o culto em corinto e o nosso culto

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Livreto do Rev. Boanerges Ribeiro que "resulta de trabalho em simpósios de pastores e presbíteros", em que faz estudo do culto na igreja em Corinto, e traça uma analogia com o que se via quando redigiu esta obra, em setebro de 1992.

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  • 4

    Boanerges Ribeiro

    O culto em Corinto eo

    Nosso Culto

    O Semeador So Paulo, 1992

    Direitos Reservados

  • Ao leitor

    O presente estudo resulta de trabalho em simpsios de pastores e presbteros; por isto vai compacto e de5idrarado. com maior inteno de provocar estudo que de ensinar. H detalhes em que os textos examinados admitem emendimen-Lo diverso do que ofereo; contudo. no cheguei a minhas pr-prias concluses apressadamente. Socorri-me do lexicon. de Bauer-Gingrich-Arnt e do Dictionary de K ittel, alm de per-correr os Comentrios usuais e monografias. No cntendimen to das "lnguas" de Corinto no me foi possvel acompanhar o mestre Antonio Almeida, que concorda com C. Hodge (Co-mentric 1 aos Corintios); lamento, porque no fcil afas tar-se algum de A ntonio A lmeida. Pretendo oferecer uma s-r ie, acompanhando os Simpsios; o segundo ser apresentado no Simpsio de Piratininga, na lgreja de Santo Amaro, em outubro de 92, uma proposta de i ntroduo ao EsLUdo da H is-tria da Igreja em Seminrios Brasileiros.

    So Paulo, setembro, 1992

    Boanerges Ribeiro

    iii

  • ndice

    I - Introduo: um critrio ................................................................ .

    1. Doutrina de Cristo e dos Apstolos ........................... J

    2. Eventos ................................................................................................. 3

    I1 - O caso de Corinto .............................................................................. 9

    1. Paulo em Corinto: um cronograma possvel ...... 9

    2. A Igreja de Corinto ................ ................................................... 10

    3. Os corintios pedem conselho a Paulo ....................... 1 J

    4. Como se processava o culto em Corinto ............... 13 a) Distores no culto ......... .................................................... 13 b) Paulo corrige as distores ........................................... 15 c) O culto pblico na propagao do Evangelho 18

    III- O nosso culto:

    Delimitao do assunto ................................................................. 21 A ordem em nosso culto ............................... ............................. 22

    1. O novo culto, expresso de novo estado espiritual 23

    2. O novo culto inteligente ...... 24

    3. A modelagem do novo culto ............................................. 24 O culto judaico: Templo e Festas .................................. 24 A Sinagoga .............................................................. ........ 26

    4. Ordem do culto na Igreja Apostlica, Liturgia 26 Eventos ......................................................................................... ....... 27

    V

  • vi

    Instrues apostlicas a Palavra de Deus - escrita, V.T.; Apostli-ca; as profecias nas igrejas locais Oraes (e cnticos) Batismo Ceia do Senhor .

    Concluso ............................................................................................. .

    27

    27 31 31 31

    31

  • O culto em Corinto e o nosso culto Boanerges Ribeiro

    /- Introduo: Um critrio

    Os eventos narrados nos A cos dos Apscolos no fixam normas para a igreJa.

    a doulrina de CrisLo e dos apstolos que estabelece normas para a Igreja.

    Os evemos. registrados sob a inspirao do Esprito San-to. infalvel. ilustram as normas: porque cada cvcmo smgu lar. i.e., possui certas caractersticas prprias. exclusivas. que no se repetem.

    A doutrina afirma verdades que podero manifestar-se em diferentes situaes particulares. 1.e .. em diferentes eventos.

    1. Doutrina de Cristo e dos Apstolos

    a) O batismo com o Esprito Santo:

    Joo 7: 39: "E islo disse Ele (Jesus) do Esprito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Esprito Santo ainda no fora dado, por ainda Jesus no ter sido glorificado." Joo J 1 :52. Jesus devia morrer "no somente pela nao, mas tambm para reunir em um (corpo) os filhos de Deus. que andavam dispersos."

    Vemos. nestes versculos, que glorificao de Jesus se guir-se ia a ddiva do Espnto Santo aos que nele cressem; e que o sacrifcio de Jesus resultaria na reunio "em um" dos filhos de Deus.

  • Essa ddiva promeLida. o Esprito Santo, somente poss vel com a morte e a glorificao de Cristo. reuniu os filhos de Deus em um corpo ao vir para eles. Permanece sempre com os fiis. habita neles; a recepo do Esprito Santo o batis mo dos fiis, para integrarem o corpo de Cristo.

    Joo 14: 16: " ... outro Consolador, para que fique convosco para sempre." At. 1:5: " ... vs sereis batizados com o Esprito San to ... " [Cor. 3: 16: "No sabeis que sois o templo de Deus, e o Esprito de Deus habita em vs?" [ Cor. 12: 13: "Todos ns fomos batizados com um Esprito * para formar um corpo. quer judeus, quer gregos. quer servos. quer livres, e todos temos bebi do de um Esprit0." * (ou por um Esprito; ou em um Esprito). Ef.4:4-6: .. H um s corpo e um s Esprito. como tambm fostes chamados em uma s esperana da vossa vocao; um s Senhor. uma s f, um s ba tismo: um s Deus e Pai de todos, o qual sobre todos, e por Lodos e em todos.

    "Um s batismo" o baLismo do Esprito Santo. o mes-mo para todos os que crem em Cristo e que apenas se reali-za uma nica vez. e aps o qual o EsQrito Samo habita no crente, que passou a ser seu Templo.

    b) Plenitude: A intensidade da ao do ~...Q.rito Santo nQ cr$ to pode vincular-se a seu modo de viver e ser cristo:

    2

    Ef. 5: 18 - 6:9 " ... enchei-vos do Esprito. falando encre vs", etc., at 6:9 (0 verbo est no imperati vo ativo presente, "enchei-vos"); Ef. 5:22 no tem verbo. o verbo o de 5:21.

  • A diviso em captulos e versculos que, como sabemos. no faz parte do texto onginal. aqui confunde. O que Paulo diz :

    Ef. 5:21: "Subordinando-vos uns os outros no te mor do Senhor: as mulheres a seus prprios mari-dos, como ao Senhor", etc.

    Paulo, aps o imperativo, "enchei-vos do EspiriLO". indi-ca procedimentos. no particpio presente ou no imperativo: "Fa-lando entre vs em salmos e hinos", etc., "dando sempre gra-as". etc. "subordinando-vos uns aos outros no temor de Deus: as mulheres a seus prprios maridos" etc. "Os maridos. amai as espasas", etc. ''Os filhos, obedecei", etc.

    Mas este texto dever ser objeto de outro estudo.

    Ef. 4:30: "No entristeais o Esprito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da reden-o". (imperativo ativo). l Tes. 5: 19: "No restrinjais (imperativo ativo) o Es-prito."

    2. Eventos

    As circunstncias variam mas h uma constante: os cren tes em Cristo recebem o Esprito Santo; h uns paucos casos em que esse recebimento est implcito; mencionoos. e. dei-xo ao leitor o julgamento.

    * Os 120 de Pentecostes, At. 2:1-13.

    Notem-se as circunstncias: a) Eles estavam assentados; provavelmente no estavam

    orando, pois o judeu no costumava orar assentado: 2:2. "a casa em que estavam assentados."

