o de frangos de corte · ... e os possíveis canais de distribuição para ... o atacado de frangos...

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1199601134 - 1111111111111111111111111111111111111111 VERTICALIZAÇ.-\.O COJ\;10 PRINCIPAL ESTRATÉGIA DE CRESCI~IENTO NAS CADEIAS DE PRODIIÇAo E DISTRIBl'IÇ.\.O DE FRANGOS DE CORTE Um estudo exploratório de empresas produtoras no estado de Pernambuco Banca Examinadora Prot" Orientadora: Prof'. Maria Cecilia Coutinho de Arruda Prof. --.--., . Prof. . I .~~_ Fundação Getulio Varga~ Escola de Administração " FG V de Empresas de SAo Paulo I .. Biblioteca ' 1199601134 ( - -------- - -----

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VERTICALIZAÇ.-\.O COJ\;10 PRINCIPAL ESTRATÉGIA

DE CRESCI~IENTO NAS CADEIAS DE PRODIIÇAo E

DISTRIBl'IÇ.\.O DE FRANGOS DE CORTE

Um estudo exploratório de empresas produtoras

no estado de Pernambuco

Banca Examinadora

Prot" Orientadora: Prof'. Maria Cecilia Coutinho de Arruda

Prof. --.--., .

Prof. .

I .~~_ Fundação Getulio Varga~Escola de Administração

" FG V de Empresas de SAo PauloI .. Biblioteca '

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FUNDAÇAo GETllLIO VARGASESCOLA DE .-\DMI:\'ISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE sxo PAULO

MARNIX CARLOS DE VOCHT

VERTICALlZ.-\ÇÃO COMO PRINCIPAL ESTRATEGIA DE CRESCIMENTO

NAS C\DEI!\S DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE FRANGOS DE CORTE

Um estudo exploratório de empresas produtoras no estado de Pernambuco

Dissertação apresentada ao Cursode Pós-Graduação da FGV /EAESPArea de Concentração:Mercadologiacomo requisito para obtenção detítulo de mestre em Administração.

OrientadoraProf" Maria Cecilia C de Arruda

SÃO PAULO1996

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Verticalização como principal estratégiaVOCHT. Marnix Carlos de.decrescimento nas cadeias de produção e distribuicào de franeos de corte: umestudo exploratório de empresas produtoras no estado de Pernambuco. SãoPaulo. EAESP/FG\'. 1996. 200 p.. Dissertação de Mestrado apresentada aoCurso de Pós-Graduação da EAESP/FGV. Área de Concentração:Mercadologia.

Resumo: Trata dos vanos níveis de operações verticalizadas adotados pelasempresas produtoras de frangos de corte. Analisa as vantagens da implantaçãode mais um nível avançado de verticalização: o abatedouro de aves, e ospossíveis canais de distribuição para frangos vivos e abatidos.

Palavras-chave: Verticalização - Frangos - Canais de Distribuição - Mercados-Abatedouros - Grãos - Pernambuco.

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íNDICE

Pá{!ina

Introdução

I. Tema

2. Justificativa

3. Objetivos

4. Pressuposto básico

5. Descrição dos capítulos

2

5

5

6

I - Conceitos Preliminares e Revisão Bibliográfica

I. I. Definições operacionais

1.2. Conceito de estratégia mercadológica

1.3. Estratégias de Crescimento

1.4. Canais de distribuição

7

8

9

10

29

2 - As Cadeias de Produção e Distribuição

de Frangos de Corte 40

2.1. Definições operacionais 41

2.2. Cadeia biológica de frangos de corte 43

2.2.1. Granja avozeira: produção de matrizes 44

2.2.2. Granja de matrizes: produção de ovos férteis 45

2.2.3. lncubatório: processamento de ovos em pintos de 1 dia 49

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1.1.4. Granja de engorda: preparação para o repovoamento

de pintos de 1 dia e recebimento de pintos de 1 dia 51

2.3. Cadeia de nutrição de frangos de corte 55

1.3.1. Plantio de milho 55

..,..•I PI . d ._.-'._. anuo e sOJa 60

1.3.3. Unidade de fabricação de ração: processamento de

milho. soja e outros componentes: e a nutrição de

frangos de corte 68

1.3.4. Granja de engorda: alimentação dos pintos desde

1 dia de idade ate alcançar a faixa de peso de mercado 75

1.4. Cadeia de distribuição de frangos de corte vivos 86

1.4.1. Granja de engorda: a comercialização dos frangos

de corte vivos 87

1.4.2. O atacado de frangos de corte vivos 93

1.4.3. O varejo de frangos de corte vivos: recebimento

de frangos de corte vivos e venda de frangos de

corte vivos e abatidos na hora 98

1.4.4. Abatedouro: recepção de frangos de corte vivos e

seu processamento 104

1.5. Cadeia de distribuição de frangos de corte abatidos 114

1.5.1. Frigorífico: venda de frangos de corte abatidos

resfriados e congelados 115

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2.5. I. I. Oportunidades e tendências para os frigoríficos 115

2.5.1.2. A distribuição de aves abatidas no mercado interno 117

2.5.1.3. A distribuição de aves abatidas no mercado externo 123

3 - Pesquisa Junto às Empresas Produtoras 142

3.1. Metodologia da pesquisa 143

3.2. Pesquisa de campo junto aos produtores 145

3.2. I. Objetivo da pesquisa de campo 145

3.2.2. Metodologia da pesquisa junto aos produtores 145

3.2.3. Análise e conclusões da pesquisa de campo 148

3.2.4. Análise horizontal 168

3.2.5. Síntese de Informações 177

4 - Considerações finais 183

4.1. Definições operacionais 184

4.2. Perspectivas para a avicultura de corte no Brasil 184

4.3. Perspectivas para a verticalização das empresas 193

4.4. Recomendações 200

4.5. Limitações do estudo 20 I

4.6. Sugestões para estudos ulteriores 201

5 - Bibliografia 203

• j ~. ' ,~

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6 - Anexo (Questionário) 222

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1

INTRODUÇÃO

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1. TEMA

Verticalização como principal estratégia de crescimento nas cadeias de

produção e distribuição de frangos de corte: um estudo exploratório de

empresas produtoras no Estado de Pemambuco.

2. JUSTIFICATIVA

A consolidação crescente da avicultura de corte brasileira é mais um

dos trunfos que diversos organismos políticos desejam manipular para obter

resultados em proveito próprio.

Evita-se por exemplo falar que o Brasil possui uma péssima taxa de

desfrute bovino, o que eqüivale ao payback da produção de gado. A

produtividade leiteira do país revela-se deficiente. sendo bastante inferior à

dos outros membros do Mercosul.

Pouco se comenta sobre as dificuldades financeiras dos criadores de

suínos. No que se refere à piscicultura, o país possui uma enorme extensão de

litoral e alguns dos maiores rios do mundo em extensão e volume d' água, mas

a população faminta simplesmente não come peixes. Este é mais caro do que a

came de frango e bovina.

O Brasil já foi grande produtor e exportador de algodão, e hoje é um

dos maiores importadores do produto. Da mesma forma as fábricas de

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chocolate brasileiras provavelmente realizarão, se já não o fazem, importações

de cacau da África.

Ao que parece, em 1996, o Brasil também vat importar café da

Colômbia. As importações de coco seco, em um país tropical, são uma

realidade. O Brasil é considerado o maior produtor de frutas do mundo, mas

uma grande parcela da produção é perdida entre o campo e a cidade, por falta

de tratamento pós-colheita.

A cana de açúcar e o frango de corte são uma das poucas exceções de

competitividade brasileira atualmente.

A avicultura brasileira, e mundial, para continuar realizando os índices

atuais de crescimento, deve ser acompanhada de um enorme esforço mundial

na produção de grãos. Os estoques globais de arroz, trigo, milho e soja estão

em níveis baixíssimos. A demanda avícola irá pressionar ainda mais a

produção dos dois últimos. milho e soja.

A alimentação da população brasileira, e mundial. é tratada como uma

conseqüência natural do desenvolvimento econômico, e não como um objetivo

a ser alcançado.

O crescimento vegetativo da população mundial ultrapassa os 2%

anuais. A renda per capita dos países subdesenvolvidos oscila entre 3 e 5% ao

ano. O aumento conseqüente na demanda de alimentos é, portanto, de 4 a 6%

ao ano, considerando uma elasticidade-renda de 0,6. Não existe uma dezena de

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países que tenham realizado crescimento agrícola de pelo menos 5% ao ano,

nas últimas décadas I .

Sempre que o Brasil atinge um novo recorde de produção de carne de

frango há uma efusiva comemoração sobre essa atividade promissora e um

mínimo de análise sobre o que esse fato representa. Na esperança de que a

avicultura brasileira de corte não possua o destino comum das culturas de

algodão e cacau no Brasil. todas duas culturas "promissoras" em seus tempos

áureos. iniciar-se-á este trabalho.

A falta de estudos acadêmicos na área de administração sobre um dos

poucos setores que se destacam no agribusiness brasileiro e que faturou mais

de US$ 5,0 bilhões em 1995, computado somente o valor da produção de

frangos de corte, é uma realidade.

Talvez mais crítico do que essa constatação, seja o fato de não existir

uma base teórica que permita a divisão estruturada das atividades do setor. A

falta dessa estruturação coloca atividades como alojamento de matrizes de

corte, produção de grãos, o mercado de produtores de frangos vivos, e a

exportação de cortes de frango para o Japão, por exemplo, juntos, mesclados

dentro de um artigo, o que dificulta análises específicas.

Um estudo exploratório sobre as atividades avícolas de corte justifica-

se, portanto, não somente pela falta de estudos sobre um tema

economicamente importante. mas também pela possibilidade de formular uma"

IProdução esbarra na tecnologia. Agroanalysis. Janeiro 1996. p.04

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classificação das atividades que regem o setor e, em decorrência, analisar

melhor as relações entre os produtores e os diversos mercados envolvidos na

produção e distribuição de frangos de corte.

3. OBJETIVOS

Este estudo tem como objetivos:

- definir possíveis mveis de verticalização. nas cadeias de produção e

distribuição de frangos de corte, para as empresas produtoras de frangos de

corte;

- verificar as vantagens possíveis na adoção de mais um nível de verticalização

avançado na cadeia de distribuição de frangos de corte, a operação de

abatedouros, para as empresas do setor.

4. PRESSUPOSTO BÁSICO

A adoção de maior nível de operações verticalizadas pelas empresas

produtoras de frangos de corte, principalmente através da constituição de

abatedouros. oferece maiores vantagens competitivas às empresas do setor.

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5. DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS

o capítulo um faz uma breve descrição sobre as estratégias de

crescimento a serem adotadas pelas empresas, principalmente a integração

vertical. Também e realizado um estudo sumário sobre os canais de

distribuição.

o capítulo dois aborda as cadeias de produção e distribuição de frangos

de corte. A cadeia de produção de frangos de corte foi dividida em cadeia

biológica e cadeia de nutrição de frangos de corte: e a cadeia de distribuição

de frangos de corte foi dividida em cadela de distribuição de frangos de corte

vivos e de frangos de corte abatidos.

o capítulo três refere-se a uma pesqi.isa realizada com empresas

produtoras de frangos de corte no estado de Pernambuco. uma região não-

produtora de grãos. Nela se aborda os níveis atuais de verticalização de cada

empresa, bem como a importância atribuída a mais um nível avançado de

verticalização, a operação de abatedouros. Também foram pesquisados os

canais utilizados na distribuição e a segmentação geográfica dos compradores.

No capítulo final são abordadas as perspectivas para o setor avícola de1,

corte no Brasil, com análise das tendências das diversas atividades avícolas a

longo, médio e curto prazos.

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CAPÍTULO 1

CONCEITOS PRELIMINARES E

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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Este capuu,o aborda as possíveis estratégias de crescimento passíveis de

adoção pelas empresas: crescimento nos atuais mercados com os produtos

existentes: aumentar o número de produtos para os mercados atuais: aumentar

os mercados para os produtos atuais; e a integração vertical, bem como a

alternativa a esta última: a quasi-integração.

A estratégia de diversificação não foi abordada. em função do objeto do

presente trabalho estar centrado nas atividades avícolas de corte.

O estudo dos canais de distribuição faz uma breve descrição sobre a

política de formação estrutural de canais, a seleção de canais e a sua

interrelação com o composto mercadológico da empresa. e as funções básicas

dos intermediários. Como parte do público alvo deste trabalho é o

empresariado avícola de corte, abriu-se um espaço para a demonstração da

importância da centralização de trocas e da figura do intermediário.

1.1. DEFINIÇÕES OPERACIONAIS

Para fins deste estudo consideramos os termos mercadologia e

markcting como similares.

O termo verticalização neste trabalho abrange a integração vertical e a

quasi-integração, Quando uma organização possuir, sob uma única

propriedade. dois ou mais estágios de produção. ela opera em sistema de

integração vertical; caso ela atue em suas operações de forma verticalizada

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sem ter a propriedade da outra empresa, ela é operadora de um sistema de

quast-trüegracão.

Neste estudo serào utilizados os termos canal de marketing, canal de

comércio e canal de distribuição como similares".

1.2. CONCEITO DE ESTRATÉGIA MERCADOLÓGICA

A estratégia mercadológica consiste em encontrar os objetivos de

marketing que melhor se adaptem aos objetivos da empresa. Os objetivos

mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

marketing e configurá-los em diversos arranjos de acordo com as mudanças no

ambiente empresarial.

A estratégia mercadológica que uma empresa adota ao longo do

tempo deve ter o máximo de flexibilidade para adaptar-se ás rápidas mudanças

tecnológicas vivenciadas nos últimos anos.

Dois dos maiores desafios experimentados nesta década sào:

(1) selecionar os ativos potencialmente úteis para a empresa:

(2) encontrar fontes externas que antes de solucionar as

dificuldades da empresa, agreguem valor ao serviço prestado.

CKotlcr. Philip .. -ulministracão de Morketing: análise. planejamento. tmplementação e controle.Tradução: Ailton Bonfim Brandão. ~' edição. S:10 Paulo: Atlas. 1')')4. p. ~:'.t.

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Estes dois fatores acima são interrelacionados e complementares.

A estratégia de marketing implica na elaboração de orçamentos anuais,

ainda que simplificados. sendo elaborados tantos orçamentos quantos forem o

número de anos previstos para a rnaximização dos objetivos propostos pela

empresa.

Um dos objetivos empresariais básicos é a sobrevivência. Em mercados

de alta taxa de crescimento é natural que a sobrevivência implique na adoção

de estratégias de crescimento.

1.3. ESTRATÉGIAS DE CRESCIMENTO

A tendência normal de uma empresa é buscar o crescimento. Quando há

crescimento a empresa absorve mais trabalhadores, ocupa mais máquinas.

realiza mais vendas. agrega mais valor aos produtos e serviços. proporciona

mais lucros e aumenta os seus recursos.

o crescimento eleva a coesão da equipe e determina um ritmo mais

acelerado de resolução de problemas. Não bastasse isto. o aumento da escala

. de operações é uma das condições de viabilidade em determinados mercados.

Ao optar por uma estratégia de crescimento a empresa deve verificar de

que produtos dispõe e em que mercados opera. Há quatro possibilidades

básicas de atuação:

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(1) crescer nos atuais mercados com o portfôlio de produtos

disponível:

(2) aumentar o portfolio de produtos para o mercado atual:

(3) aumentar o tamanho do mercado para o portfôlio de produtos

disponível:

(4) integrar verticalmente.

1.3.1. CRESCIMENTO NOS ATUAIS MERCADOS COM O

PORTFÔL/O DE PRODUTOS DISPONÍVEL

o fato de uma empresa ter diversos anos de atuação num ramo de

atividades lhe traz uma experiência enorme com o seu produto e uma

familiaridade com o mercado por ela atingido. A curva de experiência é uma

grande aliada da firma.

O crescimento pode ser obtido de duas formas: elevando a taxa de uso

do produto entre os consumidores atuais e elevando a participação de mercado.

A primeira sempre que possível é mais desejável, pois evita as vicissitudes

decorrentes da captura de vendas dos concorrentes.

A taxa de uso do produto corresponde ao numero de unidades

consumidas em determinado período. É útil fazer uma análise da taxa de uso

em função da relação produto/usuário. Podemos estratificar dois grupos:

grandes usuários e pequenos usuários. As questões-chave são: que fatores os

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levam aos níveis atuais de consumo: e sob que condições ficariam aptos e

dispostos a elevar suas respectivas taxas de uso

Segundo Aaker', há duas fonnas de crescimento nos mercados atuais da

empresa sem alterar o seu portfálio de produtos: elevando a taxa de uso do

produto e aumentando a participação de mercado.

A taxa de uso do produto pode ser elevada através de:

(a) descoberta de novas modalidades de consumo para os

usuários do produ/o: um produto muitas vezes é associado a uma

característica particular de uso, podendo entretanto ser usado para

outros fins. Algumas ferramentas estào à disposição da empresa

para que ela encontre novos usos para os seus produtos: a

pesquisa de mercado é uma delas; e procurar novos usos dados

aos produtos dos concorrentes. outra opção possível.

(b) aumentar a freqüência de uso: os caminhos mais procurados

para aumentar a freqüência de uso de um produto consistem em:

tornar mais conveniente o uso do produto no seu local de

consumo; estimular através de propagandas e promoções a

lembrança do uso do produto: reestimular uma posição de

'Aakcr. David A..Strategic Xlarket Management, -lth, cdition. Ncw York: John Wilev & Sons. Ine ..1995. p. 239.

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l3

consumo cada vez mars freqüente do produto incitando uma

regularidade no uso; e reduzir ou eliminar barreiras de uso, ainda

que com alguma eventual mudança no produto.

(c) aumentar a quantidade usada em cada aplicação: o aumento

da quantidade usada em cada ocasião de consumo pode ser obtido

pelos mesmos meios do aumento da freqüência. Também pode se

procurar alterar o padrão de consumo através de maiores volumes

nas embalagens: e ceder benefícios ou vantagens financeiras aos

usuários na compra de um maior número de unidades.

o aumento na participação de mercado pode ser alcançado através de

alterações no composto mercadológico. Isto implicará provavelmente em

maiores custos e no risco de acirrar o grau de concorrência direta. O aumento

na participação de mercado só deve ser procurado quando conduzir a uma

vantagem competitiva sustentável. Muitas vezes a empresa consegue uma

parcela maior do mercado às custas de perda de rentabilidade, por exemplo, o

que não é interessante.

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1.3.2. AUMENTO DO PORTFÓLIO DE PRODUTOS PARA O

MERCADO ATUAL

Há quatro linhas básicas de ação para desenvolver produtos em um

mercado já conhecido:

(a) introduzir um novo ciclo de vida ao produto: a introdução de

um novo ciclo de vida é importante para revitalizar um produto

que está se tomando obsoleto ou quando existe a possibilidade de

uma nova tecnologia ser aplicada ao produto.

(b) adicionar elementos extra ao produto: a adição de novas

características ao produto procura passar ao consumidor a idéia

de um plus. ou seja, algo a mais ofertado no produto. A vantagem

para a empresa reside no fato de ela aproveitar suas atuais

estruturas de produção, administração e marketing. As

desvantagens estão na alocação inevitável de recursos destinados

à nova característica e por ser uma oportunidade de crescimento

que inevitavelmente atrairá a concorrência.

(c) expandir a linha de produtos: a expansão da linha de

produtos e viável na medida em que a empresa pode utilizar

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eficientemente seus ativos e habilidades nos novos produtos;

quando ela tem os recursos necessários para proceder à pesquisa

e desenvolvimento do produto: quando as estruturas de produção

e marketing estão aptas ao aumento da linha de produtos; quando

os consumidores se beneficiam de uma linha de produtos ampla;

e quando a extensão da linha de produtos é compatível com a

marca da empresa.

(d) utilizar lima marca conhecida para introduzir novos

produtos: lima marca possui um valor intrínseco, de difícil

mensuração. Fora ó produto ou a linha de produtos associada à

marca, a empresa pode incorporar outra categoria de produtos,

realizando uma extensão de sua marca. Com isso ela procura

adquirir sinergias. A chave para o sucesso, como nos itens

anteriores. é conseguir eficiência operacional. Um ponto que deve

ser analisado criteriosamente é se a associação de imagem da

marca com a nova categoria de produtos será bem aceita pelo

consumidor.

15

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1.3.3. AUMENTO DO MERCADO PARA O PORTFÓLIO DE

PRODUTOS DISPONíVEL

Apresenta-se como uma opção atrativa. pois aproveita a tecnologia e o

conhecimento do portfolio atual da empresa, muitas vezes mantendo as

operações na mesma fábrica, através de canais de distribuição conhecidos. Os

investimentos realizados para o aumento de escala de operações podem

conduzir à redução de custos unitários de produção e distribuição, o que

configuraria uma vantagem competitiva sustentável.

Há duas opções para expandir o mercado do leque de produtos da

empresa:

(a) aumentar a área de alcance geográfico dos produtos:

significa expandir a atuação da empresa no âmbito estadual,

regional, nacional e internacional.

(h) aumentar as Fendas nos segmentos potenciais: consiste em

localizar o maior número possível de segmentos imagináveis e

identificar em quais destes é possível incorporar maior aceitação

pelo consumidor.

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1.3.4. INTEGRAÇÃO VERTICAL

Integração vertical é a comhinação. sob uma única posse. de

dois 011 mais estágios de produção ou distribuição (ou ambos)

que são usualmente separados . .J

A integração vertical é o conjunto tecnologicamente diferenciado de

produção, distribuição, vendas e/ou outros processos econômicos, dentro dos

limites de uma única empresa. Como tal, representa uma decisão, que ela

toma, de fazer uso de transações internas ou administrativas. ao invés de

transações no mercado. visando a atingir propósitos econôrnicos.?

A determinação do nível ótimo de integração vertical da firma depende

do setor em que ela está inserida, e do seu posicionamento estratégico no setor.

Uma lista dos possíveis beneficios da empresa integrada verticalmente foi

obtida de informações fornecidas por executivos e de artigos publicados sobre

(1) margens de lucro adicionais;

(2) despesas de marketing reduzidas;

·'Suzzcll. Robert D. Is vertical integration profitablc? IIarvard Business Review. Jan. - Fcb. 1983. p.92-102.'Richers. Rairnar: Ferreira. Janc. "Competitive Strategy' de .II. Porter: um resumo. São Paulo:RR&CA. 1995. p. 65.IiColc. Robert. Vertical Integration In Marketing in Mallen. Bruce (org.). lhe Marketing Channel: aConccptual Viewpoint . Ncw York: John Wilcy & Sons. 1967. p. 156.

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(3) estabilidade de operações;

(4) certeza de materiais e de fornecimentos;

(5) melhor controle da distribuição do produto:

(6) realização de ambições pessoais;

(7) controle de qualidade dos produtos;

(8) revisão imediata das políticas de produção e distribuição:

(9) melhor controle de estoque;

(10) possibilidade de utilizar marcas e tirar proveitos das

vantagens decorrentes:

( 11) oportunidade para aumentar fluxo de informações:

( 12) maior poder de compra;

(13) possibilidade de manter pessoal melhor treinado.

Além dos treze itens identificados por Cole, pode-se acrescentar outros

quatro beneficios estratégicos da integração vertical estudados por Porter:

(14) economias de operações casadas, juntando-se eficientemente

operações tecnologicamente diferentes;

( 15) Capacidade de diferenciação da empresa em relação aos

concorrentes pode ser aumentada;

( 16) as barreiras de entrada e mobilidade tornam-se elevadas;

Richcrs. "( 'ompctttive ... p. 6(,-7

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(17) mesmo que não haja benefícios, a integração vertical pode

ser necessária como defesa contra impedimentos impostos por

fornecedores.

Segundo Aaker", a integração vertical pode ser vantajosa nos seguintes

casos, arrolados a seguir como benefícios:

(18) quando não existe fornecedor para o produto:

(19) quando não existe pontos de varejo para o produto; O

(20) quando o comprador ou vendedor detém o nome da marca:

(21) quando o comprador ou vendedor possui uma participação

muito grande no fluxo de negócios;

(22) quando o comprador ou vendedor tem um forte poder sobre a

tecnologia utilizada:

(23) quando o comprador ou vendedor tem um grande

conhecimento das operações da empresa a ponto de tomar-se

essencial para o seu funcionamento.

Uma lista dos possíveis custos da integração vertical pôde ser elaborada

por Cole'>, a partir de informações obtidas junto a executivos e artigos

especializados. Ela incluía os seguintes itens:

"Aakcr. Strategic ... p. 25].

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(1) limitações administrativas;

(2) inflexibilidade de operações;

(3) incapacidade de algumas firmas marginais operarem

rentavelmente em condições de integração vertical:

(4) restrições sobre a variedade de produtos;

(5) disparidade entre estágios de operação;

(6) dificuldade de tentar novos campos de ação:

(7) posse de crescentes estoques:

(8) opinião pública e ação governamental:

(9) disparidade aumentada em margens e "líderes":

(lO) falta de especialização.

Segundo Porter'" alguns dos principais custos estratégicos da integração

vertical podem ser acrescidos à lista de Cole:

(11) custos de ultrapassar barreiras de mobilidade;

(12) aumento da alavancagem operacional;

( 13) flexibilidade para troca de sócios se reduz;

(14) barreiras de saída ficam mais elevadas;

9Colc. I ética/ ... p. 157."Richcrs. "Competitive .. p. 67-S.

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(15) necessidades de investimento de capital;

(16) impedimento de acesso a fornecedor ou pesquisa e know-how

de cliente;

(17) manutenção do equilíbrio entre os extremos da integração é

muito importante para evitar o surgimento de problemas;

(18) perda de incentivos externos;

( 19) necessidades diferenciadas de pessoal de gerência.

Aaker ' coloca alguns dos possíveis custos da integração vertical:

(20) não há garantias de que os custos associados das duas

atividades não excederão os custos de transação entre duas

firmas;

(21) é improvável que as duas operações trabalhem nas

respectivas capacidades ótimas. o que elevará os custos da que

estiver com capacidade em excesso;

(22) sem a disciplina da concorrência de preços externos, pode

haver desincentivos para o controle de custos, pois o fluxo de

transação já está garantido;

(23) usualmente um preço de transferência simulando um preço

de mercado é utilizado intra-organização, sendo este preço de

II Aakcr. Strategic ... p, 255-(,.

21

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22

transferência sujeito a informações falsas . ou pressões

organizacionais, o que tomaria uma unidade mais lucrativa e a

outra mais deficitária do que na realidade o são;

(24) a administração de negócios diferentes;

(25) dependência aumentada do ramo de atuação:

(26) flexibilidade ambiental reduzida.

Foram abordados os principais beneficios e custos da integração

vertical de forma generica, mas é importante distinguir que características

influenciam mais a integração vertical para a frente e a integração vertical para

trás 12. As características estratégicas específicas na integração para a frente

são:

- melhoria na capacidade de diferenciar o produto;

- acesso aos canais de distribuição: melhor acesso à informação de mercado:

- obtenção de preços mais elevados pode ocorrer com a venda a diferentes

clientes de um produto que seja essencialmente o mesmo.

Na integração vertical para trás é possível distinguir':':

IZRichcrs. "Competitive ... p. 68-'.1.IIRichcrs ... ( 'ompetitive .. p. 6'.1.

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23

- direitos de propriedade de conhecimento poderão ser retidos com a empresa

se ela fabricar partes essenciais, não tendo que dividi-los com seus

fornecedores:

- diferenciação pode ser conseguida através de controle sobre matérias-primas

básicas.

É muito comum os executivos exagerarem as possibilidades efetivas da

integração vertical na melhoria da condução dos negócios da empresa.

Segundo Porter. algumas das crenças mais comuns SãOI4:

- uma forte posição de mercado em um estágio pode automaticamente ser

transferida a outro:

- é sempre mais barato fazer as coisas internamente;

- é sempre lógico integrar verticalmente estando num negócio competitivo;

- a integração vertical pode salvar um negócio estrategicamente doente;

- a experiência da unidade pioneira qualifica automaticamente o pessoal da

gerência a dirigir uma unidade anterior ou posterior na cadeia vertical.

Através de algumas análises baseadas em informações do programa de

pesquisa PIMS tProfit lmpact ofMarket Strategtesí; contendo dados de I. 742

unidades de negócios. Robert D. Buzzell, Harvard Business School,

1.1Richcrs. "Competiuve ... p. 70.

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24

selecionou 1.649 unidades de negócios nas áreas de manufatura e

processamento. Eles se referem a produtos de consumo, componentes e

produtos industriais, matérias-primas e produtos semi-acabados. As

informações dizem respeito a períodos de quatro anos consecutivos durante a

década de 70. Somente os blocos dos quatro anos mais recentes foram

utilizados.

É importante explicitar o termo unidade de negócios. Cada unidade de

negócios é uma subdivisão da empresa. geralmente uma divisão de produtos

ou uma linha de produtos que se distingue dos outros setores da companhia,

pelos compradores que ela atende, pelos competidores que enfrenta e pelos

recursos que emprega 15.

I 'Buzzcll. 15 vertical ... p. ')~

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25

Figura 1 - Integração vertical e rentabilidade

Integração Lucro líquido Investimento Lucro líquido Número devertical medida como como como unidades de

pelo valor percentagem de percentagem de percentagem de negóciosadicionado vendas vendas investimento analisados no

como PIMSpercentagem de

vendasAbaixo de 40% 8% 38% 26% 267

40-50% 8 45 22 34150-60% 9 54 20 38960-70% 10 56 22 338

Acima de 70% 12 65 24 314Fonte: Adaptado de Buzzell. Robert D. ls vertical integration profitable?

Harvard Business Review. Jan. - Feb. 1983. p. 97

A figura I determina o impacto na rentabilidade em função do grau de

integração vertical. Verifica-se que ocorreu um aumento no lucro líquido como

percentual de vendas, decorrente da maior integração vertical; entretanto não

ocorreu um acréscimo do lucro líquido como percentual do investimento

real izado IÓ.

IA Aakcr .. Strategic ... p. 257.

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26

Figura 2 - Gráfico do Lucro Líquido como Percentagemde Investimento em Sistema de Integração vertical

40

35

30

252015

10

5

O+-----~------~----~------~----~

-+- Lucro líquido comopercentagem deinvestimento

< 40 40-50 50-60 60-70 >70

A figura 2 coloca em gráfico o que foi exposto no parágrafo anterior.

Ela revela o curioso conceito de que os negócios mais lucrativos estão nos

extremos do spectrum da integração vertical. Por isso os fabricantes devem se

precaver em adotar verticalizações parciais. A empresa que prefere comprar a

fabricar, tende a minimizar investimentos, buscar preços baixos, e ter o

máximo de flexibilidade. A firma com grande participação de ativos integrados

irá maximizar os benefícios da integração vertical'".

Análises de outros autores confirmaram os dados da figura 1 para

produtores de bens de consumo e bens industriais, mas mostraram que para

fabricantes de matérias-primas e de produtos semi-acabados, o retomo sobre o

investimento declinou consistentemente à medida que o valor agregado como

percentagem de vendas subiu".

l-Idem.I"Buzzcll. Is vertical ... p. %.

