o cristão e a pobreza

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Desafios da atualidadeLição 3 - O cristão e a pobreza

TEXTO BASE

Isaías 61

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IntroduçãoUm dos problemas mais

cruéis ao longo da históriada humanidade: a fome

De 7 bilhões de sereshumanos, 2,6 bilhões(mais de 40%) carecem de saneamento básico

800 milhões de pessoas vão se deitar todas as noites com fome, entre elas, 300 milhões de crianças

6 milhões de crianças morrem todos os anospor má nutrição antes dos 5 anos

No Brasil, de 1995 a 2008:

A taxa nacional de pobrezaabsoluta caiu de 43,4% para 28,8%

A taxa de pobreza extremacaiu de 20,9% para 10,5%

Fonte: Ipea

MPI (Índice de Pobreza Multidimensional): 8,5% da população brasileira pode ser considerada pobre

Leva em consideração 10 itens relacionados à saúde, à educação e ao padrão de vida

O índice do Banco Mundial é menor: 5% dos brasileiros vivem abaixo de uma linha de pobreza absoluta (renda inferior a US$ 1,25 por dia)

Há 3 tipos básicos de pobreza:

a. A voluntária (motivação religiosa)

b. Ligada à preguiçac. Decorrente da injustiça

A ênfase aqui é no 3º tipo

1. A pobreza é fruto da injustiça

No Brasil, não faltam recursos; somos um país rico, porém, com péssima distribuição de renda:

Muito nas mãos de poucos

“O Brasil não é um país pobre, é um país injusto”

Fernando Henrique CardosoEx-presidente do Brasil

Nos últimos anos, a desigualdade entre ricos e pobres, no Brasil, tem diminuído, mesmo assim:

Enquanto 22,5 milhões de pessoas estão no topo da pirâmide social, 24,6 milhões estão na classe E (renda familiar de até R$ 751)

Desde que o pecado entrou no mundo, o homem tornou-se inclinado a explorar o seu semelhante

Promovendo assim a injustiça

E o cenário descrito por Isaías é de pobreza e miséria, como decorrência da injustiça:

“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? — diz o SENHOR. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. (...) Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas”. (Is 1:11;16-17)

O capítulo 61 de Isaías, apesar de descrever outra época, apresenta os mesmos sintomas da pobreza resultante da injustiça:

Isaías profetizou numa época de relativa prosperidade, principalmente no Reino do Norte, mas constatou a existência de muita injustiça

Uma forte opressão era exercida contra os menos favorecidos

A injustiça continua promovendo a pobreza e a morte em muitas partes do mundo; os números são estarrecedores:

Uma mulher da África subsaariana tem 1 possibilidade em 16 de morrer durante a gravidez ou o parto

Na América do Norte, o risco é de 1 em cada 3.700 casos

A Bíblia constata a realidade da pobreza, mas não a endossa:

Desde as leis no Pentatêuco (Ex 22:25-27; Lv 25; Dt 15:1-11)

O propósito de Deus era claro: “Para que entre ti não haja pobre”. (Dt 15:4)

2. A pobreza deve ser questionada

Quando Jesus definiu sua missão, conforme Lc 4:16-30, ele fez menção ao “ano aceitável do Senhor”

É uma referência ao ano do jubileu, que era um tempo de libertação para os pobres e oprimidos, ordenado pelo Senhor no AT (Lv 25)

Com base nessas passagens, podemos perceber que o ideal de Deus é:

Que haja equilíbrio social

Assim, devemos questionar os sistemas de opressão que geram desigualdades e miséria

Os profetas foram implacáveis na condenação da injustiça social:

“O SENHOR entra em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes. Vós sois os que consumistes esta vinha; o que roubastes do pobre está em vossa casa”. (Is 3:14)

Diante disso, não podemos ser coniventes com os sistemas de injustiça presentes na sociedade:

A opressão do homem pelo seu semelhante é incompatível com os princípios da fé cristã!

A Igreja não tem condições de resolver todas as questões sociais do mundo

Nem é sua missão prioritáriaMas pode dar uma significativa contribuição para que a vontade de Deus seja feita na terra, como é feita no céu

3. A pobreza requer ação cristã

A vinda do reino de Deus está vinculada à missão da Igreja

A Igreja deve ter a preocupação de preparar os crentes para que eles sejam sal da terra

A ética cristã é um fator de transformação do mundo e de promoção da vidaCada cristão pode fazer diferença onde está

A igreja pode apoiar ou desenvolver ações voltadas para a assistência a pessoas necessitadas, visando a promoção de sua dignidade

A fé cristã autêntica se expressa por boas obras e tem como fator de motivação o amor

O discípulo de Jesus preocupa-se com a miséria à sua volta e se apresenta como instrumento de Deus para a transformação social

A fé cristã autêntica se expressa por boas obras e tem como fator de motivação o amor

O discípulo de Jesus preocupa-se com a miséria à sua volta e se apresenta como instrumento de Deus para a transformação social

1. A sua igreja tem sido instrumento de Deus para promover a vida entre os excluídos da sociedade?

2. Você acha que na evangelização a igreja deve fazer uma opção preferencial pelos pobres?

Para Pensar“Vós, ricos, o que tendes quando não tendes a Deus... e vós, pobres, o que não tendes quando tendes a

3. No âmbito da sua comunidade, o que a igreja pode fazer para reduzir os efeitos da pobreza?

Deus?” (Agostinho)

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