o despotismo pombalino

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Apresentação do professor Rui Neto numa aula de História do 8º ano sobre o Despotismo Pombalino, ou seja, sobre a actuação do Marquês de Pombal.

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Page 1: O  Despotismo  Pombalino
Page 2: O  Despotismo  Pombalino

O Despotismo Esclarecido ou Iluminado

No século XVIII, desenvolveu-se na Europa (Áustria, Prússia e Rússia) uma nova concepção do absolutismo, o chamado despotismo esclarecido ou iluminado:

Nova concepção do absolutismo, segundo a qual o rei, cujo poder era

“esclarecido” ou “iluminado” pela Razão, deveria reforçar e centralizar o

seu poder de modo a governar em favor do bem-estar e do progresso do

povo.

Em Portugal, o despotismo esclarecido ou iluminado foi aplicado no reinado de D. José

I (1750-1777), por intermédio de Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de

Pombal.

Page 3: O  Despotismo  Pombalino

O reforço do poder do Estado

O grande objectivo do Marquês de Pombal era fortalecer o poder do Estado e

modernizar a administração. Nesse sentido, Pombal:

- criou o Erário Régio (organismo que superintendia as finanças do Reino);

- criou a Real Mesa Censória (substituta da Inquisição na censura à imprensa);

- criou a Intendência-Geral da Polícia;

- reorganizou o exército;

- reorganizou os impostos;

- reformou o ensino e a Inquisição;

- aboliu a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.

Page 4: O  Despotismo  Pombalino

A submissão dos grupos privilegiados e a promoção da burguesia

Para fortalecer o poder do Estado e modernizar a administração, Pombal teve que

proceder, por um lado, à submissão da alta nobreza e da Companhia de Jesus e, por

outro, à promoção da burguesia e da pequena nobreza:

- Vários membros da alta nobreza foram perseguidos, presos e condenados à morte

(ex: a família dos Távoras, acusados de tentarem assassinar o rei D. José I em

1758), outros viram os seus bens confiscados;

- Os Jesuítas foram expulsos de Portugal e dos territórios ultramarinos, em 1759,

devido a resistirem à autoridade do Estado e ao facto de constituírem um obstáculo

às reformas do ensino, que estava nas suas mãos;

- À burguesia (ligada às companhias comerciais, ao comércio com o Brasil e aos

vinhos do Douro) e a uma parte da pequena nobreza concedeu muitos privilégios e

foi com eles que constituiu uma elite social que o ajudou na sua política de

centralização do poder e de modernização da administração e da economia.

Page 5: O  Despotismo  Pombalino

A política económica: o desenvolvimento comercial e manufactureiro

Para resolver a crise económica que afectava Portugal, apesar do grande afluxo de ouro

brasileiro no reinado de D. João V, o Marquês de Pombal retomou a política mercantilista

e tomou uma série de medidas para desenvolver o comércio e as manufacturas nacionais

e para libertar o país da dependência económica em relação à Inglaterra:

Medidas para o desenvolvimento comercial (1753 a 1759):

• Fundou a Junta do Comércio (organismo que controlava o comércio e as indústrias);

• Criou grandes companhias de comércio, às quais concedeu o monopólio do comércio

em determinadas zonas ou de determinados produtos:

Companhia da Ásia Portuguesa (1753);

Companhia do Grão-Pará e Maranhão (1755);

Companhia do Pernambuco e Paraíba (1759);

Companhia Real da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (1756);

Companhia de Pescas do Algarve (1773);

• Proibiu a cultura da vinha em terras próprias para os cereais.

Page 6: O  Despotismo  Pombalino

Medidas para o desenvolvimento das manufacturas (1764 a 1775):

• Concedeu às manufacturas o monopólio da produção de determinados artigos;

• Baixou as taxas alfandegárias sobre as importações de matérias-primas;

• Criou e renovou oficinas e manufacturas;

• Reorganizou as fábricas reais de lanifícios e a Real Fábrica da Seda;

• Financiou a criação de fábricas de vidros (Marinha Grande), louças, cutelarias, fundição,

papel e outras;

• Fundou a primeira fábrica de refinação de açúcar.

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A acção do Marquês de Pombal:

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Mandou elaborar um plano de reconstrução de Lisboa:

Mandou policiar as ruas e os edifícios mais importantes para evitar os roubos;

Mandou enterrar os mortos e socorrer os feridos;

Acontecimento: _________________________________________________________

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A cidade como imagem do poder: o urbanismo pombalino

O Terramoto de 1755

Data: ________________________________________________________________1 de Novembro de 1755, cerca das 9h30m.

Terramoto, seguido de um maremoto (Tsunami), que atingiu principalmente

Lisboa, Setúbal e várias localidades do Algarve.

Consequências: ________________________________________________________

________________________________________________________

Morte de mais de 10 mil pessoas (numa população de 260 mil) e destruição de

muitos edifícios, monumentos, tesouros e obras de arte.

ruas largas e geométricas com passeios calcetados;

casas com fachadas iguais, da mesma altura e com estrutura anti-sismo (sistema de gaiola);

rede geral de esgotos;

reconstrução do Terreiro do Paço que passou a chamar-se Praça do Comércio.

Page 8: O  Despotismo  Pombalino

FIM

Rui Manuel da Costa Neto

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A execução dos Távoras (alguns membros desta família foram executados publicamente, em 1759, sob a acusação de terem participado na tentativa de assassinato do rei D. José I).

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A expulsão dos Jesuítas de Portugal.

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Interior do Convento do Carmo após o terramoto de 1755.

O terramoto destruiu o Paço Real da Ribeira, os armazéns da Casa da Índia e cerca de 15 000 casas (das 20 mil existentes), 35 igrejas (antes eram 40), todos os 6 hospitais e 33 palácios.

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Os principais responsáveis pelo plano de reconstrução de Lisboa foram Carlos Mardel, Eugénio dos Santos e Manuel da Maia.

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Edifícios com fachadas iguais e da mesma altura na Rua

Augusta.

Estrutura anti-sismo: sistema de gaiola.

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