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27

Quando a empresa pode intensificar a integração vertical sem ter que se

submeter a investimentos de capital proporcionalmente maiores, as

perspectivas são melhores.

As empresas maiores têm melhores possibilidades de utilizar a

integração vertical do que seus concorrentes menores, porque podem operar

melhor em escalas eficientes a cada estágio da atividade")

Um outro item que merece atenção. pois diz respeito ao passado recente

do Brasil. é que entre as empresas que trabalharam com inflação nos seus

custos de materiais o retomo sobre o investimento que elas alcançaram foi

maior quando o nível de integração vertical era baixo. e menor quando o grau

de integração vertical era alto"'.

Quanto à política de inovação de produto, em mercados maduros e em

crescimento, as maiores taxas de introdução de produtos novos apareceram nas

empresas mais integradas verticalmente. Isto talvez se explique pelo fato de a

própria necessidade de inovação ter levado a empresa a uma estratégia de

integração vertical. visto se tratar de um produto bastante explorado, e do

crescimento do mercado.

"Tdcm.2<Jldcm. p. 'JX.

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28

1.3.5. QU4SI-INTEGRAÇAO

Antes de finalizar o tópico, convém localizar as diversas possibilidades

alternativas à integração vertical, englobadas sob a designaçào de quasi-

integração:

- contratos de longo prazo entre empresas independentes;

- contratos de curto prazo:

-joint vcntures:

- investimento com minoria acionária;

- propriedade de ativos;

- acordos exclusivos;

- empréstimos:

- créditos de compras;

- alianças estratégicas:

- p & O cooperativo:

- licenças de tecnologias:

- instalações logísticas especializadas; e

- franchising'" .

:1Aakcr. Strateg:« ... p. 256 c Richcrs. "( 'ompetitive .. p. 6')-70.

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29

Quando se cogita em integrar verticalmente as operações de uma

empresa, pode-se delinear um roteiro com três linhas de pensamento, nesta

ordem:

( I) analisar alternativas possíveis à integração vertical;

(2) selecionar opções de integração vertical com seus diversos

níveis possíveis de investimentos em função de escalas eficientes

de operação:

(3) evitar posições intermediárias na figura 1.

1.4. CANAIS DE DISTRIBUiÇÃO

Os canais de marketing são:

... todos os fluxos que se estendem do produtor ao usuário. Estes

incluem os fluxos de posse física, propriedade. promoção.

"negociação, financiamento, risco. pedido. e pagamento:',

Segundo Breyer. um canal de comércio é formado quando ocorrem

relações comerctats que (ornam possível a passagem de título e/ou posse

22Mallen. lhe Marketing Channel.: p. 124 (Referência a Ronald S. Vaile: E.T. Grether: Reavis CoxoNcwYork: RonaldPress. 1<)52. p.121. IH).

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(geralmente os dois) de hem do produtor ao último consumidor, sendo

transacionadas pelos estabelecimentos de comércio que compõem o sistema",

Para Kotler, os canais de marketing podem ser vis/os como um

conjunto de organizações independentes envolvidas no processo de tornar o

produ/o ou serviço disponível para uso ou consumo": Esse processo engloba

várias funções-chave: informações; promoção; negociação: pedido;

financiamento; risco; posse física; pagamento e propriedade.".

Um nível de canal é determinado pelo trabalho realizado por cada

intermediário para mover o produto do fabricante ao usuário final. Todos que

realizam ao menos uma etapa do processo, inclusive o fabricante e o usuário,

constituem níveis de canal. Com o aumento do número de níveis do canal

aumenta a dificuldade do produtor de obter informações sobre os usuários

finais. O processo de seleção de canais é uma das decisões mais difíceis em

marketing. O produtor deve escolher quantos níveis vai interpor entre ele e o

consumidor final, em que níveis ele vai assumir as funções de marketing e em

que níveis vai selecionar organizações independentes para representá-lo. Por

isso a análise mercadológica dos canais deve começar identificando os' custos

relacionados à criação de utilidade de posse, de lugar e de ternpo".

23 Brcycr. Ralph. Some Obscrvations On "Structural" Formation And Thc Growth or MarketingChanncls in.Mallcn, The Marketing Channel ... p. 22.:4Kotlcr .. +dministracão de Marketing ... p. 454.2sldem. p. 455.:r,Aldcrson. \Vroc. Factors Govcrning Thc Dcvclopment or Markcting Channcls in Mallcn. FileMarkcting i 'hannet. p. 1,7.

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31

A utilidade de posse está intrinsecamente ligada à figura do

intermediário. Consideremos cinco produtores (A, B, C O e E), produzindo

cada um somente um artigo, realizando trocas entre si. Para ganhar eficiência,

cada um deles. ao se relacionar com o outro, já realiza a duplicação do

transporte, ou seja, o produtor "A" segue com seu produto e retoma com o do

produtor "8", reduzindo o número de trocas total do sistema. Serão

necessárias dez operações para todos intercambiarem seus produtos: quatro

operações. de A para B. C O e E; três operações. de 8 para C O e E: duas

operações. de C para O e E: e uma operação. de O para E. A fórmula para

expresssar o número "T" de transações em um mercado descentralizado é:

T=n(n-l)/2

onde "n' é o número de produtores, com a produção de somente um artigo

cada.

Concebe-se agora a figura de um intermediário que detenha a posse das

mercadorias. Admita-se que ele possui um estoque com margem de segurança

para não deixar faltar produtos. Desta forma o produtor .,A", ao entregar sua

produção ao intermediário, já leva de volta os produtos de "B", "C", "O" e

"E"; da mesma forma o produtor "8" ao entregar suas unidades, já retoma com

os produtos de "A", "C", "O" e "E"; o mesmo acontecendo com os produtores

"O" e "E". Serão necessárias. neste caso. somente cinco operações para

intercambiar todos os produtos. O número de transações "T" é igual ao

número de produtores "n",

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32

Imagine-se um mercado com somente 100 produtores (n = 100), um

número absolutamente pequeno. Em um mercado de trocas descentralizado

haverá 4950 transações [T = n (n - 1) / 21, enquanto em um mercado

centralizado com um intermediário ocorrerào somente 100 transações (T = n],

Neste exemplo básico verifica-se que fabricantes com uma produção

especializada, utilizando um intermediário com distribuição exclusiva, podem

obter vantagens competitivas. A economia moderna, entretanto, é bem mais

complexa e o mercado envolve muitos fatores intervenientes.

A utilidade de lugar e de tempo está relacionada à distância existente

entre o comprador e o vendedor. Para que haja qualquer negociação, um deles

deve realizar despesas de comunicação. transporte e hospedagem, para

contatar o outro. Por essas dificuldades, o número de intermediários tende a

crescer com a maror distância geográfica. Deve-se inclusive aprofundar o

conceito de distància: não somente a amplitude geográfica, mas a qualidade

dos meios de transporte, a qualidade da comunicação. a incidência de impostos

e a facilidade de créditos. Neste sentido a fixação de uma marca para os

produtos da empresa pode diminuir a distância representada por uma série de

especificações do produto.

O produtor deve confrontar o custo de realizar as funções-chave, ele

próprio versus as utilidades de posse, lugar e tempo que poderiam ser ganhas

com o uso de intermediários. Quanto mais funções o fabricante executar,

maiores os seus custos. Se ele decidir utilizar intermediários, a margem de

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33

lucro acrescentada pelos mesmos deve ser menor do que a econonua de

operações da empresa, para um mesmo nível de eficiência'".

Os principais intermediários atuantes em um canal de comércio são os

atacadistas e varejistas. Segundo a American Marketing Association, ()

atacadista é uma unidade de negócio que compra e revende mercadorias para

varejistas e outros distribuidores e/ou para consumidores industriais,

institucionais, mas que não vendem a consumidores finais'". No Brasil é

freqüente os atacadistas também realizarem vendas para consumidores finais.

Varejista. segundo a American Marketing Association, é uma unidade

de negócio que compra mercadorias de fabricantes. atacadistas e outros

distribuidores e vende diretamente a consumidores finais e, eventualmente, a

'd. 29outros consumi ores .

A política de formação estrutural de canais de distribuição decorre

principalmente dos recursos financeiros da empresa. Qualquer alteração na

constituição dos membros do canal resulta:

( 1) no investimento de quantias substanciais para executar as

novas atividades; ou

(2) na possível perda financeira resultante da liquidação de ativos

e de operações.

:~Kollcr .. ulministração de Marketing' ... p. 455:RCobra. Marcos .. uiministração de Marketing . São Paulo: Atlas. 1990. p . .t9.t.:~Cobra .. ldminislraçiio de Xlarketmg ... p. 504.

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34

Pelos motivos acima, geralmente há pouca flexibilidade em relação a

alterações nos membros do canal''".

Cada vez que um intermediário novo entra na estrutura de distribuição,

um ou mais canais são fonnados. Da mesma forma cada produto novo

introduzido cria um novo canal e cada produto retirado de circulação desfaz

outro canal. Cada estrutura de distribuição possui tantos canais quantos forem

os produtos por ela distribuídos. A justificativa para tal linha de raciocínio

fundamenta-se nas seguintes constatações:

- cada produto, ainda que existam produtos similares pertencentes a uma

mesma linha, possui diferentes características mercadológicas;

- cada produto é vendido individualmente para os consumidores;

- cada produto é identificado individualmente por marcas ou logomarcas.

Todos os dias com a introdução de novos produtos e novos membros na

estrutura de distribuição. o número de canais se multiplica a uma taxa muito

maior do que a do número de empresas ou produtos.

Uma das maneiras de se avaliar o crescimento do canal individual é

mensurar o número de unidades fisicas distribuídas por ele em um período de

"Brcvcr in.Mallcn, The Marketing ( 'hannel. .. p. 23.

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35

tempo. Medidas baseadas em critérios financeiros não são muito adequadas,

pois o sistema de preços está sujeito a variações ao longo do ternpo" .

A formação de um grupo de canais OCOITequando há distribuição de

produtos em posse de um membro de um canal individual (por exemplo: um

atacadista) para um membro de outro canal individual (por exemplo: um

varejista ou mesmo um atacadista de menor porte). O interesse maior de um

fabricante está no estabelecimento da rede de canais de distribuição dos seus

produtos. de maneira a explorar ao máximo os mercados potenciais e assegurar

a rnaxirnização de lucros no longo prazo. O problema é que sempre ocorrem

inovações de produtos e alterações geográficas nos padrões de demanda de

quase todos os produtos. entre outras mudanças. Com isso a composição de

canais do grupo deve ser alterada constantemente.

Muitas vezes o produtor na ânsia de fazer uma distribuição ampla, não

assume a condição de capitão de canal, fazendo uso indiscriminado de todos

os canais possíveis. Agindo assim a configuração do grupo de canais

apresentar-se-á altamente instável, sujeita a condições de mercado e táticas de

concorrentes. Nos mercados de commodities agrícolas e animais é muito

freqüente a ocorrência de distribuição intensiva instável.

No caso de produtores com marcas bem posicionadas e promovidas a

formação do grupo de canais é geralmente um processo bem pensado e

3\ Idem. p. 2 ..L

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36

cuidadosamente planejado, onde a ênfase está na escolha dos membros dos

canais, e tende a se utilizar de distribuição exclusiva ou seletiva.

Para se realizar uma avaliação do crescimento do grupo de canais não é

muito interessante mensurar as unidades físicas, como é feito no canal

individuaL pois é comum a comercialização de diferentes produtos em cada

canal. Uma solução seria a mensuração de crescimento através da análise de

subgrupos de canais, baseada no tipo de canal. natureza do produto e area

geográfica'".

A política de seleção de canais está diretamente relacionada ao

composto de marketing da organização":

(l) produto: a distribuição depende dos atributos do produto,

como seu valor intrínseco, sua diversidade de usos, a necessidade

de ajustes aos consumidores, volume e perecibilidade.

Em geral produtos de baixo valor unitário usam

distribuição indireta. No caso de Commodities perecíveis, estas

devem seguir no canal o mais rápido possíveL quando não se

dispuser de intermediário que possa colocar o produto

rapidamente no ponto de venda, a empresa deverá usar a

distribuição direta.

'2Idem. p. 25.']Mallcn, lhe Marketing Channel. . p. Im.

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Quanto maior o número de produtos similares, vendidos

no mesmo ponto de venda, menor as despesas fixas de venda caso

a empresa adote a distribuição direta.

A embalagem deve se adequar ao sistema de distribuição

da empresa.

A seleção do canal depende do ciclo de vida do produto:

muitas vezes um produto para ser introduzido e aceito no

mercado necessita distribuição direta para lojas de varejo

especializadas. podendo-se depois maximizar a sua distribuição.

(2) preço: as margens podem ser controladas através de descontos

e de controle de preços de revenda. Muitos fatores afetam as

margens dos intermediários como: grau de concorrência, custo

operacional, mark-up, poder de barganha e poder de controlar o

preço de revenda.

Os métodos de controle de preços incluem distribuição

direta em todos os níveis, vendas em consignação. escolher

intermediários sem ou com pouco poder, preços de revenda

estampados no produto quando possível e conceder somente

pequenos descontos.

37

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Em suma, o número de canais, o poder dos intermediários

e o grau de distribuição direta interagem profundamente com a

formação de preços ao consumidor.

(3) promoção: a promoção e a seleção de canais são

interrelacionadas. Quanto mais utilizada a distribuição direta e a

venda pessoal, menor o esforço de promoções de vendas e

propaganda. com uma pequena parcela destas duas últimas

dirigida aos atacadistas.

Inversamente, o uso da distribuição indireta pressupõe

menos venda pessoal, e mais propaganda e promoções de vendas,

com aumento da fatia promocional destinada aos atacadistas.

(4) distribuição fisica: o composto de distribuição engloba a

distribuição física e a seleção do canal de distribuição.

O intermediário pode ser um agente que atenda os

varejistas, enquanto a empresa garante os níveis de estoque. ou

um atacadista que se responsabilize pelas duas tarefas.

O desenvolvimento tecnológico na área de transportes e de

manuseio de materiais possibilita a uma empresa aprofundar seus

mercados, o que pode alterar as participações relativas da

distribuição direta e indireta no composto de distribuição.

38

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A localização das fábricas e dos depósitos próximos dos

mercados pode viabilizar uma maior participação da distribuição

direta.

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CAPÍTULO 2

AS CADEIAS DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

DE FRANGOS DE CORTE

40

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As cadeias de produção e distribuição de frangos de corte apresentam-

se como interdependentes, porém com características próprias. Serão assim

analisadas individualmente.

A cadeia de produção. para fins deste trabalho. será dividida em duas

cadeias: a biológica, em que temos a seleção genética e o ciclo de evolução de

frangos de corte; e a de nutrição, em que a se estuda a ração dos frangos de

corte e os seus principais componentes, o milho e a soja.

A cadeia de distribuição também será dividida. para fins deste estudo,

em duas cadeias: a de frangos vivos, em que se analisa a distribuição das aves

das granjas de engorda até as unidades de recepção do produto vivo, o que

inclui os abatedouros; e a de frangos abatidos, em que se estuda a distribuição

das aves dos abatedouros até as unidades de recepção do produto abatido.

2.1. DEFINIÇÕES OPERACIONAIS

Para fins deste trabalho o termo cadeia é utilizado para definir uma

estrutura composta de vários níveis, onde cada nível representa uma etapa de

processamento ou transferência de produtos, realizada pelo produtor ou por

uma fonte quasi-integrada. em direção ao consumidor final.

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A expressão produtor de frangos ou simplesmente produtor representa

a empresa que realiza a maioria ou a totalidade dos investimentos na atividade

de produção das aves.

O termo criador de frangos ou simplesmente criador representa o

proprietário da granja, que exerce a atividade de confinamento ou engorda das

aves. Se o criador é autônomo, ou seja, se ele desempenha a maioria ou a

totalidade dos investimentos por sua conta e risco, ele também recebe o título

de produtor.

O sistema mais difundido de criação de frangos no Brasil é a integração

avícola ou simplesmente integração, em que o criador atua como uma fonte

de terceirização para o produtor, na etapa de engorda das aves. Para evitar

possíveis confusões com o termo integração vertical, neste trabalho será usado

a expressão parceria avícola ou simplesmente parceria em substituição à

integração avícola.

Os termos abatedouro e frigorifico são utilizados como sinônimos.

Normalmente dá-se preferência a utilizar o termo abatedouro quando se

descreve os aspectos relacionados ao processamento de frangos. e o uso do

termo frigoriftco está mais relacionado com a comercialização de frangos

resfriados e congelados.

A expressão aba/ido na hora serve para designar o frango abatido

artesanalmente em lojas varejistas de frangos vivos, situadas geralmente na

periferia de grandes e médias cidades, e em pequenas cidades do interior.

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Salvo algum engano a expressão abatido na hora sempre aparecerá em itálico

para facilitar a compreensão do leitor.

2.2. CADEIA BIOLÓGICA DE FRANGOS DE CORTE

Escolheu-se a cadeia biológica de frangos de corte para abrir este

trabalho. no intuito de familiarizar o leitor leigo em avicultura de corte com as

atividades do setor.

A cadeia biológica de frangos de corte possui quatro participantes: a

granja avozeira. a granja de matrizes. o incubatório e a granja de engorda de

pintos.

o termo biologico é aplicado a esta cadeia em função dela lidar com os

diversos estágios de formação de seres vivos - os frangos de corte. A escolha

da linhagem genética das galinhas matrizes. que é transmitida

hereditariamente aos ovos fertilizados, e destes aos pintos, proporcionará aos

futuros frangos de corte um padrão estabelecido de produção em termos

qualitativos e quantitativos.

Dentro do conceito de cadeia biológica de frangos de corte, enfatiza-se

a importância econômica no processo biológico de evolução matriz - ovo -

pinto - frango de corte.

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44

f Incubatório I f Granja de IEngorda

2.2.1. Granja Avozeira: produção de matrizes

As granjas avozeiras estabelecidas no Brasil obtêm seu plantei através

de importação das galinhas avós. A tecnologia genética para desenvolver as

avozeiras é um segredo industrial de empresas geneticistas estrangeiras.

Através de cruzamentos entre as avós importadas, via licença de

tecnologia, as granjas avozeiras obtêm as linhagens genéticas de matrizes

direcionadas para a produção de frangos de corte: Hubbard, Arbor Acres,

Ross, Avian Farms ou Shaver, Cobb, Hybro e Isa Vedette.

o número de linhagens tem diminuído constantemente ao longo das

últimas décadas. Isto é creditado" à redução nas margens de lucro e ao

conseqüente aumento de investimentos de capital e de tecnologia ocorrido nas

granjas de engorda nos últimos dois decênios, no Brasil. Com o aumento do

"Llnhagcns e tecnologia garantem produtividade aos frangos dc corte .. 1ves & Ovos /1 Revista da.'vIa de rn a Avicultura. Setembro 1994. p. 16-7 (Comentários de José Roberto Soltura. veterinário ediretor-técnico da Associação Paulista de Avicultura - APA)

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capital investido e a perda de rentabilidade, os criadores de frangos de corte

não querem arriscar em linhagens menos produtivas.

o licenciamento de tecnologia das linhagens de corte é feito às

empresas brasileiras, que constituem um oligopólio no mercado de matrizes:

Granja Rezende - Hubbard, Sadia - Arbor Acres, Agroceres - Ross, Isa

Avícola - Isa Vedette. Esta última, Isa Vedette, é a única exceção em relação

ao licenciamento de tecnologia: a ISA Avícola que a produz é filial da ISA,

empresa francesa do grupo Rhône Poulenc35.

Algumas dessas empresas, em função do seu porte, apresentam alto

grau de integração vertical, possuindo granjas de matrizes, incubatórios e

granjas de engorda. Graças à introdução da parceria avícola no Brasil pelo

frigorífico Sadia". este último participante da cadeia foi maciçamente

terceirizado, possibilitando uma extraordinária expansão fisica do sistema.

Alguns grandes produtores industriais da região Sul e líderes de

mercado no Brasil possuem granjas avozeiras, como a Sadia e a Perdigão.

2.2.2. Granja de Matrizes: produção de ovos férteis

Analistas do setor avícola acreditam que as matrizes de corte que

tendem a predominar serão aquelas cujas linhagens atendam a mercados

J5Idcm.1(,Antunes. Renan. Vigilantes de frango. I 'eja, 051l2fl)O. p.17

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específicos: linhagens especializadas em velocidade de crescimento para o

mercado de frangos inteiros ou carcaças; e linhagens de maior produção de

carne de peito para o mercado de cortes"'7.

o criador de matrizes. ao optar por uma das 1inhagens , entra em

contato com a granja avozeira e adquire as aves. Após o transporte das

mesmas, o matrizeiro as cria por um período de seis meses até que se inicie o

processo de produção de ovos, o qual dura 45 semanas. A matriz, de acordo

com o padrão preestabelecido pela sua linhagem. deve produzir uma média de

170 ovos totais férteis. aptos a serem incubados".

o mercado de ovos férteis é transacionado de acordo com o tamanho

das unidades. Os ovos maiores geram pintos maiores. e estes por sua vez

geram crescimento mais acelerado de frangos de corte. Por este motivo os ovos

maiores são mais bem remunerados.

A relação entre a granja de matrizes e o incubatório pode ser:

(1) a granja de matrizes e o incubatório são integrados verticalmente,

ou seja, são unidades de negócios da mesma empresa;

(2) a granja de matrizes e o incubatório são quasi-integrados, ou seja,

possuem alguma relação contratual que presume maior coesão de

operações do que se fossem participantes autônomos;

.11Linhagens ... p. 171HControlede Qualidade. Integração Outubro 1990. p. O]. (Publicação da MAFISA AvíCOLA.Recife)

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(3) a granja de matrizes e o incubatório são participantes autônomos

na cadeia.

A granja de matrizes e o incubatário são integrados verticalmente na cadeia

biológica de frangos de corte

Um incubatório autônomo não pressupõe a propriedade de uma granja

de matrizes, mas seria muito arriscado para um produtor possuir uma granja de

matrizes sem um incubatório atrelado a ela.

Todos os dias sem exceção são coletados os ovos férteis das matrizes.

Embora haja um mercado de incubatórios que compre estes ovos. o nível de

perdas poderia ser muito grande numa operação autônoma. A solução mais

sensata para o matrizeiro é operar integrado verticalmente, com as capacidades

mais aproximadas possíveis.

O criador de matrizes pode destinar parte da produção de ovos para o

incubatório próprio e parte para clientes. O tamanho dos ovos que ele fornecer

ao comprador, que normalmente prefere pagar um pouco mais por ovos

maiores, define a sua remuneração.

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A granja de matrizes e o incubatório são quasi-integrados na cadeia

biológica de frangos de corte

Quando há dúvidas em relação ao desenvolvimento futuro das

atividades, é comum o matrizeiro realizar o arrendamento das instalações

fisicas de um incubatório desativado.

A cadeia biológica possui uma boa adaptabilidade no que se refere à

mudança de um participante para outra posição na cadeia. Há casos, por

exemplo, em que uma granja de matrizes teve suas instalações adaptadas para

galpões de engorda. Para não transferir a posse ou desativar o incubatório que

lhe era integrado, ele contratou uma parceria avícola com uma empresa

produtora de frangos de corte, dona das matrizes, em que os pintos destinados

à sua nova estrutura de engorda fossem exclusivamente incubados nas suas

instalações e não no incubatório do parceiro produtor como acontece de praxe

na parceria avícola.

A granja de matrizes e o incubatório são participantes autônomos na cadeia

biológica de frangos de corte

É uma modalidade adotada por alguns incubatórios, pois evita o enorme

investimento e o risco de contaminação presentes em uma granja de matrizes,

além do comprometimento com a escolha de uma linhagem.

A granja de matrizes que erra na escolha de linhagens pode ter sérias

dificuldades na colocação dos ovos no mercado.

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2.2.3. Incubatório: processamento de ovos em pintos de 1 dia

o transporte dos ovos férteis ao incubatório é realizado por caminhões

do tipo baú, preparados especialmente para evitar quebras e trincamentos nos

ovos. A incubação se dá num período de 21 dias.

De cada 170 ovos férteis, aptos para a incubação, recebidos pelo

incubatório, espera-se uma produção de 140 pintos. A eclosão se dá em

chocadeiras elétricas.

A relação entre o incubatório e a granja de engorda pode ser:

(1) as duas são integradas verticalmente;

(2) as duas são quasi-integradas;

(3) as duas são participantes autônomas na cadeia.

o incubatório e a granja de engorda são integrados verticalmente na cadeia

biológica de frangos de corte

Com o advento da parceria avícola, os incubatórios reduziram muito os

investimentos na aquisição de granjas. Entretanto, mesmo se a estratégia não

for orientada para a integração vertical, é de extrema utilidade o incubatório

dispor de alguma(s) granja(s) própria(s) com galpões livres, haja visto ser

muito freqüente que as granjas do sistema de parceria tenham atrasos na

preparação para o recebimento dos pintos.

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o incubatório e a granja de engorda são quasi-integrados na cadeia

biológica de frangos de corte

É o caso do arrendamento e da parceria avícola. No arrendamento, o

dono da granja cede suas instalações por um valor fixo mensal, ou um tipo de

remuneração por lote, que pode ser fixa, ou adotar algum critério variável. O

arrendatário que assume as operações da granja acumula as funções de

produtor e criador.

No que se refere aos pintos, especificamente, pode haver conflitos entre

o incubador - criador. no que diz respeito à qualidade do produto e prazo de

entrega.

Como o criador. no sistema de parceria, recebe sua remuneração em

função da produtividade do lote, fica muito sensível quanto à qualidade dos

pintos que lhe são enviados.

O criador também se preocupa com o prazo. pOIS a mão-de-obra

constitui seu principal custo, sendo suas despesas praticamente constantes,

esteja a granja alojada ou não.

o incubatório e a granja de engorda são participantes autônomos na cadeia

biológica de frangos de corte

É o caso do criador por sua própria conta e risco. pertencente ao que em

São Paulo se chama mercado paralelo"; em que o criador não está vinculado

19Dc Ccsarc, Claudia Facchini. O setor avícola se divide. Gazela Mercantit. 01/02/96, p. B - IG

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às parcenas avícolas. A possibilidade de surgir conflitos é maior,

especialmente no que tange à qualidade do produto, preço, prazo de entrega e

serviço pós-venda.

Quando o conflito é identificado, entretanto, toma-se mais fácil a sua

resolução, em função da tendência de ambos em querer preservar a relação

comercial.

2.2.4. Granja de Engorda: preparação para o repovoamento de pintos de 1

dia e recebimento de pintos de 1 dia

A granja de engorda desempenha suas atividades de forma cíclica. O

processo ideal consiste em alojar todos os pintos de uma só vez, em um único

dia. Procedendo assim, terá a seu favor o fato de o lote de aves desenvolver-se

em todos os galpões de forma homogênea, evitando contaminações oriundas

de aves mais velhas para aves mais jovens dentro da granja.

O fluxo de trabalho no lote único de engorda também fica facilitado,

pois há um ganho de escala nas quatro tarefas básicas desempenhadas pela

granja de engorda:

( I) recebimento de pintos de um dia;

(2) conversão dos pintos de um dia via alimentação e cuidados

em frangos de corte aptos a seguirem ao mercado:

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(3) expedição dos frangos de corte para os canais de distribuição;

(4) preparação para o repovoamento de pintos de um dia.

Na cadeia biológica de frangos de corte, a participação da granja de

engorda fica restrita, na seguinte ordem, às tarefas de preparação para o

repovoamento de pintos de um dia, e recebimento de pintos de um dia.

a) a preparação para o repovoamento de pintos de um dia. Deve ser

considerada como o início de todo o ciclo de engorda. Esta etapa consiste em:

I) retirar o subproduto esterco, deixado no aviário pelo último

lote de aves vendidas, do piso dos galpões;

2) lavar, limpar, e desinfetar com microbicidas os galpões e

equipamentos;

3) deixar em repouso para ação dos microbicidas os itens citados;

4) a nova montagem dos equipamentos para recepção de outro

lote de pintos de um dia.

Cada dia de atraso na preparação para o repovoamento implica em um

dia a mais de custos para o criador e no atraso de um dia no ciclo que se inicia .•

Se a data para o alojamento já tiver sido confirmada, haverá redução no prazo

de repou~o ou de vazio sanitário, o que pode vir a prejudicar o futuro'

desenvolvimento das aves.

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A remoção do esterco ou estrume deve ser feita imediatamente após a

saída das aves do lote anterior. A procura pelo esterco sofre variações ao longo

do ano, em função das épocas de sua aplicação nas culturas agrícolas e das

condições dos pastos utilizados para a alimentação de bovinos. O esterco ou

cama-de-galinha possui alto teor de proteína bruta, o que tem viabilizado o

desenvolvimento crescente do seu uso nos últimos anos, como suplemento

protéico para bovinos e até para suínos.

Em épocas de pouca demanda, é comum o criador constituir estoques,

longe das instalações avícolas, para uso próprio ou vendas futuras. Em

Pernambuco, no ano de 19954°, o preço do esterco na granja - preço F.O.S.,

flutuou entre R$ 20,00 e R$ 60,00 por tonelada.

Removido todo o estrume do aviário, procede-se à lavagem geral do

galpão e dos equipamentos. Segue-se a desinfecção, quando se prepara uma

mistura com fungicidas à base de cobre, creolina e formal, que é pulverizada

no aviário e nos equipamentos. O próximo passo é a pintura do aviário com

uma solução de água e cal virgem, deixando-se o galpão em repouso.

A importância do vazio sanitário ou repouso sanitário, que dura em

tomo de duas semanas, é que ele maximiza a atuação dos microbicidas. Pode-

se assim evitar grandes prejuízos decorrentes de uma possível contaminação

no material que vai servir de forração de piso para os pintos que vão chegar.

"Observações do próprio autor. em função de suas atividades profissionais.

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Três dias antes da chegada dos pintos, forra-se o piso do aviário com

um material de boa absorção de umidade, preferencialmente maravalha ou pó-

de-serragem. Também são utilizados vários outros materiais. de acordo com a

disponibilidade, a saber: bagaço-de-cana, palha-de-arroz, palha-de-capim, e

pó-de-coco.

Na seqüência, montam-se os equipamentos de alimentação, os

dispositivos para a água e a fonte de aquecimento, a gás ou com lâmpadas, e

aguarda-se o envio dos pintos provenientes do incubatório.

b) o recebimento dos pintos de um dia. Consiste em descarregar as

caixas plásticas ou de papel do caminhão especializado tipo baú, colocá-Ias no

interior do galpão, e contar os pintos um a um. Cada caixa possui cerca de 100

pintos, com ligeiras variações para mais ou para menos. No aviário são

preenchidos vários círculos, com 500 pintos, contados, em cada um deles.

Terminada a conferência é aberta uma ficha contendo os dados da granja, do

galpão e o número total de pintos. A quantidade de pintos conferidos

normalmente está muito próxima da quantidade enviada e anotada pelo

incubatório.

