o dia do terramoto

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Trabalho realizado por : Afonso Santos nº1 Daniel Martins nº8 Hugo Rodrigues nº12 6º Ano, Turma D 1

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Page 1: O Dia  do Terramoto

Trabalho realizado por :

Afonso Santos nº1

Daniel Martins nº8

Hugo Rodrigues nº126º Ano, Turma D

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Page 2: O Dia  do Terramoto

Dados Bibliográficos:Título: O Dia do TerramotoAutores: Ana Maria Magalhães e Isabel AlçadaEditora: Editorial Caminho

Dados sobre a obra:Tema Principal – Aventura e Ficção Científica Personagens Principais – Ana e João Lugar e Tempo da Ação - Portugal, Lisboa, Atualidade - PassadoResumo – A história é dividida em duas partes: a primeira parte fala da Ana e do João que acompanharam o avô Orlando que é cientista na Associação Internacional de Viagens no Espaço e no Tempo – AIVEC, para realizarem uma viagem ao passado para estudarem melhor o terramoto que aconteceu em 1755, que quase destruiu a cidade de Lisboa. Uma vez que foram com um mês deantecedência, tiveram a oportunidade de conhecer várias pessoas daquela época e acompanhar momentos importantes na vida de cada uma. No dia do Terramoto, eles ficaram muito aflitos com osamigos porque sabendo o que ia acontecer não podiam protegê-los da catástrofe. A segunda parte conta como aconteceu o terramoto.

Dados históricos sobre a obra:Espaço Histórico- LisboaTempo Histórico – 1755Acontecimentos Históricos – O TerramotoConceitos Históricos estudados e que não são apresentados no livro – Os efeitos causados pelo terramoto em Portugal.

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Page 3: O Dia  do Terramoto

A história do livro “O dia do Terramoto” é dividida em duas partes:

- A primeira parte conta as aventuras ocorridas durante a viagem que Ana e João fizeram ao Século XVIII, na máquina do tempo:

- A segunda parte conta como correu o Terramoto de 1755 e a reconstrução de Lisboa.

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Page 4: O Dia  do Terramoto

Chegada ao Século XVIII

Capítulo I - “A Máquina do Tempo” - pág 4

Capítulo II - “A Tourada” - pág 6

Capítulo III - “A Estalagem da Natária” - pág 7

Capítulo IV - ” Teresa Violante” - pág 8

Capítulo V e VI - “Palácio dos Teles de Menezes” - pág 9

Capítulo VII e VIII - “ O Lobo” - pág 10

Capítulo IX - “Natária” - pág 11

Capítulo X - “ Ópera do Tejo” - pág 13

Capítulo XI - “Depois da Ópera” - pág 14

Capítulo XII - “Volta à Maquina do Tempo” – pág 15

Capítulo XIII - “A Festa do Noivado” – pág 16

Capítulo XIV - “ O pedido de casamento à Teresa Violante” - pág 17

Capítulo XV – “ O Convento” - pág 18

Capítulo XVI - “ O Rapto” – pág 19

Capítulo XVII e XVIII – “ O Terramoto” – pág 20

Capítulo XIX – “ Lobo – A Surpresa” – pág 22

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Page 5: O Dia  do Terramoto

A história começa com a visita de Ana e o João à AIVET (Associação Inernacional de Viagens no Espaço e no Tempo ) para se encontrarem com o cientista Orlando para conhecerem a nova máquina do tempo que ele construiu. Eles estavam curiosos com o “cubo de cristal” .

Eles perceberam que Orlando estava triste porque tinha-lhe sido atribuído uma missão difícil para cumprir durante um mês, e não havia nenhum cientista para acompanhá-lo.

Os irmãos ofereceram-se logo para ir com ele para ajudá-lo, mas com uma condição, que não poderiam nunca alterar a história, que era o Código de Honra dos Cientistas. Eles iriam passar por momentos maus e criar amizades com outras pessoas, mas não poderiam preveni-los do que ia acontecer. A Ana e o João concordaram com a condição imposta pelo cientista e começaram a preparar a viagem para passarem um mês no século XVIII.

A viagem só iria demorar meia-hora, pois um dia no passado correspondia a um minuto nesta época. A máquina do tempo ficou com a forma de um balão e pousou no Estuário do Rio Tejo.