    3

  • b) Houve fenmenos diversos: - auditivo: som veemente de vento 2:2; - visual: lnguas como de fogo so vistas 2:3; - mental: comeam a falar nas lnguas dos forasteiros

    ali presentes: 2:4, 6, 8, 11: ''noutras lnguas''; "cada um os ou-via falar no seu prprio dialeto''; cada um em nosso prprio dialeto em que somos nascidos"; "nossas prprias lnguas". No falam a esmo: magnificam a Deus, i.e., sua mente se apli-ca glria de Deus. evidente que usam lnguas e/ou diale-tos inteligveis a grupos presentes, e o foco do pensamento de-les religioso: magnificam a Deus.

    - No h batismo de gua. c) A reao imediata dos circunstantes: - alguns maravilhavam-se. estavam suspensos e intriga-

    dos. 2:12; - outros caoavam e diziam que aquilo era bebedeira. 2:13. d) O discurso de Pedro. objetivo. racional; concatena

    eventos histricos e eira tempestivamente trechos diversos do Antigo Testamento. Ao iniciar, "levantou a voz", donde se se-gue que antes, se Pedro falava, no era em voz alta. Pede que prestem ateno a suas p a l J v r a ~ .

    Concluso: "De repente os 120. sem que estivessem an-tecipando isso na ocasio. todos foram batizados com o Espri-to Santo. Todos comearam a falar "noutras lnguas" "confor-me o Esprito Santo lhes concedia que falassem." Falavam das grandezas de Deus, e os forasteiros entendiam.

    Pedro, ao pregar, falou sozinho e, ao que parece, no siln-cio que se estabeleceu: "prestai ateno s minhas palavras'', 2: J 4.

    * Os 3.000 de Pentecostes. At. 2:37:42.

    a) Ouviram todo o discurso de Pedro. b) No se relatam manifestaes visuais ou auditivas,

    mas reaes subjetivas:

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  • - emocional: "foram perturbados no corao" (3. pi. ao-risto passivo, ao no passado, e encerrada).

    - mental: uma indagao, "que faremos?" c) Pedro no lhes promete manifestaes visuais, auditi-

    vas, ou subjetivas, mas um presente de Deus (dren, ddiva) o Espirita Santo; eles devem:

    - arrepender-se: - ser batizados "no nome de Jesus Cristo". d) Segue-se um longo adendo ao discurso, com apelos,

    "muitas ouLras palavras", e "exortaes", 2:40. e) Foram batizados "os que de boa vontade receberam

    sua palavra", 2:41. Isto , o critrio para saber quais poderiam ser batizados foi a aceitao da palavra de Pedro.

    t) No h meno explcita do batismo do Esprito San to sobre os 3.000; mas podemos concluir que houve, pois fo. ram batizados somente os que "receberam a palavra de boa vontade". Pedro havia afirmado que "a promessa" do Espri co Santo, j recebida pelos 120, era tambm para eles, e ha-viam-lhes prometido que, batizados, receberiam o dom do Es-prito Santo, At. 2:38. No h qualquer meno de haverem falado ou no Linguas e/ou dialetos. A evidncia mencionada para receberem o batismo da gua foi haverem recebido a pa-Ja vra de boa vontade.

    * Os convertidos de Samaria: At. 8:5-17.

    a) Creram em Filipe "que lhes pregava acerca do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo". 8:12.

    b) Faziam-se "grandes sinais e maravilhas" 8: 13. e) "e batizavam-se homens e mulheres" 8: 12. "em nome

    do Senhor Jesus" 8: 16. d) Mas sobre nenhum deles "tinha ainda descido" o Esp-

    rito Santo, 8:16. e) Enviados de Jerusalm Pedro e Joo, - "oraram por eles, para que recebessem o Esprito San-

    to'', 8: 15.

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  • - "ento lhes impuseram as mos, e receberam o Espri to Santo". 8: 17.

    - No se relaciona manifestao sensvel ou subjetiva.

    * O eunuco etlope, At. 8:36-39.

    a) Era piedoso e temente a Deus: - "tinha ido a Jerusalm para adorao", 8:27. - de volta, "lia o profeta Isaas", 8:28. - fazia-o com indagaes inteligentes, 8:34, "de quem

    diz isto o profeta? de si mesmo ou de algum outro?" b) Instrudo no Evangelho, tomou a iniciativa de pedir

    o batismo cristo: 8:36, "Que impede que eu seja batizado?" c) E declarou sua f em Cristo, 8:37: "Creio que Jesus

    Cristo o Filho de Deus". d) Relata-se que Filipe "o batizou"; no h meno de

    haver o eunuco recebido o Esprito Santo; mas parece-me im-plcito na narrativa.

    e) Sobre o eunuco o efeito relatado foi subjetivo, emocio-nal: uma grande alegria: "jubiloso continuou seu caminho", 8:39.

    * Saulo em Damasco: At. 9:8-20

    a) Saulo ficou cego na estrada; entrou em Damasco, fi-cou 3 dias em jejum 9:9.

    b) Estava orando quando, em viso, teve conhecimento de que viria Ananias "para que tomes a ver" 9: ll-12.

    c) Ananias, 9:17-18, - imps-lhe as mos; - declarou-se enviado de Jesus para que Saulo visse no-

    vamente;

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    - e fosse "cheio do Esprito Santo". d) Fenmenos, ao que parece, anteriores ao batismo, 9: 18: - dos olhos de Saulo caem "umas como escamas"; - recupera a viso.

    ..

  • e) Ato ritual, 9: 18: - "levantando-se foi batizado". O recebimento do Esprito Santo est implcito na pala-

    vra de Ananias "para que sejas cheio do Esprito Santo" e no batismo de Saulo.

    f) No se mencionam resultados emocionais, nem "ln-guas" ou "dialetos". Declara-se um tanto prosaicamente que Saulo, "tendo comido, ficou confortado"; que cultivou a com-panhia dos cristos; que viu-se motivado para pregar "nas sina-gogas" 9: 19-20. Os judeus no testemunharam fenmeno anor-mal algum, mas estranharam que o perseguidor agora pregas-se Jesus. Saulo argumentava com eles e produzia provas de que Jesus era o Cristo, isto : comportava-se inteligente e ra-cionalmente, 9:22.

    * Cornlio e sua casa: At. 10:34-48.

    a) Cornlio era temente a Deus, assduo em oraes e es-molas ("de contnuo"), 10:2; 10:4.

    b) Outros o acompanhavam, entre seus parentes, servi-ais e comandados: 10:2 "com toda a sua casa"; 10:7 "um pie-doso soldado".

    c) Um anjo. em viso, instruiu-o a mandar trazer Pedro. d) Pedro, em viso foi preparado para a ruptura com o

    mosasmo cerimonial. e) Pedro recebeu ordem do Esprito Santo, de seguir os

    enviados de Cornlio. O que est evidente que nem Cornlio nem Pedro pedi-

    ram nem antecipavam que ele seria batizado com o Esprito San to. Toda a preparao foi feita por Deus em Sua providncia.

    f) Cornlio j havia convidado "parentes e amigos mais ntimos", 10:24.

    g) Ainda pago, Cornlio adorou Pedro 10:25; Pedro, claro. no aceitou.

    h) Indagado por Pedro dos motivos da convocaq, nar-

    7

  • roulhe sua viso e declarou se pronlo, com lodos os presentes. para receber de Pedro a mensagem de Deus. 10:33.

    1) Pedro inicia uma exposio do Evangelho. Mas esta va ainda no comeo (Al. 11: 15), "quando comecei a falar", "caiu o Esprilo Sanlo sobre todos os que ouviam a palavra", 10:44.

    j) Falavam lnguas. e magnificavam a Deus, 10:46. 1.e.: um fenmeno mental: as lnguas parece que eram mteligive1s pois Pedro e seus companheiros sabiam que eles magnificavam a Deus. e Pedro entende que se dava com os gentios o mes-mo que se dera com os 120 em Pentecostes: (inlelcctual. falar lnguas inteligveis: religioso, magnificar a Deus). caiu sobre eles "o Esprito Santo, como tambm sobre ns ao princpio".

