode

DorivalCaymmi

RumorDesprovi-

do deconteúdo

Antiga banda dos

irmãos Gallagher

Carinho;carícia

A garupado cavalo

"Sereia"do

folclorebrasileiro

Conjuntode unida-des mili-

tares reunidastempora-riamentepara umaoperação

3/not. 4/good — pata. 5/cutia. 6/calvin.

Page 12: O DIALETO - DEZEMBRO

Segunda-feira, 10 de dezembro 2012 • Página 12

Para mais esclarecimentos, procure a Defesa Civil do seu município.

Casas, muros, paredes e encostas também podem cair.

Um breve relato da vida e obra de Santa Terezinha do Menino Jesus escrito de maneira singela e impecá-vel. A cubatense Viviane Veiga Távora teve a ideia, compôs o livro e ganhou o Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 - edição Patativa do Assaré, com apoio do MinC (Minis-tério da Cultura).

A publicação é de ex-tremo bom gosto. Os tex-tos, breves e profundos, mostram a realidade de simplicidade que permeou a vida da religiosa. Por

isso, Teresinha tem tan-tos devotos que a adotam como intercessora junto a Deus. O livro conta, ain-da, com lindíssimas ilus-trações da artista plástica Simone Matias. Apesar da publicação ter uma apa-rência a princípio infantil, pode ser lida e apreciada por leitores de qualquer idade, porque trata de um assunto universal: a fé.

Viviane Távora des-taca que o livro resgata uma parte importante da literatura religiosa do Bra-sil. "Podemos dizer que

esta obra está inserida no Ciclo Religioso da Li-teratura de Cordel, que é uma herança riquíssima da nossa tradição oral", afirma. "Cordel de Santa Terezinha" foi publicado pela Editora Cultor de Li-vros. Este é o quarto livro da escritora, que também já lançou: Mareliques da Praia-Louca, Pé de al-guma coisa pede outra e Decifrador de Poemas. Outras informações sobre a autora estão no www.va-raldecasa.blogspot.com .

O lugar escolhido para

escritora cubatense lança livro de cordel

o lançamento foi o Con-vento do Carmo, no cen-tro histórico de Santos. Após uma missa festiva e a apresentação do Coral da Alfândega, recheando com boa música cada es-paço da igreja, a manhã de autógrafos aconteceu no jardim do Convento, em um espaço bastante bucólico. "Escolhemos

esse local para o lança-mento porque tem tudo a ver. Santa Teresinha era uma religiosa carmelita e passou seus dias em um Convento semelhante a este, o do Carmo", disse a autora. A ideia era trans-portar os leitores a um es-paço semelhando àquele em que Teresinha viveu.

Toda a renda adquirida

com a venda do livro será revertida para obras sociais da Associação Aliança de Miseri-córdia que atualmente está em mais de 40 municípios brasilei-ros e 10 cidades espalhadas pelo mundo. Entre outras ações, a Aliança de Miseri-córdia tem diversas casas de acolhida de pessoas re-tiradas de situação de rua (www.misericordia.com.br).

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