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No Terreiro do Paço decorria uma tourada e a Família Real assistia ao espetáculo dasjanelas do palácio.

Os cavaleiros vestiam casacas bordadas a ouro e prata, mostravam muita coragem e bravura ao confrontarem os touros.

Ana e João conheceram Jácome Ratton em condições estranhas, pois este tinha acabado de levar um golpe de navalha no pé, dado por um mendigo que queria roubar as fivelasde prata dos sapatos que o rapaz usava, ajudaram-no e ficaram amigos dele e do companheiro Anselmo.

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Como não podiam contar a verdade aos novos amigos, a Ana e o João inventaram uma história que eram do Norte, filhos de um comerciante do Porto, e viviam perto da Torre dos Clérigos e vieram visitar a cidade de Lisboa. A Ana atrapalhou-se um pouco e teve de mudar de conversa para não ser apanhada a mentir.

Jácome recomendou-lhes ficar na “Estalagem da Natária” onde se comia bem e os quartos eram agradáveis. Como a Ana estava exausta adormeceu profundamente e o João ficou na sala a beber com os amigos. De repente, entrou uma rapariga chamada Domingas que pedia que lhe dessem comida porque estava com muita fome. Mas tanto a Natária como as pessoas fizeram de contas que não a ouviam, e a Ana ficou muita incomodada com essa situação. A rapariga desmaiou e os irmãos levaram-na para casa. Na casa dela, a Ana teve a maior surpresa pois apareceu-lhe a frente o rapaz que tinha dado uma facada em Jácome, era o seu irmão Manuel, que os convida para jantar com eles um delicioso coelho que tinha acabado de roubar.

No final da noite, voltaram para a estalagem e Jácome mostrou-se muito interessado na Ana e mais uma vez o João entrou na brincadeira e inventou mais uma história sobre a irmã.

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De repente, bateram à porta da estalagem e como Anselmo estava a espera de uma carta levantou-se logo e foi abrir a porta e João quis saber o motivo de tanta aflição.

Jácome explicou-lhe que o amigo tinha-se apaixonado por Teresa Violante, que era de uma família muito rica, os Teles de Meneses.

Tinha-a conhecido durante uma missa e namoravam por carta, às escondidas, porque os pais nunca o aceitariam.

Costumavam-se encontrar na missa da tarde, mas como tinha havido a tourada naquele dia, eles não se puderam ver.

Com todas estas histórias, João não conseguia ter sono.

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No Palácio dos Teles de Meneses, Teresa ainda estava acordada e muito ansiosa porque não sabia se o criado tinha conseguido entregar a carta ao Anselmo ou se o pai tinha descoberto tudo. A mãe, Dona Henriqueta Violante, foi ao quarto sossegar a filha.

No dia seguinte e como tinham combinado, Anselmo deu uma carta de 11 páginas a João para este entregar ao seu amor. Como não conseguiu entrar no Palácio pelos portões, meteu conversa com uma criada para entrar pela porta dos fundos. Foi entrando até que chegou ao salão.

De súbito, teve que se esconder, pois entrou um jovem elegante que queria falar com o tio, ele ia pedir em casamento a mão da filha mais nova e o tio não concordou, porque pensava que ele vinha pedir em casamento a filha mais velha, a Teresa, que era esta que deveria casar em primeiro e não a Faustina, a filha mais nova. O tio mandou-o ir para casa para pensar melhor, e caso ele mudasse de ideias, tinha a autorização dele para casar com a filha mais velha.

Quando o criado levou esta noticia às duas irmãs, elas não aceitaram a proposta do pai e ficaram furiosas com ele, e cada uma foi chorar para o seu quarto.Só ao anoitecer é que Diogo Teles de Meneses resolveu ir-se embora do salão e foi então que a criada levou a Teresa, até ao pé do João, e este entregou-lhe a carta e saiu.

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Já fora do Palácio, João encontrou o Manuel que trazia um galo debaixo do braço que tinha acabado de roubar da capoeira dos Teles de Meneses, para fazer uma canja para a irmã que tinha passado a noite a tossir.