    Al. 11:17, "Deus lhes deu (doken. aorislo, ao comple-ta no passado) o mesmo dom (dren. ddiva) que deu a ns que "ramos crenles", ou, "que tnhamos crido", piscesasm, particpio ativo aoristo: o particpio aoristo denota ao ante-rior do verbo principal. que no caso "deu". subentendido: isto . "o mesmo presente Deus deu a eles, o qual (deu) tam-bm a ns que ramos crentes no Senhor Jesus Cristo"

    Pedro. pois. considera que Cornlia e os seus receberam como ns o Esprito Santo" 10:47. e manda batiz-los. 10:48.

    *Os 18 de feso. At. 19:1 7.

    a) So "discpulos", que crem em Jesus Cristo nos ter-mos da profecia e do ministrio de Joo Batista. e que nesses termos foram batizados. At. 18:25. 19:3.

    bl Recebem de Paulo o Evangelho e so batizados "em nome do Senhor Jesus". AL 19:5.

    e) No est claro se o Esprito Santo veio sobre eles du-rante. ou encerrada a imposio das mos: " Impostas sobre eles as mos de Paulo" (epithntos particpio aoristo), impos-tas. ao que leve sua durao e encerramento no passado; a traduo literal no vi

  • \

    no passado); "e falavam imperfeito pretrito, ao contnua no passado) lnguas e profetizavam", (imperfeito, ao cont nua no passado).

    d) "falavam lnguas" - no explcito se inteligveis ou no. e) "e profetizavam" inteligivelmente, claro, de outro

    modo, como se saberia que o que diziam era profecia? Narram-se, pois, eventos em que os que crem recebem

    o Esprito Santo, em circunstncias diversas: antes do batis-mo da gua: depois do batismo da gua: sem o batismo da gua. Com marcantes resultados emocionais; mentais; e at auditivos (vento ouvido, som). e visuais (lnguas como que de fogo, vistas). Depois de ouvirem toda a pregao e de serem exortados: no comeo da pregao: em grupo: sozinhos; na ci dade; na estrada; sem registro de reaes emocionais ou men tais aparentes: ou com registro de uma ou de outra dessas re aes. ou de ambas.

    Mas sempre, em todas as circunstncias, os que crem em Cristo recebem como presente do Senhor o Esprito San to e passam a integrar a Igreja. Esse presente , (dren}, o prprio Esprito Santo.

    Os "dons do EspirilO , c a r i s m ~ . 111anifest.aes da graa, so concedidos pelo m e s m o ~ r i t o aos que receberiilco- -

    _mo presente, ddiva de Deus. Carismas so dons da graa que o Esprito Santo, o dom de Deus aos que crem. lhes conce-de conforme quer. sempre visando a edificao da igreja, e no a gratificao do indivduo.

    II - O caso de Corinto

    1 - Paulo em Corinto: um cronograma possvel.

    * Sua presena na cidade

    a) Vindo de Atenas, fica em Corinto cerca de 18 meses; funda a Igreja. At. J 8: 11.

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  • b) Retira se e eventualmente estabelece residncia em feso. de onde escreve a atual l aos Corntios.

    c) Faz rpida visita a Corinto "em tristeza". 11 Cor. 2: 1; (e conferir li Cor. 13: l. onde fala de uma "terceira visita" que planeja fazer).

    dl Encerra seu trabalho em feso; escre'c a atual li Cor. provavelmente da Macednia: depois vai a Corinto onde fica 3 meses. At. 20: 1-3. ("a Grcia" provavelmente Corinto).

    * Suas epstolas aos corntios

    a) Uma 1 . perdeu-se. l aos Cor. 5:9 ( .. J por carta vos tenho escrito''.).

    bl A 2.J. a atual l aos Corintios. escrita em feso, + ou - 55 A.O .. 1 Cor. 16:8. Responde a perguntas de crentes corintios e corrige erros da Igreja, relatados por visitantes.

    c) A 3~. uma admoestao severa. perdeu-se; (h quem considere li Cor. 10-13 como parte desta). II Cor. 2:4. 7:8.

    d) A .+. a nossa U aos Corntios, que registra a aceita-o pelos corint1os da autoridade e do ensino de Paulo: lI Cor. 7: 6-16.

    2 - A Igreja de Corinto - 1 e II aos Corntios.

    - Cresceu e alcanou "toda a Acaia" li Cor. 1: 1, "com todos os santos que esto em toda a Acaia".

    - rica em dons espirituais (carismas), l Cor. 1 :7, "ne-nhum dom vos falta".

    - Divide-se em faces. l Cor. 1, "H contendas entre vs". l Cor. 1:11 -12.

    - esp1ntualmente imatura, 1 Cor. 2-3. "No vos pu-de falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meni-nos em Cristo", 1 Cor. 3: J 1.

    - Assimila. ou conserva. elementos da tica pag, tais

    10

  • como: arrogncia, 1Cor.4:8, 18. "J estais fartos! J estais ricos! Sem ns reinais!" 4:8; "Alguns andam inchados" 4: 18;

    promiscuidade sexual, prostituio e at incesto, 1 Cor. 5, "h entre vs fornicao", 5: 1; esprito litigioso pago, 1 Cor. 6, "O irmo vai a juzo com o irmo, e isso perante os infiis" 6:6; discriminao social, 1 Cor. 1 l.21 "Um tem fome e outro em-briaga-se"; mulheres descontentes com sua condio na socie-dade, (11:3-16; 14:34) e na Igreja, chegando revolta, I Cor. 11 :16; 14:38; secularizao da prpria condio humana, 1 Cor. 15, (No h ressurreio, dizem alguns).

    - Foi infiltrada por falsos apstolos, que se apresenta-ram recomendados por algum, (II Cor. 3: 1), trouxeram dou-trina que dizem ser superior de Paulo (li Cor. 3: 15), procu-ram alienar a Igreja do apstolo (li Cor. 12:20,21) e cobram caro por seus servios (II Cor. J J :20). So "pseudo-apstolos", 11:13; so "hiper-super apstolos", 12:11, 11:5; a traduo "os mais excelentes apstolos" no transmite o sarcasmo do ter-mo usado por Paulo: hiperlan, hiper-super (com perdo do hibridismo).

    - Tambm parece que algum na Igreja tinha contra Paulo animosidade pessoal, que chegara injria, II Cor. 7:12, algum agravou e algum foi agravado; e o grande cuidado dos crentes foi "por ns", isto , por Paulo, logo, no o ca-so do incesto, em que o agravado no era Paulo.

    3 - Os corntios pedem conselho a Paulo

    a) Sobre casamento e celibato. I Cor. 7: 1-40. Problema: Qual dos dois estados mais conveniente

    vida crist? Resposta: - Se solteiros e vivas puderem continuar

    ss, sem pecado, faam-no; se no, casem-se. I Cor. 7:8-9. - Os casados, permaneam casados, exceto

    11

  • no caso de abandono do lar por cnjuge pa-go. I Cor. 7:10: l Cor. 7:15.

    b) Sobre comer ou no comer carne sacrificada aos dolos. Problema: pecado comer carne de animais oferecidos

    em sacrifcio no templo pago? Resposta: - Participar de banquetes pagos no templo

    pago ato de idolatria li :21. - Mas. a rigor, carne de animais a-tica. Voc comer, ou no. conforme: Sua conscincia no o incomode: voc nun-ca violente sua prpria conscincia: 1 Cor. 8: 7 .8. Seu comportamento no induza outros a co-mer tambm. em desobedincia a ditames da conscincia deles. 8:9-13: 10:28-29.

    c) Acerca dos dons espintuais (carismas): Qual deles o principal? ( claro que ns no vamos confundir o dom. o pre-sente, dren, do Espirico Sanco. concedido no batismo do Es-prito Santo, com o tpico de 1 Corinlios 12-14. L trata-se do prprio Esprito Santo como um dom de Deus, um presen-te de Deus, dren, aos que crem: aqui, de manifestaes de favor dadas ao crente pelo Esprito Santo que j habita nele, carismas, que se destinam ao exerccio do servio cristo).

