o despertar – 8283 – 12.03.2004

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COBRIAGEM – NIQUELAGEM CROMAGEM – ZINCAGEM SERRALHARIA CIVIL SOLDADURAS A ELECTROGÉNEO AUTOGÉNEO E ALUMÍNIO REPARAÇÃO DE JANTES EM FERRO E ALUMÍNIO INSTALAÇÕES PRÓPRIAS: RELVINHA Telef. e Fax: 239 825 294 3020-365 COIMBRA Gouveia Monteiro quer revolucionar habitaçªo Editorial HOJE É O PRIMEIRO DIA DO RESTO DA NOSSA VIDA “O DESPERTAR” É O NOVO SEMANÁRIO DAS SEXTAS FEIRAS Os jornais de âmbito regional confrontam-se, hoje por hoje, com uma crise sem precedentes, em resultado de um conjunto simultâneo de factores críticos: subida do preço de papel e demais matérias primas; imposição do Porte Pago; decréscimo acentuado de assinantes; e diminuição significativa das receitas publicitárias. Podemos dizer, com verdade e sem demagogia, que “O Despertar”, o mais antigo jornal de Coimbra, não foge às conse- quências da multiplicidade de medidas que, nos últimos anos, têm prejudicado gravemente os Órgãos de Comunicação Social da Imprensa Regional. “António de Sousa (Herdeiros), Limitada”, a empresa pro- prietária de “O Despertar”, sempre soube que a antiguidade não é respeitada, a dignidade não é valorizada, a modéstia não é reconhecida, o serviço prestado a Coimbra - Cidade, Concelho, Distrito e Região - ou é minimizado ou é ignorado. Após 87 anos de existência, “O Despertar” e a sua sobre- vivência estão inequivocamente ameaçados. É que temos rein- cindido no “vermelho”. Por isso e de novo, o Jornal encontra-se nas mãos dos seus assinantes, leitores, anunciantes, colaborado- res e amigos. Contra ventos e marés, temos aguentado o barco. Com honra e com dignidade. Sem esquecermos os princípios orientadores que nos foram legados. Apesar das ondas gigantescas (e ines- peradas) que têm aumentado as nossas dificuldades de marear. Mas atingimos, nesta fase, o limite da nossa sobrevivência económico-financeira. Não podemos mais publicar esta voz, tão plural quanto forte, tão republicana quanto independente, duas vezes por semana, num total médio de 90 edições por ano. Importa pois adequar os custos globais de produção às receitas globais do Jornal. Sem tergiversar. Que se percam os anéis mas que se salvem os dedos. Daí que outra solução não nos resta se não passarmos a semanário. A sair às sextas feiras. Com 16 páginas, no mínimo. Mantendo o preço da assinatura e a tabela de inserção Continua na Última Página Olivais Futebol Clube 69 anos de história e tradiçªo desportiva PORTE PAGO Director: Artur Almeida e Sousa FUNDADO EM 1917 SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE Sexta feira 12 de Março de 2004 Ano 87 N.º 8283 – 0,50 e PÆginas 8 e 9 PÆgina 5 70 marcas de excelência à sua disposição. Visite-nos!

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Versão integral da edição n.º 8283 do semanário “O Despertar”, que se publica em Coimbra. Ao tempo dirigido por Artur Almeida e Sousa. Edição que regista a passagem do até então bi-semanário para semanário. Jornal fundado em 1917. 12.03.2004. Para além de poderem ser úteis para o público em geral, estes documentos destinam-se a apoio dos alunos que frequentam as unidades curriculares de “Arte e Técnicas de Titular”, “Laboratório de Imprensa I” e “Laboratório de Imprensa II”, leccionadas por Dinis Manuel Alves no Instituto Superior Miguel Torga (www.ismt.pt). Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747 Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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Page 1: O Despertar – 8283 – 12.03.2004

COBRIAGEM – NIQUELAGEMCROMAGEM – ZINCAGEM

SERRALHARIA CIVILSOLDADURAS A ELECTROGÉNEO

AUTOGÉNEO E ALUMÍNIOREPARAÇÃO DE JANTESEM FERRO E ALUMÍNIO

INSTALAÇÕES PRÓPRIAS:

RELVINHATelef. e Fax: 239 825 294

3020-365 COIMBRA

Gouveia Monteiro quer�revolucionar� habitação

EditorialHOJE É O PRIMEIRO DIADO RESTO DA NOSSA VIDA

“O DESPERTAR”É O NOVO SEMANÁRIODAS SEXTAS FEIRASOs jornais de âmbito regional confrontam-se, hoje por hoje, comuma crise sem precedentes, em resultado de um conjuntosimultâneo de factores críticos: subida do preço de papel e demaismatérias primas; imposição do Porte Pago; decréscimo acentuadode assinantes; e diminuição significativa das receitas publicitárias.

Podemos dizer, com verdade e sem demagogia, que “ODespertar”, o mais antigo jornal de Coimbra, não foge às conse-quências da multiplicidade de medidas que, nos últimos anos, têmprejudicado gravemente os Órgãos de Comunicação Social daImprensa Regional.

“António de Sousa (Herdeiros), Limitada”, a empresa pro-prietária de “O Despertar”, sempre soube que a antiguidade não érespeitada, a dignidade não é valorizada, a modéstia não éreconhecida, o serviço prestado a Coimbra - Cidade, Concelho,Distrito e Região - ou é minimizado ou é ignorado.

Após 87 anos de existência, “O Despertar” e a sua sobre-vivência estão inequivocamente ameaçados. É que temos rein-cindido no “vermelho”. Por isso e de novo, o Jornal encontra-senas mãos dos seus assinantes, leitores, anunciantes, colaborado-res e amigos.

Contra ventos e marés, temos aguentado o barco. Com honrae com dignidade. Sem esquecermos os princípios orientadoresque nos foram legados. Apesar das ondas gigantescas (e ines-peradas) que têm aumentado as nossas dificuldades de marear.

Mas atingimos, nesta fase, o limite da nossa sobrevivênciaeconómico-financeira. Não podemos mais publicar esta voz, tãoplural quanto forte, tão republicana quanto independente, duasvezes por semana, num total médio de 90 edições por ano.

Importa pois adequar os custos globais de produção àsreceitas globais do Jornal. Sem tergiversar. Que se percam os anéismas que se salvem os dedos.

Daí que outra solução não nos resta se não passarmos asemanário. A sair às sextas feiras. Com 16 páginas, no mínimo.

Mantendo o preço da assinatura e a tabela de inserção

Continua na Última Página

Olivais Futebol Clube

69 anos de históriae tradição desportiva

PORTE PAGO

Director: Artur Almeida e SousaFUNDADO EM 1917

SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE

Sexta feira • 12 de Março de 2004 • Ano 87 • N.º 8283 – 0,50 €

Páginas 8 e 9

Página 5

70 marcas de excelência à sua disposição.

Visite-nos!

Page 2: O Despertar – 8283 – 12.03.2004

2/03/04

S E M A N Á R I O(Sai às sextas feiras)

Número de Registo 100117

Redacção e Administração:Rua Pedro Roxa, 7-1.º

Tel. 239 85 27 10/11/12 - Fax 239 852 719Jornalistas:

Artur Almeida e Sousa - CP n.º TE-628Zilda Monteiro - CP n.º 7937

Oficinas Gráficas:Rua Pedro Roxa, 27 a 31Tel. 239 85 27 10/11/12

Fax 239 85 27 19

Email: [email protected]

Composição, Montagem eImpressão nas Oficinas

Gráficas de “O Despertar”Tiragem média no mês de

Fevereiro 21.000 Exemplares

Denominação Social:ANTÓNIO DE SOUSA (HERDEIROS), LDA.

Contrib. N.º 502 137 258 - Cap. Social: 7.481,97 EurosGerência:

Artur Almeida e Sousa; Lúcia Maria Sousa Correiae José Carlos Antunes

COIMBRA2

Carlos ClementeFreguesia de S. Bartolomeu

Qual é a sua principal preo-cupação enquanto presidenteda Junta?A limpeza e a segurança são as minhasgrandes preocupações. Já se fez algumacoisa, mas continuam a não estar bem.A falta de limpeza é evidente e asentidades competentes têm que sementalizar que a Baixa não é apenasalgumas ruas. A nível de segurança, aspessoas continuam a sentir-se muitoinseguras e penso que esta questão temque ser resolvida. A repavimentação erequalificação da Rua Corpo de Deustambém é uma prioridade e as ruas têmque ser tratadas todas da mesma forma.

Dos objectivos que no início domandato gostaria de concreti-zar quais os alcançados?Penso que dos propostos, 90 por centoforam alcançados. Faltam apenas 10por cento, que se prendem com esta falhaimperdoável na Rua Corpo de Deus.

E os que estão por realizar?Com a requalificação da Rua Corpo deDeus, que dá acesso à zona histórica eque está num estado calamitoso, osobjectivos propostos ficariam concre-tizados na totalidade. Obviamente quedepois teríamos todo um trabalho demanutenção, mas julgo que se seresolvesse o problema desta rua tería-mos os nossos objectivos cumpridos.

Porquê?Penso que ainda não foi conseguido porquestões estratégicas municipais. A obrachegou a estar cabimentada penso quecom 30 mil euros, em 2003 foi tirada doplano de actividades da Câmara e esteano voltou a ser inserida com mil euros.

Qual a principal dificuldade dasua autarquia?Não temos tido grandes dificuldades.Não tem sido difícil chegar às pessoas.Tem havido um bom diálogo e entendi-mento com a autarquia. O único �senão�são as situações que vão surgindo, quedependem de outras entidades, comoa questão do lixo. Nós alertamos aautarquia, que por sua vez alerta aERSUC. Ao que me parece, é estaligação que não está a funcionar muitobem. Eu sinto essa mágoa, porque mesinto incapaz de resolver este problema,que não depende de nós.

Qual a obra mais importantedo seu mandato?A remodelação da Escola de S. Barto-lomeu foi a obra mais emblemática. Masdevo destacar também a instalação daJunta e do Jardim de Infância, que nãoexistia. A requalificação da Baixa,nomeadamente do Largo do Romal,conseguida com o apoio da Câmara,também foi uma obra muito importante.

IMOBILIÁRIA PATROCÍNlO TAVARES, S. A.– CONSTRUÇÃO CIVIL– COMPRA, VENDA DE PROPRIEDADES

Rua da Sofia, 175 C 3000 COIMBRATels. 239 854 730 Fax 239 854 735

“Crê no Senhor Jesus Cristo eserás salvo, tu e a tua casa”.

Actos 16:31

JESUS CRISTO É O SALVADOR

“Quem crer e for baptizado serásalvo; Quem não crer serácondenado”.

S. Marcos 16:16

Roga-Lhe - F. R. Santos

Mário Nunes assume �chumbo�de Sousa Mendes na toponímiaO vereador da Cultura daCâmara de Coimbra epresidente da Comissão deToponímia (CT) assumiu aresponsabilidade pela nãoatribuição do nome deAristides Sousa Mendes auma rua da cidade.

Ouvido pela agência Lusa, MárioNunes disse que a comissão poderáainda rever a decisão, �logo que existamruas disponíveis na cidade�.

Por seu turno, o presidente daCâmara, Carlos Encarnação, frisandoque a comissão, reactivada no seumandato, é um �órgão independente ecom composição plural�, disse que nãopretendia ser envolvido nesta polémica.

A recusa de Mário Nunes deatribuir o nome de Aristides Sousa Men-des a uma rua de Coimbra, noticiadana semana passada como decisão docolectivo da CT, foi comunicada porescrito ao proponente da homenagemao antigo cônsul de Bordéus, o histo-riador Luís Reis Torgal, coordenadorcientífico do Centro de Estudos Inter-disciplinares do Século XX (CEIS 20),da Universidade de Coimbra (UC).

O diplomata português, natural deCabanas de Viriato, Carregal do Sal,

contrariando as ordens do ditadorSalazar, salvou da morte 30 mil pessoas,entre as quais 10 mil judeus perseguidospelos nazis alemães, durante a IIGuerra Mundial.

A decisão de responder negativa-mente a Reis Torgal foi tomada pessoal-mente por Mário Nunes, que para oefeito ouviu apenas a secretária daComissão de Toponímia, funcionária daCasa Municipal da Cultura.

O vereador da Cultura reconheceuque o assunto não chegou a ser analisadopela comissão, que integra 13 membrosem representação de diferentes insti-tuições.

O vereador deu, assim, razão aoadvogado Alberto Vilaça, membro daComissão de Toponímia, que garantiuà Lusa que o �chumbo� do nome de Sou-sa Mendes não foi da responsabilida-de daquele órgão.

O advogado disse ainda queapoiaria a consagração do cônsul datoponímia de Coimbra, caso a propostafosse apresentada em reunião da CT.

Na sua opinião, a falta de novasartérias para �baptizar� constitui uma�afirmação falaciosa�. �Basta percor-rer as ruas da cidade para ver que a to-ponímia não tem consagradas apenaspessoas ligadas a Coimbra�, afirmou.

Alberto Vilaça, um dos maisantigos militantes do PCP de Coimbra

e investigador da resistência ao EstadoNovo, deu como exemplos D. Luís daCunha (que teve acção determinante nareforma pombalina da Universidade deCoimbra) e Egas Moniz, Prémio Nobelda Medicina, que viveu na cidadeenquanto estudante da UC e cujo nome�regressou� no sábado a um arrua-mento local.

Os republicanos Miguel Bombardae Cândido dos Reis são outras dasfiguras históricas sem ligação directa aCoimbra, mas contempladas na topo-nímia da cidade.

Na carta enviada a Reis Torgal a18 de Fevereiro, Mário Nunes justifi-cou a decisão: �Apesar de reconhe-cermos o grande valor humanitário deAristides Sousa Mendes, a atribuiçãodo topónimo a uma rua de Coimbra nãoé de considerar, atendendo a que se tratade uma figura com papel pouco prepon-derante na vida da cidade, onde apenasse licenciou�, escreveu.

Mário Nunes disse na semanapassada que a sua decisão, entretantocriticada por familiares de AristidesSousa Mendes, falecido há 50 anos, �foitomada como vereador e não comopresidente da Comissão de Toponímia�.

A CT não funcionou durante maisde uma década e foi reactivada pelo actualexecutivo municipal, liderado pelo so-cial-democrata Carlos Encarnação.

Freguesias Necrologia

Grupo Folclóricoda Casa do PovoDurante as mais de quatro décadas devida tem este agrupamento graças ao seuinegável valor artístico levado as nossasdanças e cantares aos mais diversos locaistanto nacionais como estrangeiros.

A linha de orientação traçada desdeinicio vem-se aperfeiçoando progressiva-mente e a sua actividade constitui um im-portante meio de divulgação duma culturagenuína de que todos os ceirenses seorgulham.

Dentro deste desejo de manter vivastradições que fizeram parte do dia a diados nossos antepassados este agrupa-mento está actualmente a proceder, talcomo já tem feito em anos anteriores, éreposição do � Canto das Almas �, acçãoque se diz originária das terras deAlmalaguês , e que tem por objectivo pedirpelas almas do purgatório e obterdonativos que serão aplicados no paga-mento da celebração de missas pelasmesmas almas.

Assim estiveram presentes noslugares das Lagoas e Tapada no dia 7 eestarão no Cabouco no próximo dia 21.

CPT do SobralEstá marcada para o próximo dia 28, pelas15 horas, uma assembleia geral ordináriacom a ordem de trabalhos seguinte:

l . Leitura discussão e votação daacta da assembleia anterior.

2. Leitura, discussão e votação dorelatório e contas de gerência de 2003.

3. Informações.

As nossas empresasÉ sobejamente conhecida a crise porquepassa a indústria e o comércio nacionais.Factores da mais variada natureza temlevado à falência de empresas por todo oPaís enchendo os órgãos de comunicaçãode noticias alarmantes muito especial-mente pelo consequente aumento dedesemprego a atingir números assusta-dores.

Vive-se uma crise evidente cujasorigens estarão, possivelmente, numainadequada actividade governamental queao longo dos últimos vinte anos não terásabido encontrar o antídoto para umasituação progressivamente agravada.

Se olharmos para a vizinha Espa-

nha encontraremos uma situação com-pletamente diferente, produto, por certo,duma gestão adequada em todos os níveisde actividade.

Mas em Ceira encontramos umexemplo, como ainda há alguns felizmente,que são oásis neste clima de crise que sevive por Portugal fora.

Estamos a referir-nos à empresa�Ferceira� que há cerca de dez anos inicioua sua vida comercial dedicando-se espe-cialmente à venda de produtos destinadosà construção civil.

Paulatinamente, passo a passo,numa orientação sensata, foi progredindodia a dia e do acanhado compartimentoinicial dispõe hoje de amplas instalaçõesnum prédio de cinco pisos onde para alémdum magnifico espaço para atendimentohá outros para exposição dos produtosque comercializa, para reuniões sócioculturais abertas a todos os interessadoscom o fim de discutir e viver os problemasda freguesia, salas para exposições , numadas quais bem recentemente esteve umade arranjos florais que suscitou o interessede considerável número de pessoas.

Anexo a este edifício moderno existeum espaço indispensável para o armaze-namento de materiais mas tudo construídosegundo um esquema de flagrante bom

gosto que permitiu ter acabado com umalixeira para transformar tudo num localaprazível já que o bom gosto no arranjodas zonas públicas adjacentes feito aexpensas da �Terceira� transmite umaideia de arranjo e limpeza que nunca seráde mais registar.

A alma desta empresa é um jovemde menos de 40 anos, nascido e criadonesta freguesia, que nela tem as suasorigens familiares e que consegue juntar oêxito comercial a um exemplar desejo decontribuir para o alindamento da suaterra.

Quem nos conhece sabe que não nosmove qualquer intuito ou interesse pu-blicitário neste apontamento. Quem nosconhece sabe que gostamos muito destaterra. Que por ela nos batemos na defesadas suas carências. Mas que igualmentenão fugimos em deixar nas paginas destevelhinho jornal a referência a tudo aquiloque, por espirito de justiça, nos parecedever ser posto em relevo.Parabéns José Luís pela devoção epertinácia com que lutas pela vida e peloprogresso da tua terra. Que os actuais 15postos de trabalho possam vir a aumentaro que se traduzirá inevitavelmente nodesenvolvimento adequado de que fre-guesia de Ceira tanto precisa.