Esta etapa encerra a cadeia biológica de frangos de corte e dá início à

cadeia de nutrição dos frangos de corte na granja.

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2.3. CADEIA DE NUTRIÇÃO DE FRANGOS DE CORTE

I Plantio de Milho I ~Unidade de Fabricação de Ração I ---i~~G~ra~n!l.!ja!..!d~e~E~n~gO~r~daulI Plantio de Soja I

2.3.1. Plantio de Milho

o milho é classificado como uma planta da família das gramíneas.

Cultura milenar, cultivada em escala mundial, presente em todos os

continentes. serve de hábito alimentar para diversos povos, notadamente os do

continente africano e da América do Sul.

Atualmente ele é largamente utilizado na alimentação de bovinos em

confinamento e na formulação de rações animais, notadamente para aves -

animais de extrema aptidão na conversão de grãos em carne. O milho

apresenta uma participação aproximada de 70% do peso total da ração pronta -

produto acabado - consumida pelos frangos de corte. Em decorrência disto,

mesmo apresentando baixo custo relativo em relação aos outros componentes

da ração, é a matéria-prima mais crítica da cadeia de nutrição de frangos de

corte.

O alto custo de operação dos portos brasileiros constitui um grave

entrave para os produtores. Enquanto no exterior paga-se em média US$ 3.~O

por tonelada, os importadores no Brasil pagam uma média de US$ 11.00 por

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tonelada". O custo da mão-de-obra é maior que em outros países: a estiva é

muito onerosa e o custo da conferência se toma proibitivo, ambos fatores

decorrentes do forte corporativismo sindical no setor.

Com raras exceções, o calado dos portos brasileiros é baixo, o que

dificulta a atracação de navios de grande porte, ou seja, os graneleiros com

capacidade de até 40.000 toneladas. Estas embarcações possuem um custo de

frete unitário comparativamente menor do que as atuais embarcações que

fazem o transporte do milho, em tomo de 15.000 toneladas'j.

Os poucos atracadouros no Brasil que possuem calados mais profundos

ainda padecem da falta de infra-estrutura portuária do país. Um exemplo típico

é o porto de Suape, em Pernambuco, com capacidade potencial de atracar os

navios de grande porte acima citados. As obras do terminal graneleiro

atualmente estão paralisadas por falta de recursos. A iniciativa privada já

investiu cerca de R$ 16 milhões, sendo necessários apenas R$ 4 milhões para

concluir os trabalhos':'.

No caso da região Nordeste em particular, a política governamental de

abastecimento também é problemática. Em determinadas épocas, o Governo 44

libera estoques da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento, sendo

41Andrade. Jaqueline. Avicultores de PE têm custo 30% mais alto. Diário de Pernambuco. 7/1/96.p.C-8 (informação fornecida pelo Sr. Edgar Navais. presidente da Associação Avícola dePernambuco)42Idem.43Quadros, Maria José. Escassez de milho no Nordeste. Gazeta Mercantil. Finanças e Mercados -Agribusiness. 02/1/96. p. 8-1644Ao longo da dissertação, sempre que se mencionar Governo. refere-se ao Governo federal. e não aoEstadual.

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mais comum a importação direta do produto pelos produtores. Neste último

caso, o transporte é feito por navios, e o produto normalmente procede da

Argentina, Estados Unidos e Canadá. Geralmente há financiamento por parte

dos exportadores, com a adoção de juros internacionais, o que muitas vezes é

preferível a comprar o produto nas condições de negociação dentro do Brasil.

o milho oriundo das demais regiões do país também sofre com a

precariedade da infra-estrutura de transportes no Brasil. A navegação de

cabotagem, marítima ou fluvial, enfrenta os mesmos problemas da navegação

oceânica. O custo de transporte de porto para porto é imprevisível, em função

de diferentes tarifas para as operações de estiva, conferência e armazenagem,

No caso específico de Pernambuco, o Porto de Petrolina, no Rio São

Francisco, praticamente não é utilizado para o transporte de grãos. A Falta de

condições físicas ou de um sistema eficaz de logística adaptadas a este porto

fluvial não favorece a atividade de cabotagem no Estado.

O Brasil possui uma expressiva extensão de malha ferroviária: cerca de

30.000 km em 198645. A maioria dos traçados segue ortogonalmente no

sentido litoral-costa. O transporte de grandes massas homogêneas, como a de

cereais em grão, através de extensas distâncias é vantajoso quando efetuado

por trens, devido à uniformização de operações. No caso de Pernambuco, a

conclusão de 300 km de ferrovia, da cidade de Salgueiro até a cidade de

45Novaes. Antonio Galvão N.: Alvarenga. Antonio Carlos. Logística Aplicada: Suprimento eDistribuição Física. São Paulo: Pioneira. 1994. p. 104

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Petrolina, tomaria possível a ligação intennodal da Ferrovia Transnordestina à

Hidrovia do Rio São Francisco. Com a complementação do trecho de

Salgueiro, PE, até Missão Velha, CE, Recife e Fortaleza, dois fortes pólos

avícolas do Nordeste, estariam automaticamente conectados a corredores de

escoamentos de grãos na Bacia do Rio São Francisco".

A malha rodoviária pavimentada no Brasil é de aproximadamente

123.000 km. Acresce-se a esse número a extensão das estradas não-

pavimentadas, que corresponde a cerca de 1,3 milhão de quilômetros":

Os desafios para o abastecimento de milho entretanto não são referentes

unicamente ao setor de transportes, mas à própria capacidade de plantio do

grão em nível global. Segundo o Secretário da Agricultura dos Estados Unidos

Dan Glickman'", pode haver um grande aumento no abate mundial de animais,

a curto prazo, em função da limitada oferta de milho. Os estoques do cereal

nos Estados Unidos atingiram o volume mais baixo dos últimos 20 anos, em

conseqüência de tal fato o governo deste país liberou o cultivo de terras, em

caráter emergencial, de áreas reservadas para programas ambientais.

A China em 1995 importou muitos alimentos e matérias-primas. A

Argentina, que responde como maior fornecedor de milho para a região

Nordeste, já revela preferências pelo mercado chinês49.

"Navais, Edgar in Quadros. Maria José. Escassez de milho no Nordeste. Gazeta Mercantil. Finançase Mercados - Agribusiness. 02/1/96. p. B-1647Novaes. A.G.N. Logística ... p. 10448Estoque de milho é o menor em 20 anos. Gazeta Mercantil. 30/1/96, p. B -16490 ano da reviravolta para os agricultores. (Jazera Mercantil. 30/1/96. p. B -16

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Para Edward Schuh'", o limite de produtividade de cereais está

estagnado, em função da falta de verbas para pesquisas, a nível mundial. Há

trinta anos não surge nenhum desenvolvimento novo em termos de genética de

cereais. Mesmo que "os institutos de pesquisa fossem imediatamente

reestruturados e dinamizados em todo o mundo, levaríamos 10 a 15 anos para

obter avanços expressivos em novas tecnologias. Enquanto isso, a demanda

mundial de alimentos continuará crescendo ,,51.

o sorgo como produto substituto do milho

o uso do sorgo, um cereal originário da África, poderia ser uma

alternativa de substituição parcial ou total ao milho no preparo de rações

animais. O sorgo, com 95% do valor nutricional do milho, apresenta-se

altamente tolerante a períodos de seca52.

No semi-árido nordestino, região de insolação muito elevada - 2.800

horas/ano, as precipitações médias situam-se na faixa de 400-600 mm anuais,

distribuídas desigualmente ao longo do ano e evaporação ao redor de 2000

mmlano, o que para culturas tradicionais resulta em baixos índices de

produtividade. O sorgo para ser cultivado necessita de 300-400 mm de

precipitação anual, enquanto o milho exige no mínimo 700 mm de precipitação

anual.

sOprodução esbarra na tecnologia. Agroanalysis. Janeiro 1996. p. 03 (Entrevista com o Prof. EdwardSchuh. Reitor do Hubert Humphrcy Institutc ofPublic Affairs da Universidade de Minnesota, USA)51Idem. p. 0452Andrade. Avicultores ... p. C-8

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Segundo o Secretário de Agricultura do Estado de Pernambuco, José

Geraldo Eugênio de França'", " a instabilidade do clima do Estado não

favorece a expansão da safra de milho. Espera-se em cada dez anos, dois de

boa produtividade. A média do Nordeste por cada hectare fica em torno de 700

quilos. Na região Sul é superior a cinco mil ". A Secretaria de Agricultura

encontra-se empenhada na criação de um projeto piloto de plantio do sorgo em

uma área de 30 hectares na região do semi-árido.

2.3.2. Plantio de Soja

A soja é uma planta das famílias das leguminosas. No Brasil, ela é vista

exclusivamente como produto de exportação. Entretanto os subprodutos do seu

beneficiamento, o farelo de soja e o óleo de soja, são largamente utilizados na

fabricação de rações animais e na culinária, respectivamente. 54

o farelo de soja contribui com cerca de 15% da composição da ração de

frangos de corte.

o óleo de soja é o óleo vegetal mais consumido no mundo. O óleo de

dendê, oriundo de planta do mesmo nome muito cultivada na Ásia e pouco

cultivada no Brasil, deve ultrapassar o óleo de soja na escala de consumo

53Idem.54Nonino. Carlos Alberto. Soja no Brasil também é um bom negócio. O Estado de Sôo Pau/o.17/0l/96. p.G-6

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global nos próximos anos. A razão de tal fato é o dendê pOSSUIrmaior

produção de óleo por unidade de área, cerca de dez vezes mais, do que a soja.

Graças a constantes ganhos de produtividade e a expansão das

atividades agrícolas nos cerrados, o país passou de 1%, em 1975, para 20%,

em 1995, da produção mundial da leguminosa. A soja, devido às condições

climáticas do Brasil, principalmente por apresentar o menor risco de geadas,

talvez seja o único produto brasileiro em condições de competir no mercado

~sexterno' .

o maior concorrente brasileiro é também o maior produtor mundial, os

Estados Unidos da América, apresentam índices de produtividade superiores

aos do Brasil. De acordo com o ex-Secretário de Agricultura do Estado de São

Paulo Geraldo Diniz Junqueira, caso o país aumente a produção total de soja

os Estados Unidos irão optar por cambiar a soja pelo milho, devido às suas

vantagens competitivas imbatíveis nesta última cultura.".

Custo da Soja - Preço F.O.B. no Porto de Embarque (US$/tonelada)

Estados Unidos Brasil

Custo de Produção 181,42 244,29

Custo de Transporte 15,00 90,00

Custo Total 196,42 334,29

Fonte: Adaptado de Gazela Mercantil, 03/01/96. p. B-14

SSIdem.56Idem.

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No quadro acima, os Estados Unidos da América, maior produtor

mundial de soja, apresentam custos de produção inferiores aos do Brasil. O

agricultor norte-americano gasta, em média, US$ 501.46 por hectare para

produzir 2.764 kg de soja. Da mesma forma, a alta participação das hidrovias

(61%) no composto de distribuição da soja nos EUA reduz bastante os custos

de transporte, em tomo de US$ 15 por tonelada.

Modalidades de Transporte de Soja (%)

Estados Unidos Brasil

Hidrovia 61 5

Ferrovia 23 28

Rodovia 16 67

Fonte: Gazeta Mercantil, 03/01/96. p. B-14

No Brasil, os agricultores despendem em média US$ 546.72 para

cultivar um hectare de soja, com produção média de 2.238 kg. Com o

desenvolvimento de novas áreas no celeiro agrícola dos cerrados central, no

Centro-Oeste, e setentrional, no Norte e Nordeste brasileiro, pode-se estimar

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um incremento de 50 milhões de toneladas, podendo levar a produção

brasileira anual de soja a atingir mais de 75 milhões de toneladas".

Na atual configuração brasileira, a participação maciça das rodovias na

estrutura de distribuição da soja aumenta enormemente os custos de transporte.

Isto faz com que a soja oriunda das áreas de produção mais distantes apresente

custos de até US$ 90 por tonelada, até o porto de Paranaguá ou de Santos.

Entrementes, nos EU A, o transporte até o porto de embarque da exportação

alcança em média US$ 15 por tonelada.

A criação do corredor Centro-Norte até o Porto Ponta da Madeira, em

São Luís do Maranhão, provável futuro maior escoadouro da soja produzida

no Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país "; e do corredor Noroeste, pelos

rios Madeira e Amazonas, a partir de Porto Velho, poderá baixar o frete

interno dos atuais US$ 90 para até US$ 25 por tonelada. "Como o custo de

produção, dentro da fazenda, tem caído gradativamente e com a redução do

frete, a soja brasileira terá maior poder de competição no mercado'f". Assim, a

redução efetiva dos custos de produção e de transporte constituirá uma

vantagem competitiva sustentável para o complexo soja brasileiro.

No que se refere à exportação de soja propriamente dita, a tarifa em

alguns portos brasileiros não anima muito os produtores. É o caso do Porto de

Paranaguá, onde a tarifa é três vezes superior à norte-americana e à argentina,

57Ucio. Antonio in Oricolli. Sílvio. A viabilidade do cerrado central. Gazeta Mercantil. 03/0 1/96.p.B-14580ricolli. Sílvio. A viabilidade do cerrado central. Gazeta Mercantil. 03/Ol/96. p.B-1459Idem.

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e 125% maior que a do Porto da Ponta da Madeira'", de acordo com estudo

elaborado pela economista Gilda Bozza Borges, do Departamento Técnico e

Econômico da Faep - Federação da Agricultura do Estado do Paraná.

As indústrias processadoras de soja já estão iniciando ou ampliando os

seus investimentos em direção ao Brasil setentrional. A Ceval Alimentos,

maior empresa alimentícia de capital nacional, responsável pela metade do

esmagamento nacional de soja, maior processadora e industrializadora de soja

da América Latina, e uma das quatro grandes do mundo, decidiu aumentar em

50% a capacidade de esmagamento da sua unidade em Mimoso, município

próximo a Barreiras, no oeste da Bahia. Esta unidade responde pelo

abastecimento na região Nordeste. Concomitantemente, também em Mimoso,

a empresa irá instalar mais uma unidade integrada verticalmente: um

frigorífico de aves e suínos?'.

Serão feitos também investimentos em uma unidade esmagadora de soja

no município de Balsas, no Maranhão, onde a Ceval possui uma unidade de

armazenamento de soja'".

o próximo passo na estratégia de integração vertical da empresa será a

construção de uma unidade refinadora de óleo de soja no Ceará, possivelmente

em Fortaleza".

IiOOricolli. Sílvio. Paraná assume liderança na soja. Gazeta Mercantil. 25/01/96. p.B-14ólKassai. Lucia. Com US$ 2.5 bilhões. Ceval cresce 17,3%. Gazeta Mercantil. 25/01/96. p.B-14 &Branco. Alex. A Cevallevanta US$ 175 milhões. Gazeta Mercantil. 10/01/96. p. B-1462Idem.R3Idem.

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65

A explicação para o destino dos investimentos é do Sr. Antonio Carlos

Silva, diretor de Relações com o Mercado da Ceval: " Os investimentos serão

destinados à região Nordeste, por se tratar de um mercado com acelerado

crescimento da demanda por alimentos"?'.

Segundos dados preliminares da Conab, as vendas ao exterior do

complexo soja devem aumentar em 10% em 1996, alcançando US$ 4,2

bilhõ 651 oes ,

Os cálculos da Abiove - Associação Brasileira das Indústrias de Óleos

vegetais para 1996 prevêem queda nas exportações de grãos de soja em torno

Na area de subprodutos entretanto os mercados apresentam-se em

crescimento. O óleo de soja apresentou um crescimento em volume de 11,5%,

em relação a safra passada?".

Os registros de vendas externas do farelo de soja para a safra 1995/96

apontaram um volume 80% maior que o de igual período do ano passado, A

procura interna também encontra-se em alta, com elevação de 78% no mesmo

período, criando um mercado interno de maior expressividade. Tal intensidade

de procura em parte é refletida pelo aumento global na produção mundial de

64Branco. Alex. A Ccval Ievanta US$ 175 milhões. Gazeta Mercantil. 10/01/96. p. B-14650e Ccsare. Claudia Facchini. Vendas de farelo de soja decolam. Gazeta .•.•1ercantil. 08/01/96. p. B-1866Idem.1i7Idem.

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66

frangos de corte, que no caso brasileiro vem crescendo a uma taxa de 10% ao

an068.

o farelo de soja, como substituto parcial do milho na formulação de

rações animais, encontra-se em geral com preços mais atraentes.

Milho e soja: produtos substitutos e complementares

É importante realizar um pequeno estudo comparativo entre o produto

milho e o produto soja. A análise recai sobre fatores biológicos, operacionais,

financeiros e de distribuição física do produto.

Do ponto de vista biológico, as gramíneas, entre as quais se encontra o

milho, apresentam geralmente sérias deficiências de absorção de Nitrogênio.

Este elemento químico, junto com o Fósforo e o Potássio, constituem os três

macroelementos essenciais de todos os vegetais, ou seja, eles devem estar

presentes em grandes quantidades na planta para que se obtenha níveis

razoáveis de produtividade agrícola.

A família das leguminosas, onde se classifica a soja, pOSSUI

propriedades de fixar na camada agrícola do solo uma bactéria denominada

Rhyzobium. A presença desta bactéria no solo permite que ele, ao ser

posteriormente cultivado com milho , aumente a absorção de nitrogênio por

parte desta gramínea, elevando a produção da mesma.

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67

Do ponto de vista operacional. o cultivo do milho e da soja são

geralmente feitos em areas extensas. nas regiões conhecidas como celeiros

agrícolas. e com alto grau de mecanização. Muitos agricultores costumam

plantar as duas culturas como forma de diminuir o risco agrícola e/ou

econômico.

Do ponto de vista financeiro'", o milho em Mato Grosso do Sul, na

safra 94/95, alcançou uma produtividade média de 3.930 Kg/ha, enquanto a

soja apresentou 2.189 Kg/ha, no mesmo Estado. Em uma observação da

evolução da relação de preços milho/soja dos últimos dez anos. no estado do

Paraná 70 encontrou-se uma média anual de 1,81 sacas de milho para comprar

uma saca de soja. Aplicando-se este índice de 1.81 sobre a produtividade da

soja, 2. 189 Kg/ha. ter-se-á um resultado equivalente a 3.962 Kg/ha de milho,

ou seja uma receita bruta um pouco maior para o agricultor que optou pela

soja, não configurando uma diferença significativa de faturamento entre ambas

culturas.

Do ponto de vista da distribuição física. nota-se uma sinergia muito

forte entre o milho e a soja. A produção das duas culturas em fazendas

localizadas nas mesmas áreas aumenta a escala de volume das operações de

transporte. A distribuição no mercado interno de farelo de soja e milho utiliza

o mesmo pool de distribuição.

'~Violeta. Myrian. Produtividade da soja deve cair no MS. Folha de 5;.Paulo. 2:\/0 1/% p. G-:1(fontedo quadro: Secretaria Estadual de Agricultura e Pecuária MS e IBGEl.=o Estado de ,\'. Paulo. 03/01/%. p.G-'+ (fonte do quadro: Agromarken.

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68

Pode-se observar do exposto acima que o composto de produtos

milho/soja revela-se como substituto e complementar ao mesmo tempo.

2.3.3. Unidade de Fabricação de Ração: processamento de milho, soja e

outros componentes; e a nutrição de frangos de corte

o item ração de frangos de corte representa aproximadamente 70% dos

custos de produção de frangos de corte. A importância financeira deste insumo

é fundamental na minimizaçào de custos, motivo pelo qual os produtores lhe

destinam uma atenção especial.

2.3.3.1. Distribuição espacial das unidades

Nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. o desenvolvimento da parceria

avícola para frangos de corte foi mais precoce devido à presença de fortes

grupos agropecuários. A instalação de abatedouros industriais por parte desses

grupos. com o processamento de frangos provenientes da parceria avícola com

as granjas de engorda, induziu também a interiorização das unidades de

fabricação de ração para peI10 das granjas parceiras e das áreas produtoras de

grãos.

A produção de ração proxrma as áreas produtoras de milho e soja

representa uma importante vantagem competitiva para o fabricante de ração.

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69

No Brasil. a maioria das unidades de processamento encontra-se com maior

força nas áreas de celeiros agrícolas, como no caso da região Sul. do estado de

São Paulo. e da região Centro-Oeste. onde a produção de ração. e de frangos,

ainda é incipiente.

Na região Nordeste do Brasil, devido à ausência de empresas

patrocinadoras do sistema de parceria avícola, quase todas as granjas de

engorda eram participantes autônomas na cadeia de nutrição de frangos de

corte. As granjas, por esse motivo, localizavam-se não muito distantes dos

centros consumidores e forneciam frangos de corte vivos aos atacadistas e

varejistas desses centros. As fábricas de ração, quase todas autônomas àquela

época. década de 70, instalaram-se nas áreas produtoras de aves.

2.3.3.2. Ração: a importância da nutrição nos frangos de corte

A criação de frangos de corte apresenta-se como a atividade zootécnica

que mais evoluiu em termos de rendimento animal. haja visto que:

I) possui o mais rápido ciclo de crescimento entre os animais

domésticos. Por volta de 1950, um frango pesava 1.8 Kg após 70

dias de criação: em 1994, um frango necessitava de apenas 42

dias para alcançar um peso de I,9Kg;

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70

2) o frango é o animal doméstico que apresenta a melhor taxa de

conversão alimentar: uma faixa de I, 98 a I. 85 Kg de ração

consumida para produzir IKg de carne viva:

3) os plantéis revelam boa viabilidade econômica, com urna faixa

de mortalidade entre 3 a 5%.71

EVOLUÇÃO DA AVICULTURA NO SÉCULO XXEVOLUÇÃO DO FRANGO DE CORTE NOS ÚLTIMOS ANOSAno Peso Frango Conversão Idade

(g) Alimentar (Dias)1930 1.500 3,50 1051940 1.550 3,00 981950 1.800 2,50 701960 1.600 2,25 561970 1.800 2,00 491980 1.700 2,00 491984 1.860 1,98 451989 1.940 1,96 45

• 1,78 412001 ( ) 2.240( ) Previsão

Fonte: .1I'ex e (}mx. Julho. 11)1)2. pg. I)

A razão da evolução acima deve-se à melhoria:

a) nas linhagens genéticas, e

b) na nutrição animal. no manejo e na sanidade do plante!".

'I .Linhagens ... p. 17':Idern.

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71

No que se refere às linhagens genéticas, o assunto foi abordado na

cadeia biológica de frangos de corte: o manejo e a sanidade do plantei são

abordados em todas as cadeias. sempre relacionados ao item granja de

engorda; e a nutrição será estudada agora.

A nutrição de frangos de corte tem como objetivo "produzir frangos em

menor tempo, de melhor qualidade e a um custo mais baixo,,73. Ela começa no

aspecto fisico de obtenção de enormes volumes de matérias-primas,

principalmente milho e soja, e depois passa à etapa de arranjo dos

componentes para obter a melhor relação qualidade/preço na fabricação da

ração.

o milho corresponde a aproximadamente 70% do peso da ração, o

farelo de soja participa com 15% do peso, a farinha de carne e o farelo de trigo

possuem composição variável no rol de matérias-primas básicas.

Outras matérias-primas alternativas são pesquisadas em segredo pelas

fábricas de ração. entre elas o sorgo, a aveia. a algaroba. farelos de arroz,

algodão. cacau, amendoim. babaçu e girassol.

Fora as matérias-primas, os demais componentes da ração sào o fosfato

bi-cálcico e outros minerais. o calcário, os aminoácidos. as vitaminas, os

promotores de crescimento e os anticoccidianos. Eles são agrupados em

-'Alta tecnologia a serviço da alimentação das aves. Aves & ()\'()s. Agosto 1')')0. p.l-l (Comentáriode Júlio Flávio Neves:

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72

função da composição química das matérias-primas. da linhagem genética das

aves e da idade dos animais.

Os aminoácidos são responsáveis pela constituição do tecido e pela

estrutura de crescimento. Como as linhagens de frangos de corte

desenvolveram um crescimento cada vez mais acelerado, o atual período de

engorda, 36 a 49 dias, não é suficiente para que o metabolismo das aves

permita a transformação da proteína até chegar à cadeia de aminoácidos 74. A

solução viável é acrescentar aminoácidos sintéticos à ração.

O milho possui vários tipos de aminoácidos. sendo a metionina o de

maior participação e importância. Cada variedade de milho apresenta

quantidades diferentes de metionina. entretanto nenhuma delas é suficiente

para a necessidade das linhagens genéticas melhoradas. sendo necessário a

adição de metionina sintética.

A metionina é um aminoácido sintetizado por poucas firmas produtoras.

Na América do Sul existe uma única fábrica. localizada no pólo petroquímico

de Carnaçari. Salvador. Bahia. A Rhône-Poulenc, proprietária da unidade,

possui as demais fábricas situadas estrategicamente em países chaves: duas

unidades produtoras na França, uma nos Estados' Unidos e uma na Espanha.

Ela responde pela maior capacidade mundial instalada em metionina de

, 75síntese .

-·'Idem. p. 16.-'Pó ou líquido') Aves (t: Ovos. Setembro 1<)<)4. p. 2

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73

A unidade do Brasil, em 1990. destinou 93% da sua produção de 9 mil

toneladas anuais de metionina DL à avicultura. A empresa faz também

formulações para seus clientes: fábricas de ração e de premix.

O premix é um sub-componente da ração. que reúne um pacote de

aminoácidos, rmnerais. vitaminas, promotores de crescimento e

anticoccidianos que, juntos ou isolados, podem ser misturados na unidade de

fabricação de ração às matérias-primas de menor custo e de maior

disponibilidade.

O farelo de soja possui em quantidade suficiente um outro aminoácido

básico: a lisina. Em função do preço da soja entretanto às vezes é mais

rentável trabalhar com a lisina sintética importada. Segundos técnicos do setor,

o maior uso de aminoácidos sintéticos reduziria o preço das rações. com

ganhos de eficiência e digestibilidade para os frangos de corte".

As vitaminas aumentam a resistência dos frangos, reduzindo a

incidência de doenças. o que acarreta ganhos de produtividade. Sem as

vitaminas. seguramente o índice de mortalidade das aves iria aumentar.

As unidades de processamento de ração iniciam o planejamento da

produção em três etapas:

1~) a análise da composição quirmca das matérias-primas. que

consiste em determinar o teor de proteína. energia. fibra, gordura,

aminoácidos. vitaminas e minerais:

-r,Alta tecnologia ... p.16 (Comentário de Renato Jose Borcnstcin)

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74

2ª) os dados obtidos são colocados em um programa de

computador que os cruza com os requerimentos nutricionais dos

frangos. de acordo com o padrão da linhagem. da idade das aves,

do custo e da disponibilidade das matérias-primas:

3a) a partir daí verifica-se a quantidade dos demais componentes

necessários e tem-se pronta a formulação da ração a ser enviada

às granjas de engorda.

2.3.3.3. Transporte de ração

o transporte de ração da unidade de processamento para a granja de

engorda pode ser feito através de duas modalidades de veículos de transporte:

a) os caminhões não-especializados que transportam a carga em

sacos de ráfia ou bolsas de papel; e

b) os veículos graneleiros especializados. com uma carrocena

metálica fechada. que recebem a ração a granel diretamente dos

silos das fábricas, e possuem um braço mecànico que despeja o

produto em silos receptores na granja.

o transporte da ração em bolsas de papel ou sacos de ráfia acarreta os

seguintes custos operacionais extraordinários. em relação ao transporte a

granel, para as fábricas de ração: aquisição das embalagens. enchimento dos

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sacos. costura dos sacos. embarque da ração nos veículos, desembarque da

ração nas granjas, perdas de embalagens rasgadas e de conteúdos derramados.

A bolsa de papel apresenta geralmente um custo unitário de aquisição

menor do que o saco de ráfia. O custo de uma bolsa de papel impressa pode

custar até 0,50 R$/unidade, para um preço de venda de um saco de ração em

tomo de 13 R$/saco de 40Kg, preços CIF na granja, em Pernambuco.

O manuseio das bolsas de papel, entretanto, é mais problemático que o

dos sacos de ráfia. Elas freqüentemente se rompem no carregamento do

veículo na fábrica. ou na recepção e no manuseio na granja, acarretando

perdas de ração.

2.3.4. Granja de Engorda: alimentação dos pintos desde 1 dia de idade até

alcançar a faixa de peso de mercado

A unidade de engorda tem duas preocupações básicas. no que diz

respeito ao produto ração: qualidade e custo.

A qualidade é fundamental porque uma ração de formulação inferior e

matérias-primas não-selecionadas seguramente acarretará prejuízos, seja

porque será consumida ração em excesso. seja porque os frangos não

alcançarão a faixa de peso de mercado no período normal de engorda.

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o período de engorda tem sido decrescente ao longo dos anos,

conforme analisado no item 2.3.3.2. em função da evolução nas cadeias

biológica e de nutrição de frangos de corte. Em 1995 concebia-se um intervalo

entre 36 e 49 dias de criação para se obter frangos com uma faixa de peso de

mercado, entre 1,6 e 2,5Kg. Para se enquadrar neste perfil de produção, o

criador deve contar com uma linhagem superior, uma boa sanidade do plantei

e um manejo correto das aves desde I dia de idade até o momento da retirada

das aves.

Como a ração apresenta uma participação muito grande nos custos de

produção do frango de corte, a pressão para evitar desperdícios no seu

manuseio é muito grande.

2.3.4.1. O processo de alimentação dos frangos nas granjas de engorda

Existem dois sistemas básicos de distribuição interna de ração para as

aves nas granjas de engorda: o manual e o automatizado.

Sistema manual de distributção interna de ração

a) o criador não dispõe de silos, recebendo a ração da unidade de

processamento já ensacada. Os operários transferem os sacos de ração para o

interior dos aviários e transpõem o seu conteúdo para comedores. que são

dispositivos de alimentação das aves. em formas de tubos com um prato na

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base. Periodicamente, cinco a seis vezes por dia. os operários giram os pratos e

a ração estocada nos tubos cai por gravidade nos pratos. A capacidade

individual de um comedor do modelo tubular é de 20Kg, suficiente para um a

três dias de consumo. Antes de secar os tubos, os operários devem repor a

ração nos mesmos.

b) o criador dispõe de silos para recepção da ração a granel e deve

realizar um serviço manual de ensacamento por gravidade da ração junto ao

silo. Para isso, ele dispõe de um jogo de sacos de ráfia, suficientes para um ou

dois dias de abastecimento de comedores de frangos em idade adulta,

reutilizáveis ao longo do lote. Os sacos são enchidos, um de cada vez, e

procede-se ao abastecimento e reposição dos comedores como exposto na letra

(a).

O jogo de sacos de ráfia é reutilizável somente ao longo do lote atual

de criação, não podendo ser reaproveitado em lotes posteriores por razões

sanitárias.