    12

    Resposta: - Os dons so vrios e cada creme recebe dom (carisma) para servir a Igreja. e no pa-ra servir-se. l Cor. 12. - O que universal. i.e., deve estar presen-te em todos os crentes. o amor cristo. l Cor. 13, o qual sempre haver: e a f e a esperana, embora vinculadas presente dis-pensao, mas que durante ela permanecem. Paulo no denomina carismas f, esperan-a e caridade. Elas devem estar em todos os crentes: mas os dons (carismas) so variados e di-

  • versamente d1slribuidos aos cremes um cren-te ter ou no o carisma concedido pelo fap-rito a outro crente. 1 Cor. 12:8 11. E:. certo. porm. que a um dos dom, que menciona. Paulo denomina f. Mas no contexto Ja edifi-cao Ja Igreja. e no da acenao do Redentor. - No exerccio de funes tornadas poss-veis pelo dom que recebe do Esprito Santo, cada crente deve: A render finahdade dos dons. que edificar a Igreja. l C0r. 12:7. 14:26. Faz-lo com compostura e obedecendo boa ordem. 1 Cor. 14:26-40. - A55im como o dom concedido pelo Espri-to a determinado cristo necessrio Igre-ja, e deve ser aplicado ao servio da Igreja. tambm esse cristo depende da Igreja, que outros cnslos servem com outros dons. A Igreja um corpo. e cada cristo membro desse corpo. l Cor. 12:4-31 ; h mterdependn-cia e no h membro fora do corpo. Fomos batizados pelo Esprito para um corpo, l Cor. 12: 13. a preposio eis, "para dentro de", sig-nifica que fomos batizados para integrar um corpo, para ser parte de um corpo. que a Igreja.

    4 - Como se processava o culto em Corinto

    a) Distores no culto - A Ceia do Senhor fora subsutuida por um regabofe

    no qual alguns passavam fome e outros se embriagavam. 11 :21. - O culto pbltco era agitado e desordenado: Cada crente julgavase com o direito de intervir vonta-

    de, e ao mesmo tempo que outros, no culto, 1 Cor. 14:26. Pau-

    13

  • lo menciona, como comnbu1es oferecidas desordenadamen-le pelos crentes nas reunies, 1 Cor. 14:26,

    - Salmo, - Ensino, - Revelao - Lngua - lnterpretao. Aqui no arrola profecia nem orao: j as tinha meneio

    nado, contudo, no contexto da insatisfao das mulheres com sua condio subordinada, I Cor. 1 l :3-16.

    - As "lnguas" cinham papel preponderante e apresenta vam-se em discursos, cnticos e oraes:

    - A "lngua" pela "lngua" - Talvez o que pretenderia ser um discurso. Ver I Cor. 14:16, em que Paulo substitui as "lnguas" por revelao, conhecimento, profecia e ensino, lo-dos passiveis de exposio no discurso inteligvel.

    - No salmo em "lngua (um salmo poderia ser canta do ou recitado) 1 Cor. 14: 15. Paulo no menciona a opo de haver intrprete para o salmo mas determina que o salmo se ja inteligivel, inclusive para quem o apresenta, o que indica que ele no admite o cntico "em lngua". Aquilo que era can-tado devia ser entendido pelos oulros crentes e por quem esca-va cantando: "cantarei com o esprito mas tambm cantarei com o entendimento", 1 Cor. 14:15 b.

    - Na orao em ''lngua". inclusive a orao de ao de graas, I Cor. 14:14-17. Tambm no ordena interpretao de "orao em lngua"; faz ver que ela intil para a Igreja, e determina que quem ora entenda o que diz e seja entendi-do pela Igreja, l Cor. 14: 15, "orarei com o esprito mas tam-bm orarei com o entendimento".

    - As mulheres intervinham livremente, aparentemente para interromper com perguntas, l Cor. 14:34-35. Nas reunies (de culto, ao que parece), elas relutavam em aceitar posio subordinada, fosse quando oravam e profetizavam (1 1 :5-6, JO, 13, 15), fosse quando outros falavam, e elas interrompiam com

    14

    1

  • }

    questes, 14:34-35. Paulo no parece certo de ser atendido, ao tratar de eliminar esses aspectos da presena de mulheres na Igreja, 14:38. A questo, parece, j chegava ao confronto, J J: 16, o que no costumava acontecer nas "igrejas de Deus".

    b) Paulo corrige as distores no culto de Corinto, enfati-zando suas conseqncias para a vida da Igreja.

    - Afirma que cada crente com dom (carisma) do Esp-rito Santo pode oterecer sua contribuio ao culto pblico, com ressalvas:

    - Deve-se atender "hierarquia dos dons". a profecia tem precedncia s .. lnguas"; 14: 1, 5;

    Deve seguir-se uma conseqncia dessa participao na vida da Igreja: a Igreja deve ser edificada, i.e.: fortalecida no conhecimento da verdade, ("que todos aprendam"), 14:31; "con-fortada", 14:31; "exortada", 14:3;

    - que os no-crentes (pistoi. sem f); os pouco instru-dos (na f, idita1), e os no-carismticos (que ocupam o lugar de no instrudos na f) sejam beneficiados.

    Nota: o termo idites, traduzido "indouto", pode desig-nar pessoa fora de seu ambiente, pessoa no familiarizada; a interpretao de idites, no texto de I Cor., como "ignorance", "no escolarizado" e, pois, incapaz de entender idiomas estran-geiros, parece-me pouco aceitvel, pois Paulo diz que ningum entende essas "lnguas", exceto Deus, 14:2. Esses indivduos so iditai no que se refere ao culto de Corinto; o que pa-rece evidente da reao que Paulo lhes atribui em I Cor. 14:23: No familiarizados com aquela algazarra ininteligvel, eles (os "indoutos", isto , idica1) e os sem f (pistoi) diro que os cristos enlouqueceram. O que "ocupa o lugar do indou-to" (do idites) no a mesma coisa que um idites: tem fa-miliaridade com esse culto, mas no se associa algazarra dos carismticos. como se fosse, ele prprio, idites. (Trago aqui o entendimento de Godet, em seu comentrio a 1 aos Corntios, que aceito.) Mas Paulo quer que o culto beneficie

    15

  • aos sem-f, como testemunho inteligvel de Cristo para a con-

    verso deles; e o mesmo para os no familiarizados. iditai,

    1 Cor. 14: 16, 24-25. E que edifique tambm os no carismticos;

    - que haja ordem e decncia no culto. (D a especiifica

    o de como fazer: 14:27-31): - que falar "linguas" fique condicionado presena de

    1 intrprete, 14:27: "e J interprete". usa numeral e no art1

    go: e no diz vagamente "haja intrprete", mas: "e 1 interpre-

    te" (verbo e no substantivo: numeral. 1. e no anigo).

    - que as mulheres devem abster-se de interromper o cul-

    to com questes, 14:34-35. - A disciplina no exerccio do ministrio carismtico

    no culto pblico abrange tanto o dom de lnguas como o da

    profecia. Abrange realmente todo o culto. onde deve haver

    ordem sempre, 14:40.