Falando de Ceira... e não só! João Baptista

ALBERTO CARVALHO DA COS-TA JANEIRO faleceu com 62 anos.Casado com Maria Adelaide Caldeira,era natural de Ribeira de Frades,Coimbra, onde residia.ANTÓNIO MARTINS DE AL-MEIDA faleceu com 87 anos. Solteiro,era natural de Ribeira de Pena e residiaem Ribeira de Frades, Coimbra.ANTÓNIO DAS NEVES SOARESfaleceu com 75 anos. Viúvo, era naturalde S. Paulo de Frades e residia emBrasfemes, Coimbra.HORÁCIO GODINHO PIRES fale-ceu com 56 anos. Solteiro, era natural deAljustrel e residia em Coimbra.JOSÉ AUGUSTO SANTA RODRI-GUES faleceu com 82 anos. Casado comCacilda da Silva Simões, era natural deS. Martinho do Bispo, onde tambémresidia, e sócio das empresas Ruf Centroe Rufeconta.MANUEL MARIA GONÇALVESfaleceu. Casado com Alice Pascoal, eranatural de Lamarosa e residia em Casaisde Vera Cruz, Coimbra.MANUEL DE SOUSA faleceu com59 anos. Solteiro, era natural de Coimbrae residia na Portela da Cobiça.MARIA DEOLINDA RODRIGUESGOUVEIA faleceu com 95 anos.Casada, era natural de Oliveira doHospital e residia em Coimbra.ZULMIRA FERREIRA DE AS-CENSÃO faleceu com 81 anos. Viúva,era natural de Portunhos e residia emPena.

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12/03/04

COIMBRA 3

O que pensa do atraso nas obras da Ponte Europa?...

�Sinceramente, não estou bem ao cor-rente disso, mas acho que está mesmomuito atrasado. Acho que já deviaestar pronto e espero que, com umbocado de esforço esteja concluída atempo do Euro�2004.�

Teresa Duarte25 anos, Cabeleireira

�Penso que é uma consequência do sis-tema. Infelizmente as nossas adminis-trações públicas são sempre peritas emdeixar atrasar tudo, não só por culpado empreiteiro mas também por faltade fiscalização atempada�.

Samuel Leandro70 anos, Reformado

�Acho que deve haver ali algum erro ejulgo sinceramente que não deve sermuito segura, porque logo no início caíuum pouco do tabuleiro. Eu não entendomuito de obras, mas esta não me deixamuito segura.�

Fernanda Cardoso27 anos, Emp. Balcão

�O actual estado das obras da ponteEuropa testemunham bem o actual es-tado do país. É igual, é o mesmo atrasoem tudo.�

Paulo Santos35 anos, Técn. Segurança

�Acho que é um caso complicado. Àsvezes são problemas muito compli-cados de resolver. Mas julgo que édesta vez que vai tudo correr bem�.

Palmira Marques44 anos, Func. Pública

Fausto Correia quer sercandidato à CâmaraO deputado socialistaFausto Correiareafirmou, no domingo,a vontade de concorrerà Câmara de Coimbra,em 2005, emborarecusando transformara sua candidatura numprojecto pessoal àmargem dos órgãosdo PS.

�Ninguém pode fazer deuma candidatura do PS a umaqualquer autarquia um actoisolado�, declarou Fausto Cor-reia à agência Lusa, frisando queo seu projecto para conquistara presidência da Câmara deCoimbra �está apenas, ainda, nodomínio das intenções�.

�Respeito demasiado osórgãos do PS para poder di-minuí-los ou menorizá-los�,disse, para sublinhar que cabeao partido aceitar ou não a suacandidatura e marcar a data dasua apresentação.

Fausto Correia, númerooito da lista do PS ao Parla-mento Europeu, acrescentou que�a escolha de candidatos autár-quicos obedece a regras precisasestatutariamente definidas�.

Na semana passada, nareunião da Comissão PolíticaNacional do PS, aquele dirigente,de acordo com outros membrosdaquele órgão do partido, disseter já assumido o �compromisso�interno de voltar a ser candidatopelo Círculo de Coimbra àslegislativas de 2006, caso nãovencesse as autárquicas de 2005.

Abandonaria, então, emdefinitivo o Parlamento Euro-

peu, para o qual espera ser eleitono sufrágio de Junho.

No domingo, limitou-se aafirmar: �não nos doa a cabeça�até Outubro de 2005, con-siderando, no entanto, que todosos �timings� em jogo �são per-feitamente conciliáveis�.

�A palavra �derrota� nãofigura no meu léxico pessoal epolítico. O meu trabalho políticoimediato é participar activa-mente na pugna eleitoral euro-peia, para que o PS vença acoligação de direita (PSD/CDS-PP)�, acentuou.

Além de deputado à As-sembleia da República, FaustoCorreia é presidente da As-sembleia Municipal de Mirandado Corvo, cujo mandato pre-tende concluir, em coabitaçãocom um executivo presidido pelasocial-democrata Fátima Ra-mos.

Coimbra Polis já mexe no Verão

Bares e animação mudammargem direita do Mondego

A Cidade às escuras

Efeméride

Está-se tornando bastantenotada a falta de iluminação nasruas da cidade, principalmentenas do Bairro Alto, onde aslampadas se acendem perto das20 horas.

Junte-se a este incon-

veniente o mau piso das cal-çadas, cheias de covas e buracos,e vejam-se as dificuldades quesofrem os transeuntes com afalta de iluminação pública.

Admitimos que a Câmarase veja na necessidade de impôr

sacrifícios aos seus munícipes,mas daí até lhe tirar uma re-galia que sempre disfrutou háuma enorme distância, tantomais por se saber que a Câmaracompra a energia eléctrica apouco mais de 40 centavos e avende ao consumidor à razãode 2$50, ou seja um lucroaproximado de 600 por cento!

13 de Março de 1935

Bares, esplanadas,restaurantes, espaçosde animação cultural,um recinto paraespectáculos epercursos para peões ebicicletas prometemmudar, a partir doVerão, a margemdireita do Rio Mondegoem Coimbra, no âmbitodo programa Polis.

Estes equipamentos inte-gram a terceira fase do Projectode Reabilitação e RequalificaçãoUrbana (Polis) de Coimbra,apresentada na terça feiradurante uma visita ao local e quedeverá estar concluída no Ve-rão.

O espaço abrangido poresta fase situa-se entre o ParqueDr. Manuel Braga e o PavilhãoCentro de Portugal e encontra-se �praticamente concluído�,prevendo-se que abra logo queos vários relvados se encontremconsolidados, afirmou aos jor-nalistas o vereador da Câmarade Coimbra, João Rebelo, du-rante uma deslocação que ante-cedeu a reunião da ComissãoLocal de Acompanhamento doPolis.

Numa plataforma de ma-deira junto ao Rio surgirãoesplanadas de bares e restau-rantes que se vão instalar nosmódulos já construídos, e cujoconcurso público para explo-ração foi aprovado segunda-feira pelo executivo camará-rio.

Também a parte superiordos módulos poderá acolheresplanadas, enquanto uma esca-daria ao fundo do parque Dr.Manuel Braga se encontra aptaa funcionar como um anfiteatropara espectáculos.

Percursos pedonais e ciclo-vias articulam-se com a alamedacentral do parque, enquantopontões sobre o leito do Riopermitem a prática da pesca.

Representando um inves-timento da ordem dos 3,9 milhõesde euros, esta é a fase maisavançada do Polis de Coim-bra.

O presidente da Câmara deCoimbra, Carlos Encarnação,disse aos jornalistas desco-nhecer se o adiamento do Polisem alguns concelhos - anunciadosegunda-feira pelo ministro doAmbiente - inclui ou não o seumunicípio.

�Não faço ideia nenhuma,ninguém falou comigo sobreisso�, afirmou Carlos Encar-

nação, ao ser questionado sobreum eventual contacto do Minis-tério em relação a esta maté-ria.

De acordo com o autarca,�do ponto de vista da pro-gramação, as prioridades doPolis mantém-se até ao ano quevem�.

�Não temos informação.Os projectos estão prontos, ascandidaturas aos fundos comu-nitários feitas podem ser lan-çados�, adiantou o vereadorJoão Rebelo.

Este autarca revelou queestá pronto o lançamento daprimeira e da segunda fase doPolis, bem como da ponte pedonalque ligará as duas margens doMondego.

Ambas na margem esquer-da, estas fases da obra consis-tem, respectivamente, em inter-venções na Praça da Canção ena localização de equipamentosde apoio aos desportos náuticose a visitantes ocasionais.

Um parecer do Instituto daÁgua pedindo esclarecimentossobre os cálculos do projecto daponte para pões numa situaçãode cheia foi desdramatizado porJoão Rebelo, que adiantou queos projectistas �têm respostaspara as questões� levantadas peloINAG.

Águas de Coimbrae sindicato assinam acordoO Sindicato dosTrabalhadores daAdministração Pública(SINTAP) e a Águas deCoimbra assinaram, naterça feira, um acordode empresa, o primeiroem Portugal subscritoentre uma empresamunicipal e umaorganização sindical.

Classificado de �histórico�pelas partes signatárias, o docu-mento de concertação introduzdiversas inovações, criando cer-tas obrigações e contrapartidasmonetárias, para tornar viável atransformação de relações labo-rais típicas da administraçãopública para uma gestão empres-arial.

Embora mantendo o vínculoà administração pública local, oscerca de 380 trabalhadores daÁguas de Coimbra, juridicamenterequisitados à Câmara Muni-cipal, passam a sujeitar-se a umnovo regime, que ambas as partesclassificaram de bom.

Segundo Horácio Pina Pra-ta, presidente do conselho deadministração da empresa e vice-presidente da autarquia, entre asinovações introduzidas no docu-mento destacam-se os subsídiosde insalubridade, flexibilidade,assiduidade, polivalência e derefeição.

Se durante o mês o traba-lhador não faltar é premiado comum suplemento remuneratório de10 euros, os que tiverem isençãode horário ganham mais oito porcento do salário, e nos dias emque trabalharem em determi-nadas condições de insalubridade,

no saneamento ou em condutasde água, recebem mais 10 ou cincopor cento.

Com a assinatura desteacordo da empresa, a massa glo-bal dos salários sofre um agra-vamento (aumento) de cerca de10 por cento, um montante a ron-dar os 400 mil euros, explicouHorácio Pina Prata.

Uma particularidade desteacordo de empresa é de que aduração semanal do trabalho éde 40 horas, mas, segundo osindicato, só abrangerá aquelescom contrato individual de tra-balho, porque os restantes cum-prirão apenas as 35 horas, co-muns a qualquer trabalhador daadministração pública.

Nobre dos Santos, secre-tário-geral do SINTAP, referiu nasessão o acordo traz benefíciosaos trabalhadores e à entidadeempregadora.

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2/03/04

4 REGIONAL

Autarquia de Miranda do Corvo homenageia símbolos do concelho

Monumento aos viveiristas e à chanfana em SemideUm monumento dehomenagem aos viveiristase à chanfana vai serimplantado no centrode Semide. Com estainiciativa, a CâmaraMunicipal de Mirandado Corpo pretende “fazerjustiça a estes dois símbolosdo concelho”.

O monumento escultórico, umaobra que vai ser elaborada pelo galego

Armando Martinez, vai ser implantadono centro de Semide, num espaçopreparado para o efeito, esperando aautarquia que a criatividade do artistafaça �a devida justiça a estes doissímbolos do concelho� � a actividadeviveirista e o mais típico prato gastro-nómico do concelho.

Recorde-se que a actividadeviveirista é extremamente importantenão só ao nível da riqueza criada porcada um dos viveiristas, mas tambémpelo facto de se encontrarem na mesmaregião onde se encontra a maioria dosarboricultores do país.

Trata-se talvez da actividade

económica mais importante na freguesiade Semide.

A chanfana também tem a suaorigem nesta freguesia, constituindopólos importantes deste prato po-voações como o Senhor da Serra, Chãs,Vale de Colmeias, entre outros.

Segundo elementos históricos, achanfana terá surgido no Mosteiro deSemide, instituição religiosa pertencenteactualmente à freguesia de Semide,generalizando-se o seu consumo após aterceira Invasão Francesa, apoiadanuma região com tradição na produ-ção vinícola e com uma indústriade transformação de barro já ancestral.

Até finais do século XIX, todosos agricultores e rendeiros eram obriga-dos ao pagamento dos foros.

Assim, o Mosteiro recebia dosmoradores do seu couto, os foros a queestavam obrigados. Galinhas, vinho,azeite, dias de trabalho, cabras eovelhas eram algumas das formas depagamento. Durante o mês de Agosto eaté ao dia de S. Mateus, as freiras deSemide recebiam as suas �rendas�.

Muitos dos moradores, porqueeram pastores, pagavam com cabras eovelhas.

Os foreiros, compreensivelmente,libertavam-se dos animais mais velhos

que já não lhes davam o precioso leite,nem se reproduziam. Como as freirasnão tinham disponibilidade nem meiospara manter tão grande rebanho, desco-briram uma fórmula para cozinhar econservar a respectiva carne, apro-veitando o vinho que lhes era entreguepelos rendeiros, o louro que tinham nasua quinta, bem como os alhos e demaisingredientes.

A chanfana, os negalhos e a sopade casamento acabaram por se trans-formar assim nos principais pratosgastronómicos desta região e, pelos seussabores ímpares, continuam ainda hojea fazer as delícias das populações.

Toxicodependência em Poiares

Autarquia apostana prevenção local

Montemor-o-Velho

Câmara e orizicultores criticamMinistério da AgriculturaO presidente da Câmarade Montemor-o-Velhoe o responsável daAssociação de Orizicultoresde Portugal criticaram,na semana passada,a política do Ministérioda Agricultura para oescoamento da produçãoagrícola e pelo atrasodo projecto hidro-agrícolado Baixo Mondego.

Os dois responsáveis falavam noencerramento do II Congresso deOrizicultores do Baixo Mondego, emMontemor-o-Velho, que foi presididopelo secretário de Estado da Agricul-tura, Bianchi de Aguiar.

Na intervenção, o presidente daAssociação de Orizicultores de Portugal(AOP), Carlos Laranjeira, contestoua �falta de resposta� do Ministério daAgricultura ao problema do escoamentoda produção, que afecta os agricultoresdo arroz.

�Como é possível demorar mesespara resolver uma situação que demo-raria 15 dias�, questionou.

�Estamos a 30 dias de voltar asemear e não temos a situação de 2003resolvida�, acrescentou.

O presidente da AOP apelou aindaa �outro ritmo� do Ministério da Agri-cultura na resposta às reivindicaçõesdos orizicultores.

�É que não temos ordenado ao fimdo mês, vivemos só da agricultura�,recordou.

Além das questões relacionadascom o escoamento da produção, opresidente da AOP criticou ainda atutela por, alegadamente, deixar entrarem Portugal �arroz sem qualqueranálise�.

�Não sabemos como é produzidoe qual a sua origem. Temos arroz agulhaque é produzido no sul do país e mereceser certificado e identificado, para nãoser confundido com o importado�.

Carlos Laranjeira considerouainda a legislação que certifica o arrozcomo �uma aberração�.

�Se a lei está mal, vamos alterá-la� apelou, ao criticar a inexistência deum laboratório credenciado para fazeranálises físicas ao arroz.

�O que existe funciona de acordocom as indústrias, que aceitam asanálises efectuadas�, disse.

Já o presidente da Câmara, LuísLeal, pediu ao secretário de Estado daAgricultura que fosse �mensageiro� daautarquia sobre a situação da obrahidro-agrícola do Baixo Mondego.

�Não compreendo que, em algu-mas circunstâncias, haja tanta pressapara se conseguir fazer, por exemplo, aExpo 98 ou o Euro 2004, e se ande há25 anos para se concluir uma obra�,lamentou o autarca.

Em resposta a Luís Leal, o se-cretário de Estado Bianchi de Aguiarafirmou compreender a �frustração�devido à falta de celeridade de umprojecto de impacto regional.

Aos jornalistas, o governanteexplicou que foram feitos todos osestudos �que estavam pendentes�.

Bianchi de Aguiar lembrou, noentanto, que a área de emparcelamento�é matéria sensível que se faz a um ritmorelativamente lento�.

�É um trabalho de fundo que nãose compadece com resultados políticos�.

Já em resposta às questões le-vantadas por Carlos Laranjeira, o se-cretário de Estado rejeitou as acusaçõesfeitas ao Ministério da Agricultura,nomeadamente a de �imobilismo�.

Sobre o escoamento da produção,divulgou dados que apontam para umvalor total de �nove mil toneladas quenão estão comprometidas (não escoa-das) 15 por cento das quais, cerca de1.400 toneladas, no Mondego�.

�Mas o escoamento do produto éum problema do mercado� sustentou.

Quanto à questão das análiseslaboratoriais ao arroz, Bianchi deAguiar referiu-se apenas a um casoespecífico, o de amostras entregues paraanálise pela Associação de Orizicul-tores de Portugal, �onde se considerouque não havia desconformidade e oprocesso foi arquivado�.

O governante admitiu, no entanto,ter havido uma �omissão� dos serviços,ao não informarem que o processo tinhasido arquivado.

No final, o secretário de Estadomanifestou-se �empenhado em melhoraros mecanismos de comunicação� comas entidades envolvidas. �Independen-temente de haver motivos de insatisfa-ção, é com diálogo franco que as coisasse podem ultrapassar�, concluiu.

Combater atoxicodependência noconcelho é uma daspreocupações da autarquiade Vila Nova de Poiares que,nesse sentido, mantém umprotocolo com o Instituto deDroga e daToxicodependência.

Este acordo, com duração até 30de Abril mas renovável por mais umano, traduz-se no Plano Municipal dePrevenção Primária das Toxicode-pendências de Vila Nova de Poiares.De acordo com uma nota enviada pelaautarquia, trata-se de um instrumentode acção que possibilita a �colaboração,articulação, planeamento e execução deintervenções adequadas aos problemaslocais�.

Para dar resposta a estes pro-blemas, a autarquia tem procuradoestabelecer parcerias com entidadeslocais, de forma a desenvolveremprojectos capazes de identificar ospontos fortes e fracos do fenómeno datoxicodependência a nível local.

Este projecto é coordenado pelaautarquia e incorpora dois projectosque, com o apoio da Associação deDesenvolvimento Integrado de Poiares(ADIP) e da Comunidade Juvenil de S.Francisco de Assis (CJFA), colocam noterreno diversas acções com o intuitode fazer chegar a toda a população ju-venil os objectivos deste plano de pre-venção.

O projecto desenvolvido pelaADIP, denominado �Asas para voar�,procura actuar mais directamente junto

dos jovens em situação de abandonoescolar, enquanto que o projecto apoia-do pela CJFA, intitulado �Olhares�,procura chegar mais ao meio escolar.

