o desempenho da companhia vale do rio doce em 2002 · a despeito da lenta recuperação da economia...

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1 Press Release 2002 O DESEMPENHO DA COMPANHIA VALE DO RIO DOCE EM 2002 As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos (US GAAP). As principais subsidiárias da CVRD consolidadas são: RDME, Sibra, Ferteco, Urucum Mineração, Pará Pigmentos, Docenave, Aluvale, Alunorte, Florestas Rio Doce, Celmar, Rio Doce Europa, Itaco, CVRD Overseas e Rio Doce Finance International. Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2003 – A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) registrou lucro líquido de US$ 680 milhões em 2002, equivalente a US$ 1,77 por ação, contra US$ 1,29 bilhão em 2001. No quarto trimestre de 2002 (4T02) obteve lucro de US$ 569 milhões, correspondente a US$ 1,48 por ação. O lucro operacional obtido em 2002 foi de US$ 1,38 bilhão. Contudo, a apreciação durante o ano de 52,3% do dólar norte-americano (USD) contra o real (BRL) causou significativo efeito desfavorável sobre o lucro líquido. A volatilidade do câmbio provocou perda de US$ 580 milhões através do impacto sobre o passivo líquido em USD (endividamento líquido menos ativos no exterior). Se descontarmos os ganhos de capital derivados de vendas de ativos, que compreendem efeitos de eventos não recorrentes, o lucro líquido de 2002 ( lucro pro forma ) teria sido de US$ 631 milhões contra US$ 503 milhões em 2001. Foram pagos aos acionistas, sob a forma de juros sobre o capital próprio, US$ 602 milhões, sendo US$ 0,98 por ação em 30 de abril e US$ 0,70 em 10 de dezembro. O dividend yield, medido em USD, foi de 6,8%. O retorno total do acionista (TSR), a métrica que melhor resume a criação de valor pois incorpora os efeitos de variações dos preços das ações e dos dividendos pagos, foi igual a 24,2% em 2002, uma excelente remuneração num mundo de baixos retornos e incertezas. No período 1998/2002 o TSR foi de 14,4% ao ano. A despeito da lenta recuperação da economia global e da queda dos preços de minério de ferro e pelotas, a CVRD registrou diversos recordes de vendas, receita e geração de caixa. Os volumes de vendas de minério de ferro e pelotas, ferro ligas, potássio e alumina alcançaram recordes históricos bem como o transporte ferroviário de carga geral para clientes.

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Press Release 2002

O DESEMPENHO DA COMPANHIA VALE DO RIODOCE EM 2002

As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando deoutra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo comos princípios de contabilidade geralmente aceitos nos Estados Unidos (US GAAP). Asprincipais subsidiárias da CVRD consolidadas são: RDME, Sibra, Ferteco, UrucumMineração, Pará Pigmentos, Docenave, Aluvale, Alunorte, Florestas Rio Doce, Celmar, RioDoce Europa, Itaco, CVRD Overseas e Rio Doce Finance International.

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2003 – A Companhia Vale do Rio Doce (CVRD)registrou lucro líquido de US$ 680 milhões em 2002, equivalente a US$ 1,77 poração, contra US$ 1,29 bilhão em 2001. No quarto trimestre de 2002 (4T02) obtevelucro de US$ 569 milhões, correspondente a US$ 1,48 por ação.

O lucro operacional obtido em 2002 foi de US$ 1,38 bilhão. Contudo, a apreciaçãodurante o ano de 52,3% do dólar norte-americano (USD) contra o real (BRL) causousignificativo efeito desfavorável sobre o lucro líquido. A volatilidade do câmbioprovocou perda de US$ 580 milhões através do impacto sobre o passivo líquido emUSD (endividamento líquido menos ativos no exterior).

Se descontarmos os ganhos de capital derivados de vendas de ativos, quecompreendem efeitos de eventos não recorrentes, o lucro líquido de 2002 (lucro proforma) teria sido de US$ 631 milhões contra US$ 503 milhões em 2001.

Foram pagos aos acionistas, sob a forma de juros sobre o capital próprio, US$ 602milhões, sendo US$ 0,98 por ação em 30 de abril e US$ 0,70 em 10 de dezembro. Odividend yield, medido em USD, foi de 6,8%.

O retorno total do acionista (TSR), a métrica que melhor resume a criação de valorpois incorpora os efeitos de variações dos preços das ações e dos dividendos pagos,foi igual a 24,2% em 2002, uma excelente remuneração num mundo de baixosretornos e incertezas. No período 1998/2002 o TSR foi de 14,4% ao ano.

A despeito da lenta recuperação da economia global e da queda dos preços deminério de ferro e pelotas, a CVRD registrou diversos recordes de vendas, receita egeração de caixa.

Os volumes de vendas de minério de ferro e pelotas, ferro ligas, potássio e aluminaalcançaram recordes históricos bem como o transporte ferroviário de carga geral paraclientes.

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US GAAP 20022

Os embarques de minério de ferro e pelotas alcançaram 164,1 milhões de toneladas, tendo crescido 10,4%em relação a 2001. As vendas de ferro ligas atingiram 522 mil toneladas, contra apenas 252 mil em 2001,quando o racionamento de energia elétrica forçou a redução da produção no Brasil. As vendas de potássioforam de 731 mil toneladas, registrando aumento de 45,3% em relação ao ano anterior. As vendas totaisde alumina, produzida pela Alunorte, alcançaram 1,64 milhão de toneladas contra 1,595 milhão em 2001.

O transporte de carga geral (carga exceto minério de ferro e pelotas), efetuado pelas ferrovias Vitória aMinas (EFVM) e Carajás (EFC), movimentou 14,7 bilhões de toneladas quilômetro útil (tku),apresentando crescimento de 14% relativamente a 2001.

A receita líquida de US$ 4,113 bilhões foi 4,5 % superior a de 2001, e é a mais elevada desde quando aCompanhia passou a divulgar demonstrações financeiras em US GAAP. A geração de caixa medida peloEBITDA (lucro antes de despesas financeiras, impostos, depreciação e amortização) atingiu US$ 1,789bilhão, e se constitui também em valor recorde. A relação EBITDA/receitas líquidas em 2002 foi de43,5%.