A meio do caminho, os amigos assistiram a um assalto a uma carruagem, e quando um dos ladrões percebeu que o companheiro ia ser esfaqueado deu com a sua perna de pau na cabeça do cocheiro, o qual desmaiou. A luta terminou quando ouviram ao longe outras carruagens e os ladrões pegaram em tudo o que puderam e fugiram dizendo que o Lobo ia ficar satisfeito.

O João e o Manuel também fugiram atrás do bando e foram encontrar-se com o chefe do gang , que era o pai do Manuel, o “Lobo”. O pai de Manuel chamava-se Valério,, mas ninguém o tratava pelo nome. Todos os respeitavam, todos tinham medo, bastava olhar para ele, para uma pessoa ficar impressionada. Depois de escurecer, o bando poderia atacar pessoas e carruagens, como assaltar casas e lojas. Não tinham um esconderijo certo, dormiam onde calhasse.

Manuel adorava o pai, mas não vivia com ele para proteger a irmã.

João estava a viver a melhor experiência da sua vida.

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João e Manuel voltaram ao nascer do sol e quando chegaram a casa, Martinho ralhou com eles porque não tinham dado notícias, de onde estavam e Ana e Domingas e passaram a noite aflitíssima à espera deles.

Mais tarde foram ter com o cientista para lhe pedir um favor, tinham sido convidados para visitar nessa noite a Ópera do Tejo mas não tinham roupas adequadas áquela época, e talvez a máquina do tempo pudesse ajudá-los a vestir com roupas a rigor.

Ana foi deitar-se e João foi dar uma volta a beira do rio e encontrou Natária que estava sozinha a olhar para o rio, era uma mulher infeliz e solitária e começou a falar com ela.

Perguntou-lhe o que estava a fazer, estando ela a olhar para as ondas do mar com um sorriso meigo, o que não era normal, e ela respondeu que estava a pensar como iria juntar dinheiro para ir visitar o seu filho que tinha ido viver para o Brasil.

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O espetáculo começava muito antes de abrir o pano. Havia grandes luxos a chegar à ópera. Ana fazia-se acompanhar por Jácome Ratton. Anselmo ansiava pela chegada de Teresa que chegou numa carruagem para não amachucar o vestido . Teresa e Anselmo por instantes olharam um para o outro apaixonados, sem verem mais ninguém à sua volta e o único ruído eram as pancadas dos seus corações.

Instalaram-se nas primeiras filas. De repente o camarote real iluminou-se e apareceram o Rei e a Rainha e o público levantou-se. Ana olhava deslumbrada para o camarote real. Nessa noite o rei tinha convidado um ministro para o camarote real. Ana ao ver o ministro ficou espantada, era o Marquês de Pombal.

Quando o pano abriu houve um grande ar de espanto, de admiração, estava tudo extraordinário. Entraram quarenta figurantes e Ana reconheceu logo um deles, era o João que estava em palco.Nunca tinha ido á opera e estava admíradíssima com as pessoas, os fatos, as cabeleiras. João não tinha ensaiado e já se enganara mais de uma vez.De repente, o rapaz sentiu um bicho a subir-lhe pelo pescoço e deu um passo em frente com a aflição e pisou a cauda do vestido de Colarini (a cantora), que se descoseu. O público desatou a rir á gargalhada e a cantora furiosa saiu do palco cheia de raiva arrancando uma cortina do cenário. Com tanta confusão à sua volta João fugiu correndo sem saber bem para onde, pois não conhecia o teatro.

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Enquanto os outros percorriam todos os recantos à procura do João, ele conseguiu esconder-se no camarim de um Castrati. Era um espaço incrível para João.

Vestiu-se de mulher a mando de Bianchardeli, pintou os olhos e a cara e pôs uma cabeleira. Ana e Ratton, entretanto procuravam por ele. De repente, quando iam de saída aparece-lhes João vestido de mulher e desataram às gargalhadas por o verem naquelas pobres figuras.

Ao voltarem para casa, D. Henriqueta Violante pediu ao marido que falasse com as filhas por causa do pedido de casamento à filha mais nova, para ele deixar a Faustina casar com o Bernardo que a deixaria muito feliz. Depois de a Rainha insistir tanto, o Rei concordou com o pedido.

Faustina saltou de felicidade e atirou-se ao pescoço do pai para lhe agradecer, estava radiante e quis logo contar a novidade a toda a gente.

