o conto, a lenda, etc

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TEXTOS DA LITERATURA TRADICIONAL POPULAR Madalena Fernandes AEQB 2014/15

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Page 1: O conto,  a lenda, etc

TEXTOS DA LITERATURA TRADICIONAL POPULAR

Madalena Fernandes

AEQB 2014/15

Page 2: O conto,  a lenda, etc

O que são textos da literatura tradicional popular?

Desde os tempos mais antigos que em todos os continentes surgiram histórias criadas pelo povo que eram depois contadas oralmentede geração em geração.

Essas histórias, de origem popular, muitas vezes passaram de umas regiões para as outras, através dos mercadores e outros viajantes. Representam a cultura e as tradições de um país e das suas regiões

Normalmente são de autor anónimo.

Page 3: O conto,  a lenda, etc

A fábulaA lengalengaO provérbioA adivinhaA parábolaTRAVA-LÍNGUASO mitoA lendaO conto

Textos de tradição popular:

Page 4: O conto,  a lenda, etc

A fábula As fábulas são pequenas

histórias que geralmente têm animais como personagens que falam e se comportam como seres humanos. Terminam quase sempre com uma moralidade, isto é, um ensinamento.

Fábula é um género narrativo que foi desenvolvido por Esopo, autor que viveu no século VI a.C., na Grécia antiga.

Escritores que cultivaram o género: La Fontaine e Bocage.

Page 5: O conto,  a lenda, etc

Um corvo pousou numa árvore, com um bom pedaço de

queijo no bico.

Atraída pelo cheiro do queijo, aproximou-se da árvore uma raposa.

Com muita vontade de comer aquele queijo e sem condições de subir à árvore,

afinal, não tinha asas, a raposa resolveu usar sua inteligência em benefício próprio.

__ Bom dia amigo, Corvo!- disse bem matreira a raposa.

O corvo olhou-a e fez uma saudação, balançando a cabeça.

__Ouvi falar que o rouxinol tem o canto mais belo de toda a floresta. Mas eu aposto

que você, meu amigo, acaso cantasse, o faria melhor que qualquer outro animal.

Sentindo-se desafiado e querendo provar seu valor, o corvo abriu o bico para cantar.

Foi quando o queijo caiu-lhe da boca e foi direto ao chão.

A raposa apanhou o queijo e agradeceu ao corvo:

__ Da próxima vez, amigo, desconfie das bajulações!

Moral da história: Desconfie dos bajuladores. Esses sempre se aproveitam

da situação, para tirar vantagem.

Page 6: O conto,  a lenda, etc

A lengalenga

o Uma lengalenga é uma

cantilena transmitida de

geração em geração na qual se

repetem determinadas palavras

ou expressões.

O tempo

O tempo pergunta ao tempo

Quanto tempo o tempo tem.

O tempo responde ao tempo

Que o tempo tem tanto tempo

Quanto tempo o tempo tem.

recolha de Luísa Ducla Soares

Page 7: O conto,  a lenda, etc

O provérbio

O provérbio é um pensamento.

O objetivo de um provérbio é

transmitir-nos uma verdade,

fruto da observação e da

experiência, de forma concisa.

As paredes têm ouvidos.

Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo.

Cão que ladra não morde.

Depois da tempestade vem a bonança.

Quanto mais alto se sobe, maior é a queda.

Mais vale um pássaro na mão, que dois a voar.

A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha.

Filho de burro não pode ser cavalo.

Filho de peixe sabe nadar.

Filho és pai serás, assim como fizeres assim acharás.

Page 8: O conto,  a lenda, etc

A ADIVINHA

É um enigma que

consiste num jogo

de palavras, com

vista a encontrar

uma solução.

O que é que a formiga tem maior do que o boi?

R: O nome!

O que é que se põe em cima da mesa, parte-se e reparte-se, mas não se come?

R: O baralho de cartas!

Page 9: O conto,  a lenda, etc

A PARÁBOLA História curta que

ensina a verdade com seres humanos ou dá uma lição de moral.

Muitas vezes, contém um fundo religioso, por exemplo, ensinamentos cristãos. (p.76)

Page 10: O conto,  a lenda, etc

TRAVA-LÍNGUAS Simples

passatempo com palavras cuja pronúncia se torna difícil.

Forma de divertimento que serve para pronunciar letras/ sons corretamente.

Page 11: O conto,  a lenda, etc

O MITO Um mito é uma narrativa

de caráter simbólico, relacionada a uma dada cultura.