No projecto �Asas para voar� sãodesenvolvidas várias actividades quepermitem a dinamização de atelier�s ondeos jovens podem desenvolver com-petências a vários níveis, como com-petências pessoais, parentais, relacio-namento intrafamiliar e comunitário.

No âmbito do segundo projecto,está marcada para amanhã a realizaçãode uma acção de formação, subordinadaao tema �Estratégias de prevenção eintervenção�. Os atelier�s decorrem nor-malmente às quartas feiras à tarde edurante as férias escolares e abordamtemáticas como a informática, a ele-ctricidade, a mecânica, o artesanato e acidadania. O projecto �Olhares� prevêainda actividades para as férias daPáscoa, que irão permitir aos jovens odesenvolvimento de competênciaspessoais e em grupos.

AGÊNCIA FUNERÁRIA

ADELINO MARTINS, LDA.O ORGULHO DE BEM SERVIR DESDE 1940

FUNERAIS � FLORES � TRASLADAÇÕES

SERVIÇO PERMANENTETelefs. 239 824 825 - 239 820 406

R. Corpo de Deus, 118-120 3000 COIMBRA

Luís Leal pediu ao secretário de Estado que fosse “mensageiro” daautarquia sobre a situação da obra hidro-agrícola do Baixo Mondego

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12/03/04

REPORTAGEM 5

Zilda Monteiro

Enquanto a linha de crochet vai dandoforma à meia, num movimento de mãosdifícil de acompanhar com o olhar, assenhoras, sentadas à mesa, numa tardesoalheira de Fevereiro, vão desfilandohistórias e memórias de tempos idos,que se cruzam com os temas daactualidade.

Ainda é assim no Pavilhão doOlivais Futebol Clube (FC) e é assimque se quer que continue. Ponto deencontro por excelência, este Pavilhãosempre foi muito mais do que um meroespaço onde se foi traçando e onde secontinua a escrever diariamente ahistória do mais emblemático clube debasquetebol de Coimbra.

Criado em 1935, o Olivais estavalonge de imaginar como seria marcanteo seu percurso. Afinal, quem diria queo típico clube de bairro de raiz popular,surgido na periferia da cidade comoclube de futebol, se iria transformarnuma das principais referências do�basquetebol nacional?!

Cinco anos depois de ter sidofundado, e cerca de dois meses depoisde ter sido apresentada a primeirabandeira da colectividade (21 de Maiode 1940), o Olivais apresentou aprimeira equipa de basquetebol femi-nina, formada na época pelas atletasLúcia de Sousa, Ivone Rodrigues, IsabelCosta, Olinda Oliveira e Elvira Paixão.Foi com esta equipa, que o clube acaboupor delinear o seu percurso, ao mesmotempo que continuava a desempenhartambém um importante papel naorganização de actividades lúdicas,como idas ao Rio Mondego, espectá-culos, os bailes e as variedades.

São estas matinées que ainda sãohoje recordadas no Pavilhão, situadoagora em pleno centro habitacional econsiderado já demasiado pequeno paraacolher todos aqueles que fazem parteda vasta família olivanense. Sentadasem redor da mesa, enquanto se saboreiaum café ou o chazinho bem quente e sevão fazendo algumas peças de malhaou renda, as senhoras recordam, entresorrisos e lamúrias, algumas memóriasdo passado.

Mais do que uma simples colecti-vidade, o pavilhão continua a funcionarcomo ponto de encontro, quer de homensquer de mulheres que fazem destasinstalações um espaço de lazer e deconvívio. Entre sorrisos e �graçolas�comentam-se os resultados dos jogos -tanto do basquete como da Superligade futebol -, fazem-se prognósticos paraa próxima jornada e não faltam tambémos comentários às notícias da actua-lidade. A expressão no rosto põe-semais séria, enquanto se critica a

Vivências do passado recordadas nas memórias do presente

Olivais F. Clube: 69 anos a marcara história do desporto e da cidade

actuação da justiça no caso da liber-tação/detenção de Vale Azevedo eenquanto se acrescenta um novo dado �tão somente mais um, como dizem � aojá longo processo da Casa Pia.

“Torcida Olivanense”sempre presente

São estas pessoas, que trocam a es-planada do �café normal� pelo bar doPavilhão, que também traçam a his-tória do clube. Carlos Gonçalves,presidente da colectividade, lembra que�são precisamente as pessoas que vêmaqui fazer renda ao fim da tarde quenão perdem um único jogo, que sofremcom o Olivais e que estão aqui à quintafeira à espera que saia o jornal doOlivais para saberem todas as novi-dades�.

�São também estas pessoas, queconvivem diariamente com os atletas,que comprovam que o Olivais é muitomais do que as quatro paredes dopavilhão�, sublinha.

Para Carlos Gonçalves o próprioconvívio e a frequência com que osatletas que já passaram pelo clube - emesmo de outros clubes - visitam opavilhão é �notável e muito saudável�.No seu entender, ele acaba por ser o�melhor testemunho de que o Olivaisnão é feito de sectarismos�, já quesempre jogou na Académica. �Eu nuncaescondi que nunca joguei no Olivais, masfui recebido muito bem pelo clube ederam-me aqui a oportunidade de estarà frente da sua direcção. Isso só provaque esta casa é de todos, mesmo dosatletas de outros clubes. O desporto éisto, é convívio, partilha, camara-dagem�, realça.

Carlos Gonçalves anuncia tam-bém, com bastante orgulho, a existênciada �Torcida Olivanense�, um grupo deapoiantes que se foi unindo e que �sentealguma coisa� pelo clube.

Nos últimos quatro anos, foinotável o aumento de público nos jogoso que, para o presidente da colecti-vidade, funciona como um �estímulo�.Actualmente esta �Torcida Olivanense�,que tem aparecido em todos os jogos apuxar pela equipa, reúne não só jovensligados ao Olivais mas também os seusamigos que se começam a interessar peloclube e que, sobretudo, começam agostar do basquetebol.

Aposta na formaçãoé prioritária

Apesar da equipa sénior feminina ser agrande �estrela�, o �espelho� do Olivais� no ano passado foi finalista da Taçade Portugal e foi às competições euro-peias e este ano conseguiu o apuramentopara a final Four da Taça de Portugal,ao vencer no sábado a equipa açoreanado Boa Viagem e pode ser ainda apuradapara as competições internacionais -, aformação continua a ser uma das prio-ridades da direcção.

O Olivais conta actualmente comcerca de 300 atletas, distribuídos portodas as formações, quer femininas quermasculinas, dos minis aos seniores.Dentro destes escalões, tem 17 equipasque dignificam o clube e que obrigam adirecção a ter que recorrer a espaçosfora do pavilhão � escolas José Falcãoe Alice Gouveia � para permitir quetodas as equipas possam treinar conve-nientemente.

A aposta na formação, iniciada emgrande escala há quatro anos, comfortes campanhas de sensibilizaçãojunto dos jovens, vai continuar a seruma das grandes apostas de CarlosGonçalves. Hoje já não é precisorecorrer a campanhas, uma vez que sãoas próprias crianças que fazem apromoção do Olivais junto dos amigose colegas.

Esta divulgação tem-se traduzido

no aumento significativo do número depraticantes já que, segundo CarlosGonçalves, cerca de 90 crianças fre-quentam actualmente o mini-basquete,o que começa a levantar já problemas anível do espaço e que comprova aurgência da ampliação das actuaisinstalações. Carlos Gonçalves lamentaque o projecto ainda não tenha avan-çado, já que �no momento a manutençãodo pavilhão traz prejuízos diários�,lembra que a autarquia está com �oprojecto em mãos� e espera que o finan-ciamento surja brevemente.

Esta é, aliás, a barreira que faltaultrapassar e que, ao contrário, do queaconteceu com outras, o clube não con-seguiu ainda derrubar. Por enquanto, anível de apoios, vai recebendo apenasas verbas atribuídas pelo RegulamentoDesportivo Municipal � que para CarlosGonçalves devia ser revisto no querespeita à competição não profissional�, conta com os apoios das empresasque patrocinam o clube e, funda-mentalmente, conta com os apoios dospais, que pagam as suas quotas e quesão �o grande suporte� do Olivais.

Orgulha-se, no entanto, de teractualmente uma grande equipa detrabalho, que �hoje já não tem falta depessoal para acompanhar as equipascomo acontecia há quatro anos�.

Orgulha-se também do salto qualitativoque o clube tem vindo a dar desde háalguns anos.

�Este ano, as nossas equipas deformação � iniciados, cadetes e juniores� já começaram a ter resultadospositivos. Hoje estamos a formaratletas mas também estamos a ganhar.Criámos também uma equipa de ju-niores A, porque parecia-nos im-possível que atletas com alguma qua-lidade, mas acima de tudo com vontadede praticar desporto, não tivessem ondeo fazer. Curiosamente fomos campeõesregionais e estamos a disputar a taça e,se calhar, podemos até trazer algumasurpresa para Coimbra. Fizemos uminvestimento nos jovens basquete-bolistas e acabámos por ser recom-pensados por isso� � sublinha CarlosGonçalves.

A equipa B feminina, criada háquatro anos, também tem um papelimportante no Olivais, já que permiteter as atletas menos rodadas da equipaprincipal e chamar as juniores aparticipar num campeonato maiscompetitivo. Actualmente ocupa tam-bém o topo da tabela classificativa daII Divisão.

O Olivais orgulha-se ainda depoder contar, como realça CarlosGonçalves, com �os melhores trei-nadores do mundo, uma equipa muitojovem que também ainda está a apren-der, mas que dá sempre o seu melhor�.

�Eu, como presidente, só possoestar satisfeito. Agora queremossempre mais, mas mais sem hipotecarnada e sem passar por cima dos nossosprincípios, que é o respeito pelaspessoas, a fraternidade e este espíritoda família olivanense que se vive nestacasa e que se quer manter. Depois, bastauma dose de sorte�.

Recandidaturaainda é possívelApesar de ter anunciadoque não se recandidatava,Carlos Gonçalves aindanão tomou uma decisãodefinitiva.

O abaixo-assinadoque os sócios e atletasentregaram ao presidentedo Olivais, e que reunia196 assinaturas, ondeestes pediam que reconsi-derasse a sua decisão,sensibilizou Carlos Gon-çalves.

O presidente do Oli-vais sublinha que �apesarde ser um trabalho des-gastante�, não é o tra-balho que o assusta, massim o facto de a direcção�querer fazer as coisas enão ter meios para tal�.

�É isso que me deita abaixo muitas vezes. As dificuldades financeirassão de tal ordem que 80 por cento do meu tempo é ocupado a tentar arranjarsoluções para resolver esse problema�, desabafa.

Apesar de não querer adiantar muito sobre a possível recandidatura,Carlos Gonçalves não põe totalmente de parte essa possibilidade e admiteque, juntamente com a direcção, vai �repensar tudo outra vez�.

Lembra, no entanto, que felizmente hoje o Olivais FC tem várias pessoasque podem estar à frente do clube, graças ao trabalho em equipa que tem vindoa ser desenvolvido.

O mandato acaba este mês mas para Carlos Gonçalves este não é ummotivo de preocupação. �Neste momento não é isso que me preocupa, estoumais preocupado em continuar a apoiar e incentivar estes jovens�, termina.

O clube já anunciou, no entanto, que a eleição para os corpos sociaispara o biénio 2004/2006 vai decorrer a 16 de Abril.

A história do Olivais constrói-se diariamente no Pavilhão, que já é de-masiado pequeno para acolher todos os atletas do clube

Sessenta e nove anos de história, tradição, inovação, “garra” e muita dedicação. São estesalguns dos marcos que fazem com que o Olivais Futebol Clube não seja apenas mais umclube de basquetebol. Lado a lado com a vertente desportiva, com a competição saudávele com a força de vencer, caminharam, durante todo o percurso, outros valores que fazemdeste um clube único, onde os marcos e as memórias do passado se entrecruzam com asvitórias e lutas do presente.

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2/03/04

NACIONAL6

É a favor ou contra a Grande Área Metropolitana de Coimbra?

�Sou a favor, porque julgo que vaitrazer muito desenvolvimento aquipara Coimbra. Penso que ia ser bené-fico para a cidade e para a região.�

Fernando Lages68 anos, Gravador de Jóias

�Não estou muito informada sobre oassunto, mas penso que se trouxerdesenvolvimento é bom.�

Anabela Fernandes28 anos, Promotora de Vendas

�Eu sou a favor, porque traz progres-so, trás desenvolvimento e união. Achoque a cidade vai ganhar com isso.”

Pedro Campos60 anos, Comerciante

�Eu sou a favor, porque acho que vembeneficiar toda a gente. Vai trazer desen-volvimento e progresso.�

Maria Alice Freitas50 anos, Empregada Limpeza

�Sou a favor, porque vem contribuirpara o desenvolvimento da cidade.Acredito que venha beneficiar muitagente.

Ramiro Simões53 anos, Assent. Revestimentos

Respigos

“António Guterres tem todasas qualidades para ser umexcelente Presidente da Re-pública.”

Francisco Assis

Público, 09/03/04

“A questão das presiden-ciais é totalmente contem-porânea. Se falasse sobreisso, estaria a ser desele-gante em relação ao actualpresidente da República, queainda tem dois anos de man-dato.”

Cavaco Silva

DN, 09/03/04

“Não tenho nenhum tabu enão se alimenta aquilo quenão se tem.”

Cavaco Silva

JN, 09/03/04

“Percebo que temos de acom-panhar a Europa, a tal glo-balização, mas desde que nãopercamos as nossas raízes,o nosso passado, a nossahistória[…]Andamos todos aquerer apagá-la.”

Simone de Oliveira

JN, 09/03/04

“Somos uma equipa fortís-sima. Não vou dizer quesomos candidatos a venceresta prova, porque não so-mos. Mas vamos discutir apróxima eliminatória.”

José Mourinho

Público, 10/03/04

O ex-primeiro Ministro é felicitado efusivamente por umaleitora, durante a apresentação do 2º volume da sua autobi-ografia

No aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa, os militares tiramfotografias antes da partida para o Iraque

Dois militares da GNR despedem-se de uma criança momen-tos antes da partida de um grupo de 80 militares para o Iraque

O ex-primeiro Ministro é felicitado efusivamente por uma lei-tora, durante a apresentação do 2º volume da sua autobiografia

Olhar pelo país Ferreira Leite hoje em Coimbra

Governo iniciacomemoraçõesdo 2.º ano da vitória

O Governo PSD/CDS-PPinicia hoje as comemoraçõesdo segundo aniversárioda vitória nas legislativascom visitasdo primeiro-ministroe dos ministros a váriosdistritos do país, onde irãoparticipar em colóquiosou jantares com militantes.

O primeiro-ministro, Durão Bar-roso, participará amanhã, no Porto,num jantar no Mercado FerreiraBorges, local onde o PSD realizou umcomício na campanha eleitoral para aseleições de 17 de Março de 2002.

Apesar do segundo aniversário dogoverno PSD/CDS-PP ocorrer apenasno dia 17, as iniciativas arrancam jáhoje, prolongando-se durante o fim-de-semana seguinte, com os ministrossociais-democratas e democrata-cristãos a visitarem, cada um, umdistrito específico.

A excepção, no entanto, estáreservada ao ministro do Ambiente,Amílcar Theias, que, por motivos deagenda, não irá participar nesta inicia-tiva, segundo afirmou fonte do Minis-tério da Presidência.

Estas comemorações �arrancam�com as visitas do ministro-adjunto, JoséLuís Arnaut, e do Ensino Superior,Maria da Graça Carvalho, a Braga eCastelo Branco, respectivamente.

Também hoje, a ministra dasFinanças, Manuela Ferreira Leite, visi-tará Coimbra, ao mesmo tempo que Sevi-nato Pinto (Agricultura) participará emidêntica iniciativa no distrito de Évora.

Aos ministros dos AssuntosParlamentares, Marques Mendes, daCultura, Pedro Roseta, da Admi-nistração Interna, Figueiredo Lopes edo Trabalho e da Segurança Social,Bagão Félix, estarão reservados,respectivamente, os distritos de Leiria,Santarém, Viana do Castelo e Viseu.

As comemorações do segundo anoda vitória das últimas eleições legisla-tivas prosseguem amanhã, com oministro da Defesa, Paulo Portas, adeslocar-se a Aveiro, a ministra daJustiça, Celeste Cardona, a Beja, oministro da Saúde, Luís Filipe Pereira,a Bragança, e o ministro da Economia,Carlos Tavares, a Faro.

Ao mesmo tempo, o ministro daEducação, David Justino, estará emPortalegre, a ministra dos NegóciosExternos, Teresa Patrício Gouveia,visitará Setúbal, e o ministro das ObrasPúblicas, Carmona Rodrigues, estaráem Vila Real.

No domingo será a vez do secre-tário de Estado-adjunto do primeiro-ministro, José Arantes, intervir numcolóquio na Guarda.

Todas estas iniciativas decorrerãosob a forma de colóquios, excepto noscasos do primeiro-ministro e dosministros José Luís Arnaut e PedroRoseta, que participarão num jantar.

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12/03/04

7INTERNACIONAL

Como vê o actual momento do Iraque?

�Era bem preferível que nada hou-vesse. Finalmente acabou e acaboumuito bem. Um país rico como aquelenão se admite que tenha tanta pobre-za e um excesso de riqueza em meiadúzia de mãos.�

José Augusto74 anos, Reformado

�Muito mal. Acho que está cada vezpior.�

Ana Reis28 anos, Emp. Balcão

�Eu tento não pensar muito sobre isso.Acho que é um assunto que me desa-grada muito e sobre o qual nem gostode falar.�

Luísa Góis23 anos, estudante

�Acho que está péssimo. Não vejo es-perança nenhuma naquilo, parece-meque está ali um beco sem saída.�

Lucília de Jesus75 anos, Doméstica

�Acho que é uma grande injustiça. Aspessoas estão a sofrer sem culpa nen-huma, por causa de um sádico que sóquer é destruir e apoderar-se do mun-do.�

Idalina Ferreira43 anos, Empr. Escritório

Constituição regeIraque em JunhoA Constituição provisóriairaquiana, assinadana segunda feira, vai regero Iraque a partir de 30de Junho e até à realizaçãodas eleições gerais, previstaspara o final deste anoou início de 2005.

Composta por 60 artigos, divididosem nove capítulos, a nova Constituição,cujo texto ainda não foi distribuído,garante, segundo os seus autores, asliberdades fundamentais e os direitos dasmulheres.

Principais pontos do texto:- Preâmbulo: a Constituição pro-

visória visa restabelecer a liberdade dopovo iraquiano �usurpada pelo antigoregime ditatorial�.

