o dia alagoas - ano 2 - nº 054

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FAIXA EXCLUSIVA É LIBERADA PARA TÁXIS E VEÍCULOS COMPLEMENTARES; COMEÇA DIA 10 8 Alagoas l 9 a 15 de março I ano 02 I número 054 l 2014 redação 82 3023.2092 I e-mail [email protected] Para polícia, Marcelo planejou tudo Relatórios prelimina- res da Polícia Civil apon- tam que Marcelo Carnaúba agiu com muita frieza antes e depois da morte do empre- sário Guilherme Brandão. Para abafar o estampido do disparo, Marcelo ligou o gera- dor de energia minutos antes da chegada de Guilherme ao estabelecimento. A Investiga- ção Criminal constatou que o disparo foi feito a cerca de 40cm ou 50cm de distância. MENTE ASSASSINA NOVIDADE Rodrigues CAMPUS é transformada em caderno assinado pelo professor Sávio MARCELO CARNAÚBA planejou matar Guilherme Brandão durante conversa entre os dois sobre desvio no Maikai 12 O senador Fernando Collor (PTB-AL) é o quinto mais faltoso às sessões no Senado. Na Câmara Federal, o destaque de Alagoas é o deputado João Lyra (PSD-AL). Ele é o nono mais faltoso do Brasil. Collor ganha destaque em faltas no Senado NO CONGRESSO 5 Na quarta-feira, dia 12, CRB enfrenta o Rondonópolis/ MT, fora de casa. O CSA recebe o São Paulo com a obrigação de garantir o segundo jogo. O Azulão quer vencer e garantir a partida de volta. CRB e CSA estreiam dia 12 na Copa do Brasil FUTEBOL 16 Ações do Governo do Estado estão transformando a cidade de São Miguel dos Milagres num ótimo lugar para abertura de negócios no turismo. Em maté- ria especial, O DIA conta essa essa história. Turismo proporciona abertura de negócios LITORAL NORTE 10

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Alagoas l 9 a 15 de março | 2014. O DIA ALAGOAS é um jornal semanário, no formato berliner, com circulação aos domingos.

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Page 1: O DIA ALAGOAS - Ano 2 - nº 054

FAIXA EXCLUSIVA É LIBERADA PARA TÁXIS E VEÍCULOS COMPLEMENTARES; COMEÇA DIA 10 8

Alagoas l 9 a 15 de março I ano 02 I número 054 l 2014 redação 82 3023.2092 I e-mail [email protected]

Para polícia, Marcelo planejou tudo

Relatórios prelimina-res da Polícia Civil apon-tam que Marcelo Carnaúba agiu com muita frieza antes e depois da morte do empre-sário Guilherme Brandão. Para abafar o estampido do disparo, Marcelo ligou o gera-dor de energia minutos antes da chegada de Guilherme ao estabelecimento. A Investiga-ção Criminal constatou que o disparo foi feito a cerca de 40cm ou 50cm de distância.

MENTE ASSASSINA

NOVIDADE

Rodr

igue

s

CAMPUS é transformadaem caderno assinado peloprofessor Sávio

MARCELO CARNAÚBA planejou matar Guilherme Brandão durante conversa entre os dois sobre desvio no Maikai

12

O senador Fernando Collor (PTB-AL) é o quinto mais faltoso às sessões no Senado. Na Câmara Federal, o destaque de Alagoas é o deputado João Lyra (PSD-AL). Ele é o nono mais faltoso do Brasil.

Collor ganha destaqueem faltasno Senado

NO CONGRESSO

5

Na quarta-feira, dia 12, CRB enfrenta o Rondonópolis/MT, fora de casa. O CSA recebe o São Paulo com a obrigação de garantir o segundo jogo. O Azulão quer vencer e garantir a partida de volta.

CRB e CSA estreiam dia 12 na Copado Brasil

FUTEBOL

16

Ações do Governo do Estado estão transformando a cidade de São Miguel dos Milagres num ótimo lugar para abertura de negócios no turismo. Em maté-ria especial, O DIA conta essa essa história.

Turismo proporciona aberturade negócios

LITORAL NORTE

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Page 2: O DIA ALAGOAS - Ano 2 - nº 054

PUBLICIDADE2 O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Page 3: O DIA ALAGOAS - Ano 2 - nº 054

Com tantas atividades profis-sionais, como conciliar o lado família?

Sou mãe de três filhos, além do buffet e agora da brigaderia, dou consultorias na área da culinária, dou aula para quem gosta de cozinhar por hobby e para domésti-cas, pego encomendas por fora também. Confesso que não é fácil ser 100% em tantos lados. Muitas vezes, cobri-mos um lado para desco-brir o outro (em casa), mas sempre dando conta de tudo. Sou muito exigente comigo mesma e sofro mais que eles (meus filhos) por ter que estar ausente muitas vezes. Hoje mesmo consegui fazer a tarefi-nha da escola com o meu filho, mas muitas vezes não consigo. Acredito que não exista essa mulher perfeita que a mídia mostra, somos guerreiras por conseguir dar conta de tudo, mas sofremos para conseguir.

Com essa movimentação toda, como a chef Tatiana Brasil consegue dar um serviço tão inovador ao mercado?

Apesar das muitas coisas que faço, sempre faço no meu limite de qualidade. Não posso fazer oito festas em um dia com um cardápio perso-nalizado se sei que não dá. Tem que haver a percepção para trabalhar com qualidade. Como falei antes, sou muito exigente comigo mesma, acre-dito até em perfeccionismo. Gosto de mostrar como se faz e porque se deve fazer o correto. Por trás de todo meu trabalho, há um estudo, uma sensibilidade que faço questão de pesquisar, de ver fora para trazer pra cá. Isso faz com que meu trabalho e o da minha equipe sejam referência com muita simpatia e amor.

Sempre ouvimos falar que

a comida de casa é feita com amor e é mais gostosa. Existe mesmo essa história de amor no momento de fazer a comida?

Existe sim! (risos). A comida tem um laço de afeti-vidade. Quando temos um dia meio problemático, não costu-mamos notar se está faltando algo na comida. Pra que olhar mais o bife se ele já está frito? Mas quando estamos de bem com a vida e com a gente mesmo, sempre procuramos melhorar o tempero até achar o gosto certo. Além disso, tem o costume. Crescemos vendo a mãe ou a avó fazerem aquele lanchinho ou almoço gostoso, e até mesmo com o cheiro. Isso tudo envolve amor, envolve o diferencial da comida caseira.

Ser diferente, fazer diferente sempre foi seu objetivo? Nada te tirou dessa linha de pensamento?

Meu conceito sempre foi esse. Não acredito que já tive problemas, pois atrás do meu trabalho existe uma filosofia e

eu defendo isso. Muitas vezes perdi trabalhos por ser dife-rente. Alguns apostavam e pagavam para ver. Outros já esperavam o ‘vizinho’ testar para poder ver. O que perdi antes consegui depois em muito mais. O segredo é não desistir do que você almeja e pensa. Conquistei muito assim, não foi fácil, mas sei que fiquei e estou no caminho certo.

Por favor, dê uma dica para quem é empreendedora; para quem tem sonhos e quer ter uma história de sucesso assim como você.

Primeiramente paciência. Estou há 12 anos no mercado, mas as coisas começaram a dar certo de uns seis anos para cá. Não foi fácil, não é fácil. É preciso acreditar na sua ideia, no seu diferencial. Não

mude seu conceito, não mude seu princípio, seus valores. É preciso esperar que o negócio dê certo. Se for bom, não tem pra onde, é sucesso na certa, só não é tão rápido quanto alme-jamos. Ser mãe e trabalhadora não é fácil, mas é nosso papel de cuidar, de amar e de fazer diferente no mercado de traba-lho. A mulher é guerreira por sempre tentar dar o melhor de si em tudo, mesmo que não consiga ser 100%, mas a ousa-dia de tentar e fazer já é um mérito, uma conquista. Somos vencedoras em tudo que faze-mos. Vamos em frente!

Laylla BrandãoEspecial para O DIA

No “Com a Palavra” dessa semana, trazemos mais uma mulher empreendedora que começou

do zero e hoje tem seu nome como referência de comprometimento e qualidade na culinária alago-ana. Além do buffet Gourmeteria, a chef acaba de inaugurar um quiosque fixo no Maceió Shopping, a brigadeiria Petit Sucrè – doces únicos e memó-rias afetivas que dão água na boca em todos que

frequentam o local. Imaginamos a energia que ela precisa para dar

conta de tantos eventos e ainda ser empreendedora, mãe, esposa e fazer tudo isso com tanta inovação e excelência. Na entrevista a seguir, Tatiana Brasil conta tudo, fora do uniforme de cozinha.

3O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

COM A PALAVRA... redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

TATIANA BRASIL, chef de cozinha com 12 anos de mercado e uma boa história de sucesso no trabalho para contar

Talento, conquistas e aluta de uma guerreira

ServiçoBuffet GoumeteriaRua Elias Ranos de Araújo, 192, Cruz das Almas - Maceió-AL82-3325-4902 - 8844-0172Site.www.gourmeteria.net

A mulher é guerreira por sempre tentar

dar o melhor de si em tudo

Felip

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asil

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4 O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

EXPRESSÃO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 424 B - Farol - Maceió - Alagoas - E-mail: [email protected] - Fone: 3023.2092

Para anunciar,ligue 3023.2092

EXPEDIENTE Eliane PereiraDiretora-Executiva

Deraldo FranciscoEditor-Geral

Flávio NobreDiretor Comercial

Regenes Melo Jr.Gerente Comercial

Conselho Editorial Aldo Ivo Jorge Vieira José Alberto Costa

A P o l í c i a C i v i l alagoana

esclareceu um crime de grande repercussão em menos de 72 horas. Foi o que aconteceu no Caso Maikai, quando o empre-sário Guilherme Bran-dão foi assassinado pelo seu gerente financeiro, Marcelo Carnaúba.

D i f e r e n t e d o q u e ocorre em outros casos, a imprensa alagoana, em nome da sociedade, exigiu da polícia uma resposta imediata para o crime. Esse tipo de pressão leva a polícia a prender inocen-tes e apresentá-los como criminosos perigosos.

Também é verdadeiro que, quanto mais distante da hora do crime, mas distante do criminoso. O mesmo livro ensina que polícia se faz com inte-ligência, investigação técnica e bons equipamen-tos.

No Caso Maikai, o criminoso não era apenas funcionário do empresá-rio. As famílias dos dois se cruzavam e eles se consideravam parentes. O crime abalou fortemente as duas famílias que, às vezes, eram uma só. A pressão fez com que a polícia alagoana se desdo-brasse em várias frentes para esclarecer a morte do

empresário.Minutos depois do

crime, o assunto ganhou as manchetes dos sites locais. O empresário teria sido assassinado numa tenta-tiva de assalto, em sua empresa. Os oportunistas de plantão não perderam tempo e desceram a lenha no governador do Estado e um grupo de pessoas que estava no local do crime vaiou o secretário Eduardo Tavares.

N e r v o s o , Ta va r e s foi infeliz ao se referir à classe social da vítima. De quebra, foi infeliz novamente quando, no mesmo fôlego, disse que se o crime tivesse ocorrido

no Jacintinho, não haveria repercussão nem cobran-ças à polícia.

Na literatura policial, há um trechinho que diz que este tipo de crime não há polícia no mundo que consiga evitar. Dada a relação de amizade e de ambiente familiar em que os dois conviviam, o gerente estaria acima de qualquer suspeita. Ele estava do lado da polícia, mas bem distante do olhar dela.

Felizmente, a perspicá-cia peculiar aos bons poli-ciais não deixou excluir o gerente do rol dos suspei-tos. As investigações colo-caram, na cena do crime,

apenas vítima e criminoso. O gerente passou a ser o único e principal suspeito no crime. Mas só a polícia sabia disso. A sociedade, motivada pela imprensa, ainda estava no oba-oba.

O assunto ganhou as tribunas do Poder Legis-lativo no município e no Estado. Um deputado pediu a intervenção fede-ral em Alagoas. Outro político legislou em causa própria devido à sua rela-ção pessoal com a vítima.

N o f i n a l , r e s t o u provado que não se tratava de um crime típico da violência urbana, mas da ganância do ser humano.

Um crime esclarecido

Da Rádio Vaticana

No B r a s i l , c o m o i n í c i o d a

Quaresma, a CNBB – Confe-rência Nacional dos Bispos do Brasil, lança oficialmente a Campanha da Fraternidade 2014, desta vez centrada no tema “Fraternidade e Tráfico Humano” e tendo como lema a expressão paulina “Foi para sermos livres que Cristo nos libertou”. A quinquagésima edição desta Campanha anual prevê uma série de iniciativas de sensibilização, formação e oração, visando ajudar a compreender melhor o fenô-

meno do tráfico humano, para preparar “agentes pasto-rais” que sejam “antenas” nas comunidades empenha-das nesta luta. Só no Brasil, calcula-se que haja pelo menos 200 mil pessoas redu-zidas à escravidão.

Como é tradição, o Santo Padre enviou uma mensa-gem de encorajamento e apoio a esta Campanha da Fraternidade. Afirma nome-adamente o Papa Francisco: “Não é possível ficar impas-sível, sabendo que existem seres humanos tratados como mercadoria! Pense-

-se em adoções de criança para remoção de órgãos, em mulheres enganadas e obri-gadas a prostituir-se, em trabalhadores explorados, sem direitos nem voz etc. Isso é tráfico humano! Impõe-se um profundo exame de cons-ciência: quantas vezes tole-ramos que um ser humano seja considerado como um objeto, exposto para vender um produto ou para satisfa-zer desejos imorais? … Quem usa e explora, mesmo indire-tamente, uma pessoa humana torna-se cúmplice desta prepotência” – adverte o

Papa, evocando seu discurso a um grupo de Embaixadores.

Papa Francisco lembrou também “a prepotência” que tantas vezes reina no inte-rior das famílias: “Pais que escravizam os filhos, filhos que escravizam os pais; esposos que, esquecidos da sua chamada para o dom, se exploram como se fossem um produto descartável, que se usa e se joga fora; idosos sem lugar, crianças e adolescentes sem voz. Quantos ataques aos valores basilares do tecido familiar e da própria convi-vência social! Sim, há necessi-

dade de um profundo exame de consciência. Como se pode anunciar a alegria da Páscoa, sem se solidarizar com aque-les cuja liberdade aqui na terra é negada?” – interroga-se o Papa Francisco, que concluiu chamando a atenção para o fato de que só ofende a digni-dade humana de alguém quem perdeu o sentido da sua própria dignidade de filho e filha de Deus. A digni-dade humana é igual em todo ser humano: quando piso na do outro, estou pisando na minha. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou!”

“Fraternidade e Tráfico Humano”. Mensagemdo Papa para a Campanha da Fraternidade

ODiaAlagoas

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Como argumento para justificar tamanha ausên-cia, a assessoria do senador Fernando Collor destaca a atuação do parlamentar como presidente da Comissão de Serviços de Infraestrutura, onde preside audiências e visi-tas técnicas, além de participar de debates. Essa rotina, escla-rece a assessoria, impede que o parlamentar possa participar das sessões. Justificativa plausí-vel. Resta saber se corresponde à realidade. No caso do depu-tado federal João Lyra, a sua assessoria destacou que ques-tões relativas à saúde do parla-mentar e também de ordem particular seriam responsáveis pela expressiva ausência nas sessões da Câmara.

