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O CONHECIMENTO SOBRE A LINGUAGEM Eduardo Guimarães Eni P. Orlandi Doutoranda: Azenaide Abreu Soares Vieira

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O CONHECIMENTO SOBRE A LINGUAGEM Eduardo Guimarães Eni P. Orlandi. Doutoranda : Azenaide Abreu Soares Vieira. Objetivo. Refletir sobre aspectos mais gerais ligados aos procedimentos científicos, com atenção para o domínio das ciências humanas e das ciências da linguagem. Estruturação. - PowerPoint PPT Presentation

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O CONHECIMENTO SOBRE A LINGUAGEMEduardo GuimarãesEni P. Orlandi

Doutoranda: Azenaide Abreu Soares Vieira

Objetivo

Refletir sobre aspectos mais gerais ligados aos procedimentos científicos, com atenção para o domínio das ciências humanas e das ciências da linguagem

Estruturação

Aspectos sobre o modo de se relacionar com os domínios da ciência

Síntese de alguns pontos da história dos estudos sobre linguagem

Considerações sobre teoria, método e análise feitas a partir da síntese histórica

1. Percurso do conhecimentoQuestionamentos relevantes:1. Que teorias estão disponíveis?2. O que tem sido tomado como objeto de

conhecimento?3. Em que disciplinas este domínio está

organizado?4. Que procedimentos são adotados para

se levar a conhecer?

Erudição mínima de conhecimento

Quanto aos estudos da linguagem

Teorias disponíveis:1. cognitivas: estuda as estruturas

mentais;2. Empíricas: estuda a prática da

língua;3. Materialistas: estuda o

funcionamento simbólico na sua historicidade;

Descobertas nos estudos Linguísticos

Estrutura sintática e discursividade diferente de Portugal;

Variedade Linguísticas no Brasil; A língua oficial do Brasil é diferente da

de Angola, Moçambique e Portugal;

Introdução de novos conhecimentos

Exigências

Aprender a pesquisar, a fazer pesquisa científica;

Dominar o saber ainda não produzido;

Ser pesquisador

“ o pesquisador além de conhecer as teorias, os objetos de estudo, os procedimentos metodológicos, as análises precisa colocar-se em uma teoria, escolher um método, estabelecer um objeto e produzir uma análise adequada deste objeto” (p.144)

2. APRENDER A PESQUISAR

PESQUISAPESQUISA

PráticacientíficaPráticacientífica

conhecerconhecer produzirproduzir

Fazer pesquisa é... Escolher um assunto; Escolher uma questão que tenha interesse

e não tenha sido respondido; Tomar um ponto de vista teórico; Assumir um ponto de vista metodológico; Produzir a análise de materiais específicos; Interpretar seus resultados face às teorias e

ao objeto em questão;

3. Marcos na História

Antes da Linguística O interesse pela linguagem data da

antiguidade; Bréal (1866) inicia os estudos dos

aspectos da significação, que procura descobrir a relação da linguagem com o conhecimento;

Platão estabelece a primeira classificação das palavras (verbos e nomes)

Aristóteles considera outra classificação das palavras (nomes, verbos e partículas)

Ainda na Grécia aparece as disciplinas arte da gramática (norma de correção) e arte retórica (regras de como proceder para conversar);

Na índia surge os estudos dos aspectos fonológicos do sânscrito, para produzir um modo perfeito de se produzir os cânticos sagrados;

A constituição da Linguística como disciplina científica

Tem seu início no século XIX; Seu objeto de estudo é a mudança

linguística; A método científico adotado era o

comparativo (Linguística Comparativa); Analisa a origem da língua (questão

genealógica); A teoria de estudo adotada é a

naturalista

Desenvolvimento das Ciências da Linguagem

Abandono do naturalismo dominante no comparatismo do século XIX e a publicação do livro “Curso de Linguística Geral de Ferdinand Saussure”

Marco da Línguística Geral

CONCEITOS SAUSSURIANO

Distingue língua e fala; Seu objeto de estudo é a língua; Define a língua como um sistema de

signos; Signos são resultados da associação de

significante (imagem acústico) e o significado (conceito)

Distinção entre sincronia e diacronia; Saussure estudava a língua, sem enfocar os

fatores externos à língua;

PERCURSOS DO ESTRUTURALISMO Benveniste (1966) inclui no linguístico

o sujeito e considera a relação do locutor com a língua;

Austin (1962): segue os etudos no campo da filosofia analítica/pragmática (concepção dos atos de fala)

Morris (1938) pragmática; Pierce: criador da semiótica; Jakobson: Linguagem como

instrumento de comunicaçao

A linguística torna-se (meados do século XX) uma ciência piloto das ciências humanas;

Levi-Strauss, Lacan e Althusser: passam a por no centro da questão das ciências humanas o simbólico/significação;

Estudos simbólicos

A GRAMÁTICA E A MENTE Chomsky - século XX – volta ao

racionalismo cartesiano (competência inata e biológica)

Conceitos de Chomsky- Competência/desempenho- Gramática gerativa;- Idéia do falante ideal;

O LINGUÍSTICO E A SOCIEDADE

Sapir: língua é parte da cultura de um povo e marcada por esta cultura;

Labov (sociolinguística): língua tem estrutura variável/possível estabelecer relações sociais;

O linguístico, o social e o histórico

Foucault (1969) e Pêcheux (1969): analisa o discurso como objeto constituido político e historicamente;

Relação intrínseca e constitutiva entre teoria/método/objeto;

Ex: teoria – estruturalista método – estrutural

objeto – língua como uma estrutura

A relação entre o simbólico e o político

Sociologismo (historicismo) Convenção Dispersão e alteridade no

tempo e espaço Descrição, estudo empirista dos

dados Estudos comparativos Participação interdisciplinar da

linguística

Tarefa de remediar as resistências externas e internas que essa difusão encontra

Logicismo (formalismo) Natureza Procura universais

Enuncia leis e constrói teoria gramatical

Destacar universais Autonomia da linguística

Ideal humanista da difusão universal da democracia, das ciências e das técnicas

Na verdade ”no confronto do simbólico com o político, o que se tem são processos sócio-históricos que são a fonte de efeitos de sentidos e a língua é o lugar material em que esses efeitos se realizam”

O Embate das Ciências da Lingugem

Uma teoria não sucede a outra Estruturalismo Gerativismo Análise do discurso Sociolinguística

“O Debate entre as diferentes correntes teóricas faz-se necessário, pois cria constante relação entre sujeito e conhecer” (GUIMARÃES E ORLANDI)