- Lugar do Islão na legislação: oartigo 7 (da redacção provisória) precisaque �o Islão é a religião oficial do Estadoe uma fonte da legislação�. �Estaconstituição respeita a identidadeislâmica da maioria da populaçãoiraquiana, garantindo ao mesmo tempoa liberdade total de todas as outrasreligiões e as suas práticas religiosas�.

- Presidência do país: o Iraque teráum presidente único e dois vice-pre-sidentes. A escolha do presidente dependeda natureza do Estado (presidencial ouparlamentar) que ainda não foi decidida,de acordo com um membro do Conselhode governo.

- Federalismo: o Curdistão man-terá o seu estatuto autónomo, enquantoas outras províncias do país poderãopreparar um governo local, até a questãoser regulada por um governo eleito.

- Eleições directas: o governo, aoqual a coligação transferirá o poder a 30de Junho, preparará as eleições geraispara a Assembleia Nacional transitória�se possível, antes do 31 de Dezembro, eem todo o caso, nunca mais tarde do que31 de Janeiro de 2005�.

O texto não específica a forma deexecutivo que governará o país após 30de Junho. A questão da manutenção oualargamento do Conselho de governotransitório deverá ser discutida nospróximos meses.

- Parlamento permanente: a As-sembleia transitória eleita redigirá umaConstituição permanente até 15 deAgosto de 2005. Este texto será sujeitoa um referendo antes de 15 de Outubro.Um outro escrutínio directo terá lugar a15 de Dezembro do mesmo ano pararenovar a assembleia.

- Representação das mulheres: seráno mínimo de 25 por cento na Assembleianacional transitória.

- Língua: o árabe e o curdo são asduas línguas oficiais do Iraque, as outrasminorias (assírio-caldeu e turcomano)têm o direito de utilizar as suas línguasnos seus estabelecimentos escolares.

O período de transição, que teveinício com a assinatura da Constituiçãoprovisória, deve terminar antes de 31 deDezembro de 2005.

A 30 de Junho, um governo ira-quiano interino deverá assumir asoberania total e a autoridade provisóriada coligação será dissolvida. O governoserá formado após consulta popular egovernará em conformidade com aconstituição provisória e com um anexoa ser publicado antes do fim do períodotransitório.

Numa segunda fase, um governotransitório será nomeado após a eleiçãode uma assembleia nacional, antes de 31de Janeiro de 2005.

A Assembleia Nacional será entãoresponsável pela redacção de umaConstituição definitiva, que deveráser referendada até 15 de Outubro de2005.

Se a Constituição for adoptada,deverão ser realizadas eleições para aformação de um novo governo que deverátomar posse antes de 31 de Dezembro de2005.

Respigos

“A Europa tem de se envol-ver na legitimação e nacriação de condições paraum Iraque mais equilibradoe mais respeitador dos direi-tos humanos.”

Sousa Franco

Público, 08/03/04

“As próximas eleições euro-peias vão também assistirprovavelmente à estreia deum novo partido, o ‘Movi-mento do Doente’, que nãopassa de um ‘grupo de inte-resse’ a aproveitar a visibili-dade e os direitos de acçãodos partidos políticos paradivulgar a sua mensagem es-pecífica.”

Vital Moreira

Público, 09/03/04

“Parece que, ao longo dosséculos, o passatempo pre-ferido dos povos europeusera matarem-se uns aosoutros.”

Milan Rados

JN, 10/03/04

“Uma visita a Macau, nasactuais circunstâncias de-pressivas da conjuntura na-cional, é um excelente tóni-co restaurador da auto-estima de um português.”

“Macau respira optimismoeconómico, tem uma admi-nistração política equilibra-da e sensata, que respeita evaloriza a herança e o futurodas relações com Portugal,para além de procurar man-ter a especificidade do terri-tó1rio.”

Mário Bettencourt

DN, 10/03/04

A fome continua a matar na Libéria. Esta criança procuraalguma coisa para comer.

A campanha eleitoral na Indonésia prossegue com as maisdiversas e originais formas de propaganda.

Milhares de pessoas manifestaram-se em França contra oscortes no financiamento da Ciência.

Olhar pelo mundo Eleições previstas para final do ano

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2/03/04

ENTREVISTA8

Zilda Monteiro

JD - Há algum problema defundo na habitação em Coim-bra?GM- Nós temos um problema de fundomuito grande em Coimbra, que passapelo preço da habitação. Não é algo quea Câmara possa resolver, mas é umproblema de número que mantémexcluídas de condições dignas deconforto e de qualidade uma partesignificativa da população. Nós de-batemo-nos com carências graves a essenível, nas famílias mais pobres e queestão parcialmente encobertas. Hámuita miséria escondida em Coimbra.Temos famílias a viver em garagens,com senhorios pouco escrupulosos acobrar rendas elevadas por habitaçõesimpróprias. Tudo seria mais fácil se osvalores do arrendamento estivessemequilibrados ou se os preços da comprafossem razoáveis.

Consegue justificar esta inflac-ção dos preços?A justificação é, por um lado, as margensde lucro exorbitantes que existem nacidade e uma política de solo desgraçadaque o município teve ao longo dos anos.Não interveio, não deu força àscooperativas de habitação, não fezempreendimentos municipais diversifi-cados, de maneira a manter os valoresda habitação. No ano passado ven-demos três apartamentos junto à Uni-versidade, na Couraça dos Apóstolos,num edifício totalmente recuperado.Foi uma reconstrução cara, pusemosno mercado os T1 a 8500 contos (poucomais de 42 mil euros), tivemos largasdezenas de concorrentes para cada umadas casas. O T2, com o dobro da área,ficou sensivelmente no dobro do preço.

Quer dizer que é possível cons-truir a preços moderados?Sim, é possível construir em Coimbrafogos de muito boa qualidade a preçosabsolutamente razoáveis. A Câmaranão perdeu dinheiro e isto permite-nosdar uma ideia de quais são as margensde lucro de muitos construtores. Eutenho uma proposta que consideroparticularmente eficiente se a Câmaraa adoptar que passa por, em vez deandarmos a construir, incluir noregulamento do Plano Director Mu-nicipal (PDM) e no Plano de Urba-nização de Coimbra a possibilidade denos loteamentos de maior dimensão aCâmara optar pela cedência. Nor-malmente o loteador cede em terreno

Gouveia Monteiro apresenta medidas urgentes para �revolucionar� habitação

Centro Cívico do Ingotearranca no final do próximo anoJorge Gouveia Monteiro assumiu o Pelouro da Habitação da Câmara de Coimbra há sensivelmente dois anos. Otrabalho que encontrou pela frente nem sempre foi muito fácil e tem exigido muito esforço e dedicação. Assume,no entanto, que o campo da habitação tem sofrido uma “verdadeira revolução”, uma revolução que ainda malcomeçou. As novas regras do PDM, o apoio à construção de cooperativa, habitação própria e pequenos loteamentosnas freguesias são algumas das iniciativas que, no seu entender, podem ajudar a tornar mais acessíveis os preçosdas casas em Coimbra. A intervenção nos bairros sociais e o adaptar dos preços das rendas aos rendimentosfamiliares são também algumas das prioridades de Gouveia Monteiro que, em entrevista a “O Despertar”,descreve o Centro Cívico do Ingote como o grande projecto para os próximos anos.

ou em dinheiro. Nestes casos, poderiaceder casas. Isto significaria umarevolução tão simples como isto:digamos que num loteamento de 50fogos a autarquia fica com 2/3 casas.Isso traz muitas vantagens: não temosuma junção de famílias em dificuldadecomo temos nos bairros; a Câmaraaloja pessoas com dificuldades semgastar dinheiro; consegue uma disse-minação maior das famílias; e até criaroutras condições de emprego.

Acha que esta é uma propostaviável?Eu julgo que sim. É uma propostasimples e acho que mesmo para osconstrutores é uma proposta aceitável.Devo dizer também que o sr. vereadorJoão Rebelo teve uma primeira reacçãobastante positiva a esta proposta, deencararmos soluções desta natureza quenos vão permitir resolver problemasdas famílias com menores recursos eintervir no preço, baixando-os.

Mas essa solução seria sufi-ciente para resolver os proble-mas existentes?Obviamente que não. Para além disso,a Câmara deve apoiar muito a cons-trução de cooperativa, o que não existemuito em Coimbra. Em 1993, a au-tarquia assinou com as quatro coope-rativas um protocolo em que lhes cedia

terreno para a construção de 500 fogos.Passados 10 anos, estão construídos90. As cooperativas são um instru-mento que não custa dinheiro à câmarae que não está a ser aproveitado. Tenhoprocurado intervir fortemente nisso etemos a perspectiva de se poderemconstruir 40 novos fogos da funçãopública junto ao Centro Cívico doBairro do Ingote e acertámos recen-temente as agulhas para que a Coo-perativa Tricana possa construir 90fogos no terreno junto à Boavista, portraz do bairro da ex-Fundação Sala-zar. Há também um grande terreno daAssembleia Distrital, não camarário,em Santa Clara. Acho que era im-portante que a Câmara o adquirissepara fazer ali um grande investimentocooperativo.

A construção de habitaçãoprópria também não é muitofácil em Coimbra. Porquê?É verdade, de facto as pessoas têmdificuldades em construir nos terrenosque herdaram dos pais, sobretudo nasfreguesias. A Câmara devia ter umapolítica mais apostada no apoio àconstrução de habitação, porque essaspessoas não construindo ali vão con-tinuar a alimentar este mercado es-peculativo. O concelho não é só a cidade.Isso não deve ser esquecido e devemosajudar as pessoas a fixar-se nestas

localidades. Acho que, em primeirolugar, é preciso aproveitar tudo o que éfogos vagos nestes lugares, porque osnúmeros são surpreendentes. A títulode exemplo, posso dizer que, de acordocom os censos de 2001, só no Botãotemos 121 casas vagas. Uma políticaorientada para a recuperação de casaspode libertar imóveis para alguns dosjovens que procuram habitação. Não éa vivenda de 400m2, como alguns jovensprocuram.

Estas medidas passariam peloapoio aos proprietários?Primeiro é preciso dizer-lhes ondepodem construir. Eu não vejo a Câmaracom uma gestão urbanística que sóproíba, ela deve incentivar. Para fa-mílias claramente com menores recur-sos, a Câmara deve aconselhar e garan-tir as infraestruturas, fazer peque-nosloteamentos, em que venda o terrenocom o projecto, como foi feito, porexemplo, no Cabeço do Calvário, emSouselas, e na Moita Santa, em Cer-nache. Isto foi interrompido mas deveser introduzido nas freguesias maiores.Noutros casos, acho que deve seroferecido mesmo o projecto. Estas sãomedidas que não me parecem compli-cadas e que poderiam ajudar.

A Alta e a Baixa continuam aser bastante problemáticas…Temos uma elevadíssima concentraçãode fogos devolutos na Baixa e na Alta.Isso é indiscutível. São 480 na Baixa ecerca de 300 na Alta. Para além dasrazões que se prendem com o patrimóniohistórico riquíssimo do Centro, docoração da cidade medieval, há outrosproblemas. A Baixa para mim não éum centro comercial a céu aberto comodiz o eng. Pina Prata, é o grandearrebalde medieval com uma ligaçãoharmoniosa com a Alta. Há razõespatrimoniais muito fortes, o que fazcom que a Câmara tenha investidomuito na recuperação deste tecido e hárazões urbanísticas para que o centronão possa estar deserto, porque éabsolutamente irracional continuarmosa construir desta forma: nove mil fogosna década de 80, 10 mil na de 90 e tudoindica que de 2000 a 2010 estejamprogramados 20 mil fogos em Coimbra.Em termos de recursos naturais, am-biente e solo, isto é absolutamenteirracional. Não há crescimento demo-gráfico que funda-mente um tal númerode fogos.

Quer dizer que não houve di-minuição nas construções?Exacto. Os loteamentos continuam a

cair na Câmara ao mesmo ritmo ou atésuperior. E veja-se: 2300 fogos naPortela; 800 no Vale Meão, mais umascentenas largas no Planalto de SantaClara. Isto conduz a uma expansão demancha da cidade, com impactos a todosos níveis. Acho que a gestão urbanísticaatingiu o seu ponto máximo, quer dizerque esta Câmara tem que rapidamentetomar medidas de contenção desteexcesso de construção, tendo em contaos compromissos de licenciamento feitosnesta época de abarbaria urbanística.A Câmara anterior aprovou coisascompletamente disparatadas, as pes-soas adquiriram direitos, mas é precisoagora procurar circunscrever e impornovas regras para que esta irra-cionalidade seja resolvida.

Voltando à zona histórica, aautarquia tem procurado criarcondições de atracção para osjovens casais...Sim, é verdade. Eu procurei lançar essaquestão numa altura que me parecia queestava a haver uma visão do centrohistórico muito dentro da muralha.Procurei chamar a atenção para aspotencialidades colossais deste tecidoda Baixa, que não pode ser encaradaapenas como comércio.

O dr. Carlos Encarnação jáfalou na criação de uma em-presa de reabilitação da Baixa.Isso resolveria o problema?A minha proposta em relação à Baixapassava por parcerias muito impor-tantes entre a Câmara e proprietários,criando os mecanismos para a autarquiaintroduzir nas operações de reabilitaçãocrédito aos proprietários, acabandocom o velho problema dos centros dascidades das rendas baixas que não dãosequer para fazer as obras de con-servação, portanto deixa-se cair e logose vê. Naturalmente que o corte docrédito aos municípios, trouxe pro-blemas. A reabilitação urbana ficou,desta forma, dificultada. Entretanto ogoverno pegou nalgumas das ideias quenós apresentámos e está para publicar,finalmente, a chamada lei das socie-dades de reabilitação urbana. Possi-velmente era a isso que o sr. presidentese terá referido. Não é uma empresaqualquer, é uma empresa municipal, 100por cento de capital camarário, quedepois definirá, segundo planos aprova-dos pela Câmara e até pela AssembleiaMunicipal, programas próprios e poráas obras a concurso.

Terá que haver sempre umaforte colaboração entre autar-quia e proprietários?Sim, sempre. Quem vai concorrer parafazer directamente as operações dereabilitação urbana serão os proprie-tários que entretanto se organizareme apresentarem as suas propostas aessa empresa. Quem irá concorrer se-rão, em princípio, ou capital financeiro,bancos, que irão fazer as negociaçõescom os proprietários e tentar a renta-bilidade dessas operações, sem pratica-mente nenhuma injecção de dinheiropúblico. Para a Baixa nós temos já aprimeira parte do plano de estruturaelaborado e continuamos a trabalhar,naturalmente, com a comissão que foiformada com o departamento de Habi-tação e do Planeamento Urbanístico.

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Gouveia Monteiro, vereador do Pelouro da Habitação, assume que épossível construir a preços moderados em Coimbra

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ENTREVISTA 9

O que é que sobressai desseestudo?Sobressai a urgência de duas unidadesde intervenção a pôr a concurso o maisrapidamente possível, que é o caso dazona norte da Baixa, entre a Rua daLouça e o Terreiro da Erva. Estãoidentificados com grande clareza nodocumento que já entreguei ao sr.presidente duas unidades de intervençãoque, se a Câmara constitui-se hoje asociedade de reabilitação urbana, podiaimediatamente começar a fase do pro-jecto. Chamamos-lhes Z1 e Z2 eenglobam toda a zona circunvizinha aoTerreiro da Erva, a que deve ser dadaprioridade absoluta. Este projecto deveavançar o mais rapidamente possível,pois estamos a falar de uma das zonasmais degradadas da Baixa e em termosde reabilitação das mais urgentes, commuitas situações de risco. A Câmaravai ter muito brevemente que se pronun-ciar sobre a reabilitação urbana, eraútil que já estivéssemos a constituir asociedade. Estamos preparados paraisto, é preciso é começar, as pessoas nãoquerem ouvir falar na reabilitação anível discursivo, querem sim a prática.Nós temos feito reabilitações concretasa nível de construção municipal. Entreeste ano e o próximo vamos pôr aconcurso 26 novos fogos. Estou a falarde casos de grande degradação, em quenem sempre é fácil tratar com osproprietários ou exigir que façam asobras.

Como é que eles reagem?Alguns colaboram. São 316 processosde reabilitação, é um trabalho muitopesado, muitas notificações, estadias,peso também da administração pública,da audiência de interessados, dos pro-prietários a responder. É quase umprocesso por dia. A Câmara substituiu-se ao proprietário em quatro re-cuperações, temos umas 12 em plano.Quando chega ao ponto do proprietárionão fazer, a Câmara ou volta ao inícioe faz de conta que isto tudo é umamoagem de papel ou substitui-se aoproprietário e faz e depois cobra. E elespagam de maneiras várias, através dodesconto das rendas - até 70% dasrendas a câmara pode reter -, ou acâmara pode arrendar os fogos desdeque estejam vagos. Mas o proprietárioprefere pagar a totalidade do quesujeitar-se a que a Câmara arrende.Pode ainda pagar em espécie, porexemplo com um andar. Desde que osvalores sejam equivalentes não há

qualquer problema, mas muitos pre-ferem ter o edifício em ruínas do quedesfazer-se de uma parte.

Há muitos casos em que a Câ-mara se substitui ao dono?Não. Por cada uma das obras que aCâmara fez outras sete entraram emobra. Isto significa que não é preciso aCâmara substituir-se aos donos e em-penhar todo o orçamento municipal afazer obras coercivas. O que é preciso éque eles percebam que quando recebemuma notificação para fazer obras se nãoo fizerem vão ter consequências, emtermos de multa, que não estava a seraplicada pelo executivo anterior.

E são muito elevadas?Podem ir de 500 aos 50 mil euros. Sãovalores bastante elevados. Mas devodizer que já foram feitas recuperaçõesnotáveis em Coimbra, como a que estána Rua das Azeiteiras, na Baixa.

Em relação aos bairros, é pú-blico que a autarquia herdoumilhares de euros de rendasem atraso. Já foram pagas?Está a acontecer muita coisa nos bair-ros. Entregámos chaves a 12 famíliaspara as novas habitações do campo doBolão e estamos a mexer profun-damente na questão das rendas. Haviasituações incrivelmente injustas, apesarda publicação em 1993 do Regime deRenda Apoiada. Havia muitas rendasem atraso e as acções de despejo queeram deliberadas por ocupações ilegaisou pelo não pagamento de rendas nuncaeram intentadas em tribunal. Eramdeliberadas na Câmara e depois eramengavetadas. Agora já conseguimosrecuperar algumas casas que estavamilegalmente ocupadas e em Janeiro de2003 fizemos uma barragem de noti-ficações para pagamento. Registo agoracom bastante agrado que houve umnúmero bastante interessante de inqui-linos que veio pedir o pagamentofaseado ou liquidar a dívida � 17 paga-ram imediatamente, 23 pediram opagamento faseado, 11 estão em apre-ciação e 19 foram para acção de despejoporque tinham mais de 24 meses e nãodisseram nada.