“Não houve faltas, e sim ausências. Não por falta de compromisso com o parla-mento, mas por questões de saúde e particulares”, infor-mou a assessoria.

Para todo efeito e justifica-tiva, representantes da bancada federal de Alagoas figurando na lista dos parlamentares mais faltosos do Congresso Nacional em 2013 é um destaque total-mente dispensável para o povo alagoano.

Da Redação

Se c o n s i d e r á -vel percentual da capacidade

produtiva de um profissional é comprometida com faltas, é razoável inferir que a quali-dade de seu trabalho estará, da mesma forma, comprome-tida. Mesmo que tais ausências sejam justificadas, levando-se em conta aspectos legais, ainda assim, seu rendimento é ques-tionável, pois tal legalidade não pode mascarar a impro-dutividade advinda das faltas. Essa consideração se aplica a qualquer atividade, inclusive a de parlamentar onde o mínimo que se espera de um represen-tante do povo é a sua assidui-dade como condição básica de boa atuação.

Nesse contexto e levando-se em conta o quesito assiduidade, destacam-se, de forma nega-tiva, o senador Fernando Collor

de Melo (PTB-AL) e o deputado federal João Lyra (PSD-AL). É que os parlamentares por Alagoas figuram entre os dez primeiros políticos com maior número de faltas no Congresso Nacional. O levantamento feito pela revista digital Congresso em Foco aponta que Fernando Collor é o quarto senador mais ausente da casa. De um total de 119 sessões ordinárias realizadas pelo Senado Fede-ral em 2013, o representante de Alagoas faltou a 33 sessões. Segundo ainda os dados levan-tados pela revista, 31 dessas sessões foram justificadas. Já o deputado federal João Lyra deixou de participar de 50 das 113 sessões da Câmara dos Deputados.

Esses números de faltas, todas justificadas (como diz a sua assessoria), coloca João Lyra como oitavo deputado federal mais faltoso. Colo-cando os números apresen-

tados pela revista, em termos percentuais Collor compro-mete em quase 30% sua atua-ção parlamentar; enquanto João Lyra tem sua atuação como deputado federal defa-sada em cerca de 45%. Se os “faltosos” relatados fossem da iniciativa privada, prova-velmente já estariam fazendo parte como personagens de um processo de desligamento de qualquer empresa. O regis-tro da ausência dos parlamen-tares mais faltosos mostra que muitos são “reincidentes”, a exemplo do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), “eleito” pelo segundo ano consecutivo o campeão de faltas no Senado. Os números mostram também a necessidade de a popula-ção ficar mais atenta quanto à atuação de seus representan-tes. Esse cenário indica talvez certa fragilidade do próprio Poder Legislativo em fiscalizar o trabalho de seus membros.

5O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

PODER redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Collor e João Lyra: os mais faltosos de AL

SENADOR justifica 31 faltas por compromissos na Comissão que preside

DIAgnósticoRoberto VilanovaDeraldo Francisco - Interino

Câmara contra o povo

Pegou muito mal para os 17 vereadores que votaram contra a Audiência Pública proposta pela vereadora Heloísa Helena para a discussão dos

serviços prestados na saúde pública de Maceió. O eleitor pergunta: o que há de mal nisso? O que de tão grave há por trás de uma discussão de necessidade óbvia como essa? A não ser que os vereadores – preocupados com o prefeito – estejam com medo dos podres que podem ser descobertos lá no começo desta nova gestão. O medo pode residir no período em que o oftalmologista-empresário João Marcelo de Gusmão Lyra foi secretário e teve que sair às pressas e pela porta dos fundos, deixando a Secreta-ria Municipal de Saúde entregue às baratas, ratos e escorpiões. Faltou a esses vereadores – os 17 – entender que entre as pessoas atendidas pela SMS estão os milhares de eleitores que votaram neles. Ou não? Quando a voz do político será a voz do eleitor que votou nele? A coluna destaca que, além de HH, votaram pela audiência os vereadores Kleber Costa e Silvânio Barbosa. Nesta, o vereador do Benedito Bentes mostrou que está com os seus eleitores.

Um “dinheiroduto”O povo sabe, o gestor sabe, todo mundo sabe que as Organizações Sociais da Saúde (OSS), como todas as outras, são uma forma de enganar a Consti-tuição e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Mesmo assim, os vereado-res por Maceió aprovaram esse tipo de manobra para a Secretaria Municipal de Saúde. A audiência pública, assunto legítimo, não foi aprovada. Diga aí!

Pague meu dinheiro!E por falar em OSS, Oscip e coisa do gênero, parece que a BRA está ensaiando um calote nos seus funcionários. Até a última sexta-feira, o pessoal que presta serviços nos CRAs e no Bolsa Família não tinha recebido o salário de janeiro. Um diretor da BRA mandou os funcionários cobrarem ao Ministério Público. Diga aí que cara de pau!

Fiel escudeiroO vereador-presidente da Câmara de Maceió, Chico Filho, tem se destacado em sua atuação parlamentar. Mas, muito mais na condição de fiel escudeiro do prefeito Rui Palmeira do que mesmo como presidente da Mesa Diretora. O vereador neutraliza rapidinho qualquer insinuação contra o prefeito.

Fez biquinho!E por falar em Chico Filho, ele não gostou nem um pouco do fato de alguns servidores da Saúde irem à galeria da Câmara protestarem contra a apro-vação do Projeto de Lei das OSS. Para o vereador, o ato foi uma afronta prin-cipalmente porque “aquela Casa” já aprovou projetos de interesse desses servidores.

Moeda de troca!Mas não é assim não, vereador. O povo protesta quando se sente lesado e aprovar ou não projetos é obrigação da Câmara. Nunca pode ser confundida com uma moeda de troca. Do tipo: a gente aprova e vocês ficam quietos!

A bola da vezA 17ª Vara Criminal foi a bola da vez na Assembleia Legislativa. De volta às sessões ordinárias, os deputados estão tranquilos como se a Casa não passasse por uma séria investigação que envolve os Ministérios Públicos Estadual e Federal mais a Polícia Federal. Foi melhor descer a lenha na 17ª Vara.

Quem é quemO bom nisso tudo é que, com o passar do tempo, o povo alagoano conse-guiu identificar quem é quem aqui no Estado. A sociedade já sabe separar direitinho o joio do trigo. O que estraga é os R$ 50 na periferia e no interior, no dia da eleição.

Omar federalFalta pouco para o ex-presidente da OAB/AL, Omar Coelho, bater o martelo quanto à sua candidatura este ano. Ele pensava em sair para estadual, mas, depois que as conversas avançaram, Omar ficou balançado por uma disputa à Câmara Federal. Nada está definido ainda, mas ele pode sim concorrer a uma das nove vagas para deputado federal.

“Não sou candidato!”O professor Alexandre Fleming não será candidato a nada nas próximas eleições. Nome conhecido no Psol, Fleming disse que foi chamado “a outras lutas e compromissos sociais que vão lhe exigir presença efetiva”. Portanto, está registrado: Fleming não disputa cargo nenhum nas próximas eleições. Por favor, não votem nele.

Serviço

Congresso NacionalPrala dos Três Poderes - BrasíliaTelefone: 0800612211 www.congressonacional.leg.br

Assessoria de Collor justifica ausência do senador nas sessões

Constituição prevê a perda do mandatoEntretanto, deve-se se

esclarecer que a própria Cons-tituição Federal, no artigo 55, inciso III prevê a possibilidade de perda de mandato tanto para senadores como para deputados nos casos de perdas de 1/3 das sessões previstas para acontecer em um ano. “Perderá o mandato o Depu-tado ou Senador que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada”.

Levando-se em conta o número de sessões perdi-das pelos parlamentares por Alagoas em 2013, com 33 faltas, o senador Fernando Collor estaria se aproximando

do limite estabelecido pela legislação federal, a rigor 39,6 faltas, o que corresponde a 1/3. Quando os números se referem ao deputado federal João Lyra, a situação prevista no artigo 55, inciso III da Constituição Federal já estaria consumada. Com 50 faltas computadas, ultrapassa e muito 1/3 das 113 sessões realizadas no ano ante-rior.

Entretanto, deve-se lembrar que essa circunstância é excep-cional e que nos casos de faltas asseguradas pela Constituição não teria efeito. Aqui se ampa-ram os dois parlamentares para justificar suas ausências do parlamento. Neste caso, é de bom tom lembrar que o que é legal nem sempre é moral.

Collor contestou o número de faltas; João Lyra: problemas pessoais e de saúde

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6 O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

CONSTRUIR redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

OBRAS SE MULTIPLICAM e beneficiam os bairros do Farol, Pinheiro, Pitanguinha, Gruta, Canaã, Jardim Petrópolis e Tabuleiro

Saneamento básico ajuda na valorização de imóveisÉder PatriotaRepórter

O saneamento básico é um dos principais

problemas das grandes cida-des. Em Maceió, os investimen-tos que vêm sendo feitos pelos governos municipal, estadual

e federal para implantar essa importante politica pública, que reflete em diversas áreas (em especial a saúde), também tem revertido em benefício para os imóveis da capital, que estão se valorizando .

Segundo apurou a reporta-gem de O DIA ALAGOAS, as áreas que foram inicialmente

saneadas pelo governo do Estado e que ainda não entra-ram em operação, começarão a funcionar em breve e outras localidades, como o Tabuleiro do Martins, receberão suas obras ainda nesse ano.

Para a corretora de imóveis e coordenadora de vendas da Remax Multi, Thais Mascare-

nhas, o saneamento básico é um problema sério em Maceió.

“Não há como separar ou identificar onde há ou não há saneamento, pois o que grande parte da população vê são as línguas de esgoto correndo a céu aberto para os principais cartões-postais da cidade, como as praias da Avenida, Pajuçara,

Ponta Verde, Jatiúca, Cruz das Almas e Jacarecica e isso na prática impede que os mora-dores da capital possam usar o lazer mais democrático do mundo: a praia. Quando vejo essa situação, lembro versos de uma música de Djavan: sabe lá o que é morrer de sede em frente ao mar (sic)”, desabafou.

Asse

ssor

ia

Seinfra investe mais de R$ 170 milhões em obrasEm relação aos serviços

executados pela Secretaria de Estado da Infraestrutura, (Seinfra), Menezes disse que o órgão também possui projetos para o esgotamento sanitário em algumas partes do Tabu-leiro do Martins e complemen-tará os serviços no Benedito Bentes, onde serão investidos R$ 40,6 milhões. As obras serão iniciadas até julho desse ano e, em breve, continuarão os servi-ços de esgotamento sanitário da orla lagunar num total de R$ 130 milhões. “Esses inves-timentos atendem a expansão urbana e já foram apresenta-dos às entidades que represen-tam o mercado imobiliário no

estado, como é o caso da Ademi e Sinduscon, além de gestores da prefeitura de Maceió e vere-adores da capital”, disse.

Em relação à valorização dos imóveis nas áreas que serão executados os serviços da Casal, Menezes afirma que, segundo estudos, a existência da rede coletora de esgoto faz com que ele aumente de preço em média 30% e isso também contribui para a diminuição dos gastos da saúde pública.

Ainda segundo o gestor, as obras da bacia da Pajuçara, que se encontram paralisadas, serão finalizadas em breve e, dessa maneira, o sistema de esgotamento sanitário come-

çará a operar e quando isso for executado, moradores dos seguintes bairros serão bene-ficiados: Mangabeiras, Cruz das Almas, Pajuçara e parte do Stela Maris, onde terão rede de esgoto em suas residências.

Em relação às redes de tratamento de esgoto existente em diversos empreendimen-tos imobiliários da capital, como ocorre em muitos do programa federal Minha Casa Minha Vida, Menezes disse que as companhias de sanea-mento do país têm tido diver-sos problemas para gerenciar este tipo de serviço, por eles serem sistemas isolados. E.P.

Casal afirma que, até 2018, 100% do esgoto será tratado

Segundo o presidente da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), Álvaro Menezes, Maceió possui 36% de coleta de esgoto, sendo 95% desse percentual atendido tem o esgoto tratado pela compa-nhia. “O índice médio nacional de coleta de esgoto é de 37% e o de tratamento de esgoto é 55%, ou seja, estamos evoluindo nossos serviços na coleta e no tratamento estamos acima da realidade nacional”, citou.

Sobre as ações futuras do órgão, o presidente afir-mou que até o ano de 2018, Maceió terá 80% da coleta de seu esgoto e 100% dele será tratado – sendo que a primeira fase desse serviço começará na Rua Goiás no Farol até o Jardim Petrópolis, com obras iniciando em abril desse ano, beneficando os bairros do Farol, Pinheiro, Pitanguinha, Gruta de Lourdes, Canaã e Jardim Petrópolis, onde serão investidos R$ 185 milhões com execução na modalidade de locação de ativos, ou seja, a empresa executora realiza os investimentos e entrega pronta para Casal pagá-la em até 20 anos. Já na segunda fase das obras pela capital, a compa-nhia realizará a licitação desses serviços no dia 17 de março desse ano e serão executados os serviços de esgotamento sani-tário no Tabuleiro do Martins, onde as obras serão iniciadas em agosto desse ano e deverão ser concluídas em meados de 2018 – onde serão investidos R$ 280 milhões e as seguintes localidades serão beneficiadas: Santa Lúcia, Tabuleiro Novo, Clima Bom, Antares, áreas circunvizinhas do Benedito Bentes, Cidade Universitária e Santos Dumont na moda-lidade de Parceria Público Privada (PPP). E.P.

Saneamento reduz gastos com saúde

pública”

Álvaro Menezes destaca que, no próximo mês, começam as obras de saneamento na Rua Goiás, no Farol, até o Jardim Petrópolis, beneficiando seis bairros

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CONSTRUIR7O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Colaboradores da Sampaio Soriano participam de palestras educativas e informativas nos locais de trabalho

Reduzir ao máximo o desperdício de material na construção civil é uma das preocupações da Sampaio Soriano Construções

Coleta seletiva chega aos canteiros de obrasEm relação às ações

implementadas nos cantei-ros de obra, Marcel diz que a Sampaio Soriano realiza ações permanentes de coleta de lixo voltadas para seleção e desti-nação da coleta, onde existe uma preocupação constante em diminuir os resíduos sóli-dos produzidos e, consequen-temente, evitar o desperdício de materiais na obra.

“Priorizamos fornecedo-res que têm licença ambiental. Só utilizamos nas portas dos

empreendimentos madeira de reflorestamento, os vasos sanitários são “ecológicos” com reguladores para evitar desperdício de água, toda madeira utilizada no canteiro é licenciada pelo IMA, também trabalhamos considerando o PGRCC (Projeto Gerencia-mento de Resíduos da Cons-trução Civil),” salientou.