Os dispêndios de capital da CVRD, mensurados de acordo com os critérios do US GAAP, somaram US$898,2 milhões em 2002, sendo que a maior parte dos recursos investidos, US$ 435,1 milhões, foidedicada ao financiamento de projetos.

Em 2002, foi inaugurada a planta de pelotização de São Luís, no terminal marítimo de Ponta da Madeira,estado do Maranhão, com capacidade de produção de 6 milhões de toneladas anuais. A operaçãocomercial dessa planta foi iniciada no segundo semestre do ano. A usina hidrelétrica de Funil, localizadano estado de Minas Gerais, na qual a CVRD possui 51% de participação, começou a operar no final de2002. Funil tem capacidade instalada de 180 MW

No final de dezembro de 2002, a dívida total da Companhia era de US$ 3,331 bilhões, nível ligeiramentesuperior aos US$ 3,244 bilhões registrados em 31 de dezembro de 2001. As disponibilidades de caixa nofinal do ano passado eram de US$ 1,091 bilhão.

No 4T02, o lucro líquido da CVRD foi de US$ 569 milhões, mais do que compensando os prejuízosregistrados nos dois trimestres anteriores, provocados pelas variações monetárias decorrentes dadepreciação do BRL. O EBITDA no 4T02 foi de US$ 406 milhões e a margem EBITDA de 39,1%.

EVENTOS RELEVANTES NO 4T02

Oferta Pública de Compra de Ações da Companhia Paulista de Ferro Ligas

Em 26 de novembro de 2002 foi realizado na BOVESPA leilão para recompra de ações da CompanhiaPaulista de Ferro Ligas (CPFL), empresa produtora de ferro ligas controlada pela CVRD. Foramadquiridas 80% do total de ações que ainda estavam em circulação. Tal quantidade correspondeu a 4,94%do capital total da CPFL. O montante da operação totalizou R$ 7.896.117,09. O fechamento de capital daCPFL foi autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em dezembro de 2002.

ISO 14001

Em novembro de 2002, as minas de minério de ferro de Itabira receberam certificação ISO 14001 peloseu Sistema de Gestão da Qualidade Ambiental. Com isto, todas as principais operações da CVRD jápossuem o certificado ISO 14001.

Movimentos estratégicos na indústria siderúrgica

A CVRD, em conjunto com a Arcelor, realizou proposta de aquisição da participação da Acesita naCompanhia Siderúrgica de Tubarão (CST). Esta transação envolve acordo que permite a venda da

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participação da CVRD na CST a partir de 2007. Ao mesmo tempo, garante a aprovação, pelos acionistascontroladores da CST, do projeto de construção de um terceiro alto forno. Portanto, trata-se de elevaçãotemporária de participação da CVRD na CST em troca de obtenção de liquidez para sua posição acionáriae de aumento significativo de suas vendas de minério de ferro e pelotas para essa empresa a partir de2006, o que é consistente com a estratégia de focar seus negócios em mineração.

Joint venture em logística

A CVRD formou uma parceria com a Mitsui, empresa japonesa player global no mercado de logística,para o desenvolvimento do negócio de transporte intermodal. A Mitsui contribuirá com conhecimentos etecnologia para o gerenciamento da armazenagem de contêineres e criação do serviço de feeder -alimentação de contêineres para a navegação marítima internacional.

Dividendos

De acordo com o estabelecido na Política de Remuneração do Acionista, a Diretoria Executiva daCompanhia apresentou ao Conselho de Administração em 30 de janeiro de 2003 proposta para pagamentode dividendos e/ou juros sobre o capital próprio para seus acionistas, no valor mínimo de US$ 400milhões, correspondente a US$ 1,04 por ação, a ser realizado em duas parcelas iguais, em 30 de abril e31 de outubro de 2003, respectivamente.

Compra da Rana

Em fevereiro de 2003 a CVRD adquiriu o controle integral da Elkem Rana, localizada no parqueindustrial de Mo i Rana, na Noruega, por aproximadamente US$ 17,6 milhões. A empresa, que passará ase chamar Rio Doce Manganese Norway, possui uma planta que produziu ferro ligas de cromo até junhode 2002. Em 2003, ela passará a produzir ferro ligas de manganês, possibilitando a expansão dasatividades da CVRD com ferro ligas na Europa Continental, onde sua subsidiária Rio Doce ManganeseEurope já opera uma planta produtora de ferro ligas de manganês em Dunkerque, França.

AS PERSPECTIVAS DE CURTO PRAZO

A economia mundial continua o processo de convalescença, com taxas de juros nominais e reaispermanecendo a níveis historicamente muito baixos e o USD com tendência de enfraquecimento vis-à-visuma cesta de moedas. Uma das implicações da desvalorização do USD é o provável efeito positivo sobreos preços de metais, uma vez que há correlação negativa entre o valor da moeda norte-americana e ospreços dessas commodities.

A economia americana emite sinais mistos a respeito de sua recuperação, a zona do Euro parece estaringressando numa fase de crescimento mais modesto ainda e o Japão não consegue emergir do processode estagnação econômica.

O principal efeito macroeconômico de uma eventual guerra contra o Iraque se reflete na alta dos preçosdo petróleo, o que parece estar parcialmente antecipado pelos mercados, atuando como choque de ofertasobre a economia global. Entretanto, dependendo da intensidade e da duração desse efeito, a fase derecuperação pode se reverter, o que resultaria numa recessão, a exemplo do que ocorreu no inicio dosanos noventa.

Por outro lado, o rápido crescimento econômico da China e o estágio atravessado por sua economiadetermina que tenha influência sobre os mercados de minérios e metais desproporcional à importânciarelativa no PIB global. O aumento da renda está viabilizando o acesso de crescentes parcelas de suapopulação a bens de consumo duráveis, intensivos no emprego de metais, como aço, alumínio e cobre. Aomesmo tempo, está em implementação substancial programa de investimentos em infra-estrutura e

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US GAAP 20024

habitação, bastante intensivo também na utilização de metais. Em conseqüência, é estimado que a Chinaseja atualmente responsável por 15% do consumo global de metais.

A extraordinária expansão do consumo do aço e a necessidade de substituir o uso do minério de ferrodoméstico pelo importado têm levado a China a aumentar dramaticamente as compras de minério, asquais cresceram aproximadamente 20 milhões de toneladas em 2002.