A justificativa para utilização de silos com distribuição manual de ração

fundamenta-se:

I) na economia global proporcionada pelo transporte graneleiro,

conforme analisado no item Transporte de ração;

2) na quantidade reduzida de sacos de ráfia em relação ao total de

bolsas de papel ou sacos de ráfia recebidos pelo sistema descrito

em (a); e

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3) no possível menor desperdício de ração em encher os sacos do

que o ocorrido quando o caminhão é descarregado. conforme

sistema exposto em (a).

As desvantagens para a granja de engorda residem em:

1) o tempo despendido para o enchimento dos sacos ser

possivelmente maior do que o tempo necessário para descarregar

os sacos do caminhão, de acordo com o sistema explanado em

(a);

2) obter uma quantidade reduzida de sacos de ráfia ao final do

lote em relação ao total de bolsas de papel ou sacos de ráfia

recebidos conforme sistema relatado em (a).

o criador obtém uma receita unitária em tomo de O, 10 R$/unidade pela

bolsa de papel, em Pernambuco, no mercado secundário, ou seja o mercado

pós-uso na granja. Essas bolsas geralmente são destinadas a pequenas

mercearias ou supermercados, para servir como embalagem de transporte. Os

sacos de ráfia são um pouco mais valorizados no mercado secundário.

Em ambos os casos, (a) e (b), a não-colocação de operários no período

noturno pode implicar num consumo reduzido de ração pelas aves. Isto ocorre

porque os comedores tubulares, quando não são girados durante a noite,

restringem a comida das aves, até a manhã seguinte, à quantidade de ração

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79

disposta no prato quando do último giro do dia anterior. .-\ movimentação

física de operários no interior dos galpões também desperta os frangos

incitando-os a comer.

Os processos de transferência da ração dos sacos para os comedores

tubulares e de giro dos pratos provoca a queda excessiva de ração no piso dos

aviários, constituindo desperdícios.

Sistema automático de distrtbuição interna de ração

c) o criador dispõe de silos para recepção da ração a granel e de um

sistema motriz que transfere a ração dos silos para os comedores. Ele pode:

I) utilizar um sistema de canos de distribuição específicos

no interior do aviário que conduz a ração aos diversos

pratos de alimentação distribuídos ao longo do

encanamento:

2) utilizar um sistema de esteira rolante que se desloca no

interior de calhas. sendo estas últimas dispostas no interior

do galpão em um circuito fechado. '\este caso. os

comedores ou pontos de alimentação das aves consistem na

própria extensão das calhas.

Em ambos os casos. (1) e (]), a distribuição de ração no interior dos

aviários é automatizada. sendo programada através de um temporizador ou

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80

timer, o que assegura fornecimentos constantes dia e noite. com otimização do

tempo de freqüência de distribuição. Isto evita inconstâncias no ciclo de

alimentação dos frangos. o que melhora a taxa de conversão alimentar.

O uso de sistemas automatizados de distribuição interna de ração tende

a proporcionar melhor rendimento animal. menor desperdício de ração e

economias de pessoal.

O ganho de utilidade de tempo e de forma na ração transportada a

granel, e distribuída automaticamente nas granjas. enfrenta uma barreira: o

custo de aquisição dos equipamentos.

Esta barreira tornar-se-á tão mais frágil quanto maior for o número e o

porte das granjas de engorda, em função da diluição dos custos fixos de

aquisição dos veículos graneleiros.

O aumento no custo e a dificuldade de formação técnica da mão-de-

obra no meio rural conduzem cada vez mais à automação das granjas.

A relação entre li unidade de fabricação de ração e li granja de engorda

A relação entre estas duas unidades pode ser:

(1) as duas são integradas verticalmente:

(2) as duas são quast-integradas:

(3) as duas são participantes autônomas na cadeia.

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A unidade de fabricação de ração e a granja de engorda são integradas

verticalmente na cadeia de nutrição de frangos de corte

O produtor que dispõe de granjas de engorda e unidades de

processamento de ração é o que dispõe da melhor possibilidade de utilizar

veículos graneleiros e distribuir automaticamente a ração nos aviários.

O fato acima justifica-se por:

a) o porte financeiro maior do produtor que tem condições de

comprar um veículo graneleiro lhe dá mais condições para que

suas granjas sejam adaptadas de sistemas manuais para sistemas

automáticos de distribuição interna de ração:

b) com o transporte especializado ele terá condições de fazer um

maior número de viagens por unidade de tempo do que os

veículos não-especializados. pois há economias de tempo e

pessoal nas tarefas de embarque e desembarque da carga. o que

lhe permite expandir o sistema de distribuição física para um

número maior de granjas:

c) o período da noite o produtor preferencialmente reserva para

transportar ração às granjas próprias, pois ocupa-se somente um

funcionário. o motorista. no veículo e um funcionário na granja

para abrir o cadeado do silo:

81

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82

d) durante o dia ele preferencialmente reserva para unidades de

engorda onde ele pode desempenhar a função de parceiro

produtor. sem criar atritos de horário com o parceiro criador.

Uma situação peculiar acontece quando a unidade de processamento de

ração encontra-se localizada no mesmo espaço físico da granja. É uma

situação que pode ser frequentemente encontrada em granjas não-vinculadas a

uma parceria avícola. O transporte da unidade de ração para a granja

comumente é feita em sacos de ráfia.

Existe também a possibilidade, para granjas de altíssima capacidade de

lotação de frangos. de distribuir a ração diretamente do silo da unidade de

processamento para os aviários através de dutos específicos, repetindo em

ambiente externo a operação feita no interior dos aviários no sistema de

distribuição automatizado com canos. conforme analisado acima (item

2.3.4.l.c.I). Esta última opção não é muito aconselhada devido a maior

flexibilidade do transporte em veículos. o que facilita o aumento ou a

diminuição no plantei de aves em função de alterações na quantidade de

granjas.

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83

A unidade de fabricação de ração e a granja de engorda são quasr-

integradas na cadeia de nutrição de frango ..,,"de corte

Nas parcerias avícolas. a unidade de fabricação de ração e a granja de

engorda ocupam espaços físicos distintos. Como a fábrica de ração trabalha

com múltiplas granjas. a granja de engorda poderia transmitir alguma

contaminação à unidade de ração agregada. e esta disseminá-la para outras

granjas do sistema.

No caso das parcerias. as granjas de engorda recebem exclusivamente a

ração pronta da(s) unidade(s) de fabricação do parceiro produtor. Muitas vezes

o parceiro produtor financia ou empresta silos ao parceiro criador para que o

transporte seja feito nos caminhões graneleiros.

Um conflito muito freqüente entre os membros criador - produtor é o

que diz respeito à propriedade dos sacos de ráfia usados como embalagem da

ração. no caso de distribuição manual de ração nas granjas. Muitas vezes o

parceiro produtor prefere utilizar sacos de ráfia do que bolsas de papel. e

retomá-los do criador procedendo à lavagem e desinfecção dos mesmos para

uma outra reutilização. o que seria mais econômico.

Há criadores que não aceitam a prática acima. pois afirmam que:

I) quando a embalagem de transporte utilizada é bolsas de papel,

o parceiro criador fica com a posse das mesmas:

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2) as granjas de engorda autônomas ao comprar a ração ficam

com a posse da embalagem. seja esta bolsa de papel ou saco de

ráfia:

3) a receita do parceiro criador obtida com a venda dos sacos de

ráfia seria significativa em relação a remuneração obtida pelo

mesmo com a criação dos frangos para o parceiro produtor.

Estimativas de cálculo realizadas para (3) apontam uma relação em

torno de 7%, de acordo com os cálculos mostrados abaixo.

Considerando uma criação inicial de 10.000 aves. com mortalidade de

5% ao longo do lote. com peso final de cada ave vendida de 2.254Kg e com

peso médio do lote na idade de abate de 2,142Kg, aos 49 dias de idade,

obteve-se uma conversão alimentar de 2,02Kg de ração para 1.0Kg de ave".

Então:

9500 aves vendidas x 2.254Kglave x 2.02 Kg raçào/Kg de ave =

= 43.254,26Kg de ração.

Como os sacos de ração em questão são de 40Kg. ter-se-á:

n'' sacos = 43.254,26Kg./40.

Portanto.

n~ sacos = 1.081 sacos.

Apuração do custo do quilo de frango vivo na granja em USS oficial media mensal - Julho/lJ-l. ,I \'es& ()\'Os ,·1Revista da .t/oderna Avicuitura. Setembro 1994. Tabelas da Avicultura, p. ()lJ

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85

A receita obtida com a venda de sacos. considerando o preço de um

saco O.IORS no mercado secundário é de:

1.081 x O,10RS = 108.00 RS.

A receita obtida com a criação de aves é de/8:

0.16RS/cabeça x 9.500 aves = 1.520,00 RS .

Receita sacos / Receita aves = 108,00RS/1.520,00RS = 7,11%.

o parceiro produtor, no entanto, paga bem mais de 0,1 ORS por um saco

de ráfia novo (em tomo de 0.50RS, conforme item 2.3.3.3). A solução mais

econômica a ser aplicada, a depender do entendimento particular do produtor

sobre a questão. e do tipo de poder exercido na cadeia. talvez consistisse em o

produtor remunerar o criador pelo preço da bolsa no mercado secundário:

0.10RS/unidade. no caso. A desvantagem poderia estar em o criador sentir-se

induzido a evitar desperdícios de ração.

O parceiro criador. no entanto. tem interesse em evitar desperdícios de

ração e conseguir uma boa conversão alimentar. pois a sua remuneração é

variável de acordo com os resultados obtidos no lote.

-:'Oliveira. Darcio, Sua excelência. o frango. Isto e.:> 1/01/%. p. 22

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86

A unidade de fabricação de ração e a granja de engorda são participantes

autônomas na cadeia de nutrição de frangos de corte

A granja de engorda pode adquirir a ração pronta ou um sub-

componente da ração para adicionar à(s) matéria(s)-prima(s) na propriedade. A

ração pronta, por possuir um maior nível de serviços agregados. resulta

relativamente mais onerosa do que a obtenção de sub-componentes e matérias-

primas isoladas.

A aquisição de milho. porém, dificulta a operação das unidades de

ração nas granjas, particularmente as autônomas: não só há pouca oferta como

a qualidade do milho brasileiro em geral é inferior. fruto da tendência

generalizada em não se utilizar sementes selecionadas para o plantio.

Como as fábricas de ração. pelo seu porte e especialização. tem mais

condições de adquirir e realizar um controle de qualidade mais eficiente nos

componentes. especialmente o milho, algumas granjas de menor porte

preferem comprar a ração pronta.

2.4. CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO DE FRANGOS DE CORTE VIVOS

Atacado

Abatedouro

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87

2.4.1. Granja de Engorda: a comercialização dos frangos de corte vivos

2.4.1.1. Considerações econômicas sobre a idade de venda das aves

A faixa de peso de mercado, descrita anteriormente na cadeia de

nutrição de frangos de corte (item 2.3.4.), consiste em uma faixa de equilíbrio

entre o custo de produção do frango de corte e o que o mercado consumidor

deseja. Assim o mercado. em 1995, dificilmente compraria um frango vivo

com menos do que 1.6Kg, mas se quisesse um frango maior do que L5Kg

normalmente deveria pagar um valor maior por quilo.

O custo de produção do quilo de frango de corte vivo apresenta uma

elevação considerável em função do aumento do período de engorda. Analistas

do setor consideravam como regra geral. em 1995. que frangos vendidos com

mais de 49 dias de idade tornavam-se antieconómicos.

A idade de engorda elevada toma-se antieconómica por vários motivos:

a) a taxa de conversão de ração em carne de frango decresce com

o aumento da idade. o que implica em maiores gastos com ração:

b) a taxa de mortalidade aumenta com um maior período de

engorda. e essas aves, por serem mais velhas. também sào mais

pesadas. o que acarreta maior nível de perdas:

c) o ciclo de produção toma-se mais lento o que reduz o volume

de capital de giro.

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88

Cálculo dos CIISTOs extraordinários de ração nofrango de idade avançada:

um exemplo ilustrativo

a) suponha que aos 49 dias tem-se conversão alimentar (CA.) = 2,0.

Então:

I frango de 2,5Kg = 5Kg de ração.

Entretanto:

b) aos 38 dias tem-se CA. = 1,9.

Então:

I frango de 2.0Kg = 3.8Kg de ração.

Logo, para se obter 10Kg de frango em a. foram necessários20 Kg de

ração. enquanto os mesmos 10Kg de frango em h consumiram 19K9 de ração,

uma economia de 5~'Óna ração. Este item. ração. corresponde a cerca de 70%

dos custos. donde: 0.05 x 0.7 = 3.5% de economia nos custos totais advindos

somente da economia de ração.

2.4.1.2 A comercialização dos frangos de corte vivos

o primeiro comentário importante a ser feito é sobre o componente

elasticidade de preço do frango com relação a demanda. Considera-se. na

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89

cadeia de distribuição de frangos de corte \'IVOS. que a procura aumenta

consideravelmente quando há redução dos preços.

O segundo comentário. feito com freqüência pelos produtores. é o de

que muitas vezes eles diminuem os preços. em função do excesso de aves de

idade avançada nas granjas. mas os preços ao consumidor não acompanham a

redução. Normalmente os atacadistas apenas repassam o preço, acrescentando

uma margem bruta média de 0,10 aO, 15R$ por quilo. Tais constatações fazem

crer que certas unidades varejistas não são muito ágeis no que se refere a

rebaixar os preços.

O terceiro comentário é sobre a informalidade do mercado de frangos

de corte vivos, no sentido de que não existem muitas exigências fiscais para a

compra. transporte e venda das aves. A falta de regulamentação do setor

provavelmente contribuiu muito para a expansão das atividades. Entretanto

abriu-se o caminho para aventureiros desprovidos do menor senso ético.

O critério de honestidade. é fundamental pois a mensuração das

transações está baseada na apuração dos quilos de frango obtidos na leitura da

balança. Em se tratando de aves vivas pode haver perdas de peso. conhecidas

no setor como quebras de peso. o que dificulta o controle efetivo.

Para lotes destinados exclusivamente a depósitos. a pesagem pode ser

feita em balança rodoviária próxima à granja. O embarque das aves na granja,

neste caso, normalmente é feito diretamente nas caixas - plásticas,

padronizadas. com espaços abertos para a ventilação.

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90

Cada grade plástica de transporte pode acondicionar um máximo de até

dez frangos. A quantidade alojada vai depender do volume corporal das aves -

para frangos de 2,5Kg médios recomenda-se trabalhar no máximo com oito

aves por grade. Para transporte em distâncias maiores e em horários quentes do

dia é recomendável diminuir a lotação.

Normalmente o lote é transportado da granja diretamente para mais de

um varejista. A cultura comercial destes em geral não aceita um peso médio

global. A prática adotada então é a pesagem individual na granja das caixas de

transporte .

No interior do aviano. os frangos são colocados em sacos de ráfia,

numa quantidade por saco igual a que será acondicionada na grade de

transporte. Geralmente na porta de saída do aviário posiciona-se a balança.

Após a pesagem individual de cada saco. O carregador leva o mesmo ao

veículo estacionado ao lado do galpão. O saco é entregue a dois. três ou mais

funcionários, que em cima do caminhão transplantam as aves de cada saco de

ráfia para cada grade plástica.

A remuneração do parceiro criador

Após a retirada dos frangos. o parceiro criador espera um período de

sete a quatorze dias para receber a remuneração da empresa produtora. Neste

período é calculado o total da ração consumida. o peso total das vendas de

frangos. a conversão alimentar. a quantidade de frangos vendidos. o peso

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médio do frango vendido. a idade média de retirada das aves e a viabilidade

econômica.

A viabilidade econorruca é a relação entre o numero de frangos

vendidos e o número de pintos alojados. Tal relação flutua em torno de 5%.

De posse dos dados acima, é calculado o fator de produção. um índice

que mede a produtividade do lote e cujo resultado serve como base de cálculo

para o pagamento dos produtores aos criadores.

A fórmula para o fator de produção pode ser expressa como:

F.P. = (peso médio do lotei idade média de retirada das aves) x

(viabilidade econômica! conversão alimentar) x 100.

Um exemplo ilustrativo

Considere-se um lote de frangos com os seguintes resultados: peso

médio - 2.5Kg, idade média de retirada - 50 dias. viabilidade econômica -

95%. e conversão alimentar - 2.0. Então:

F.P. = (2.5KgI 50 dias) x ( 0.9512.0) x 100 = 237.5.

o fator de produção médio oscila em tomo de 230, podendo alcançar

até a casa dos 270, para excelentes resultados.

A remuneração média dos parceiros criadores está em tomo de 0.16R$

por cabeça de frango. para um fator de produção em tomo de 240. Resultados

de 270 podem receber até 0,20RSI cabeça, ou mais. Os resultados inferiores no

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fator de produção são menos remunerados. Há um limite para o nível inferior

de resultados aceitável pelas empresas produtoras .. Abaixo desse limite mínimo

a empresa pode não pagar ou até mesmo exigir uma indenização do criador

pelos prejuízos. Tal fato se justifica por haver casos de desonestidade por parte

de criadores que desviam a ração das aves.

Como o item ração é o que apresenta maiores diferenças regionais no

custo de produção de frangos, e esse item é bancado pelo produtor, a

remuneração unitária aos criadores é mais ou menos homogênea em todo o

país. Existem no entanto diferenças na quantidade de frangos alojados por

metro quadrado, conhecido no setor como densidade de aves alojadas. em

função de temperaturas regionais diferentes. No caso da região Nordeste aloja-

se um máximo de 10 frangos por metro quadrado. enquanto no Sul aloja-se até

16 aves no mesmo espaço.

A remuneração no caso de arrendamento da granja de engorda

Existem diversas modalidades de remuneração no arrendamento de

granjas de engorda. O pagamento é estipulado com base na capacidade de

alojamento de aves da granja. O valor computado pode ser fixo. normalmente

mensal. ou variável.

No caso de remuneração variável. duas formas de pagamento se

destacam:

, . .:

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a) O arrendatário pode pagar um valor monetário correspondente

a um número determinado de quilos. para um certo número de

aves. A desvantagem nesse método é o preço de venda do quilo

do frango variar ao longo do ano, normalmente com patamares

superiores no segundo semestre.

b) No caso de parcerias avícolas, o arrendatário-criador pode

pagar um percentual estabelecido em cima da remuneração obtida

do produtor. Esta última é comprovada através da exibição do

recibo expedido pela empresa produtora. Trata-se de um caso

particular de quarteirização, com a vantagem de o pagamento não

oscilar muito ao longo do ano, em função da maioria das

empresas produtoras pagarem aos criadores valores fixados em

função da produtividade. e não de preços de mercado.

2.4.2. O Atacado de Frangos de Corte Vivos

A relação entre a granja de engorda e o atacado de frangos de corte

vivos pode ser:

( I) os dois são integrados verticalmente:

(2) os dois são quasi-integrados:

(3) os dois são participantes autônomos na cadeia.

93

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94

A granja de engorda e () atacado são integrados verticalmente

Ocorre quando o produtor é proprietário de um ou mais pontos de

atacado. Estes pontos geralmente são localizados às margens das vias de

acesso para as cidades. na periferia das mesmas.

Os motivos básicos que levam um produtor a montar um ponto de

atacado sào:

1) evitar e/ou diminuir a dependência de atacadistas fortes:

2) possuir um ponto estrategicamente localizado em relação ao

mercado varejista:

3) quando o produtor opera mais de uma granja, há vantagens

sanitárias. administrativas e de distribuição aumentadas em

possuir um escoadouro de produção centralizado:

4) quando o produtor tem a(s) granja(s) localizada(s) distante(s)

do mercado varejista. o ponto de distribuição pode viabilizar uma

logística de entregas a varejistas: e

5) aumentar a margem de lucro.

A granja de engorda e () atacado são quasi-integrados

Muitas vezes o produtor tem necessidade de operar uma unidade de

atacado, mas não dispõe dos meios financeiros ou administrativos para realizar

tal empreendimento.

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95

Se o produtor não dispuser de meios financeiros, dificilmente

conseguirá efetuar algum tipo de contrato em que o intermediário se disponha

a ser um atacadista exclusivo. em troca do fornecimento assegurado. Uma das

principais características do atacado de frangos vivos é a guerra de preços

entre produtores e atacadistas, associada a períodos freqüentes de excesso de

oferta de aves.

O aspecto do controle efetivo dos pesos de vendas é um dos principais

entraves para os produtores quasi-integrarem uma unidade de atacado. A

opção normalmente recai sobre a integração vertical. Os que assim o fazem,

freqüentemente passam a administrar suas antigas atividades no novo negócio

ou deslocam algum membro da família para exercer as novas tarefas.

Uma alternativa de quasi-integração para o produtor que possui os

meios financeiros. mas não os administrativos. é ceder as instalações físicas de

depósito e/ou veículos ao intermediário. em troca do fornecimento dos

frangos. Essa modalidade também existe na relação autônoma produtor -

unidade varejista. conforme será visto mais adiante.

A granja de engorda e () atacado .•.•tão autônomo s

A função de produção de frangos de corte é especializada, não existindo

muito espaço para uma diferenciação do produto vivo. Como as quantidades' ,

produzidas sào geralmente grandes, e a distribuição disseminada através de

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vendas para numerosos pontos de varejo, tem-se a presença de numerosos

atacadistas.

Estes intermediários. também conhecidos como atravessadores no

segmento de frangos de corte vivos. respondem pela quase totalidade da

distribuição. Todos possuem meios de transporte próprios para as viagens da

granja ás unidades de varejo.

Um aspecto que ainda se revela muito ineficiente no transporte das aves

vivas é o congestionamento de caminhões na granja aguardando o embarque

dos animais. O problema reside na imprevisibilidade do horário de chegada

dos atacadistas. Há momentos em que não há nenhum embarque. e momentos

nos quais o produtor é obrigado a colocar duas ou mais turmas de

trabalhadores para agilizar o carrego.

Uma das soluções tem sido a utilização de caminhões do produtor ou

fretados pelo mesmo. Assim. é possível prever o tempo necessário entre

VIagens. e escalar o tamanho da frota e a necessidade de pessoal para o

embarque.

O transporte a cargo do produtor é muito utilizado nas viagens longas,

como o embarque de frangos vivos de Pernambuco para o Rio Grande do \ ,

Norte. A desvantagem desta modalidade para o atacadista implica na utilização

obrigatória de depósitos de aves vivas.

'I

\\

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97

o uso intensivo de depósitos tem como conseqüências:

a) a necessidade de otimização de ventilação e segurança nos

galpões, o que aumenta os custos; e

b) a perda de peso das aves e o aumento da mortalidade

decorrentes do stress da viagem aliado ao manuseio de

desembarque, alojamento no galpão e reembarque das aves vivas

nas caixas.

Muitas vezes o produtor oferece ao atacadista a possibilidade de

realizar a entrega nos seus pontos de varejo - do atacadista - sem custo

adicional. Mas procedendo assim o atacadista pode expor demasiadamente a

sua carteira de clientes.

Por mais das vezes o atacadista opta por fazer a distribuição

diretamente aos varejistas. utilizando o galpão de armazenamento para estoque

de segurança e alguma sobra de aves das entregas.

Há muito espaço para cooperação e para conflitos na relação autônoma

produtor - atacadista. sendo talvez a relação mais crítica do canal de

distribuição.

Os conflitos freqüentemente ocorrem na negociação de preços e de peso

do frango de corte. O atacadista quer obter do produtor o menor preço por

quilo. para maximizar seus lucros. e o maior peso por ave. para satisfazer ao

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varejista: e o produtor deseja exatamente o oposto. pOIScom a elevação da

idade do frango os custos de produção são proporcionalmente maiores.

2.4.3. O Varejo de Frangos de Corte Vivos: recebimento de frangos de

corte vivos e venda de frangos de corte vivos e abatidos na hora

É interessante tecer-se um comentário sobre as lojas de varejo que ·

recebem os frangos de corte vivos. Estas lojas recebem as aves vivas. mas as

vendem tanto vivas como abatidas, através de um abate artesanal no próprio.

ponto de venda. A participação dos frangos abatidos artesanalmente beira à 'I

quase totalidade das unidades vendidas, em relação à venda de frangos vivos,

nas unidades varejistas.

Este atividade está longe de se constituir em um abate ecologicamente

correto. As penas e outros restos das aves são jogados no lixo ou a céu aberto.

Em ocasiões esporádicas a Vigilância Sanitária faz visitas a esses

estabelecimentos. Mas não se pode dizer que até a presente data o mercado de

frangos vivos tenha sido diminuído em função de fiscalizações sanitárias nos I

pontos de varejo.

Por haver um pequeno intervalo entre o abate e a venda ao consumidor,

os frangos são chamados de abatidos na hora. O processo de abate começa de

madrugada e às vezes se estende durante o dia todo. se houver bastante

procura. O varejista pode optar por deslocar um funcionário ou ele mesmo

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99

realizar a tarefa. \lo entanto é muito comum a utilização de peladeiras, moças

ou senhoras que trabalham cerca de duas horas todas as manhãs. cedo. Essas

peladeiras. devido à sua especialização. deixam o frango abatido na hora

bastante limpo - sem marcas de penas. e com um bom aspecto visual.

Pelas condições inerentes ao seu funcionamento. o varejo de frangos

VIVOS não é mais encontrado em bairros sofisticados. mas se encontra

amplamente disseminado na periferia das grandes cidades e nas cidades" I\/

i\,menores. Talvez a falta de um maior número de supermercados e mercearias

com balcões frigorificos. que ofertassem frangos de corte abatidos resfriados

oriundos de frigoríficos industriais. explique o quase monopólio do frango

abatido na hora nessas áreas.

o fato é que, em visitas a essas zonas e aos estabelecimentos varejistas

ali instalados. pode-se perceber a aceitação popular do frango abatido na hora

e o intenso movimento de fregueses à procura da ave.

A relação entre a granja de engorda e o varejo de frangos de corte vivos

pode ser:

( 1) os dois são integrados verticalmente:

(2) os dois são quasi-tntegrados:

(3) os dois são participantes autônomos na cadeia.

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100

A granja de engorda e () varejo são integrados verticalmente

As lojas de varejo integradas verticalmente as granjas de engorda

geralmente nâo dispõem de grande variedade de produtos. A. quase totalidade

de suas vendas reside no produto frango de corte: vivo ou abatido na hora. É

muito comum também a venda de ovos nesse estabelecimentos. conhecidos

como varejões.

Os motivos básicos que levam um produtor a montar um ponto de

varejo sào:

1) possuir um escoadouro da produção:

2) evitar e/ou diminuir a dependência de varejistas fortes:

3) possuir um ponto de varejo localizado distante

geograficamente de seus clientes, para implementar uma política

de vendas própria. sem criar conflitos no seu canal:

4) possuir um ponto de varejo localizado no meio geográfico do

canal para forçar a redução de preços e o conseqüente aumento de

vendas: e

5) aumentar a margem de lucro.

A granja de engorda e () varejo são quasi-integrados

Nesta modalidade normalmente o frango desempenha a participação

mais importante nas vendas. mas é comum existir um outro produto ou linha

de produtos que divide as vendas da loja. É o caso dos açougues - venda de ~j

t.

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101

outras carnes: e das merceanas - venda de frutas. verduras e alimentos

embalados.

Uma alternativa de quasi-integraçào para o produtor que pOSSUI os

meios financeiros, mas não os administrativos. é ceder as instalações físicas do

ponto de vendas para um intermediário varejista. em troca do fornecimento dos

frangos. Há modalidades que incluem a cessão de balança e freezer. A

dificuldade maior para implantação de um sistema destes reside no nível de

comprometimento entre as partes. principalmente do varejista. É bastante

comum o varejista comprar frangos a outro produtor ou atacadista. desonrando

o acordo inicial.

Uma solução plausível seria a implantação de lojas de franchising que

poderiam vender os frangos abatidos na hora e/ou abatidos industrialmente. A

empresa produtora. caso possua abatedouro industrial. poderia determinar, de

acordo com o nível de sofisticação dos bairros. quais lojas venderiam somente

o produto abatido industrialmente. e que lojas poderiam vender

concomitantemente o produto abatido na hora e o abatido industrialmente.

A granja de engorda e () varejo ...•tão autônomos

Nesta modalidade existe muita diversidade entre as lojas e os itens de

vendas. ocorrendo desde lojas especializadas em frangos. carnes e ovos. até

minimercados com bastante variedade.

rr ,"':~,~'.r• I~

j~'-.;

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102

A maioria das unidades de varejo que comercializam o frango vivo e

abatido na hora são familiares e de pequeno porte. Existe também algumas

lojas de porte maior, normalmente situadas perto de feiras-livres e pontos

movimentados.

Os varejistas fazem muita questão no item tamanho do frango. Os

consumidores, em geral. preferem frangos de maior peso, o que revela-se

antieconômico para o produtor (ver item 2.4. LI.).

Os varejistas geralmente não gostam de manter estoques elevados de

frangos vivos nas suas lojas em função das despesas com ração. otimização de

ventilação. e segurança, nos galpões. Ocorre também perda de peso e

mortalidade das aves em decorrência de stress.

Há pontos que realizam vendas de 100 até 3.000 aves por semana. A

freqüência de vendas. para os varejistas. pode ser de 2 a 7 entregas semanais.

sendo mais comum em torno de três recebimentos por semana. O prazo de

pagamento dado ao varejista varia entre 3 e 14 dias. A margem do varejista é

bastante variável entre as diversas lojas. em função de diferentes níveis de

preços de venda.

A remuneração da empresa produtora

Nas vendas para outros Estados. existe obrigatoriedade de emissão de

• d "

nota fiscal. Apos a venda dos frangos. a empresa produtora pode ter um prazo ~

de até quatorze dias para receber o pagamento dos atacadistas ou varejistas.

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103

No comércio varejista. em geral. não há nenhum tipo de compromisso

de pagamento assinado. Esse é um dos motivos porque muitas vezes as

empresas produtoras preferem operar com atacadistas do que varejistas.

No caso da empresa possuir lojas de "arejo integradas ou quasi-

integradas. o prazo de recebimento é quase nulo em função da autornaticidade

das vendas.

A remuneração das empresas produtoras de frangos VIVOS está

diretamente relacionada ao preço do quilo de frango vivo. à idade de venda das

aves. e à eficiência operacional na granja de engorda. Esta última é medida

através do/à/o r de produção (ver a remuneração do parceiro criador. no item

2.4.1.2. ), que engloba entre outros fatores a conversão alimentar.

Um exemplo ilustrativo: desperdício de ração

Considere-se que uma empresa produtora de frangos aumentou a sua

taxa de conversão alimentar média de 2.0 para 2.1 Kg ração! Kg ave. Então

para uma produção de 500.000 frangos/mês. com 2.5Kg quilos vivos médios. e

preço de 1.00RS/Kg, ter-se-á:

Receita de vendas = 500.000 x 2.5Kg x 1.00RS/Kg = 1.250.000RS

Para um custo de ração de 0,30 RS/Kg, ter-se-á:

Situação 1) C. A. : 2.0.

Despesas com ração = 1.250.000Kg x 2.0 x 0.30RS/Kg = 750.000RS

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104

Situação 2) c.x. 2.1.

