o desenvolvimento dos relacionamentos sociais

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TRABALHO DE TTP O Desenvolvimento Dos Relacionamentos Sociais’ Docente : Profª Karina Younan Discentes: Antonio Cesar Soler Vilma Soares Psicologia – 4º ano – Diurno

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Page 1: O Desenvolvimento Dos Relacionamentos Sociais

TRABALHO DE TTP

‘O Desenvolvimento Dos Relacionamentos Sociais’

Docente : Profª Karina YounanDiscentes: Antonio Cesar Soler

Vilma Soares Psicologia – 4º ano – Diurno

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Helen BeeO desenvolvimento dos relacionamentos sociais

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Tipos de relacionamentos

- Vertical – apego a uma pessoa com maior poder ou conhecimento (pais, professores), função de proteção e segurança.

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- Horizontal – recíproco e igualitário, mútuo (companheiros da mesma idade) ; aprender cooperação, competição e intimidade.

(Ambos são importantes e complementares no desenvolvimento das habilidades sociais)

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A TEORIA DO APEGOJohn Bowlby

Influência teórica mais forte no estudo do relacionamento pais-bebê, seus teóricos são John Bowlby e Mary Ainsworth, influência psicanalítica e etológica.

A propensão a estabelecer sólidos vínculos emocionais com determinados indivíduos é um componente básico da natureza humana. (Bowlby, 1988)

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TEORIA DO APEGO - Conceitos Chave -

Vínculo afetivo Apego Comportamento de apego

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Vínculo afetivo – Definido por Ainsworth como um laço relativamente duradouro em que o parceiro é importante como indivíduo único e não pode ser substituído por nenhum outro.

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Apego – subtipo de vínculo afetivo particularmente intenso e central, no qual a presença do outro traz um senso especial de segurança e conforto para o indivíduo. Característico do vínculo da criança com os pais.

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Comportamento de apego – Comportamentos provavelmente instintivos de uma pessoa em relação à outra, que provocam ou mantém a proximidade e o cuidado, tais como sorrir, olhar, tocar e chorar.

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O VÍNCULO INICIAL

Marshall Klaus e John Kennel propuseram a hipótese de que as primeiras horas após o nascimento são um período crítico para o desenvolvimento do vínculo com o bebê.

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No entanto, outros pesquisadores como Myers constataram que o contato imediato não parece ser necessário nem suficiente para a formação de um vínculo afetivo estável e duradouro entre pais e filhos.

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Alguns estudos mostram certos efeitos benéficos a curto prazo do contato muito precoce; mas apenas nas mães que correm maior risco de problemas com a maternidade, ele pode realmente fazer a diferença.

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HABILIDADE INTERATIVA

Para a formação do vínculo faz-se necessário o estabelecimento de um padrão mútuo, uma sincronia, de comportamentos de apego.

Para o adulto, o essencial na formação do vínculo é a oportunidade de exercitar essa sincronia, quanto mais fácil e prazerosa ela for, mais sólida resulta o vínculo com o bebê.

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VINCULO ENTRE O PAI E A CRIANÇA

Inicialmente o repertório de comportamento é o mesmo, mas após as primeiras semanas a mãe cuida mais do bebê e o pai brinca mais, isto é definido pelos padrões culturais.

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O APEGO DO BEBÊ AOS PAIS

Bowlby descreveu três fases no desenvolvimento do apego:

Fase 1 – Orientação e Sinalização Não-Focalizadas – Nesta fase o bebê emite comportamentos que promovem proximidade, mas não dirigidos a uma pessoa específica; a partir das respostas vão se construindo as expectativas e esquemas de padrões de interação.

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Fase 2 – Foco em uma ou mais figura – A partir de três meses, a criança começa a dirigir seus comportamentos de apego, de modo mais intencional, sorri mais para quem cuida, e menos para desconhecidos; mais ainda não desenvolveu um apego seguro, não há ansiedade de separação nem medo de desconhecidos.

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Fase 3 – Comportamento com base segura – Somente aos seis meses forma-se um apego verdadeiro (permanência do objeto), o bebê usa a pessoa mais importante como apoio para explorar o mundo. A criança passa a ser capaz de buscar proximidade.

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Alguns bebês podem manifestar forte apego a ambos os pais ou a mãe e outra figura cuidadora. Quando o apego está bem estabelecido aparece o comportamento de referenciamento social.