O mito procura explicar a realidade, os fenómenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semideuses e heróis.

Os acontecimentos históricos podem transformar-se em mitos, se adquirem uma determinada carga simbólica para uma dada cultura.

Page 12: O conto,  a lenda, etc

O mito do

“Encoberto”/ O

Sebastianismo

Page 13: O conto,  a lenda, etc

D. Sebastião nasceu em Lisboa a 20 de Janeiro de 1554 e era filho do príncipe D.

João e de D. Joana de Áustria. Faleceu a 4 de Agosto de 1578 na batalha de

Alcácer Quibir, no Norte de África. Foi o 16.º rei de Portugal, ficando conhecido

para a posteridade pelo cognome de «O Desejado» pelas circunstâncias que

rodearam a sua ascensão ao trono, o seu desaparecimento e as consequências

que daí advieram.

D. Sebastião herdou o trono do avô, D. João III, em 1557, portanto com três

anos de idade. Como era menor, sua avó, D. Catarina de Portugal, ficou no seu

lugar enquanto regente do reino. Desde muito cedo, sentiu a necessidade de

readquirir a glória recente do país e prosseguir a cruzada dos Descobrimentos e da

expansão da fé cristã. Deste modo, quando atingiu os catorze anos, reorganizou o

seu exército e preparou-se para a guerra no Norte de África.

Com o seu desaparecimento e a posterior anexação de Portugal pela

Espanha, em 1580, dado o rei não ter deixado descendência que assegurasse a

ocupação do trono, o país entra num dos períodos mais negros da sua história à

espera de um messias, de um heróico rei salvador. Da relutância em acreditar que

a pátria tinha ficado órfã e que, com a morte de D. Sebastião, a velha pátria

morria também, nasce o mito do sebastianismo. Assim, este mito sustenta a

esperança messiânica e a crença de um povo no regresso do rei desaparecido,

que viria vencer a opressão, a tirania, a humilhação, o sofrimento e a miséria em

que vivia, devolvendo ao país a glória e a honra passadas e entretanto perdidas.

Page 14: O conto,  a lenda, etc

mito de Anteu

De acordo com a mitologia, Anteu, filho da Gea (Terra) e de

Posídon, era um gigante muito possante, que vivia na região

de Marrocos, e que era invencível enquanto estivesse em

contacto com a mãe-terra. Desafiava todos os recém-

chegados em luta até à morte. Vencidos e mortos, os seus

cadáveres passavam a ornar o templo do deus do mar,

Posídon. Hércules, de passagem pela Líbia, entrou em

combate contra Anteu e, descobrindo o segredo da sua

invencibilidade, conseguiu esmagá-lo, mantendo-o no ar.

O mito de Anteu permite caracterizar o novo vigor que se

manifesta quando há um reencontro com a origem, com a

mãe-terra.

Page 15: O conto,  a lenda, etc

A lenda

É uma narrativa ficcional que

assenta em factos reais

modificados pela fantasia.

Tal como o conto, trata-se de

uma narrativa breve para

permitir a sua memorização.

Existem vários tipos de lendas:

Page 16: O conto,  a lenda, etc

Lendas religiosas: são

referentes à intervenção de

figuras religiosas.

Ex.: a lenda de S. Martinho.

Page 17: O conto,  a lenda, etc

Lendas míticas: são as que têm

personagens como o diabo,

fantasmas, gigantes, sereias,

etc.

Ex.: a lenda de A Dama Pé-de-

Cabra.

Page 18: O conto,  a lenda, etc

Lendas etiológicas: tentam

explicar, por ex., um nome.

Ex.: a lenda de Seteais, de

Queluz, Belas.

Page 19: O conto,  a lenda, etc

Lendas históricas: referem

personagens, factos de valor

militar ou político, locais e

monumentos assinalados pela

história.

Ex.: a lenda de A Padeira de

Aljubarrota, de Dom Sebastião,

etc.

Page 20: O conto,  a lenda, etc

As lendas de mouros e mouras,

ligadas às invasões

muçulmanas.

Ex.: a lenda das amendoeiras.

Page 21: O conto,  a lenda, etc

O conto

Conto popular: é

uma narrativa fictícia

inventada pelo povo,

breve e simples,

transmitida

oralmente e com

uma finalidade lúdica

e moralizante.

Page 22: O conto,  a lenda, etc

Exemplos de

conto: