o desejo de ensinar e a arte de aprender - resumo

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FUNDAO PRESIDENTE ANTNIO CARLOS FUPAC FACULDADE PRESIDENTE ANTNIO CARLOS DE GOVERNADOR VALADARES PEDAGOGIA

CLEUZELI CNDIDO RODRIGUES DE MORAIS

O DESEJO DE ENSINAR E A ARTE DE APRENDER

GOVERNADOR VALADARES NOVEMBRO 2011

CLEUZELI CNDIDO RODRIGUES DE MORAIS

O DESEJO DE ENSINAR E A ARTE DE APRENDER

Trabalho apresentado disciplina de Psicologia do curso de Pedagogia da Fundao Presidente Antnio Carlos. FUPAC. Orientadora: Professora Carla Bretas

GOVERNADOR VALADARES NOVEMBRO 2011

A primeira parte desta obra composta de seis crnicas sobre educao, onde o autor Rubem Alves se ocupa em descrever experincias do seu dia a dia relacionando-as com as formas existentes de ensinar e aprender. Para o autor a Curiosidade uma coceira nas idias, e para a criana se curar dessa coceira ela vai busca do conhecimento, aprendendo assim naturalmente com eficincia e sem muitas complicaes. Pois para ele Todos os homens, enquanto crianas tm por natureza, desejo de conhecer..., mas as instituies tm deformado seus alunos tolindo essa curiosidade inata que elas tm, para ensinar o que o sistema impe sem levar em conta o que realmente elas querem aprender. atravs das Perguntas de criana que se revelar o tamanho e a intensidade da sede de conhecimento que o aluno possui, que por sinal muito amplo, pois eles com certeza no se saciaro com guas mesquinhas, paradas, mas correr para guas lmpidas e transbordantes. O autor nos remete a um problema antigo, de quantas crianas so obrigadas a irem escola, e no conseguem assimilar nada ou quase nada porque suas curiosidades no so levadas a srio, deixando-as desmotivadas. Para o autor o ensino deveria principiar a partir das perguntas de cada criana, pois s assim os professores saberiam como saciar a sede do conhecimento dos mesmos. Como as instituies so criaes humanas ainda h uma esperana de mudana nesta forma obsoleta de ensino-aprendizagem. A Receita pra se comer queijo... S ser til se existir fome e fome de comer queijo, caso contrrio ela tornar intil, pois ela que indicar o que e a que hora devemos comer. O mesmo ocorre na rea educativa. Para que o aluno se interesse pelos contedos propostos tem que haver fome de conhecimento e isto depender muito da atuao do professor em instigar esse sentimento no aluno. Rubem Alves observou que nas conversas de muitos professores o aluno no o centro da ateno, falam do sistema escolar, provas, salrios, falam de muitas coisas, mas no prprio falar sobre os alunos, s vezes at surgem nas conversas, mas quando estes so causadores de alguma desordem. Muitos professores no vem o aluno como um ser nico, mas os olham como empecilho para sua prtica docente. Tornando o ensino-aprendizagem ineficiente, pois quando o aluno tem um carisma pelo mestre, o ensino ser mais bem aproveitado. Aprendo porque amo - nesta crnica o autor fala da facilidade de aprendizagem que o aluno encontra quando este nutre um sentimento de amizade pelo professor. Pois saber o que o mestre sabe para o aluno a mesma sensao de ter o amado professor sempre por perto.