Nossa estimativa é de que o mercado transoceânico de minério de ferro tenha atingido 475 milhões detoneladas em 2002. Para 2003, a previsão é de uma demanda transoceânica, impulsionada principalmentepela China, da ordem de aproximadamente 500 milhões de toneladas. Já no primeiro mês de 2003 aprodução mundial de aço bruto, de acordo com o IISI (International Institute for Steel and Iron) ,apresentou aumento de 10,7% em relação a janeiro de 2002, o que dá uma boa indicação da pressão dademanda por minério de ferro.

O atendimento da expansão da demanda global encontra restrições, tanto na capacidade das minas quantona logística. A CVRD vem operando a plena capacidade, estimando-se apenas pequeno crescimento deseus embarques em 2003, suprido principalmente pelo ramp up da usina de pelotização de São Luiz.

No caso da alumina, a situação é semelhante. Para sustentar a crescente produção de alumínio, a Chinamais do que dobrou suas importações de alumina entre 2000 e 2002, e a continuidade do crescimento dademanda está contribuindo para a alta de preços.

O módulo 3 da Alunorte, a refinaria de alumina controlada pela CVRD, que aumenta sua capacidade deprodução para 2,4 milhões de toneladas anuais, começou a operar em fase experimental no final dejaneiro. A Companhia pretende investir na construção dos módulos 4 e 5, elevando a capacidade daAlunorte para 4,2 milhões de toneladas.

No mercado de logística, a CVRD aumentou significativamente os investimentos na aquisição delocomotivas e vagões para poder atender à demanda por seus serviços, já que dispõe de contratos quesuportam a plena utilização dos equipamentos encomendados.

VOLUMES DE VENDAS E RECEITAS

Os embarques de minério de ferro e pelotas somaram 164,1 milhões de toneladas em 2002, superando em10,4% o volume de 148,7 milhões de 2001.

As vendas do 4T02 se constituíram em novo recorde trimestral, com 44,0 milhões de toneladas, aumentode 3,7% em relação ao 3T02 e de 15,7% em relação ao 4T01.

As vendas de minério de ferro em 2002 foram de 143,6 milhões de toneladas contra 130,8 milhões em2001, tendo aumentado portanto em 9,8 %. A expansão das vendas de pelotas foi maior em termospercentuais, de 14,8%, tendo evoluído de 17,9 milhões de toneladas para 20,6 milhões em 2002.

O preço médio de venda do minério de ferro em 2002 foi de US$ 14,95 por tonelada e o de pelotas deUS$ 32,73.

VOLUME VENDIDO - MINÉRIO DE FERRO E PELOTASmil toneladas

4T 01 3T 02 4T 02 2001 % 2002 %Minério de Ferro 32.926 37.541 37.071 130.823 87,9 143.576 87,5Pelotas 5.060 4.847 6.889 17.931 12,1 20.577 12,5Total 37.986 42.388 43.960 148.754 100,0 164.153 100,0

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US GAAP 20025

O volume de vendas de minério de manganês para clientes foi de 665 mil toneladas, com os embarques deferro ligas atingindo o nível recorde de 522 mil toneladas.

O transporte ferroviário de carga geral pela EFC e EFVM movimentou 14,7 bilhões de toneladasquilômetro útil (tku) em 2002. Apesar da maior parte do transporte ferroviário de carga geral da CVRDestar associado à indústria siderúrgica, o segmento mais dinâmico do negócio é constituído por produtosagrícolas. O crescimento do transporte de soja em grãos e farelo de soja através da operação integradaFCA-EFVM-complexo portuário de Tubarão e ferrovia Norte-Sul (ferrovia estatal operada pela CVRD) –EFC – porto de Ponta da Madeira está alimentando boa parte da expansão das atividades. O transporteintermodal, com a exploração da conectividade entre transporte rodoviário, ferrovias, portos e navegaçãode cabotagem, também se apresenta como fonte relevante de crescimento.

O consumo de combustível das ferrovias da CVRD, medido em litros por mil toneladas quilômetro bruto(tkb), apresentou redução de 6% em 2002, contribuindo para a redução de custos operacionais.

Foram movimentadas pelos portos da CVRD 26,3 milhões de toneladas de carga geral em 2002 ante 21,7milhões no ano anterior.

VOLUME VENDIDO - TRANSPORTE DE CARGA GERALbilhões de TKUs

4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002EFVM 2,791 3,049 2,968 11,081 11,561EFC 423 841 819 1,819 3,172Total 3,214 3,890 3,787 12,900 14,733

As vendas de ouro apresentaram forte declínio devido ao fechamento da mina do Igarapé Bahia em junhode 2002. A CVRD vendeu 331.479 onças troy (oz) contra 508.472 onças troy em 2001. A mina deFazenda Brasileiro, a única em operação no momento, deverá encerrar suas atividades no final de 2004.

As vendas de alumina, efetuadas pela Alunorte, foram de 1,64 milhão de toneladas ao preço médio deUS$ 164 por tonelada. Entretanto, somente a partir do 3T02 os resultados operacionais e financeiros dessaempresa passaram a ser consolidados.

As vendas de potássio, de 731 mil toneladas, tiveram aumento de 45,3% comparativamente a 2001. Amina de Taquari – Vassouras operou acima de sua capacidade nominal e foram utilizados estoques paraatender ao crescimento da demanda.

A receita operacional bruta chegou a US$ 4,272 bilhões, com aumento de 4,8% em relação ao anoanterior.

VOLUME VENDIDO - OUTROS PRODUTOSmil toneladas

4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002

Ouro (oz) 141.144 63.531 40.639 508.472 331.479Manganês nd 213 123 913 665Ferro ligas nd 176 153 252 522Alumina 57 348 502 169 989Alumínio 32 49 51 153 196Bauxita 283 398 180 862 1.125Potássio 95 223 203 503 731Caulim 87 112 95 317 330

As vendas de minério de ferro e pelotas foram responsáveis pela receita de US$ 2,820 bilhões, comaumento de 8,5% quando comparada à obtida em 2001. Face à consolidação da Alunorte, o que implicoupor sua vez na consolidação de receitas de US$ 126 milhões, e ao aumento no volume de vendas de

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US GAAP 20026

bauxita, alumina e alumínio primário, a receita originada pelos negócios com alumínio atingiu US$ 462milhões, representando aumento de US$ 178 milhões relativamente a 2001.