Para Marcel Sampaio, antes de falarmos em valo-rização de imóvel, devemos falar da valorização da vida,

da saúde, do respeito ao cida-dão, quando temos a cidade totalmente saneada e o nosso planeta Terra tem o seu funcio-namento dotado de ordem inimaginável, de equilíbrio e grandiosidade. E.P.

Saneamento básico X investimentos do setor“Os serviços executados

cotidianamente pela Casal claramente não são satis-fatórios, contudo, antes de fazermos críticas generalis-tas e vazias, é necessário que cada cidadão assuma as suas responsabilidades pela situa-ção existente nos dias atuais”, disse o empresário e diretor da Sampaio Soriano Constru-ções, Marcel Sampaio.

“Assumir essa responsa-bilidade implica buscar as causas desse problema, sejam pela adoção de valores errados por parte da população, seja por falha na gestão dos siste-mas de saneamento público, além da falta de educação e/ou instrução dos usuários do serviço”, destacou.

Ainda segundo o empre-

sário, o problema existe e traz consequências graves para a população, mas quando cada pessoa se conscientizar, resol-veremos ou minimizaremos a falta de saneamento básico adequado para todos.

Em relação à existência de saneamento básico nos locais que são construídos os seus empreendimentos, Sampaio afirmou que isso causa gran-des transtornos e dissabores. “Cumprimos com todas as normas exigidas pelos órgãos competentes e não temos a satisfação de trabalharmos em locais favorecidos por esse serviço”, assinalou.

Conforme o empresário, sua empresa trabalha com a melhor e mais importante ferramenta que existe para a

conscientização ambiental: a educação. “Temos ações cons-tantes, promovemos palestras educativas e informativas que vão além dos nossos cola-boradores e dos canteiros de obras da nossa empresa. Também levamos periodica-mente essas informações aos parceiros e seus familiares”, explicou.

“Contamos para isso com uma equipe técnica formada por psicóloga e técnicos de segurança, além da parceria com os educadores do Sesi e do Senac. Além disso, nossos colaboradores aprendem que natureza tem valor real e ines-timável na vida de cada um de nós e que nos cabe fazer a nossa parte como exercício de cidadania”, ressaltou. E.P.

“A natureza tem um valor real e inestimável na vida

de cada um de nós”

ServiçoCompanhia de Saneamento de Alagoas - CasalRua Barão de Atalaia, 200, Centro Telefone: 0800 082 0195 www.casal.al.gov.br

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8 O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

COTIDIANO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Deraldo FranciscoRepórter

Agora é pra valer: quem trafegar pela

faixa exclusiva para ônibus, a partir desta segunda-feira, dia 10, corre o risco de ser multado em R$ 53,20 e perder três pontos na carteira de motorista. Acabou a paciência do pessoal da Superintendên-cia Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT). No órgão, um agente disse que “a caneta vai vadiar”.

Dezenas de agentes de trânsito ficarão em pontos estratégicos prontos para anotar a placa dos carros – que não sejam ônibus urbanos de transporte de passageiros – que circularem pela faixa azul. Eles estarão nas cabines, encostados nas viaturas, nos cruzamentos, na beira da pista e ainda serão auxiliados pelo sistema de câmeras.

Ao todo, são 28 quilôme-tros de faixa azul. No sentido Centro, a faixa começa no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no Tabuleiro, e se estende até a Praça do Centenário. No sentido Tabu-leiro, a faixa azul começa no Unicompra, na Tomáz Espín-dola, e se estende até o posto da PRF.

Não haverá mais conversa: os motoristas de carros parti-culares serão autuados. Não haverá necessidade de discus-são entre motorista e agente de trânsito. A multa vai chegar à casa do condutor.

O remédio para cada situ-ação será o recurso à Junta Administrativa de Recurso de Infração (Jarí). Mas, uma coisa é recursar e outra é ter o recurso deferido.

O engenheiro da SMTT,

Roberto Barreiros, lembra aos motoristas que, sempre que precisarem sair da sua faixa para entrar em alguma rua que “cruza” a avenida, deverá fazê-lo pelo trecho de linha tracejada. “Depois que ele cruzar esta linha tracejada, encontrará o primeiro quar-teirão e poderá entrar ou não. Mas ele não deve passar do próximo quarteirão porque, se fizer isso, poderá sim ser multado”, explicou.

A expectativa de enge-nheiros do órgão é de que haja aumento no congestio-namento. Ou seja, o condutor de veículo particular deve se preparar para um período ainda maior do que o que já é de costume no trânsito.

Trafegar pela faixa azulvale multa de R$ 53,20

TAXISTAS E COMPLEMENTARES pressionam e conseguem autorização para usar a faixa que era exclusiva para ônibus

A SMTT não aguentou a pressão dos taxistas e comple-mentares e os incluiu na faixa exclusiva para ônibus. Desta forma, todas as placas que se referem ao espaço exclusivo para ônibus devem ser retiradas porque não fazem mais sentido.

Como ficou definido, táxis e veículos complementares poderão trafegar pela faixa azul, desde que estejam sem película no carro, com passageiros ou então para embarque e desem-barque de passageiros. Ficou acertado ainda que o embarque e desembarque de passageiros nestes veículos devem obede-

cer a um espaço mínimo de dez metros de distância dos pontos de ônibus “para evitar tumul-tos”.

Quanto aos complemen-tares, são 59 veículos intermu-nicipais (microônibus) que trafegam diariamente nas Avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro. Para estes veículos, a velocidade máxima será de 50km/h, não é permitida a ultrapassagem fora da faixa e eles devem obedecer os pontos já definidos pela Arsal e SMTT.

Segundo informações da Secretaria de Comunicação

(Secom/Maceió), a decisão foi tomada após reuniões entre o superintendente de trânsito, Tácio Melo e representantes dos taxistas. As cobranças dos taxistas ocorriam desde o início de fevereiro, quando o asfalto começou a ser pintado no trecho destinado à faixa exclusiva para ônibus. D.F.

Roberto Barreiros explica que a implantação da faixa exclusiva para ônibus tem o objetivo de dar mais fluidez ao trânsito de ônibus nas Aveni-das Durval de Góes Monteiro e na Fernandes Lima. “Boa parte dos carros particula-res que trafegam por estas duas avenidas leva apenas uma pessoa. O ônibus leva quarenta, cinquenta ou até mais. Então essas pessoas dos

ônibus não podem ser preju-dicadas”, comentou o enge-nheiro.

O objetivo desta iniciativa é aumentar a velocidade média dos ônibus de 12/15Km/h para 25Km/h. Isso fará com que haja uma redução de cerca de 30 ou 40 minutos nos percur-sos feitos pelos ônibus hoje. Desta forma, haverá aumento no número de viagens dos ônibus e, consequentemente,

haverá a necessidade de aumento da frota.

Nas três semanas de teste da faixa azul, ficou compro-vada a redução no tempo gasto pelos ônibus e, conse-quentemente, no aumento das velocidade dos ônibus. A classe trabalhadora aprovou a ideia, enquanto a maioria dos proprietários de veículos de passeio não deixa de recla-mar. D.F.

SMTT libera tráfego de táxis e complementares

Ônibus alcançam maior velocidade “na faixa”

Além dos ônibus urbanos de transporte de passageiros, os complementares e táxis foram autorizados a usar a faixa

Agentes de trânsito

ficarão em pontos

estratégicos para multar

quem trafegar pela faixa azul

sem permissão

ServiçoSMTTAvenida Durval de Góes Monteiro, 829, KM 10 - Tabuleiro do MartinsFone: 3315-3583 www.smtt.maceio.al.gov.br

Edua

rdo

Leite

Page 9: O DIA ALAGOAS - Ano 2 - nº 054

Manutenção programadaem dois bairrosA operação “manutenção programada” da Eletrobras Distribuição Alagoas voltou em Maceió. Por enquanto, o trabalho será lento esta semana. Os trabalhos de reparos na rede de distr ibuição serão real izados em apenas dois dias na capital e em dois

bairros.

Segunda-feira, dia 10 de março de 2014Das 14h30 às 18h: Serraria (Conjunto Rui Palmeira)

Terça-feira, dia 11Das 8h30 às 12h: Tabuleiro Novo

COTIDIANO9O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Deraldo Francisco - [email protected] a Dia

Não pode mais retornarA coluna avisa que o retorno pela Rua Itatiaia, no

Farol, em frente à Escola Tavares Bastos, na Praça do Centenário, não existe mais. Um bloco de cimento colocado em paralelo à pista de rolamento impede a passagem dos carros. Lá na entrada da rua foi colo-cado um cone gigante sinalizando o bloqueio, mas nem sempre ele fica no local. Muita gente ainda tenta utilizar o

atalho para retornar à Avenida Fernandes Lima. Só lá na frente é que o motorista desavisado fica sabendo que o retorno não existe mais. A solução é dar a volta no carro, num local apertadinho, voltar à pista e pegar a próxima à esquerda, que ainda está valendo. Portanto, a coluna reforça esta informação aos motoristas para que tomem tenência e não procurem mais aquele retorno.

Com a seta ligadaDurante o período de adaptação à faixa exclusiva para ônibus, o motorista maceio-ense desenvolveu algumas técnicas para driblar a fiscalização e, assim, evitar multas futuras. A principal delas é a da “seta ligada” para a direita. Assim, quando for abordado, o motorista dirá que “estava pronto para entrar à direita”.

Apostando no erradoAs regras para trafegar na faixa azul permitem que o condutor siga pelo trecho exclusivo até duas quadras após sair da sua faixa. Mas os motoristas apostam na impossibilidade de a fiscalização provar que eles não fizeram a manobra de forma correta.

Buracos tapadosA Rua Tobias Barreto, mais conhecida como “Flexal de Baixo”, em Bebedouro, ganhou reforço no asfalto. O pessoal da Seminfra passou por lá e deu um banho de asfalto novo no trecho de pouco mais de 500 metros. A pista era uma buraqueira só.

Alô, SMTT!E por falar em Bebedouro, a SMTT deve tomar providências urgentes para o trânsito da Avenida Cônego Costa, a principal do bairro. Como há dezenas de estabeleci-mentos comerciais no local, quando um caminhão para para descarregar merca-dorias, o tráfego fica comprometido. A coisa está feia por lá.

Lama no cruzamentoUm serviço feito pela Casal nas imediações da Praça Arnon de Mello, no Pinheiro, está causando transtornos a moradores e motoristas que passam pelo local. Na pequena obra, foi aberto um buraco bem num cruzamento e, após a conclusão dos trabalhos, o barro foi colocado para fechar o buraco e não houve recuperação do asfalto. No tempo quente, o problema é a poeira. Quando chove, a lama vira o problema.

Vazamento na PajuçaraUma semana foi o suficiente para deixar um vazamento de água deixar os mora-dores da Rua Professor Francisco Fernandes Lins, na Pajuçara, revoltados. A água que escorreu pela rua nos sete dias seguidos arrastou partes do calçamento e os buracos foram surgindo, um a um. O movimento de veículos contribuiu para deixar a rua esburacada.

Conversão na Via ExpressaNos últimos dias, dois graves acidentes foram registrados na Avenida Menino Marcelo, mais conhecida como Via Expressa, na Serraria. Nos dois casos, os condu-tores dos veículos envolvidos faziam a conversão em locais proibidos. A coluna alerta à SMTT que este tem sido um problema recorrente. Muita gente faz a conver-são em locais inadequados e acaba provocando acidentes.

Edua

rdo

Leite

Page 10: O DIA ALAGOAS - Ano 2 - nº 054

“Niviane RodriguesSecom/AL

Diz o ditado popular que s a n t o d e

casa não faz milagre! Pode até funcionar para quem assim acredita, mas não para um pequeno munícipio encravado em uma das mais paradisíacas rotas do turismo alagoano: o Litoral Norte.

O nome por si só já define o “milagre” que transformou a vida dos habitantes locais e projetou o lugarejo de pouco mais de 7 mil habitantes em terra fértil, graças às belezas naturais, principalmente de suas praias de águas calmas e cristalinas, que atraem gente de toda parte ao município de São Miguel dos Milagres, a 100 km de Maceió.

Um lugar de uma exuberân-cia de encher os olhos e onde o tempo parece ter parado para dar passagem aos encantos da natureza!

Não por acaso, moradores que não tinham nenhuma pers-pectiva de emprego e renda

orgulham-se hoje ao contar a guinada que suas vidas deram graças ao turismo, que não para de crescer e conquistou proje-ção nacional e internacional.

“O turismo mudou por completo nossa cidade. Virou uma espécie de bandeira da região”, resume o secretário de

Turismo, Erick Melo.

PORTAS E JANELAS ABERTASDa entrada da cidade,

avista-se o cenário bucólico. A proposta é “dar um banho” de cores na cidade, formando uma aquarela para compor com a beleza esculpida pela natureza. Janelas e portas abertas simbo-lizam o despertar da cidade para o turismo. Enquanto o mar, de águas mansas e crista-linas, convida para um mergu-lho. Difícil é conseguir deixar o banho!

Foi nesse cenário que a reportagem encontrou a gente simples que só larga São Miguel “por um milagre”, como afirmam.

Nasceram, se criaram, fincaram raízes e constituí-ram famílias que hoje se orgu-lham da terra de onde tiram o sustento.

O que até então era um lugar de poucas oportunidades, hoje é o sonho de uma virada econô-mica; de esperança e a certeza que o progresso bateu à porta da pequena São Miguel dos Milagres.

10 O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

MERCADO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Repórter EconômicoJair [email protected]

Dicas de economia para o dia a dia do consumidor

PROJEÇÃO: belezas naturais ganharam destaque no Brasil e no mundo

Em Alagoas, o Milagre que vem do turismo

As praias de águas calmas e cristalinas

atraem gente de toda parte”

Cuidado com os juros

Passada a euforia do Carnaval – quando o Brasil realmente trabalha –, é hora de se disciplinar, cumprindo à risca o orçamento doméstico, pesqui-

sando preços, economizando nos vários ítens de consumo (alimentação, material de limpeza e higiene, energia, água, telefone, combustível etc.), procurando sobreviver de acordo com o que ganha e tendo o máximo cuidado na utilização do crédito parcelado, já que os juros vão continuar subindo e deverão chegar, ainda este mês, nos 12% ao ano.Lembro que esse porcentual funciona apenas entre bancos. É a chamada Taxa Selic,que puxa para cima os juros diretos ao consumidor, principalmente no cheque especial e cartão de crédito parcelado. Evite isso e só compre à vista, exigindo do vendedor, um bom desconto. Cuidado também com as chamadas promoções que o comércio lojista oferece. Os preços diferenciam muito de uma loja para outra.

Pagando em diaSe você usa o cartão de crédito ou cheque pré-datado, pague o valor total no dia exato, evitando os juros, multas, taxas de administração. Esses dois mecanismos de crédito devem ser utilizados em casos de emergência. Evite também o crédito parcelado em longo prazo, cinco anos, por exemplo. O valor do produto comprado triplica do à vista.