    Dom de lngua - No necessrio (ou indispensvel) ao culto. 14:27.

    "se algum fala lngua", presente do indicativo ativo, ao

    em andamemo no presente. "se algum costuma falar" (mas,

    com o se condicional, optativo portanto: caso haja algum que fale lngua).

    - Limita a parucpao a 2 ou quando muico trs. Ca-

    da um fale por sua vez. (no mais de um ao mesmo tempo).

    - 1 interprete os dois ou trs que falam lngua. i.e., ex-

    plique o que se passa com eles. presente do imperativo ativo

    de diermenuo. Este verbo tanto pode significar traduzir (At.

    9:36), como explicar (Luc. 24:27). provvel que ao intrpre-

    te coubesse explicar aos presentes o que se passava com o ir-

    mo. ou os irmos que em xtase pronunciavam fonemas inin-

    teligveis. - Mas no oferece a soluo de 1 interpretar, para o ca-

    so do cntico em lngua e da orao em lngua; exclui tanto

    um corno a outra do culto pblico: 1 Cor. 14:14-17.

    16

  • .. Porque se eu orar em lngua. o meu esprito ora,

    mas o meu entendimento fica sem fruto.

    "Que farei, pois? (grifo meu) Orarei com o e.spnto

    mas tambm orarei com o entendimento: cantarei

    com o espirito, mas tambm cantarei com o enten-

    dimento. "Doutra maneira. se tu bendisseres com o espirito.

    como dir o que ocupa o lugar do indouto o Amm

    sobre a tua ao de graas, visto que no sabe o

    que dizes? Porque realmente tu ds bem as graas

    mas o outro no edificado."

    Repito: Na orao e no cntico (onde mais podemos emo-

    cionar-nos no culto) "o entendimenca" noiis inteligncia pre

    cisa participar e beneficiar-se (lembre-~ROIIL. 12:1. o "culto

    racional'', loguik); e tambm a Igreja precisa associar-se. di-

    zer um Amm consciente, por entender o que se disse na ora-

    o ou no cntico. E no oferece nos dois casos .. lque inter-

    prete". Concluo: no culto pblico. nem oraes nem cnticos

    em "lngua". mas somente em vernculo.

    Aparentemente, no contexto litigioso de Conmo. alguns

    pretendiam proibir as "lnguas". O que Paulo diz "no proi-

    bais'', ele no diz: "eu no probo". 14:29 (e est claro que

    no probe. mas v com reservas e limita severamente).

    Que ele no recomenda "lnguas" no culto pblico. evi-

    dente: e ele no as pratica em pblico, embora fale lnguas

    "mais que qualquer de vs': 14: 18-19.

    Dom de profecia - til: 14:29, "falem": (no h o condicional "se al-

    J gum fala", da "lmgua ") Tambm limita a "dois ou trs profe-

    tas". mas a seguir admite "Todos podereis proeuzar. uns de-

    pois dos outros, 14:29. 31 - As profecias dos profetas de Corinto devem ser "ava-

    liadas" pelos outros (profetas?) 14:28. isto poder significar

    17

  • que no so infaliveis, ou que tm valor desigual - ou am-bos. Isto : no eram palavra de Deus infalivelmente inspira-da mas valiosos testemunhos de Jesus.

    - Ficava de p o que falava; os outros, assentados, 14:30, o que era parte da boa ordem.

    - Se algum dos "assentados" recebesse revelao, o que falava devia ceder-lhe a palavra, 14:30.

    Dessas profecias no nos ficou registro. Seriam, pois, des-tinadas quela igreja local e no igreja universal.

    - As mulheres (casadas?) no devem interromper o cul-to; devem manter-se em silncio. 14:34-35.

    c) O culto pblico na propagao do Evangelho; o culto pblico corretamente celebrado oportunidade para a propa-gao do Evangelho.

    - necessrio que os carismticos com dom de lngua no tumultuem o culto. Se todos falarem lnguas ao mesmo tempo, o culto ser obstculo propagao do Evangelho.

    - Porque os no habituados (idica1) e os no crentes (-pistoi) interpretaro o fenmeno de acordo com o estado de conhecimento e o estado espiritual deles. "Diro que estais lou-cos" 14:23; (i.e.: essas "lnguas" so para eles sinal de loucura coletiva da igreja).

    Porque: "lnguas" so sinal para os no crentes; eles deco-dificam esse sinal no contexto espiritual deles, que a descren-a; em Is. 28: 11 a lngua estrangeira do conquistador era o si-nal que Deus dava de castigo porque Israel rompera a alian-a; mas o povo no quis entender e no se arrependeu, e elas foram sinal do endurecimento do povo, isto , mostravam quan-to o povo se endurecera. Mas a profecia proferida no culto em que haja ordem e decncia poder:

    - convenc-los de seus erros, - convenc-los de pecado; da justia; do juzo: (conferir

    Joo J 6:8-11 ), - abrir seus coraes,

    18

  • - lev-los a adorar a Deus, - e reconhecer a presena de Deus "convosco". (14:24-25).

    d) O exerccio dos dons edifique a Igreja. Que quer Pau-lo dizer com edificar?

    - Aumento do conhecimento inteligente de Deus, 14: 19 ("instruir"); 14:31: ''que todos aprendam";

    - estreitamento da comunho dos fiis com Deus na orao e no louvor inteligentes 14:14-19. (Possam unir-se ao salmo. ou orao, dirigidos a Deus, com um amm inteligente.):

    - motivao dos fiis para a vida crist ativa, 14:3. "e-xortao";

    - conservao da f dos fiis. viva e firme. na providn-cia divina, e sua esperana de vida eterna. 14:3. "consolao", (acalmar, confortar, consolar): 14:3.

    19

  • O nosso culto

    Q culto cristo a dedicao de ns mesmos a Deus com aceitao de Sua paternidade. soberania e misericrdia. e exul tante reconhecimento de Sua glria. majestade e graa. O cul to cristo prestado cspiricualmente. com o auxlio do Espri-to Santo: tem Jesus Cristo como mco mediador. e base1asc no conhecimento verdadeiro de Deus. 1 - Dedicao a Deus. No introspeco. Destina-se a Deus. que no eu. nem ns. No se destina a qualquer que pretenda assumir o lugar de Deus. mas nica e exclusivamen te a Deus. Mat. 4: 10: "Ao Senhor teu Deus adorarl.. e s a Ele servirs". Tambm no comunicao de uns fiis com outros fiis. ou de um fiel com outro fiel: a dedicao de um fiel. e de todos os fiis, ao nico Deus verdadeiro. cer to que a participao espiritual na adorao une e edifica os fiis. Rom. 15:2. 5-6. 2 - Dedicao de ns mesmos - o apstolo di1. Rom. 12: 1. "que apresenteis os vossos corpos. num sacrifcio vivo. santo e agradvel a Deus". Hebr. 10:5-10 o culto perfeito que esta-beleceu a Nova Aliana. foi o sacrifcio do prpno corpo de Cristo. e pelo uso dedicado a Deus de nosso corpo que O adoramos ("lbios que confessam o Seu nome". Hebr. 13: 15); 3 - Com aceitao de Sua paternidade, soberania e misericrdia.

    "Vs orareis assim. Pai nosso que ests nos cus: .. SCJJ feita a Tua vontade"; "perdoa-nos as nossas dh idas" Mat 6: 10. 12a e Hebr. 4.16; 4 - e exultante reconhecimento de Sua glria. "Ofereamos sempre por Ele (Cnsto) a Deus sacnfcio de louvor." tHebr 13:15) E Rom. 15:9 li.