A receita derivada da prestação de serviços de logística, de US$ 458 milhões, apresentou queda pelosegundo ano consecutivo, tendo sido de US$ 608 milhões em 2001 e de US$ 760 milhões em 2000. Trêsfatores foram responsáveis por essa evolução: (a) a logística é um negócio local, com preços de seusserviços fixados em BRL, cujo valor em USD se reduziu com a depreciação de 44,7% da moeda brasileiradesde o final de 2000; (b) a CVRD adquiriu o controle de empresas de minério de ferro – Samitri eFerteco - que eram clientes da EFVM, o que implicou em queda de receita da ordem de US$ 20 milhõesem 2002; (c) a Docenave está deixando o transporte transoceânico de granéis, o que representou perda dereceita de US$ 140 milhões em 2002.

Todavia, essa tendência, tal como é sugerido pelo forte crescimento dos serviços de logística, deverá serrevertida, a menos que o BRL continue a se desvalorizar contra o USD, o que consideramos poucoprovável.

Em resumo, o minério de ferro foi responsável por 50% da receita total, pelotas por 16%, alumínio por11%, logística 11%, manganês e ferro ligas 6%, potássio, caulim, ouro e outros 6%.

Cerca de 89% da receita bruta de 2002 foi denominada ou indexada ao USD, com apenas 11% sendodenominada em BRL.

COMPOSIÇAO DA RECEITA BRUTA POR PRODUTOUS$ milhões

4T 01 3T 02 4T 02 2001 % 2002 %Minério de Ferro 584 513 539 2.003 49,1% 2.147 50,3%Pelotas 79 196 203 597 14,6% 673 15,8%Ouro 39 21 13 139 3,4% 103 2,4%Serviços de logística 144 128 88 608 14,9% 458 10,7%Alumínio, alumina e bauxita 60 144 152 284 7,0% 462 10,8%Manganês e ferro ligas 59 78 67 259 6,4% 283 6,6%Potássio 13 27 24 71 1,7% 91 2,1%Caulim 8 13 2 41 1,0% 35 0,8%Madeira e celulose 1 - - 54 1,3% - 0,0%Outros (9) 13 (7) 21 0,5% 20 0,5%Total 978 1.133 1.081 4.077 100,0% 4.272 100,0%

COMPOSIÇAO DA RECEITA BRUTA POR DESTINOUS$ milhões

4T 01 3T 02 4T 02 2001 % 2002 %Mercado doméstico 300 391 250 1.283 31,5% 1.279 29,9%Mercado externo 678 742 831 2.794 68,5% 2.993 70,1% EUA 128 70 101 415 10,2% 266 6,2% Europa 281 379 339 1.084 28,8% 1.444 33,8% Oriente Médio e África 105 51 68 200 4,9% 193 4,5% Japão 90 63 72 392 7,4% 266 6,2% Ásia, exceto Japão 69 117 125 509 12,5% 519 12,1% América Latina e outros 5 62 126 194 4,8% 305 7,1%Total 978 1.133 1.081 4.077 100,0% 4.272 100,0%

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O COMPORTAMENTO DO LUCRO LÍQUIDO EM 2002

O lucro líquido obtido em 2002, de US$ 680 milhões, apresentou declínio de 47,2 % em relação aos US$1,287 bilhões de 2001. Contudo, tal como foi mencionado anteriormente, se ajustarmos pelos ganhos decapital proporcionados pela venda de ativos (CSN, Bahia Sul e Cenibra em 2001 e Florestas Rio Doce em2002), efeitos de eventos não recorrentes, o lucro pro forma de 2002 é de US$ 631 milhões contra US$503 milhões em 2001.

Contribuíram negativamente para o resultado de 2002 os seguintes fatores: (a) aumento de impostos, coma cobrança do Cofins sobre as vendas de minério de ferro no mercado interno; (b) aumento de US$ 7milhões nas despesas com pesquisa geológica e desenvolvimento tecnológico; (c) perdas realizadas emoperações com derivativos utilizadas para proteção contra volatilidade de taxas de juros, preços decommodities (ouro e alumínio) e taxas de câmbio (iene/USD) no valor de US$ 92 milhões; (d) provisãode US$ 40 milhões por conta da antecipação, de 2009 para 2004, do encerramento da produção de ouroda mina de Fazenda Brasileiro; (e) acréscimo de US$ 154 milhões nas variações monetárias passivas,causadas pela desvalorização do BRL em relação ao USD; (f) aumento de US$ 54 milhões nas provisõespara perdas com investimentos, influenciadas principalmente pela baixa de US$ 86 milhões no ágio pagona aquisição do controle acionário da Caemi.

As perdas realizadas com derivativos para hedge contra oscilações do preço do ouro, no valor de US$ 22milhões, afetaram os custos operacionais. O prejuízo com as operações de proteção contra variações daLibor, no valor de US$ 68 milhões, é contabilizado nas despesas financeiras. No caso do resultadonegativo das operações envolvendo volatilidade da taxa de câmbio , no valor de US$ 2 milhões, aapropriação foi feita como perda com variações monetárias.

Do lado positivo, vale a pena destacar o aumento de US$ 195 milhões na receita operacional bruta, adiminuição, apesar da forte expansão das vendas, de US$ 19 milhões no custo dos produtos vendidos, aqueda de US$ 17 milhões nas despesas com vendas, gerais e administrativas e o aumento de US$ 21milhões na equivalência patrimonial gerada por empresas não consolidadas.

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOSUS$ milhões

4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002

Pessoal 59 58 54 243 231Material 113 114 123 427 459Serviços contratados 131 98 105 415 360Aquisição de minério de ferro e pelotas 180 140 165 752 692Aquisição de bauxita 0 31 32 - 74Depreciação e exaustão 63 62 31 252 250Outros 11 47 62 183 187Total 557 550 572 2.272 2.253

O lucro do 4T02, de US$ 569 milhões, teve como principal alavanca a reversão de variações monetáriaspassivas no valor de US$ 757 milhões, determinadas pela desvalorização de 9,3% do USD relativamenteao BRL entre 30 de setembro e 31 de dezembro de 2002. Além disso, houve reversão parcial da provisãorealizada no 3T02 na linha de despesas financeiras relativa à garantia concedida à VALIA, fundo depensão dos empregados da CVRD, para o retorno da ações da CSN, de 6% ao ano acrescido da variaçãodo IGP-DI, cuja propriedade lhe foi transferida em março de 2001. A reversão, no valor de US$ 41milhões, foi efetuada porque a cotação na BOVESPA das ações da CSN em 31 de dezembro de 2002atingiu R$ 51,06, preço bastante próximo do garantido no contrato com a VALIA, de R$ 51,14 por ação.Desse modo, restou provisão no valor de US$ 1 milhão.