Outras despesasAs chamadas despesas fixas, aquelas que você tem que pagar mensalmente e no dia do vencimento nunca devem ser prorrogadas. Se assim proceder, nunca vai ter o constrangimento de cobranças constantes e ter que pagar juros e multas. Corte as despesas do dia a dia, jamais as fixas.

PoupandoNada mais economicamente correto para o assalariado do que possuir uma reserva financeira: caderneta de poupança ou fundo de renda fixa. A primeira opção continua sendo a melhor, pois pode ser sacada a qualquer momento, tem a garantia do governo federal e ainda é isenta de Imposto de Renda.

MudançaEm tempo de “dinheiro curto” como agora, mude seus hábitos de consumo, principalmente na alimentação. Nunca compre em apenas um supermer-cado, mercadinho, quitanda. Faça pesquisa em vários. A concorrência é muito acirrada e você pesquisando vai encontrar um preço menor. Também mude de marca, principalmente os enlatados. Mas lembre de verificar o prazo de validade e a composição nutricional.

EmpréstimosAs financeiras fazem de tudo para conquistar novos clientes, até mesmo aqueles que estão com o nome incluído no cadastro negativo (SPC/Serasa) e oferecem dinheiro fácil para pagar em até 60 meses (5 anos). Além de dizer que os juros são baixos, o que é propagada enganosa. É só fazer as contas: da quantidade de parcelas e o valor total.

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MERCADO11O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

A história de Enildo Júnior e da família é de tirar o chapéu! O pai, o seu Enildo, estava em Maceió fazendo compras para o restaurante quando a repor-tagem chegou. O filho, falante e dedicado ao trabalho, junta-mente com os outros quatro irmãos e a mãe, fez questão de contar como adquiriram um restaurante, um self-service e uma pousada. Juntos, os esta-belecimentos empregam 14 pessoas, na maioria jovens que não tinham perspectiva de vida.

“Meu pai foi boia-fria, entre-gador de pão, caseiro, pintor, artesão (o restaurante é deco-rado com o artesanato feito por seu Enildo a partir de material reciclado do coco). Minha mãe lavava prato em restaurante. Hoje, agradeço a Deus pelos meus pais, que souberam nos educar e trabalharam muito para que isso acontecesse. Passa-ram fome, mas fizeram tudo para que a gente não passasse por isso”, afirmou Enildo Júnior, que cursa Direito, a irmã, Peda-gogia e a mãe concluiu o Ensino Médio, enquanto o irmão de 17 anos segue o mesmo caminho e comanda o bar junto com a famí-lia, que já planeja a expansão do

estabelecimento.

DAS PEDREIRAS AO ARTESANATOHá cinco anos, Wilson

Ferreira trabalhava quebrando pedra para sobreviver. Apren-deu a transformar troncos de jaqueira e coqueiro em artesa-nato e hoje sobrevive fazendo peças esculpidas à mão, com a ajuda de facas, talhas e outros objetos rústicos. Das mãos dele, saem peças em forma de animais, mesas, cadeiras, bancos e as mais variadas obras de arte que ele aprendeu com o irmão. Três pessoas trabalham no “ateliê” improvisado à beira da estrada, que chama a atenção de quem passa. Com o apurado, Wilson sustentou seis filhos e brinca na hora de posar para foto.

“Homi, vai que aparece alguém mais me cobrando pensão alimentícia!”. Ele conta que vende na região, mas pessoas de Maceió, cidades vizinhas e de outros estados também o procuram. O irmão dele chegava a vender para outros países. “Ainda não esta-mos vendendo bem. Mas minha esperança é que melhore com o turismo. As peças variam de R$

70 a R$ 3 mil.

TURISMO, PRIMEIRO EMPREGONa casa, enquanto os guias

saem para levar os turistas ao passeio, Micaelly Nascimento recepciona quem chega, faz as reservas para quem pretende conhecer a atração e vende as lembrancinhas. Concluiu o Ensino Médio há um ano e o turismo é seu primeiro emprego. Tímida, ela conta que “a tendência do turismo é cres-cer. Para mim, foi uma oportuni-dade. Ganho o salário (mínimo) e graças a Deus, estou traba-lhando”, afirma.

Não é à toa que Micaelly consegue vislumbrar dias melhores para quem vive do turismo na região. “Para amanhã, não há mais vaga”, diz. O passeio é limitado a 70 pessoas por dia. Por pessoa, é cobrada uma taxa de R$ 40. A associação emprega 20 guias. N.R.

Distante da rodovia, a AL-101 Norte, o município de São Miguel dos Milagres ainda consegue se manter longe da poluição que afeta cidades turísticas. Uma das principais reivindicações da comunidade é a melhoria do asfalto na AL-101 Norte e da AL-435, além de segurança,

principalmente depois que a cidade surgiu para o Brasil e o mundo, e transporte público.

“O turismo cresceu tanto que tem gente que havia ido embora daqui e está voltando”, afirma o secretá-rio Erick Melo, ao destacar o apoio do trade turístico, dos donos das pousadas e hotéis

que fazem a divulgação e da Secretaria de Estado do Turismo, além do Arranjo Produtivo [APL] Costa dos Corais. “São Miguel dos Mila-gres hoje é a capital da Rota Ecológica”, afirma.

Além das praias de águas límpidas e preservadas de poluição, das piscinas natu-

rais e do segundo maior banco de corais do mundo, perdendo apenas para o da Austrália, o município conta com rica gastronomia, arte-sanato, folclore, o peixe-boi e uma peculiaridade: é um dos únicos onde existe um grupo de pastoril masculino, o Pastoril dos Homens.

“Temos vários proje-tos para incrementar nosso turismo. Um deles é trans-formar uma área na orla em ponto para apresentações culturais, com artesanato e comidas típicas”, afirma o secretário Erick Melo, um entusiasta do turismo e do crescimento da cidade. N.R.

Tudo em São Miguel dos Milagres gira em torno do turismo e de sua principal atra-ção: o peixe-boi. Tanto é que foi criada a Oficina Peixe Boi e Arte, ligada ao Instituto Yandê, uma organização não-governamental que visa a preservação da espécie e a conscientização da comuni-dade.

Na oficina, mulheres traba-lham na customização de peixes-boi. Os animais de tecido são produzidos de todo tama-nho e variadas cores. Vendidos em diversos locais, como nas pousadas, hotéis, associação, e a

quem passa na estrada. “Viaja” o Estado e o mundo, através dos turistas. “É uma fonte de renda. Precisava trabalhar. Fiz curso de corte e costura e hoje ganho o salário mínimo. Antes só ficava em casa”, diz Maria Lucilene Santos da Silva, a Leni. Os animais customizados são vendidos entre R$ 12, um chavei-rinho e R$ 100, o maior.

Alianay Braga nunca havia costurado até descobrir que poderia aumentar a renda como cabeleireira trabalhando na customização do peixe-boi. Não perdeu tempo. Mantém o salão

de beleza aberto e, pela manhã, trabalha na oficina de costura, onde faz em torno de 12 peças por dia.

DA ROÇA AO RESTAURANTE‘Mudei de vida! Não deixo

minha terra por nada’.Um sorriso nos lábios e

disposição de sobra fazem o dia a dia de Eunice Joaquim da Silva, a dona Eunice, que aos oito anos trabalhava pesado no roçado junto com os pais. Da agricultura, trabalhou com uma família em Maceió, onde conta que apren-deu o ofício de lidar com casa

e comida. Hoje, seu sustento. Quinze anos depois de deixar a terra onde nasceu, voltou para São Miguel dos Milagres e viu sua vida se transformar.

Trabalhou de marchante, depois começou a fornecer comida em quentinhas. Os consumidores aprovaram e não deu outra: das quentinhas, montou um pequeno negó-cio, que virou um restaurante onde toda a família trabalha. Do restaurante, dona Eunice fez um puxado, onde construiu sete apartamentos e montou uma pousada. N.R.

De boia-fria e artesão a empresário de sucesso

Cidadezinha litorânea é promovida a capital da rota ecológica

Peixe-boi é transformado em souvenir e gera renda

Pescador deixa as redes para intermediar passeios de jangada

Há 13 anos começava o “milagre” com a primeira pousada

Ele passa horas e horas percorrendo a praia em busca de seu principal ganha-pão: os turistas. Pele queimada pelo sol, Luiz Antonio dos Santos, o Garcia, sobreviveu 27 anos da pesca, ofício que aprendeu com o pai. Largou a pescaria e há quatro meses não quer mais saber de outra história, a não ser trabalhar com turismo. Faz a intermediação de passeios ecológicos, de bugre, jangada, a cavalo, da pesca da agulhinha e para o Rio Tatuamunha, onde são preservados peixes-bois, atração da região. Garcia sorri ao responder se valeu a pena ou não mudar da pescaria para o turismo.

“Hoje, só de jangadas, consegui 15 passeios, ganho R$ 5 por pessoa. Aí, juntando com outros passeios, apurei R$ 95. Tá bom demais! Tem que deixar o turista satisfeito, aí a gente ganha dinheiro. Não quero mais voltar pra pesca de jeito nenhum. Trabalhar com turismo é mais descansado. Acho que vai é melhorar. É isso que a gente quer”, diz. N.R.

Até o ano 2000, São Miguel dos Milagres era só um “ponti-nho” no mapa de Alagoas. O município, que já pertenceu a Porto de Pedras, era pratica-mente um ponto de passagem para quem viaja pela região conhecida pouco depois como Costa dos Corais. Com a insta-lação da primeira pousada no local, o milagre aconte-ceu. Uma reportagem sobre a pousada e o município ganha-ram a capa de uma revista especializada e de circulação nacional. Surgiam aí, para Alagoas, o Brasil e o mundo, a Pousada do Toque e o turismo em São Miguel dos Milagres.

Hoje, o município conta com um hotel – O Costa dos Corais – e mais 21 pousadas, as conhecidas como pousadas de chame, outras menores. Há três anos, é realizado na cidade o Réveillon dos Milagres, festa organizada pela empresa Tamo Junto-TJ, que atrai mais de duas mil pessoas para a região, inclusive celebridades do meio artístico e cultural, e considerado um dos cinco melhores do Brasil.

PRESERVAR PARA SOBREVIVERRafael Almeida é secretário

no Instituto Yandê, que faz um trabalho de apoio e fortaleci-mento da oficina de customiza-ção, mas visa principalmente à preservação ecológica por meio da conscientização de jovens e adultos.

Livros de tecido feitos por jovens chamam a atenção pela beleza e criatividade com a qual cada um conta uma histó-ria de vida e esperança em um futuro melhor. O instituto é responsável também pela criação do Movimento Cidade Verde, formado por grupos parceiros, com foco no turismo sustentável.

“Fazemos mutirões de limpeza nas praias e rios. Vamos nas comunidades, colocamos lixeira, enfim, trabalhamos com a conscien-tização para que a comuni-dade entenda que, para que o turismo cresça, é preciso preservar”, afirma Rafael, acadêmico de Ciências Bioló-gicas e técnico de Pesca pelo Instituto Federal da Pesca do Paraná. N.R.

Empresário comemora bons resultados do turismo em São Miguel dos Milagres Peixes-boi são produzidos em várias cores e tamanhos e vendidos aos visitantes

ServiçoSecretaria de TurismoAv. Francisco Lima, 138 - Porto da Rua, São Miguel dos Milagreswww.saomigueldosmilagres.al.gov.br

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12 O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

ESPECIAL redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Emer

son

Lim

aDeraldo FranciscoRepórter

A reportagem d e O D I A A L A G O A S

foi em busca de detalhes sobre a morte do empresário Guilherme Brandão, ocor-rida no dia 26 de fevereiro, no Maikai, Stella Maris. Marcelo Carnaúba assumiu a autoria do crime, sem dizer o motivo.

Para a polícia, ele estava desviando dinheiro da empresa, foi descoberto e seria demitido. Em seguida, seria denunciado à polícia por roubo. A descoberta foi feita por Guilherme Brandão dois dias antes do crime.

Segundo a polícia, o desvio se dava de várias formas. Numa delas, o Maikai tinha uma dívida de R$ 1.700,00 com o fornecedor Francês Gelo, num boleto bancário, e só pagou R$ 1.400,00. Os pagamentos eram feitos por Marcelo Carnaúba, que apresentava quitação dos débitos originais.

Outra forma de desviar dinheiro consistia no paga-mento às bandas em valores menores que os combinados. Todos os fornecedores do Maikai serão chamados a pres-tar depoimento. De acordo com os documentos que a polícia tem, nos últimos dias, foram desviados quase R$ 300 mil das contas do Maikai para as contas pessoais de Marcelo.

O gerente trabalhava na empresa há mais de sete anos e as duas famílias (dele e de Guilherme) se cruzam. O

irmão de Guilherme Bran-dão é casado com uma prima de Marcelo Carnaúba. Desta forma, as datas festivas do ano eram comemoradas com as duas famílias juntas e há muitos vídeos e fotografias em que Marcelo e Guilherme estão abraçados ou se divertindo no mesmo plano.

“O Marcelo acabou, de uma só vez, com duas famílias”, comentou um amigo dos dois. Marcelo Carnaúba é sobrinho do lendário Zaroni Carnaúba, pessoa bastante conhecida da polícia alagoana. Na década de 1980, Zaroni Carnaúba foi expulso da Polícia Militar e preso sob a acusação de envol-vimento em vários assassi-natos. Ele foi assassinado em Maceió, em 1995.

As suspeitas da polícia são de que, no dia do crime, Marcelo premeditou tudo. Chegou mais cedo ao traba-lho. Levou a arma no carro. Ligou o gerador para produzir barulho e, assim, esconder o som do estampido e esperou Guilherme em sua sala, com a parta fechada e o ar-condicio-nado ligado.

Na última sexta-feira, Marcelo estava preso na Ala Especial do Presídio Baldo-mero Cavalcanti. Ele tem direito a este benefício por ter curso superior; é formado em Economia.

Na semana que passou, a Polícia Civil solicitou exame de DNA para o Caso Maikai. A reportagem não conseguiu comprovar o motivo desta soli-citação.

Assassino acreditavanum “crime perfeito”

MARCELO CARNAÚBA premeditou crime: estava armado, ligou o gerador para fazer barulho e ficou sozinho com Guilherme

Numa apuração criteriosa feita junto à Polícia Científica, Delegacia-Geral da Polícia Civil e

agentes que atuaram no caso, a reportagem de O DIA ALAGOAS fez o passo-a-passo do crime. O assassinato ocorreu entre as 8h26 e 8h28, conforme as imagens externas do estabele-cimento. Para a polícia, apenas duas pessoas

estavam no ambiente do crime: Guilherme Bran-dão (a vítima) e Marcelo Carnaúba (o suspeito). Para a polícia, ninguém mais esteve no local do crime, quando ele aconteceu. A movimentação financeira do suspeito comprovou transferências de somas consideradas da conta do Maikai para a sua conta pessoal.

SEXTA-FEIRA, DIA 21 DE FEVE-REIRO: Marcelo Carnaúba conversa com o empresário Eutímio Brandão (pai de Guilherme), fala em dificulda-des financeiras da empresa e lhe pede R$ 80 mil emprestados. O dinheiro é depositado numa das contas do Maikai (que tem contas bancárias na Caixa Econômica Federal e Santander). Tudo isso aconteceu sem o conhecimento de Guilherme Brandão, que, quando soube da transação, se queixou com Marcelo.