Não foi difícil então cobrar asrendas em atraso?Na maioria dos casos não. Mas o nossogrande problema não era o número derendas em atraso, porque nós temos 812fogos e só houve problemas com 85. Onosso problema era atacar o regime derendas que havia, adequar o preço ao

rendimento das famílias. Neste mo-mento, depois de muita informação aosmoradores, estamos a fazer o cálculoda renda apoiada, para poderem sernotificados com base na lei. Houve umacordo para que durante quatro anosas rendas se vão aproximando, gra-dualmente, dos valores reais. É curiosoporque assim que se percebeu que se iaacabar com as rendas irrisórias, houveimensa gente a pôr a questão à Câmarase podia comprar. Isso é aceitável epermite libertar receitas para apoiar-mos outras pessoas. O que não é acei-tável é pessoas com bons rendimentospaguem 50 euros de renda. Mas istoexige determinação, sentido de justiça eforça para enfrentar os problemas.

Os bairros ainda são proble-máticos?Eles ocupam grande parte do nossotrabalho. Estavam numa situaçãolamentável, não todos por igual, mastodos muito carentes de intervençãofísica e humana. Neste momento, temosos grandes bairros em plena obra,pintámos todo o Bairro do Ingote,estamos a fazer a requalificaçãoexterior de todo o planalto. Convido aspessoas através de �O Despertar� a nãoandarem à volta, a passarem lá, veremas olaias a florir. Não há nenhumperigo.

Foi difícil criar uma relação deconfiança com os moradores?Foi preciso muito diálogo, muitapersuasão, muita reunião. Foi precisoacabar com ocupações nada interes-santes do espaço público e fazer arran-

jos exteriores que estamos agora a ten-tar manter com os próprios moradores.

Eles colaboram?Sim, temos um programa de inserçãoemprego muito interessante. Temos já12 formandos a aprender jardinagem econstrução civil numa parceria com oIEFP. Tínhamos também uma situaçãomuito grave no Bairro da Misericórdia,na Conchada, com casas muito degra-dadas. Tirámos toda a gente, estamos ademolir e será apreciado em breve pelaCâmara o estudo prévio dos novosimóveis a construir. Foi um processomuito moroso, muito bem dialogado eque acho que vai ficar muito inte-ressante. Pintámos também todo oBairro da Fonte da Talha e estamos apreparar o projecto de arranjos paraaquele bairro. Estamos a intervir nosdois bairros dos realojados da Alta, nasduas �jóias da coroa�, Celas e Fontedos Castanheiros, recuperando tudo oque são casas devolutas. Em Celasassumimos o compromisso de recu-perar 10 casas por ano e para a Fontedos Castanheiros temos um projectomuito ousado previsto para 2005.

Qual é a grande prioridade?Para além de tudo o que já foi referido,queremos apostar muito na cultura, nasrelações de vizinhança e de confiança.Um dos nossos grandes projectos passapor criar um importante pólo de cul-tura, que sirva toda a zona norte dacidade. Temos um enorme projecto queestivemos já a negociar com o arqui-tecto vencedor, João Luís Carrilho daGraça, para o Centro Cívico do Ingote,em frente ao Bairro da Rosa, naqueleenorme espaço amplo, que vai ser umequipamento como não há mais nenhumna cidade, porque junta a componenteresidencial, a residência assistida, larde idosos, lar para crianças e mulheresem risco, com um grande pavilhãodesportivo, teatro, refeitórios e toda acomponente social. Vai entrar emconstrução no final de 2005 para estarpronto em 2007. É um projecto fi-nanceiramente vultoso, em que aAssociação de Desenvolvimento eFormação Profissional de Miranda do

Corvo se associou à Câmara. Portanto,tudo o que são residências é da suaresponsabilidade. A Câmara dá oterreno e o projecto e eles pagam àcomunidade com quartos. A autarquiaterá a piscina para os seus utentes todasas manhãs e paga as refeições às pes-soas mais necessitadas. É um projectocomplexo mas que vai ser muito útil,que vai ser edificado numa área comuma paisagem incrível.

Que balanço faz destes doisanos de mandato?O primeiro ano foi um ano de quasetactear, curto, de estruturação, commuitas dificuldades. Creio que aspessoas percebem que a Câmara nestesdois anos tem muito mais coisaspositivas do que negativas e que algumasdas negativas � acrescento eu � con-sistem na não ruptura com orientaçõeserradas. Estou a falar fundamental-mente de orientações. Eu sublinho adescriminalidade e a correcção que hojepreside ao trabalho camarário. Só hádois vereadores que transitam do man-dato anterior e eu sou um deles. Eu cáestou e o trabalho que tenho feito é umtrabalho de esquerda, as concepções eos interesses que defendo, os métodosque aplico� O que é de sublinhar, noentanto, é que é possível fazer isto comuma Câmara de direita a quem oseleitores decidiram dar uma maioriaabsoluta. Isto é muito importanteporque desde o eng. Moreira que nósnão tínhamos isto, esta possibilidade decooperação no executivo entre con-cepções claramente diferentes e quefunciona. O que não quer dizer, noentanto, como tenho sido bastante claro,que eu esteja de acordo com todas asorientações da actual Câmara. Agorao que eu, de facto, sublinho é que nestemomento não estou �amarrado� a votarnada, tenho inteiramente liberdade devotação, de expressão. E isto funcionae não há nenhuma coligação ou acordoprévio entre o CDU e a maioria, o quehá é trabalhar para o bem de Coimbra,cada um dentro das suas concepções.Eu lembro-me do quanto era positivo otrabalho de cooperação existente nomandato do eng. Moreira. Esses as-pectos que eram positivos e que tinhamalguma tradição em Coimbra foraminterrompidos pelo longo consulado dodr. Machado, com uma lógica completa-mente diferente. Acho que não é bompara a Câmara ter uma força políticatoda ela a esperar que as coisas corrammal, que é o que me parece que temoshoje, em que avançamos com deter-minadas medidas e temos quatro mem-bros do executivo a fazer figas debaixoda mesa para ver se as coisas corremmal.

Está a referir-se aos vereado-res do PS?Exactamente, os que estão de fora, emparte por culpa sua, porque os doisprimeiros da lista saíram e até o dr.Rodrigues Costa em determinada alturasaiu e depois voltou. O figurino que eudefendo é que todos devem ter res-ponsabilidades e trabalhar em conjuntopelo bem de Coimbra.

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A intervenção nos bairros, quer em termos físicos quer humanos, con-tinua a ocupar grande parte do trabalho do Departamento de Habitação

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João R. Fontoura assume também

que �as razões que justificam a pro-moção de um facto a efeméride sãotambém elas, muitas e, sobretudo, tãodiversas quanto subjectivas�. Sãotambém indiscutíveis, no seu entender,�os motivos que explicam a selecção deacontecimentos para formarem umagaleria de notícias da História (ou dashistórias que a fazem), como, de algummodo, é este roteiro�.

�O Livro das Efemérides� tem duasmil entradas, duas mil datas que, apesarde poderem existir outras que tambémpoderiam estar reunidas nesta obra,permitem ao leitor formar uma imagemda evolução da nossa História.

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12/03/04

11COMERCIAL

Ernesto VieiraAuto-SuecoComo analisa o momentoeconómico em Portugal?Muito difícil. Estamos em conten-ção há mais de um ano e irá pro-longar-se por 2004 e 2005.

Quais as principais medi-das que, em seu entender,são urgentes para a recu-peração da economia na-cional?As medidas passam por um com-portamento muito sadio por partedos empresários, uma compreensãomuito profunda da parte dos tra-balhadores e uma gestão muitocuidada por parte do governo.

Está optimista em relaçãoa 2004?Em termos económicos, 2004 vai serum ano mais difícil que 2003. Seráum ano mais difícil, no entanto éuma época própria para cons-ciencializar as directrizes que ospróprios empresários deverão terpara ultrapassar as suas con-trariedades.

Como entende o desenvol-vimento comercial e indus-trial de Coimbra?Coimbra não é uma cidade empre-sarial no conceito tradicional defábricas e unidades empresariais.No entanto, é extremamente forteem prestação de serviços e outrasespecialidades. Acredito que Coim-bra com esta vertente nas áreas desaúde, ensino, prestação de ser-viços, fiscalidade, advocacia, etc, iráconseguir uma boa receita eco-nómica para a estabilidade da suapopulação.

Quais as medidas que de-vem ser tomadas em rela-ção a Coimbra e à região?As medidas são muitas. Está na mãoda autarquia melhorar ainda maisa urbanização da cidade para atornar apelativa e melhorar aimagem para os nossos visitantes.

Quais os objectivos da suaempresa para este ano?Os objectivos da nossa empresa éter lucro e cumprir os objectivos quenos propusemos, que são esti-pulados de acordo com o mercado.

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Qualidade e requinte distinguem novas instalações

Quinta das Lágrimas inaugura 4 ElementosO Hotel Quinta dasLágrimas apresentou,no sábado, o Edifício 4Elementos, uma obrasingular que foi inauguradapelo secretário de Estadodo Turismo e pelo ministroda Economia, na presençade largas centenasde pessoas.

Com os 4 Elementos, o HotelQuinta das Lágrimas apresenta agoranovas valências que vêm enriquecer aoferta desta unidade hoteleira. Daautoria do arquitecto Gonçalo Byrne,o 4 Elementos aposta na modernidade,procurando conjugar a tradição e a his-

tória do espaço com a modernidade.Trata-se de um edifício vanguardista,com 15 novos quartos, quatro salas dereuniões, um Spa de grande qualidade eambiente minimalista, onde o arquitectoprocura pôr a dialogar o novo com oantigo edifício, preservando e valori-

zando todo o misticismo e história destelocal, intrinsecamente ligados à históriatrágica de Pedro e Inês.

De acordo com o arquitecto, aideia é �ter dois edifícios de idadesdiferentes mas que se relacionam bem�.Gonçalo Byrne procurou aproveitartambém, ao máximo, a luz solar - o quetorna o edifício mais claro, limpo eluminoso � e tentou criar ambientesligados aos quatro elementos: água, ar,terra e fogo.

Para José Miguel Júdice, pre-sidente do Conselho de Administraçãodo Hotel, esta é uma �obra de arte ecultura�, que surge na sequência dacrescente procura que o Hotel Quintadas Lágrimas tem tido. De acordo comJosé Miguel Júdice, o ano passado foi omelhor ano de sempre da Quinta dasLágrimas.

O novo edifício coloca à dis-posição, para além dos 15 novos quar-tos, um restaurante Aqua, com capa-cidade para 50 pessoas e voltado paraa piscina e fontes históricas. Este novoespaço de restauração vai co-existircom o anterior, reforçando a apostagastronómica. Disponibiliza tambémsalas de eventos, devidamente equi-padas para a realização de confe-rências, congressos e reuniões. Um novoSpa do Hotel é outra das novidades,um espaço de grande requinte onde osclientes podem desfrutar de uma piscinaaquecida, da sala de fitness, sauna,jacuzzi, banho turco e cabines demassagens.

Os 4 Elementos representam uminvestimento de 3,5 milhões de euros,uma verba apoiada pelo TerceiroQuadro Comunitário de Apoio.

�A Elegante�de parabénsA Sapataria “A Elegante”está de parabéns. Situada naBaixa de Coimbra, na RuaVisconde da Luz, estasapataria comemorou nasexta feira 65 anos aosserviço dos clientes.

Fundada pelo empresário AntónioPombo no dia 5 de Março de 1939, asapataria �A Elegante� transformou-se,ao longo dos anos, numa casa emble-mática e de referência na área dasapataria, que procura cativar a suaclientela com a simpatia e com um serviçode qualidade.

Gerida actualmente por MariaJoão Pombo, a sapataria �A Elegante�obteve agora, por ocasião do seuaniversário, a exclusividade da co-mercialização para toda a região Centroda famosa marca �Carcavelos�, sapatosde senhora que até então só se vendiamem Lisboa e Inglaterra.

Para além desta casa em Coimbra,�A Elegante� tem também uma filial naFigueira da Foz onde também temcativado a clientela.

Euro�2004

Internacional Houseprepara funcionáriosA Internacional House vaiensinar inglês aosfuncionários da CâmaraMunicipal de Coimbra, deforma a prepará-los para oEuropeu de Futebol de 2004.

Com a aproximação do Euro�2004,e tal como aconteceu com a AllianceFrançaise de Coimbra, a autarquiaefectuou contactos com diversas escolasde inglês de Coimbra, como a British

Council, a Cambridge School e Interna-cional House.

Dada a grande adesão dos funcio-nários da Câmara à iniciativa, a escolhaacabou por recair na InternacionalHouse, que tinha capacidade para darresposta ao volume de inscrições.

Como Coimbra vai ser a cidadeanfitriã da Selecção da Inglaterra, aautarquia quer preparar os funcio-nários para melhor receber o evento.Cerca de 150 funcionários já se inscre-veram na formação.

Império Bonançaem CoimbraA companhia de segurosImpério Bonançainaugurou, na segundafeira, as suas primeirasinstalações em Coimbra,na Avenida FernandoNamora, n.º 147.

A cerimónia inaugural foi presi-dida pelo administrador da companhia,Francisco Lino, e o novo espaço vai sergerido por Elsa Gaspar, Manuel Joa-quim e Dinis dos Santos.

Com este investimento, a com-panhia Império Bonança pretendeoferecer um vasto leque de serviços, emhorário alargado e com aconselhamentoa cada cliente.

A segurado passa a estar acessívelaos clientes através deste balcão, ondeo cliente pode aceder a todos os serviçosImpério Bonança, desde crédito àhabitação, leasing, seguros, ActivoBanco 7, entre outros.

Funciona das 10 às 19 horas, en-cerrando para almoço das 13 às 14horas.

Restaurante promove semanas temáticas

�Taberninha� divulgagastronomia tradicionalO restaurante a“Taberninha”, na Praçado Comércio, em Coimbra,está a promover, até ao finaldesta semana, a “Semanado Polvo”, uma formade atrair mais clientesao estabelecimento.

Apostando em pratos tradicio-nais, José Gil, proprietário da �Taber-ninha�, pretende dar um novo dina-mismo ao seu restaurante, procurandofugir também da crise sentida um poucopor todos os campos de actividade.

�Comer bem a um preço excep-cional, do século passado� é a propostade José Gil que iniciou estas semanastemáticas há quatro semanas e quepromete prolongar a iniciativa, variandoo prato principal da ementa todas assemanas. Assim, para além dos pratoshabituais, os clientes vão poder sabo-rear nestes restaurante todas as se-

manas um prato tradicional a um preçobastante atractivo.

Até amanhã, os clientes podemsaborear uma refeição de polvo, queinclui o prato, pão e bebida, por apenas5,25 euros. Antes do polvo, passaramjá pela �Taberninha� a famosa e ape-

tecível �chanfana�, leitão, rancho àmoda de Coimbra e o capão.

José Gil ainda não estipulou qualserá a grande atracção da ementa dapróxima semana mas promete que vaicontinuar a apostar na gastronomiatradicional.

Atrair novos clientes, através da promoção da gastronomia tradicio-nal, é um dos objectivos do restaurante “Taberninha”

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2/03/04

12 OPINIÃO

Manuel Bontempo

de vez em quando�

O Homem e o MundoADIFER

O Homem é um ser humano, que vivena terra com tendências de melhorar omundo, mas por vezes com o seu orgulhoe ganância do poder, torna-se into-lerante, rebelde e maldoso.

É chocante e por vezes aterrador,o que vemos quase diariamente nasimagens negativas e impressionantes, quenos entram pela nossa casa, através dopequeno écran da televisão e o que lemosnos matutinos diários do nosso país.

São por vezes cenas eventual-mente chocantes, que mereciam a bolapequena vermelha, no canto direito doécran do televisor, que as crianças nãodeveriam ver à hora do telejornal,principalmente aquelas cenas que se têmpassado no Iraque, e que nós adultos,até nos apetece fechar os olhos, paraque as imagens sangrentas não fiquemno nosso pensamento.

O Homem perdeu a sua dignidade,cuida de si e não se preocupa com o seusemelhante, que sofre no seu dia a dia,em situações perversas.

O mundo está completamentelouco, perdeu a noção da respon-sabilidade, do pudor e da dignidade paracom o próximo.

O Homem julga-se poderoso edono do mundo, com a finalidade de

esmagar os mais pequenos e indefe-sos.

O presidente da América e seuscolaboradores, fizeram uma guerra, quepoderia ser evitada, destruindo umanação, com a sua prepotência e abusodo poder; dizendo que no Iraque haviamarmas ilícitas, que ameaçavam o mundoe nada foi encontrado. Também afir-mava que o terrorismo vinha daquelepaís, mas afinal o terrorrismo paira emquase todo o mundo.

A guerra acabou já há muito, masas mortes e o descalabro acontecemtodos os dias, em situações verda-deiramente dramáticas e chocantes, daparte dos iraquianos e das forças es-trangeiras, que lá se encontram.

Enfim, uma sociedade mundial emcrise.

Falando na situação do nosso país,as coisas não correm tão mal, mas nãopodemos olvidar os conflitos laborais,o desemprego, empresas a fechar, ainstabilidade nos postos de trabalho,jovens à espera do primeiro emprego, adroga, corrupção, violações e o tãofalado caso da Casa Pia, que mereceser esclarecido para bem do nosso paíse da justiça portuguesa.

Os políticos, não se entendem,provocam-se uns aos outros compalavrões, que não dignificam a nossa

democracia, parecendo crianças adiscutirem na hora do recreio.

No desporto, as coisas tambémnão têm corrido bem, com cenas tristes, principalmente aquela que vimos hápoucos dias, através da nossa televisão,sendo um interveniente uma pessoaligada a uma câmara municipal.

Estamos a menos de cem dias doEuro 2004, um evento que trás ao nossopaís muitos milhares de estrangeiros eestas cenas são pouco dignificantes parao nosso desporto e Portugal.

O mundo é um �palco� e cadainterveniente tem que desempenhar o seu�papel� com dignidade. A vida sem amoré uma desorientação, que o homemprovoca nos lares e os filhos são asvítimas principais. A insensatez dohomem actual, nem todos felizmente, nãopode desempenhar o seu �papel�, que lhefoi entregue para o palco da vida.

O homem entregou-se à vio1lênciae apresenta-se no �palco� da vida, masnão foi esse o papel que lhe foi indicadopelo encenador.

O homem veio ao mundo parapraticar o bem e não o mal.

O mundo está louco e como se podebanir a brutalidade do homem, semamor e sem fé?

Que este cenário do palco da vida,se desvaneça para bem da humanidade.

Tudo na vida se transforma.Já o Eclisiastes dizia que na vida

não há nada de novo. O que há é o�velho� dado com outras roupagens,que parecem novas.

O reconhecimento é intrínsecomesmo que haja mudanças correctas,idóneas, sem a pseudo originalidade quenão se compadece com a identidade, queseria um disparate paradoxo.

Nós aqui no Despertar através deoitenta e sete anos de vida fizemosmudanças gráficas, tipos, com o mesmodiscurso de acção, a favor de Coimbrae da sua Região, dum todo Nacional,que constitui só por si uma histo-riografia a preservar a dimensãocultural, social, económica, num vastocarácter intersubjectivo da respon-sabilidade.

A vida, num entanto, e sobretudona crise que o país atravessa (sem umadesejada retoma) obriga, tantas vezes,as instituições, o comércio, a indústriaou a imprensa, a mudar para podersobreviver perante os sistemas globaisque defendem as organizações maiscompetitivas em oposição a um regio-nalismo personalista.

Vamos fazendo as nossas mu-danças dentro duma escola a bem dizerpedagógica e sem o frenesim dossistemas mediáticos que é uma ordemde reconhecimento do nosso longopassado usando a nossa vocaçãonarrativa face à cidade de Coimbra e

ao País, na aplicação das regras maiselementares e na identificação do rostodo mais antigo Jornal de Coimbra, com87 anos de vida, em várias interacçõeshumanas que possam ajudar a so-ciedade portuguesa onde todos têmobrigação de se sentirem inseridos eprestáveis.

Mudámos um pouco na nossaroupagem. Mas mudámos e as nossascapacidades são as mesmas, queesperamos que se mantenham com aajuda dos nossos anunciantes, assi-nantes, colaboradores que são todossujeito do direito, de todos construirem favor duma causa colectiva que sedefina no plano antropológico naenumeração dum mundo vasto a bemdo homem e da cidade no mundo.

Despertar tem uma vida já extensae uma dimensão social cheio de poten-cialidades humanas, e teve momentosde apogeu e outros menos bons, e nestacrise da sociedade portuguesa seria útilque os �seus amigos, que são muitos� seunissem em torno deste baluarterepublicano que lutou sem desfa-lecimento pela Democracia com algunsdos seus colaboradores do tempo daoutra senhora sofrerem os rigores daprisão.

Tem o seu espaço público. É umainstituição distinta.

De bi-semanário passa a sema-nário mas fica nele o povo, a nação,região, classes, gente que é seu pulsar.

A vida hodierna implica mudança.E nós não podiamos fugir a esta regrabasilar.

apontamento

Mudar, a propósitodum aniversário venerando

Podemos ter outro tipo gráfico,surgir mudanças na primeira página,nós sabemos lá, mas a nossa forçamoral ou comum é viver nesta comu-nidade histórica que se chama Coim-bra, a sua periferia extensa, nunca olvi-dando o País, numa dimensão políticade fazer notícia, reportagem, crónica,crítica, onde todos tem o seu lugar semo seu lugar sem partidarismos.

Mudámos um pouco! É uma ambi-ção limitada!

Fixámos nesta mudança os usoscontextuais contemporâneos, sem nadaretrógado, pois acompanhamos estahistória do conhecimento histórico daDemocracia.

Pulripartidário as suas páginastem obrigações - como termo de respon-sabilidade com a República, Demo-cracia, Coimbra, Região, País e oHomem - em primeiro lugar.

Esta mudança de bi-semanáriopara semanário é uma presença mar-cante na tradição da imprensa regionale define-se por uma ideia directora quevai ao encontro dos nossos prezadosassinantes, anunciantes, os amigos, numdesejo de uma relativa actualização enuma leitura de oitenta e sete anos numsingular dossier-balanço!

Amigos: somos os mesmos!Contamos sempre com a legião dos

leitores deste antigo Jornal, dos maisantigos deste país, a nível regional, dosanunciantes, assinantes, num preito demérito por quem tanto tem feito porCoimbra e o Distrito.

E pelo País!

Carta para a mulher

Dr.ª Manuela Ferreira LeiteFlorindo Pinto

Gerir a �casa grande�, com a dimensãodo Ministério das Finanças, dizem-menão ser tarefa fácil. Não será tarefa fácil,até admito que assim seja, mas é, issosim, tarefa para executar. E as tarefasassumidas, por mais árduas que seapresentem, são para cumprir no respeitopela seriedade das causas e dos valoresenvolvidos.

Acredito na capacidade de trabalhoe discernimento de ideias.

E porque sempre pensei e continuoa pensar, que a arte de gerir os dinheiros�caseiros�, era melhor interpretada e commaior rigor executada pela mulher, talvezpor influência de uma vivência de criançae adolescente bem �apertada�, e do�perceber� como a minha mãe, operária,controlava o parco orçamento semanal,confio na mulher e, por assim pensar,optei pelo dirigir esta carta à mulher que,na circunstância, é Ministra.

Nos tempos de hoje muito se falade dificuldades económicas. Para se obteras receitas, consideradas de necessáriaspara a cobertura dos nem sempre indis-pensáveis custos, aos mais diversificadosmétodos se recorre.

O tentar equilibrar das Finanças éo caminho que se está a percorrer e aintenção de que se fala em Portugal e nomundo.

Colaborar para que a meta sejaatingida, em Portugal, é obrigação detodos nós. Nesse sentido e de Lisboa,chegou o alerta à população na mensagempublicitária difundida em alguns órgãosde informação nacional, com a assina-tura do Ministério a que preside a mulhera quem me dirijo.

�O pedir de factura�, neste mundode negócios complicados e, em algunscasos, �protegidos�, é sugestão certa eperfeitamente entendível.

Mas, Senhora Ministra, para queserve o pedir das facturas, se o cliente domontante gasto não tem uma com-pensação definida, pessoal e particular?

Não. Não me venham dizer que�todos ficam a ganhar�. Esqueçamos avantagem que devia ser global, que é umarealidade incontestável, porque maisimpostos alguns passavam a pagar. Paraquem, questiona o povo.

A associação a que presido, nestahora de cumprimento das formalidadeslegais, �abriu as portas� aos reformadospara lhes preencher, sem o cobrar de umqualquer cêntimo, as declarações do IRS.

O montante dos rendimentos(reforma), a manifestar por aquelaspessoas, na grande maioria dos casos, éde valor a rondar o confrangedor. E namaioria dos casos as despesas com asaúde são avultadís-simas.

E é por via destas �coisas� que medecidi pela feitura desta carta.

Alguns �reformados�, aqueles quenão se aperceberam da inutilidade do�pedir factura�, apresentam na nossamesa de trabalho papeis de despesa, malembrulhados, mas que durante um anoforam guardados com zelo na esperançade que�Papéis que são facturas e quedeviam ser respeitadas desde queenquadradas nas despesas de saúde� queo modelo 3, anexo H prevê. São papéis,simples papéis, para os quais olho com ocoração partido� e lhes digo, arcandocom o seu olhar entristecido, que aquilosão só papéis e que são para lançar �ao

gato�.O �esquecimento� de os referen-

ciar, por desnecessário aos olhos deLisboa, no tal impresso, tem algumacompensação porque implica a poupançaao contribuinte de 0,42 euro. A SenhoraMinistra não �vende� aquele impresso.

Mas a venda, ou não, do impressoé só, e não devia ser, um pormenor desomenos importância. A importância doque é importante está, também, no factode determinado cidadão que aufere uns�cêntimos�, em rendimento de miséria,para além do previsto pelo mínimoestabelecido pelo Ministério da Saúde,acaba por ficar sem o acesso ao cartãode beneficiário �pobre�, mesmo que naprocura de saúde gaste o que a �bocaprecisa�.

Esta deliberação não é justa. OMinistério da Saúde deve rever o sistema,contornar e eliminar o que de injusto nomodelo em prática emerge.

O Ministério da Segurança Socialtem uma oportunidade de atenuar o�sofrimento� daqueles que trabalharamuma �eternidade� e recebem uma �mes-quinhice�.

E para que o povo melhor passe aviver, e a sobreviver, recebendo mais do�social� e pagando menos na �saúde�, amulher a quem me dirijo só tem quegarantir aos contribuintes uma deter-minada percentagem, que se mostrecompensatória para ambas as partes, acalcular e a fazer incidir sobre o montan-te das despesas (compras) efectuadase confirmadas com documentos váli-dos.

O reembolso dessa percentagemsobre os custos de um ano de triste�investimento�, implicaria o inevitávelregisto de um imensurável aumento dasvendas e de serviços prestados que,traduzidos em rendimentos sujeitos àtributação de impostos, seriam um grandecontributo para o Estado mais receber, opobre ficar menos pobre, a saúde nãoser tão dispendiosa e a �reforma� deixarde ser, como é em alguns casos, �demiséria�.

Se a minha mãe operária fosse viva,sobre este assunto, não deixava de meouvir e ler. Se a minha mãe operária fosseviva, em nome dela e dos pobres,aproveitava a ideia que aqui fica expres-sa, e à outra mulher, que é Ministra,aconselharia o atenuar de uma injustiçae as Finanças, mesmo pagando um poucomais aos pobres, ficavam com a pos-sibilidade de registar avultada receita.Se a minha mãe operária fosse viva, nãodeixava de dizer à mulher a quem medirijo para ponderar a situação quePortugal enfrenta, e que tantas vezes étristemente anunciada, e que em nomeda justiça social não hesitasse em imporo rigor das vendas e das compras, o quetraduzido à letra significaria ir ao bolsodaqueles que �se orientam� no mundo dasaúde, de lá tirar o que de todos é e quesem a tal factura, factura para uns epapéis para outros, é apenas de quemestá �protegido pelo sistema�.

Se uma percentagem sobre osindispensáveis custos destinar aos�pobres�, que será paga pelos �ricos�, opobre perante o resto do mundo nãoandará a tanto �esmolar�.

Dos reformados que conheço,muitos deles não �estendem a mão�, porvergonha.

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12/03/04

DESPORTO 13

AndebolLiga Profissional

J V E D F-C P

1 ABC 15 11 0 4 430-384 22

2 FC Porto 13 10 1 2 358-302 21

3 A. Santas 15 9 1 5 393-360 19

4 Sporting 14 9 1 4 364-309 19

5 Madeira SAD 14 7 3 4 341-317 17

6 Belenenses 15 7 1 7 420-402 15

7 G. Sul 15 6 1 8 350-382 13

8 Fafe 15 4 2 9 409-419 10

9 Setúbal 15 4 2 9 337-383 10

10 A. Moinho 15 0 0 15 308-452 0

C L A S S I F I C A Ç Ã O

SUPERLIGA I I LIGA II DIVISÃO - ZCentro III DIVISÃO - Série C III DIVISÃO - Série D

J V E D M S P

1 FC Porto 25 20 5 0 56 15 65 2 Sporting 25 18 4 3 47 23 58 3 Benfica 25 15 6 4 48 25 51 4 Nacional 25 12 4 9 43 28 40 5 Sp. Braga 24 11 6 7 24 26 39 6 Marítimo 25 9 11 5 27 23 38 7 Boavista 25 9 10 6 24 20 37 8 Beira Mar 25 10 6 9 34 33 36 9 Rio Ave 24 8 9 7 28 23 3310 Moreirense 25 7 9 9 20 27 3011 Alverca 25 8 5 12 28 31 2912 Gil Vicente 25 6 10 9 34 32 2813 U. Leiria 25 6 8 11 29 39 2614 Belenens. 25 5 9 11 28 47 2415 Académica 25 6 4 15 23 31 2216 Guimarães 25 4 9 12 23 34 2117 P. Ferreira 25 6 3 16 18 39 2118 E.Amadora 25 3 4 18 17 55 13

J V E D M S P

1 Varzim 25 14 5 6 36 27 47 2 Estoril 24 13 6 5 43 27 45 3 Penafiel 25 13 6 6 39 26 45 4 V. Setúbal 25 11 10 4 48 33 43 5 Naval 25 11 7 7 37 27 40 6 Salgueiros 25 12 4 9 38 31 40 7 Maia 25 10 5 10 36 41 35 8 Desp. Aves 25 10 5 10 33 39 35 9 S. Clara 25 8 9 8 32 32 3310 Leixões 25 7 11 7 32 34 3211 Feirense 25 7 10 8 35 33 3112 Portimon. 25 7 9 9 27 28 3013 Felgueiras 25 8 6 11 27 29 3014 D. Chaves 25 7 9 9 26 37 3015 Ovarense 25 7 8 10 35 41 2916 Marco 25 6 6 13 24 39 2417 U. Madeira 24 3 11 10 28 36 2018 Sp. Covihã 25 5 3 17 23 39 18

J V E D M S P

1 Torreense 27 15 8 4 42 18 53 2 S. Espinho 27 16 5 6 46 29 53 3 Esmoriz 27 13 10 4 43 29 49 4 Sanjoan. 27 14 6 7 41 30 48 5 A. Viseu 27 13 7 7 39 31 46 6 Oliveiren. 27 12 7 8 43 30 43 7 U.Lamas 27 13 4 10 44 33 43 8 Fátima 27 12 6 9 36 37 42 9 Alcains 27 10 10 7 42 41 40 10 Caldas 27 11 6 10 37 42 39 11 Vilafranq. 27 10 5 12 35 32 35 12 Portomos. 27 6 14 7 38 35 32 13 O. Bairro 27 7 9 11 31 39 30 14 Pampilho. 27 7 8 12 46 46 29 15 Académ. B 27 7 7 13 35 46 28 16 Pombal 27 7 7 13 28 44 28 17 Águeda 27 6 9 12 28 47 2718 Marinhens. 27 7 5 15 22 34 2619 O.Hospital 27 5 9 13 24 45 2420 Estarreja 27 7 2 18 31 43 23

J V E D M S P

1 P. Castelo 24 15 5 4 34 18 50 2 Tourizen. 24 13 8 3 43 27 47 3 Cesarense 24 12 8 4 34 19 44 4 Anadia 24 11 8 5 30 16 41 5 S.J. Ver 24 11 4 9 37 31 37 6 Tocha 24 10 5 9 29 26 35 7 Milheiroen. 24 10 4 10 38 34 34 8 Lamas 24 9 5 10 30 26 32 9 Arrifanen. 24 9 5 10 34 43 32 10 Gafanha 24 9 4 11 25 34 31 11 U. Coimbra 24 8 6 10 29 35 30 12Arouca 24 8 5 11 28 35 29 13Mangualde 24 6 10 8 27 26 28 14Satão 24 7 6 11 24 37 27 15Valecambr. 24 6 8 10 31 33 26 16 Santacom. 24 6 7 11 25 34 25 17 F.Algodres 24 5 8 11 31 35 23 18 A.Beira 24 5 6 13 19 39 21

J V E D M S P

1 Abrantes 24 17 4 3 56 19 55 2 BC Branco 24 16 7 1 44 10 55 3 Sourense 24 14 6 4 49 26 48 4 Peniche 24 14 3 7 36 19 45 5 T. Novas 24 14 2 8 46 36 44 6 Riachense 24 12 6 6 35 19 42 7 Rio Maior 24 12 6 6 42 30 42 8 Lourinhan. 24 11 8 5 32 26 41 9 Idanhense 24 11 6 7 34 26 3910 Fazend. 24 10 4 10 37 32 3412 Caranguej. 24 9 4 11 40 35 3111 Benediten. 24 7 8 9 32 35 2913 Bidoeiren. 24 8 3 13 36 35 2714 Alcobaça 24 5 4 15 18 43 1915 Sertanen 24 4 6 14 18 36 1816 Alq. Serra 24 5 1 18 16 49 1617 Mirense 24 3 5 16 17 57 1418 U. Almeir. 24 2 1 21 13 68 7

BasquetebolLiga TMN

% J V D

1 Porto 76 25 19 6

2 Queluz 75 24 18 6

3 Ovarense 67 24 16 8

4 Belenenses 64 25 16 9

5 Oliveirense 64 25 16 9

6 Barreirense 50 24 12 12

7 Lusitânia 40 25 10 15

8 Ginásio 40 25 10 15

9 Benfica 36 25 9 16

10 Seixal 36 25 9 16

11 CAB 32 25 8 17

12 Aveiro Basket 21 24 5 19

Portugal2004

Coimbra apostana união dos adeptosAdeptos portugueses,ingleses e suíçosreuniram-se na segundafeira, em Coimbra,para delinear iniciativasde convívio duranteo Campeonato da Europade futebol de Portugal2004,que se disputa entre12 de Junho e 04 de Julho.

Um torneio quadrangular entreadeptos dos três países no dia doInglaterra-Suíça (Grupo B), que terálugar em Coimbra, a 17 de Junho, bemcomo um convívio no dia anterior, paraassistir ao Portugal-Rússia, foram asactividades já estabelecidas.

Os representantes dos adeptos in-gleses e suíços reuniram-se com elemen-tos da Mancha Negra, principal claqueda Académica, para promover asiniciativas em Coimbra, que acolhe oInglaterra-Suíça e o Suíça-França, jo-gos de um grupo do qual também fazparte a Croácia. �Estamos em Coimbrapara reunir com os adeptos portuguesesa fim de fazer uma grande festa deconvívio no dia do Inglaterra-Suíça�,explicou o inglês Kevin Miles, daFootball Supporters Federation.

Antes da reunião com os repre-

sentantes da claque portuguesa, DavidZimmermann, da Fan Project da Suíça,Kevin Miles e respectivas comitivasforam recebidos na Câmara Municipalde Coimbra pelo vereador do desporto,Nuno Freitas.

Este diz-se um apoiante incon-dicional das iniciativas dos adeptosingleses e suíços para o Euro2004.

�Acreditamos que a criação de umaatmosfera de sã convivência e de grandeespírito desportivo será a chave dosucesso do Euro2004.

Esperamos que a atmosfera jovemde Coimbra contagie os adeptos estran-geiros. Para isso vamos dar resposta àssuas necessidades, criando as FanZones�, afirmou o vereador.

A Câmara Municipal de Coimbraestabeleceu um protocolo com a Inter-nacional House para ministrar umcurso intensivo de inglês para fun-cionários da autarquia. Anteriormente,a Associação Comercial de Coimbrateve igual iniciativa em relação aos seusassociados, os comerciantes.

