o desenvolvimento cognitivo e emocional da crian …€¢ quando alguma coisa não estquando alguma...

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O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e emocional da crian emocional da crian emocional da crian emocional da crian emocional da crian emocional da crian emocional da crian emocional da crian ç ç ç ç ç ç a a a a a a durante os dois primeiros anos de vida durante os dois primeiros anos de vida durante os dois primeiros anos de vida durante os dois primeiros anos de vida durante os dois primeiros anos de vida durante os dois primeiros anos de vida durante os dois primeiros anos de vida durante os dois primeiros anos de vida Telma Batista Telma Batista Telma Batista Telma Batista 12 Janeiro 08 12 Janeiro 08 12 Janeiro 08 12 Janeiro 08 SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO CONCELHO DE OLIVEIRA DO BAIRRO

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Page 1: O desenvolvimento cognitivo e emocional da crian …€¢ quando alguma coisa não estquando alguma coisa não estquando alguma coisa não estáááábembbeemmbem–tem fome, estásuja,

O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e O desenvolvimento cognitivo e emocional da crianemocional da crianemocional da crianemocional da crianemocional da crianemocional da crianemocional da crianemocional da crianççççççççaaaaaaaa

durante os dois primeiros anos de vidadurante os dois primeiros anos de vidadurante os dois primeiros anos de vidadurante os dois primeiros anos de vidadurante os dois primeiros anos de vidadurante os dois primeiros anos de vidadurante os dois primeiros anos de vidadurante os dois primeiros anos de vida

Telma BatistaTelma BatistaTelma BatistaTelma Batista

12 Janeiro 0812 Janeiro 0812 Janeiro 0812 Janeiro 08

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO CONCELHO DE OLIVEIRA DO BAIRRO

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DesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimento

RefereRefereRefereRefere----se se se se ààààs mudans mudans mudans mudançççças qualitativasas qualitativasas qualitativasas qualitativas, tais como aquisição e o aperfeiçoamento de capacidades e funções, que permitem à criança realizar coisas novas, progressivamente mais complexas, com uma habilidade cada vez maior.

O crescimentoO crescimentoO crescimentoO crescimentotermina em determinada idade , quando esta alcança a sua

maturidade biológica ≠

O desenvolvimentoO desenvolvimentoO desenvolvimentoO desenvolvimentoé um processo que acompanha o homem através

de toda a sua existência

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O desenvolvimento abrange processos fisiolO desenvolvimento abrange processos fisiolO desenvolvimento abrange processos fisiolO desenvolvimento abrange processos fisiolóóóógicos, gicos, gicos, gicos, psicolpsicolpsicolpsicolóóóógicos e ambientaisgicos e ambientaisgicos e ambientaisgicos e ambientais contínuos e ordenados, ou seja, segue determinados padrões gerais.

Tanto o crescimento como o desenvolvimento produzem mudanproduzem mudanproduzem mudanproduzem mudançççças nos componentes fas nos componentes fas nos componentes fas nos componentes fíííísicos, mental, sicos, mental, sicos, mental, sicos, mental, emocional e social do indivemocional e social do indivemocional e social do indivemocional e social do indivííííduo, independentemente de duo, independentemente de duo, independentemente de duo, independentemente de sua vontade. sua vontade. sua vontade. sua vontade.

DesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimento

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As mudanAs mudanAs mudanAs mudançççças ocorrem segundo uma ordem invariante.as ocorrem segundo uma ordem invariante.as ocorrem segundo uma ordem invariante.as ocorrem segundo uma ordem invariante.

Por exemplo: � antes de falar a primeira palavra a criança balbucia;

� antes de formar uma sentença completa com sujeito, predicado e complemento, ela usa frases monossílabas;

� antes de andar , a criança senta-se e gatinha.

Estas sequências seguem um padrão de evolupadrão de evolupadrão de evolupadrão de evoluççççãoãoãoão e da mesma forma acontece em outras áreas do desenvolvimento.

DesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimento

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Embora todas as crianças progridam com certos padrões, a idade em que cada uma se torna capaz de a idade em que cada uma se torna capaz de a idade em que cada uma se torna capaz de a idade em que cada uma se torna capaz de executar actividades novas e a maneira como as executa, executar actividades novas e a maneira como as executa, executar actividades novas e a maneira como as executa, executar actividades novas e a maneira como as executa, varia de uma para outra.varia de uma para outra.varia de uma para outra.varia de uma para outra.

Por exemplo: uma criança pode desenvolver-se de uma forma lenta , rápida , regular ou irregular em vários aspectos de sua vida.

E esta é uma das várias razões para se afirmar que uma criança não deve ser comparada com outra, pois cada cada cada cada uma segue um estilo pruma segue um estilo pruma segue um estilo pruma segue um estilo próóóóprio e um ritmo peculiar de prio e um ritmo peculiar de prio e um ritmo peculiar de prio e um ritmo peculiar de desenvolvimento.desenvolvimento.desenvolvimento.desenvolvimento.

DesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimentoDesenvolvimento

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Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o desenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimento

HHHHáááá factores que interferem desenvolvimento infantil e que factores que interferem desenvolvimento infantil e que factores que interferem desenvolvimento infantil e que factores que interferem desenvolvimento infantil e que

começam actuar mesmo antes do nascimento e continuam

durante toda a vida dos indivíduos.

1. Aspectos biol1. Aspectos biol1. Aspectos biol1. Aspectos biolóóóógicos e psicolgicos e psicolgicos e psicolgicos e psicolóóóógicos da prgicos da prgicos da prgicos da próóóópria crianpria crianpria crianpria criançççça:a:a:a:• tendências hereditárias (ex.: propensão a determinada

doença),• constituição física, sexo (menino ou menina), • tipo de personalidade (ex.: introvertida/extrovertida)

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2. Fam2. Fam2. Fam2. Famíííília:lia:lia:lia:• Nível sócio-económico• Religião e cultura• Casamento/Divórcio• Forma de comunicação entre pais e filhos

3. Escola:3. Escola:3. Escola:3. Escola:• Professores• Colegas• Proposta pedagógica e metodologia de ensino• Avaliação da aprendizagem e do comportamento

Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o Factores que influenciam o desenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimentodesenvolvimento

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O desenvolvimento cognitivo éééé um processo um processo um processo um processo interno,interno,interno,interno, mas pode ser observado e "medido" através das acções e da verbalização da criança.