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MEDO DO DESCONHECIDO E ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO Surgem após seis meses e

aumentam até 12 ou 16 meses e diminuem depois.

Pesquisas inteculturais mostraram que existe um padrão desenvolvimental nestes comportamentos; a intensidade da reação varia muito em função do temperamento e de stress na vida da criança.

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O APEGO NOS ANOS PRÉ-ESCOLARES E ENSINO FUNDAMENTAL

2 ou 3 anos – comportamento de apego menos visível (compreende ausência) exploram situações a partir de sua base segura.

3 ou 4 anos – aceitam ‘combinações’ para enfrentar separações, se apóiam em fotos.

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O APEGO NOS ANOS PRÉ-ESCOLARES E ENSINO FUNDAMENTAL

Bowlby – parceria de objetivo corrigido (objetivo é manter contato, mas pode ser sem a presença física)

No ensino fundamental (7 ou 8 anos) os comportamentos de apego são mais raros,e a criança habitualmente necessitará dos pais em situações de stress (situações novas, doenças, morte).

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RELACIONAMENTOS PAIS-FILHOS NA ADOLESCÊNCIA

Autonomia X Apego

O aumento nos conflitos em relação às tarefas do cotidiano e direitos são normais e não significam piora no relacionamento.

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Segundo Laurence Steinberg apenas 5 a 10% de famílias americanas apresentam deteriorização na qualidade do relacionamento pais-adolescente sendo que o risco é maior onde há pouco carinho e apoio dos pais.

Vários teóricos consideram estas desavenças normais e necessárias ao processo de individuação (formação da identidade do adolescente)

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As causas possíveis são hormonais, mudanças de expectativas e necessidade de controle dos pais.

Paradoxalmente o apego emocional aos pais permanece forte, a pesquisadora Mary Levitt, constatou que entre jovens de 7, 10 e 14 anos os pais são figuras centrais de apego e apoio.

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Em geral as crianças são igualmente apegadas ao pai e a mãe, no entanto Michael Lamb e colaboradores constataram que a intensidade do apego está relacionada ao tempo de contato que se tem com a criança, daí a preferência geral pela mãe.

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VARIAÇÕES NA QUALIDADE DO APEGO DOS BEBÊS

Por volta dos 5 anos este modelo está formado e passa a moldar as novas experiências da criança, afetando a memória e a atenção.

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APEGOS SEGUROS E INSEGUROS

O primeiro relacionamento de apego é a maior influência na criação do modelo funcional.

As variações no modelo de apego são descritas segundo as categorias propostas por Mary Ainswort.

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APEGO SEGURO – separam-se com facilidade, são facilmente consolados, buscam contato após uma separação, clara preferência pela mãe.

APEGO INSEGURO ESQUIVO – evitam contato após as separações, não mostram preferência pela mãe.

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APEGO INSEGURO RESISTENTE – explora pouco e desconfia do desconhecido, muito perturbada com a separação da mãe e não se tranquiliza com sua volta, oscila entre a busca e a resistência ao contato.

APEGO INSEGURO DESORIENTADO – comportamento entorpecido, confusão e apreensão, comportamentos contraditórios.

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ORIGENS DOS APEGOS SEGUROS E INSEGUROS

O desenvolvimento de um apego seguro está relacionado à aceitação do bebê pelos pais, uma sensibilidade à criança que inclui sincronia, mutualidade e responsividade contingente.

O baixo nível de responsividade está presente nas formas de apego inseguro, sendo que o padrão desorganizado é mais comum em crianças abusadas, e filhos com histórico de abuso ou morte precoce dos pais.

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O padrão ambivalente é mais comum quando a mãe está disponível para a criança de forma inconsistente ou não confiável (negligência ou depressão).

O padrão evitante é mais comum quando a mãe rejeita ou se afasta do bebê de modo frequente.

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ESTABILIDADE DA CLASSIFICAÇÃO DO APEGO

Quando o ambiente familiar da criança e suas circunstâncias de vida são constantes, o apego tende a se manter constante ao longo dos anos.

Quando as circunstâncias mudam de modo significativo (mortes, divórcio, doenças, abuso) a segurança do apego tende a mudar.