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Quando Ana e João chegaram, Orlando tinha acabado de colocar uma sonda no fundo do mar, para verificar a intensidade do tsunami. Ana e João, questionavam-se porque é que a terra ia tremer e muita gente ia morrer.Ana pensava em Jácome Ratton, que era tão novo e simpático e João pensava nos outros todos.João teve uma ideia. Naquele aparelho cabiam quatro e eles só eram três, podiam salvar alguém.Em conversa com Orlando, ficaram a saber que Jácome Ratton como Anselmo iriam sobreviver ao terramoto e que iriam ser pessoas importantes.Ana e João discutiam sobre quem poderiam salvar. Domingas estava doente, podia ter tuberculose e morreria de qualquer forma. O Manuel era um ladrão, mas era um rapaz saudável, inteligente e dinâmico, se sobrevivesse poderia tornar-se um bom rapaz. João lembrou-se de Martinho, era uma boa pessoa, mas já era velho, deveriam escolher alguém mais novo. O João falou na Natária e a Ana, disse logo que ela era um monstro. João contou-lhe então, que ela tinha um filho no Brasil, de quem gostava mais do que tudo neste mundo. No final desta conversa, chegaram à conclusão que era perda de tempo discutir esse assunto, pois o Orlando, não concordaria salvar ninguém. Os dois irmãos foram então à estalagem, onde encontraram Bianchardeli, que vinha agradecer a João, pois a cantora Colarini, tinha sido despedida e ele ia ser a figura principal na festa de noivado dos Teles de Menezes. Tendo acabado por convidar o João, para o acompanhar à festa como seu assistente.

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Na festa de noivado, o João assistia a tudo com muita atenção.

Achou muito engraçado os jovens jogarem ao jogo das prendas, em que, se não respondessem certo uma sequência de palavras, tinham um castigo, que podia ir desde morder o cotovelo até uns beijos.

Durante a festa de noivado de Faustino e Bernardo, o tio da noiva (que era viúvo) pensou que a sobrinha mais velha, Teresa Violante, daria uma excelente noiva.

No final da festa, resolveu pedir a sua mão em casamento ao irmão, que ficou encantado com a ideia. O acordo foi selado com abraços.

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Teresa Violante foi informada que foi pedida em casamento pelo seu tio Miguel, ao que reage mal. O pior foi quando no meio da confusão, caiu do vestido um papel dobrado. Atrás das cortinas João deduziu logo, que era a carta para Anselmo. A mãe apanhou o papel e começou a ler:-Anselmo, meu amor...

Henriqueta Violante nem queria acreditar, e no meio desta confusão, decidiu que Teresa iria para o convento.

Depois desta cena, João que tinha escutado tudo, saiu do seu esconderijo e foi avisar Anselmo do sucedido.

Ao saber de tudo isto, Anselmo saiu com João à procura de uma pessoa que o poderia ajudar.

No caminho, caíram numa emboscada dos ladrões do bando do Lobo, mas para grande espanto de João, era este que Anselmo procurava. Lobo era afilhado da mãe de Anselmo e tinha muita consideração por toda a família. Depois de explicar o que acontecera, Lobo disponibilizou-se para o ajudar a raptar Teresa Violante.

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Enquanto tudo isto acontecia, no convento faziam-se os preparativos para a chegada de Teresa Violante.

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Anselmo e o bando do Lobo prepararam uma armadilha para raptar Teresa Violante porque ele não queria que ela fosse para o convento.

Quando chegou o dia, o bando raptou-a e fugiram para bem longe só que o Lobo não conseguiu fugir e foi capturado pelos soldados.

A noticia de que o Lobo tinha sido capturado espalhou-se rapidamente pela cidade.