O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento CognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivo

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Envolve :Envolve :Envolve :Envolve :O processo de pensamento, o qual inclui as seguintes capacidadesO processo de pensamento, o qual inclui as seguintes capacidadesO processo de pensamento, o qual inclui as seguintes capacidadesO processo de pensamento, o qual inclui as seguintes capacidades::::

• compreensão dos factos que ocorrem à sua volta; • percepção de si mesmo e do ambiente; • percepção de semelhanças e diferenças; • memória; • execução de ordens; • compreensão de conceitos de cor e de forma; • compreensão de tamanhos; • compreensão de espaço; • aquisição de conceitos e o estabelecimento de relações entre

factos e conceitos; • compreensão de tempo e a relação dos conceitos entre si.

O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento CognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivo

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O desenvolvimento dO desenvolvimento dO desenvolvimento dO desenvolvimento dáááá----se de maneira contse de maneira contse de maneira contse de maneira contíííínua desde os nua desde os nua desde os nua desde os primeiros diasprimeiros diasprimeiros diasprimeiros dias.

Piaget Piaget Piaget Piaget descreveu vários estestestestáááágios do desenvolvimento: gios do desenvolvimento: gios do desenvolvimento: gios do desenvolvimento: ---- cada estágio é constituído sobre as estruturas do anterior, isto significa que:- cada etapa superada é uma preparação para o estágio seguinte.

Assim, a criana criana criana criançççça necessita de estimulaa necessita de estimulaa necessita de estimulaa necessita de estimulaçççção visual, ão visual, ão visual, ão visual, auditiva e tauditiva e tauditiva e tauditiva e tááááctil para que sua inteligência se desenvolvactil para que sua inteligência se desenvolvactil para que sua inteligência se desenvolvactil para que sua inteligência se desenvolva.

O Desenvolvimento CognitivoO Desenvolvimento CognitivoO Desenvolvimento CognitivoO Desenvolvimento CognitivoO Desenvolvimento CognitivoO Desenvolvimento CognitivoO Desenvolvimento CognitivoO Desenvolvimento Cognitivo

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O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento O Desenvolvimento CognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivoCognitivo

De acordo com Piaget,De acordo com Piaget,De acordo com Piaget,De acordo com Piaget,

no início a criança ainda não representa internamente e não "pensa" conceptualmente.

O seu pensamento O seu pensamento O seu pensamento O seu pensamento éééé constituconstituconstituconstituíííído pelas suas do pelas suas do pelas suas do pelas suas sensasensasensasensaçççções (sensões (sensões (sensões (sensóóóório) e pelos seus movimentos rio) e pelos seus movimentos rio) e pelos seus movimentos rio) e pelos seus movimentos (motor),(motor),(motor),(motor), ou seja ,

ela descobre as propriedades dos objectos do descobre as propriedades dos objectos do descobre as propriedades dos objectos do descobre as propriedades dos objectos do seu ambiente manipulandoseu ambiente manipulandoseu ambiente manipulandoseu ambiente manipulando----osososos.

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0 0 0 0 0 0 0 0 -------- 18/24 meses 18/24 meses 18/24 meses 18/24 meses 18/24 meses 18/24 meses 18/24 meses 18/24 meses EstEstEstEstEstEstEstEstáááááááágio sensgio sensgio sensgio sensgio sensgio sensgio sensgio sensóóóóóóóóriorioriorioriorioriorio--------motormotormotormotormotormotormotormotor

• A actividade cognitivaA actividade cognitivaA actividade cognitivaA actividade cognitiva durante este estágio baseia-se, principalmente, na experiência imediata atravexperiência imediata atravexperiência imediata atravexperiência imediata atravéééés s s s dos sentidosdos sentidosdos sentidosdos sentidos em que há interacção com o meio (esta é uma actividade prática).

• Na ausência de linguagem para designar as experiências e assim recordar os acontecimentos e ideias, as crianas crianas crianas criançççças ficam limitadas as ficam limitadas as ficam limitadas as ficam limitadas àààà experiência experiência experiência experiência imediata imediata imediata imediata (vêem e sentem o que está a acontecer, mas não têm forma de categorizar a sua experiência)

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O Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento Emocional

• É nesta fase , dos 0 aos 2 anos, que a criança experiencia o que lhe é próprio, aquilo que éexterno, ou seja, quando ela tem consciência do tem consciência do tem consciência do tem consciência do "eu". "eu". "eu". "eu".

• a presença da mãe ou de algum adulto é de suma importância para atender as necessidades da criança, fazendo o papel de papel de papel de papel de egoegoegoego----auxiliarauxiliarauxiliarauxiliar

• Isto propicia à criança diferenciar o que faz parte do diferenciar o que faz parte do diferenciar o que faz parte do diferenciar o que faz parte do seu interior e o que faz do mundo exteriorseu interior e o que faz do mundo exteriorseu interior e o que faz do mundo exteriorseu interior e o que faz do mundo exterior

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No início da consolidaconsolidaconsolidaconsolidaçççção do ão do ão do ão do ““““eueueueu”, se as necessidades da básicas da criança, quando manifestadas, forem satisfeitas…

• desenvolve o sentimento de confiansentimento de confiansentimento de confiansentimento de confiançççça ba ba ba báááásicasicasicasica,

• favorece a aquisiaquisiaquisiaquisiçççção da noão da noão da noão da noçççção de causalidade e ão de causalidade e ão de causalidade e ão de causalidade e temporalidadetemporalidadetemporalidadetemporalidade

• Ou seja, ela tem condições de confiar no adulto mesmo quando este não estiver presente.

O Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento Emocional

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• Alguns aspectos negativos para o desenvolvimento Alguns aspectos negativos para o desenvolvimento Alguns aspectos negativos para o desenvolvimento Alguns aspectos negativos para o desenvolvimento de uma personalidade segurade uma personalidade segurade uma personalidade segurade uma personalidade segura são:

pais impacientes, hostis, que não atendem as necessidades da criança

o que pode gerar:o que pode gerar:o que pode gerar:o que pode gerar:ansiedade, medo, sensação de isolamento e abandono nas crianças.

O Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento Emocional

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O Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento EmocionalO Desenvolvimento Emocional

• O aspecto fundamental durante a construO aspecto fundamental durante a construO aspecto fundamental durante a construO aspecto fundamental durante a construçççção do ão do ão do ão do ““““eueueueu”””” na infância, está ligado a:

um clima emocional estável,

onde a criança tem condições de receber amor e segurança.

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• está a aprender que pode adiar o choro olhando àsua volta para se entreter (a sua visão já se ajustou e consegue focar o olhar para além de um rosto próximo, o peito ou o biberão);

• consegue absorver mais do ambiente que o rodeia e pode perder o interesse no leite para se inteirar de tudo o que acontece à sua volta;

• começou a aprender a prolongar os estados de sono e vigília, para adaptar os seus ciclos aos horários dos pais;

Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses

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Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses Aos 4 meses

• está a desenvolver a capacidade de esperar, de mudar a sua atenção, de se entreter observando o mundo, de usar as suas acções para responder e lidar com os seus sentimentos – fome, cansaço, aborrecimento, solidão.

• consegue pegar num brinquedo e brincar sozinha por breves instantes;

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Dos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 meses

• sabe que pode chamar os pais a si – ela reconhece as reconhece as reconhece as reconhece as suas necessidades bsuas necessidades bsuas necessidades bsuas necessidades báááásicas e comunicasicas e comunicasicas e comunicasicas e comunica----as com clarezaas com clarezaas com clarezaas com clareza(uma experiência precoce de auto-afirmação);

• quando alguma coisa não estquando alguma coisa não estquando alguma coisa não estquando alguma coisa não estáááá bembembembem – tem fome, está suja, aborrecida ou só – a criança protesta de protesta de protesta de protesta de forma cada vez mais especforma cada vez mais especforma cada vez mais especforma cada vez mais especíííífica;fica;fica;fica;

• já aprendeu com as respostas dos pais aos seus pedidos. Por ex.: quando chora ou faz uma expressão de desconforto, os pais vêm consolá-la;

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Dos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 mesesDos 4 aos 5 meses

Estas primeiras experiências de expressão das necessidades e de as ver satisfeitas…

aumentam a confianaumentam a confianaumentam a confianaumentam a confiançççça do beba do beba do beba do bebééééna sua capacidade de agir sobre o mundo e de saber que a sua acção tem resultados.

Ele está a descobrir: “Eu sou importante!”

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Dos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 meses

• Já tem consciência da alegria que é interagir com os outros – pelo simples prazer de o fazer;

• Desenvolve a capacidade para variar e refinar os choros, os sons as expressões faciais e os gestos para chamar a atenção dos pais.

Por exemplo, nesta fase é natural que a criança choramingue muito. Os pais podem pensar que…- lhe estão a crescer os dentes…- ou ficam sem saber porque é que ela fica tão inquieta quando não tem ninguém por perto. - ou que a criança está a manipulá-los, mas…

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Dos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 meses

• A criança está a aprender a alegria de reconhecer e lidar com os seus sentimentos.

• Está a explorar todas as novas formas de expressar as necessidades e levar os outros a atenderem-nas.

Cada vez que se exprime, aprende mais sobre os seus Cada vez que se exprime, aprende mais sobre os seus Cada vez que se exprime, aprende mais sobre os seus Cada vez que se exprime, aprende mais sobre os seus controlos internos controlos internos controlos internos controlos internos

e a importância que tem no seu mundoe a importância que tem no seu mundoe a importância que tem no seu mundoe a importância que tem no seu mundo

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Dos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 meses

O que os pais podem fazer?O que os pais podem fazer?O que os pais podem fazer?O que os pais podem fazer?

• Devem evitar correr a consolar a criança, dar-lhe de comer ou pegar-lhe ao colo de cada vez que ela soltar um gemido e chorar;

• Tentem compreender o que a criança lhes está a pedir e ajudá-la a ser mais clara nos seus pedidos: “Porque estás a chorar? Queres um brinquedo? A bola?”

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Dos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 meses

• Ajudem a criança a contrariar a impaciência e a descobrir a motivação para fazer sozinha aquilo que já consegue fazer: “Aqui tens a bola. Consegues vir buscá-la?”

Desta forma estão a ajudá-la a:- ser capaz de esperar…- a desenvolver recursos interiores que ela pode usar para dominar sentimentos como o aborrecimento e a raiva

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Dos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 meses

• Quando a crianQuando a crianQuando a crianQuando a criançççça der gritos agudosa der gritos agudosa der gritos agudosa der gritos agudos…

- perguntem-lhe calmamente: “Que queres?”

- vão explorando várias possibilidades …

- vão observando para ver se o tom vai ficando mais suave à medida que ela a escuta e observa.

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Dos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 mesesDos 4 aos 7 meses

• Mas por outro lado, se os pais ignorarem muitas se os pais ignorarem muitas se os pais ignorarem muitas se os pais ignorarem muitas vezes o choro da crianvezes o choro da crianvezes o choro da crianvezes o choro da criançççça, se não lhe prestarem a, se não lhe prestarem a, se não lhe prestarem a, se não lhe prestarem atenatenatenatençççção suficienteão suficienteão suficienteão suficiente…………

- a sua auto-estima começa a desmoronar-se…

- em vez de demonstrar aquilo que precisa, a criança espera passivamente pelas refeições e pelo sono;

- vai perdendo a esperança de ver as suas necessidades feitas e desiste de entrar em relação.