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US GAAP 20028

GERAÇÃO DE CAIXA

O fluxo de caixa livre (fluxo de caixa operacional menos investimentos) gerado em 2002 foi de US$1,256 bilhão, tendo sido 27,3 % superior ao computado para 2001, no valor de US$ 987 milhões. O fluxode caixa permitiu, com folga, pagamentos de dividendos, sob a forma de juros sobre o capital próprio, ede juros da dívida nos valores de, respectivamente, US$ 602 milhões e US$ 188 milhões.

O EBITDA acumulado em 2002 atingiu US$ 1,789 bilhão, apresentando crescimento de 1% sobre o valorde US$ 1,772 bilhão relativo ao ano anterior. A margem EBITDA foi de 43,5%.

Em 2002, o ajuste para itens que não acarretaram em desembolso de caixa foi igual a US$ 104 milhões eos dividendos recebidos de empresas não consolidadas foi de US$ 91 milhões. Em 2001, os ajustes paraitens não caixa foi de US$ 466 milhões e os dividendos recebidos foram superiores em US$ 41 milhõesao valor de 2002, somando US$ 132 milhões.

A MRN, com US$ 32 milhões, Samarco, com U$ 17 milhões, CSI, com US$ 9 milhões, Valesul e GIIC,com US$ 6 milhões, foram responsáveis por 77% dos dividendos recebidos pela CVRD das empresas nãoconsolidadas.

Os negócios com minerais ferrosos (minério de ferro, pelotas, manganês e ferro ligas) concorreram com80,7% do EBITDA total, serviços de logística com 9,4%, alumínio com 5,1%, minerais não ferrosos(ouro, potássio e caulim) com 3,9% e produtos siderúrgicos com 0,9%.

CÁLCULO DO EBITDAUS$ milhões

2002Receita Operacional Líquida 4.113CPV (2.253)Despesas com vendas, gerais e administrativas (224)Pesquisa e desenvolvimento (50)Outras despesas operacionais (206)Ajuste de itens não caixa 104 Contingencias 54 Fundo de pensão 11 Hedge do ouro 22 Baixa Ativos 35 Outros (18)EBIT 1.484Depreciação, amortização e exaustão 214Dividendos recebidos 91EBITDA 1.789

EBITDA E MARGEM EBITDA

4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002EBITDA (US$ milhões) 385 483 406 1.772 1.789Margem EBITDA (%) 41,0 44,1 39,1 44,4 43,5

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US GAAP 20029

ENDIVIDAMENTO

Em 31 de dezembro de 2002, a dívida total da CVRD era de US$ 3,331 bilhões, com redução de US$604 milhões quando comparada ao pico alcançado no final do 1T02, de US$ 3,935 bilhões. Relativamenteà posição do final de 2001, houve ligeira elevação, no valor de US$ 87 milhões.

A dívida de curto prazo era de US$ 965 milhões, representando 29 % do total, e a de longo prazo US$2,366 bilhões.

As disponibilidades de caixa no final de 2002 eram de US$ 1,091 bilhão, com ligeira redução em relaçãoà posição de 31 de dezembro de 2001, de US$ 1,117 bilhão. Desse modo, a dívida líquida no final dedezembro de 2002 era de US$ 2,240 bilhões.

O endividamento total representava apenas 1,9 vezes o EBITDA acumulado durante o ano e 23% do valordos ativos (enterprise value) em 31 de dezembro de 2002, o que caracteriza uma situação confortável noque concerne à alavancagem. A cobertura EBITDA/pagamento de juros foi de 6,7 vezes, apesar do custoda dívida relativamente alto para empresas baseadas em países que não possuem grau de investimento.

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTOUS$ milhões

2001 2002Dívida Bruta 3.244 3.331Dívida Líquida 2.127 2.240Dívida Bruta / LTM EBITDA (x) 1,83 1,86EBITDA / Despesas Financeiras (x) 7,32 6,65Dívida Bruta / Ativos Totais (x) 0,26 0,23

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US GAAP 200210

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOUS$ milhões

4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002Receita Operacional Bruta 978 1.133 1.081 4.077 4.272Impostos (40) (39) (42) (142) (159)Receita Operacional Líquida 938 1.094 1.039 3.935 4.113Custo dos Produtos Vendidos (557) (550) (572) (2.272) (2.253)Lucro Bruto 381 544 467 1.663 1.860Margem Bruta (%) 40,6 49,7 44,9 42,3 45,2Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (53) (79) (22) (241) (224)Despesas com Pesquisa e Desenvolvimento (12) (15) (14) (43) (50)Participação nos Resultados (17) (14) (18) (38) (38)Outros (44) (82) 49 (379) (119)Lucro Operacional 255 354 462 962 1.429Receitas Financeiras 55 10 40 135 127Despesas Financeiras (95) (173) (23) (335) (375)Variações Monetárias 317 (511) 246 (426) (580)Ganho na Venda de Participações Societárias - 49 (49) 784 -IR e Contribuição Social Correntes 5 - (8) 46 (12)IR e Contribuição Social Diferido 170 148 (101) 172 161Equivalência Patrimonial (41) 12 (32) (49) (28)Provisão para Perdas em Investimentos 41 (86) 67 (4) (59)Participações Minoritárias (5) 47 (33) 2 17Lucro Líquido 702 (150) 569 1.287 680Lucro por Ação (US$) 1,82 (0,39) 1,48 3,34 1,77

BALANÇO PATRIMONIALUS$ milhões

4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002Ativo Circulante 2.638 2.893 2.589 2.638 2.589 Realizável a Longo Prazo 1.839 1.170 1.337 1.839 1.337 Permanente 5.031 3.429 4.029 5.031 4.029Total 9.508 7.492 7.955 9.508 7.955Passivo Circulante 1.921 1.602 1.508 1.921 1.508 Exigível a Longo Prazo 2.947 3.282 3.160 2.947 3.160 Patrimônio Líquido 4.640 2.608 3.287 4.640 3.287 Capital Social 2.709 2.944 2.944 2.709 2.944 Reservas 1.931 (336) 343 1.931 343Total 9.508 7.492 7.955 9.508 7.955

