o controlo de qualidade no ciclo de vida do produto

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O CICLO DE VIDA DO SAPATO Comercial Projecto ou Modelação Aprovisionamento Fabrico Uso Q Todas as fases da vida do sapato devem contribuir para a Qualidade

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Defeitos e Controlo de Qualidade Gestão da Produção

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  • O CICLO DE VIDA DO SAPATO

    Comercial

    Projecto ou

    Modelao

    Aprovisionamento

    Fabrico Uso

    Q

    Todas as fases da vida do sapato devem contribuir para a Qualidade

  • O CICLO DE VIDA DO SAPATO

    COMERCIAL

    Compete a este sector determinar quais as necessidades dos clientes / consumidores e passar essa informao ao gabinete de projecto ou desenvolvimento.

  • O CICLO DE VIDA DO SAPATO FUNO COMERCIAL

    Produo e Venda por catlogo:

    Se a empresa trabalha neste sistema, o sector comercial dever estudar as necessidades dos potenciais clientes de modo a que se possam definir as caractersticas qualitativas do produto, nesta fase tenta-se responder s seguintes questes:

    - Que tipo de Sapato ? (clssico; casual desportivo;)

    - O que estar na Moda ? (cores; formas; materiais;)

    - Sob que clima ?

    - Que tipo de uso ter ?

    - Para que actividade ?

    - Modelo barato ou caro ?

  • Se a empresa trabalha neste sistema, o sector comercial dever obter do cliente, de uma forma clara e o mais completa possvel, todas as informaes acerca das caractersticas do produto encomendado.

    Produo por encomenda:

    O CICLO DE VIDA DO SAPATO FUNO COMERCIAL

  • O CICLO DE VIDA DO SAPATO

    PROJECTO OU MODELAO

    uma fase muito importante, pois nesta

    fase que se comea a definir em

    profundidade a Qualidade do sapato,

    atravs da: 1 - Escolha das Matrias-primas

    2 - Escolha da forma

    3 - Confeco das Amostras (prottipo)

    4 - Elaborao do Caderno de Encargos

  • O CICLO DE VIDA DO SAPATO

    PROJECTO OU MODELAO

    1 - ESCOLHA DAS MATRIAS-PRIMAS

    A Qualidade de um sapato depender da qualidade dos

    materiais nele utilizados.

    Devero ter-se em ateno alguns aspectos:

    As exigncias do cliente

    O custo

    O tipo de calado (clssico, desportivo, etc.)

    O clima da regio a que se destina

    ...

  • O ciclo de vida do sapato

    PROJECTO OU MODELAO

    2 - ESCOLHA DA FORMA

    Uma forma deve ter uma repartio do

    volume, compatvel com a moda e com as

    dimenses / anatomia do p.

  • O ciclo de vida do sapato

    PROJECTO OU MODELAO

    3 - CONFECO DA AMOSTRA

    Ao confeccionar a amostra devem-se estudar e

    escolher os melhores mtodos de trabalho.

    Ter sempre em ateno que:

    A amostra ir servir de padro de qualidade para

    a avaliao do calado a fornecer e, como tal,

    deve ser correctamente confeccionada.

  • O ciclo de vida do sapato

    PROJECTO OU MODELAO

    4 - CADERNO DE ENCARGOS TCNICO

    Conjunto de documentos onde se fixam todas as regras e condies

    que o fabricante deve seguir na execuo de um produto.

    Deve conter:

    Identificao do modelo

    Materiais consumidos e respectivas quantidades por par

    Especificaes tcnicas dos materiais

    Gamas operatrias

    Tempos das operaes

    Fichas de instrues de fabrico.

  • Realizar os procedimentos de verificao da Modelao:

    Verificar planificao da Forma (Pullover)

    Verificar Pullover de cada modelo

    Elaborao de prottipos (Amostras)

    Realizao de sries de ensaio

    Testes de Laboratrio

    Anlise de Modal de Falhas e Efeitos (AMFE).

    Como controlar a Qualidade do projecto ?

    PROJECTO / MODELAO

  • Sobre materiais p/ Corte:

    * Extenso ruptura

    * Resistncia ao rasgamento pelas costuras

    * Resistncia flexo

    * Aderncia do acabamento

    * Permeabilidade ao vapor de gua.

    TESTES LABORATORIAIS

  • Sobre Solas e Palmilhas:

    * Colagem

    * Dureza

    * Densidade

    * Resistncia abraso (desgaste)

    * Absoro e desoro de gua

    * Resistncia flexo

    * Alongamento ruptura.

    TESTES LABORATORIAIS

  • Compras

    Armazm

  • Seleccionar os Fornecedores que melhor satisfazem a empresa

    Transmitir claramente ao Fornecedor todas as informaes acerca dos materiais a comprar:

    - Tipo de material

    - Quantidade

    - Prazo de Entrega

    - Tolerncias

    - etc.

  • Controlar os materiais vindos dos fornecedores e apenas aceitar os que esto nas devidas condies.