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Dos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 meses• Por volta desta idade, quando os bebés aprendem a gatinhar, encaminham-se logo para objectos proibidos como a televisão, o fogão, a sanita…

• As palavras As palavras As palavras As palavras ““““Não! Não!Não! Não!Não! Não!Não! Não!”””” são o incentivo para a são o incentivo para a são o incentivo para a são o incentivo para a descoberta do bebdescoberta do bebdescoberta do bebdescoberta do bebéééé de se movimentarde se movimentarde se movimentarde se movimentar. Ao afirmar-se, o bebé vai querer perceber o que a mãe pensa das suas conquistas;

• Ele não consegueconsegueconsegueconsegue apenas expressar-se com maior clareza, mas também interpretar os pensamentos da interpretar os pensamentos da interpretar os pensamentos da interpretar os pensamentos da mãe atravmãe atravmãe atravmãe atravéééés da sua expressão facials da sua expressão facials da sua expressão facials da sua expressão facial;

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Dos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesPor exemplo, quando começa a gatinhar para longe, olha de relance para os pais, tentando perceber como o seu comportamento faz mudar a sua expressão. Isto fá-lo sentir-se muito poderoso.

• O bebé precisa saber que a mãe está perto para o proteger dos seus próprios impulsos, ao explorar o mundo que está cada vez mais ao seu alcance “Não podes fazer isso…””Não mexas no fogão”;

• Quando os pais o impedem, grita zangado, mas olha para eles para se certificar de que a estão a escutar e continua determinado a fazer aquilo que estava a fazer .

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Dos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 meses

• O bebO bebO bebO bebéééé precisa que os pais lhe demonstrem a sua precisa que os pais lhe demonstrem a sua precisa que os pais lhe demonstrem a sua precisa que os pais lhe demonstrem a sua determinadeterminadeterminadeterminaçççção ão ão ão –––– com cara e voz scom cara e voz scom cara e voz scom cara e voz séééériasriasriasrias. (O rosto dele suaviza-se e talvez até se aninhe em si);

Estes episEstes episEstes episEstes episóóóódios ajudam o bebdios ajudam o bebdios ajudam o bebdios ajudam o bebéééé a perceber a perceber a perceber a perceber …………� o seu poder para fazer reagir os pais� a previsibilidade das suas reacções

� a sua prontidão para lhe dar os controlos de que ele necessita para contrabalançar a excitação da

exploração� que está seguro e que os pais se importam com ele

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Dos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 meses

• o bebé é capaz de estender o braço e o indicador para apontar para aquilo que quer. Usa a linguagem corporal para dizer: “Olha para aquilo. Quero que olhes para lá”. Ou até: “Dá-me aquilo”.

• já aprendeu formas de se afirmar e causar agitação. Por exemplo: Se a mãe estiver ao telefone, o bebé gatinha até à ficha e aponta para ela. A mãe larga o telefone e corre para a criança e esta percebe que é capaz de puxar a ficha.

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Dos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 meses• O bebé está a desenvolver a motricidade finadesenvolver a motricidade finadesenvolver a motricidade finadesenvolver a motricidade fina, por exemplo,

pegando em pedacinhos de comida com o polegar e o indicador;

• começa a experimentar novos poderesexperimentar novos poderesexperimentar novos poderesexperimentar novos poderes e que isso tem e que isso tem e que isso tem e que isso tem efeito nos pais,efeito nos pais,efeito nos pais,efeito nos pais, por exemplo:- deitar pedaços de comida para o chão, faz com que os pais a apanhem ou lhe gritem;- atirar com os brinquedos para fazer muito barulho e bater ruidosamente na mesa faz com que lhe dêem atenção;- choramingar, dar pontapés e contorcer-se enquanto lhe mudam a fralda, faz com que os pais se exasperem.

fazer os pais agirem torna-se parte da diversão

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Dos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 meses

Nesta idade o bebé :• é capaz de perceber o efeito que produz nos pais com cada exploração que faz;

• está a aproximar-se um sentido de poder sobre o mundo;

• está a começar a testar e aprender os limites…

Estas são as primeiras formas de autoformas de autoformas de autoformas de auto----afirmaafirmaafirmaafirmaççççãoãoãoão

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Dos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 mesesDos 8 aos 11 meses

O que os pais devem fazer:O que os pais devem fazer:O que os pais devem fazer:O que os pais devem fazer:

• controlar a irritação, ao mesmo tempo que…

• lhe mostram os limites de que ele necessita enquanto testa a sua independência com estas novas capacidades.

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Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses

• Aos 12 meses, o bebé talvez já tenha começado a andar ou se esteja a preparar para o fazer.

• Isso significa maior independência e oportunidades maior independência e oportunidades maior independência e oportunidades maior independência e oportunidades para explorapara explorapara explorapara exploraçççções audaciosasões audaciosasões audaciosasões audaciosas;

• as coisas para o bebé podem ser tão excitantes que ele perde o controlo, pois tem dificuldade em gerir tem dificuldade em gerir tem dificuldade em gerir tem dificuldade em gerir a excitaa excitaa excitaa excitaçççção de tomar as suas prão de tomar as suas prão de tomar as suas prão de tomar as suas próóóóprias decisõesprias decisõesprias decisõesprias decisões (“Seráque devo ir por aqui ou por ali?”) e testar ideias novase testar ideias novase testar ideias novase testar ideias novas (“e se fosse ver o que há dentro do armário?”)