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Bolwby sugere ainda que nos primeiros dois ou três anos o padrão de apego é particular de cada relacionamento, contudo aos quatro ou cinco anos este modelo funcional interno torna-se generalizado para todos os relacionamentos.

Estudos mostram que as crianças seguramente apegadas são mais sociáveis, mais positivas, menos dependentes, menos agressivas, mais empáticas e maduras. Quando adolescentes, tem mais amizades intimas, são líderes com mais frequência e tem melhor auto estima.

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RELACIONAMENTO COM OS PARES: COMPANHEIROS DE BRINCADEIRAS E

AMIGOS

Até bem pouco tempo eram considerados menos importantes, mas sabe-se hoje que tem um papel muito significativo no desenvolvimento da criança.

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OS PARES NOS PERÍODOS DE BEBÊ E DE PRÉ-ESCOLA

6 meses – Interesse por outros bebês 10 meses – Interesse mais evidente 14 à 18 meses – brincadeira paralela 3 ou 4 anos – prefere brincar com

companheiros, brincar compartilhado.

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INICIO DAS AMIZADES

A partir dos 18 meses já há preferência por companheiros específicos.

Aos 3 ou 4 anos 50% das crianças tem , pelo menos uma amizade mútua, não são íntimas, nem profundas, mas tem afeto mútuo, reciprocidade, maior generosidade e apoio em situações novas.

Estes relacionamentos são muito importantes na prática das habilidades sociais, tais como ceder para brincar em conjunto, ter consciência dos desejos e sentimentos alheios e capacidade de modular as próprias emoções, e são mais prováveis entre pares do mesmo sexo (65%).

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OS PARES NA IDADE ESCOLAR

Para as crianças de 7 a 10 anos os relacionamentos com os pares tornam-se mais importantes e ocupam boa parte do seu tempo.

As crianças dessa idade definem os grupos em termos de atividades comuns, e não em termos de atitudes comuns ou valores comuns, segundo pesquisa de Susan O’Brien e Karen Bierman.

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Outra característica dos grupos nesta idade é a segregação de gênero, ou seja, excluem as crianças do sexo oposto, padrão universal entre meninos e meninas de 6 a 12 anos.

Eleanor McCoby (1990) – importante pesquisadora – atribui esse fato a duas razões:

1- meninas parecem não gostar do estilo mais agitado e violento do menino, e sua forte ênfase na competitividade e dominação.

2- meninas acham dificil influenciar meninos.

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AMIZADES

Segregação de gênero mais acentuada (apenas 14% de amigos do sexo oposto)

Maior número de amizades recíprocas São mais abertas e solidárias com os amigos. Waldrop e Halverson (1975) definem os

relacionamentos entre meninos como extensivos (grupos maiores, aceitam mais membros novos, tem uma área maior de brincadeiras); e os relacionamentos entre meninas como intensivos (brincam em pares ou grupos menores, mais tempo perto ou dentro de casa e da escola).

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DIFERENÇAS SEXUAIS NA QUALIDADE DAS AMIZADES

Os grupos e amizades entre meninos centram-se mais na competição e na dominação, e as amizades entre meninas incluem mais concordância e auto-revelação.

As interações entre pares masculinos e femininos de amigos tem em comum as trocas colaborativas e cooperativas.

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RELACIONAMENTOS COM OS PARES NA ADOLESCÊNCIA

Começam os grupos mistos, aumenta a conformidade com os valores e comportamentos do grupo de pares, diminui a influência dos pais embora o apego permaneça forte.

As amizades se tornam mais íntimas e a lealdade e fidelidade mais valorizadas, (costumam durar mais de um ano)

A função do grupo também muda, passa a ser apoio e confidente; desenvolve-se um forte senso de grupo e conformidade com ele.

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O adolescente escolhe seu grupo por valores e atitudes compartilhadas, e se afasta quando há discrepância.

Normalmente a pressão exercida pelo grupo é no sentido de atitudes positivas, exceção feita aos grupos com comportamentos agressivos e delinquentes, que só são procurados por sujeitos que apresentem essa tendência.

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MUDANÇAS NA ESTRUTURA DO GRUPO DE PARES NA ADOLESCÊNCIA

Dunphy (1963) identificou duas subvariedades de grupos, a panelinha (4 a 6 membros do mesmo sexo, com sólida coesão e alta intimidade) e as turmas (várias panelinhas e misto)

Bradford Brown (1990 e 1994) usa a palavra turma para definir o grupo ‘baseado na reputação’ como qual o jovem se identifica, e o ajuda a reforçar sua identidade.