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Demonstrações Consolidadas dos Fluxos de CaixaEm milhões de dólares norte-americanos

Exercício findo em 31 de dezembro

2002 2001 2000Fluxos de caixa provenientes das operações: Lucro líquido do ano................................................................................................................................................680 1.287 1.086 Ajustes para reconciliar o lucro líquido do ano com recursos provenientes das atividades operacionais: Depreciação, exaustão e amortização................................................................................................................................................214 212 195 Dividendos recebidos................................................................................................................................................91 132 133 Equivalência patrimonial em coligadas e joint ventures e provisão para perdas em investimentos..............................................................................................................................................................................................................87 53 (322) Imposto de renda diferido........................................................................................................................................................................................................(161) (172) (42) Provisões para contingências................................................................................................................................................53 79 101 Perdas na alienação de bens do imobilizado................................................................................................................................................62 79 47 Baixa de investimentos...................................................................................................................................... - (784) (54) Fundo de pensão........................................................................................................................................................................................................11 32 41 Perdas cambial e monetária........................................................................................................................................................................1.031 460 208 Perdas líquidas não realizadas com derivativos........................................................................................................................................................................................................28 38 - Outros...............................................................................................................................................................................................................................................84 129 118 Redução (aumento) em ativos: Contas a receber........................................................................................................................................................................................................(123) (49) (63) Estoques................................................................................................................................................................................................................................................(69) (40) (50) Outros..................................................................................................................................................................................................................................................(105) 17 (103) Aumento (redução) em passivos: Fornecedores........................................................................................................................................................................................................102 21 84 Salários e encargos sociais........................................................................................................................................................................................................23 42 (1) Outros..................................................................................................................................................................................................................................................94 (18) 46 Recursos líquidos provenientes das atividades operacionais................................................................................................................................................2.102 1.518 1.424

Fluxos de caixa provenientes das atividades de investimento: Empréstimos e adiantamentos Partes relacionadas Adições .............................................................................................................................................................................................................................................(101) (75) (168) Pagamentos........................................................................................................................................................................................................75 79 32 Outros..................................................................................................................................................................................................................................................20 7 8 Garantias e depósitos........................................................................................................................................................................(78) (85) (98) Adições em investimentos........................................................................................................................................................................................................(1) (338) (538) Adições ao imobilizado........................................................................................................................................................................................................(766) (595) (447) Ganhos provenientes da alienação de bens do imobilizado.....................................................................................................................................................................................................7 3 1 Ganhos provenientes da alienação de investimentos..................................................................................................................................- 989 44 Recursos líquidos utilizados na aquisição de controladas........................................................................................................................................................................(45) (516) (323) Recursos líquidos utilizados nas atividades de investimento................................................................................................................................................(889) (531) (1.489)

Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento: Empréstimos e financiamentos de curto prazo (captações líquidas)................................................................................................................................................(345) (28) (278) Empréstimos Partes relacionadas Adições..............................................................................................................................................................................................................................................54 145 8 Pagamentos........................................................................................................................................................................................................(75) (44) (42) Notas Perpétuas........................................................................................................................................................................................................................- - 120 Empréstimos e financiamentos de longo prazo Partes relacionadas........................................................................................................................................................................................................17 66 62 Outros.................................................................................................................................................................................................................................................698 317 750 Pagamentos de empréstimos e financiamentos de longo prazo Partes relacionadas........................................................................................................................................................................................................(15) (40) (25) Outros.................................................................................................................................................................................................................................................(330) (310) (419) Juros sobre o capital próprio pagos a acionistas................................................................................................................................................(602) (1.066) (246) Ações em tesouraria................................................................................................................................................ - (27) - Recursos líquidos utilizados nas atividades de financiamento................................................................................................................................................(598) (987) (70) Aumento (diminuição) de caixa e equivalentes................................................................................................................................................615 - (135) Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes................................................................................................................................................(641) (94) (107) Caixa e equivalentes no início do ano................................................................................................................................................1.117 1.211 1.453 Caixa e equivalentes no final do ano................................................................................................................................................1.091 1.117 1.211

Pagamentos efetuados durante o ano: Juros de curto prazo................................................................................................................................................(46) (45) (48) Juros de longo prazo, líquidos dos juros capitalizados de $15 em 2002, $11 em 2001 e $12 em 2000................................................................................................................................................(142) (153) (128) Imposto de renda................................................................................................................................................ (12) (46) (6)Transações que não envolveram caixa Obrigações com a Valia liquidadas por transferência de ações da CSN ............................................................................................................- 249 - Troca de empréstimos concedidos por investimentos................................................................................................................................................55 35 7

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US GAAP 200212

AS DESPESAS DE CAPITAL EM 2002

A forte geração de caixa operacional da CVRD permite que as iniciativas de crescimento sejam julgadaspor seu próprio mérito, com análises isentas da influência de problemas de liquidez de curto prazo.

O investimento realizado pela CVRD em 2002 alcançou US$ 898,2 milhões. Se descontarmos o valor dasaquisições neste, os dispêndios de capital foram de US$ 803,1 milhões.

A maior parte dos investimentos efetuados em 2002 foi destinada a projetos, no montante de US$ 435,1milhões.

Na área de minerais ferrosos foram desembolsados US$ 328 milhões, sendo US$ 136,2 milhõesreferentes a investimento em projetos. Foram gastos US$ 81,6 milhões na construção e infra-estrutura dausina de pelotização de São Luís – que iniciou operação comercial no segundo semestre do ano - e US$35,1 milhões na expansão da capacidade de escoamento da produção de minério de ferro no SistemaNorte. Isto contempla a construção do Pier III no terminal marítimo de Ponta da Madeira e a construção eampliação de pátios de estocagem de minério de ferro, nos quais foram investidos US$ 18,4 milhões eUS$ 14,8 milhões, respectivamente.

As empresas de manganês e ferro ligas do grupo efetuaram investimento da ordem de US$ 19,0 milhões,sendo US$ 3,1 milhões destinados à conversão da planta SIBRA III de produtora de silício metálico paraprodutora de ligas de manganês.