Despesas com ração = l.250.000Kg x 2.1 x O.30R$/Kg = 787.500R$

No caso de se aceitar uma margem de lucro líquido para o setor de 10%

do faturamento, ou seja 125.OOOR$, provavelmente superestimada. a diferença

entre a situação 1 e 2, 37.500R$, representa cerca de 33% do lucro líquido

mensal.

Os pequenos produtores (ornam-se criadores

o elevado custo de produção e a dificuldade de comercialização dos

frangos vivos são dois fatores que contribuem muito para a perda de

rentabilidade do pequeno produtor-criador e a conseqüente retirada de muitos

deles para a atividade exclusiva de criador em uma parceria avícola.

2.4.4. Abatedouro: recepção de frangos de corte vivos e seu processamento

Uma das embalagens de venda dos frangos em partes é uma bandeja

com filme transparente. o qual expõe defeitos tais como coágulos,

descoloração. cortes no músculo e queimaduras. Devido a tal fato. muitas

falhas nas operações do abatedouro ficam expostas aos consumidores.

A tendência de participação cada vez maior de frangos em partes no

composto de vendas do abatedouro obriga a uma responsabilidade dobrada das -," . .•

\. /\-c, ,

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105

equipes de apanha de ares nas granjas de engorda. 110 embarque dos frangos

no veículo e no transporte para o abatedouro.

o uso de equipes treinadas que realizem as tarefas de forma ágil, mas

com atenção bastante para não machucar ou quebrar os membros dos frangos,

é fundamental.

o veículo. ao chegar no abatedouro, segue diretamente para a balança

rodoviária, onde é registrado o horário de chegada. os dados do caminhão e a

granja de origem das aves. O controle do horário na unidade de abate é

fundamental para a conferencia com o horário de saída da granja, anotado pelo

responsável da expedição.

Após a realização da pesagem. o frango segue para as operações de

abate propriamente ditas. São elas 79:

1) recepção defrangos vivos

O veículo dirige-se a uma área coberta. bem ventilada. instalada com

aspersores que proporcionam um banho de uma a duas horas para resfriar a

temperatura corporal das aves e facilitar o procedimento de sangria. Em

seguida. os frangos são retirados das caixas e pendurados, no interior do

abatedouro, em ganchos. nas nórias de transporte. Nessa etapa. devem ser\..•...

tomados cuidados para não injuriar coxas e asas,

\'.

-·jAbatedouro de aves é o maior do Nordeste. Integração. Agosto I<)89.p. ()<) (Publicação da MafisaAvicola)

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106

Através de voltagem elétrica. as aves são insensibilizadas. O excesso de

voltagem pode causar deslocamentos súbitos das aves com retenção parcial de

sangue. quebramento de clavículas ou pontos vermelhos nas asas.

2) sangria, escaldagem e depenagem

A sangria bem executada exige um período de tempo mínimo, pois a má

execução desta operação pode acarretar em um frango de pele com coloração

avermelhada. O risco do excesso de sangue também pode causar problemas

ambientais. através da contaminação da água de escaldamento ou água de

Chiller.

O controle da temperatura e do tempo é fundamental na escaldagem. A

temperatura alta em período prolongado pode queimar a pele e provocar seu

rompimento na etapa de depenagem.

A utilização de dedos de borracha com pressão ajustada na etapa de

depenagem diminui a incidência de cortes e quebra de partes.

3) evisceração

Atualmente a tendência é de automatização do sistema de evisceração, o

que permite uma elevação de até 2% no grau de aproveitamento da carne. A

automatização da recepção de aves vivas e da evisceração pode reduzir em até

15% o custo do quilo produzido'".

"Leonora. Andréa. O abate ecologicamente correto. Gazeta Xlcrcantil . OSlO 1/96. p. B -20

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107

-i) resfriamento

o objetivo do resfriamento é a diminuição de 40')C para menos de 100e

na temperatura da carcaça. Procura-se assim evitar a multiplicação de

micróbios patogênicos e deterioradores.

5) gotejamento e embalagem

o gotejamento consiste em suspender as carcaças pelas asas, coxas ou

pescoço e deixar a água aderida no resfriamento escorrer. Uma carcaça de

qualidade superior deve possuir abaixo de 8% do seu peso em água".

6) cortes e desossa

Os operadores no sistema manual de cortes realizam o trinchamento

sempre no mesmo local. o que aumenta o nível de perdas. No sistema

mecànico o frango é cortado em função do seu peso e sempre nas juntas. o que

reduz perdas e melhora a apresentação visual do produto.

Quanto á desossa, estimava-se em 1992 que cerca de 70% dos peitos de

aves nos EUA. a carne de maior preferência do consumidor americano, eram

desossados. o que faz crer que o Brasil poderá aumentar essa modalidade'".

,1 Na trilha dos embutidos .. 1I"el" ,\. Ovos. Setembro 1992. p. l-l':[dem.

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108

o processo de abate aumenta em média 40~/ó o custo de produção do

quilo de frango abatido em relação ao custo do quilo de frango vivo. Após o

processamento ainda OCOITeuma perda média de 15% no peso da ave ".

() grupo controlador de múltiplas empresas produtoras de frangos e a

especialização nas cadeias de produção e distribuição de frangos de corte

o fato de um grupo controlador possuir múltiplas empresas no setor

avícola de corte permite especializações no alocamento dos recursos. em

função de vantagens comparativas específicas para cada operação e região. tais

como:

1) menor número de unidades de criação de matrizes atendendo

a um maior número de incubatorios longínquos. Situação

bastante frequente em função do mercado existente para ovos

férteis. entre médias e grandes empresas produtoras. Estas últimas

em geral possuem incubatórios:

2) menor número de incubatorios atendendo a um maior número

de granjas de engorda longínquas. Situação pouco frequente. É

"Andrade. Jaqueline. Empresa lidera ranking estadual. In Avicultores de PE têm custo ~OfX) maisalto. Diário de Pernambuco. ()7/0 IN6. p.C -8 (informação fornecida pelo Sr. José Edson Cavalcanti.gerente industrial do frigorífico Pena Branca em Paulista. PE)

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mais comum o repasse de ovos férteis do que o de pintos de um

dia, entre médias e grandes empresas produtoras:

3) menor número de abatedouros atendendo a um maior número

de granjas de engorda longínquas. Situação pouco frequente. Os

frangos vivos são vitimas de problemas de stress em viagens

longas, ocorrendo perdas econômicas;

4) menor numero de abatedouros atendendo a mercados

geográficos consumidores longínquos. Situação bastante

frequente no caso de frangos congelados. A Sadia, Perdigão,

Seara e Chapecó. que possuem menores custos de produção em

função de produzirem frangos em centros de produção de grãos,

colocam o produto congelado a preços mais acessíveis em regiões

não-produtoras de grãos. do que as empresas locais. No caso de

frangos resfriados ° período máximo de validade do produto, 10

dias, favorece a atuação das empresas produtoras locais

109

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110

A evolução da produção e consumo de frangos 110 Brasil

Os cálculos e as estimativas de produção de frangos de corte

normalmente são feitos com base no alojamento de galinhas matrizes no país.

O alojamento de matrizes permite saber:

1) a estimativa de produção de pintos de corte:

2) de posse da estimativa de pintos de corte a serem alojados nas

granjas de engorda. adota-se:

a) um padrão de mortalidade; e

b) um padrão de peso médio para os frangos a serem

produzidos:

3) de posse dos dados calculados em 2a) e 2h) pode-se estimar o

total da produção de quilos vivos em um determinado período:

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111

Em 1970 a produção brasileira de frango de corte foi de 217.000

toneladas. Vinte e cinco anos depois, em 1995. obteve-se cerca de 4.000.000

de toneladas. o que representou um crescimento da produção de mais de

1.700%84.

Produção Nacional de Frangos(em milhões de toneladas)

O~--~--~--~--~--~--~--~--~--~--~1985 xc, S7 88 S9 90 91 n 93 94 95'

Em 1970 o consumo de frango no Brasil estava em tomo de 2.3 quilos

per capild~5e o preço do quilo de frango vendido ao consumidor foi de US$

4.50. Em 1995. o consumo ficou em 23.3 quilos por habitante'f'e o preço

flutuou em torno de US$ I.OOR7.

"Baldan. A arte ... p.77"OI' . S I" ) ). tvcira. ua e.\ce el1Cla... p. _(SÓOe Cesare. Claudia Facchini. O frango de Pequim entra em cena. Gazeta vtercanul. 19/() I/l)(,. p.8-14'·Bueno. Márcio. Avicultura: matéria dc reforma .. /gro{//l(Ihsis. Dezembro 19l)5. p. 2 (Entrevistacom o Sr. Cláudio Martins. Diretor-Executivo da Abcf - Associação Brasileira dos Produtores eExportadores de Frango).

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112

Consumo Anual de Frango Per Capita no Brasil (Em Kg)

1985 R6 87 ~8 R9 90 91 92 93 <)4 95

Fonte Adaptado de: Globo Rural. FC:\"c:1e1tQ 19Q6. p. ~8

Maiores Consumidores Per Capita (em Kg)

Países 1988 1990 1993

Estados Unidos 29 31 36Cingapura 32 33 31Hong Kong 22 27 29Arábia Saudita 30 27 28Israel 25 26 26Fonte: lsto E, 31 OI 96.p.21

Em 1995, a ave no Brasil apresentou-se com um preço cerca de 58% do

preço do acém . carne bovina de segunda'". configurando-se na carne de

menor preço no Brasil.

'XBaldan. A arte ... p.78

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113

Comparação de preços entre o frango e o acérn

100

O+-----.----...----"""'T""---.------.------/1999 90 91 92 93 94 95

EiIPreço do Frango 11Preço do Acém

Fonte' Adaprad •.." de Globo Rural, Fevereiro de 1\}l)6. p. :Rlndices dos preços rnedros. em dólar por Quilo

Em 1996 o frango deverá aumentar de preço, em função de elevações

nos preços de milho, farelo de soja, energia elétrica e tributos, mas deverá

continuar em níveis inferiores aos da carne bovina até o final do século,

seguindo tendências internacionais'".

Para 1996, de acordo com o alojamento de matrizes, o Brasil terá

capacidade de produzir 4.300.000 toneladas. Entretanto. deverào ser

produzidos entre 4.200.000 e 4.250.000 toneladas?'.

A maioria dos dados e informações publicados sobre o mercado

consumidor de frangos de corte diz respeito ao consumo de frangos abatidos

resfriados e congelados. O mercado consumidor de frangos abatidos na hora e

frangos vivos dificilmente é abordado. Tal fato decorre de:

"Campo. Sueli e Centeno. Ayrton. Excesso de oferta derruba preço do frango. () Estado de SãoPaulo 2]/0 1/96. p. 8) (Informação do Sr. Heitor Muller. presidente da lT8A - União Brasileira deAvicultorcsi)f)DeCesare. O frango de Pequim ... p. 8 -l-l (Informação do Sr. José Carlos Godoy. secretárioexecutivo da Apinco -Associação Brasileira dos Produtores de Pinto de Cone I.

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I) os frigoríficos constituírem um pequeno universo, com porte

econômico considerável:

2) os frigoríficos representarem uma atividade formal, com

registros em órgãos de fiscalização fazendária e inspeção

sanitária;

3) os pontos de varejo que realizam a venda de aves abatidas

resfriadas e congeladas serem empresas legalmente constituídas,

ao contrário de muitas unidades varejistas que lidam com frangos

vivos e abatidos na hora, submersas na economia informal.

2.5. CADEIA DE DISTRIBUIÇÃO DE FRANGOS DE CORTE

ABATIDOS

I Frigorifico I

114

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115

2.5.1. Frigorífico: venda de frangos de corte abatidos resfriados e

congelados

2.5.1.1. Oportunidades e tendências para os frigoríficos

Os abatedouros ou frigorificos devem ser vistos como oportunidades

para as empresas produtoras de aves saírem do mercado de commodities, ao

procurar prever a demanda de mercado por produtos especializados.

Concomitantemente deve-se posicionar a marca com base no crescimento do

volume de produtos de maior valor agregado.

O aumento do portfolio de produtos e uma realidade na produção e

processamento de frangos. No produto frango inteiro tem-se os galetos e os

f· ~ I I)J" i d f d..rangoes. como o c iestcr . !~o setor e rango corta o em partes tem-se:

peito. coxas. sobrecoxas e asas. Essas partes podem ser processadas com osso

ou já desossadas. como filé de peito e filé de coxa.

Há também os cortes especiais, com mais de 170 itens. como coxa -

com ou sem pele. sobrecoxa - com ou sem osso, passarinho e tulipa'".

I

\/';Os 10 anos do chester. AI'es & ()ms. Setembro 19<J2. p.17 (Trata-se da pnmcira linhagem defrango genuinamente brasileira. desenvolvida pela empresa Perdigão. Chester em inglês corrcspondeú palavra "peitudo")':Saldan. João Carlos. A arte da multiplicação do frango. Gtobo Rural. Fevereiro 19% p -;'9 (Formasemelhante à da flor do mesmo nome. consiste na clavícula da ave. dobrada ao avesso. E um sucessode vendas no Japão)

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116

A inclusão de temperos adicionados à ração na etapa de alimentação

das aves. nas granjas de engorda. que impregnariam toda a carne dos frangos,

já está sendo testada. ~o que se refere à adição de temperos no próprio

abatedouro. recentemente a empresa Perdigão lançou uma linha de recheados

práticos - peito de frango com diferentes recheios. Depois da boa aceitação no

mercado externo. ela colocou no Brasil peito de frango recheado com

espinafre e com brócolis". A empresa pretende lançar duas novas opções

dentro desta mesma linha por mês até abril de 1996.

Em 1995 a divisão de carnes da Ceval Alimentos. marca Seara. dobrou

o volume de vendas de frango Classy, temperados. em relação a 1994')4

A embalagem de venda para as partes pode ser bandejas, caixas ou

sacos plásticos. O tamanho das embalagens é outro aspecto a ser considerado.

As tarefas de fazer compras e cozinhar demandam tempo. Atualmente a maior

participação feminina nos postos de trabalho aumentou a procura por

alimentos de rápida preparaçào e pelas refeições congeladas.

A Sadia. em 1995. criou um padrão visual novo para bandejas de frango

congelado, colocou no mercado partes temperadas em bandejas e uma linha de

partes embaladas individualmente para tomar mais prática sua utilização pela

dona de casa".

'J.lIdem,"Coelho. Edilson &: Ncumann. Denise. Indústria de alimentos dj salto na produção. () Estado de .)'.Paulo. 08/Ol/96. p. B-:>"Tglecia. Cristina. Indústrias de alimentos investiram em produtividade .. i innentos & Tecnologia.p.25

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117

A diferenciação de marcas através de tipos de produtos exclusivos é

possível na cadeia de frangos de corte devido à formação de linhagens

genéticas exclusivas. como o chester. que representa barreiras de entrada aos

concorrentes. Os chesters são vendidos inteiros, em partes. ou em subprodutos

industrializados.

2.5.1.2. A distribuição de aves abatidas no mercado interno

À. partir de pesquisa realizada pela PR - Parente & Rojo Consultores de

Marketing, e apresentada em um seminário de marketing promovido pela APA

- Associação Paulista de Avicultura, e com o apoio da .-\PAS - Associação

Paulista de Supermercados, em outubro de 1993, foi possível pela primeira vez

traçar um perfil do mercado brasileiro para frangos de corte. Neste trabalho

foram abordados assuntos como: o consumo per capita: a queda de preços do

produto e o papel dos supermercados. avícolas. açougues e restaurantes: o

perfil do consumidor: e os atributos do produto no momento da compra".

Através de dados da pesquisa acima citada. detectou-se que. 110

composto de distribuição de frangos abatidos, as lojas de auto-serviço possuem

uma participação estimada entre 35 e 40%, com tendência ascendente, embora

esta participação esteja em níveis abaixo da normalmente verificada para

"o frango de corte em busca de novos índices de consumo .. h'cs & ()m.\'.i .'?CI'ISla da Xladerna.1vicultura. Setembro 1994 p.ux

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118

produtos industrializados comercializados tradicionalmente em

')"7supermercados, cerca de 80% "

Em contraposição às lojas de auto-serviço, o conjunto de avícolas,

açougues. feiras e sacolões. mercados municipais e granjas. todos do estado de

São Paulo, participou com 60 a 65% das vendas de aves .. -\ participação de

cada unidade varejista foi:

a) avícolas: cerca de 20 a 25%;

b) açougues: cerca de 20 a 25%;

c) feiras e sacolões: cerca de 15%;

d) mercados municipais e granjas: cerca de 5%'JR.

As avícolas revelaram-se mais participantes no interior de São Paulo,

talvez em função da possível menor presença de supermercados.

As lojas de auto-serviço correspondem a 84% do faturamento de vendas

varejistas de alimentos com uma participação de 15% na quantidade de

unidades de varejo. A seção de Carnes e Aves dos supermercados responde

. ')9por algo em tomo de 12% das vendas desses estabelecimentos .

No que se refere à seção de Carnes e Aves em particular. o frango

preenche 21% do espaço de exposição e colabora com cerca de 33% das

vendas. Em relação à àrea total de exposição das lojas. o frango representa

0,6%. enquanto responde por ~,7% do faturamento. o que para o Prof.

" A grande sacada do frango .. 1\'f:'S & ()\,().I'. Setembro 1993. p.()X)~Idem. p. nó)9Idem. p. OI)

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119

Francisco Rojo "revela. sem dúvida. mequivoca relação de eficiência do

Participação de Frangos em Relaçãoa seção de Cames e i\ves das lojas

[J% na Área deExposição

JJ[J % nas Vendas

o 10 20 30 40

Participação de Frangos em Relaçãoao total das loj as

[J% na Arca deExposição

3.7

Segundo os gerentes dos supermercados pesquisados. todos do estado

de São Paulo. os frangos são usados em promoções de preços pelos seguintes

motivos:

a) possuem rápido giro:

b) atraem para dentro da loja os consumidores:

c) o setor de frigoríficos oferece opções competitivas, tomando

possível repassar aos consumidores ofertas promocionais.

i "Tdem. p. 12

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120

No que tange à remuneração do setor supermercadista com o produto

frango, foram feitas as seguintes observações:

a) há um bom prazo entre o giro de estoque e o pagamento aos

frigoríficos:

b) os frangos inteiros resfriados. os mais util izados nas

promoções, possuem margem baixa;

c) os produtos de maior remuneração e menor competição de

preços são 05 frangos em partes.

No que diz respeito à preferência do consumidor, os frangos resfriados

foram responsáveis por 90% do faturamento dos supermercados, ficando os

congelados com os 10% restantes. Segundo o Prof. Juracy Parente "os frangos

congelados são usados sobretudo para estoque de segurança nas 10jas,·II)I. com

tendência entre alguns supermercadistas grandes de aumentar o volume de

frangos desta modalidade.

Os frangos inteiros participaram com 75% do total das vendas,

enquanto os frangos em partes contribuíram com os 25% restantes. com

tendência de crescimento no composto de vendas.

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121

A pesquisa de comportamento do consumidor revelou fatos

interessantes. Aproximadamente 45% das compras sào realizadas por impulso.

As consumidoras dào preferência a frangos:

a) de cor clara - 43%:

b) amarelo - 30%: e

c) rosado - 27%.

o tamanho das aves e a data de validade são observados. A presença de

manchas e odores estranhos desqualifica as aves. Os itens tamanho e odor

apresentaram-se mais relevantes que o item limpeza. para as compradoras.

A freqüência média de consumo foi de quatro dias e a quantidade

consumida revelou-se maior nas classes A e B, entre as donas de casa mais

jovens'l'" No ano de 1995, as classes C e O respondiam por 45% do consumo

d f I(He rango ..

Foram citados como fatores positivos do frango:

a) carne de menor preço e maior rentabilidade no preparo:

b) carne branca. mais digestiva e sem colesterol: e

c) facilidade no preparo e opções de partes e receitas diversas.

"':0 frango de corte ... pOR,r;

JOlivcira. Sua excelência ... p. 20

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122

Os aspectos negativos citados foram a embalagem e os conservantes

qumucos.

No que se refere às embalagens de venda. os gerentes de supermercados

dão as seguintes sugestões:

a) maior beleza plástica e presença de cores:

b) maior resistência, para não abrir e soltar sangue;

c) melhor serviço de transporte para evitar amassos; e

d) a colocação de informações sobre o produto.

Como sugestão para ampliar as vendas. os gerentes sugenram a

publicação e distribuição de receitas de frangos. Em função das características

atribuladas da vida moderna. seria interessante colocar receitas simples e

práticas.

No tocante às embalagens de transporte. a caixa de papelão é a mais

aceita pelas lojas maiores. em razão de não terem retorno e facilitarem o

transporte e a armazenagem. As desvantagens dessa modalidade de transporte

consistem na absorção de umidade proveniente da água do frango e na

dificuldade de armazenagem. pois o empilhamento pode deformar o frango.

As caixas plásticas transmitem uma idéia de menor custo para os

pequenos varejistas. As dificuldades operacionais residem em:

a) manuseio pouco prático:

b) pouca disponibilidade de espaço para guardar as caixas vazias:

c) necessidade da operação de devolução.

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123

2.5.1.3. A distribuição de aves abatidas no mercado externo

2.5.1.3.1. Os maiores países exportadores de frangos e a influência da

União Européia e do Nafta

o Brasil possui os custos mais baixos de produção de frangos dentre 11

países selecionados, segundo estudo publicado pelo lntemational Finance

Corporation, IFC, do Banco Mundial, em setembro de 1995. Os principais

fatores que reduzem a competitividade do produto brasileiro no exterior são:

a) os altos custos dos portos brasileiros:

b) a exportação de impostos; e

c) a valorização do real frente ao dólar.

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Custo de produção de frangos em países selecionados

Argentira Brasil China Frarça Hungria I lolanla I'cru Polônia T~rilfnldia1994 1993 1994 1993 1994 1993 1994 1993 1994

~usto da ave vivaUSé/Kg peso vivo)· Custo do pinto de um dia· Custo da ração· Pagamento ao criador· Medicamentos veterinários· Administração· Produtor· Transporte da a \'C

Custo da ave viva nobatedouro~ustoda Carne na indústriaUSé/kg limpo)· CondenaçõesO Recuperação dos DejetosI. Custo Líquido da Carnea Indústria.ustos da IndústriaUSé/kg limpo)2. Mão-de-Obra3. Embalagem4. Instalações5. Custos Administrativos6. Custos Fixos7. Mão-de-Obraxtra-crnpresa8. Total não desagregado 22.01). Total outros custos 22.0.usto operacional total I3I.4onte: International Financiai Corporation

(World Bank):.tgroanatvsis Dezembro 191)5. p. ()~

14.6 'iA 10.0 1-1.3 12.7-16.7 -'5.9 -12.9 57.1 55.6IH 5." 5.S 19.2 20.33.3 0.1 2.D 1.3 0.89.2 (U)

S7.5 50.7 (jO.7 01,9 S9,31.5 1.0 1.8

87.5 52.2 (j 1.7 '>3.6 S9.3

109.4 ú8.9 SI.4 123.6 117.9

109.-1 (lX.9 SI.-I 123.6 117.9

16.2, ,.'.J1.7

2.0 S.62.8

11.4.~.2

10.1

II.S11.8

'13.2

-'50.,5.0

158.6Io.sX5.4 1-15.5

16Jl Il.~ 15.355.2 ~6.() (,5.625.S 5.0 15.2

1.5 (I.SI

1.0(}S.4 105.0 98.0

129.9 13U 129.4

129.9 131.-' 129.-1

'}.S-1.-'

7.11.6

1-'.0

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zi.o21.0

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'l.S51.5('.31.7

69.32.0

71.-'

')4.2

')4.2

12.4

106."

124

TUIqUia

1994

12.0-17.72 \.4

1.5

82.71.0

S3,7

110.5

110.5

S.2

-1.1

..1.1

16.1126.6

No àmbito externo. a formação de blocos econorrucos mundiais tem

dificultado as exportações brasileiras de frangos. O Nafta - North Arnerican

Free Trade Agreernent, e a UE - União Européia. possuem mecarusmos

protecionistas para membros internos produtores. notadamente os Estados

Unidos e a França. É também comum a colocação de barreiras sanitárias para

impedir a entrada do produto brasileiro nesses blocos.

EUA1994

S.336,88.8\.11.1

56,12,8

58,8

77,4

\,0..2.276.2

7.9-1.0

15.4

4,62,62.93.3

13,4

3.21.0

R.3

28.9105.0

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125

As políticas individuais adotadas por estes dois paises acima. de

subsidiar elevadamente as exportações, contribuem ainda mais para reduzir a

competitividade do frango brasileiro no exterior'?'.

o Nafta e os Estados Unidos

o Nafta constitui o bloco de maior produção. maior consumo e maior

exportação de aves. No que se refere às importações, o único país que as

realiza é o México. Em 1994, as projeções para o Nafta indicavam uma

produção de 14.832.000 toneladas. um consume de 14.067.000 toneladas e

exportações para fora do bloco de 765.000 toneladas. O total das importações

mexicanas, todas provindas dos Estados Unidos pois o mercado não é aberto a

terceiros. serão de 199.000 toneladas I 05.

Em 1995. no primeiro semestre, o volume de exportações americanas

aumentou cerca de 36% em relação a igual período de 1994106.

Em 1996 acredita-se que os Estados Unidos elevem em 7% suas

exportações. colocando mais I 16 mil toneladas no mercado. em relação a

A evolução das exportações americanas começou em 1984. Os Estados

Unidos àquela época ocupavam o terceiro lugar entre os exportadores. com

11I4Bucno. Avicultura.... p. OI1"'Blocos mundiais pilotam o comercio de US$ l-l trilhões, Aves & Ovos.' Rcrvista da Xloderna. tvtcultura. Janeiro 1!J9-l. p.lO .;I>(,B A· 1 O'ueno. \"ICU tura .... p. ..•;r'-De Cesare. Claudia Facchini. Ave francesa bate a brasileira. Gazeta Mercanul. 12/0 1!!)6. p. B-14

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126

185.000 toneladas. o que representava 16,6% do volume mundial exportado.

Teve início então um programa de subsídios - o l:EP. Export Enhancement

Program - que patrocinava a diferença de preços entre o mercado externo, em

geral mais barato, e o mercado interno, normalmente mais caro. O produtor

recebia a diferença através de certificados de commodittes. De posse do

certificado, ele retira o valor equivalente em produtos do governo, optando

geralmente pelo milho.

A justificativa para a adoção do programa consistia na concorrência

desleal da França, principalmente. e de outros países que subsidiavam a

exportação de frangos. O desenvolvimento das exportações foi

. 'fi . 108slgm icanvo e em 1995 os Estados Unidos embarcaram 1.700.000

toneladas!", cerca de 40% do volume mundial exportado I 10. Este número

constituiu um volume maior neste ano do que França. Hong Kong e Brasil

juntos 111, respectivamente segundo. terceiro e quarto maiores exportadores.

A estratégia de penetração dos Estados Unidos nos mercados externos é

diferente da brasileira. Dentro dos EUA a maior demanda é pela parte mais

. .nobre. o peito; e as demais partes. coxas e sobrecoxas. ou seja carnes mais

escuras, são enviadas para o mercado exterior.

:1l~8ueno. Avicultura .... pp. 02 -:1!Il

QDe Cesare. Ave francesa ... p. 8-1 .•! "Bueno. Avicultura .... p. 02! ; 1 De Cesare. Ave francesa ... p. 8-1 .•

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127

Os amencanos procuram. em geral. mercados menos sofisticados,

oferecendo preços bastante competitivos. Em [995 os principais mercados-

alvo foram Hong Kong e Rússial12

Mesmo no caso do Japão. um mercado mais exigente, a Federação de

Exportadores de Carne dos Estados Unidos utiliza a estratégia de visar

exclusivamente aos clientes - importadores, atacadistas e cadeias de

supermercados - e não aos consumidores finais 113 .

.4 União Européia e a França

A União Européia responde pela segunda maior produção. segundo

maior consumo e segunda maior exportação de aves. O bloco constitui-se no

maior importador mundial. com grande comércio intra-bloco. Em 1994, as

projeções para a UE indicavam uma produção de 7.654.000 toneladas e um

consumo de 7.235.000 toneladas 114.

Segundo estas projeções. em [994. a UE exportaria para fora do bloco

626.000 toneladas. Dentro do bloco o volume exportado seria de 1.047.000

toneladas. O total das exportações seria de 1.673.000 toneladas I 15

No que se refere às importações, a UE importaria de fora do bloco. ou

seja de todos os outros países inclusive o Brasil. uma cota máxima de 207.000

112Sucno. Avicultura ... p. 0.+! 11Idcl11.11~B1ocosmundiais .. p.20!1'Idcm.

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128

toneladas. As importações intra-bloco seriam de 1.047.000 toneladas. O total

das i ~ -c. "'5 I d I' lias importaçoes perrana I..: 4.000 tone a as ' ,

A União Européia, no ano de 1995, em função de um acordo firmado na

esfera do Gatt, dividiu uma cota de importação anual de 15.500 toneladas de

peito de frango, livre de taxas por um período de cinco anos, e que era tida

como exclusiva para o Brasil, entre mais dois países. A partilha das 15.500

toneladas ocorreu da seguinte forma: Brasil, 46%: Tailândia, que nem sequer

era signatária do acordo em questão, 33%: e China, que não faz parte do Gatt,

A parcela das vendas perdidas nesse acordo corresponde a cerca de US$

60 milhões por ano. Considerando o prazo de cinco anos, ter-se-á uma perda

de faturamento aproximado de US$ 300 milhõesi'".

Neste caso particular o Itamarati aceitou as ponderações da Abef -

Associação Brasileira de Exportadores de Frangos. e prepara os procedimentos

rotineiros para enviar o caso à Organização Mundial do Comércio I 11).

O mercado europeu de peito de frango é muito importante. pois ele

torna viável todo o composto de exportação de partes. Os outros mercados

externos do Brasil para partes de frangos, notadamente o asiático, não tem o

hábito de consumir carne branca. o que desvaloriza este produto para níveis de

preço abaixo dos da carne escura, ou bloqueia a sua venda. Quando a União

::"Idem ..~. Bueno, Avicultura .... p. 04:,xldem.·'~Idem.

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129

Européia não compra o peito de frango ao Brasil. este perde nos preços ou

inviabiliza o processo de exportação de partes 1::0.

Os franceses e americanos estão cientes deste problema. mas se o Brasil

reduzir sua participação no composto de partes. eles ganham novos mercados

para receber subsídios. A França tem uma restituição financeira. que é

determinada periodicamente pela União Européia. A justificativa alegada é a

de que é preciso tomar o custo de produção européia compatível com o custo

do mercado intemacional" e os Estados Unidos por causa do EEP, programa

em que os valores subsidiados podem chegar a até L'SS 600 por tonelada

exportada, para um preço de venda médio no mercado externo de US$ 1.200 a

tonelada 122.

Ainda em 1995. a União Européia elevou a alíquota do imposto de

importação incidente sobre o frango brasileiro de 60% para 80%, com o aval

da OMe - Organização Mundial de Comércio. o que inviabiliza qualquer

ão d .c. d B '1123contestação e tantas por parte oras! .