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Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses• Perante tantas possibilidades avassaladoras de explorar o mundoexplorar o mundoexplorar o mundoexplorar o mundo, de independência, a criança procura conter-se, mas acaba por ficar ainda mais frenética;

• Não consegue controlar-se sem a ajuda dos pais, mas quando estes lhe pegam ao colo, ou a impedem de avanimpedem de avanimpedem de avanimpedem de avanççççar, grita de frustraar, grita de frustraar, grita de frustraar, grita de frustraçççção ou talvez ão ou talvez ão ou talvez ão ou talvez atatatatéééé fafafafaçççça birraa birraa birraa birra…………

(no entanto, estes têm que a impedir de avançar para lugares potencialmente perigosos)

Andar Andar Andar Andar éééé uma forma de autouma forma de autouma forma de autouma forma de auto----afirmaafirmaafirmaafirmaççççãoãoãoão

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Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses• Na maioria das vezes a criança ainda não consegue controlar a sua raiva…

• Pode começar a morder e a puxar os cabelosmorder e a puxar os cabelosmorder e a puxar os cabelosmorder e a puxar os cabelos – são novas formas de se expressar e de descobrir o que daíresulta.

• Por exemplo, quando morde/puxa os cabelos à mãe e esta grita: “Ui!” a criança ri-se e volta a fazê-lo. “O que éque acontece se eu voltar a fazer isto?”

A mãe diz: “Não! Não!” a criança fica excitada mas assustada ao mesmo tempo “Que é que eu fiz?”, “Será que se eu voltar a fazer isto a minha mãe zanga-se comigo?”

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Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses

• Aos poucos e poucos vai aprender a deixar de morder, se a reacção dos pais for firme: “Não! Isso dói!” e estes a puserem no chão e virarem-lhe as costas;

A crianA crianA crianA criançççça esta esta esta estáááá::::� a descobrir o prazer de provocar uma agitação e aborrecer os pais;

� testar novas formas de comunicação com os pais (pois esta sua preparação para a separação começa a complicar a relação com eles)

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Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses• ao focalizar toda a sua energia no “aprender a andar”, o o o o sono, a alimentasono, a alimentasono, a alimentasono, a alimentaçççção e os primeiros controlos ão e os primeiros controlos ão e os primeiros controlos ão e os primeiros controlos emocionais podem ser afectadosemocionais podem ser afectadosemocionais podem ser afectadosemocionais podem ser afectados:

– recusar-se a adormecer e começar a acordar a meio da noite, ficando agarrada às grades da cama, de 4 em 4 horas, a gritar: “Ajudem-me! Quero praticar, quero andar!”

– perder o interesse pela comida e gritar…– facilmente se vai abaixo…

• como está prestes a começar a andar, mas ainda não consegue fazê-lo…O seu desespero e frustraO seu desespero e frustraO seu desespero e frustraO seu desespero e frustraçççção ão ão ão transformamtransformamtransformamtransformam----se em exigências insensse em exigências insensse em exigências insensse em exigências insensííííveis feitas a todos os veis feitas a todos os veis feitas a todos os veis feitas a todos os que a rodeiam.que a rodeiam.que a rodeiam.que a rodeiam.

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Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesO que os pais devem fazer:O que os pais devem fazer:O que os pais devem fazer:O que os pais devem fazer:

• ajudarem-na a atravessar esta fase de reorganização - encarar as mudanças como algo temporário, pois é uma prova que a criança tem que passar para começar a andar;

• sobreviver às explosões de raiva/ frustração/ desespero da criança e à falta de sono, sem se sentirem desesperados e magoados;

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• quando ela chora ou faz birra é melhor não intervirem, para a criança aprender a confortar-se sozinha e não reforçar esse comportamento;

• pode ensinar-lhe maneiras de se controlar – um brinquedo, a chucha, etc. e quando ela for capaz de o fazer, mostrar-lhe o quanto se orgulham dela.

• a disciplina e os limites são importantes para a criança...

Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses

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• mas quando a birra se descontrola e ela não é capaz de se confortar sem ajuda, os pais devem confortá-a, por exemplo, pegando-lhe ao colo – mas fazer isto o menos possível, para ver se ela é capaz de se acalmar sozinha.

• colocar limites à sua disponibilidade - quando ajudar, quando impor limites, quando deixar o autocontrolo a cargo da criança – para que ela possa perceber que essas são conquistas suas.

Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses

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• começa aos poucos a descobrir a permanência do permanência do permanência do permanência do objectoobjectoobjectoobjecto – o facto de um objecto ou uma pessoa existirem, mesmo quando longe da vista;

• pode comecomecomecomeççççar a ar a ar a ar a ““““desaparecerdesaparecerdesaparecerdesaparecer””””,,,, por exemplo, a afastar-se da sala onde estão os pais – está a tentar provocar e a testar os pais, se eles irão procurá-la.

Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses

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• ela precisa testar os pais mais do que nuncaprecisa testar os pais mais do que nuncaprecisa testar os pais mais do que nuncaprecisa testar os pais mais do que nunca, pois como descobriu que pode fugir, anseia pela segurança dos limites que eles lhe dão.

• ela já aprendeu que pode separar-se deles, fazendo-os “desaparecer” quando sai da sala, mas pode continuar a pensar neles, pode mantê-los na sua cabeça…

• mas agora tem de enfrentar a ddddúúúúvida sobre o que vida sobre o que vida sobre o que vida sobre o que acontece quando os pais se separam delaacontece quando os pais se separam delaacontece quando os pais se separam delaacontece quando os pais se separam dela…………

Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses

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• a meio deste processo de independência a criança estestestestáááá mais sensmais sensmais sensmais sensíííível vel vel vel ààààs ocasiões em que a mãe/pai tem s ocasiões em que a mãe/pai tem s ocasiões em que a mãe/pai tem s ocasiões em que a mãe/pai tem de a deixarde a deixarde a deixarde a deixar - grita ou perde o controlo, quando a mãe se afasta dela.