Dragões surpreendem clube mais rico do mundo

FC Porto de �última hora�afasta Manchester UnitedUm golo de Costinha numarecarga aos 90 minutosvaleu, na terça feira, oapuramento do FC Portopara os quartos-de-final daLiga dos Campeões defutebol, após o empate 1-1imposto no recinto dopoderoso Manchester United,em Inglaterra.

Num encontro disputado sob umaatmosfera impressionante, os campeõesportugueses tiveram a virtude de acre-ditar e lutar até ao fim, altura em queconquistaram a merecida qualificação,após duas mãos em que foram global-mente superiores, embora desta veztenham visto o árbitro ajudar, ao anularmal um golo ao adversário.

Num terreno adverso, a exibiçãodos �dragões� foi paciente e serena,embora tenha pecado pela falta decapacidade para desequilibrar no últimoterço do terreno... até que Costinhavoltou a marcar um golo decisivo, numarecarga oportuna a livre de McCarthy.

Este foi ainda o primeiro resultadopositivo do conjunto portuense em soloinglês, frente a uma equipa que ainda nãotinha sofrido golos em casa na Ligamilionária. Com carácter e determinação,o detentor da Taça UEFA surpreendeu oclube mais rico do mundo e continua semperder fora nesta edição da �Champions�.

Com um �onze� muito respeitador,o Manchester United não foi a equipaque costuma triturar os adversários emcasa - faltou-lhe mais tempo de controloda bola e determinação para �matar� ojogo - e sofreu um revés que deixa a suaépoca muito comprometida, uma vez quea Liga inglesa parece já uma miragem.

José Mourinho apresentou a equipaanunciada - Costinha no lugar do le-sionado Pedro Mendes - mas Alex Fer-guson surpreendeu com um esquematáctico pouco arrojado, privilegiando opovoamento do meio campo, de forma aequilibrar uma luta que perdeu clara-mente no Estádio do Dragão.

Nistelrooy foi o único ponta-de-lança num �onze� que não contou com

Cristiano Ronaldo nem Saha e ondesurgiram duas surpresas:

Fletcher e Djemba Djemba. No eixoda defesa, Wes Brown manteve atitularidade, pois Silvestre ainda nãorecuperou de lesão.

Como lhe competia, o ManchesterUnited assumiu a iniciativa do jogo,disputou todos os lances no limite einstalou-se no meio campo portista, massem criar perigo: um �disparo� de PaulScholes, de livre indirecto, foi a únicaameaça a Vítor Baía.

O FC Porto só conseguiu assentarjogo por volta dos quinze minutos:segurou melhor a bola e subiu no terreno,mas ainda longe da baliza de TimHoward.

O jogo estava agora mais equili-brado, muito táctico e continuava poucoemotivo, até que Costinha, algo irregular,isolou...

Nistelrooy, valendo a saída arro-jada de Vítor Baía, que lhe roubou bolados pés.

Os campeões portugueses detinhammaior posse de bola (58% no final) epareciam segurar o ímpeto inglês quandoO�Shea (32) ludibriou Paulo Ferreira ecruzou para o coração da área ondeapareceu Scholes, liberto, a cabecear àvontade para o golo (1-0).

Pouco objectivo e ousado, o FCPorto só por uma vez criou perigo,quando Carlos Alberto aproveitou umafalha de Djemba Djemba para rematar,

mas o guarda-redes defendeu com os pés.Na recarga, Maniche, em boa posição,atirou por cima.

Já no período de compensação, abola chegou a Scholes e o médio atiroupara o fundo das redes, mas o árbitroauxiliar errou, ao assinalar fora de jogoinexistente.

Depois de Mourinho ter sidoobrigado a render o lesionado JorgeCosta por Pedro Emanuel na primeiraparte, Alex Ferguson arriscou e alargoua frente de ataque após intervalo, com aentrada de Saha, mas foi Carlos Albertoo primeiro alvejar a baliza, com o remateque saiu enrolado e ao lado.

Com a eliminatória perdida, os�dragões� controlavam o esférico, masnão criavam perigo. Para aumentar opoder de fogo, Mourinho apostou emJankauskas e tirou Carlos Alberto.

O jogo continuava longe das balizasaté que, num dos melhores lances dos�red devils�, Paulo Ferreira (68) travouaquele que parecia ser um remate certeirode Nistelrooy - na resposta, Alenitchev,sem marcação, errou o alvo por pouco.

Na parte final da partida assistiu-se ao FC Porto a tentar chegar ao golo,mas sem criar perigo, até que, aos 90minutos, Costinha silenciou Old Trafforde levou à euforia os cerca de 3.000adeptos lusos.

Já na fase de compensação, NunoValente evitou, em cima do risco fatal, ogolo do Manchester e o prolongamento.

Costinha abre o “supermercado” e arruina a “mercearia”

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2/03/04

GERAL14

Solidariedade no feminino

Dia da Mulher comemorado na Casa dos PobresCerca de 50 mulheres,de todas as idades e das maisdiversas actividadesprofissionais, estiveramreunidas, na segunda feira,na Casa dos Pobres deCoimbra, num animadoalmoço de confraternizaçãoque serviu para assinalartambém o Dia Internacionalda Mulher.

Há muito na �forja�, até porqueera preciso contrariar a tendência dena Casa dos Pobres só se realizaremalmoços com homens, este almoçoconquistou, desde logo, a simpatia detodas as mulheres convidadas e onúmero de presenças só não foi maiselevado porque o espaço não dava paramais.

Maria Luísa Rodrigues, ex-pre-sidente da ACIC e proprietária da CasaLuísa Antiguidades, e Palmira Pedro,presidente da Junta de Freguesia de

Almedina e adjunta do GovernadorCivil, foram as grandes promotorasdeste encontro que, como afirmou MariaLuísa Rodrigues, deve ser �apenas o

início de um conjunto de iniciativas quenão podem morrer aqui�.

Mais do que comemorar simbo-licamente o Dia Internacional da Mu-lher, as cerca de 50 participantes quise-ram, de forma solidária, contribuir paramelhorar o dia a dia de todos quantosrecorrem à Casa dos Pobres e contri-buir para permitir aos utentes um diadiferente e mais risonho.

Durante este convívio, houve detudo um pouco: cantou-se o fado,declamaram-se poemas, soletraram-sepalavras sobre a importância da mulher,ofereceram-se rosas aos utentes, umquadro com uma quadra à Casa dosPobres e, entre um evento e outro, sa-boreou-se o cozinho à portuguesa, umprato que, segundo Aníbal Duarte deAlmeida, vice-presidente da Casa dosPobres - o único homem no meio de tan-tas mulheres-, é tão só �o melhor que sepode encontrar em Coimbra�.

Cerca de meia centena de mulheres participaram no almoço convíviodo Dia Internacional da Mulher

Desemprego feminino vai ser debatido amanhã em Coimbra

Mulheres batem homens no desemprego e maus tratosAs mulheres são as maisafectadas pelo desempregono distrito de Coimbrae a esmagadora maioriados que recorrem aogabinete local daAssociação de Apoioà Vítima, segundo dadosoficiais a que a Lusateve acesso.

Números do Instituto do Empregoe Formação Profissional relativos aodesemprego em Janeiro último no

distrito de Coimbra, revelam que de umtotal de 15.539 desempregados 9.416(cerca de 60%) eram mulheres.

Dados do gabinete da AssociaçãoPortuguesa de Apoio à Vítima (APAV)- que atende queixas de toda a região,mas em que o distrito de Coimbrapredomina - indicam que 87,6% daspessoas que recorreram à estrutura em2003 eram mulheres.

A queixa mais frequente é aviolência doméstica e do total de pessoasassistidas 20,3% encontravam-sedesempregadas - revelou à agência Lusaa gestora do gabinete, Natália Cardo-so.

O perfil da vítima estabelecidopela APAV a nível nacional define-auma mulher com idade entre os 26 eos 45 anos, inserida numa famílianuclear, com uma distribuição idên-tica pelas situações de emprego edesemprego.

Segundo o coordenador da Uniãodos Sindicatos de Coimbra (USC/CGRP-IN), António Moreira, o valorglobal do desemprego em Janeiro nodistrito ultrapassará os 16 mil, au-mentando também de forma significativao número de desempregadas, devido aoencerramento recente de várias uni-dades dos sectores têxtil e cerâmico, nos

JUÍZOS CÍVEIS DECOIMBRA5.º Juízo Cível

ANÚNCIO1.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 339/2002Execução OrdináriaN/Referência: 793341Data: 03-03-2004Exequente: Banco Totta & Aço-

res, S.AExecutado: António José Pinto

Amaro e outros…

Correm éditos de 20 dias paracitação dos credores desconhecidos quegozem de garantia real sobre os benspenhorados aos executados abaixoindicados, para reclamarem o pagamentodos respectivos créditos pelo produto detais bens, no prazo de 15 dias, findo odos éditos, que se começará a contar dasegunda e última publicação do presenteanúncio.

Bens penhorados:TIPO DE BEM: ImóvelREGISTO: 00316/100293, Oliveira

do Hospital - Conservatória do RegistoPredial

ART. MATRICIAL: 543, Oliveira doHospital - Serviço de Finanças

DESCRIÇÃO: Prédio urbano sito naQuinta do Chão do Bispo, composto deterreno para a construção urbana, Loten.º 15, com a área de 850 m2.

PENHORADO EM:10-10-2002 00:00:00PENHORADO A:EXECUTADO: Alina Maria Dias

Saraiva Amaro, estado civil: Casada,Identificação fiscal: 175.260.117, BI:7389361, Endereço: Rua Dr. João AlmeidaSantos, Lote 10, 4.º Centro, Oliveira doHospital, 3400 Oliveira do Hospital.

EXECUTADO: António José PintoAmaro, estado civil: Casado, Identificaçãofiscal: 157.961.818, BI: 4256276, Ende-reço: Quinta Chão do Bispo, Lt 15,Bobadela, Oliveira do Hospital.

O Juiz de Direito,Luis Cravo

O Oficial de Justiça,Virgínia Bastos

“O Despertar” N.º 8283, de 04/03/12

Manoel de Oliveira filma�O V Império� em Coimbra

quais predomina o sexo feminino.O �fracasso do governo em asse-

gurar uma política de emprego� quesalvaguarde as empresas que têmcondições para continuar a laborarassociado a uma �forte especulaçãoimobiliária� são, para António Moreira,as principais causas do desemprego nodistrito.

Apesar de engrossarem as fileirasdo desemprego, as mulheres constituema maioria no total de portugueseslicenciados: no ano lectivo 1999/2000,em cada 100 diplomados com um cursosuperior 65,6% eram do sexo feminino- revela um estudo apresentado em

Coimbra por Eugénio Rosa, da CGTP-IN.

Mais três empresas têxteis doconcelho de Coimbra - a Usid, a Jackere a Textilândia - estão ameaçadas peloencerramento, abrangendo cerca de 400trabalhadores, dos quais 95% sãomulheres - alertou recentemente oSindicato do sector.

O desemprego feminino no distritode Coimbra vai ser debatido amanhãnum colóquio promovido pelo Depar-tamento Federativo das MulheresSocialistas de Coimbra, no âmbito doDia Internacional da Mulher, que secomemorou na segunda feira.

Agenda desportiva

O que se joga em Coimbra:

Domingo - Futebol:• Académica-MoreirenseEstádio Cidade Coimbra (16 h)

Basquetebol:• Olivais FC-CAB MadeiraPavilhão do Olivais (17h)

Transmissões televisivasSábado - RTP - 21.15h• FC Porto-BoavistaSPORTV - 17.15h• Sport. Braga-P.Ferreira19.30h• Belenenses-Nacional

Domingo - SPORTV 19h• Benfica-Marítimo

Segunda - SPORTV - 19.45h Sporting-Alverca

A rodagem do filme “O VImpério - Ontem comoHoje”, de Manoel deOliveira, passou esta semanapor Coimbra,nomeadamente pela Igrejade Santa Cruz, onderepousam os restos mortaisdo rei D.Afonso Henriques.

Baseado na peça de José Régio �ElRei Sebastião�, Manoel de Oliveirafilmou segunda-feira cenas neste mo-numento - com o estatuto de PanteãoNacional -, tendo partido na terça feirade Coimbra após uma visita à exposição�Memórias de Santa Cruz�, patente naSala da Cidade.

�D.Sebastião visita o túmulo deAfonso Henriques e pede-lhe a suaespada, porque isso lhe dava força paraos seus empreendimentos�, afirmou aosjornalistas o realizador, após ter visitadoa exposição, acompanhado pelo presi-

dente da Câmara de Coimbra, CarlosEncarnação.

A figura do rei D.Sebastião, inter-pretada por Ricardo Trepa, é central naobra, cujo elenco integra ainda os actoresLuís Miguel Cintra, José Wallenstein,Glória de Matos, João Reis, NicolauPais, Ruy de Carvalho, José ManuelMendes, Luís Lima Barreto, RogérioSamora, António Reis e Miguel Gui-

lherme. Segundo Manoel de Oliveira, ofilme �respeita na íntegra� o texto de JoséRégio. �Esta União Europeia, com algode utópico, não deixa também de ter oseu sentido de V Império�, observou orealizador, que completou 95 anos emDezembro.

A estreia do filme, cuja rodagemvai prosseguir em Alcobaça, ainda nãotem data marcada.

Leia, Assine e Divulgueo jornal mais antigode Coimbra

Publicite no

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12/03/04

15TELEVISÃO

07.00 Euronews07.15 Zig Zag10.45 Quiosque11.00 Bombordo11.30 201012.30 Euronews13.00 Causas Comuns14.00 Hora Discovery15.00 Magazine: Música15.30 Entre Nós16.00 A Senhora da Rosa,

Natália Correia17.00 Causas Comuns18.00 A Fé dos Homens18.30 Tudo Em Família19.30 Zig Zag20.15 Quiosque20.30 Good Morning Miami21.00 Artes Plásticas21.30 Jornal 222.00 Mundos:

�Antigos Inventos�23.00 Parlamento00.00 Hora Discovery02.00 Artes Plásticas02.35 Etiqueta03.00 Televendas06.00 Euronews

06.45 Iô-Iô09.15 A Minha Família

É Uma Animação10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Rex, O Cão Polícia15.00 Às Duas Por Três16.45 O Jogo17.30 Agora é que são Elas18.30 Chocolate com Pimenta19.30 New Wave20.00 Jornal da Noite21.15 Chocolate com Pimenta21.45 Celebridade22.45 Kubanacan23.45 Lanterna Mágica:

�O Ataque dos Tubarões 2�01.45Sessão Especial

�Ed Gein�03.45 Os Recordes do Guiness

06.45 Iô-Iô09.15 A Minha Família10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Rex, o Cão Polícia15.00 Às Duas Por Três16.45 O Jogo17.30 Malhação18.30 Chocolate com Pimenta19.30 New Wave20.00 Jornal da Noite21.15 Chocolate com Pimenta22.15 Celebridade23.15 Kubanacan00.15 Noite de Cinema:

�A Réplica�02.15 Stargate03.15 Nova Geração

07.30 Diário da Manhã10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.15 Bons Vizinhos14.45 A Vida É Bela16.45 Quem Quer Ganha17.45 Queridas Feras18.30 Morangos com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.30 Ana e os 722.30 Morangos com Açúcar23.00 Queridas Feras23.45 O Teu Olhar00.00 Vidas Reais01.30 Filme:

�A Bela Tentação�02.30 Grown Ups02.45 TVI Negócios04.00 Adultos à Força05.00 Chiquititas

07.30 Diário da Manhã10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.15 Bons Vizinhos14.45 A Vida é Bela16.45 Quem Quer Ganha17.45 Queridas Feras18.30 Morangos com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.30 Morangos com Açúcar22.00 Queridas Feras23.00 O Teu Olhar00.00 Filme:

�Wall Street�02.15 Frasier03.00 Adultos à Força03.45 TVI Negócios04.00 Filme:

�Mr. Rock N� Roll�05.00 Chiquititas

07.30 Batatoon10.00 Um Cãozinho

Chamado Eddie11.00 Missa12.30 Oitavo Dia13.00 TVI Jornal14.00 Filme a designar16.00 Filme a designar18.00 Filme:

�Arma Mortífera 4�20.00 Jornal Nacional21.30 Morangos com Açúcar22.30 Olá Pai23.30 Filme a designar01.45 Filme:

�A Escrava do Prazer�02.15 Frasier04.00 Adultos à Força05.00 Chiquititas

06.55 Boletim das Pescas07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Os Lobos14.45 Portugal no Coração18.00 SMS - Ser Mais Sabedor18.30 Regiões19.20 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.10 A Caminho do Euro21.30 Um Contra Todos21.25 Contra-Informação22.30 Blonde00.00 Sessão da Meia Noite:

�The Simian Line�01.45 Vitorino Nemésio02.45 Povo que Canta:

�Michel Giacometti�03.55 Televendas

06.55 Boletim Agrário07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Os Lobos14.45 Portugal no Coração17.40 SMS - Ser Mais Sabedor18.15 Regiões19.15 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.10 A Caminho do Euro21.25 Contra-Informação21.30Um Contra Todos22.30 Prós e Contras00.30 Sessão da Meia-Noite:

�Anjo ou Demónio�02.30 Se Bem Me Lembro:

�O Adorável Mentiroso�03.55 Televendas

06.45 Totil Total09.00 Disney Kids10.00 Fun Totil12.00 O Nosso Mundo13.00 Primeiro Jornal14.00 Êxtase14.45 Rex, o Cão Polícia15.45 Dias do Cinema:

�Beaver, o Trapalhão�17.45 Sessão Aventura:

�Robin Hood,o Princípe dos Ladrões�

20.00 Jornal da Noite21.15 Os Malucos do Riso21.45 Snobs22.15 Celebridade23.15 Kubanacan00.15 Grande Filme:

�A Mansão�02.30 Sexappeal03.45 Querido Professor

06.45 Totil Total09.00 Disney Kids10.00 Fun Totil12.00 BBC Vida Selvagem13.00 Primeiro Jornal14.00 Cinema Palace:

�Um Golpe do Destino�16.00 Primeiro Balcão:

�Ace Ventura Em África�18.00 Chiado Terrasse:

�Seis Dias, Sete Noites�20.00 Jornal da Noite21.15 Só Gosto de Ti22.15 Herman SIC00.45 Maiores de 17:

�O Predador da Noite�02.45 Querido Professor03.45 Recordes do Guiness

07.00 Nós07.15 Zig Zag11.00 Pop Up11.30 Diga Lá Excelência12.30 Euronews13.00 Causas Comuns14.00 Hora Discovery15.00 Magazine: Livros15.30 Entre Nós16.00 Artur Pizarro -