Em 1995 a França exportou cerca de 500.000 toneladas. constituindo-se

no segundo maior exportador mundial em termos de volume e faturamento.

Em relação a 1994, a França teve um acréscimo de 20.000 toneladas nas suas

, 124exportaçoes .

12"Martins. Cláudio. Protecionismo exacerbado: exportações brasileiras de frango para a ComunidadeEconômica Européia foram taxadas em US$ 620 por tonelada .. lI·es e Ovos. Junho 1992. p. n.121Bueno. Avicultura ... p. 03122Idem.12JDeCesare. Ave francesa .. p. B-I-lI 24Idcm.

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130

o Mercosul e o Brasil

o Mercosul poderia vir a representar um mercado importador de 60.000

toneladas de frangos por ano para o Brasil. principalmente em função da

demanda argentina. Este país em 1994 consumiu cerca de 50.000 toneladas do

produto brasileiro, principalmente na modalidade de frangos inteiros.

Há um esforço evidente de substituição das importações de frangos por

parte do governo argentino. o que se reflete na elevação recente da produção

local de frangos. Este fato. aliado à valorização da moeda brasileira junto à

argentina. em decorrência do Plano Real. fez com que o nível de exportações

do Brasil em 1995 ficasse em tomo de 13.000 toneladasi".

No que diz respeito à produção de frangos no Brasil. há vários anos

esse país vem assegurando a posição de segundo maior produtor mundial,

tendo alternado com a França, até 1994, a condição de segundo maior

exportador. O primeiro produtor mundial e primeiro exportador. conforme

visto acima, são os Estados Unidos.

Em 1975 o Brasil iniciou suas exportações de frango. Nesse ano, o

volume físico embarcado foi de cerca de 3 mil toneladas 1::!6 Em 1984, o Brasil

já havia ultrapassado o volume de 280.000 toneladas anuais de frangos

exportados, quando teve InICIO a política de subsídios norte-americanos. O

'\ ..

!:~De Cesarc. Ave francesa ... p. 8-14 (Estimativa de cálculo para esta disscrtaaçào)1260 avanço da avicultura brasileira .. 1ves & Ovos. Dezembro I \J1}2. p.16

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131

país reagiu então com a diversificação da pauta de exportações do produto,

partindo para a venda de cortes de frango, produtos de valor agregado maior,

cujos níveis médios de preços são de 1,5 vez o preço do frango inteiro. Cada

vez mais, o país desenvolve esses produtos. para atender aos novos

consumidores, que procuram produtos de rápido preparo .. -\ tendência para o

futuro é o frango em cortes ser mais consumido do que o frango inteiro 127.

o reflexo dessa atitude pode ser verificado na alteração do composto de

frangos exportados pelo Brasil ao longo dos últimos anos. Em 1985 a

participação de frangos em partes correspondia a 13% do volume exportado 128;

em 1993, a 34%: em 1994, a 42%129; de janeiro a agosto de 1995. as partes

corresponderam a 47% contra 53% de inteiros'".

Em 1994 as exportações de frangos brasileiros alcançaram cerca de

480.000 toneladas. com receitas F.O.S. em tomo de US$ 600 milhões 131.

Em 1995 as exportações brasileiras caíram 13% em relação ao ano

anterior. totalizando aproximadamente 430 mil toneladas. ou seja. I 1,5% do

volume mundial exportado. O país ocupou a quarta posição. atrás

respectivamente dos ECA. França e Hong Kong.

1:~Sueno. Avicultura ... p. 03I:sNa trilha dos embutidos. Aves & Ovos, Setembro 1992. p. l-l;:9Sueno. Avicultura. p. 03I.l<'Saldan. A arte ... p.79:lISueno. Avicultura ... p. OI

í'i

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l32

Em termos de faturamento. no ano de 1995 o Brasil exportou

aproximadamente US$ 620 milhões de dólares, passando para o terceiro lugar

mundiaL atrás dos EUA e da França':".

Exportações Brasileiras de Carne de Frango (Em Toneladas)

700000

600000500000400000 321.754300000:00000100000

o1991

480.000416.952 430.000

.170.937

1992 1993 1994 1995

11

Receita de Exportações Brasileiras de Carne de Frango (Em US$ milhÕer),,

700

1i00

~OO

40()1()O200IDO

O

(iOO.OO )

r-- r--

433.04 463.59.;93.44 ,.-- -

(20 DO

1991 1992 1993 1994 1')95

'3:De Ccsare. Ave francesa ... p. B-I4

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133

Hong Kong

Hong Kong é um país importador e reexportador de frangos. Em 1995

ele foi o terceiro maior exportador em volume. embarcando 450.000 toneladas,

uma elevação de 58% em relação a 1994 . Suas exportações referem-se a

partes menos nobres, como asa ou pé de frango, que possuem preços baixos e

são de larga aceitação popular na Ásia.

Para 1996 a taxa de crescimento das exportações não deve se igualar à

de 1995. Mesmo assim, espera-se um alto crescimento de vendas, cerca de

16~'Ó.atingindo aproximadamente 525.000 toneladas J.\3

China Continental

A China. em função da sua abertura econômica. está se transformando

em um grande produtor mundial de frangos. Grandes empresas mundiais da

cadeia de produção de frangos de corte. na área de linhagens genéticas e

equipamentos. se instalaram na China Continental. O mercado mundial de

grãos encontra-se com excesso de demanda. em função do crescimento da

avicultura chinesa.

Um estudo da OMS - Organização Mundial de Saúde informa que na

China o consumo de frango per capita é de três quilos por ano. quando o

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134

menor nível protéico recomendado é alcançado com o consumo de treze quilos

de frango per capita por ano':".

Em conseqüência destes fatos. a produção chinesa deverá crescere

possivelmente ocupar espaços do mercado interno. Para 1996, espera-se uma

produção de 4.000.000 de toneladas de frangos na China Continental. Em

1997, ou no máximo em 1998, a continuar o ritmo de crescimento chinês, a

produção chinesa deverá suplantar a brasileira. A produção chinesa cresceu

90% nos últimos cinco anos, contra 72% da brasileira no mesmo período 135.

Em 1995 a China exportou cerca de 350.000 toneladas. e para 1996

espera-se um embarque de 480.000 toneladas. ultrapassando provavelmente o

volume de exportações brasileiras. A China Continental também realiza

importações de frango, notadamente de Hong Kong.

Em 1997, com a reanexação de Hong Kong, a China Continental pode

ultrapassar o volume de 1.000.000 toneladas exportadas por ano. Tal fato

talvez nào aconteça em decorrência da eliminação da parcela de exportações

de Hong Kong para a China 13(,.

"10 ano da reviravolta para os agricultores. (jazera Mercantil. 30/01/96. p. 8-1 Ú

:.1'Idem.i.16Idem

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135

2.5.1.3.2. Os mercados externos brasileiros

Os mercados extemos brasileiros podem ser analisados em mercados

para frangos inteiros e em mercados para frangos em partes.

Frangos inteiros

As exportações de frangos inteiros ainda têm a maior participação no

composto de exportações em volume do frango brasileiro. Todavia a venda de

frangos inteiros apresentou uma grande retração em 1995.

Oriente Médio

Um dos motivos do Brasil ter conquistado os mercados do Oriente

Médio. consumidores tradicionais de frangos inteiros brasileiros. foi a

capacidade de adaptação dos frigoríficos brasileiros em realizar o abate e o

corte das aves em consonância com os preceitos e rituais islâmicos.

A Árabia Saudita importou um volume cerca de 15% menor do que em

1994. No entender da Abef este gradiente de exportações. aproximadamente

22.000 toneladas, provavelmente foi conquistado pela França 137.

Para se ter uma idéia da importância desses mercados para a exportação

de frangos inteiros. ver-se-á a participação dos principais compradores em

1995: a Arábia Saudita foi o maior cliente do Brasil. com cerca de 60% do

11-. De Cesare. Ave francesa ... p. B-l-l

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136

volume exportado. vindo em segundo lugar o Kuwait. com aproximados 9%.

Os Emirados Árabes com cerca de 4%, ocuparam a quarta posição, e o Catar a

. . d o 1,8qumta, com aproxima os 3 Yo - .

América do Sul

A Argentina, com uma participação de cerca de 5% do volume de

importações ocupou o terceiro lugar entre os países importadores de frangos

inteiros do Brasil no ano de 1995.

As perspectivas para o Brasil na América do Sul não sào boas. ao

menos entre os países do Mercosul. pelos motivos anteriormente expostos.

i "Baldan. A arte ... p.79

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1995

199 19.tl9%

O

Frangos Inteiros(Total - 143.883 Toneladas)

2.8 ~.6 5A

DCatar

li Emirados Árabes

DArgcntina

DKuwalt

• Arábia Saudita

DOutros

60.4

Frangos Inteiros--(Total - 110.495 Toneladas)

3.08!J'o22% 5.21%DOma11Emirados ..\raocsD AngolaDKuwait• Arábia SauditaDOutrosOPRSSDCuoa• Bahrein

137

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138

Frangos em partes

Asia

Os países asiáticos são os maiores consumidores de partes de frango

brasileiras, respondendo por mais de 65% do volume exportado.

O Japão é o maior importador de frango do mundo e o segundo maior

comprador de frango do Brasil, posicionando-se atrás apenas da Árabia

Saudita. Em 1995 o mercado japonês adquiriu aproximadamente 95.000

toneladas de partes de frango brasileiras, um crescimento de 37% sobre 1994.

Somente o Japão responde por cerca de 46% das exportações brasileiras de

frangos em partes.

Vários frigoríficos já se dispuseram a entrar no mercado japonês, e

outros estão adaptando suas linhas de cortes para fazê-lo. A Mafisa Avícola,

de Pernambuco, atualmente desativada. foi uma das precursoras e o primeiro

frigorífico do Nordeste a realizar cOltes especiais para o Japão, num volume

mensal de 600 toneladas .. -\ avícola Felipe, do Paraná. proprietária da marca

Mister Frango, exportará 150 toneladas mensais de cortes especiais, a saber:

, • -ÓrÓ» 1'9pe, asa e coxa, para o pais asianco . .

O Brasil. em 1995. já se encontrava produzindo mais de 20 cortes

diferentes de frango para o mercado japonês. Esse mercado é particularmente

1190ricolli. Sílvio. Frigonfico do Paraná exporta cortes de frango para o Japão. Gazeta Mercanul.17/01/96. p. B -16

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139

interessante para os produtores e exportadores brasileiros. porque não enfrenta

a concorrência direta dos Estados Unidos. Este último. na sua política habitual

de exportar as sobras de carnes escuras, restringe sua participação a coxas e

sobrecoxas 140.

Hong Kong, concorrente do Brasil nas exportações, é também o

segundo mercado em importação na Ásia e o segundo mercado comprador de

partes de frango brasileiras. Em 1995 o país importou 38.700 toneladas de

cortes do Brasil. um crescimento de aproximadamente 45% em relação a 1994.

Hong Kong participa com cerca de 21~i'Ódas exportações brasileiras de frangos

em partesl41.

Europa

A Europa responde por mais de 10% do consumo de partes de frango

brasileiras.

A Espanha e o terceiro mercado comprador de partes de frango

brasileiras. Em 1995 o país importou em tomo de 10.000 toneladas de cortes.

o crescimento em relação a 1994 foi de cerca de 37%. Os espanhóis

respondem por aproximadamente 5% das exportações brasileiras de frangos

em partes.

i~(·Bueno.Avicultura ... p. O.•i·IIDe Cesare. Ave francesa ... p. B-I"

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140

A participação das exportações brasileiras nos demais países da Europa

em 1995 foi decrescente. Os embarques para a Alemanha e Itália diminuíram,

resultando em reduções de volumes exportados de respectivamente 70 e

46%142, para participações respectivas de cerca de 4.0 e 2.5% do volume total

de partes de frango brasileiras exportadas em 1995.

Frangos em Partes(Total - 130.023 Toneladas)

199

2.6 3.9 5.2

5

IJ Espanha IJHong Kong

IJ Italia IlIAlcmanha

• Japão IJOutros

-16.3

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Frangos em Partes(Total - 43.082 Toneladas)

199O

12.11~o

OAJemanha

.It:ilia

o Ilhas Canárias

!JOutros

Olapão

I!lIHollg Kong

DSuiça

40.68%

Leste Europeu: uma possibilidade

A Rússia é um mercado em expansão, mas de difícil possibilidade

comercial para o Brasil em função da concorrência amencana. Os Estados

Unidos exportàm as sobras de carne escura. a tonelada de pernas por exemplo,

por cerca de USS 800 para o mercado IUSSO, um preço impraticável para os

exportadores brasileiros.

A possibilidade de penetração do frango brasileiro no Leste Europeu

depende de acordos governamentais, tais como operações do tipo barter 143. A

globalização do sistema financeiro entretanto, diminuiu a participação de

operações de troca de mercadorias, nas duas últimas décadas.

i4.1Bueno.Avicultura ... p. 04 tBarter. neste caso. significa permuta internacional)

141

Page 149: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

CAPÍTULO 3

PESQLISA JUNTO ÀS EMPRESAS PRODLTORAS

142

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143

Neste capítulo foram pesquisados: os níveis de verticalização adotados

por empresas produtoras de frangos de corte no estado de Pernambuco, a

importância atribuída à operação de abatedouros de aves, os principais canais

de distribuição de frangos vivos e abatidos utilizados pelas empresas. e a

participação dos Estados da Federação compradores de aves das empresas

pernambucanas. A importância desta participação. tanto em frangos vivos e

abatidos, é a de visualizar novos horizontes para a penetração de: frangos

vivos; frangos abatidos inteiros; e frangos abatidos em partes, que possuem

maior valor agregado.

3.1. METODOLOGIA DA PESQUISA

No que se refere aos abatedouros foi realizada uma questão, com a

atribuição de importância por parte das empresas produtoras, aos diversos

produtos passíveis de processamento e a correlação destes com mercados

segmentados geograficamente. Tratando-se de um estudo exploratório. não

constitui o intuito desta pesquisa definir hipóteses. e nem mesmo atribuir-lhes

um tratamento estatístico que venha a comprovar a sua validade. Sabe-se que,

embora muito se comente sobre o assunto, poucas análises acadêmicas na área

de Administração dizem respeito. direta ou indiretamente. ao processo de

verticalização de atividades avícolas de corte. Não existe, ainda. uma estrutura

metodológica rigidamente estabelecida, uma vez que o restrito volume de

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144

material disponível na área de Administração. relativo ao tema, não apresenta

um conjunto de proposições ou idéias com suficiente ordenação a ponto de

servir de base para pesquisas posteriores. Esse estudo visa, justamente. a

estabelecer alguns destes fundamentos sobre os quais se possa. no futuro,

alicerçar novos trabalhos, formular hipóteses. verificar procedimentos ou

servir de subsídios para a tomada de decisões estratégicas nas empresas do

setor.

Formulou-se um pressuposto básico que pudesse nortear toda a

monografia, procurando explorá-lo da forma mais extensiva possível.

O objeto do estudo concentrou-se, assim. nos seguintes aspectos:

a) identificar os níveis possíveis de Verticalização das atividades

avícolas de corte;

b) avaliar a opinião dos produtores de frangos sobre os possíveis

beneficios de aumentar o grau de Verticalização através da

instalação de abatedouro de aves:

c) analisar a viabilidade dos abatedouros no que diz respeito à

distribuição de aves abatidas no mercado interno e externo.

Para tanto, realizou-se a revisão da bibliografia existente disponível

sobre o assunto e o levantamento através de uma pesquisa primária sobre os

diversos níveis de verticalização adotados pelas empresas avícolas no estado

de Pernambuco.

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145

3.2. PESQUISA DE CAMPO JUNTO AOS PRODUTORES

3.2.1. Objetivo da Pesquisa de Campo

o objetivo da pesquisa de campo efetuada foi verificar a perspectiva

individual de algumas empresas com diferentes níveis de verticalização, em

relação a gestão de atividades avícolas determinadas.

A coleta de dados foi realizada junto a dirigentes de empresas sediadas

em Pernambuco. Para tanto, foi utilizado c formulário anexo, como

questionário a ser preenchido por cada dirigente, conforme metodologia

descrita a seguir.

3.2.2. Metodologia da Pesquisa junto aos Produtores

As empresas foram selecionadas por julgamento, com base no critério

de abranger exclusivamente todas as empresas constituídas juridicamente no

setor avícola de corte, no estado de Pernambuco.

O fato de se escolher exclusivamente pessoas jurídicas fundamenta-se

em que um dos níveis avançados de verticalização das empresas do setor, a

operação de abatedouros. requer a formalização das atividades. No mercado de

aves vivas. isto não é mandatário.

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146

Na pesquisa junto aos produtores de frangos. foi utilizado um

questionário estruturado não disfarçado, procurando centrar as questões em

tópicos como:

a) identificação dos tipos de atividades desempenhadas pelas

empresas;

b) grau de motivação para o desempenho das atividades;

c) existência e longevidade de abatedouros;

d) intenção ou disposição para construir novos abatedouros:

e) grau de motivação em relação a operação de um abatedouro:

f) verificação dos tipos de produtos e dos mercados geográficos

atingidos ou a serem atingidos pelos abatedouros:

g) a participação de frangos vivos e abatidos no composto de

vendas fisicas das empresas produtoras;

h) localização das unidades geográficas compradoras de frangos

vivos e abatidos:

i) verificação dos canais utilizados na distribuição de frangos

vivos e abatidos;

j) classificação de uso dos tipos de embalagens de transporte de

aves abatidas no mercado interno e externo:

Caberia falar. outrossim. do elevado grau de respostas encontrado

(66,7%). Dos doze questionários enviados por fax. oito foram respondidos,

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147

três não foram recebidos. apesar de nova solicitação por fax. e uma empresa

manifestou suas escusas por não participar da pesquisa. Todas as respostas

foram enviadas no mês de janeiro de 1996. Verifica-se relevante o fato de que

foi possível cobrir 100% dos abatedouros industriais em funcionamento ou que

chegaram a funcionar. no estado de Pernambuco.

Pode-se considerar muito satisfatório o nível de colaboração dos

empresários pernambucanos do setor avícola de corte. Constatou-se um

empresariado avícola muito participativo, refletido no excelente número de

respostas ao questionário. e profundamente interessado em receber os

resultados da pesquisa. ainda que esta possua um cunho acadêmico.

Posição dos Questionários

Questionários N O/o,,

Respondidos 8 66,7

I

Escusas por não poder ! 1 8,3

responder

Não respondidos 3 25,0

Enviados 12 100,0

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148

3.2.3. Análise e conclusões da pesquisa de campo

Uma vez encerrada a etapa de coleta e tratamento dos dados referentes

às atividades avícolas, seguem a análise e as conclusões da pesquisa efetuada

em campo. Serão analisadas a seguir as empresas produtoras de frangos em

Pernambuco e os seus respectivos níveis de verticalização.

A avicultura, de corte e de postura, ocupa 1.800 granjas e oferece

emprego a cerca de 155.000 pessoas no estado de Pernambuco. No ano de

1995 o faturamento dos produtores de aves e ovos no Estado foi de R$ 452

milhões, correspondentes a 3,6% do PIS estadual 144

Em 1995 a produção de frangos de corte em Pernambuco foi de

aproximadamente 253.000 toneladas, um aumento de cerca de 10% sobre

1994. Para 1996 espera-se uma taxa de crescimento similar, o que resultaria

em uma produção em tomo de 278.000 toneladas'Y.

De acordo com o presidente da Associação Avícola do Estado de

Pernambuco!"; o mercado atacadista responde por 80% das vendas de frango

vivo e os 20% restantes são destinados aos abatedouros frigoríficos.

No que se refere à origem das empresas produtoras de frangos de

Pernambuco, a maior parte delas é composta por empresas locais e algumas

144 Andrade, Jaqueline. Setor tem crescimento de 10% in Diário de Pernambuco. 07/01/96, pp. C - 8145 Idem.146 Idem (conforme depoimento do Sr. Edgar Navais)

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149

pertencem a grupos empresariais oriundos do Sul do país, com atuação em

diversos estados.

1) Grupo abatedouro

As quatro empresas produtoras que formam o universo de abatedouros

que realizaram ou realizam operações de abate industrial no estado de

Pernambuco estiveram presentes nos questionários respondidos. A esse grupo

convencionou-se chamar grupo abatedouro. O critério utilizado para tal

designação foi o da experiência efetiva de operação. Esse grupo consistia das

seguintes empresas produtoras, com os seguintes níveis de verticalização das

atividades:

Empresa A: Pena Branca S/A Moagem e Avicultura, detentora da marca de

frangos Pena Branca, com abatedouro localizado no município de Paulista, PE,

arredores da cidade do Recife. O início das operações da unidade de abate

ocorreu em 1975.

Atividades verticalizadas: 4

plantio de milho - NÃO

plantio de soja - NÃO

unidade de fabricação de ração - SIM

criação de matrizes - NÃO

incubatório - SIM

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150

granjas de engorda - SIM

abatedouro industrial - SIM

unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - NÃO

Modalidade(s) de criação de frangos:

engorda em granjas próprias - NÃO

engorda em granjas arrendadas - NÃO

parceria avícola - SIM

A empresa A é constituída por diversos ativos localizados nos estados

de Pernambuco e da Paraíba, com sede administrativa na cidade de Olinda,

arredores de Recife. O gmpo controlador da empresa A também possui outras

empresas atuantes no setor avícola com unidades de abate industrial de frangos

em outros Estados, na seguinte ordem de proximidade geográfica com

Pernambuco: Maranhão, Pará, São Paulo - duas unidades, e Rio Grande do

Sul.

A empresa A possui quatro ativídades verticalizadas, a saber: preparo

de ração para frangos de corte, incubação de pintos, engorda de frangos e

abate industrial de aves.

A empresa A atribui valores mais altos à terceirização do transporte

para milho e/ou soja (4), ao preparo de ração (5), e à terceirização do

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (4).

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151

A criação de matrizes (2), a venda de ovos férteis (2) e a venda de

pintos de um dia (2) não mereceram destaque. A empresa no entanto atribui

valor alto à incubação de pintos (5).

A empresa A trabalha somente com granjas de engorda em sistema de

parceria avícola (5), preferindo vender as aves vivas com transporte a cargo do

comprador (5). A empresa possui uma posição intermediária no que se refere a

depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (3) e uma

pontuação mais alta para rede de lojas com a logomarca da empresa para

comercialização de aves vivas (4).

O abatedouro de aves (4), a terceirização do transporte para aves

abatidas (4) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para

comercialização de aves abatidas (4) mereceram destaque, enquanto o meio de

transporte próprio para aves abatidas (2) e depósito(s) para estocagem e/ou

distribuição de aves abatidas (3) não foram considerados muito importantes.

Principais conclusões sobre a empresa A

A empresa A, note-se, atribui uma nítida importância à terceirização do

transporte em todos os níveis, pelo transporte de aves vivas a cargo do

comprador, pela engorda de frangos em granjas no sistema de parceria avícola:

e pela distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades varejistas com;

maior esforço de marketing.

..;

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152

Observações adicionais sobre a empresa A

A empresa A comercializou 13.600 toneladas de frangos em 1995, um

aumento de cerca de 5% sobre o ano anterior. Para 1996 a empresa espera uma

taxa de crescimento de 15%, configurando uma produção de mais de 15.000

toneladas de frangos. A empresa lidera as vendas de frango resfriado em

Pernambuco, com 45% de participação de mercado 147.

o grupo controlador da empresa A responde por mais de 60% do

consumo de frango resfriado nas regiões Norte e Nordeste. Como possui

abatedouros múltiplos, o grupo controlador da empresa A pode escolher entre

os diversos tipos de frangos, inteiros e partes, resfriados e congelados, e

segmentar os mercados específicos de atuação de cada unidade de abate.

Empresa B: Varig Agropecuária S/A, detentora da marca de frangos Seletto,

com abatedouro localizado no município de Igarassú, PE, arredores da cidade• I .

do Recife. O início das operações da unidade de abate ocorreu em 1995.

Atividades verticalizadas: 5

plantio de milho - NÃO

plantio de soja - NÃO

unidade de fabricação de ração - SIM

criação de matrizes - SIM

incubatório - SIM

147 Andrade, Jacqueline. Empresa lidera ... p. C-8

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153

granjas de engorda - SIM

abatedouro industrial - SIM

unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - NÃO

Modalidade(s) de criação de frangos:

engorda em granjas próprias - SIM

engorda em granjas arrendadas - NÃO

parceria avícola - SIM

A empresa B é constituída por diversos ativos localizados nos estados

de Pernambuco e da Paraíba, com sede administrativa na cidade de Recife. O

grupo controlador da empresa B também possui outra empresa que se dedica

ao setor avícola no estado do Maranhão, desprovida de incubatório e de

abatedouro. A empresa B se encarrega de fornecer pintos de um dia para a

empresa controlada pelo grupo no Maranhão.

A empresa B possui cinco atividades verticalizadas, a saber: preparo de

ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação de pintos, engorda

de frangos e abate industrial de aves.

A empresa B atribui valores mais altos à terceirização do transporte

para milho e/ou soja (4), e ao preparo de ração (5). O meio de transporte

próprio para componentes ou ração pronta destinada às granjas (3) e a

terceirização do transporte para componentes ou ração pronta destinada às

granjas (3) receberam pontuações intermediárias.

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154

A criação de matrizes (4), a incubação de pintos (4) e a venda de pintos!I

de um dia (4) mereceram destaque. A empresa no entanto atribui pou1a

importância à venda de ovos férteis (2).

A empresa B trabalha com granjas de engorda em sistema de parceriaI

avícola (4) e com granjas de engorda próprias (4), preferindo vender as aves

vivas com transporte a cargo do comprador (4). Ela atribui pouca importância

no que se refere a depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas

(1) e para rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de

aves vivas (1).

o abatedouro de aves (5), a terceirização do transporte para aves

abatidas (5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para

comercialização de aves abatidas (4) mereceram destaque, enquanto o meio de

transporte próprio para aves abatidas (1) e depósito(s) para estocagem e/ou

distribuição de aves abatidas(3) não foram considerados muito importantes.

Principais conclusões sobre a empresa B

A empresa B, note-se, atribui uma nítida importância à terceirização do

transporte para milho e/ou soja e aves abatidas. Possui preferência pelo

transporte de aves vivas a cargo do comprador, pela engorda de frangos em

granjas próprias e no sistema de parceria avícola, e pela distribuição de aves

abatidas através de unidades varejistas com maior esforço de marketing.

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Empresa Ç: Laroche Agropecuária, detentora da marca de frangos Avicil,

com abatedouro localizado no município de Paulista, PE, arredores da cidade

do Recife. O início das operações de abate ocorreu em 1995.

Atividades verticalizadas: 4

plantio de milho - NÃO

plantio de soja - NÃO

unidade de fabricação de ração - SIM

criação de matrizes - NÃO

incubatório - NÃO

granjas de engorda - SIM

abatedouro industrial - SIM

unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - SIM

Modalidade(s) de criação de frangos:

engorda em granjas próprias - SIM

engorda em granjas arrendadas - SIM

parceria avícola - NÃO

A empresa C possui quatro atividades verticalizadas, a saber: preparo

de ração para frangos de corte, engorda de frangos, abate industrial de aves e

unidades de varejo para frangos vivos e abatidos.

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156

A empresa C atribuiu valores mais altos à terceirização do transporte

para milho e/ou soja (5), ao preparo de ração (5), e à terceirização do

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (5).

A incubação de pintos (5) mostrou-se importante para a empresa.

A empresa C trabalha com granjas de engorda próprias (5) e granjas

arrendadas (4), preferindo vender as aves vivas com meio de transporte próprio

(4). Ela atribui bastante importância no que se refere a depósito(s) para

estocagem e/ou distribuição de aves vivas (5) e uma pontuação favorável para

rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de aves vivas

(4).

o abatedouro de aves (4), o meio de transporte próprio para aves

abatidas (4), e a rede de lojas com a logomarca da empresa para

comercialização de aves abatidas (4) mereceram destaque, enquanto o( s)

depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas (3) obteve

importância mediana.

Principais conclusões sobre a empresa C

A empresa C, note-se, possui uma nítida preferência pelo mero de

transporte próprio para aves vivas e abatidas, pela engorda de frangos em

granjas próprias e em granjas arrendadas, e pela distribuição de aves vivas e

abatidas através de unidades varejistas com maior esforço de marketing.

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157

Empresa D: Avie Alimentos Selecionados S/A , detentora da marca de

frangos Mafisa, com abatedouro localizado no município de Belo Jardim, PE,

distante cerca de 180km de Recife. O início das operações de abate ocorreu

em 1994 e o término das mesmas em 1995. A empresa manifestou desejo de

retomar ao mercado no prazo de um ano.

Atividades verticalizadas: 6

plantio de milho - NÃO

plantio de soja - NÃO

unidade de fabricação de ração - SIM

criação de matrizes - SIM

incubatório - SIM

granjas de engorda - SIM

abatedouro industrial- SIM

unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - SIM

Modalidade(s) de criação de frangos:

engorda em granjas próprias - NÃO

engorda em granjas arrendadas - NÃO

parceria avícola - SIM

A empresa D possuía seis atividades verticalizadas na época do

encerramento de suas atividades, a saber: preparo de ração para frangos de

corte, criação de matrizes, incubação de pintos, engorda de frangos,abate

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158

industrial de aves e unidades de varejo para frangos vivos e abatidos - lojas

franqueadas.

A empresa D atribuía valores mais altos ao meio de transporte próprio

para milho e/ou soja (4), ao preparo de ração (5), e à terceirização do

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (5).

A criação de matrizes (5) e a incubação de pintos (5) mereceram

destaque. A empresa no entanto atribuía valor baixo à venda de ovos férteis (2)

e à venda de pintos de um dia (2).

A empresa D trabalhava somente com granjas de engorda em sistema de

parceria avícola (5), preferindo vender as aves vivas com transporte

terceirizado (5). Ela atribuía uma importância mediana no que se refere a

depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (3), e uma

pontuação mais alta para rede de lojas com a logomarca da empresa para

comercialização de aves vivas (5).

O abatedouro de aves (5), a terceirização do transporte para aves

abatidas (5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para

comercialização de aves abatidas (5) mereceram destaque, enquanto o meio de

transporte próprio para aves abatidas (4) e depósito(s) para estocagem e/ou

distribuição de aves abatidas( 4) também foram considerados muito

importantes.

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Principais conclusões sobre a empresa D

A empresa D, note-se, possuía uma nítida preferência pela terceirização

do transporte em todos os níveis, menos no transporte de milho e/ou soja.

Também nutria preferências pela engorda de frangos em granjas no sistema de

parceria avícola e pela distribuição de aves vivas e abatidas através de

unidades varejistas com maior esforço de marketing.