• é provável que comece a fazer birra para tentar birra para tentar birra para tentar birra para tentar manter os pais prmanter os pais prmanter os pais prmanter os pais próóóóximos de si,ximos de si,ximos de si,ximos de si, por exemplo, quando é deixada na creche

• a criança sabe que os pais estão algures, mas não com ela, o dia todo. Sabe que vai ter saudades, chorar por eles, mas não consegue fazê-los voltar antes deles decidirem que chegou a hora;

Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses

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• a criança já não se contenta em mostrar aos pais no final do dia, o que sente por a terem deixado. Agora ela mostramostramostramostra----o antes deles partirem, na tentativa de os o antes deles partirem, na tentativa de os o antes deles partirem, na tentativa de os o antes deles partirem, na tentativa de os manter junto de si.manter junto de si.manter junto de si.manter junto de si.

• Por exemplo, choraminga a caminho da creche, percebe que os pais ficam tensos e sérios, mas continua a protestar num tom mais audível até se transformar em birra por ser deixado – a criança aprendeu que esta é uma maneira de fazer os pais demorarem-se mais antes de partirem...

Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses

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Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses

• jjjjáááá aprendeu que os seus protestos são ouvidos,aprendeu que os seus protestos são ouvidos,aprendeu que os seus protestos são ouvidos,aprendeu que os seus protestos são ouvidos,mesmo que não tenham sempre a resposta de que ela gostaria;

• protestar e testar os sentimentos e as acções dos pais, ajudam-na a lidar com os sentimentos de raiva por ser deixada (isto exprime a sua ligação aos pais);

• experimenta cada vez mais sentimentos que não têm de ser satisfeitos, mesmo que os exprima com grande clareza.

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O que os pais devem fazer:O que os pais devem fazer:O que os pais devem fazer:O que os pais devem fazer:

• compreender as exigências das crianças (os seus protestos por se separar)mas devem partir, para a criança compreender que estas separações não a magoam a ela nem aos pais;

• se os pais cederem aos pedidos da criança para não se irem embora, ela interroga-se se o seu receio tem fundamento e se algo de mal aconteceria se os pais fossem embora.

Dos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 mesesDos 12 aos 15 meses

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• Dos 16 aos 18 meses é a idade do idade do idade do idade do ““““EUEUEUEU””””:::: “Eu tento. Eu quero fazer. Deixa-me fazer.”

• As acAs acAs acAs acçççções de autoões de autoões de autoões de auto----afirmaafirmaafirmaafirmaçççção têm um sentido mais ão têm um sentido mais ão têm um sentido mais ão têm um sentido mais perigosoperigosoperigosoperigoso…

• Ao morder ou bater nos pais, estes gestos parecem muito menos acidentais ou exploratórios, pelo contrário, parece que estestestestáááá a tomar uma posia tomar uma posia tomar uma posia tomar uma posiçççção,ão,ão,ão,como se dissesse: “Que vais fazer em relação a isto?”

Dos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 meses

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• As crianças não param de ter ideias e precisam de as experimentar de imediato: Por exemplo, ao experimentar andar, ela quer dar passos sozinha e dirige-se para sítios potencialmente perigosos, como se fosse um foguete.

• Os pais devem agir com firmeza e determinação “Não voltes a fazer isso!”(talvez a criança até não volte, mas por enquanto, os pais ainda não podem contar com ela para se controlar)

Dos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 mesesDos 16 aos 23 meses

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• A criança esforesforesforesforççççaaaa----se muito para aprenderse muito para aprenderse muito para aprenderse muito para aprender: sobre si própria, sobre a necessidade que tem dos pais e sobre como se tornar independente sem os perder;

• Ao continuar a provocar os pais e levá-los aos limites, ela testa-os para perceber se continuarão a apoiá-la (a vontade de tentar coisas sozinha, de ver até onde pode ir, depende de ser capaz de contar com eles na retaguarda);

Aos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 meses

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Aos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesA criança sentesentesentesente…………

• por um ladopor um ladopor um ladopor um lado uma grande excitauma grande excitauma grande excitauma grande excitaçççção por querer ão por querer ão por querer ão por querer experimentar coisas sozinhaexperimentar coisas sozinhaexperimentar coisas sozinhaexperimentar coisas sozinha (“eu sou capaz de tomar as minhas próprias decisões”),

• mas por outro uma nova vulnerabilidademas por outro uma nova vulnerabilidademas por outro uma nova vulnerabilidademas por outro uma nova vulnerabilidade, pois precisa que tomem conta dela (é divertido, mas também é assustador)

• É também mais capaz de se concentrar naquilo que capaz de se concentrar naquilo que capaz de se concentrar naquilo que capaz de se concentrar naquilo que quer, manterquer, manterquer, manterquer, manter----se persistente e resistir se persistente e resistir se persistente e resistir se persistente e resistir ààààs distracs distracs distracs distracççççõesõesõesões(agora é muito difícil distraí-la de algo que não pode ter) –

isto permite-lhe procurar os seus interesses com maior determinação.

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• Os sentimentos da criança são mais fortes que nunca;

• ela ainda não está preparada para identificar e exprimir claramente os seus sentimentos e muitas vezes não consegue deixar de ser levada por eles;

• as crises (as birras, bater, morder) vão surgir – a cada mudança, a cada transição para uma nova actividade, de cada vez que tiver de parar;

Aos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 meses

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Aos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 meses

• a criana criana criana criançççça faz uma birra porquea faz uma birra porquea faz uma birra porquea faz uma birra porque sente-se assustada pela sua perda de controlo…

• ffffáááá----lo repetidamentelo repetidamentelo repetidamentelo repetidamente até aprender a controlar o poder dos seus próprios sentimentos e os comportamentos assustadores que eles desencadeiam;

cada vez que faz uma birra, ela obtém uma reacção – assim aprende quando e onde os pais estão menos/mais dispostos a ajudá-la a acalmar-se e controlar-se

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• as birras acontecem onde têm maior impactoas birras acontecem onde têm maior impactoas birras acontecem onde têm maior impactoas birras acontecem onde têm maior impacto, ou seja, nos lugares e nas alturas mais inconvenientes e mais mortificantes para os pais, por ex.: nos supermercados, numa festa de aniversário