    Ma1esrade, Ap 195 6 "o S1.:nhor Todo-Poderoso reina". e graa. Hebr. 4: 16 "cheguemos pois com confiana ao trono da graa". 5 - prestado espiritualmente Joo 4:24: "Deus espno

    21

  • e importa que os que o adoram o adorem em esprito e em verdade."

    1. No se vincula a lugares, Joo 4:21: "Nem em Jerusa-lm nem neste monte";

    2. Nem a objetos, Hebr. 9:8-12, 13-15, 24. 3. Nem a liturgias fixas, Hebr. 13: 10-16: Temos um al-

    tar de que no tm direito de comer os que servem ao tabern-culo". 6 - Com o auxlio do Espirito Santo Rom. 8:26-27: (Tomo a liberdade de oferecer uma parfrase; de qualquer forma, con-fira com seu texto): "O prprio Esprito ajuda nossa fraqueza. pois no sabemos o que orar como convm, mas o mesmo Es-prito intercede com gemidos que no podem expressar-se em palavras; mas o que examina os coraes conhece o modo de pensar do Esprito, e o Esprito que, em acordo com Deus, fala pelos santos." 7 - Tem Jesus Cristo como mediador - l Tim. 2:5. "H um s Deus e um s mediador emre Deus e os homens. Jesus Cristo homem." 8 - E baseia-se no conhecimento verdadeiro de Deus - Joo 4:24, conf. Joo 4:22; Joo 16: 13: " ... em Esprito e em verda-de": "ns adoramos o que sabemos": " ... aquele Esprito de verdade, Ele vos guiar em toda a verdade." Esse conhecimen-to vem aos fiis da leitura, pregao e ensino da Palavra de Deus, recebida com iluminao do Esprito Santo.

    A ordem em nosso culto

    "Ningum deita remendo de pano novo em vestido velho. porque semelhante remendo rompe o vesti-do. e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho no vo em odres velhos. alis rompem-se os odres e en-torna-se o vinho, e os odres estragam-se: mas deita se vinho novo em odres novos. e assim ambos se conservam." Mal. 9: 16-17.

  • Jesus explica que o jejum prLica expressiva de abaLi-mento espiritual; o jejum no convm a seus discpulos. por

    ora, visto que vivem a exaltao espiritual da presena dele, Jesus. As duas figuras (remendo novo em pano velho, e vinho

    novo em odre velho) tm aplicao mais genrica: uma prti-

    ca religiosa deve ser legtima expresso de um modo espiritual de ser; se no. ser corruptora.

    1 - O novo culto, expresso de novo estado espiritual

    Nosso cultQ no usa as formas do Antig_o Testamento;

    somos filhos da Nova Aliana; adoramos o mesmo Deus do Antigo Testamento, mas nosso culto se reveste de forma com-patvel com a encarnao do F ilho de Deus, sua morte expia-tria, sua glorificao e a vinda do Esprito Santo.

    "A hora vem. e agora , em que os verdadeiros ado-radores adoraro o Pai em esprito e em verdade. porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus Esprito e importa que os que o adoram o adorem em esprito e em verdade." Joo 4:23-24.

    1. A nova adorao a Deus desvincula-se de lugares de-

    Lerminados e cerimoniais fixos. pois Deus-Esprito, onipresen-te. pode ser adorado espiritualmente em qualquer local: o Me-diador-Sacerdote (Cristo) no est vinculado a lugares; nem o Esprito Santo que habita a Igreja e cada crente est preso a

    lugares. 2. A nova adorao expressa conhecimento correto de

    Deus. isto , resulta de conhecimento da verdade divina, rece-bido pela Palavra de Deus.

    3. Deus quer receber a nova adorao: "O Pai procura

    a tais que assim o adorem."

    23

  • li O Novo culto inteligente

    Embora a emoo esteja presente no culLo, ele raconal :

    "Rogo-vos, pois, irmos. pela compaixo de Deus. que apresenteis os vossos corpos em sacrificio vivo, santo e agradvel a Deus; o vosso culto racionar' (loguik latria). Rom. 12: J. "Vs tambm, como pedras vivas, sois edificados ca-sa espiritual e sacerdcio sanlo. para oferecer sacri-fcios espimuas agradveis a Deus por Jesus Cris-to." 1 Pedro 2:5.

    1. Paulo e Pedro referem-se celebrao do culto e no lhe do a liberdade de ser um culto dos sentidos: inteligen-te (racional) e espiritual.

    2. Ambos colocam como ato essencial. ou centra l, do culto, a oferenda que o adorador faz de si prprio a Deus. O sacrifcio do altar que se fazia. do corpo da vitima. agora a oferenda pelo cristo do seu prprio corpo a Deus. No novo culto o adorador no oferece objetos a Deus: oferece-se a si prprio.

    m - A modelagem do novo culto

    1. O culto judaico: Templo e Festas

    O judeu adorava a Deus no Templo; ao ar livre; em sua casa e na sinagoga. As igrejas apostlicas em geral, nasciam na sinagoga e dali se propagavam (ou se retiravam); no pos-su indo recintos construdos para seu culto usavam residncias e sales ou "cenculos". (s vezes situados em casas).

    Vinculado ao sacerdcio levtico e oferenda de sacrif-cios. o cu lco do Templo perdeu o sentido com a morte e a res-surreio de Cristo. Hebr. 8: l 2. 13. Contudo, alguns aspectos

    24

  • do cenmomal mosaico permaneceram no culto da Igreja dos judeus com expresso varivel (At. 2J :20, 25) at que o Tem-plo foi destrudo.

    O cntico, tantas vezes presente no V.T., encontramo-lo tanto entre judeus-cristos como entre gemioscristos.

    A pscoa era uma refeio celebrada em casa. com a fa. mlia. ou com um grupo de amigos. (0 cordeiro, porm, devia ser morto no Templo). Ela possua limrgia prpria, com ora es. libaes, instrues aos mais jovens sobre o significado dessa refeio. e o cntico de Salmos. Aps a destruio do Templo a pscoa continuou a ser celebrada, mas sem o cordeiro.

    Naturalmente a pscoa judaica desapareceu nas celebra-es crists. Cristo nossa pscoa.

    Ao ar livre celebravam-se cerimnias festivas, comemo-rando atos da graa e do poder de Deus na histria de lsrael. ou eventos do calendrio judaico, ou um ato marcante como a asceno de um novo rei. Marcavam-nas procisses; msi-ca campal e um estado de esprito na maioria dos casos, des-contrado. Tinham duplo cenrio: o ar livre e o Templo. Mes mo nas mais descontradas, havia limites: 1 Cron. 16:42; Sal-mo 92:3 especifica-se a qualidade da msica a usar no culto, "instrumentos de msica de Deus"; 92: 1, "Bom louvar ao Senhor .. . " v. 3,b "sobre a harpa com som solene''.

    As festas de lsrael desapareceram na Igreja Crist, no apenas por circunstncias histricas (o Templo desapareceu), mas porque a Igreja Crist no a continuao histrico-pol-tica da nao judaica. Col. 2: 16-17, "ningum vos julgue pe lo comer. ou pelo beber ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sbados. que so sombras das coisas fuLU-ras, mas o corpo de Cristo". A epstola aos Hebreus demons-tra como o culto do Templo se tornou obsoleto com a encarna o. expiao e a glorificao de Cristo. Resumindo, o culto no Templo e as festas de Israel desapareceram na Igreja Cris-t; mesmo o que persistiu na Igreja de Jerusalm foi tempor-rio e tambm desapareceu. (Mas infiltrou-se um sacerdotalis-mo de casta: isto. porm, outro tema.)

    25

  • 2. A Sinagoga (Resumo aqui as informaes de Eduard Lohse, The New Tes-cament Environment).