2) Grupo não-abatedouro

Um total de quatro empresas produtoras que estão em fase de

construção ou possuem projeto de construção de abatedouro industrial também

estiveram presentes nos questionários respondidos. A esse grupo

convencionou-se chamar grupo não-abatedouro. Esse grupo consistia das

seguintes empresas produtoras, com os seguintes níveis de verticalização das

atividades:

Empresa E: Belasa, com abatedouro em construção no município de Belo

Jardim, PE, distante cerca de 180km de Recife. O início das operações de

abate está previsto para ocorrer em treze meses.

Atividades verticalizadas: 4

plantio de milho - NÃO

plantio de soja - NÃO

unidade de fabricação de ração - SIM

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160

criação de matrizes - SIM

incubatório - SIM

granjas de engorda - SIM

unidades de varejo para frangos vivos e/ou abatidos - NÃO

Modalidadets) de criação de frangos:

engorda em granjas próprias - SIM

engorda em granjas arrendadas - SIM

parceria avícola - SIM

A empresa E possui quatro atividades verticalizadas, a saber: preparo

de ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação de pintos e

engorda de frangos.

A empresa E atribui valores mais altos à terceirização do transporte

para milho e/ou soja (4), ao preparo de ração (5), e à terceirização do

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas (3).

A criação de matrizes (5), a venda de ovos férteis (5), a incubação de

pintos (5) e a venda de pintos de um dia (5) demonstram a importância desse

segmento para a empresa.

A empresa E trabalha com todas as três modalidades de granjas de

engorda, atribuindo maior importância ao sistema de parceria avícola (4),

preferindo vender as aves vívas com transporte terceirizado (5) ou a cargo do

comprador (5). Ela atribui pouca importância no que se refere a depósito(s)

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161

para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (1) e uma pontuação pouco

favorável para rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização

de aves vivas (2).

O abatedouro de aves (5), o mero de transporte próprio para aves

abatidas (3) e depósito( s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas( 4)

mereceram destaque, enquanto a terceirização do transporte para aves abatidas

(2) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de

aves abatidas (3) tiveram menor importância.

Principais conclusões sobre a empresa E

A empresa E, note-se, possui uma nítida preferência pela terceirização

do transporte em todos os níveis, menos no transporte de aves abatidas. Nutre

preferências também pela engorda de frangos em granjas no sistema de

parceria avícola.

Empresa F: Agropecuária Serrote Redondo Ltda., com abatedouro em

construção no município de Afogados da Ingazeira, PE, distante cerca de

400Km de Recife. O início das operações de abate está previsto para ocorrer

no prazo de um ano.

Atividades verticalizadas: 5

plantio de milho - NÃO

plantio de soja - NÃO

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162

unidade de fabricação de ração - SIM

criação de matrizes - SIM

incubatório - SIM

granjas de engorda - SIM

unidades de varejo para frangos vivos ou abatidos - SIM

Modalidade(s) de criação de frangos:

engorda em granjas próprias - SIM

engorda em granjas arrendadas - SIM

parceria avícola - SIM

A empresa F possui cinco atividades verticalizadas, a saber: preparo de

ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação de pintos, engorda

de frangos e unidades de varejo para frangos vivos e abatidos.

A empresa F atribui valores mais altos ao meio de transporte próprio

para milho e/ou soja (5) e ao preparo de ração (5). As modalidades de

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas também

merecem destaque: o meio de transporte próprio (5) e a terceirização do

transporte (5).

A criação de matrizes (5), a venda de ovos férteis (5), a incubação de

pintos (5) e a venda de pintos de um dia (5) demonstram a importância desse

segmento para a empresa.

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163

A empresa F trabalha com todas as três modalidades de granjas de

engorda, atribuindo maior importância às granjas de engorda em sistema de

parceria avícola (5) e às granjas de engorda próprias (5), preferindo vender as

aves vivas com meio de transporte próprio (5) ou a cargo do comprador (5).

Ela atribui importância mediana no que se refere a depósito(s) para estocagem

e/ou distribuição de aves vivas (3) e uma pontuação muito favorável para rede

de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de aves vivas (5).

O abatedouro de aves (5), o meio de transporte próprio para aves

abatidas (5), o(s) depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas

(5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de

aves abatidas (5) mereceram destaque. A terceirização do transporte para aves

abatidas (4) também foi considerada importante.

Principais conclusões sobre a empresa F

A empresa F, note-se, possui uma nítida preferência pelo meio de

transporte próprio em todos os níveis, pela engorda de frangos em granjas

próprias e no sistema de parceria avícola. Também nutre preferências pela

distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades varejistas com maior

esforço de marketing.

Empresa G: Pavane Agroindustrial Ltda., com projeto para abatedouro a ser

localizado possivelmente no município de Vitória de Santo Antão, PE,

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164

arredores da cidade do Recife. O início das operações de abate está previsto

para ocorrer em prazo de dois anos.

Atividades verticalizadas: 4

plantio de milho - NÃO

plantio de soja - NÃO

unidade de fabricação de ração - SIM

criação de matrizes - NÃO

incubatório - SIM

granjas de engorda - SIM

unidades de varejo para frangos vivos ou abatidos - SIM

Modalidade(s) de criação defrangos:

engorda em granjas próprias - SIM

engorda em granjas arrendadas - SIM

parceria avícola - SIM

A empresa G possui quatro atividades verticalizadas, a saber: preparo

de ração para frangos de corte, incubação de pintos, engorda de frangos e

unidades de varejo para frangos vivos.

A empresa G atribui valores mais altos ao preparo de ração (5) e a

terceirização do transporte para componentes ou ração pronta destinada às

granjas (5).

Page 172: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

165

A criação de matrizes (4), a venda de ovos férteis (4), a incubação de

pintos (4) e a venda de pintos de um dia (4) demonstram a importância desse

segmento para a empresa.

A empresa G trabalha com todas as três modalidades de granjas de

engorda, atribuindo maior importância ao sistema de parceria avícola (5),

preferindo vender as aves vivas com transporte a cargo do comprador (4). Ela

atribui pouca importância no que se refere a depósito(s) para estocagem e/ou

distribuição de aves vivas (1) e uma pontuação muito favorável para rede de

lojas com a logomarca da empresa para comercialização de aves vivas (5).

O abatedouro de aves (5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa

para comercialização de aves abatidas (5) merecem destaque. O(s) depósito(s)

para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas (3) recebem um grau de

importância mediano. As modalidades de transporte para aves abatidas

recebem pontuações baixas: O meio de transporte próprio (1) e a terceirização

do transporte (1).

Principais conclusões sobre a empresa G

A empresa G, note-se, possui preferência pela terceirização do

transporte para componentes ou ração pronta destinada às granjas e pelo

transporte de aves vivas a cargo do comprador. Atribui maior importância à

engorda de frangos em granjas no sistema de parceria avícola e pela \/,

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166

distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades varejistas com maior

esforço de marketing.

Empresa H: Avícola Brilhante Ltda., com projeto para abatedouro sem

localização definida. O início das operações de abate está previsto para ocorrer

em prazo de dois anos.

Atividades verticallzadas: 6

plantio de milho - SIM

plantio de soja - NÃO

unidade de fabricação de ração - SIM

criação de matrizes - SIM

incubatório - SIM

granjas de engorda - SIM

unidades de varejo para frangos vivos ou abatidos - SIM

Modalidade(s) de criação de frangos:

engorda em granjas próprias - SIM

engorda em granjas arrendadas - SIM

parceria avícola - SIM

A empresa H possui seis atividades verticalizadas, a saber: plantio de

milho, preparo de ração para frangos de corte, criação de matrizes, incubação

de pintos, engorda de frangos e unidades de varejo para frangos vivos.

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167

A empresa H atribui valores altos às modalidades de transporte para

matérias primas: o meio de transporte próprio para milho e/ou soja (4) e a

terceirização do transporte para milho e/ou soja (4). O preparo de ração (5) e

as modalidades de transporte para componentes ou ração pronta destinada às

granjas: o meio de transporte próprio (4) e a terceirização do transporte (4),

também foram valorizados.

A criação de matrizes (4), a venda de ovos férteis (4), a incubação de

pintos (4) e a venda de pintos de um dia (4) demonstra a importância desse

segmento para a empresa.

A empresa H trabalha com todas as três modalidades de granjas de

engorda, atribuindo maior importância às granjas de engorda em sistema de

parceria avícola (4) e às granjas arrendadas (4), preferindo vender as aves

vivas com meio de transporte próprio (4). Ela atribui bastante importância no

que se refere a depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas (4) e

uma pontuação muito favorável para rede de lojas com a logomarca da

empresa para comercialização de aves vivas (5).

O abatedouro de aves (4), o meio de transporte próprio para aves

abatidas (4), o(s) depósito(s) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas

(5) e a rede de lojas com a logomarca da empresa para comercialização de

aves abatidas (5) mereceram destaque. A terceirização do transporte para aves

abatidas (3) obteve importância mediana.

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168

Principais conclusões sobre a empresa H

A empresa H, note-se, possui uma nítida preferência pelo meto de

transporte próprio para aves vivas e abatidas, e pela engorda de frangos no

sistema de parceria avícola e em granjas arrendadas. A empresa também nutre

preferências pela distribuição de aves vivas e abatidas através de unidades

varejistas com maior esforço de marketing.

\ '

3.2.4. Análise Horizontal

1)Milho

A quantidade de milho requerida por uma empresa produtora é muito

grande. Para se ter uma idéia um produtor que possua uma capacidade alojada

de 1.000.000 de aves, com faixa de peso de venda em tomo de 2,5Kg por

frango, realizando uma conversão alimentar média de 2,0, irá consumir em

tomo de 5.000 toneladas de ração para alimentar este planteI. Considerando

uma média de 70% de milho na composição da ração, ter-se-á 3.500 toneladas

de milho gastas na elaboração da ração.

No período de um ano tem-se uma média de cmco criadas, o que

implica em um consumo de 17.500 toneladas de milho anuais. Para realizar tal

produção um produtor deveria semear 5.000 hectares, considerando-se uma

produção média de 3.500 toneladas por hectare/ano.

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169

A falta de sinergia nas operações de plantio de milho e produção de

frangos, no estado de Pernambuco, aliados ao enorme comprometimento

fmanceiro para realizar a produção do cereal praticamente inviabilizam a

integração vertical destas atividades para os produtores pernambucanos.

Entre as empresas pesquisadas somente uma dedica-se ao plantio de

milho. A possibilidade de produção de grãos em regiões irrigadas do semi-

árido nordestino próximas ao rio São Francisco é uma realidade. Todavia o

agricultor nestas áreas confronta-se com a opção entre o plantio de culturas

tradicionais ou a formação de pomares. Esta última atividade, a fruticultura

irrigada, tem-se mostrado mais procurada nos últimos tempos, em função de

sua maior rentabilidade.

Os sistemas de irrigação possuem um custo bastante elevado o que

dificulta a obtenção de viabilidade econômica. Certos equipamentos no

entanto apresentam-se com dificuldades para a irrigação de fruteiras, em

decorrência da configuração fisica do pomar ou do porte elevado atingido

pelas plantas. Um destes equipamentos é o pivô central, um conjunto

composto por um eixo fixo no meio da área a ser irrigada e uma série de torres

modulares desmontáveis que permitem flexibilização da área molhada. Usado i,.

para extensas áreas, possue um inconveniente que é a altura máxima das torres

entre 2,5 e 3,0 metros, apresentando-se entretanto perfeitamente adaptado para

culturas como o milho.

Page 177: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

170

2) Soja

A soja, a despeito de suas enormes possibilidades para o Brasil, não

oferece muitas condições agronômicas para o estado de Pernambuco em

particular. Talvez por este motivo, fora o aspecto da falta de sinergia também

encontrado no milho, não se obteve entre as empresas pesquisadas nenhuma

que se dedicasse ao plantio desta leguminosa.

Por se tratar de uma cultura em grande expansão territorial no Brasill,

sena interessante observar as novas áreas de cultivo e verificar qual(is)

modalidade(s) de distribuição poderiam ser utilizadas a um menor custo. A

atuação governamental pode ser decisiva neste aspecto.

3) Ração

o item preparo de ração para frangos de corte apresentou númer6

máximo de respostas, com todos os oito pesquisados respondendo. Também

mostrou maior nível de concordância , com todos pesquisados atribuindo a

mesma nota. Este item obteve ainda maior nota individual, todos designaram

(5), e o maior somatório, 40 pontos.

A importância da fabricação de ração, em diferentes níveis de

agregação de componentes e matérias primas, reflete-se no fato dela ser o

componente principal dos custos de produção de frangos de corte.

Outro tópico que despertou atenção na análise foi o transporte de ração

pronta das unidades de processamento até as granjas. Enquanto o item meio de';/"

, ,.

Page 178: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

I171

transporte próprio para componentes ou ração pronta destinada às granjas

obteve um somatório de 20 pontos, o item terceirização do transporte para

componentes ou ração pronta destinada às granjas obteve 34 pontos, em oito

respostas, configurando-se no quarto item em importância.

Há de se considerar que o peso de ração transportado corresponde em

termos médios ao dobro do peso de transporte dos frangos vivos. A expansão

de contratos de parcena avícola e/ou arrendamentos aumenta

consideravelmente o volume de cargas das empresas produtoras, e até mesmo

o volume global de frete de ração. É muito comum as granjas autônomas, de

criadores individuais, trabalharem com capacidade ociosa.

A importância dada à terceirização do transporte de ração pelas

empresas produtoras pressupõe também uma presença pouco intensa de silos

receptores nas granjas de engorda. Este fato, em função da elevada relação

custo-beneficio deste equipamento, pode refletir possíveis ineficiências

interativas entre as fábricas de ração e as granjas de engorda na cadeia

verticalizada de produção. É um tema a ser analisado mais profundamente.

4) Matrizes

Das oito empresas produtoras, cinco se apresentaram realizando criação

de matrizes. O item criação de matrizes apresentou-se com sete respostas,

tendo sido atribuídas três notas (5), três notas (4)e uma nota (2)., "

r.,. I

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172

No que se refere ao item venda de ovos férteis encontrou-se uma

discrepância entre o grupo abatedouro, com três notas (2), e o grupo não-

abatedouro com duas notas (5) e duas notas (4).~'I~r~JI \. \I ,

I

5) Incubatórioi~..

Das oito empresas produtoras apenas uma não realiza incubação de ',,\~ .. ~

pintos. O item incubação de pintos apresentou-se com cinco notas (5) e\ três;, I, \ ' (,

notas (4), somando 37 pontos, em oito respostas, configurando-se no segundo L ,). I "\1

maior item em grau de importância. II\ 1

No que se refere ao item venda de pintos de um dia encontro h-se tl 1(',\

também uma discrepância entre o grupo abatedouro, com uma nota (4) e duas!, \ )

notas (2), e o grupo não-abatedouro com duas notas (5) e duas notas (\4)1,~{

respostas idênticas em número e origem às que este grupo deu no item venda

de ovos férteis.

Todas as oito empresas produtoras possuem granjas verticalizadas. O

6) Granjas de engorda

Ii \

grupo abatedouro tem duas empresas produtoras que atuam somente na \~~,

modalidade de criação parceria avícola, e as outras duas empresas atuantes " J<::

nas modalidades: 1) granja própria e parceria avícola; e 2) granja própria e

granja arrendada.

. .

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173

o grupo não-abatedouro tem suas quatro empresas operando, sem

exceções, nas três modalidades de criação de frangos.

A modalidade de criação de frangos que recebeu maior importância, o

item engorda de frango (5) de corte em granjats) integrada(s) ou parceria(s)

avícola(s), apareceu com quatro notas (5) e três notas (4), somando 32 pontos,I

(

em sete respostas, configurando-se no quinto maior item em grau de

importância.

o item engorda de frango (5) de corte em granjats) prápriats) com duas

notas (5), duas notas (4), uma nota (3), duas notas (2) e uma nota (1), somando

26 pontos, em oito respostas, configurou-se na segunda modalidade de criação

de frangos em importância.

o item engorda de frango(s) de corte em granjats) arrendadats) com

três notas (4), quatro notas (2) e uma nota (1), somando 21 pontos, em oito

respostas, configurou-se na terceira modalidade de criação de frangos em

importância.

o item compra de frangos de corte em granjas de terceiros não

despertou muita importância entre os pesquisados. O grupo abatedouro obteve

uma nota (4), uma nota (3), uma nota (2) e uma nota (1). O grupo não-

abatedouro obteve exatamente os mesmos resultados do outro grupo. A soma

total correspondeu a 20 pontos, em oito respostas.

No que diz respeito à importância atribuída às modalidades de

transporte de frangos vivos, a preferência recaiu sobre o item venda de aves

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174

vivas na granja com transporte a cargo do comprador, com um total de 27

pontos em sete respostas.

o segundo lugar na preferência foi o item terceirização do transporte

para aves vivas da granja ao comprador, com um total de 25 pontos em sete

respostas.

A terceira modalidade escolhida, o item meio de transporte próprio

para aves vivas da granja ao comprador, obteve 24 pontos em oito respostas.

7) Unidades de varejo para aves vivas

o item depôsitots) para estocagem e/ou distribuição de aves vivas

obteve 21 pontos em oito respostas, com bastante variação entre as respostas.

Existe uma correlação entre este tópico e o item compra de frangos de corte

em granjas de terceiros, haja visto que os depósitos são geralmente utilizados

pelas empresas cuja quantidade de aves vendidas excede a quantidade

produzida.

o item rede de lojas com a logomarca da empresa para

comercialização de aves vivas, com quatro notas (5), duas notas (4), uma nota

"'.1(2) e uma nota (1), somando 31 pontos em oito respostas, configurou-se no

sexto item em importância atribuída.

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8) Abatedouro

o item abatedouro de aves obteve no grupo abatedouro duas notas (5)

e duas notas (4). No grupo não-abatedouro os resultados indicaram três notasI' r')

(5) e uma nota (4). A soma total foi de 37 pontos em oito respostas, tendo este;

item dividido o segundo lugar em importância, junto com o item incubação de

pintos.j

"I! j

No que diz respeito a importância atribuída às modalidades de

transporte de frangos abatidos, todas duas somaram exatamente o mesmo

número de pontos, 24, mas o número de respostas variou. No item meio de

transporte próprio para aves abatidas foram obtidas oito respostas, enquanto

no item terceirização do transporte para aves abatidas houve sete respostas, o

que revelaria maior importância para este item.

o mais interessante no que se refere às modalidades de transporte foi a

inversão de pontuações entre os dois grupos em relação às duas modalidades.

Enquanto os participantes do grupo abatedouro preferiram estabelecer maiores

pontuações individuais ao item terceirização do transporte para aves abatidas

do que ao item meio de transporte próprio para aves abatidas , os participantes

do grupo não-abatedouro reduziram ou igualaram suas pontuações individuais

ao abordarem o item terceirização do transporte para aves abatidas.

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176

9) Unidades de varejo para aves abatidas

O item depôsitots) para estocagem e/ou distribuição de aves abatidas

obteve no grupo abatedouro uma nota (4) e três notas (3), enquanto no grupo

não-abatedouro os resultados indicaram duas notas (5), uma nota (4) e uma

nota (3). A soma total foi de 30 pontos em oito respostas, tendo este item

ocupado o sétimo lugar em importância atribuída.

O item rede de lojas com a logomarca da empresa para

comercialização de aves abatidas, com quatro notas (5), três notas (4) e uma

nota (3), somando 35 pontos em oito respostas, configurou-se no terceiro item

em importância atribuída.

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177

3.2.5. Síntese de Informações

Parte I

1 - Atividades em que a empresa atua:

Grupo: Abatedouro Não-AbatedouroA B C D E F G H

Plantio de milho SimPlantio de sojaPreparo de ração para frangos de corte Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim SimCriação de matrizes Sim Sim Sim Sim SimIncubação de pintos Sim Sim Sim Sim Sim Sim SimEngorda de frangos Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim SimAbate industrial de frangos de corte Sim Sim Sim SimVenda a varejo de frangos vivos e/ou abatidos Sim Sim Sim Sim Sim

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2 - Importância que a empresa dá a cada uma das atividades listadas:

A B C O E F G H L Ordem• Preparo de ração para frangos de corte 5 5 5 5 5 5 5 5 40 1• Incubação de pintos 5 4 5 5 5 5 4 4 37 2• Abatedouro de aves 4 5 4 5 5 5 5 4 37 2• Rede de lojas com a logomarca da empresa 4 4 4 5 3 5 5 5 35 3

para comercialização de aves abatidas• Terceirização do transporte para componentes 4 3 5 5 3 5 5 4 34 4

ou ração pronta destinada às granjas• Engorda de frangos de corte em granja(s) 5 4 5 4 5 5 4 32 5

integrada( s)• Rede de lojas com a logomarca da empresa 4 4 5 2 5 5 5 31 6

para comercialização de aves vivas• Depósito(s) para estocagem e/ou distribuição 3 3 3 4 4 5 3 5 30 7

de aves abatidas• Terceirização do transporte para milho e/ou 4 4 5 3 4 4 4 29 8

soja• Criação de matrizes 2 4 5 5 5 4 4 29 8• Venda de aves vivas na granja com transporte 5 4 3 5 5 4 I 27 9

a cargo do comprador• Venda de pintos de um dia 2 4 2 5 5 4 4 26 10• Engorda de frangos de corte em granja(s) 2 4 5 2 5 4 3 26 10

própria(s)• Terceirização do transporte para aves vivas da 4 3 5 5 4 3 25 11

granja ao comprador• Venda de ovos férteis 2 2 2 5 5 4 4 24 12• Meio de transporte próprio para aves vivas da 2 3 4 2 2 5 2 4 24 12

granja ao comprador• Meio de transporte próprio para aves abatidas 2 1 4 4 3 5 I 4 24 12• Terceirização do transporte para aves abatidas 4 5 5 2 4 1 3 24 12• Engorda de frangos de corte em granja(s) 2 4 2 2 4 2 4 21 13

arrendada(s)• Depósito(s) para estocagem e/ou distribuição 3 5 3 3 4 21 13

de aves vivas• Meio de transporte próprio para componentes 2 3 2 2 5 2 4 20 14

ou ração pronta destinada às granjas• Compra de frangos de corte em granjas de 3 4 2 4 2 3 20 14

terceiros• Meio de transporte próprio para milho e/ou 2 2 4 5 4 19 15

soja• Plantio de milho 5 2 2 3 4 18 16• Plantio de soja 5 2 2 I 3 I 2 16 17• Venda de componente ou ração pronta para 2 2 2 5 2 15 18

terceiros

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179

Parte 11

1 - Mercado para frangos de corte vivos

Modalidade de VendaVenda de aves vivas

Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro(Em %) A B C O E F G H

43 34 60 O 100 100 100 100

Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro(Em %) A B C D E F G H

100 100 100 100 100 100 100

Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro(Em %) A B C O E F G H

50 5 310 62010

RegiãoNordeste

EstadosAlagoasBahiaCearáMaranhãoParaíbaPernambucoPiauíRio Grande do NorteSergipe

20100 80 100

25 10 5 2020 30 80 71

105 10 10

Modalidades de DistribuiçãoVenda a atacadista(s). (Clientessemanal acima de 1500 aves)Venda a varejista(s). (Clientes de compra 10semanal até 1500 aves)Venda através de ponto(s) de comercializaçãopróprio(s). (Avícolas, açougues, varejões)

Grupo: Abatedouro(Em %) A B C D

de compra 90 100

Não-AbatedouroE F G H

100 70 70 18

70 20 20 16

30 10 10 66

2 - Mercado para frangos de corte abatidos

Modalidade de VendaVenda de aves abatidas

Grupo: Abatedouro(Em %) A B C D

57 66 40 100

2.1 - Mercado interno para frangos de corte abatidos

Destinação das Aves AbatidasMercado interno

Grupo: Abatedouro(Em %) A B C D

100 100 100 70

RegiãoNordeste

Grupo: Abatedouro(Em %) A B C D

100 100 100 100

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Grupo: AbatedouroEstados (Em %) A B C DAlagoas 15 10 20Bahia 5Ceará 10MaranhãoParaíba 5 5 10Pernambuco 80 70 100 50PiauíRio Grande do Norte 10Sergipe 10

Grupo: AbatedouroModalidades de Distribuição (Em %) A B C DAtacadistas . 15 5 5Distribuidores 30 5Vendas diretas para supermercados 55 95 70 80Vendas diretas para mercearias 30 10

Grupo: AbatedouroTipos de Frangos (Em %) A B C DResfriados 90 35 90 70Congelados 10 65 10 30

Grupo: AbatedouroTipos de Frangos (Em %) A B C DInteiros 50 40 50 25Partes 50 60 50 75

Grupo: AbatedouroA B C DI" 1~ 1º 2"

Classificação de Embalagens pelo UsoCaixa plásticaCaixa de papelãoSaco de ráfia

2.2 - Mercado externo para frangos de corte abatidos

Destinação das Aves AbatidasMercado externo

Grupo: Abatedouro(Em %) A B C D

O O O 30

PaísJapão

Grupo: Abatedouro(Em %) A B C D

100

Modalidades de DistribuiçãoEmpresa importadora

Grupo: Abatedouro(Em %) A B C D

100

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Grupo: AbatedouroTipos de Frangos (Em %) A B C DCongelados 100

Grupo: AbatedouroTipos de Frangos (Em %) A B C DPartes 100

Grupo: AbatedouroClassificação de embalagens pelo uso A B C DCaixa de papelão Iº

Parte 111

1 - Importância das motivações listadas para que a empresa montasse (monte) umabatedouro:

Grupo: Abatedouro Não-Abatedouro

A B C D E F G H L Ordem• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em 5 3 5 5 5 5 4 5 37 1

partes• Ter acesso ao mercado de aves abatidas 4 4 5 5 5 5 5 4 37 1

resfriadas• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em 5 5 5 5 5 4 5 34 2

cortes especializados• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros 5 4 5 5 5 3 4 31 3

para aves resfriadas onde normalmente nãohaveria vantagens de penetração no mercado deaves abatidas congeladas

• Diminuir risco(s) 3 4 4 4 5 5 5 30 4• Ter acesso a cliente(s) importante(s) 4 3 5 4 5 5 4 30 4

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas 4 5 5 5 5 3 29 5inteiras

• Distribuir aves abatidas para supermercados de 5 4 3 4 5 5 3 29 5porte médio

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros 5 3 2 5 5 4 4 28 6para aves abatidas em partes ondenormalmente não haveria vantagens depenetração no mercado de aves abatidasinteiras

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros 5 4 2 5 3 4 5 28 6para aves abatidas em cortes especializadosonde normalmente não haveria vantagens depenetração no mercado de aves abatidas empartes

• Distribuir aves abatidas para grandes cadeias 3 5 5 4 5 5 I 28 6de supermercados

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• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros 4 3 5 5 4 23 7para aves abatidas inteiras onde normalmentenão haveriavantagens de penetração no mercado de avesvrvas

• Distribuir aves abatidas para pequenos 3 2 3 5 5 4 - 22 8varejistas

• Ter acesso a mercados geográficos de outros 5 5 5 3 21 9países para aves abatidas em cortesespecializados

• Reduzir perda(s) 3 4 4 4 5 20 10

• Antecipar diminuição do mercado de aves 2 3 4 5 5 20 10vivas devido a um possível acirramento defiscalização sanitária nos pontos de venda querealizam o abate de aves vivasTer acesso a mercados geográficos de outros 5 3 5

.., 19 11• .)

países para aves abatidas em partes• Ter acesso a mercados geográficos de outros 5 3 5 17 12

países para aves abatidas inteiras• Bloquear concorrentes 3 I 3 4 3 16 13• Ter acesso ao mercado de aves abatidas 2 4 4 13 14

congeladas

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183

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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184

Neste capítulo final aborda-se as perspectivas para as empresas

produtoras, e a possibilidade delas operarem em diversos níveis de

verticalização. A localização das empresas produtoras de frangos em regiões

produtoras de grãos ou regiões não-produtoras de grãos, mostra-se

fundamental para a estratégia mercadológica a ser adotada pelas empresas.

4.1. Definições Operacionais

o termo áreas sofisticadas (de consumo de frangos), representa as

diversas localidades que, por quaisquer dos motivos verificados ao longo deste

trabalho, consomem maior quantidade de frangos resfriados do que frangos

abatidos na hora.

o termo áreas não-sofisticadas (de consumo de frangos), representa as

diversas localidades que consomem maior quantidade de frangos abatidos na

hora do que frangos resfriados.

4.2. Perspectivas para a Avicultura de Corte no Brasil

A avicultura de corte, a curto prazo, tende a acentuar ainda mais a

especialização das linhagens genéticas, com posicionamento de duas linhas

chaves de produção de frangos:

,. I

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185

a) as linhagens de maior velocidade de crescimento, que refletem um

maior rendimento de carcaça, direcionadas para a futura comercialização de

frangos inteiros;

b) as linhagens de maior produção de partes, que possuem um maior

rendimento de partes nobres como peito e coxa, destinadas à futura

comercialização de frangos em partes;

o frango de corte nesse século se caracterizou por ser o animal

doméstico de maior evolução de índices zootécnicos, pelos seguintes motivos:

a) Redução na idade de abate do frango, de mais de 100 dias em

1930 para previstos 40 dias em 2001;

b) Aumento no peso do frango no abate, de 1,5Kg em 1930 para

previstos 2,30Kg em 2001;

c) Redução da conversão alimentar do frango, de 3,50 Kg de

ração/Kg de ave em 1930 para previstos 1,78 Kg de ração/Kg de

ave em 2001.

A redução da conversão alimentar é especialmente importante para os

produtores de frangos de regiões não-produtoras de grãos. O menor volume de

ração consumido por unidade de frango implica na menor participação do item

transporte de grãos nos custos unitários de produção de frangos. Somente o

.- -

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186

item ração corresponde, em média, a 70% dos custos de produção de frangos

de corte.

Todavia continua mais econômico realizar as atividades de engorda e

abate de frangos em regiões produtoras de grãos. O custo de transporte por

tonelada dos grãos corresponde em média a US$ 50, quando o valor médio do

produto é de US$ 230 por tonelada. O custo de transporte por tonelada dos

frangos congelados, em caminhões frigoríficos, corresponde em média a US$

100, em relação a um valor médio do produto de US$ 1,500 por tonelada.

O Brasil é muito prejudicado nas suas importações de milho pelos altos

custos de operações portuárias. O sorgo granífero, de produção adaptada à

regiões semi-áridas, é uma das possíveis opções de substituição, parcial ou

total, ao milho no Nordeste do Brasil.

Atualmente verifica-se a expansão do cultivo da soja para o Brasil

Setentrional, induzindo a formação de novos pólos avícolas, como o de

Mimoso, no Oeste da Bahia. Os custos de produção da soja brasileira são

próximos aos custos americanos, e segundo a opinião de alguns produtores e

técnicos do setor, a tendência a curto e médio prazos, é de a soja tomar-se

talvez o único cereal brasileiro em condições de competir no mercado externo.