SEGUNDA-FEIRA, DIA 24 DE FEVE-REIRO: Eutímio Brandão precisa resol-ver uma pendência financeira urgente

e pede, do dinheiro que havia empres-tado ao filho, R$ 10 mil. Guilherme Brandão faz contato com Marcelo Carnaúba, fala do problema do pai e pede para que faça a transferência (ou saque) dos R$ 10 mil. Em resposta, Marcelo Carnaúba diz a Guilherme Brandão que a conta da empresa está negativada em R$ 13 mil. A infor-mação deixa o empresário irritado e ocorre uma ligeira – mas áspera – discussão entre os dois. Constrangido por não poder atender ao pedido do pai, Guilherme Brandão lhe conta o ocorrido. Neste mesmo dia, Guilherme Brandão marca uma reunião no Maikai

para o dia seguinte. Nos levantamen-tos feitos até a última sexta-feira, os desvios comprovados estavam perto dos R$ 300 mil. Levando-se em consideração que Marcelo Carnaúba trabalhava na empresa há sete anos, espera-se uma soma bem maior.

TERÇA-FEIRA, DIA 25 DE FEVE-REIRO: Guilherme Brandão e Marcelo Carnaúba teriam um encontro no Maikai para tratar da demissão do gerente e do dinheiro que ele estava desviando da empresa. No entanto, esse encontro foi adiado para o dia seguinte.

Delegado-geral Carlos Reis disse que a dinâmica do crime só colocava duas pessoas no local: Marcelo e Guilherme

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ESPECIAL13O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Perito garante: nenhum estranho entrou no MaikaiAs imagens analisadas pela

Investigação Criminal foram feitas das 6h às 9h, da quarta--feira, dia 26 de fevereiro, perí-odo que envolveu o crime. Foram analisadas imagens captadas por três câmeras externas e uma interna. As câmeras externas estavam colocadas no portão principal do Maikai, na lateral (lado da Academia Formafit) e do lado do Supermercado GBarbosa.

No relatório conclusivo, o perito criminal atestou que, após avaliar todas as imagens, “não houve movimento, nem de entrada nem de saída de funcionários da casa” pelo portão lateral da Formafit. Na porta principal, por onde Guilherme entrou, só houve movimento de funcionários. No lado do GBarbosa, houve movimentação de funcioná-rios. “Descarto qualquer possi-

bilidade da entrada de pessoas estranhas ao recinto sem ninguém tenha visto. Desta forma, concluo que não houve entrada de pessoas estra-nhas à casa por nenhuma das entradas. Analisando o local, descarto qualquer possibili-dade de ter adentrado alguém por vias laterais pulando muro, uma vez que existe cerca elétrica”, disse o perito crimi-nal, em seu relatório. D.F.

Marcelo confessou a autoria do tiro que matou Guilherme Guilherme foi baleado na nuca quando saía da sala

QUINTA-FEIRA, DIA 27:Foi um dia de intensas investigações. Logo pela manhã o Diário Oficial traz a nomeação do delegado Cícero Lima – da Delegacia de Homicídios – para presidir o inquérito. A Polícia Civil divul-gou os retratos-falados dos “suspei-tos”. Um perito contou à reportagem de O DIA ALAGOAS que Marcelo Carnaúba não estava seguro nas infor-mações para a confecção do material. Também foi na quinta-feira que o delegado-geral Carlos Reis recebeu o relatório da perícia feita nas imagens das câmeras externas e internas do Maikai. Também ficou concluído o “inquérito de local de crime” que indicava uma direção diferente do disparo em relação ao que foi dito pelo gerente, o suspeito. A polícia já tinha contradições de mais para desmas-carar Marcelo Carnaúba. Também na quinta-feira, à noite, o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, chefe do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) entra no caso. Acuado, Marcelo Carnaúba se queixa para o coronel da reserva remunerada da Polícia Militar João Evaristo dos Santos Filho e conta que foi pressionado pelo delegado Carlos Reis. Não foi divulgado o resul-tado dessa reclamação.

SEXTA-FEIRA, DIA 28:A Polícia Civil amanheceu o dia

disposta a esclarecer o crime. Faltava apenas a confissão de Marcelo Carnaúba.11h: Os delegados Carlos Reis e Cícero Lima, mais um da Força Nacional identificado apenas por Frai-ner e o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça vão novamente ao local do crime. A ideia era, se não conseguisse a confissão de Marcelo Carnaúba, seria providenciada a reconstituição do crime.12h: Marcelo Carnaúba conta às autoridades policiais que não aguenta mais conviver com as mentiras e com a pressão da polícia e que vai contar tudo sobre o crime. Ele surpreendeu a todos quando disse que foi ele mesmo quem fez o disparo contra Guilherme Brandão. A polícia desconfiava do envolvimento dele no crime, mas não que ele mesmo tivesse sido o autor do disparo. Em seguida, mostrou ao delegado Carlos Reis onde escondeu a arma: caixa de comandos de energia que só ele tinha a chave. Contou, mas não convenceu, que comprou a arma no dia anterior ao crime, no Tabuleiro do Martins. À tarde, ele foi levado à presença do juiz plantonista Maurício Brêda e do promotor Cyro Blatter, a quem confessou oficialmente o crime.19h: O secretário Eduardo Tavares – da Defesa Social – dá entrevista coletiva e revela que o Caso Maikai foi esclarecido com a confissão de Marcelo Carnaúba.

QUARTA-FEIRA, DIA 26 DE FEVEREIRO:

6h46’56”: Marcelo Carnaúba esta-ciona o carro na calçada do Maikai;6h47’40”: Marcelo abre um portão do estabelecimento6h53”09”: Marcelo abre outro portão lateral do Maikai6h53’16”: Marcelo entra o carro6h53’35”: Marcelo sai do carro6h53’49”: Marcelo entra de novo no

estabelecimento8h05’: Um Gol prata para na calçada, um homem desce, aperta a campai-nha, é atendido e entra no estabeleci-mento;8h12’23”: Imagens mostram dois carros brancos estacionados na calçada do Maikai;8h13’59”: O motorista de um dos carros desce, vai até a esquina no sentido praia;8h22’50”: Fiat Uno de cor prata sai da

frente do portão lateral do Maikai;8h25’02”: Uma pessoa (funcionário) parte em direção à porta para abri--la para Guilherme Brandão, mas o empresário entra sem a necessidade da ajuda do funcionário;8h26’30”: Um homem de camisa listrada está sentado em frente aos carros estacionados na calçada do Maikai;8h33’22’’: O homem de camisa listrada continua na calçada do Maikai;

8h33’58”: Uma pessoa observa para dentro do Maikai como se estivesse observando movimentos de desespero dentro do ambiente. Neste momento, o crime já havia ocorrido e o portão permanece fechado sem indícios de que nenhuma pessoa tenha entrado;8h34’35”: Pessoas se aglomeram na calçada do Maikai;8h37’32”: Uma mulher tenta entrar no estabelecimento acionando a campai-nha várias vezes;

8h38’33”: A mulher entra no estabe-lecimento;8h38’40”: Homem de camisa listrada que estava sentado na calçada do Maikai levanta-se e vai embora;8h45’59”: Dois homens abrem o portão lateral do Maikai pelo lado de dentro, saem, fecham o portão e correm em direção à esquina;8h46’10”: Chega ao local uma moto-cicleta do Samu;8h46’20”: A polícia chega ao local.

QUARTA-FEIRA, APÓS O CRIME8h40: O delegado-geral Carlos Alberto Reis recebe a informação, por telefone, do crime. A chamada telefônica foi feita pelo delegado Flávio Saraiva da Silva, amigo pessoal tanto de Guilherme quanto do Marcelo. Ato contínuo, Carlos Reis, também por telefone, comunica o fato ao delegado Egivaldo Lopes de Messias, do 2º Distrito, para que ele vá até o local, sua jurisdição. No local, Egivaldo confirma a morte do empresário e arrola os dez funcionários – contando com Marcelo Carnaúba – como testemunhas. 9h30: Chegam ao local os peritos crimi-nais, que iniciam os trabalhos em torno do evento criminoso. Após os levanta-mentos periciais, o corpo do empresário é levado para o Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima, para necropsia. O exame comprovou que o projétil teve

entrada e saída à altura da nuca do empresário. A proximidade do disparo, entre 40cm e 50cm, ficou evidenciada pelo chamuscamento (marcas de pólvora) deixadas no local de entrada da bala. Após a nacropsia, o corpo foi entregue aos familiares do empresário e levado para o Cemitério Parque das Flores.11h: Teve início a tomada de depoi-mento de nove funcionários que esta-vam no Maikai no momento do crime. A esta altura, a Polícia Civil já desconfiava de Marcelo Carnaúba; Neste mesmo horário, o delegado Carlos Reis chega ao local do crime, pergunta por Marcelo Carnaúba, mas é informado que ele foi para casa. Carlos Reis determina a um parente dele que vá buscá-lo em casa. Marcelo tem residência fixa, onde mora com a esposa e um casal de filhos, nas proximidades do Maikai.

12h: De volta ao Maikai, Marcelo Carnaúba dá a sua versão para o crime. Ele conta que estava em sua sala quando Guilherme Brandão entrou rendido por dois homens, um deles com uma arma apontada para a sua cabeça. A porta da sala está numa posição diagonal com a mesa de Marcelo Carnaúba, onde ele disse que ficou o tempo todo. Conforme seu relato, os bandidos pegaram R$ 2 mil que estavam num cofre e, numa reação de Guilherme, um dos bandidos atirou em sua cabeça. Na perícia logo depois do crime, foram encontrados R$ 1.844,00 na gaveta da mesa de Marcelo Carnaúba. A perícia constatou que, de fato, o ângulo da bala que matou o empresário era a diagonal, só que no sentido inverso: a bala saiu da mesa em direção à porta. E não o contrário, como disse Marcelo Carnaúba. Ficou consta-tado ainda que o corpo de Guilherme

Brandão foi arrastado do local onde o empresário caiu. Isso aconteceu para que Marcelo pudesse abrir a porta, sair e fechar em seguida.12h: Nas investigações, a Polícia Civil dividiu a região em quadrantes, que envolveram os bairros de Jati-úca, Cruz das Almas, Mangabeiras e Santo Eduardo. Dois jovens são presos portando uma arma de fogo num ponto de ônibus, na Rua Capitão Marinho Falcão, no Santo Eduardo. Para piorar a situação, um deles era ex-funcionário do Maikai. Nada ficou provado contra eles, que responderam apenas por porte ilegal de arma.15h: O delegado-geral Carlos se encontra com o jovem Eutímio Brandão Júnior e pede que ele requeira extra-tos da movimentação financeira das contas do Maikai. Pouco tempo depois, os extratos chegam às mãos do dele-

gado e se verificam umas transferên-cias suspeitas para a conta pessoal de Marcelo Carnaúba. Essa foi a primeira prova material contra o suspeito: ele estava desviando dinheiro da empresa. Sobre esta suspeita, o gerente disse que as transferências ocorriam porque ele pagava muitas contas do Maikai com o seu cartão de crédito. 19h: Familiares e amigos de Guilherme Brandão participam do sepultamento, no Parque das Flores. Algumas comentaram a ausência do gerente ao sepultamento do empresário. Neste momento, Marcelo Carnaúba está prestando informações sobre o crime. Ele foi o último funcionário a ser ouvido no dia do crime. Marcelo Carnaúba não sabia, mas já estava na condição de suspeito. As investigações colocavam apenas duas pessoas no local do crime: ele e a vítima.

06h47’40’’: Primeiro movimento do portão lateral é feito pelo gerente da casa

06h53’09’’: Segundo movimento do portão lateral, gerente abre o portão; 06h53’16’’: Gerente abre o carro; 06h53’35’’: Gerente sai do carro

06h53’49’’: Gerente volta ao estabelecimento

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Campus vai virar cadernoDAS ARTES À CIÊNCIA, novo caderno vai além do repasse de informações e suscitará reflexões sobre o cotidiano em Alagoas

Campus trará matéria que e n f o q u e

temas e problemas referen-tes a Alagoas, com inteira liberdade de posições. É uma contribuição de O DIA ALAGOAS para o conheci-mento e discussão do que seja nosso Estado, retribuição do jornal à sociedade à qual ele pertence e expressa. Campus, um testemunho que ficará desta fase de nossa formação histórica e, ao mesmo tempo, instrumentalizará a discussão da nossa atualidade.

O DIA entende que um jornal não é apenas repasse de informações. Ele tem a obrigação de realizar refle-xões sobre o cotidiano e, ao mesmo tempo, entender-se como produtor de conhe-cimento sobre esta mesma sociedade. Campus será matéria de subsídio para a discussão de Alagoas.

Ele será dest inado à comunidade em geral, mas pretende atingir, com maior ênfase, as áreas científicas, técnicas e acadêmicas.

O título indica a prioridade ao mundo acadêmico, mas de forma que, necessariamente, implique em uma leitura que não se perca pelo rebuscado de linguagens especializadas e todos os temas a serem trata-dos serão atuais e oportunos.

O campo das matérias é aberto, indo das artes à ciência, especialmente, na área social. No entanto, em uma classificação apres-sada, podemos considerar que abordará o cotidiano, a memória e o conjunto de preocupações sociais que passam pela antropologia, economia, história, política, sociologia, e outros aspectos da mesma ordem.

Uma vez por mês, será abordado o cotidiano através

de texto de jornalista de nossa redação, buscando, sobre-tudo, aspectos que ficam

escondidos no dia a dia da cidade como, por exemplo, as profissões ditas humildes,

mas densamente carregadas pelo conteúdo humano e social.

14 O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

CULTURA redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Compromisso com a sociedade alagoanaO DIA ALAGOAS tem

certeza de que seu compro-misso com a sociedade alago-ana é mais uma vez posto em evidência e terá a honra de paulatinamente estar na inti-midade dos campi que exis-tem em Alagoas. Como regra geral, nenhum trabalho será publicado sem que o autor tenha sido convidado pelo Coordenador, que é Luiz Sávio de Almeida, Professor Emérito da Universidade Federal de Alagoas e Doutor em Histó-ria. Atualmente é professor da disciplina Formação do Espaço Alagoano, ministrada para alunos do mestrado e do doutorado mantido pela Facul-dade de Arquitetura e Urba-nismo da UFAL. É também coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Direito, Sociedade e Violência pertencente ao Cento Universi-tário CESMAC.

A Articulação do Suple-mento será realizada por Luah-noa Rocha, área de Direito, com duas especializações em andamento, sendo uma na Ufal e outra no Cesmac. O jornalista de nossa redação que ficará ligado diretamente ao Suplemento é Francisco Ribeiro, que também é editor de Cultura. Jovem profissio-nal com atividade de relevo em nosso campo no Estado. Ele será responsável pela área de Cotidiano, cuja pauta será montada, sobretudo, a partir de indicações de leitores de

nosso jornal. A diagramação e arte final

serão de responsabilidade do jornalista Jobson Pedrosa e do publicitário Cícero Rodri-gues, profissionais talentosos e premiados no Estado e até fora do País. As fotografias serão de Eduardo Leite. E, finalmente, a coordenação geral será de nosso editor Deraldo Fran-cisco.