Foram alocados US$ 68,4 milhões para projetos de logística, sendo US$ 28,3 milhões na aquisição delocomotivas e US$ 30,2 milhões na ampliação da capacidade de movimentação de carga geral no SistemaSul.

Foram investidos US$ 75,8 milhões no desenvolvimento do projeto de cobre do Sossego, iniciado emabril e cuja entrada em operação é prevista para meados de 2004, marcando o ingresso da CVRD numnovo mercado. Em junho, a CVRD adquiriu da Anglo American, por US$ 50,9 milhões, o controleintegral da Salobo Metais, proprietária do projeto Salobo.

Na área de alumínio, foram gastos US$ 63,9 milhões durante o segundo semestre de 2002 com aexpansão da capacidade de produção de alumina de 1,6 milhão de toneladas anuais para 2,4 milhões detoneladas. As obras foram concluídas em janeiro de 2003 e a planta está operando, em faseexperimental, com a nova capacidade.

O projeto de expansão da capacidade de produção da mina de potássio de Taquari-Vassouras, no estadode Sergipe, demandou em 2002 recursos no valor de US$ 7,9 milhões. A entrada em operação da novacapacidade de produção, de 850.000 toneladas anuais, está prevista para meados de 2005.

A construção de usinas hidrelétricas envolveu investimentos no valor de US$ 78,1 milhões. A maior partefoi dedicada às usinas de Aimorés (US$ 40,2 milhões) e Candonga (US$ 16,4 milhões) e à conclusão deFunil (US$ 17,2 milhões), que começou a operar em dezembro de 2002. Candonga, com 140 MW decapacidade, e Aimorés, com 330 MW, entrarão em operação no final de 2003.

Foi realizado aporte de capital na Celmar no valor de US$ 47,1 milhões, cujo propósito foi a amortizaçãode principal e juros de um empréstimo de longo prazo e a manutenção das atividades de plantio dafloresta. Os ativos da Celmar serão integrados ao projeto de produção de gusa na região Norte.

Os investimentos em manutenção e meio ambiente foram de US$ 238,1 milhões, sendo a maior parcelaem reposição e melhoria nas áreas de minerais ferrosos e logística.

A Companhia investiu US$ 32,1 milhões em exploração mineral, dando continuidade à busca por novosdepósitos de cobre, níquel, ouro, platina e zinco, entre outros. Além disso, foram investidos US$ 12,9

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US GAAP 200213

milhões pelo BNDES, de acordo com o Contrato de Risco Mineral, totalizando US$ 45,0 milhões em2002.

Foram gastos ainda US$ 14,2 milhões em tecnologia da informação e US$ 6,9 milhões em pesquisatecnológica.

INVESTIMENTOS - 2002

Por área de negócio US$ milhões % Por categoria US$ milhões %

Minerais Ferrosos 328,0 36,5% Aportes 76,7 8,5%

Transporte 143,1 15,9% Manutenção 238,1 26,5%

Minerais Não Ferrosos 150,1 16,7% Projetos 435,1 48,4%

Energia 81,8 9,1% Exploração Mineral 32,1 3,6%

Alumínio 109,8 12,2% Tecnologia da Informação 14,2 1,6%

Outros 85,5 9,5% Pesquisa Tecnológica 6,9 0,8%

Aquisições 95,1 10,6%

Total 898,2 100% Total 898,2 100%

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US GAAP 200214

MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS - INDICADORES FINANCEIROS - NÃO AUDITADOSUS$ milhões

HISPANOBRAS 4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002Quantidades Vendidas (mil toneladas) 998 686 1.139 3.608 3.567 Mercado Externo 148 166 313 1.218 1.321 Mercado Interno 850 520 826 2.390 2.246Preço Médio (US$/ton) 31,12 32,07 25,80 31,42 29,77

Receita Líquida 31 24 31 113 110Custo dos Produtos Vendidos (25) (20) (29) (92) (94)Resultado Financeiro Líquido 1 1 - 1 1Lucro Líquido 2 4 1 10 10Margem Bruta (%) 19,4 16,7 6,5 18,6 14,5EBITDA 4 5 1 20 16Margem EBITDA (%) 12,9 20,8 3,2 17,7 14,5NIBRASCO 4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002Quantidades Vendidas (mil toneladas) 1.371 1.842 2.116 6.993 7.215 Mercado Externo 432 290 733 2.311 2.166 Mercado Interno 939 1.552 1.333 4.682 5.049Preço Médio (US$/ton) 27,90 25,96 28,52 29,80 28,64

Receita Líquida 38 52 61 208 210Custo dos Produtos Vendidos (34) (47) (52) (180) (185)Resultado Financeiro Líquido 1 - (1) (1) (3)Lucro Líquido (15) 2 3 (4) 7Margem Bruta (%) 10,5 9,6 14,8 13,5 11,9EBITDA (13) 6 9 26 27Margem EBITDA (%) (34,2) 11,5 14,8 12,5 12,9Endividamento Bruto - Curto Prazo 2 2 2 2 2 - Longo Prazo 4 2 1 4 1Total 6 4 3 6 3

ITABRASCO 4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002Quantidades Vendidas (mil toneladas) 995 815 913 3.287 3.307 Mercado Externo 700 572 431 2.247 2.180 Mercado Interno 295 243 482 1.040 1.127Preço Médio (US$/ton) 31,90 30,06 30,18 31,72 29,51

Receita Líquida 27 26 27 100 100Custo dos Produtos Vendidos (22) (23) (25) (81) (89)Resultado Financeiro Líquido (2) 5 (2) 1 6Lucro Líquido 1 3 2 9 9Margem Bruta (%) 18,5 11,5 7,4 19,0 11,0EBITDA 4 1 1 17 5Margem EBITDA (%) 14,8 3,8 3,7 17,0 5,0Endividamento Bruto - Curto Prazo - - - - - - Longo Prazo 1 15 - 1 -Total 1 15 - 1 -

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US GAAP 200215

MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS - INDICADORES FINANCEIROS - NÃO AUDITADOSUS$ milhões