Na segunda parte deste livro o autor expe uma surpreendente experincia que teve ao conhecer a Escola da Ponte, em Portugal, um lugar nico, onde alunos e professores convivem como amigos na fascinante experincia da descoberta. Para Rubem Alves as crianas possuem uma curiosidade inata e gostam de aprender, mas essa fome de aprendizagem desaparece quando as instituies de ensino os sufocam com os contedos prdeterminados pelos sistemas. O primeiro susto do autor foi quando o diretor entregou a responsabilidade de explicar e mostrar a escola, a um educador estrangeiro, uma menina de apenas nove anos de idade. Nesta escola no h turmas, nem alunos separados por classe, os professores no do aula com giz e lousa e no existe campainha que separe o tempo, nem provas e notas, este foi o segundo susto. Nesta escola formam se grupos de alunos para estudar determinado tema por eles mesmos escolhidos e os professores so os assessores na construo do conhecimento. Havia nesta escola uma grande sala onde todas as crianas ficavam juntas cada uma fazendo o que lhe agradava, ao som de msica clssica. Os alunos desde pequenos j dominavam o uso do dicionrio e isto muito o surpreendeu. Os quadros de ajudas estavam afixados nas paredes, num deles estava escrito preciso que me ajudem em, no outro, posso ajudar em, aonde os prprios alunos vo praticando as virtudes de ensinar, de aprender e de se ajudarem uns aos outros e essa capacidade de ensinar um saber a algum vale por uma avaliao. O grande tribunal a priori foi preparado para os alunos indisciplinados, onde eram os prprios alunos que estabeleciam as regras, mas logo foi abolido, pois se percebeu que a sua funo era de punio e no de recuperao. Todos tinham o direito alegria, mesmo os alunos que possuam algum tipo de limitao como os portadores da Sndrome de Down. No existe a preocupao de conseguirem acompanhar o programa, pois l no h um programa a ser seguido. Os programas so como uma linha de montagem de uma fabrica, onde todos devem aprender numa velocidade igual. Mas nesta escola da ponte cada aluno nico, com seus prprios sonhos, ritmos e interesses. A aprendizagem dos alunos no acontece de forma relaxada, mas cabe ao professor seduzir o aluno ao experimento de novos conhecimentos. Nesta escola toda criana tem o direito de no ler o livro que no gosta, os alunos lem pelo prazer de ler, porque a leitura tem o poder de nos levar a fantsticas e emocionantes viagens. O autor aborda sobre sua teoria da educao que desenvolveu onde o corpo carrega duas caixas. Na primeira caixa de ferramentas esto os saberes instrumentais que nos do os meios para viver. Na segunda, a caixa de brinquedos, est os saberes que nos do razes para

viver. Portanto obrigar um aluno a l o que ele no gosta, vai desenvolver nele o dio pela leitura. Ao final de sua caminhada pela escola a menina mostrou ao professor um computador com dois arquivos distintos que se chamavam de acho bem e outro acho mal, onde era a acessvel a qualquer pessoa que queria comunicar o que achavam bem e o que achavam mal. Na escola da ponte, a totalidade vem primeiro, e s em relao a ela que as partes tem sentido. Atravs da experincia vivenciada nesta escola, ele pode conhecer crianas e adultos convivendo como amigos na fascinante descoberta do mundo. Para ele aprender prazeroso, cada objeto a ser apreendido se torna uma aventura desafiadora.

CONCLUSO

Neste opsculo, Rubem Alves escreve com a alma suas experincias com relao educao. A criana tem uma curiosidade inata. Toda criana tem sede de aprender, mas quando chegam escola so sufocadas pelos programas educacionais. Os professores devem dar mais ateno s perguntas que os alunos fazem, pois atravs delas que se revelam muita inteligncia. Se os professores no forem capazes de fomentar em seus alunos o desejo de aprender, pouco ser a eficcia do ensino-aprendizagem. O educador deve ter o aluno sempre como o cerne de toda sua prtica pedaggica. Pois quando h uma relao amigvel entre professor e aluno, e o contedo for trabalhado de forma prazerosa, a possibilidade da assimilao da disciplina ser proporcionalmente maior. A escola da ponte nos mostra que possvel um ensino eficiente sem ficarmos presos a contedos e programas pr-determinados. Como docentes em formao, somos impelidos atravs deste livro, a exercermos nossa profisso com amor, buscando sempre a valorizao e o respeito do aluno como ser nico, ensinando sempre com muito prazer e dedicao.