Um Percurso Internacional17.00 Causas Comuns18.00 A Fé dos Homens18.30 Tudo em Família19.30 Zig Zag20.15 Quiosque20.30 Good Morning Miami21.00 Magazine: Música21.30 Jornal 222.00 A Hora da Sorte22.15 Sete Palmos de Terra23.00 Por Outro Lado00.00 Hora Discovery01.00 Magazine: Música01.30 Pop Up02.00 Euronews03.00 Televendas06.00 Euronews

07.00 Euronews08.00 Repórter RTP- 7 Dias09.00 Universidade Aberta12.00 Iniciativa13.00 Quiosque14.00 Desporto 219.00 201020.00 Zig Zag20.30 Pop Up21.00 Clube da Europa21.30 Jornal 222.00 A Hora da Sorte22.15 Loucura na Cornualha22.45 A Minha Família23.15 Onda Curta:

�As Três Épocas�00.15 Músicas:

�Michael Buble�01.15 Magazine03.30 Televendas06.30 Euronews

07.30 Batatoon10.00 Um Cãozinho

Chamado Eddie11.45 Lux12.30 Contra-Ataque13.00 TVI Jornal14.00 As Justiceiras16.00 Filme a designar18.00 Filme a designar20.00 Jornal Nacional21.15 Morangos com Açúcar22.15 Queridas Feras23.15 Coração Malandro00.00 Vidas Reais01.30 Filme:

�Vidas Diferentes�03.15 Grown Ups04.00 Paradox05.00 Chiquititas

07.00 Nós07.15 Zig Zag11.00 A Arte e a Matemática11.30 Por Outro Lado12.30 Euronews13.00 Causas Comuns14.00 Hora Discovery15.00 Magazine: Cinema15.30 Entre Nós16.00 Documentário17.00 Causas Comuns18.00 A Fé dos Homens18.30 Tudo Em Família19.30 Zig Zag20.15 Quiosque20.30 Good Morning Miami21.00 Magazine: Livros21.30 Jornal 222.00 A Alma e a Gente22.30 Bombordo23.00 Palco: Bailado Excelsior00.30 Hora Discovery02.00 Magazine: Livros02.30 Bastidores02.30 Euronews03.00 Televendas06.00 Euronews

07.00 Euronews08.00 Na Roça com os Tachos08.30 Mana África09.00 Caminhos09.30 70 X 710.00 Nós11.00 Novos Horizontes11.30 Vida Por Vida12.00 Eurodeputados12.30 A Alma e a Gente13.00 Ásia Indómita14.00 Desporto 219.00 Clube de Jornalistas20.00 Zig Zag20.30 A Arte e a Matemática21.00 Etiqueta21.30 Jornal 222.00 Vidas: �Picasso:

Magic, Sex and Death�23.00 Diga Lá Excelência00.00 Começar de Novo01.00 Top Mais02.00 Euronews03.00 Televendas06.00 Euronews

06.45 Iô-Iô09.15 A Minha Família10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Rex, O Cão Polícia15.00 Às Duas Por Três16.45 O Jogo17.30 Malhação18.30 Chocolate com Pimenta19.30 New Wave20.00 Jornal da Noite21.15 Chocolate com Pimenta22.15 Celebridade23.15 Kubanacan00.15 Levanta-te e Ri02.15 Querido Professor03.15 Born Free04.15 Os Recordes do Guiness

07.30 Diário da Manhã10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.15 Bons Vizinhos14.45 A Vida é Bela16.45 Quem Quer Ganha17.45 Queridas Feras18.30 Morangos com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.30 Morangos com Açúcar22.00 Queridas Feras23.00 O Teu Olhar00.00 Bora Lá Marina00.30 Filme:

�Quando Um HomemAma Uma Mulher�

03.00 Os Homens do Presidente03.45 Frasier04.15 TVI Negócios04.30 Adultos à Força05.00 Chiquititas

06.55 Boletim Agrário07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Os Lobos14.40 Portugal no Coração17.40 SMS - Ser Mais Sabedor18.15 Regiões19.10 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.10 A caminho do Euro 200421.25Contra-Informação21.30Um Contra Todos22.25 RTP Cinema:

�Erin Brokovich�00.50 Sessão da Meia-Noite:

�A Difícil Arte do Engate�02.40 Se Bem Me Lembro:

�Isto é Belgais�03.55 Televendas

07.00 Euronews07.30 Zig Zag10.45 Quiosque11.00 Etiqueta11.30 Conselho de Estado12.30 Euronews13.00 Causas Comuns14.00 Hora Discovery15.05 Magazine: Artes de Palco15.30 Entre Nós16.00 Beatriz Costa17.00 Causas Comuns18.00 A Fé dos Homens18.30 Tudo em Família19.30 Zig Zag20.15 Quiosque20.30 Good Morning Miami21.00 Magazine: Cinema21.30 Jornal 222.00 Grande Écran:

�Paris, Texas�00.30 Bastidores01.00 Hora Discovery02.10 Magazine: Cinema02.40 Clube dos Jornalistas03.40Televendas06.40 Euronews

07.00 Nós07.30 Zig Zag11.00 Clube da Europa11.30 Parlamento12.30 Euronews13.00 Causas Comuns14.00 Hora Discovery15.10 Magazine: Artes Plásticas15.35 Entre Nós16.00 João Cutileiro,

e Neste Nada Cabe Tudo17.00 Causas Comuns18.00 A Fé dos Homens18.30Tudo em Família19.30 Zig Zag20.15 Quiosque20.30 Good Morning Miami21.00 Magazine: Artes de21.30 Jornal 222.00 2423.00 Conselho de Estado23.55 Hora Discovery00.50 Artes de Palco01.15 201002.10 Euronews03.30Televendas06.30 Euronews

06.45 Etnias09.15 A Minha Família10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Rex, O Cão Polícia15.00 Às Duas Por Três16.45 O Jogo17.30 Malhação18.30 Chocolate com Pimenta19.30 New Wave20.00 Jornal da Noite21.15 Chocolate com Pimenta22.15 Celebridade23.15 Kubanacan00.15 Cine América:

�ALegião Dos Duros�02.15 A Mulher03.45 Os Outros04.40 Loucas Perseguições

07.30 Diário da Manhã10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.15 Bons Vizinhos14.45 A Vida é Bela16.45 Quem Quer Ganha17.45 Queridas Feras18.30 Morangos com Açúcar19.45 Benfica-Inter Milão21.30 Jornal Nacional22.30 Morangos com Açúcar23.00 Queridas Feras23.45 O Teu Olhar00.30 O Homem

Que Mordeu o Cão01.15 Cartaz das Artes02.00 Grown Ups02.45 Adultos à Força03.30 TVI Negócios03.45 Filme: �O Corvo Branco�05.00 Chiquititas

06.45 Iô-Iô09.15 A Minha Família10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Rex, O Cão Polícia15.00 Às Duas Por Três16.45 O Jogo17.30 Programa a designar18.30 Chocolate com Pimenta19.30 New Wave20.00 Jornal da Noite21.15 Chocolate com Pimenta21.15 Celebridade23.15 Kubanacan00.15 Papéis Reciclados01.15 Cartaz Cultural01.30 Século XX02.30O Fim do Mundo03.30 Born Free

06.55 Boletim Agrário07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Os Lobos14.45 Portugal no Coração17.00 Futsal: Taça UEFA18.30 Regiões19.15 O Preço Certo em Euros19.50 Direito de Antena20.00 Telejornal21.10 A Caminho do Euro21.25 Contra-Informação21.30 Um Contra Todos22.25 Debate da Nação23.30 Enzo Ferrari00.30 Sessão da Meia-Noite:

�Quem é o Meu Pai?�02.15 Se Bem Me Lembro:

�Amália�03.55 Televendas

07.30 Diário da Manhã10.00 Olá Portugal13.00 TVI Jornal14.15 Bons Vizinhos14.45 A Vida é Bela16.45 Quem Quer Ganha17.45 Queridas Feras18.30 Morangos com Açúcar20.00 Jornal Nacional21.30 Morangos com Açúcar22.00 Queridas Feras23.00 O Teu Olhar00.00 Eu Confesso01.30 Filme:

�Sem Tempo Para Amar�03.15 Frasier04.00 TVI Negócios04.15 Adultos à Força05.00 Chiquititas

06.55 Boletim Agrário07.00 Bom Dia Portugal10.00 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde14.00 Os Lobos14.45 Portugal no Coração17.00 Futsal: Taça UEFA18.15 Regiões19.00 O Preço Certo em Euros19.50 Direito de Antena20.00 Telejornal21.10 A Caminho do Euro21.25 Contra-Informação21.30Um Contra Todos22.25 RTP Cinema:

�O Amor da Minha Vida�00.00 Sessão da Meia-Noite:

�O Melhor Vencerá�02.00 Se Bem Me Lembro:

�E O Resto São Cantigas�03.55 Televendas

07.00 RTP Crianças10.00 Serengeti is Alive11.30 O Mundo Aqui12.00 Loja do Consumidor12.30 Bean13.00 Jornal da Tarde14.00 Top +15.00 Smallville II16.00 Filme a designar18.00 RTP, Retratos

De Uma Televisão19.00 O Preço Certo em Euros20.00 Telejornal21.15 Futebol:

FC. Porto - Boavista23.00 RTP Cinema:

�Copland, Zona Explosiva�00.45 Musical: Norah Jones01.45 O Tutor06.00 Televendas

06.55 Boletim das Pescas07.00 RTP Crianças10.00 Eucaristia Dominical11.15 Manhã Desportiva13.00 Jornal da Tarde14.00 Viva o 2004!14.30 Smallville16.15 RTP Cinema:

�O Relâmpago do Asfalto�18.15 Retratos de Uma Televisão19.00 Domingo Desportivo19.45 Milionário20.00 Telejornal21.15 Contra-Informação21.45 Um Contra Todos22.30 RTP Cinema:

�Corrupção na Cidade�00.15 O Tutor01.15 Cinema: �StarTrek 6:O Continente Desconhecido�

03.55 Televendas

Page 16: O Despertar – 8283 – 12.03.2004

última página

O SEMANÁRIO DAS SEXTAS FEIRAS

Sexta feira • 12 de Março de 2004 • Ano 87 • N.º 8283

Rua Pedro Roxa, 27 a 31 • 3000-330 COIMBRATel. 239 85 27 10/11/12 • Fax 239 85 27 19 • Email: [email protected]

Universitários contestamGoverno com floresEstudantes daUniversidade deCoimbra (UC)distribuíram, nasegunda feira, flores naBaixa da cidade, numaprimeira iniciativaincluída num programade contestação àpolítica do governopara o ensino superiorque decorre até1 de Abril.

A �Operação Flor�, ins-pirada num gesto idêntico rea-lizado pela academia coimbrã há35 anos, no âmbito da CriseAcadémica de 1969, foi uma dasacções aprovadas pelos estu-dantes em Assembleia Magna.

Os protestos dos univer-sitários de Coimbra, que come-çaram com a distribuição deflores, terminam com a parti-cipação na greve nacional deestudantes do ensino superior, noprimeiro dia de Abril, sob o lema�Dia da mentira: Ensino Supe-rior Público�.

�A contestação depende doesclarecimento, que é a pedra

fulcral do protesto�, disse opresidente da Associação Aca-démica de Coimbra (AAC).

Também na segunda feira,a AAC lançou a campanha �àdescoberta dos números�, quecompara os parâmetros dosistema de ensino português comos de outros países, e instalouum �Labirinto da Educação�,junto às Escadas Monumentais,que ligam o Largo D. Dinis àRua Oliveira Matos.

Uma sessão de esclareci-mento sobre a Lei de Bases daEducação, ontem, em Coimbra,uma �Marcha da Informação�,entre a Universidade e a Baixa,dia 17, e uma �Corrida da

Educação�, no dia a seguir, sãooutras iniciativas decididas pelaAssembleia Magna, por propostada direcção-geral da AAC.

Os alunos da UC vãoparticipar igualmente numamanifestação nacional no Dia doEstudante, 24 de Março, emLisboa, e num plenário nacionalde estudantes do Ensino Supe-rior, dia 16, em Coimbra.

Um manifesto dos estu-dantes da Universidade deCoimbra ao país, em defesa dosseus interesses, vai, entretanto,ser elaborado pela AAC eentregue ao governo, Assembleiada República e Presidente daRepública.

Os estudantes distribuiram flores na Baixa de Coimbra,em protesto contra a política do governo

publicitária. E oferecendo gratuitamente durante os próximos 12meses, pequenos anúncios (os chamados “classificados”) aosnossos assinantes.

Por outras palavras: a 35 cêntimos por semana continuará areceber em sua casa, todas as sextas feiras, o mais antigo jornal deCoimbra - que preservando os seus princípios, os seus valores e assuas convicções, tudo faz para honrar a sua memória e a sua história,na defesa intransigente e acérrima dos legítimos e superioresinteresses da nossa Coimbra - Cidade, Concelho, Distrito e Região.

Hoje é o primeiro dia do resto da nossa vida. Aí está “O Despertar”como semanário. Com novas secções e rubricas com mais actualidadee interesse. Com melhor paginação. Com maior atractividade.

Nesta hora de transição, seja-nos permitido sublinhar o trabalhomeritório de João Fonseca e de Paula Lousado, dois colaboradoresque durante anos a fio emprestaram muito de si mesmos ao nossoprojecto colectivo e que agora deixam de estar na primeira linhadeste renovado combate.

Caros amigos:Apelamos à vossa compreensão e à vossa consequente ajuda

à sobrevivência deste Jornal.Estamos convictos que, por razões históricas e sentimentais,

poderemos contar convosco, com a vossa generosidade e com avossa solidariedade.

“O Despertar” vai ultrapassar a situação que lhe foi criada. Umavez mais. Hoje como ontem.

É que “O Despertar”, por desejar ser cada vez melhor, tem aindamuito a dar àqueles que amam Coimbra. Com os olhos postos nofuturo. RUMO AO CENTENÁRIO!

ARTUR DE ALMEIDA E SOUSA(DIRECTOR)

EditorialContinuado da 1.ª Página

Exposição de olariamostra peças únicasMais de duas centenasde peças de olariaportuguesa, algumasúnicas e nuncaexibidas, integram umaexposição que foi onteminaugurada noPavilhão Centro dePortugal, em Coimbra,onde vai continuarpatente até 18 de Abril.

Intitulada �Olaria Portu-guesa: do Fazer ao Usar�, amostra inclui peças que remon-tam ao século VI Antes de Cristo(AC) - e que nunca foram mostra-das ao grande público - bem comoobras contemporâneas de PedroCabrita Reis, afirmou o vereadorda Cultura, Mário Nunes.

Do século VI AC, estãopatentes uma tigela com tampa -que ilustra a preocupação depreservar os alimentos com hi-giene - e uma taça circular - apre-sentada como exemplo da asso-ciação entre utilidade e qualidade-, adiantou Mário Nunes à Lusa.

De acordo com o vereador,trata-se da primeira exposição degrande envergadura dedicada à

olaria portuguesa.Talhas para armazena-

mento, alguidares destinados àpreparação de alimentos e tigelas,panelas ou assadeiras para a suacozedura, são alguns dos exem-plares da exposição.

Também podem ser apre-ciadas malgas e pratos grandesusados para servir à mesa, oscântaros com que as mulheresiam buscar água à fonte, canecas,bilhas, almotolias e púcaros, parao transporte, armazenamento eingestão de líquidos.

�A olaria para uso quo-tidiano está a desaparecer, assimcomo estão a desaparecer osvelhos oleiros que a produziam.Os oleiros que subsistem e fazemestas peças é mais como memóriade um tempo que passou do quepassou do que para abaste-cimento daqueles que as usam�,lê-se numa nota sobre a mostra.

A mostra, do espólio doClube das Artes, é a primeira deum conjunto de seis que a autar-quia programou para este anopara o Pavilhão Centro de Por-tugal.

Conta com o apoio do Cen-tro de Formação Profissional doArtesanato.

Hoje

“Cantar Coimbra”No Convento de S. Francisco,em Coimbra, decorre hoje eamanhã, pelas 21.30 horas, oFestival “Cantar Coimbra”,protagonizado pela Orquestrade Câmara de Coimbra.

“Passagem”O Teatrão estreia hoje, às21h30, no Museu dos Trans-portes, em Coimbra, o espectá-culo “Passagem”, um texto dePedro Eiras com encenação deAntónio Mercado. O espectá-culo estará em cena até ao dia28, de quarta a sábado, às21.30, e aos domingos às 18horas.

“Mulheres”Na Biblioteca Municipal Mi-guel Torga, em Miranda doCorvo, está patente ao público,até ao dia 29, a exposição“Mulheres”, promovida pelaautarquia e pela Associaçãopara o Desenvolvimento eFormação Profissional.

Exposição em ArganilNa Sala Guilherme Filipe, nacasa Municipal da Cultura, emArganil, está patente ao públi-co, até ao dia 31, uma exposi-ção colectiva de artistas plásti-cos do concelho de Arganil,promovido no âmbito do DiaInternacional da Mulher. Pa-ralelamente decorre, no átrioda Câmara de Arganil, umaexposição fotográfica da au-toria da Comissão para aIgualdade e para os Direitosdas Mulheres, intitulada “Ostrabalhos e os Dias. As mu-lheres do século XX”.

Rallye de GóisRealiza-se, hoje e amanhã, emGóis, mais uma prova doCampeonato Regional deRalis do Centro, numa orga-nização do Clube Automóveldo Centro e Câmara Mu-nicipal de Góis. Esta prova teráuma etapa, dividida por duassecções, com quatro ProvasEspeciais de Classificação(PEC), num total de 92,01 km,dos quais 36,8 disputados aocronómetro.

Amanhã

Exposição de fotosNa Galeria Santa Clara, emCoimbra, vai ser inauguradaamanhã, pelas 18 horas, aexposição de fotografia deCalhau P.. Esta mostra podeser visitada diariamente, entreas 14 e as 20 horas, até ao dia15 de Abril.

20 anos da EstudantinaA Estudantina Universitária deCoimbra (EUC), do grupo daSecção de Fado da AssociaçãoAcadémica de Coimbra, co-memora amanhã o seu 20.ºaniversário. Integrado nestascomemorações está a XIIIedição da Festuna – FestivalInternacional de Tunas deCoimbra, um evento que reúnealgumas das melhores tunasnacionais e internacionais.

Lena Gal na MinervaNa Galeria Minerva, em Coim-bra, vai ser inaugurada ama-nhã, pelas 18.30 horas, a expo-sição de pintura de Lena Gal.