KOBRASCO 4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002Quantidades Vendidas (mil toneladas) 1.068 850 1.316 4.184 4.034 Mercado Externo 558 850 1.074 2.135 2.894 Mercado Interno 510 - 242 2.049 1.140Preço Médio (US$/ton) 31,20 29,47 29,97 30,93 30,09

Receita Líquida 33 25 41 128 121Custo dos Produtos Vendidos (27) (21) (30) (101) (97)Resultado Financeiro Líquido 17 (46) 15 (27) (61)Lucro Líquido (1) (24) 7 (17) (31)Margem Bruta (%) 18,2 16,0 26,8 21,1 19,8EBITDA (15) 5 10 28 25Margem EBITDA (%) (45,5) 20,0 24,4 21,9 20,7Endividamento Bruto - Curto Prazo - - - - - - Longo Prazo 129 147 114 129 114Total 129 147 114 129 114SAMARCO 4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002Vendas Mercado Externo (mil toneladas) 2.571 3.871 3.834 11.201 14.442Preço Médio (US$/ton) 29,55 27,93 29,22 29,70 28,60

Receita Líquida 81 100 108 328 392Custo dos Produtos Vendidos (43) (46) (41) (163) (184)Resultado Financeiro Líquido 13 (52) 5 (90) (90)Lucro Líquido 60 (23) 63 36 56Margem Bruta (%) 46,9 54,0 62,0 50,3 53,1EBITDA 58 53 74 172 216Margem EBITDA (%) 71,6 53,0 68,5 52,4 55,1Endividamento Bruto - Curto Prazo 171 169 142 171 142 - Longo Prazo 110 76 66 110 66Total 281 245 208 281 208GIIC* (US$ mil) 4T 01 3T 02 4T 02 2001 2002Quantidades Vendidas (mil toneladas) 785 643 932 3.053 3.074 Mercado Externo 785 643 932 3.053 3.074 Mercado Interno - - - - -Preço Médio (US$/ton) 42,88 41,55 40,40 41,66 40,98

Receita Líquida 29.031 26.720 37.649 127.168 125.969Custo dos Produtos Vendidos (23.004) (24.939) (30.955) (111.125) (109.117)Resultado Financeiro Líquido 129 (217) (458) 1.449 (564)Lucro Líquido 4.987 1.777 3.098 13.034 10.304Margem Bruta (%) 20,8 6,7 17,8 12,6 13,4EBITDA 6.220 3.068 4.972 17.119 16.200Margem EBITDA (%) 21,4 11,5 13,2 13,5 12,9* Indicadores financeiros computados segundo normas do IASC (International Accounting Standards Committee)

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US GAAP 200216

ALUMÍNIO - INDICADORES FINANCEIROS - AJUSTADOS E NÃO AUDITADOSUS$ milhões

MRN 4T01 3T02 4T02 2001 2002Quantidades Vendidas (mil toneladas) 3.175 2.555 2.982 10.952 9.928 Mercado Externo 992 740 601 3.413 2.616 Mercado Interno 2.183 1.815 2.381 7.539 7.312Preço Médio (US$/ton) 21,67 12,46 20,54 20,63 18,95

Receita Líquida 62 43 55 211 173Custo dos Produtos Vendidos (31) (30) (29) (111) (107)Resultado Financeiro Líquido (1) - - (1) (1)Lucro Líquido 28 30 17 81 94Margem Bruta (%) 50,0 30,2 47,3 47,4 38,2EBITDA 40 27 36 131 101Margem EBITDA (%) 64,5 62,8 65,5 62,1 58,4Endividamento Bruto - Curto Prazo 1 23 29 1 29 - Longo Prazo 22 78 76 22 76Total 23 101 105 23 105ALBRAS 4T01 3T02 4T02 2001 2002Quantidades Vendidas (mil toneladas) 70 104 104 332 406 Mercado Externo 66 101 100 317 393 Mercado Interno 4 3 4 15 13Preço Médio (US$/ton) 1.282,77 1.289,68 1.306,47 1.428,99 1.306,38

Receita Líquida 91 132 136 472 529Custo dos Produtos Vendidos (60) (79) (78) (281) (316)Resultado Financeiro Líquido 86 (153) 56 (121) (231)Lucro Líquido 80 (73) 135 51 20Margem Bruta (%) 34,1 40,2 42,6 40,5 40,3EBITDA 34 59 57 195 219Margem EBITDA (%) 37,4 44,7 41,9 41,3 41,4Endividamento Bruto - Curto Prazo 183 20 20 183 20 - Longo Prazo 450 499 466 450 466Total 633 519 486 633 486VALESUL 4T01 3T02 4T02 2001 2002Quantidades Vendidas (mil toneladas) 16 19 27 76 90 Mercado Externo 5 8 13 23 42 Mercado Interno 11 11 14 53 48Preço Médio (US$/ton) 1.757,16 1.654,96 1.618,98 1.880,19 1.661,77

Receita Líquida 26 30 40 129 139Custo dos Produtos Vendidos (19) (20) (27) (91) (99)Resultado Financeiro Líquido (1) - - (4) (1)Lucro Líquido 3 6 10 19 25Margem Bruta (%) 26,9 33,3 32,5 29,5 28,8EBITDA 6 9 14 36 38Margem EBITDA (%) 23,1 30,0 35,0 27,9 27,3Endividamento Bruto - Curto Prazo 1 1 1 1 1 - Longo Prazo 2 1 1 2 1Total 3 2 2 3 2

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US GAAP 200217

“Este comunicado pode incluir declarações que apresentem expectativas da Administração da Companhia sobre eventos ou resultados futuros.Todas as declarações quando baseadas em expectativas futuras e não em fatos históricos envolvem vários riscos e incertezas. A Companhia nãopode garantir que tais declarações venham a ser corretas. Tais riscos e incertezas incluem fatores relativos à economia brasileira e ao mercado decapitais, que apresentam volatilidade e podem ser afetados por desenvolvimento em outros países; relativos ao negócio de minério de ferro e suadependência da indústria siderúrgica, que é cíclica por natureza, e relativo à grande competitividade em indústrias onde a CVRD opera. Paraobter informações adicionais sobre fatores que possam originar resultados diferentes daqueles estimados pela Companhia, favor consultar osrelatórios arquivados na Comissão de Valores Mobiliários - CVM e na U.S. Securities and Exchange Commission - SEC, inclusive o maisrecente Relatório Anual - Form 20F da CVRD.”