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Como era véspera do dia do terramoto e o tempo que eles tinham para permanecer naquele lugar tinha terminado, muito tristes, tiveram que se despedir dos amigos à pressa sem poder contar-lhes o que ia acontecer no dia seguinte. Eles sentiam um desconforto com a situação por não conseguirem salvar nenhuma vida e preferiam não ter conhecido ninguém.No dia seguinte, Orlando, Ana e João entraram na máquina do tempo e reprogramaram-na para voltar. Enquanto a máquina flutuava no ar, eles assistiram com tristeza àquele desastre.A cidade de Lisboa começou a cair como se fosse um baralho de cartas, as pessoas gritavam,“É o fim do mundo...”. As paredes das casas, igrejas e monumentos rachavam, os tetos caiam, as janelas partiam-se. Depois, veio o fogo que se alastrou por vários pontos da cidade.Mais tarde, uma onda gigante arrastou tudo por onde passou e deixou Lisboa completamente destruída.Ficaram contentes quando viram que os amigos tinham sobrevivido ao terramoto.Eles reconheceram o Marquês de Pombal que tentava acalmar a população pedindo para que estes enterrassem os mortos e tratassem dos vivos. Ele conseguiu afastar-se da crueldade dos factos para poder agir com rapidez, sem perder o controlo da situação. Perturbados com esta destruição, Ana e João foram ajudar uma pessoa ferida que estava em apuros porque tinham acabado de lhe roubar a roupa e João todo furioso correu atrás dos ladrões chamando-os “bandidos”.Os irmãos continuaram a ajudar mais pessoas que vissem pelas ruas destruídas.

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Devido ao terramoto, Manuel e Domingas ficaram presos por debaixo dos escombros da casa e o seu pai veio salvá-los,

As pessoas ficaram surpreendidas por aquele homem ter arriscado a sua vida para salvar a Domingas. O Lobo pediu às pessoas para virem ajudá-lo a retirar mais pessoas que estivessem na mesma situação dque a rapariga.

Para surpresa do Marquês do Pombal e da população que assistiam àquela cena , viram o Lobo trazer ao colo uma criança que a entregou-a mãe que estava desesperada sem saber o que tinha acontecido com a criança.

Sob as ordens do Lobo, o grupo continuou a salvar pessoas naquele bairro.

Mais tarde, o Marquês de Pombal decidiu atribuir o cargo de “encarregado do bairro” ao Lobo por este ter tido a coragem de uma “besta feroz e as qualidades de um chefe” para salvar tantas vidas.

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No dia 1 de novembro de 1755, Lisboa foi destruída por um terramoto. Era dia de “Todos os Santos” e as pessoas preparavam-se para passear pelas ruas e ir assistir à missa. Havia muitas velas acesas nas casas e nas igrejas.O primeiro abalo de terra foi muito violento, as casas, os prédios e as igrejas começaram a cair e muitas pessoas ficaram soterradas debaixo.Para além do terramoto de terra, houve também um maremoto que destruiu mais prédios e afundou muitos barcos no rio Tejo. Passado algum tempo, houve um segundo abalo muito violento que acabou por destruir prédios, igrejas e edifícios públicos que tinham ficado de pé.A cidade incendiou-se devido às imensas velas que tinham sido deixadas acesas nas ruas e igrejas, o que ajudou a alastrar as chamas por todos os lados.Morreram milhares de pessoas e as que sobreviveram rezavam nas ruas, cobertas de pó, outras corriam desorientadas de um lado para outro à procura dos filhos, dos pais. Gerou-se muito pânico entre a população.Durante horas, os abalos continuaram mas mais fracos. Lisboa ficou praticamente destruída, ruíram casas, monumentos, igrejas e bibliotecas por todo o país.

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A Família Real tinha ido para Belém e quando se deu o terramoto não tiveram grandes estragos. Ao contrário de Belém, a residência principal da corte (Palácio da Ribeira) foi destruída, o que meteu medo à Família Real, por isso, D. José I, mandou construir um pavilhão de madeira no Alto da Ajuda, e foram para lá viver e sentiam-se em segurança.O rei organizava festas, banquetes, e as touradas eram um dos seus espetáculos preferidos. Realizavam-se espetáculos de ópera e concertos de música no palácio do rei.D. José I dividia o tempo entre caçadas, touradas e festas deixando o governo cada vez mais nas mãos do Marquês de Pombal.

Chamava-se Sebastião José de Carvalho e Melo. mas ficou conhecido por Marquês de Pombal.Foi um homem inteligente, culto, firme nas suas decisões e foi muito importante na reconstrução da cidade de Lisboa.Como o rei não sabia governar, nomeou ministros para resolverem os problemas e um deles foi o Sebastião José. Foi a partir dessa altura que o Marquês de Pombal teve oportunidade de mostrar do que era capaz. Durante os 27 anos que durou o reinado de D. José I, foi o Marquês de Pombal quem governou o país .