(estas situações são as mais estimulantes e assustadoraspara a criança)

• as birras são mais provas birras são mais provas birras são mais provas birras são mais provááááveis quandoveis quandoveis quandoveis quando a criança se sente frustrada ou não lhe fizerem a vontade ou quando está cansada, tem fome, está stressada ou demasiado estimulada – e os pais também

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• as causas das birras podem ser lutas internas,as causas das birras podem ser lutas internas,as causas das birras podem ser lutas internas,as causas das birras podem ser lutas internas, isto porque a criança que tem muita vontade de fazer as coisas “sozinha”, de tomar as suas próprias decisões (“Faço ou não faço?”) fica aflita com a sua própria incapacidade de o fazer e de repente desata a chorar…

Se um dos pais a tentar confortar, ela prolonga o choro, gemendo, agitando-se. É como se estivesse a dizer: “Deixem-me em paz! Esta decisão é minha”

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Mas quanto mais a criança luta contra os pais e contra o facto de se sentir impotente, mais impotente fica e isso faz com que se jogue ao chão e se desfaça em lágrimas.

A birra é uma tentativa desesperada de lutar contra esses sentimentos – embora seja uma batalha perdida.

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• Bater e morder podem agora tornarBater e morder podem agora tornarBater e morder podem agora tornarBater e morder podem agora tornar----se problemse problemse problemse problemááááticosticosticosticos: a criança fica muito excitada, frustrada e descontrola-se, é possível que desate a gritar, bater ou morder…

• Se, ao perder o controlo, a criança bate ou morde outra criança com quem estava a brincar…- ela pode ficar tão surpresa/ assustada quanto a criança que éagredida e que começa a chorar, isto porque,

- os adultos nunca lhe responderam assim e ela não queria magoar a outra, só queria descarregar a tensão,

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Aos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 meses

Quando agride sente-se assustada…ainda mais se os outros a olharem como se tivesse peçonha.

As reacAs reacAs reacAs reacçççções dos adultos podem aumentar a ões dos adultos podem aumentar a ões dos adultos podem aumentar a ões dos adultos podem aumentar a ansiedade da crianansiedade da crianansiedade da crianansiedade da crianççççaaaa…………

A crianA crianA crianA criançççça que agride tamba que agride tamba que agride tamba que agride tambéééém precisa m precisa m precisa m precisa do conforto de adultos carinhosos, de limites e da certeza de que pode aprender a controlar-se

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Aos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 mesesAos 24 meses

Como podem os adultos ajudar a crianComo podem os adultos ajudar a crianComo podem os adultos ajudar a crianComo podem os adultos ajudar a criançççça a a a a a a a reconquistar o autoreconquistar o autoreconquistar o autoreconquistar o auto----controlo e aprender a controlo e aprender a controlo e aprender a controlo e aprender a

não bater nem morder?não bater nem morder?não bater nem morder?não bater nem morder?

• se conseguirem reconhecer antecipadamente os sinais que levam a criança a bater ou a morder podem…tentar pegar-lhe e ajudá-la a acalmar-se antes dela “atacar” outra criança;

(ela acabará por reconhecer os seus próprios sinais de aviso e recuar, antes que seja tarde demais)

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• se já não forem a tempo de a fazer parar, mantenham-se calmos, peguem-lhe ao colo, acalmem-na e segurem-na...

• depois digam-lhe que vai ter de ficar sozinha até estar preparada para pedir desculpa e se controlar;

(este breve período de isolamento é mais eficaz do que as reacções excessivas que podem fazer com que o descontrolo da criança lhe pareça mais assustador ou levá-la a testar estas respostas, mordendo ainda mais)

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• Quando a criança estiver preparada para a escutar, falem-lhe calmamente, mas com firmeza: “Aquilo magoa. Não podes fazê-lo a mais ninguém. Quando estiveres mais calma, vais pedir-lhe desculpa. Na próxima vez, eu vou ajudar-te, antes que voltes a morder”

• Devem assegurar-lhe que ela é capaz de aprender a controlar-se e, até o conseguir, pode contar com os seus limites: “Não posso deixar-te fazer uma coisa destas”.

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Dos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anos

• A criança parece estar, por vezes, muito séria através da sua expressão facial e do ritmo do andar – ela estestestestáááá a esfora esfora esfora esforççççarararar----se por entender o mundo que a se por entender o mundo que a se por entender o mundo que a se por entender o mundo que a rodeiarodeiarodeiarodeia;

• A crianA crianA crianA criançççça decide o que quer e preocupaa decide o que quer e preocupaa decide o que quer e preocupaa decide o que quer e preocupa----se por se por se por se por poder ter de lutar para o obterpoder ter de lutar para o obterpoder ter de lutar para o obterpoder ter de lutar para o obter (adora os pais, mas tenta contornar as ordens deles);

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Dos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anos

• Sente-se dividida entre a fome de afecto e a necessidade de se afirmar;

• Quando os pais tentam reprimir um dos seus novos empreendimentos, por exemplo, mudar o lugar da mobília – a criança prepara-se para se rebelar e procura novas maneiras de manter a sua preciosa independência;

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Dos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anos• Aprender a usar a casa de banho pode ser uma Aprender a usar a casa de banho pode ser uma Aprender a usar a casa de banho pode ser uma Aprender a usar a casa de banho pode ser uma ocasião de autoocasião de autoocasião de autoocasião de auto----afirmaafirmaafirmaafirmaçççção:ão:ão:ão:

� a criança pode sentir-se entusiasmada com a possibilidade de se identificar com o mundo dos crescidos mas…

� se for pressionada para deixar as fraldas e começar a usar a casa de banho (antes dela estar preparada para o fazer), a criança pode não ver isso como uma oportunidade de se tornar independente – é provável que resista ou que sinta que está a ser controlada e pode recusar-se a usar o bacio ou reter as fezes;

� a retenção das fezes pode querer dizer: “Isto é parte de mim. Quero tomar conta de mim”

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Dos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosO que os pais podem fazer?O que os pais podem fazer?O que os pais podem fazer?O que os pais podem fazer?� não pressionar a criança para utilizar o bacio ou a casa de

banho;� mostrarem-lhe que é ela quem tem de decidir quando

está preparada;� controlarem as suas observações acerca do desejo de que

ela use a casa de banho, mesmo que o faça com delicadeza(“Tenta, senta-te no bacio só um bocadinho. Faz isso pela mamã…. A mamã não te pode levar para o infantário se ainda usares fraldas.”)