O DIA ALAGOAS espera que Campus cumpra sua missão em prol da renovação da sociedade de Alagoas, atra-vés do diálogo entre sociedade e produtores de conhecimento.

Edua

rdo

Leite

Expediente de CAMPUS

Coordenador: Luiz Sávio de Almeida (Doutor)

Articulação: Luhanoa Rocha (Especialista)

Cotidiano: Francisco Ribeiro

Imagem: Eduardo Leite e Cícero Rodrigues

Diagramação: Jobson Pedrosa

Editor-geral: Deraldo Francisco

O coordenador Sávio Almeida durante uma reunião com jornalistas da equipe na redação de O DIA ALAGOAS

Page 15: O DIA ALAGOAS - Ano 2 - nº 054

GAL COSTA – RECANTO. Musique (Rua José Soares Sobrinho, 69, Stella Maris). No dia 05 de abril, às 22h. Ingressos: R$ 120 (plateia A), R$ 100 (plateia B) e R$ 50 (pista). Pontos de venda: Folia Brasil e Acesso Vip. Classificação: 18 anos. Com músicas escritas por Caetano Veloso, Gal Costa faz show do DVD “Recanto Ao Vivo” em Maceió. O trabalho é marcado por sonoridade expe-

rimental, que mistura programações eletrôni-cas com rock, MPB e dub-step, a exemplo da faixa “Autotune Autoerótico”. No repérto-rio, também estão outras canções do disco, como “Neguinho”, “Recanto Escuro”, “Tudo Doi”, “Segunda”, “Cara do Mundo” e “Mansi-dão”. O público pode esperar clássicos na voz de Gal, como “Divino Maravilhoso”, “Da Maior Importância”, “Baby”, “Vapor Barato”, “Barato Total”, “Dom de Iludir”, “Força Estra-nha” e “Meu Bem, Meu Mal”. O show será com cadeiras marcadas.

CULTURA15O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

GUIA CULTURAL

O CORPO NA ARTE AFRICANA. Pina-coteca Universitária (Pç. Visconde de Sinimbu, 206, Centro / 3214-1545). Visitação: até 12 de março; seg. e qui., das 08h às 20h; ter., qua. e sex., das 08h às 18h. Aberto ao público. A exposição, que está em cartaz na Pinacoteca Universitária, resgata as missões da Fiocruz à África, através de aproximadamente 140 peças, entre esculturas, máscaras e objetos. Montada a partir do acervo de pesquisadores que se tornaram colecionadores, O Corpo na Arte Africana já passou por Recife e por

João Pessoa e depois de Maceió, a mostra seguirá para Natal (RN).

CINE SESC e SESSÃO PIPOCA. Sessão Pipoca será no Auditório do SESC Poço; e o Cine SESC acon-tecerá no Teatro do SESC Centro. Nas segundas-feiras (05/02; 13/03; 02/04; 07/05; 04/06; 02/07; 06/08; 03/09; 01/10; 05/11), às 12h30. Entrada franca. Abrindo espaço para o cinema que não entra no circuito comercial das grandes salas de exibição, o Cine Sesc traz uma programação de filmes brasileiros e clássicos da sétima arte todas as primei-ras segundas-feiras do mês, às 12h30.

SAMBACAITÁ. Rex Bar (Rua Dr. Antô-nio Mendonça, Praça Rex, Jajuçara / 9330 2880). No dia 12 de março, a

partir das 21h. Couvert: R$ 6. A primeira quarta musical depois do recesso de Carnaval do Rex Jazz Bar já está confirmada e vem com uma atração inédita: a banda Samba-caitá. Que tal?

TROCO EM BALA E MAZÉ. Bloco de Comunicação Social (Campus A. C. Simões. Av. Lourival Melo Mota, S/N, Tabuleiro do Martins). No dia 14 de março, a partir das 17h. Aberto ao público. A tradicional Semana dos Estu-dantes de Comunicação Social (SECOM), da Universidade Federal de Alagoas, chega

a sua 14ª edição. A iniciativa surgiu com o propósito de apresentar aos feras os desa-fios da profissão, o mercado de trabalho, reenvindicar melhorias para o curso, entre outros temas. Na programação, estão incluí-das oficinas, grupos de discursão e debates com profissionais renomados. No último dia, será realizado um show com as bandas Troco em Bala e Mazé. O evento é aberto ao público.

VALSA Nº 6. Teatro Deodoro (Pç. Mal. Deodoro, s/n / 3556-5665, 3315-5656). Nos dias 14 e 15, às 20 horas. Classificação: 14 anos. Ingres-sos: R$ 5,00 (estudantes, idosos e comerciários) e R$ 10,00. O público alagoano terá a oportunidade de assistir a Valsa nº 6, monólogo de Nelson Rodrigues, um dos mais influentes dos dramaturgos brasileiros. Escrito em 1951, a peça apre-senta uma menina assassinada aos quinze anos que tenta se lembrar do que aconte-ceu. Em cena Flávia Reis, Julia Schaeffer e Guilherme Miranda manipulam a prota-gonista do espetáculo: a boneca Sônia. A montagem é da companhia Teatro Portátil, sucesso de público no Rio de Janeiro.

PRÉVIA DO GRITO ROCK – PALCO JACINTINHO. Kfofo Show House (Rua Barão de Jaraguá, 569, Jara-

guá / 9660 6796 e 9141 0142). No dia 15 de março, a partir das 22h. Ingressos: R$ 10 (nome na lista - http://goo.gl/cYxGpy) e R$12 (sem nome na lista). Pontos de venda: na bilheteria do local. O Grito Rock é um Festival de Artes Integradas que em 2014 acontece em 400 cidades espalhadas pelo mundo, e em Maceió está em sua 5ª edição (palco Marcílio Dias). Desde o ano passado, o Festival vem sendo ampliado para outros bairros além do Jaraguá, e este ano não será diferente. O Coletivo Combo Cultural vê o bairro do Jacintinho como um polo de cultura diversificado, portanto foi o local escolhido para sediar mais um evento. Para ajudar na realização de mais um Festival na cidade, no dia 15 de março, no Kfofo Show Bar, acontecerá a Prévia do Grito Rock Jacintinho, com as 4 bandas que fizeram parte da primeira etapa do projeto Tunes: Troco em Bala, A Flor de Zíaco, Mazé e Dof Lafá.

SEGUNDA

QUARTA

SEXTA

SÁBADO

PREPARE-SE

Envie um e-mail para [email protected] divulgue seu evento

Arquiteto das palavrasElayne PontualGraciliano On-line

Num papel amare-lado, marcado pelas nódoas do tempo,

estão escritos, à mão, versos que datam de 40 anos atrás e que deram forma ao livro mais conhecido do alago-ano Luiz Gonzaga Leão, “Casa Somente Canto, Casa Somente Palavra”. A tinta azul dá corpo às palavras, onde umas parecem agradar ao poeta e outras são rejeita-das por ele – estas ganham riscos e borrões. Tomado pelo tema e pela saudade, o artista menciona elementos que habitualmente compõem um lar, como o teto e o chão ou o pão e o prato.

Aos 84 anos, Gonzaga Leão, que nasceu a cerca de 70 km da capital alagoana, em União dos Palmares, ainda guarda rascunhos de alguns poemas escritos por ele, como “Do Amor”, “Galo de Briga” e “Que Amada é Essa?”. Assim como o suporte que os abrigam, os versos parecem resistir ao tempo. Misturado a eles, um romance inominado escapa de um destino trágico: o lixo.

A primeira obra publicada por Gonzaga Leão foi “A Rosa Acontecida”, lançada quando o autor tinha 26 anos. A segunda, “Mar de Encanto”, de 1957, recebeu da Academia Alagoana de Letras, no ano seguinte à sua publicação, o prêmio Othon Lynch Bezerra

de Melo, como melhor livro de poesia. Logo após, em 1995, “Casa Somente Canto, Casa Somente Palavra”, foi publicado pela editora Escri-turas, com uma distribuição de mil exemplares. Em 2005, foi publicado “Preparação da Manhã”, um livro sofrido, de acordo com o autor, pois traz experiências vividas por ele em 1964, quando teve seu irmão preso pela ditadura militar.

Seu livro mais recente, publicado pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos, traz 39 poemas inéditos e alguns já publicados. Entre os temas preferidos do poeta, estão elementos de forte valor simbólico para ele, como o mar e a casa.

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16 O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

ESPORTES redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

DIA EsportivoJorge [email protected]

Rodada

Após a folia do carnaval, os clubes alagoanos voltam as suas atenções para o prosseguimento do Campeonato Alagoano de Profissionais, com

a realização da terceira rodada, e a Copa do Brasil logo em seguida. Quem chega abalado para esses jogos são o CRB, depois da eliminação com gole-ada para o América, em Natal, pela Copa do Nordeste, e o Penedense com uma crise financeira das piores possíveis.No CRB, o treinador Roberval Davino foi dispensado e alguns jogadores vão depender a sua permanência depois do jogo deste domingo em Coruripe. No Penedense, a diretoria não tem dinheiro para pagar aos jogadores e o clube ainda tem uma dívida financeira junto à Federação Alagoana de Futebol.O campeonato estadual teve um termômetro até agora: o antes e o depois do carnaval. O indicativo é que o CSA, mesmo com a eliminação na Copa do Nordeste, está conseguindo administrar bem o seu ambiente. A diretoria, inclusive, contratou alguns reforços nesse período apenas de treinamentos e espera regularizá-los o mais rápido possível.

Rodada ICinco jogos estão programados para este final de semana pelo Campeonato Alagoano: Em Maceió, 08, CSA X CSE, no Rei Pelé; Domingo, 09, Coruripe X CRB, em Coruripe; Santa Rita X Penedense, em Boca da Mata; Murici X Comercial, em Murici; CEO X ASA, em Olho D’Água das Flores.

Ingressos à venda Os ingressos para a partida do CSA x São Paulo, pela Copa do Brasil, que acontece na 4ª feira, 12, às 22h, já têm valores definidos. O setor das arqui-bancadas baixas custa 30 reais, o das arquibancadas altas 40 reais, e o setor das cadeiras 100 reais. O sócio torcedor em dia entra sem pagar nada para assistir a partida. Mais um Com a definição do time que irá começar disputando a partida do CRB contra o Coruripe, pelo Segundo Turno do Campeonato Alagoano, neste sábado, 08, no Estádio Gerson Amaral, o técnico Eduardo Souza, substituto de Roberval Davino, tem mais uma certeza: o meia-armador Geovani, que sentiu uma fisgada na coxa, passará por uma nova avaliação. Ele se junta ao lateral João Victor e aos atacantes Denílson e Igor, que já estão sob os cuidados do Departamento Médico. E haja problemas para o jovem treinador. Racismo O presidente do Santos, Odílio Rodrigues, demonstrou toda a sua indignação através de uma nota oficial em função das ofensas racistas sofridas pelo volante Arouca, após o jogo contra o Mogi Mirim, no interior paulista. Na sexta-feira, 07, o dirigente comentou estar “triste e revoltado”. O dirigente ainda cobrou uma postura firme das autoridades em relação ao caso. A propósito, o Tribunal de Justiça de São Paulo já anunciou a interdição do está-dio Romildo Vitor Gomes Ferreira, em Mogi Mirim. Essa situação de racismo no futebol já está virando brincadeira. Alguém tem que agir com pulso forte, de preferência a justiça comum e a justiça desportiva. Justiça Desportiva E por falar em justiça, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deter-minou na quinta-feira, 06, a suspensão da publicação das tabelas das Séries C e D do Campeonato Brasileiro de 2014. A determinação ocorreu por conta de “conflito de decisões e atribuições” na decisão do pleno do STJD que acabou por rebaixar o Betim à quarta divisão nacional. O clube mineiro foi punido por um processo judicial de 2006, quando o time ainda se chamava Ipatinga e não pagou uma taxa de transferência do lateral Luizinho para o Nacional, de Portugal. Sem campeonatos Do jeito como as coisas estão indo, tudo indica que não teremos as compe-tições brasileiras promovidas pela Confederação Brasileira de Futebol antes da Copa do Mundo. As Séries A e B estão com problemas e os clubes que se dizem prejudicados continuam trabalhando para que as competições não comecem. Agora é a vez das Séries C e D, também em discussão na Justiça. Só Deus sabe quando tudo isso vai acabar.

Marcelo AlvesRepórter

AS A , C S A , CRB e Santa Rita se prepa-

ram para se aventurar na Copa do Brasil, que tem início nesta semana. Azulão e Galo estreiam no torneio nacional nesta quarta--feira (12). O time azulino encara o São Paulo, às 22h, no estádio Rei Pelé, e a equipe regatiana joga fora de casa contra o Rondo-nópolis-MT, no Luthero Lopes,

na cidade de mesmo nome do clube, às 21h30. O Alvinegro e o Rubro Negro só jogarão pela competição no dia 2 de abril. O clube arapiraquense pega o Paragominas-PA, às 20h30, na Arena Verde, no município de mesmo nome do time, e a agre-miação de Boca da Mata duela com o Guarani-SP, às 20h30, em local indefinido.

Dos quatro clubes alagoa-nos, CRB e ASA são os únicos que têm a chance de eliminar a partida da volta, uma vez que

jogam o primeiro jogo fora de casa. Segundo o regulamento da competição, nas primeira e segunda fases, caso o time visi-tante vença a primeira partida por dois ou mais gols de dife-rença, estará automatica-mente classificado para a fase seguinte sem a necessidade da realização da partida de volta. Neste caso, CSA e Santa Rita correm o risco de darem adeus ao torneio já no primeiro jogo, uma vez que fazem o primeiro jogo como mandantes.

Alagoanos arriscam asorte na Copa do Brasil

COMPETIÇÃO contará com ASA, CSA, CRB e Santa Rita, que visam fazer caixa

Clubes aproveitam para arrecadar dinheiroComo não é encarada

como prioridade, a Copa do Brasil é tida como uma opor-tunidade de os clubes fazerem caixa para fazer investimen-tos. Para se ter uma ideia da ajuda financeira que a compe-tição proporciona aos times, a renda líquida de cada partida será do clube mandante. E os preços dos ingressos serão estabelecidos pelo clube mandante.

Além disso, os clubes praticamente não terão despe-sas com os jogos da compe-tição. As agremiações serão beneficiadas com quotas de participação por fase dispu-tada, conforme tabela a ser publicada pelo Departamento de Competições (DCO) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ainda rece-berão passagens rodoviárias até distâncias de 500 km limi-tadas a 40 pessoas ou aluguel de ônibus, a critério do clube visitante. Já as passagens aéreas serão disponibilizadas para delegações limitadas a 23 pessoas, para distân-cias superiores a 500 km. Há ainda abono para despesas de alimentação e hospedagem, quando visitante, no valor de R$ 5 mil.