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Após o terramoto de 1755, o Marquês de Pombal conseguiu manter muita calma e tomou medidas rápidas e muito eficazes na reconstrução da cidade de Lisboa:1.Começou por mandar enterrar os mortos ou que fossem atirados ao mar, com medo que surgissem doenças como a peste;2.Mandou trazer comida das quintas, aldeias e vilas para dar à população que estava com fome;3.Proibiu que os navios portugueses e estrangeiros saíssem do Porto de Lisboa;4.Todas as pessoas eram forçadas a regressar a Lisboa para ajudar na reconstrução.

Durante este período, houve muitos roubos e o Marquês de Pombal ordenou aos soldados que apanhassem os ladrões e como castigo seriam enforcados sem haver julgamento.

O Marquês de Pombal tinha um plano para reconstruir Lisboa e aprovou arrasar os edifícios em ruínas e construir um plano moderno para a zona central da cidade com ruas largas e direitas.

Decidiu também. que os prédios tivessem vidros para dar conforto às pessoas.

Um dos grandes problemas para resolver era o lixo e a água suja que era jogada para a rua, ele optou por fazer esgotos em todas as casas.

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Existiram muitas histórias acerca dos conflitos entre Marquês de Pombal e os seus inimigos, como por exemplo, com o seu irmão D.Gaspar que arrancou a sua cabeleira e deu com ela na cara do ministro; com a família Távora que queria retirar os poderes ao Marquês e resolveram organizar uma emboscada para matar D. José. E se este morresse, ele perderia toda a força.Os Jesuítas também foram acusados de conspiração contra os governantes europeus por estabelecerem boas relações com outros povos.O Padre Gabriel Malagrida foi acusado de crimes contra a religião por dizer que o terramoto não tinha sido por causas naturais tratando-se apenas de um castigo divino.Marquês de Pombal tinha muitos colaboradores e amigos como Anselmo Cruz Sobral que foi premiado pelo desempenho nos seus cargos deu-lhe uma carta de brasão de “Morgado de Alagoa”.

Existiam muitas famílias estrangeiras que viviam em Portugal e dedicavam-se ao comércio e por isso foi-lhes concedido muitos privilégios.

Jácome Ratton teve imenso sucesso com os negócios como a fábrica de chapéus, de estamparias, de chitas e de fiação de algodão. Também escreveu um livro com as suas memórias.

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Enquanto ministro, o Marquês de Pombal fez muitas reformas que contribuíram para desenvolver todos os setores de atividades, desde a criação de várias companhias como a Companhia da Ásia, Companhia da Agricultura, Companhia Geral das Pescarias do Algarve entre outras, até ao desenvolvimento de fábricas.Para comemorar as suas próprias obras fez erguer uma estátua, a D. José I a cavalo no Terreiro do Paço.

Os usos e costumes no século XVIII eram um pouco diferentes de agora:

- No namoro: era muito complicado pois eram os pais quem escolhiam o noivo sem se preocuparem se agradava ou não à filha; - Cartas de amor: escreviam-se muitas cartas de amor e eram entregues por pessoas de confiança em troca de uma moeda e tinham que seguir algumas regras como a maneira de começar uma carta; - A linguagem escrita: existiam sinais e códigos para as pessoas que não podiam escolher o seu noivo, então era através do uso de acessórios como chapéu, lenço; - O noivado: quando os pais aceitavam o noivo para casar com a sua filha, organizavam-se grandes festas com amigos e familiares e não se podia quebrar esse compromisso;

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- Os criados: todas as famílias ricas tinham criados em casa que faziam todo o tipo de trabalho de manhã a noite; - O vestuário: as pessoas vestiam-se de maneiras diferentes conforme a classe social que pertenciam. A nobreza vestia roupas caras bordadas a ouro e prata, usavam jóias, enquanto que o povo vestia-se de forma modesta; -Superstições e feitiçarias: as pessoas acreditavam muito na feitiçaria, em certos rituais, apesar da igreja perseguir as pessoas que faziam feitiçaria.

Marquês de Pombal foi sem dúvida a personalidade mais marcante do século XVIII em Portugal.

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