Nas regiões não-produtoras de grãos, em função do acréscimo de custos

referentes ao transporte de grãos, o custo de produção de frangos toma-se

inevitavelmente maior. O produtor nessas localidades, via de regra, não

conseguirá enfrentar a concorrência dos frangos advindos das regiões

Page 194: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

187

produtoras de grãos. Os frangos abatidos oriundos dessas últimas regiões,

entretanto, penetram basicamente na modalidade congelados, em função da

sua menor perecibilidade.

A produção local de frangos, em regiões não produtoras de grãos,

possui boa penetração de mercado para os frangos abatidos na modalidade

resfriados, cujo prazo máximo de perecibilidade é de 10 dias. Esse prazo

dificulta a penetração de frangos resfriados oriundos de longínquas regiões

produtoras de grãos.

A cadeia de distribuição de frangos vivos, da granja de engorda até as

unidades varejistas, acarreta em um processamento de frangos vivos em

abatidos na hora. Os varejistas dessa cadeia desempenham assim uma

atividade particular: o abate artesanal das aves. Tal performance pode

acarretar em risco de acirramento de fiscalização sanitária nos pontos de

varejo e/ou aumento de custos operacionais de mão-de-obra.

O Comportamento do Consumidor no mercado de frango abatido na

hora não possui registro de estudos acadêmicos ou de pesquisas de mercado

por parte de produtores, atacadistas e varejistas de frangos vivos,

individualmente ou em associações. A realização de pesquisas de mercado que

confrontem a preferência de consumo do frango abatido na hora versus o

frango resfriado, com base nos níveis de preços ao consumidor para os dois

produtos, é fundamental para as três classes - produtores, atacadistas e

varejistas - da cadeia de distribuição de frangos vivos.

Page 195: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

188

No que se refere aos varejistas da cadeia de distribuição de frangos

vivos, o conhecimento das preferências dos consumidores para cada tipo de

produto - frango abatido na hora e frango resfriado - em função dos

respectivos níveis de preços, permitiria ao lojista calcular as margens líquidas

para os dois tipos de produto e adaptar a participação de cada um no composto

de produtos vendidos.

No que diz respeito aos atacadistas de frangos vivos, as pesquisas de

mercado acima descritas podem lhes orientar sobre a tendência de

crescimento, estagnação ou declínio do mercado de frangos vivos. Em certas

regiões os atacadistas respondem por cerca de 80% do comércio de aves vivas.

No que tange aos produtores de frangos, as pesquisas de mercado

acima referidas, permitiriam identificar o tamanho do mercado de frangos

vivos e do mercado de frangos abatidos. Tal diagnóstico é fundamental para a

decisão de operar só no mercado de aves vivas, só no mercado de aves

abatidas ou em ambos os mercados simultaneamente. Conseqüentemente um

dos principais fatores de decisão para a instalação, nível de operação e uso de

capacidade instalada de abatedouros seria a análise comparativa entre os

mercados consumidores de frangos abatidos na hora e de frangos resfriados.

Os fatores que influem na delimitação de mercados para os abatedouros

são:

1) os custos de produção local de frangos vivos;

Page 196: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

2) o porte econômico e o nível de verticalização da empresa. O

maior risco de inadequação de capacidade instalada entre as

diversas atividades pode ser diminuído com a operação do

abatedouro;

3) os mercados atuais e potenciais para: frangos congelados,

frangos resfriados e frangos vivos:

a) viabilidade de penetração nos mercados internos e

externos de frangos congelados inteiros e em partes.

Opção preferencial para abatedouros situados em

regiões produtoras de grãos. Existe porém a

possibilidade de os abatedouros situados em regiões

não-produtoras de grãos, também realizarem

exportações de cortes especiais;

b) viabilidade de penetração no mercado de frangos

resfriados inteiros e em partes. Opção preferencial

para abatedouros de localização relativamente

próxima aos mercados consumidores. Neste caso é

de grande importância a mensuração da parcela

passível de conquista do mercado de frangos inteiros

189

Page 197: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

abatidos na hora. É bastante plausível que o

mercado para frangos resfriados em partes, devido à

variedade de itens e à especialização do

processamento, ocupe espaços antes preenchidos

pelas partes de frangos do tipo abatidos na hora;

4) o abatedouro como uma oportunidade para a empresa não se

restringir ao mercado de commodities. Ele pode processar tipos

de produtos diferenciados, com consolidação de uma marca e

possibilidade de posicionamento superior para os produtos da

empresa;

5) o número de unidades de varejo atual e potencial para a

comercialização de frangos resfriados e congelados, e a sua

participação global na venda de aves. A disponibilidade de

equipamentos apropriados para preservação das aves nessas lojas

é um dos itens relevantes a serem pesquisados. Esses dados são

muito variáveis entre as regiões do Brasil, o que indica a

necessidade de estudos espaciais localizados. De acordo com

pesquisas realizadas junto ao varejo no estado de São Paulo, em

1991, pelos Profs. Juracy Parente e Francisco Rojo, e junto aos

190

\•.... '

'I.

Page 198: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

abatedouros no estado de Pernambuco, em 1995, para a presente

dissertação, tem-se que:

a) no estado de São Paulo: os frangos resfriados são

muito utilizados nas promoções dos supermercados.

Esses produtos atraem clientes para dentro das lojas,

embora ofereçam baixas margens de remuneração

para os supermercadistas. A participação dos frangos

resfriados nessas lojas corresponde a cerca de 90%

das unidades vendidas. Esse percentual foi

semelhante aos dados obtidos dos abatedouros em

Pernambuco;

b) no estado de São Paulo: os frangos congelados

são mais utilizados como estoques de segurança das

unidades de varejo que possuem balcões frigoríficos,

notadamente supermercados. A participação dos

frangos congelados nessas lojas corresponde a cerca

de 10% das unidades vendidas. Esse percentual foi

semelhante aos dados obtidos dos abatedouros em

Pernambuco;

191

Page 199: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

192

c) no estado de São Paulo, encontrou-se wna

participação nas vendas das lojas de 75% para

frangos inteiros e 25% para frangos em partes. No

estado de Pernambuco, encontrou-se uma

participação nas vendas dos abatedouros em tomo de

50% para frangos inteiros e cerca de 50% para

frangos em partes. Tal fato pode ser creditado ao

constante aumento da participação de frangos em

partes em relação a frangos inteiros, ocorrido ao

longo dos últimos anos. Essa tendência de

crescimento das partes de frango deve continuar no

curto e médio prazos.

Mercado externo

As perspectivas de exportações de frangos para o Brasil são positivas,

devido às condições naturais favoráveis à criação no país.

Os entraves internos às exportações podem ser classificados como: de

maior dificuldade de resolução e de menor dificuldade de resolução. No

primeiro tópico pode-se citar os altos custos portuários. No segundo tópico

tem-se a taxação da cadeia de produção dirigida para o mercado externo e a

valorização do câmbio.

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193

No plano externo os principais obstáculos que o Brasil enfrenta são: os

subsídios dados às exportações do setor pelos Estados Unidos e França, e as

barreiras à entrada do produto brasileiro na União Européia e no Nafta.

O limite de volume de exportações subsidiadas pela União Européia,

segundo acordos internacionais, deverá ser reduzido à 290.000 toneladas no

ano 2.000. O valor dos subsídios, neste bloco econômico, deve se estabilizar

em um teto máximo de US$ 390 por tonelada, ainda em 1996. Se no futuro o

mercado livre prevalecer em detrimento do protecionismo, O Brasil, devido às

suas características produtivas econômicas, pode se tornar um grande

exportador de frangos.

A estagnação dos volumes de frangos exportados nos últimos anos

concorreu para uma maior oferta do produto no mercado interno. O aumento

do volume de exportações brasileiras é fundamental para reduzir o excesso de

oferta no mercado interno e, consequentemente, evitar o encerramento

localizado de atividades de empresas produtoras.

4.3. Perspectivas para a Verticalização das Empresas

A verticalização das atividades de produção e distribuição de frangos de

corte em uma empresa produtora, deve levar em consideração, principalmente,

a localização geográfica e o porte da empresa produtora.

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194 .

No que se refere à localização geográfica pode-se definir as empresas

produtoras de frangos, como pertencentes às seguintes regiões:

1) regiões produtoras de grãos; e

2) regiões não-produtoras de grãos.

1) empresas produtoras localizadas em regiões produtoras de grãos

A operação de empresas de processamento de óleos vegetais no Brasil,

especificamente óleo de soja, fez surgir empresas verticalizadas na cadeia de

nutrição de frangos de corte, notadamente nas atividades de fabricação de

ração e de engorda de aves. Tal fato ocorreu devido ao aproveitamento do

farelo de soja, um dos subprodutos da soja, junto com o óleo, na composição

de ração para frangos de corte. A partir daí a própria necessidade de

adequação de escala operacional, orientou as empresas produtoras de frangos

de corte verticalizadas na cadeia de nutrição, à desempenharem também

atividades verticalizadas na cadeia biológica defrangos de corte.

De maneira similar, a existência de empresas produtoras de frangos

verticalizadas na cadeia biológica de frangos de corte, orientou a performance

vertical dessas empresas na cadeia de nutrição de frangos de corte,

notadamente nas atividades: de engorda de aves, de fabricação de ração, e de

produção de farelo e óleo de soja.

",

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195

A verticalização nas cadeias biológica e de nutrição de frangos de

corte, devido ao grande volume de operações, tende a ser tanto mais benéfica

quanto maior a quantidade de aves, ou seja o maior porte da empresa.

A expansão física na cadeia de produção de frangos de corte

enfrentava porém um grande empecilho: a engorda dos frangos. A atividade de

criação de frangos é muito meticulosa, o que dificulta a administração\/

empresarial das granjas de engorda. É uma atividade que se presta mais em j

propriedades familiares. Além disso, o investimento financeiro em instalações

e equipamentos retardaria o ritmo de crescimento. A solução encontrada foi a

importação do modelo americano de integração ou parceria avícola, que

permitiu a enorme expansão física na produção brasileira de frangos verificada

nos últimos anos.

o mercado de frangos vivos, refletido na venda de frangos abatidos na

hora em áreas não-sofisticadas do mercado interno, é dominado por

atacadistas que negociam o produto de maneira informal. As características

peculiares desse mercado de commodities vivas dificultam a atuação de

empresas de grande e médio porte, principalmente, e até mesmo as de pequeno

porte.

A verticalização na cadeia de distribuição de frangos de corte vivos,

devido ao controle efetivo do peso, tende a ser tanto mais problemática quanto

maior a quantidade de aves, ou seja o maior porte da empresa.

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196

A constituição de abatedouros ou frigoríficos pelas empresas produtoras

de frangos, em regiões produtoras de grãos, é uma alternativa plausível devido

a uma grande possibilidade de diversificação dos seus produtos. O menor

custo de produção de frangos nessas regiões, permite maior possibilidade de

penetração de produtos específicos em mercados segmentados

geograficamente, a saber:

a) frangos congelados em regiões longínquas, não-produtoras de

grãos, como a região Nordeste do Brasil e alguns mercados

externos;

b) frangos resfriados em áreas sofisticadas do mercado interno. A

delimitação da área de atendimento do frigorífico é decorrente da

necessidade de manutenção das qualidades organolépticas do

produto resfriado, em função do prazo de perecibilidade do

mesmo.

Do exposto acuna vê-se que as empresas produtoras de frangos,

localizadas nas regiões produtoras de grãos, possuem muitas opções na cadeia

de distribuição de frangos de corte abatidos. A proximidade dessas regiões em

relação aos grandes centros consumidores no Sudeste e Sul do Brasil,

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197 .

contribuiu para o aumento contínuo na escala de produção e distribuição das

empresas produtoras.

A verticalização na cadeia de distribuição de frangos de corte abatidos,

devido ao grande volume de operações, tende a ser tanto mais benéfica quanto

maior a quantidade de aves, ou seja o maior porte da empresa.

2) empresas produtoras localizadas em regiões não-produtoras de grãos

A redução do mercado de criadores-produtores autônomos, fez com que

as empresas processadoras de ração ampliassem o nível de verticalização, na

cadeia de nutrição de frangos de corte, através da atividade de engorda de

aves. Tal fato se justificou devido ao aproveitamento da capacidade produtiva

das fábricas de ração. A partir daí a própria necessidade de adequação de

escala operacional, orientou as empresas produtoras de frangos de corte

verticalizadas na cadeia de nutrição, à desempenharem também atividades

verticalizadas na cadeia biológica de frangos de corte.

De maneira similar, a existência de empresas produtoras de frangos

verticalizadas na cadeia biológica de frangos de corte, orientou a performance

vertical dessas empresas na cadeia de nutrição de frangos de corte,

notadamente na atividade de engorda de aves. A dependência de milho e de

farelo de soja, de outras regiões produtoras de grãos, é um fator limitante das

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198 .

empresas que operam na cadeia de nutrição de frangos de corte, em regiões

não-produtoras de grãos.

A verticalização na cadeia biológica de frangos de corte, com base em

respostas de empresas produtoras de regiões não-produtoras de grãos, é

importante para qualquer nível de verticalização da empresa. No que se refere

à criação de matrizes especificamente, algumas empresas produtoras preferem

trazer ovos férteis de outras regiões.

A verticalização na cadeia de nutrição de frangos de corte, com base

em respostas de empresas produtoras de regiões não-produtoras de grãos,

inclui basicamente a fabricação de ração, independente do nível de

verticalização da empresa.

A expansão fisica na cadeia de produção de frangos de corte, com base

em respostas de empresas produtoras de regiões não-produtoras de grãos,

acontece através da parceria avícola e do arrendamento de granjas de

engorda.

O mercado de venda de frangos, em regiões não-produtoras de grãos, à

época da pesquisa, revelava-se ocupado basicamente pela venda de frangos

vivos. A comercialização de frangos abatidos na hora é intensa, sendo

realizada por uma grande número de pequenos varejistas. Nesse mercado

algumas questões se revelam desconhecidas: o conhecimento do

comportamento do mercado consumidor de áreas não-sofisticadas em relação

ao frango resfriado, e o conhecimento do nível de aceitação deste produto por

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199

parte dos varejistas ali instalados. A decisão de implantar unidades de varejo

para frangos abatidos industrialmente e/ou abatidos na hora está condicionada

às respostas das duas questões acima.

A verticalização na cadeia de distribuição de frangos de corte vivos,

depende do conhecimento das preferências do mercado consumidor e do

controle efetivo do peso, sendo adotada por empresas produtoras de diferentes

portes, com diferentes níveis de verticalização, em regiões não-produtoras de

grãos.

A constituição de abatedouros ou frigoríficos pelas empresas produtoras

de frangos, em regiões não-produtoras de grãos, é uma alternativa a ser

analisada cuidadosamente. Mesmo com um pequeno número de abatedouros

em funcionamento nessas regiões, essas unidades respondem somente por algo

em tomo de 50 a 60% da produção das respectivas empresas produtoras. Tais

participações podem indicar um perigoso processo de saturação do mercado de

frangos resfriados local. O estudo da influência dos canais de distribuição

sobre o mercado consumidor de frangos resfriados, notadamente no que se

refere ao varejo, é fundamental para uma melhor compreensão do processo

acima.

Constata-se pelas análises relatadas, que as empresas produtoras de

frangos, localizadas nas regiões não-produtoras de grãos, possuem opções

reduzidas de produtos, basicamente frangos resfriados; e de canais de

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200 .

distribuição, basicamente supermercados, na cadeia de distribuição de frangos

de corte abatidos, em relação às empresas das regiões produtoras de grãos.

A verticalização na cadeia de distribuição defrangos de corte abatidos,

em regiões não-produtoras de grãos, devido ao reduzido número de produtos e

de canais de distribuição, pode sugerir a implantação de mais um nível

vertical: a implantação de unidades de varejo para frangos abatidos, e até

mesmo frangos abatidos na hora, concomitantemente. A possibilidade de

utilização de franquias parece ser bastante plausível. Essa alternativa pode ser

adotada pelas empresas, independente do porte financeiro destas.

4.4. Recomendações

o estudo das atividades avícolas poderá ser mais aprofundado com a

utilização de estudos departamentalizados, tais como a cadeia biológica, de

nutrição, de distribuição de frangos vivos e de distribuição de frangos

abatidos.

A recente constituição da Associação Paulista de Produtores de Frangos

Vivos parece dar mostras de que as quatro terminologias acima podem bem

representar as diversas atividades do setor avícola de corte.

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201

4.5. Limitações do Estudo

As empresas produtoras de frangos de corte podem assumir vários

níveis de verticalização nas suas operações. A abrangência desse estudo

exploratório não permitiu esmiuçar esses vários níveis na profundidade em que

eles podem ser analisados individualmente.

A falta de dados quantitativos, não coletados na pesquisa, reflete a

preocupação de não intimidar as empresas respondentes e melhorar o perfil

quantitativo da amostra. Enfatizou-se, assim, a participação percentual ao

invés de números de produção e distribuição. A escassez desses dados pode vir

a configurar uma limitação deste estudo.

4.6. Sugestões para Estudos Ulteriores

As cadeias de distribuição de frangos vivos e de frangos abatidos possui

muitas possibilidades inexploradas, notadamente na área de Administração e

particularmente na de Mercadologia. As pesquisas sobre o comportamento do

consumidor em relação ao frango resfriado versus o frango abatido na hora

mostram bem a falta de estudos sobre o tema." .

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202

A cadeia de nutrição de frangos de corte pode ser melhor explorada em

várias áreas: Administração da Produção, Economia Agrícola, Agronomia,

Zootecnia e Veterinária.

A cadeia biológica de frangos de corte apresenta muitas oportunidades

de desenvolvimento de estudos, principalmente nas áreas de Veterinária e

Zootecnia.

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ANEXO

QUESTIONARIO DA PESQUISA

Page 230: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

A VERTIC AUZA, Ao DAS ATIVIDADES AVÍCOLAS DE CORTE COMOFORMA DE SOBRCVIVÊNCIA E OCUPAÇÃO DE ESPAÇOS

MERC ADOLOGICOS PARA AS EMPRESAS DO SETOR

CRITÉRIOS GERAIS

Este questionário visa obter informações sobre a verticalização das atividades avícolas decorte e a distribuição de frangos vivos e abatidos. Seu objetivo é conseguir uma melhorconceituação teórica sobre tópicos como: (1) a tendência do mercado de aves vivas; (2)a tendência do mercado de aves abatidas; (3) aspectos relacionados a distribuição deaves abatidas no mercado interno e externo.

Por favor responda a todas as perguntas. Compreendemos que para alguns casos asquantidades exatas podem não lhe parecer disponíveis. Para estes casos, serão suficientessuas estimativas aproximadas. Se desejar fazer um comentário sobre qualquer dasperguntas ou respostas. por favor utilize o espaço nas margens ou anexe uma folha.

NOME DE sux El\fPRESA:

NOME DOENTREVISTADO:

CARGO out OCUP A:

1. A 'ma empresa possui abatcdourof s) de aves:(Preencha todas as opções que forem pertinentes)

o Em funcionamento

O Em construção

D Em projeto

D Desativado(s)

D Não

D2. Caso a sua empresa possua abatedouroís) em funcionamento, indicar o(s) ano(s) deinício de operação e a( s) suaí s) respectivaí s) localizaçãoí ões):

19 - l.ocalidade

19 Localidade

19 - Localidade

19 - Localidade

19 - Localidade

3. Caso a sua empresa possua abatedourof s) em construção, indicar o número de anospara 0(5) provávelíis) iniciots) de operação e a(s) sua(s) respectiva(s) localização(ões):

N" de anos:

N" de anos:

N" de anos:

- Localidade ------------------- Localidade ------------------ Localidade -----------------

Page 231: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

4. Caso a sua empresa possua projeto(s) de construção de abatedouro(s), indicar onúmero de anos para o(s) prováveltis) início(s) de operação e a(s) sua(s) respectiva(s)localizaçãofões):

N'1de anos:

Nº de anos:

Nº de anos:

- Localidade -------------------------------- Localidade -------------------------------- Localidade --------------------

5. Caso a sua empresa possua abatedourots) desativadoís), preencher os anos de início etérmino de operação e a(s) sua(s) respectiva(s) localização(ões). Caso tenha planos dereativá-loís), indicar o número de anos para o(s) provável(is) início(s) de operação:

Ano de início de Ano de término Localidade Nº de anos para umaoperação de operação possível reabertura

19 19 ano(s)

19 19 ano(s)

19 19 ano(s)

6. Por favor, indique a importância das motivações listadas para que sua empresamontasse (monte) um abatedouro:

Nada ExtremamenteImQortante ImQortante

• Diminuir risco(s) 2 3 4 5

• Reduzir perda(s) 2 3 4 5

• Antecipar diminuição do mercado de aves vivas devido 2 3 4 5a um possível acirramento de fiscalização sanitária nospontos de venda que realizam o abate de aves vivas

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas inteiras 2 " 4 5..)

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em partes 2 3 4 5

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas em cortes 2 3 4 5especializados

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas congeladas 2 3 4 5

• Ter acesso ao mercado de aves abatidas resfriadas 2 3 4 5

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves 2 3 4 5abatidas inteiras onde normalmente não haveriavantagens de penetração no mercado de aves vivas

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves 2 3 4 5abatidas em partes onde normalmente não haveriavantagens de penetração no mercado de aves abatidasinteiras

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para aves 2 3 4 5abatidas em cortes especializados onde normalmentenão haveria vantagens de penetração no mercado deaves abatidas em partes

Page 232: O DE FRANGOS DE CORTE · ... e os possíveis canais de distribuição para ... O atacado de frangos de corte ... mercadológicos devem combinar todos os elementos do composto de

D Plantio de soja

D Criação de matrizes

D Engorda de frangos em granja(s)própria(s)

Engorda de frangos em gr:lJ1ja(s) de terceiro(s). Especifique:

D Integração

DArrendamento

DOutra(s) rnodalidadeís):

• Ter acesso a mercados geográficos brasileiros para avesabatidas resfriadas onde normalmente não haveriavantagens de penetração no mercado de aves abatidascongeladas

• Ter acesso a mercados geográficos de outros paísespara aves abatidas inteiras

• Ter acesso a mercados geográficos de outros paísespara aves abatidas em partes

• Ter acesso a mercados geográficos de outros paísespara aves abatidas em cortes especializados

• Distribuir aves abatidas para pequenos varejistas

• Distribuir aves abatidas para supermercados de portemédio

• Distribuir aves abatidas para grandes cadeias desupermercados

• Ter acesso a clientet s) importante(s)

• Bloquear concorrentes

7. Que atividades a sua empresa desempenha:(Preencha todas as opções que forem pertinentes)

DDDD

Plantio de milho

Preparo de ração para frangos de corte

Incubação de pintos

NadaImportante

I 2

ExtremamenteImportante

345

2 3 4 5

2 3 4 5

2 3 4 5

2 3 4 52 3 4 5

2 3 4 5

2 3 4 5

2 3 4 5

8. Por favor, indique a importância que a sua empresa dá a cada uma das atividadeslistadas:

• Plantio de milho

• Plantio de soja

• Meio de transporte próprio para milho e/ou soja

• Terceirização do transporte para milho e/ou soja

Nada ExtremamenteIrTJpo..rt~nt~ Importante

1 2 3 4 5

1 2 3 4 5

2 3 4 5

2 3 4 5

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Nada ExtremamenteImQortante ImQortante

• Preparo de ração para frangos de corte 1 2 3 4 5

• Venda de componente ou ração pronta para terceiros 1 2 3 4 5

• Meio de transporte próprio para componentes ou ração 1 2 3 4 5pronta destinada às granjas

• T erceirização do transporte para componentes ou ração 2 3 4 5pronta destinada às granjas

• Criação de matrizes 2 3 4 5

• Venda de 0VOS férteis 1 2 3 4 5

• Incubação de pintos 1 2 3 4 5

• \' enda de pintos de um dia 2 3 4 5

• Eng-orda de frangos de corte em granja(s) própria(s) 2 3 4 5

• Engorda de frangos de corte em granja( s) integrada( s) 2 3 4 5

• Engorda de frangos de corte em granja(s) arrendada(s) 2 3 4 5

• Compra de frangos de corte em granjas de terceiros 2 3 4 5

• Meio de transporte próprio para aves vivas da granja ao 2 3 4 5

comprador

• Venda de aves vivas na granja com transporte a cargo 2 3 4 5do comprador

• Terceirização do transporte para aves vivas da granja ao 1 2 3 4 5

comprador

• Depósitof s) para esrocagern e/ou distribuição de aves 2 3 4 5

vivas

• Rede de lojas com a logomarca da empresa para 1 2 3 4 5

comercialização de aves vivas

• Abatedouro de aves 2 3 4 5

• Meio de transporte próprio para aves ahatidas 1 2 3 4 5

• Terceirização do transporte para aves abatidas 1 2 3 4 5

• Depósitots) para estocagern e/ou distribuição de aves 2 3 4 5

abatidas

• Rede de lojas com a logornarca da empresa para 2 3 4 5comercialização de aves abatidas

9. Que modalidade de vendas a sua empresa pratica e qual a participação de cada umadelas no total de aves comercializadas (Obs.: os dois percentuais devem somar 100%):

OI Venda de aves vivas % Venda de aves abatidas10

CASO S(!A El\IPRES.\ OPERE SOMENTE COM AVES ABATIDAS, PASSEP:\R.\ A Q{TEST.\O N° t3

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10. Que regiões geográficas do Brasil são abrangidas por sua empresa e qual aparticipação de cada uma delas no total de aves vivas comercializadas (Obs.: ospercentuais devem somar 1000ó):

% Centro-Oeste

% Nordeste

% Norte

% Sudeste

% Sul

11. Caso a Região Nordeste faça parte da área de comercialização de aves vivas da suaempresa. qual a participação de cada estado em relação ao total de aves vivas destinadasa região (Obs.: os percentuais devem somar 100%):

% Maranhão % Piauí

~·ó Alagoas % Rio Grande do NorteOI Paraíba/0o' Bahia,0 % Sergipe% Pernambuco°0 Ceará

12. Que modalidades de distribuição são utilizadas por sua empresa e qual a participaçãode cada uma delas no total de aves vivas comercializadas (Obs.: os percentuais devemsomar 100°'Ó):

% Venda a atacadistaí s). (Clientes de compra semanal acima de 1500 aves)

% Venda a varejistaf s) (Clientes de compra semanal até 1500 aves)

% Venda através de ponto( s) de comercialização próprio( s). (Avícolas,açougues, varejões)

% Outras modalidades Especifique: _

C'.\SO A Sll.\ EMPRES.\ OPFRE SOMENTE COM AVES VIVAS, FAVORN:\O RFSPONDER NF.NIIl!!\1.\ DAS PERGUNTAS SEGVINTES

13. Qual a destinação das aves abatidas por sua empresa e qual a participação de cadamercado em relação ao total de quilos de aves abatidas (Obs.: os dois percentuais devemsomar 100%):

~ o Mercado interno % Mercado externo

CASO .\ Sll.\ FMPRFS.\ OPERE SOMENTE COM AVES ABATIDAS PARA Ol\1FRC.\DO EXTERNO. PASSE PARA A QUESTAo N° 20

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NO orr: SE REFERE A \'END,\ DE FRANGOS DE CORTE ABATIDOS PARA O_.__ .- •...._ ... _-~_._--_ ... -_ ... ------ -----------------------_. -- -

MIRC~\D-ºJ~.I[RN.O

14. Que regioes geográficas do Brasil são abrangidas por sua empresa e qual aparticipação de cada uma delas no total de quilos de aves abatidas destinados aomercado interno (Obs: os percentuais devem somar 1OO~'Ó):

% Centro-Oeste % Norte % Sul

% Nordeste % Sudeste

15 Caso a região Nordeste faça parte da área de comercialização de aves abatidas da suaempresa, qual a participação de cada estado em relação ao total de quilos de avesabatid'rs destinados a regiãn(Ohs· 0S percentuais devem somar 100%):

~ó Alagoas % Maranhão % Piauí

(% Ceará

% Paraíba

% Pernambuco

% Rio Grande do Norte

% Sergipe~ó Bahia

)6. Que modalidades de distribuição são utilizadas por sua empresa e qual a participaçãode cada uma delas no total de quilos de aves abatidas destinados ao mercado interno(Obs.: 0'> percentuais devem somar) 00%):

% Atacadistas

% Distribuidores

% Vendas diretas para supermercados

~.ó Vendas diretas para mercearias

% Outras modalidades Especifique:

17 Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cadaum deles no total de quilos de aves abatidas destinados ao mercado interno (Obs.: osdois percentuais devem somar 100%):

~ ó Resfriados % Congelados

18. Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cadaum deles no total de quilos de aves abatidas destinados ao mercado interno (Obs.: osdois percentuais devem somar 1()()O~):

% Inteiros % Partes

19. Que embalagem sua empresa utiliza no transporte de aves abatidas destinadas aomercado interno:(Numerar em ordem decrescente de acordo com o grau de uso)

Caixa de papelão

Outras. Especifique:

Caixa plástica

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CASO A SUA EMPRESA N.\O OPERE COM EXPORTAÇÃO DE AVESABA TIDAS. FA\'OR Ni\O RESPONDER NENHUMA DAS PERGUNTASSEGUINTES

NO_Ql.~:,5E_RrJTRLA~rE~J),-'LDE ..FRANGOS DE CORTE ABATIDOS PARAEXPORTACÃO

20. Indique que porcentagem de suas exportações totais tem como destino cada uma dasseguintes regiões (Obs.: os percentuais devem somar 100%):

% África/Oriente Médio

% América do Sul

% Ásia/Austrália

% EUA e Canadá

% Europa

% México e América Central

21. Por favor, indique que modalidades de distribuição são utilizadas por sua empresa equal a participação de cada uma delas no total de quilos de aves abatidas dirigidos para oexterior (Obs.: os percentuais devem somar 100%):

%

%

%

%

%

22 Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cadaum deles no total de quilos de aves abatidas dirigidos para o exterior (Obs.: os doispercentuais devem somar 100%):

~ ó Resfriados % Congelados

21 Que tipos de frangos são processados por sua empresa e qual a participação de cadaum deles no total de quilos de aves abatidas dirigidos para o exterior (Obs.: os doispercentuais devem somar 100%):

OI,o Inteiros

Partes%

24 Que embalagem de transporte sua empresa utiliza nas exportações de frangos:(Numerar em ordem decrescente de acordo com o grau de uso)

Caixa de papelão

Outras Especifique:

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FIM DO QUESTIONARIO

A sua empresa autoriza o mestrando a publicar os dados acima respondidos em suadissertação de Mestrado (circulação restrita a bibliotecas universitárias)

Sim Não

Caso a sua empresa não ache conveniente a publicação de sua razão social, os dadospoderiam ser usados com o emprego de um nome fictício.

Sim Não

Em Termos. Explique:

I\1UITO OnRIGADO POR snu TEMPO E COOPF.RAÇÃO

CASO DESEJE RECEI3ER UMA CÓPIA DOS RESULTADOS DESTE ESTUDO,POR GENTILEZA PREENCHA O ESPAÇO A SEGUTR COM SEU ENDEREÇO. OUANEXE SEU CARTÃO DE VISITAS AO QUESTIONARIO RESPONDIDO.

NOME:

CARGO:

ENDEREÇO