    Havia nas sinagogas culto regular, com liturgia estvel: a) Iniciava-se com uma invocao: "Ouve Israel", Deut.

    6:4-9; Deut. 11: 13-21; aberta e concluda com palavras de lou-vor a Deus; o equivalente, mucatis mutandis, da "Invocao'', de Calvino. e de nosso "Convite ao culto". Terminava com Num. 15:37-41.

    b) A seguir lia-se a Orao das Dezoito Bnos, onde se d louvor a Deus por suas muitas bondades (e onde, no fi. nal do sec. I A.O. a 12. Bno foi reescrita para invocar maldio sobre os apstatas, inclusive os Nazarenos Uudeus cristos); na 13. se pede bno para os proslitos. e na 14. louva-se a Deus pela restaurao escatolgica de Jerusalm e de Israel. A congregao respondia Amm s "bnos de lou-vor". Antes da 18. era pronunciada a bno de Num. 6:24-26, por sacerdote, se houvesse um presente, ou por um membro da congregao, (neste caso em forma de orao); a congrega-o respondia com o Amm.

    c) Aps, a leitura da Lei e de um texto dos Profetas. com homilia, encerrava-se o culto (Primeiro, a Lei; depois, e para encerrar o culto. trecho de um profeta e homilia).

    Qualquer varo judeu podia ler a Escritura (que era, na hora, traduzida para a ngua-franca, o aramaico) e pronun-ciar a homlia. Luc. 4: 15-21, a homilia de Cristo comea com a frase: "Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos". Lucas no nos d o texto completo do discurso de Jesus. f-cil constatar que a sinagoga exerceu alguma inluncia sobre o culto cristo, embora nosso culto no seja a continuao do culto da Sinagoga.

    IV - Ordem do culto na Igreja Apostlica - Liturgia

    Os apstolos no nos deixaram uma liturgia. O que te

    26

  • mos so elementos fragmentrias de culto pblico e de expres-so devocional, e instrues s igrejas e pastores. Isto no sig-nifica que a ordem do culto irrelevante; creio que sinaliza o fato de que no h na Igreja uma ordem de culto fixa para todos os tempos e lugares. Contudo, os elementos do culto constantes de instrues apostlicas sempre devem compor nossa liturgia. Distinguimos o que nos surge como narrativa inspirada de eventos do que vem como doutrina apostlica. a doutrina que nos cumpre acatar nos termos de nossa po-ca e lugar. Mas veremos tambm eventos. que ilustram aspec-tos da doutrina.

    1. Eventos de culto na Igreja aposclica

    a) Cantava-se, e muito, ao que parece. Atos 16:25; Ap. 5:9; Ap. 14:3; Ap. 15:3.

    Estudiosos sugerem que certos textos podem ser fragmen-tos de hinos da Igreja Apostlica; uma hiptese que no ob-tem unanimidade. Contudo. eis alguns textos sugeridos: 1 Tim. 3:16b; Filip. 2:6-11; Col. 1:15-20.

    b) Ensinava-se e se pregava. At. 2: 14; 2:42. Col. 3: 16. c) Orava-se: At. 2:42. At. 16: 16. dl Cultivava-se a Palavra de Deus escrita. o Velho Testa-

    mento. e os ensinos de Cristo e dos apstolos ainda no reuni-dos em escritos cannicos. (Ver as constantes citaes do Ve-lho Testamento em discursos e epstolas e tambm pelo Se-nhor Jesus. Confira Ef. 1: J 3.)

    e) Celebrava-se a ceia do Senhor. I Cor. 10:16-17. 21; 11 :17-34; At. 2:42.

    1) Batizavam-se os novos membros. At. 16: 14. 15; 32-33.

    V - Instrues apostlicas sobre elementos que devem estar presentes no culto pblico.

    1. A Palavra de Deus

    Antes que se escrevessem os Evangelhos. e se completas

    27

  • se o Novo TesLamenlo. a Jgreja Apostlica cultivava a palavra escrita. O Velho Testamento; bem como repelia o ensino de Jesus e dos apstolos que recebera oralmence dos mesmos aps-tolos.

    a) Palavra escrita: l Tim. 4: 13. "persiste em ler". Como essa recomendao vem imediatamente seguida de "exonar" e "ensinar". ambas evidentemencc atividades pblicas ( e no parucularesl. justo encender a leitura tambm como pbli ca. dirigida igreja. A Palavra deve ser hda. explicada e seu ensmo aplicado vida dos fiis: "ler. exonar. ensinar".

    li Tim. 4:2, "que pregues a palavra" - o que pode in-cluir tanto a Escritura do Velho Testamento como a Palavra recebida do apstolo.

    Col. 4: 16 - que leiam as epistolas de Paulo, o modo de recomendao sugere leitura na congregao. l Tess. 5:27.

    Os textos em que se encarece o insubstituvel valor das Escnturas so numerosos. tanto em pronuncia-mentos de Cristo como dos apstolos. E o Velho Testamento constantemente citado como Palavra de Deus.

    bl As palavras ainda (ento) no escritas de Cristo e dos apstolos: 11 Tess. 2: 15 "retende as tradies que vos foram ensinadas. seja por palavra. seja por epistola nossa". No se trata de tradio eclesistica. mas os ensino de Cristo e do aps tolo comunicado por palavra dele, ou por epistola dele. 1 Tess. 2: 13, ..... a palavra da pregao de Deus. a recebestes no co mo palavra de homens. mas. segundo na verdade. como Pa lavra de Deus". E ver 1 Cor. 11 :23: "Porque eu recebi do Se nhor o que tambm vos ensmei". E o evangelho imutvel (embora ainda no estivesse ento escrito), Gal. l :8-9; Ef 1: 13.

    cl Pelo que se pode concluir (l Tim. 4: 13, II Tim. 4:2) a leitura da Palavra devia ser acompanhada de explicao e apli cao vida dos fiis ("exortar e ensmar", "instes a tempo e fora de tempo, redarguas. repreendas. exortes").

    Creio que aqui cabe a profecia presente em Corinto e nas Igrejas Apostlicas.

    28

  • '

    ..

    Fao distino entre profecia aposllica. registrada no Canon do Novo Testamento com o carter da inspirao infa-lvel do Esprito Santo; e profecia no-apostlica, no infalvel mas til edificao da igreja onde o profeta servia a Cristo; eventos so mencionados. mas o teor das profecias no regis-trado. exceto nos dois casos de Agabo, que veremos. Digna de todo acaLamento 1 Tess. 5:20, e 1 Cor. 14. Subordinada. contudo. ao ensino apostlico, I Cor. 14:37.

    Lembre-se a "Introduo" deste estudo. onde se observa que eventos da histria eclesistica, mesmo apostli.ca e regis-trados por inspirao do Esprito Santo, no so normativos. isto . no nosso dever tentar reproduzi-los. A doutrina do Senhor e dos apst0los normativa. e devemos acat-la e apli-c la a nossas circunstncias e culto. Cabe reconhecer que nem sempre fcil (ou mesmo possvel) separar referncia a even-to de enunciado doutrinrio. Ef. 3: 1-7.

    * Vejamos os eventos. ou referncias a profetas ou profecia: - QuaLro filhas donzelas de Filipe o Evangelista profeti

    zavam. At. 21 :9. - Em Antioquia da Sria havia profetas na Igreja. At. 13.1 . - Na Igreja de Jerusalm havia profetas. A t. 11 :28 e

    At. 21: 10. Observe-se que nos dois casos um profeta fez predi-es e o resultado foi a motivao de determinada ao tica. "mandar socorro", At. 11 :29-30 ou estado de esprito tambm tico. "Faa-se a vontade do Senhor". At. 21:13-14. Alis, so-mente nesses casos de Agabo se registra o contedo das profe-cias de profeLa no-apstolo: registra-se tambm, o resultado na vida dos crenLes.