Se para os clubes, a Copa do Brasil serve como suporte financeiro, os atletas aprovei-tam os jogos do torneio para se projetaram nacionalmente. No ano passado, o duelo entre

CSA e Cruzeiro pela compe-tição rendeu a ida do então lateral-direito do CSA, Lean-drinho, para o time mineiro que se interessou pelo joga-dor.

JOGOS DA VOLTAA CBF agendou os jogos

de volta de ASA, CSA e Santa Rita para o dia 9 de abril. Caso não vença o primeiro jogo por dois ou mais gols de dife-rença, o Alvinegro encara o Paragominas-PA, às 20h30, no Coaracy da Mata Fonseca, em Arapiraca. O Azulão poderá fazer a partida da volta contra o São Paulo, no Morumbi, em São Paulo. O Rubro Negro Alagoano também poderá disputar o segundo jogo com o Guarani, no Brinco de Ouro, em Campinas-SP.

Já o CRB tem seu segundo jogo marcado para o dia 16 de abril. Se não eliminar o jogo da volta, o Galo faz o segundo jogo no Rei Pelé, às 20h30. M.A.

l Enquanto a justiça comum se meter com as questões da justiça desportiva, o futebol brasileiro vai ser essa bagunça;l No CRB, conselheiros reclamam que só quem manda no clube são os dirigentes Marcos Barbosa, Ednilton Lins e Alarcom Pacheco. Será que tem fundamento isso?;l Diretoria do CSA anda reclamando que está um sufoco assumir os compromissos do clube, hoje, somados em quase 400 mil reais.

ALFINETADAS...

As agremiações

serão beneficiadas

com quotas de participação

por fase disputada

Serviço

CBFRua Victor Civita, Barra da Tijuca/RJ(021) 3572-1900

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Quando se fala “estudei na UFAL”, sim, as pessoas te olham diferente. Quando passei, não me contive de alegria. No trote e nos primeiros dias de aula, estava

tão feliz que queria abraçar até os extintores. O primeiro ano foi maravilhoso. Professores ótimos (a maioria), muitos trabalhos, muitas provas, aula de campo, muita exigência. Que ótimo! Segundo ano, pique total. Era hora de entrar mais fundo no mundo do geógrafo. A partir daí, foi o começo das decepções: faltam professores ótimos, tem uns regulares aqui e ali. Onde tere-mos aula? Ah, não tem salas disponíveis. E cadê o professor dessa disciplina? Não tem. Tranquilo, podemos compensar estudado na biblioteca seto-rial. O quê? Fechada? Desânimo total. Cadê as aulas de campo? Não tem ônibus disponíveis na UFAL. Pelo menos tem os laboratórios. Ah, não

tem equipamentos suficientes. É isso. Tive quatro anos lindos na UFAL. Lindos porque conheci pessoas maravi-lhosas. Professores maravilhosos, poucos dos muitos que passaram por mim nesses quatro anos de ensino e que, de fato, me ensinaram coisas mais importantes do que deco-rar a matéria para tirar nota. Dentro da Universidade, o movimento estudantil me formou socialmente e me trouxe amigos para a vida toda. Enxergar a sociedade e tentar

transformá-la é também dever de quem passa pela Ufal. Mas essa é só a parte bonita. A parte horrenda tá escondida na precarização crescente da univer-sidade. Estou me despedindo já já da Ufal. O meu desejo aos que virão é que continuem a luta por uma educação pública de qualidade e por gestões que sirvam à sociedade e não ao capital financeiro do nosso Estado.

Bem, a Universidade pública possui vários espaços que estão vivos, pulsantes e fervilham fora da sala de aula. Dentro dos blocos, temos oportunidade de

absorver conhecimento, mas a Ufal não é só isso. Fora das salas, encontrei no movimento estudantil, onde tive oportunidade de estudar e refletir sobre os problemas da educação pública, o ambiente que precisava para por para fora a minha indignação por falta de assistência estudantil na Univer-sidade. Na Ufal, existem milhares de pessoas carentes, cuja necessidade de assistência é vital para a permanência delas na instituição. Muitos

precisam de alimentação, materiais didáticos, condições de transporte, além de moradia para quem não é natural da cidade onde se localiza o campus de estudo. Uma dica é que, ao chegar ao novo curso, procurem o Centro ou Dire-

tório Acadêmico para saber mais sobre as condi-ções do curso onde você está. Converse com as pessoas e procure saber dos projetos de pesquisa e extensão. Está claro que acontecem muitas coisas fora da sala de aula não é, caro leitor? Um movimento acontece fora dela, pois temos sérios problemas. Então vá à aula sim, estude, critique, reflita, e quando sair dela, lute!

17O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

CAMPUS redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Jorge Luiz Fronho de Sousa - Acadêmico do Curso de Administração da UFMS – Câmpus de Três Lagoas (MS). E-mail: [email protected] Santana dos Santos - Administrador e Professor da UFAL – Câmpus de Arapiraca (AL). E-mail:[email protected]

Mo b i l i d a d e é um problema indiscutível na

maioria das cidades brasileiras, seja de médio ou grande porte. Superlotação de carros e a neces-sidade de frear a poluição com o intuito de preservar o meio ambiente são motivos convin-centes para se criar um meio de transporte alternativo, e a bicicleta vem sendo o modelo que mais se encaixa nessa realidade. Hoje, o Brasil é o terceiro maior produtor de bicicletas no mundo, perdendo apenas para China e Índia, sendo ainda o quinto maior consumidor de bicicletas no mundo, repre-sentando uma fatia de 4,4% do mercado internacional. A ideia de adotá-las como meio de locomo-ção está amadurecendo e, cada vez mais, as cidades fazem inves-timentos em vias exclusivas.

A organização urbana pode vir a ser uma ferramenta poderosa na construção de uma sociedade

mais justa e igualitária. Um dos mecanismos mais eficientes para a melhoria das condições sociais, econômicas, educacionais e da qualidade de vida reside no apro-veitamento e utilização de bens públicos como praças, parques, calçadas e centro culturais e esportivos. A poluição atmosfé-rica e sonora, somada às péssi-mas condições atuais de trânsito urbano, tende a piorar o nosso bem estar. Problemas e custos relativos a congestionamentos, perdas de espaços urbanos, e consumo de energia são só alguns exemplos desse ciclo negativo.

O ciclismo é uma parte impor-tante para a solução de problemas de transportes urbanos, além de um meio eficiente para manter-se a forma física, reduzindo o seden-tarismo e os riscos de inúmeras doenças associadas à falta de exercícios físicos. A integração de um sistema de ciclovias à malha urbana de transportes públi-

cos contribui substancialmente para o incremento do número de ciclistas, diminuindo o número de veículos motorizados. Com investimentos em ciclovias urba-nas, pesquisas apontam as vanta-gens econômicas decorrentes dos valores econômicos de ganho de tempo, segurança, meio ambiente e saúde pública: melhorias na segurança e fluxo do trânsito, espaços públicos para estaciona-mento, redução do custo pessoa/viagem, melhoria ambiental e diminuição de problemas de saúde.

Transformar um ambiente metropolitano da cidade de São Paulo,por exemplo, em um espaço urbano que incentive ciclistas e pedestres, associado a uma polí-tica pública que permita a integra-ção das ciclovias aos principais centros de emissão de passageiros nos transportes públicos, como estações de trem, metrô e termi-nais de ônibus, ou ainda facilitar o

escoamento de pequenos produ-tores urbanos aos centros de distribuição e feiras regionais, em um ambiente seguro e saudável, pode ser um dos principais meca-nismos para a implantação de um modelo eficiente que priorize o transporte público e a qualidade de vida da população. Um estudo comparativo de algumas das prin-cipais cidades pelo mundo que priorizaram o transporte público e a qualidade de vida de seus cidadãos mostra como impor-tantes transformações do espaço público urbano começaram com pequenas soluções e intervenções do poder público. Uma ciclovia em São Paulo pode parecer uma utopia para alguns, porém os exemplos internacionais podem servir de inspiração para se trans-formar a realidade urbana de metrópoles como São Paulo, em um esforço conjunto da sociedade civil, iniciativa privada e poder público.

O uso de bicicleta aqui no Brasil ainda é visto como um tímido agente transformador da mobili-dade urbana sustentável. Entre-tanto, seus benefícios são muitos; diminui o número de carros na rua e consequentemente, os congestio-namentos, gera autonomia e faci-lidade de deslocamento, contribui para atração de centros urbanos, baixíssimo impacto poluidor na construção das vias e, como conse-quência de tudo isso, o aumento na qualidade de vida. Hoje, peda-lar nas grandes cidades brasileiras é perigoso. Ciclistas enfrentam inexistência de ciclovias, o desres-peito dos carros e ônibus, além da falta de sinalização adequada, entre outros obstáculos. É preciso ampliar o debate, propor estraté-gias para transformar a percep-ção das administrações públicas brasileiras que insistem ainda em encarar a bicicleta apenas como lazer e não também como meio de transporte.

Menos trânsito, mais qualidade de vida

UFAL recebe novos estudantes e O DIA ALAGOAS convida veteranos para dar boas vindas para início do ano letivo de 2014

Um universo vai se abrirMárcio AnastacioRepórter

Sustentado pelo tripé ensino, pesquisa e exten-são, a Universidade

Federal de Alagoas (UFAL) oferece para quem chega um mundo singu-lar. A oportunidade de desconstruir conceitos impostos historicamente é colocada diariamente nos campi da instituição de ensino.

Para além das salas de aula, as experiências vivenciadas nos coletivos

organizados, no movimento estudan-til, nos projetos de extensão têm como missão buscar informação científica para desenvolvimento social e contri-buir efetivamente para a formação do estudante, seja ele da área de exatas, humanas ou biológicas.

A Universidade está longe de ser apenas um lugar onde se pode obter informação. O espaço é voltado para reflexão e construção do pensamento crítico.

A regra diz que um bom profes-sor universitário é aquele cuja aula é

voltada para desconstruir conceitos socialmente naturalizados, forçando o estudante a construí-los a partir do seu ponto de vista crítico. O processo de desconstrução ideológico é funda-mental para a formação de um profis-sional crítico e situado na realidade social universal.

Nesta segunda-feira (10), a UFAL recebe novos estudantes em todos os seus cursos para o início do ano letivo de 2014. Nas outras instituições, onde ele já começou, muitos deixaram a volta às aulas para depois do carnaval. Nesta

edição, O DIA ALAGOAS convidou quem já está saindo da Universidade para brindá-los com as boas vindas a quem chega e dar dicas aos calouros para aproveitarem ao máximo esse universo acadêmico.

Serviço

Universidade Federal de Alagoas Campus A. C. Simões (82) 3214-1081 http://www.ufal.edu.br

Lembro-me a t é h o j e dos meus

primeiros dias n a U n i v e r s i -dade Federal de Alagoas. Eu me sentia perdida com tanta informação nova pra aprender. Mas é normal se sentir assim, afinal, é um mundo total-mente diferente do que você já está acostumado. Mas uma dica impor-tante é não ter medo de pergun-tar. Pergunte a f u n c i o n á r i o s , pergunte aos estu-dantes veteranos e pergunte a mesma informação a mais de uma p e s s o a para ter certeza

da veracidade. É claro que socia-lizar, conhecer pessoas diferentes e fazer amizades também é muito importante e faz parte da vida Universitária, mas outra dica que eu dou para os calou-ros é que apro-veitem o máximo de conhecimento transmitido pelos professores. Aliás, o conhecimento não se restringe apenas à sala de aula. Participar de grupos de estudos, de congressos e encontros também é uma ótima forma de melhorar a sua

f o r m a -ç ã o a c a d ê -mica.

Benita Rodrigues - Relações Públicas

Amanda Guedes - Estudantes de Geografia licenciatura

Valber Elias - Estudante de Serviço Social

Page 18: O DIA ALAGOAS - Ano 2 - nº 054

TELEVISÃO18 O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Márcio Anastácio - [email protected] da MíDIA

RESUMO DAS NOVELAS - OS RESUMOS DOS CAPÍTULOS ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇAS EM FUNÇÃO DA EDIÇÃO DAS NOVELAS.

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO

MA

LHA

ÇÃ

OG

lobo

Sofia confronta Anita e afirma que a irmã permitiu que ela ficasse com Ben. Ronaldo coloca Martin na linha em seu novo emprego. Pedro vê Tita fazendo trabalhos domésticos. Julia diz a Anita que foi ela quem atirou Sofia nos braços de Ben. Caetano é libertado da prisão, mas exige que Abelardo não conte para Bernardete o que aconteceu. Ben e Sidney se enfrentam, mas Serguei e Meg apartam a briga. Anita acusa Sofia de querer tudo o que ela tem. Caetano pede Zelândia em casamento e explica seu plano para enganar o seguro de vida.

Anita afirma a Antônio que precisa de um tempo para si mesma. Zelândia e os atores contratados por Caetano para forjar sua morte conseguem enganar a todos. Antônio guarda todo o dinheiro em seu esconderijo no bosque. Briguita incentiva Sofia a se candidatar ao trabalho em uma loja para noivas. Martin pede ajuda a Paulino para aprender a andar de ônibus. Ben critica Sofia por tentar a vaga na loja sem ser profissional. Maura se desespera com o sumiço de seu dinheiro. Antônio marca um encontro com um jornalista.

Meg é firme com Sidney e questiona suas intenções com Sofia. Abelardo acolhe Bernardete, que sofre pelo suposto falecimento de Caetano. Sidney se declara para Sofia e quase a beija, quando Ben chega. Ben e Sidney se agridem, para deleite de Sofia. Vera orienta Luciana sobre os cuidados com a casa, mas sua irmã se mostra exausta. Tita desabafa com Pedro, que promete desmascarar Maura. Bernardete avisa a Vera sobre o acidente com Caetano. Sofia decide investir em sua autoestima.

Sofia se sente culpada pela morte de Caetano, já que ajudou a colocá--lo na cadeia. Caetano entrega para Zelândia uma caixa de chocolate com um bilhete cifrado para Sofia e Anita. Vera e Ronaldo consolam Anita, Sofia e Bernardete. O advogado revela a Bernardete e Abelardo que Caetano era casado oficialmente com outra mulher. Bárbara se candidata para trei-nar a equipe de futebol para o interco-legial, mas Fabio exige que Virgílio seja o técnico.

Anita e Sofia concordam em não avisar a ninguém sobre a falcatrua de Caetano. Os meninos fingem aceitar a presença de Bárbara como auxiliar técnica. Abelardo se declara para Bernardete, que pede um tempo para ele. Serguei desabafa com Meg sobre a ameaça de Flaviana ter que parar de estudar por causa de dinheiro. Todos aprovam a comida feita por Luciana. Meg conta para Vera sobre a situação de Flaviana. Antônio magoa Tita, e Hernandez tenta conversar com o menino.

Não há exibição.