    Manter e manusear todos os materiais com os devidos cuidados de maneira a que estes no se estraguem.

    Exemplos de cuidados a ter:

    - Prazos de validade

    - Humidade

    - Temperatura

    - Luminosidade

  • Objectivo: Verificar se os materiais recebidos dos fornecedores esto de acordo com as exigncias da empresa.

    Perfil do controlador: Dever ser uma pessoa responsvel, devidamente preparada, dever ter bons conhecimentos sobre todo o processo produtivo.

    Tipo de controlo: Controlo do tipo Aceite ou Rejeitado, de acordo com critrios previamente definidos.

    Grau de Inspeco: A definir em cada fornecimento, podendo ser por amostragem ou a 100%, dependo de vrios factores, tais como: fiabilidade do fornecedor, tipo de produto, custo do produto, etc.

    Equipamento/instalaes: Mesa em local bem iluminado, medidor de espessuras, medidor de rea (p quadrado ou planmetro), impresso para o registo de controlo.

  • Informao a utilizar: Especificaes e amostras padro.

    Procedimento: Verificar a qualidade de acordo com as especificaes.

    Desta inspeco podero resultar trs tipos situaes:

    Material Aceite armazenado ou enviado para o fabrico.

    Material aceite para Triagem separado o que est em condies daquilo que no est, o que est bem armazenado ou enviado para o fabrico, o que no est em

    condies colocado num local destinado as rejeies e posteriormente devolvido ao

    fornecedor.

    Material Rejeitado Dever ser colocado numa rea exclusiva para rejeitados e posteriormente devolvido ao fornecedor. Esta rea dever estar bem identificada.

    O controlador dever ainda preencher um impresso prprio com os

    resultados da inspeco.

  • O CICLO DE VIDA DO SAPATO

    Comercial

    Marketing

    Projecto

    ou

    Modelao

    Aprovisionamento

    Fabrico Uso

    Q

    Todas as fases da vida do sapato devem contribuir para a Qualidade

  • Organizao da Qualidade Para fabricar um sapato so necessrias (em mdia) 150

    operaes diferentes, sendo que uma boa parte delas

    so efectuadas mo.

    Isto significa que no fabrico de calado, para se obter Qualidade fundamental a Conscincia de Qualidade de todos os intervenientes.

  • Controlo ao longo do Fabrico

    No suficientemente eficaz o inspector no final da linha de acabamento a

    verificar os sapatos antes de os embalar.

    O controle ao longo do fabrico deve estar organizado de maneira a que se

    detectem eventuais falhas ou defeitos o mais cedo possvel de modo a

    minimizar os custos de reparao ou substituio.

    Analisemos agora como deve estar organizado o controle de qualidade em

    cada uma das seguintes fases:

    Corte Costura Montagem Acabamento

  • Controlo no Corte Quem controla ?

    O prprio operador Autocontrolo (normalmente)

    Controlador de Qualidade

    Objectivo:

    Verificar Qualidade e Quantidade

    Grau de Inspeco: A 100%

    Equipamento: Mesa em local bem iluminado e medidor de espessuras

    Informao a utilizar: Amostra padro e especificaes

    Procedimento: Verificar e contabilizar todas as peas. As peas com defeito ou em falta

    devero ser imediatamente repostas pelo operador.

  • Controlo no Corte Defeitos mais comuns:

    Peas c/ defeitos de pele

    Falta de peas

    Tonalidades diferentes

    Fio de corte defeituoso

    Picas e/ou traos por marcar

    Timbres e ref mal marcadas

    Peas c/ gravado desuniforme

    Peles s/ resistncia

    Sujidade

    Forma da pea incorrecta

    Espessura incorrecta

    Sentido de distenso incorreto

  • Controlo na Costura

    Existem dois tipos de organizaes que so praticadas nas seces de costura:

    distribuidor-operrio-distribuidor

    distribuidor-operrio-operrio (continuo)

    Para efeitos de controlo de qualidade o distribuidor-operrio-distribuidor mais

    eficaz o trabalha no passa operao seguinte sem primeiro passar pelo distribuidor (controlador)

    No sistema continuo / distribuidor-operrio-operrio dever existir um controlo mvel

    que efectuar um controlo das vrias operaes de forma a que se detectem eventuais

    falhas o mais prximo possvel da sua origem.

  • Controlo na Costura

    Independentemente do tipo de organizao existente, dever existir sempre

    um posto de controlo final da costura.

    Quem controla ?

    Dever ser uma pessoa responsvel, devidamente preparada, dever ter bons conhecimentos sobre todo o processo produtivo Poder executar

    outras tarefas (Ex. cortar linhas, rematar pontas) no entanto dever ter

    sempre em mente que a sua principal funo a de inspeccionar a

    qualidade

    Objectivo: Verificar a Qualidade da Costura

  • Controlo na Costura

    Grau de Inspeco: A 100%.