    - Judas e Silas "que tambm eram profetas" exortaram e confirmaram os irmos, At. 15:32. Embora no registre os termos de suas profecias. comudo parece indicar que. sendo profetas. motivaram os de Antioquia vida crist ("exorta-ram") e os encorajaram a perseverar nela ("confirmaram'')

    - Profetizar vem uma vez como um dos resultados ime-diatos do balismo do Esprilo Santo. At. 19:6: "Falavam ln-gua

  • - Timteo foi objeto de profecias; relacionam-se com a boa luta de fidelidade a Cristo e de pura conscincia crist, mas no conhecemos o teor dessas profecias, nem se seriam predies ou exortaes: I Tim. 1:18.

    - Tambm "o dom'' em Timteo relacionava-se com pro-fecia e com a imposio das mos do presbitrio (e de Paulo) 1 Tim. 4: 14; 11 Tim. 1 :6. Novamente, no conhecemos o teor da profecia; podemos, creio, supor (mas apenas supor) que vi-saria exortao e encorajamento do jovem Timteo quanto ao exerccio de seu ministrio.

    - H tambm o caso de Corinto, j examinado. Ali no se registra, tambm, o teor das profecias. Mas Paulo nota que a profecia (e ele fala no contexto do culto pblico) com ordem e decncia promove melhor conhecimento; motiva vida cris-t e encoraja para enfrentar esta vida presente: 1 Cor. J 4:3, 31. A palavra do profeta era na lingua corrente e, pois, inteli-gvel no s para os crentes, mas para os no crentes, para os no-familiarizados com a igreja e para os no-carismticos: l Cor. 14:24-25. Torna-se evideme que a manifestao "em ln-gua" no era profecia pois a "lngua" era ininteligvel: "No fala aos homens'', "ningum o entende", 1 Cor. 14:2.

    A doutrina apostlica sobre dom de profecia (carisma) no detalhada; alm dos benefcios acima mencionados, re-sulcantes de seu exerccio no culto, temos, sobre sua natureza:

    - Em Apoc. 19:10c um relance, "porque o testemunho de Jesus o esprito da profecia". O anjo proferiu essas pala-vras no contexto de um falso culto: o vidente cara aos ps do anjo, e este contraps a esse ato de culto criatura um ele-mento do culto a Deus em esprito e em verdade: "o testemu-nho de Jesus", presente no dom de profecia.

    Em outra ocasio Joo se prostrou aos ps de um anjo, e novamente o anjo lembrou-lhe os profetas da igreja, "teus irmos os profetas", Apoc. 22:9.

    - Profetas se encontram entre os ministros dados por Cristo igreja para que os crentes sejam bem preparados pa-

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  • ra o ministrio (deles, crentes): Ef. 4: 11-16, "E Ele mesmo (Cristo) deu ( Igreja) uns para apstolos. e outros para profe-tas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mes-tres, querendo o aperfeioamento dos san tos para a obra do ministrio, para a edificao do corpo de Cristo", - etc., at o v. 16. YeJa-se tambm 1 Cor 12:28: Rom. 12:4-8.

    Em resumo: A Palavra de Deus est presente na vida e no culto da Igreja Apostlica. Por ela o Se-nhor aperfeioa os crentes para exercerem, cada um, seu ministrio, pois na Igreja Apostlica ns te-mos o ministrio universal dos cremes: no h uma casta ministerial, mas todos os crentes so ministros de Cristo. cada um servindo o Senhor com seu dom (ou seus dons). Um grupo de pessoas dado por Cristo l greja para, manejando bem a Palavra da Verdade: dando claro e fiel testemunho do Senhor Jesus Cristo; interpretando o Evangelho para os que amda no crem: cuidando das almas e ensinan-do a Palavra, prepararem bem todos os fiis para que todos e cada um exeram bem seu mmistrio.

    2. Oraes - 1 Tim. 2: 1-8.

    3. Cnticos - Ef. 5: 19-20: Col. 3: 16. de notar que os cnti-cos so. habitualmente. oraes. testemunhos do Senhor. ou exortaes e palavras de consolao. Ver At. 16:25, que tradu-zido literalmente : "orando cantavam", que ilustra as reco-mendaes aos Ef sios e aos Colossenses.

    4. Batismo - Mat. 28:19.

    5. Celebrao da Ceia do Senhor - l Cor. 10: 16 21: 11 :23-33.

    Nas instrues apostlicas os fiis se dedicam a Deus no culto com alegria (cnticos): recebem a verdade de Deus na

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  • Palavra de Deus com clareza inteligvel at para os nocren Les; e compreendem a verdade de Deus. Devem receber (ter recebido) o sinal da Aliana da Graa (o batismo). e dar fre qente expresso sua unio com Cristo Redentor (Ceia do Senhor).

    Nossa liturgia deve aplicar essas instrues ao tempo atual compondo a ordem do culto de modo que ele seja ao mesmo tempo jubiloso e ordeiro; nele todos os fiis participem espiritualmente e os no-crentes possam chegar ao conheci-mento do Evangelho.

    O culto da Nova Aliana celebra-se na tenso entre a boa ordem e a vibrao espiritual; ambas devem estar presen tes: "Sirvamos a Deus agradavelmente, com reverncia e pie-dade, porque o nosso Deus um fogo consumidor", Hebr. 12:28-29. "Sirvamos", latruomen que pode traduzir-se adoremos.

    Da liturgia de nosso culto devem constar, de forma e em hora convenientes. os elementos recomendados por Jesus Cristo e por seus apstolos:

    1. A Palavra de Deus, sua leitura bem feita, seu ensino, o testemunho de Jesus que nela encontramos. Enriquece oco-nhecimento que a igreja tem de Deus, anima-a e ensina-lhe como dedicar-se ao Senhor. Seu ensino realmente interpreta do, deve ser aplicado vida atual da congregao. Receber. aceitar e acatar a Palavra de Deus faz parte do culto que ren-demos a Ele, expresso de nossa dedicao a Deus. Rom. 12: 1.

    2. Oraes, em que as aes de graas sejam eminentes e constantes, com o pedido de perdo, as intercesses, o lou-vor e a santa apresentao a Deus de nossas carncias, rogan-do-lhe que no-las supra. Nas oraes. nossa dedicao a Deus, Rom. 12: 1. Os cnticos ou so oraes ou so expresso do testemunho de Jesus; devem ser modelados estritamente con forme a doutrina bblica a ser expressivos do jblico da No-va Aliana em Cri5LO.

    3. Batismos, que se realizam no culto, e so sinal e selo da Aliana da Graa, Gal. 3:27-29,. afirmao da Promessa

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  • da Graa em Cristo feita a ns e a nossos filhos, com dedica o nossa e de nossos filhos a Deus, Rom. 12: 1; At. 2:38-39.

    4. Ceia do Senhor. partilhada em comunho. na consc1n-c1a de que ao receb-la anunciamos a morte do Senhor que a nossa justia, nosso perdo, nos::,a paz com Deus. Ao rece-b-la, manifestamos a dedicao de nossa vida ao Redentor. Rom. 12:1.

    So Paulo, agosto de 1992.

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    Ao leitorndiceI - Introduo: Um critrio1. Doutrina de Cristo e dos Apstolos2. EventosII - O caso de Corinto1 - Paulo em Corinto: um cronograma possvel2 - A Igreja de Corinto - I e II aos Corntios3 - Os corntios pedem conselho a Paulo4 - Como se processava o culto em CorintoO nosso cultoA ordem em nosso culto