ALÉ

M D

O H

OR

IZO

NTE

Glo

bo

Tereza fica furiosa com LC. Vó Tita vê Kleber chorando por causa de Fátima. Angelique disfarça a satisfação pelo desespero de Tereza. Lili tenta se manter afastada de William. LC faz intriga de Heloísa para Flávio. Selma e Rita chegam à casa de Sandra. Celina apoia Marlon no enfrentamento a Tereza. André percebe o comporta-mento de Lili e conversa com William. Kleber se enfurece com todos em Tapiré. Vó Tita, Keila, João, José e Beli-nha visitam Fátima.

André decide ir com William e Lili salvar Marlon e Celina. Angelique e Assis convencem Tereza a aceitar a ajuda de LC. Heloísa fica aliviada com a partida do ex-marido. Priscila aparece de surpresa no escritório de Marcelo. Selma pede para Jéssica tatuá-la. Inês diz a Álvaro que convidará Thomaz para ser seu padrinho de casamento. William, Lili, André e Guto se despedem de Carlos. Fátima volta para casa. Vó Tita comenta com Keila que viu Kleber chorando no hospital.

Fátima enfrenta Kleber. Tereza seduz LC. Vó Tita se surpreende com a presença de Kleber em sua casa. Priscila se anima com o presente que recebe de Marcelo. Álvaro fica satis-feito com a pressa de Inês em querer se casar. Tereza afirma a Assis que reconquistará LC. LC propõe um pacto a Tereza. Álvaro garante a Fernanda que será dono de tudo o que Inês tem. Heloísa repreende Priscila por não usar um método contraceptivo com Marcelo.

LC consegue enganar Tereza para ficar com Angelique. Álvaro entrega os docu-mentos do casamento para Inês assinar. Angelique não acredita que LC conse-guirá tirar a fórmula de Marlon. Tereza aceita fingir que foi expulsa da Comu-nidade. Fátima decide continuar sua investigação. Kleber manda Edu levar um recado para a filha. LC liberta Marlon e Celina. Lili, William, André e Guto chegam aos limites da Comunidade. Lili se entristece ao perceber que está sem o pingente que ganhou de Marlon.

William se aproxima de Marlon e Lili e André fica só observando. Priscila descobre que está grávida e fica assus-tada. Marlon, Lili, William e Celina se reencontram e todos vão para Comu-nidade. Marlon percebe que Lili está sem o pingente e fica chateado. Marlon garante a todos que a está tudo bem na Comunidade, mas William descon-fia de LC. Inês expulsa Álvaro de casa. Fernanda quase se declara a Thomaz. Matias reaparece e diz a Fátima que buscará Belinha à noite.

André invade o laboratório, salva Celina da máquina da felicidade e destrói a máquina. Marlon diz a Lili que ela está estranha com ele. Tereza e Angelique conseguem sair da sala e contam para LC o que aconteceu. André, Celina, William e Guto correm pela mata para fugir da Comunidade. Inês nomeia Thomaz seu representante no escritório e tira Álvaro do cargo. Priscila diz a Heloisa que está sem coragem de contar para Marcelo que está grávida. Lili conta para Marlon que beijou William e ele fica arrasado.

JOIA

RA

RA

Glo

bo

Santinha dá para Lola um chá que teoricamente faria sumir sua voz. Manfred procura Cristina, que se assusta. Benito acusa Manfred na frente de Ernest e do delegado. Joel dá um vestido para Cléo. Começa o baile de gala de carnaval do Cabaré Pacheco Leão. A voz de Lola começa a desafinar e ela se lembra do chá de Santinha. O delegado interrompe o jantar de Ernest e Dália para contar que Benito morreu. Aurora e Davi se beijam no camarim. Fabrício vai consolar Lola e a beija.

O show de Hilda é um sucesso e Toni a beija no camarim. Ela diz que só volta a ficar com ele caso se separe de Gaia. Rubens cuida de Cristina na pensão e surge um clima entre eles. Lola discute com Davi e Aurora discute com Fabrício. Ernest vai ao cortiço, pede desculpas a Pérola e diz que a ama. Toni tenta conversar com Gaia, mas ela foge. O delegado consegue as provas que incriminam Manfred. Rubens visita Cristina e lhe leva flores. Lola passa mal na pensão, enquanto Aurora fica enjoada em seu hotel.

Odilon se muda para a pensão. Aurora conta para Joel que está grávida. Rubens confirma para Lola sua gravidez. Manfred foge do delegado para não ser preso. Dália conta para Amélia e Franz sobre a fuga de Manfred. Aurora diz a Joel que quer ter o filho em Paris. Manfred pede ajuda a Décio para conseguir documentos falsos. Laura obriga Décio a contar tudo para a polícia. Começa a apresentação de Hilda na rádio e Ernest fica emocionado ao ouvi-la. Manfred entra na mansão escondido, à noite, e aborda Zefinha.

Odilon se muda para a pensão. Aurora conta para Joel que está grávida. Rubens confirma para Lola sua gravidez. Manfred foge do delegado para não ser preso. Dália conta para Amélia e Franz sobre a fuga de Manfred. Aurora diz a Joel que quer ter o filho em Paris. Manfred pede ajuda a Décio para conseguir documentos falsos. Laura obriga Décio a contar tudo para a polícia. Começa a apresentação de Hilda na rádio e Ernest fica emocionado ao ouvi-la. Manfred entra na mansão escondido, à noite, e aborda Zefinha.

Manfred rouba tudo o que há no cofre da mansão e foge levando Zefinha como refém. Aderbal tenta se aproxi-mar de Hilda, mas ela elegantemente se afasta. Ernest sai de carro atrás de Manfred. Pérola tem um pesadelo com o avô ao mesmo tempo em que ele sofre um acidente de carro. Manfred se desespera ao ver Ernest desacordado, mas foge do local. Davi descobre que Aurora está grávida. Doutor Rubens diz à família que Ernest não deve sobrevi-ver e Pérola fica arrasada.

Manfred chora no leito de Ernest, que continua desacordado no hospital. Zilda, Elisa e Cristina cercam Aderbal Feitosa na pensão. Ernest sonha nova-mente com Pérola e acorda, diante de Manfred, que se emociona. Dália conta para Franz que Manfred está no hospi-tal e ele chama o delegado. Gaia leva Tavinho para conhecer o trabalho de Laura na joalheria. O delegado chega ao hospital, mas Manfred consegue fugir. Pérola comemora a recuperação de Ernest.

EM

FA

MÍL

IAG

lobo

Shirley provoca Helena. Miss Lauren reclama do acesso dos idosos à internet. Felipe vê Gabriel fazendo fisioterapia em Benjamin. Virgílio percebe o clima ruim entre eles. Cadu se sente mal na frente de Luiza, que fica preocupada. Shirley dá uma batida proposital no carro de Verônica. Vanessa comenta que Marina deve ser prudente ao se aproximar de Clara. Luiza convence Virgílio a aceitar o convite para fazer uma exposição em Goiânia. Juliana se impressiona com o que ouve da cartomante.

Clara se surpreende com a presença de Marina no jantar. Gisele se entristece com o discurso que Ricardo faz sobre Chica. Shirley decide levar Leto e Pauli-nha à casa de Laerte. Clara descobre que Cadu não pagou a conta de luz. Selma pede que Verônica tome cuidado com Shirley. Juliana vai à creche de Bia e observa as crianças. Neidinha descobre que Flora cuida de um gato no jardim da casa de repouso. Juliana pede para cuidar da filha de uma moça na praia. Ricardo devolve o carro para Branca.

Todos ficam admirados com a festa que Marina organiza para Clara. Juliana liga para Jairo, mas ele trata de terminar logo a conversa. Laerte ouve Paulinha tocar violão e cantar e elogia sua voz. Guiomar tenta consolar Juliana, que sente saudade de Bia. Verônica convida a moça para ser professora na escola de música. Helena aconselha Clara a dar mais atenção a Cadu durante a festa. Shirley implica com Bárbara por dar muita atenção a Viriato. Branca provoca Chica e Ricardo.

Vanessa diz a Marina que Cadu ficou incomodado com a grandiosidade da festa que ela fez para Clara. Helena ajuda Virgílio a escolher algumas obras para a exposição. Cadu recusa a proposta de Marina de investir no restaurante. Shirley joga charme para os amigos de Bárbara. Branca encontra Claudia, que lhe conta que Ricardo está apaixonado por outra mulher. Giselle e Murilo demonstram interesse um pelo outro. Laerte e Verônica estão no galpão e se surpreendem com a chegada de um piano enviado por Shirley.

Selma e Laerte vão para Goiânia fazer uma avaliação da casa. Cadu passa mal enquanto corre na praia e é socor-rido pelo dono de um quiosque. Luiza fica indignada ao ver que Alice sofre preconceito racial na universidade. Virgílio decide ir para Goiânia ver como é o espaço onde será sua exposição. Benjamin resgata seu antigo cachorro e o leva para a casa de Helena. Shirley ouve uma conversa de Leto e Paulinha e descobre que Laerte admira Luiza.

Silvia, Felipe e Gabriel inauguram seu consultório. Benjamin e os hóspedes da casa de repouso vão ao teatro. Cadu pede que Felipe lhe dê vitaminas para melhorar seu cansaço. Shirley diz a Laerte que Leto está encantado por Luiza. Virgílio fica feliz ao rever os amigos Ana e Mauro em Goiânia. Felipe pede que Cadu faça alguns exames, mas ele desconversa. Benjamin se sente mal no cinema. Laerte e Virgílio se encontram em Goiânia.

InstitucionalA partir da próxima edição de O DIA ALAGOAS, o jornalista Jobson Pedrosa, se desliga da direção de redação deste jornal. Seguem como sócios do semanário, o jorna-lista Deraldo Francisco e a diretora comercial, Eliane Pereira. A diagra-mação de O DIA continua sendo assinada semanalmente por Jobson Pedrosa.

Secom 2014As aulas na Universidade Federal de Alagoas retornam, nesta segunda--feira, dia 10. Para dar as boas vindas aos estudantes de Comuni-cação Social da instituição, os vete-ranos preparam mais uma edição da

Semana de Comunicação (Secom), maior evento produzido por estudan-tes da Ufal. Quem passará por lá, este ano, compondo a mesa Comunica-ção em Multiplataformas serão os jornalistas Deraldo Francisco, editor geral de O DIA ALAGOAS, Carolina

Sanches, editora do G1 Alagoas e Juliana dos Anjos, âncora da TV Pajuçara. Para a oficina de Assesso-ria de Comunicação, a escalada foi Elzlane Santos, jornalista responsá-vel pelas marcas Arezzo, Shutz e O Boticário em Alagoas.

Vai começarQuem acompanha a edição nacional do “Cidade Alerta” do apresentador Marcelo Resende, provavelmente também acompanhará o “Cidade Alerta” na sua versão alagoana. Ancorado por Oscar de Melo, o programa estreia às 19h30 desta segunda-feira, dia 10, pela TV Pajuçara (Canal 11). A abertura do espaço na grade de programação

deixou exposto o posicionamento da emissora em apostar nas antigas fórmulas para garantir audiência fácil. Atendendo a uma demanda de mercado, a tevê segue exem-plos nacionais, onde as emissoras locais, tentam pegar o embalo do sucesso da atração de Resende. Agora teremos, além de sangue na hora do almoço, sangue na hora do jantar. Com o discurso forjado de que este é um conteúdo de prestação de serviço, as emissoras continuarão lhe exibindo por se tratar de um reflexo de uma sociedade semi--analfabeta. Já que existe, pelo menos, venha respeitando a inte-gridade das pessoas e os direitos humanos em sua totalidade.

VOCÊ VIU?As atrações da Rede Globo têm dado um “show de imparcialidade” na cobertura da greve dos Garis, no Rio de Janeiro. Em pesquisa realizada por entidades cujo debate é voltado para a democratização da comuni-cação, verificou-se que, durante a exibição do caso no RJTV, os profissionais tiveram 0% de participação, enquanto a prefeitura teve 40% e os sindicatos 16%, com o restante do tempo completado pela exibição da situação da cidade e comentários dos apresentadores. Quem mais deveria ser ouvido não tem voz. No Brasil, concessão pública que deveria atender ao povo serve de fábrica de dinheiro para empresário e balcão de negócios.

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19O DIA ALAGOAS l 9 a 15 de março I 2014

INSIDE redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

MARCOS LEÃO com Elisana Tenório - [email protected]

ELES | Victor Carvalheira e Geraldo Bandeira promoveram com estilo o Camarote da Carvalheira, point dos bem-nascidos alagoanos em Olinda

UNIÃO | Sandra e Janguiê Diniz, o todo poderoso da Faculdade Mauricio de Nassau, curtiram o carnaval no maior alto astral em Recife

TODO ELE| Antônio Bernardi comandou camarote luxo nas ladeiras de olinda com seu Camarote Brahma

BadaloDepois da morte do parceiro Paul Bäumner em dezem-bro de 2013, o DJ holandês Maarten Hoogstraten resolveu dar continuidade ao projeto de música eletrô-nica Bingo Players e vem pela primeira vez ao Brasil. Maceió, claro, entrou na rota. Vai ser no dia 23 de abril, na praia do Francês, com selo da Euphoric. É de Bingo Players a música Cry (Just a Little), que foi base para o sucesso I Cry, gravado por Flo Rida em 2012.

BorbulhantesA estreia do Camarote Carvalheira na Ladeira no Carna-val de Olinda, nas dependências do Colégio São Bento, foi impecável. Tanto que Jorginho Peixoto, Geraldinho Bandeira, Vitinho Carvalheira e Zé Pinteiro já dão como certa a segunda edição do espaço no Carnaval de 2015. Agora, além do Carvalheira Fantasy e do bloco Fica Trankili, o time da Carvalheira acrescenta o cama-rote no calendário fixo da grife de festas.

Bela da vezA top model Candice Swanepoel, angel da Victoria’s Secret, está em solo alagoano. A sul africana desem-barcou em São Miguel dos Milagres nesta quinta-feira (6) e fica até a sexta (7), onde fotografa campanha para Osmoze Jeans. Candice também é o rosto do Inverno

2014 da Forum. Puro luxo!

Em ritmoEnquanto o Recife cancelou a edição do Fifa Fan Festi-val na Copa do Mundo, Salvador vai fazer um Carnaval fora de época em junho. O Carnaval da Copa vai rolar nos dias 14 e 15 de junho, com 15 blocos, abadás, camarotes e os maiores artistas baianos. O percurso vai ser inédito, diferente dos já tradicionais Dodô (Barra-Ondina) e Osmar (Campo Grande). A festa deve acontecer na região do Comércio, onde foi realizado o Réveillon.

Toda elaTatiana Brasil não para. A boa nova? Instalado na praça central do Maceió Shopping, o charmoso quiosque assinado pelo arquiteto Rodrigo Fagá será a vitrine para uma linha de delícias criadas especialmente por Tatiana para a marca, novo negócio que desenvolveu em socie-dade com sua irmã, a advogada Thais Brasil. São dez sabores de brigadeiros e sete mini-tortas (Brownie, Brigadeiro, Bem-Casado, Paçoquinha, Banana com Doce de Leite, Sequilho com Brigadeiro e o Cake Indoor, sobremesa feita com farelo de bolo, brigadeiro branco e farofa de sequilho), todos para comer de pé no balcão ou levar para casa.

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