    Equipamento: Mesa em local bem iluminado e tesoura, isqueiro, rgua

    Informao a utilizar: Especificaes e amostras padro

    Procedimento: Verificar a qualidade pea a pea, verificar todos os aspectos da costura particularmente tamanhos do ponto, preciso dos

    cravados, observncia dos pontos e traos de orientao

    As peas com defeito devero ser reparadas ou substitudas.

  • Controlo na Costura

    Defeitos mais comuns:

    Pontas por cortar

    Sujidade

    Fixaes incorrectas (posicionamento)

    Cravados tortos

    Cravados c/ pontos falsos

    Cravados c/ pontos corridos

    Distncia incorrecta das paralelas

    Renteados defeituosos

    Vazados incorrectos

    Orlados defeituosos (aos bicos)

    Costuras mal rebatidas

  • Controlo na Montagem

    Na seco de montagem, devem existir dois pontos de controlo:

    Ponto 1 Posicionado logo aps a operao de montagem da calcanheira

    Objectivo: Verificar eventuais falhas na operaes de montagem da biqueira e

    da calcanheira

    Quem controla ? Dever ser uma pessoa responsvel, devidamente preparada

    e dever ser capaz de efectuar algumas reparaes, tais como remover pregas

  • Controlo na Montagem

    Grau de Inspeco: A 100%.

    Equipamento: Mesa em local bem iluminado, martelo e/ou mquina de rebater e

    desenrugar

    Informao a utilizar: Amostra padro e/ou especificaes

    Procedimento: Analisar sapato a sapato e aparceiramento, verificando o alinhamento da

    biqueira, altura das taloeiras, altura dos tales, inclinao da costura da taloeira,

    existncia de rugas, etc.

    As pequenas anomalias (rugas) devero ser reparadas pelo prprio controlador, as

    restantes anomalias devero reenviadas ao respectivo operador para que este as corrija.

  • Controlo na Montagem

    Ponto 2 - Dever estar posicionado aps a operao de desenformar ou entrada do Acabamento

    Objectivo: Detectar falhas que necessitem de ser corrigidas antes de o sapato levar o acabamento (Ex: solas tortas)

    Quem controla ? Dever ser uma pessoa responsvel e devidamente preparada.

    Poder cumulativamente executar outra tarefa (Ex. desenformar ou colocar

    palmilhas de acabamento), no entanto dever ter sempre em mente que a sua

    principal funo a de inspeccionar a qualidade.

  • Controlo na Montagem

    Grau de Inspeco: A 100%.

    Equipamento: Local bem iluminado.

    Informao a utilizar: Amostra padro.

    Procedimento: Analisar sapato a sapato e par a par, verificando a posio exacta da sola, a existncia no interior do sapato de dobras no forro e pregos ou agrafos por

    remover.

    Os sapatos com pregos ou agrafos devem reparados pelo prprio controlador, os sapatos

    com solas tortas devero ser reenviados ao operador para que sejam reparados.

  • Controlo na Montagem Defeitos mais comuns:

    Altura da taloeira incorrecta

    Sola torta ou incorrecta

    Cardado vista

    Mal centrado

    Sujidade

    Cosido blake incorrecto

    Colagem deficiente

    Biqueiras engelhadas

    Pregos ou agrafes por arrancar

    Forros por apanhar na montagem

    Cortes rebentados

    Pregas no forro

    Saltos mal pregados

  • Inspeco Final

    Objectivo: Este posto de controlo situa-se no final do acabamento antes da embalagem e tem por objectivo evitar o envio para o cliente de produtos

    defeituosos.

    Perfil do controlador: Dever ser uma pessoa responsvel, devidamente preparada, poder cumulativamente embalar o calado (se a produo o

    justificar), no entanto dever ter sempre em mente que a sua funo principal

    a de inspeccionar o calado.

    Autoridade: A pessoa que desempenha esta funo dever dispor alguma autonomia para decidir.

  • Inspeco Final

    Tipo de controlo: Controlo do tipo passa ou no-passa, de acordo com critrios previamente definidos.

    Em determinadas situaes poder ser feita uma classificao qualitativa (calado de

    1, 2 ou 3 qualidade) de acordo com determinados critrios, mas isto apenas

    interessa se o cliente o aceitar.

    Grau de Inspeco: A 100% (todos os sapatos so inspeccionados).

    Equipamento/instalaes: Mesa em local bem iluminado, etiquetas autocolantes pequenas, amarelas e vermelhas, impresso para o registo de controlo.

    Informao a utilizar: Especificaes e amostras padro.

  • Inspeco Final

    Procedimento: Verificar a qualidade de cada par, examinando os lados exterior e interior.

    Desta inspeco podero resultar trs tipos situaes:

    Calado Aceite embalado de imediato.

    Calado com defeitos reparveis dever ser reparado e reinspeccionado.

    Calado Rejeitado Dever ser colocado numa rea exclusiva para rejeitados. Esta rea dever estar bem identificada e todo calado a colocado dever ser

    registado em impresso prprio para o efeito.

    Ciclo de Vida - Estudo de Mercado e ModelaoAprovisionamentoControlo ao Longo do Fabrico