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A maior mudança nos relacionamentos sociais na adolescência é a inclusão das amizades hetorossexuais, que tem o importante papel de preparar para os relacionamentos em casais desenvolvendo a habilidade de intimidade com o sexo oposto.

O inicio dos namoros e da atividade sexual sofrem influência étnica, religiosa e familiar.

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COMPORTAMENTO COM OS PARES

COMPORTAMENTO PRÓ-SOCIAL – é um comportamento intencional, voluntário, destinado a beneficiar outra pessoa, também conhecido como altruísmo.

Começam em crianças de 2 ou 3 anos (ajudam, emprestam brinquedos ou consolam)

As crianças em idade escolar e os adolescentes prestam mais assistência física e verbal para quem precisa, mas nem todos os comportamentos pró-sociais vão se tornando mais frequentes com a idade.

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AGRESSÃO – pode ser definida como um comportamento cuja intenção aparente é de atacar alguma pessoa ou objeto.

Aos 2 ou 3 anos as crianças quando zangadas ou frustradas tendem a atirar algo ou bater, contudo na medida em que suas habilidades verbais melhoram a agressão física diminui e aumenta a verbal.

No ensino fundamental e na adolescência a agressão física é rara, e as crianças aprendem a controlar e disfarçar a agressão.

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Nos grupos masculinos a agressão é mais frequente em toda a infância, e em todas as idades os meninos são mais agressivos e assertivos que as meninas.

Meninos tem mais agressividade física, no entanto as meninas usam muito mais a agressão relacional, que tem por objetivo atingir a auto-estima da pessoa ou seus relacionamentos por meio de fofocas, expressões faciais de desdém, ostracismo ou ameaça de ostracismo.

Uma possível explicação para este padrão diferente de agressão está nas diferenças hormonais.

Apesar desses padrões desenvolvimentais comuns, existem grandes diferenças nas habilidades sociais das crianças resultando em popularidade ou rejeição.

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POPULARIDADE E REJEIÇÃO As crianças impopulares podem ser divididas

entre as rejeitadas (não são queridas) e as negligenciadas (razoavelmente queridas, não preferidas).

As crianças mais atraentes e fisicamente maiores tendem a ser mais populares, mas o mais crucial é sua forma de se comportar, as mais populares são mais positivas, apoiadoras, não punitivas e não agressivas em relação a quase todas as crianças.

Elas são disponíveis, amistosas e tem habilidade de liderança, também tem mais amizades íntimas recíprocas.

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As crianças rejeitadas, são mais agressivas, disruptivas, não cooperativas, incapazes de controlar seus sentimentos intensos e são menos empáticas com seus pares.

Keneth Dodge (1990) mostrou que as crianças agressivas/rejeitadas tendem a ver a agressão como uma boa forma de resolver problemas e a interpretar o comportamento dos outros como hostil ou ofensivo.

Melissa De Rosier e Col. (1994) descobriram que crianças cronicamente rejeitadas apresentam no futuro indices mais altos de depressão, tristeza e problemas de comportamento.

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DIFERENÇAS SEXUAIS

A diferença mais consistente no padrão de comportamento social está no fato de que os meninos apresentam mais frequentemente agressão/dominação/competitividade.

As meninas parecem ser mais gentis e atenciosas em média, mas não são mais sociáveis.

As duplas de amigos do sexo masculino são mais competitivas entre si do que as duplas de desconhecidos.

A agressão entre meninos não diminui nos anos do ensino fundamental, enquanto que a agressão entre meninas sim.

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As amizades entre meninas são bem mais íntimas, com mais auto-revelação.

Os amigos do sexo masculino tendem a se reunir em grandes grupos, a trocar menos confidências e a se envolver em atividades como esporte.

Temos indicações de que estas mesmas diferenças no estilo de relacionamento são evidentes nos adultos.

Eleonor McCoby (1990) – descreve o padrão das meninas/mulheres como um estilo possibilitador (apoiar o outro) e que estimula maior igualdade e intimidade no relacionamento.

Os meninos/homens tendem a apresentar um estilo constrangedor ou restritivo (contradizer) o comportamento fazendo o outro se retrair.