� pedir conselho ao médico sobre a forma de manter as fezes moles para que a criança não evite evacuar com medo da dor.

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Se deixar que seja a crianSe deixar que seja a crianSe deixar que seja a crianSe deixar que seja a criançççça a aprender a usar a casa a a aprender a usar a casa a a aprender a usar a casa a a aprender a usar a casa de banho sozinhade banho sozinhade banho sozinhade banho sozinha…………

� ela decide qual a melhor altura para o fazer e vai agir de acordo com essa decisão – será uma conquista dela;

� ajuda-a a transformar a resistência à sua pressão numa tomada de decisão própria, a sua declaração de independência;

� é uma oportunidade de a deixar sentir que controla o seu próprio corpo;

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Dos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anosDos 2 aos 3 anos• As birrasAs birrasAs birrasAs birras nesta idade podem começar a parecer menos uma perda de controlo e mais uma afirmaafirmaafirmaafirmaçççção da capacidade de a crianão da capacidade de a crianão da capacidade de a crianão da capacidade de a criançççça controlar os a controlar os a controlar os a controlar os pais;pais;pais;pais;

• Agora ela faz uma birra para mostrar que para ela para mostrar que para ela para mostrar que para ela para mostrar que para ela ééééimportante fazer as suas primportante fazer as suas primportante fazer as suas primportante fazer as suas próóóóprias escolhas:prias escolhas:prias escolhas:prias escolhas: “ Quero vestir a blusa cor de laranja e não a verde!”

• Quando a criança está zangada ou se sente frustrada, talvez não demonstre logo o que sente, para explodir mais tarde (será mais difícil perceber a origem da birra)

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• continua a fazer birra quando não lhe fazem a fazer birra quando não lhe fazem a fazer birra quando não lhe fazem a fazer birra quando não lhe fazem a vontade ou sempre que lhe dizem vontade ou sempre que lhe dizem vontade ou sempre que lhe dizem vontade ou sempre que lhe dizem ““““Não!Não!Não!Não!”””” – no entanto, por exemplo, quando se atira ao chão, fá-lo com um certo dramatismocom um certo dramatismocom um certo dramatismocom um certo dramatismo.

• com a birra estcom a birra estcom a birra estcom a birra estáááá a pedir aos pais que o seu poder a pedir aos pais que o seu poder a pedir aos pais que o seu poder a pedir aos pais que o seu poder seja reconhecidoseja reconhecidoseja reconhecidoseja reconhecido – se os pais cederem, normalmente a birra pára e aí ela fica com mais poder do que é capaz de gerir.

• recorre às birras apenas quando não sabe já como obter o que quer (já não são tão divertidas para a criança como antes eram).

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O que os pais podem fazer?O que os pais podem fazer?O que os pais podem fazer?O que os pais podem fazer?

� deixá-la tomar decisões para ela sentir que tem o controlo da situação, mas apenas quando tal for possível. Por exemplo, deixe-a carregar no botão do elevador, mas não em todos.

�Deixem-na fazer escolhas simples desde que o que ela escolha seja aceitável

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• Deixem bem claras quais as escolhas que ela não pode fazer: “Não, não vamos comprar coca-cola nem batatas fritas. Mas podes escolher se vamos levar pêras ou maçãs.”;

• Não encarem as brigas como algo pessoal (se o fizerem, estarão a dar-lhe mais força).

• Mantenham a calma e, através da vossa não reacção, desarmem-na, fazendo-lhe ver que: “A tua birra não vai obrigar-nos a fazer-te a vontade”. Mantenham a vossa posição.

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• depois, se não houver perigo, afastem-se;

• caso contrário, se houver algum perigo, fiquem junto da criança e observem-na, mas não interajam com ela;

• quando tudo terminar, peguem-lhe ao colo e acarinhem-na.

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• As razões para uma crianAs razões para uma crianAs razões para uma crianAs razões para uma criançççça desta idade ser agressiva a desta idade ser agressiva a desta idade ser agressiva a desta idade ser agressiva podem ser: podem ser: podem ser: podem ser: chamar a atenção; raiva por ter sido frustrada na brincadeira, sobrecarga de sensações ou cansaço, auto-defesa contra uma ameaça real ou imaginária);

• mas nenhuma destas razões desculpa os pontapés e os beliscões – as consequências devem ser imediatas, firmes e consistentes;

• a criança precisa saber que é responsável pelo seu comportamento.

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• Mas quando a crianMas quando a crianMas quando a crianMas quando a criançççça recorre repetidamente a recorre repetidamente a recorre repetidamente a recorre repetidamente ààààs s s s agressões fagressões fagressões fagressões fíííísicassicassicassicas (bate, belisca ou morde) ou parece incapaz de mudar para uma atitude mais pacífica quando está a brincar com os amigos, poderpoderpoderpoderáááá ser a ser a ser a ser a úúúúnica forma nica forma nica forma nica forma que encontra de mostrar que algo mais sque encontra de mostrar que algo mais sque encontra de mostrar que algo mais sque encontra de mostrar que algo mais séééério a estrio a estrio a estrio a estááááa perturbar:a perturbar:a perturbar:a perturbar:

ex.: a chegada de um bebé à família; a hostilidade entre dois pais que estão com problemas no casamento; estar assustada por uma criança mais velha estar a atormentá-la; a criança pode ter um atraso no desenvolvimento da linguagem que a impede de expressar as suas necessidades e a deixa completamente frustrada…